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305 A NEGAGAO (1925) A maneira como nossos pacientes apresentam os pen- samentos repentinos que lhes ocorrem [Einfille] durante © trabalho analitico nos leva a fazer algumas observagdes interessantes. “Agora o senhor vai pensar que eu quero dizer algo ofensivo, mas, realmente, nao tenho essa in- ten¢’o”. Entendemos que se trata da recusa [Abweisung] de um pensamento repentino que acaba de emergir, por projecio. Ou também: “O senhor pergunta quem pode ! ser essa pessoa no sonho. Minha mie nao é”. Nos retifi- camos: portanto, é a mie. Na interpretacio, tomamos a liberdade de ignorar a negacio e extrair o contetido puro da ideia que ocorreu. B como se o paciente tivesse dito: “Na verdade, foi a minha mae que me ocorreu em rela¢ao a essa pessoa, mas nao tenho a menor vontade de admitir que isso tenha me ocorrido”. Vez ou outra podemos conseguir chegar, de uma maneira muito cémoda, a um esclarecimento procurado sobre o recalcado inconsciente. Perguntamos: “O que o senhor considera mais improvavel nessa situagio? Em sua opiniio, o que Ihe estava mais distante naquela ocasiao?” Se 0 paciente cai na armadilha ¢ nomeia aquilo em que ele menos consegue acreditar, ele acaba, com isso, quase sempre confessando 0 correto, Uma bela contrapartida a essa experiéncia se apresenta pelo neurdtico obsessi- vo, que jé foi iniciado na compreensio de seus sintomas: Scanned with CamScanner 306 OBRAS INCOMPLETAS DE S. FREUD. “Ocorreu-me outra ideia obsessiva.' Imediatamente me ocorreu que ela poderia significar esta determinada coisa. Mas nio, nao pode ser verdade, senao ela nao poderia ter me ocorrido”, O que ele rejeita [verwirfi],’ tomando essa justificativa que ouviu com aten¢4o no tratamento, é naturalmente, o sentido correto da nova ideia obsessiva. Portanto, um contetido de representacao ou de pen- samento recalcado pode abrir caminho até a consciéncia, sob a condi¢io de que seja negado. A nega¢ao é uma ma- neira de tomar conhecimento do recalcado; na verda- de, é j4 uma suspensio do recalcamento [Verdringung],’ mas evidentemente nio é uma admissio do recalcado [Verdringten]. Podemos ver como, nesse caso, a fungio intelectual se separa do processo afetivo. Com a ajuda da negac¢io, apenas uma das consequéncias do processo de recalcamento é revogada, a saber, a de seu contetido de repre- sentacdo no chegar 4 consciéncia. Disso resulta uma espécie de admissio intelectual do recalcado, com manuten¢io do essencial quanto ao recalcamento.' No curso do tratamento analitico produzimos, frequentemente, outra mudanga muito importante e bastante estranha da mesma situacio, Conseguimos vencer também a negacio ¢ estabelecer plena aceitacio intelectual do recalcado — com isso, a1n da nao foi suspenso [aufgehoben}' 0 proprio proceso de recalcamento. Como é tarefa da fungio intelectual de juizo afirmar ou negar contetidos de pensamento, as observagdes pre- cedentes nos levaram a origem psicolgica dessa fungio "© mesmo processo esti na base do conhecido fendmeno da “invoca gio”. “Que bom que faz tempo que nio tenho a minha enxaquecs! Mas esse é 0 primeiro prenuincio da crise, cuja iminéncia ji se Pres sentiu, mas na qual ainda nio se quer acreditar. Scanned with CamScanner NEUROSE, PSICOSE, PERVERSAO 307 Negar algo no juizo significa