Você está na página 1de 9

DMA-C34-126/N

FEV 2009

CONDUTORES NUS PARA LINHAS AÉREAS

Cabos cobertos para linhas aéreas de média tensão

Características e ensaios

Elaboração: DTI Homologação: homologado pelo CA em 2009-02-25

Edição: 1ª

Emissão: DTI - Direcção de Tecnologia e Inovação


R. Camilo Castelo Branco, nº 43-1º • 1050-044 Lisboa • Tel.: 210021500 • Fax: 210021444
E-mail: dnt@edp.pt

Divulgação: GBCI – Gabinete de Comunicação e Imagem


Rua Camilo Castelo Branco nº 43 • 1050-044 Lisboa • Tel.: 210021684 • Fax: 210021635
DMA-C34-126/N
FEV 2009

ÍNDICE

0 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................................... 3

1 OBJECTO .............................................................................................................................................................. 3

2 CAMPO DE APLICAÇÃO .................................................................................................................................... 3

3 NORMAS E DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA..................................................................................................... 3

4 TERMOS E DEFINIÇÕES ........................................................................................................................................ 4

5 CONSTITUIÇÃO .................................................................................................................................................... 4

6 DESIGNAÇÃO ...................................................................................................................................................... 4

7 CARACTERÍSTICAS DE CONSTRUÇÃO .............................................................................................................. 5


7.1 Condutor ......................................................................................................................................................... 5
7.2 Bloqueio contra a penetração longitudinal de água............................................................................. 5
7.3 Ecrã semicondutor......................................................................................................................................... 5
7.4 Revestimento .................................................................................................................................................. 5

8 ENSAIOS ................................................................................................................................................................ 6
8.1 Generalidades................................................................................................................................................ 6
8.2 Ensaios de tipo................................................................................................................................................ 6
8.3 Ensaios de série por amostra........................................................................................................................ 6
8.4 Ensaios de série individuais (ou ensaios de rotina) ................................................................................... 6

9 MARCAÇÃO ........................................................................................................................................................ 6

10 CONDIÇÕES RELATIVAS AO ACONDICIONAMENTO DOS CABOS .............................................................. 7

11 GUIA DE USO ........................................................................................................................................................ 7

ANEXO A - ENSAIOS DE TIPO, DE SÉRIE POR AMOSTRA E INDIVIDUAIS A CABOS COBERTOS .......................... 8

DTI - Direcção de Tecnologia e Inovação Pág. 2/9


DMA-C34-126/N
FEV 2009

0 INTRODUÇÃO

A elaboração deste documento resultou da necessidade de dotar a EDP Distribuição – Energia, S. A. de


uma especificação técnica com vista a uma uniformização das características aplicáveis a cabos
cobertos para redes de distribuição aéreas de média tensão. Foi tida em conta a mais recente
normalização internacional e as experiências havidas em empresas congéneres da EDP Distribuição.

1 OBJECTO
O presente documento estabelece as características que devem possuir os cabos cobertos para linhas
aéreas de média tensão da EDP Distribuição – Energia, S. A. e os ensaios a que devem ser submetidos,
para comprovar as referidas características.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
O presente documento aplica-se a cabos cobertos a utilizar em linhas aéreas de distribuição pública
de média tensão. Em particular, aplica-se aos cabos seguintes:
⎯ CCSX 42-AL1/7-ST1A W 15 kV;
⎯ CCSX 136-AL1/22-ST1A W 15 kV;
⎯ CCSX 42-AL1/7-ST1A W 30 kV;
⎯ CCSX 136-AL1/22-ST1A W 30 kV.

3 NORMAS E DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA


O presente documento inclui disposições de outros documentos, referenciados nos locais apropriados
do seu texto, que se encontram listados abaixo, com indicação das respectivas datas de edição. Para
as referências com data de edição, apenas é aplicável a edição listada. Para as referências sem data
de edição, aplica-se a última edição do documento listado (incluindo quaisquer modificações ou
aditamentos).

EN 50397-1 (November 2006) - Covered conductors for overhead lines and the related
accessories for rated voltages above 1 kV and not exceeding 36
kV a.c. – Part 1: Covered conductors

DMA-C34-120/N (AGO 2001) - Cabos de alumínio com alma de aço – Características e ensaios

EN 50356 - Method for spark testing of cables

EN 60811 series - Insulating and sheathing materials of electric and optical fibre
cables – Common test methods (IEC 60811 series)

EN 61284 - Overhead lines – Requirements and tests for fittings (IEC 61284)

HD 380 - Test methods for evaluating resistance to tracking and erosion of


electrical insulating materials used under severe ambient
conditions (IEC 60587)

HD 605 - Electric cables – Additional test methods

DTI - Direcção de Tecnologia e Inovação Pág. 3/9


DMA-C34-126/N
FEV 2009

4 TERMOS E DEFINIÇÕES
Para efeitos do presente documento, são aplicáveis as definições seguidamente indicadas.

4.1
Ensaios de tipo
Ensaios requeridos para serem efectuados antes dos fornecimentos dos tipos de cabos previstos no
presente documento, numa base comercial geral, tendo em vista a comprovação de características
de desempenho satisfatórias em relação com as aplicações previstas. São ensaios de natureza tal que,
após a sua realização com sucesso, não precisam de ser repetidos, a não ser que haja mudanças nas
matérias-primas, na concepção ou no processo de fabrico, que impliquem alteração nas
características de desempenho do tipo de cabo.

4.2
Ensaios de série por amostra
Ensaios efectuados pelo fabricante em amostras de cabo completo ou sobre componentes retirados
de cabo completo, com uma amostragem especificada, a fim de verificar que o produto acabado
está conforme com os requisitos de construção especificados.

4.3
Ensaios de série individuais (ou ensaios de rotina)
Ensaios efectuados pelo fabricante sobre todos os comprimentos de cabo completo, para
comprovação da sua conformidade com os requisitos de construção especificados.

4.4
Tensão estipulada
Tensão de referência para a qual o cabo é concebido e que se destina a definir os ensaios eléctricos.

A tensão estipulada é expressa em kV, pelo valor U, em que U é o valor eficaz entre quaisquer dois
condutores de fase.

5 CONSTITUIÇÃO
Os cabos são constituídos, pela ordem radial com que se referem, pelos seguintes componentes:
⎯ condutor;
⎯ ecrã semicondutor;
⎯ revestimento.

6 DESIGNAÇÃO

Os cabos abrangidos por este documento são designados de acordo com o definido na subcláusula
4.1 da EN 50397-1.

A simbologia usada na designação dos condutores cobertos tem o significado indicado no quadro 1,
seguinte.

DTI - Direcção de Tecnologia e Inovação Pág. 4/9


DMA-C34-126/N
FEV 2009

Quadro 1
Simbologia dos cabos cobertos

Simbologia Significado

CC Cabo coberto
S Ecrã semicondutor
X Revestimento de polietileno reticulado (PEX)
42-AL1/7-ST1A Código segundo o DMA-C34-120/N, relativo ao material e à
secção do condutor de alumínio com alma de aço
136-AL1/22-ST1A
W Bloqueado contra a penetração longitudinal de água
... kV Tensão estipulada do cabo, U

7 CARACTERÍSTICAS DE CONSTRUÇÃO
As características dos cabos devem respeitar o definido na subcláusula 4.2 da EN 50397-1, tendo em
conta os condicionalismos seguintes:

7.1 Condutor
Os condutores devem ser de liga de alumínio, de secções com os códigos 42-AL1/7-ST1A (50 mm2) ou
136-AL1/22-ST1A (160 mm2) e devem possuir as características definidas do DMA-C34-120/N.

7.2 Bloqueio contra a penetração longitudinal de água


O condutor deve ser protegido contra a penetração longitudinal de água, por meios adequados
(massa de enchimento ou outros materiais, por exemplo, fita hidroexpansiva), de acordo com o
disposto na subcláusula 4.2.2 da EN 50397-1.

Se o referido bloqueio for realizado com massa de enchimento, esta deverá estar conforme com a
EN 50326. Neste caso, não se aplica o disposto na secção 6 do DMA-C34-120/N (Caso 1 (figura B.1(a),
do anexo B, da EN 50182), só nos fios de aço).

7.3 Ecrã semicondutor


O ecrã deve ser constituído por um composto semicondutor não metálico, capaz de suportar as
temperaturas admissíveis no condutor e as acções mecânicas aí esperadas, quer nas condições de
funcionamento em serviço quer durante o manuseamento do cabo.

O ecrã semicondutor deve ser extrudido sobre o condutor e não deve provocar qualquer acção
nefasta, de natureza físico-química, sobre o condutor ou sobre o revestimento.

O valor mínimo da espessura do ecrã, em qualquer ponto, é de 0,3 mm.

7.4 Revestimento
O revestimento do condutor deve ser constituído por um composto de polietileno reticulado, dito PEX,
de cor preta, com as características correspondentes ao tipo X, definidas na coluna 3 do quadro 1 da
EN 50397-1.

Deve ser possível remover o revestimento e o ecrã semicondutor sem danificar o condutor.

O cabo deve ser resistente à radiação ultra-violeta. Se for utilizado negro de fumo, o seu conteúdo
deve ser (2,5±0,5) %.

DTI - Direcção de Tecnologia e Inovação Pág. 5/9


DMA-C34-126/N
FEV 2009

As espessuras do revestimento devem obedecer ao indicado no quadro 2, seguinte.

Quadro 2
Espessuras do revestimento

Tensão estipulada Espessura Espessura Espessura


nominal mínima média máxima
(kV) (mm) (mm) (mm)
15 2,3 1,97 2,63
30 3,3 2,87 3,73

O ecrã semicondutor não deve ser medido como espessura do revestimento.

8 ENSAIOS

8.1 Generalidades
Os cabos objecto da presente especificação devem ser submetidos aos ensaios de tipo e de série (por
amostra e individuais) especificados nas secções 8.2, 8.3 e 8.4, seguintes.

8.2 Ensaios de tipo


Os ensaios de tipo correspondem aos ensaios da categoria T, listados no quadro 2 (cláusula 6) da
EN 50397-1 e devem ser realizados de acordo com o definido no mesmo quadro, que se encontra no
anexo A deste documento.

A realização do ensaio 1.5 Tracking resistance (Ensaio de resistência às correntes rastejantes),


especificado no referido anexo A, não é obrigatória, excepto se tal for objecto de acordo entre a EDP
Distribuição e o fabricante.

8.3 Ensaios de série por amostra


Os ensaios de série por amostra correspondem aos ensaios da categoria S, listados no quadro 2
(cláusula 6) da EN 50397-1 e devem ser realizados de acordo com o definido no mesmo quadro, que se
encontra no anexo A deste documento.

8.4 Ensaios de série individuais (ou ensaios de rotina)


Os ensaios de série individuais correspondem aos ensaios da categoria R, listados no quadro 2
(cláusula 6) da EN 50397-1 e devem ser realizados de acordo com o definido no mesmo quadro, que se
encontra no anexo A deste documento.

9 MARCAÇÃO
A marcação dos cabos deve respeitar o definido na cláusula 5 da EN 50397-1, tendo em conta os
condicionalismos abaixo indicados.

Ao longo do revestimento, devem ser marcadas, pela ordem com que se referem, de forma indelével e
bem legível, as seguintes indicações:
i) Nome e/ou marca comercial do fabricante.
ii) Referência à especificação EDP, sob a forma C34-126.

DTI - Direcção de Tecnologia e Inovação Pág. 6/9


DMA-C34-126/N
FEV 2009

iii) Designação do cabo, de acordo com o indicado na secção 6 do presente documento.


iv) Referência de rastreabilidade e ano de fabrico.
v) CABO NÃO ISOLADO – PERIGO DE MORTE.

A distância entre o início de uma marca e o início da mesma marca seguinte não deve exceder
1000 mm.

A marcação deve ser feita por relevo saliente e deve ter uma altura mínima de 5 mm.

10 CONDIÇÕES RELATIVAS AO ACONDICIONAMENTO DOS CABOS


Os cabos devem ser entregues em bobinas de madeira, em bom estado, de construção
suficientemente sólida para resistirem às operações normais de carga, transporte e descarga, com as
abas reforçadas por meio de placas de ferro na zona do eixo.

As abas das bobinas devem ter um diâmetro suficiente para impedir quaisquer riscos de contacto do
condutor com o solo durante as operações normais de transporte e desenrolamento.

O cabo deve ser enrolado nas bobinas em espiras o mais apertadas possível, sem que haja
encavalitamento de espiras de uma mesma camada.

Além disso, a ponta do cabo da camada exterior deve ser fixada sobre a parte interna de uma das
abas da bobina, por forma a evitar o deslocamento das últimas espiras durante as operações de
carga, transporte e descarga e o seu ponto de fixação deve ser assinalado no exterior da bobina por
meio de marca indelével.

As placas de ferro atrás referidas, destinadas ao reforço das abas, devem ter um furo central redondo
com cerca de 90 mm de diâmetro. O diâmetro do furo central da aba será, no mínimo, de 80 mm.

Deve existir uma protecção do cabo contra a intempérie, constituída por folhas de papel impregnado.

Este material deve ser aplicado no núcleo das bobinas com pontas suficientemente compridas para
envolver o cabo após o seu enrolamento na bobina, completado com uma folha do mesmo papel
enrolada sobre a última camada de cabo, devidamente cintada com fitas que não danifiquem o
cabo.

Para consolidação da embalagem, o cabo deve ser protegido por meio de ripas de madeira 1 )
pregadas na periferia das abas das bobinas e com um afastamento máximo de 10 cm entre si.

Em alternativa ao sistema descrito no parágrafo anterior, a encomenda dos cabos pode requerer que
a protecção seja feita por meio de tábuas com a espessura mínima de 2,5 cm pregadas na periferia
das abas da bobina por forma a tapar esta completamente, cintadas com duas fitas a toda a volta.

Os cabos nas bobinas devem apresentar-se isentos de quaisquer sujidades, partículas e demais
depósitos estranhos, devendo ainda estar livres de quaisquer excessos de óleo ou produto de
protecção contra a corrosão.

11 GUIA DE USO
Os fabricantes devem apresentar um Guia de Uso onde constem recomendações sobre
acondicionamento, transporte, armazenamento, manuseamento e instalação dos cabos.

1) Em alternativa às ripas de madeira, podem usar-se esteiras de produto celulósico prensado, resultante da
reciclagem de produtos secundários da indústria das madeiras.

DTI - Direcção de Tecnologia e Inovação Pág. 7/9


DMA-C34-126/N
FEV 2009

ANEXO A
ENSAIOS DE TIPO, DE SÉRIE POR AMOSTRA E INDIVIDUAIS A CABOS COBERTOS (QUADRO 2 DA EN 50397-1)

- Continua -

DTI - Direcção de Tecnologia e Inovação Pág. 8/9


DMA-C34-126/N
FEV 2009

- Continuação anexo A-

ENSAIOS DE TIPO, DE SÉRIE POR AMOSTRA E INDIVIDUAIS A CABOS COBERTOS (QUADRO 2 DA EN 50397-1)

DTI - Direcção de Tecnologia e Inovação Pág. 9/9

Você também pode gostar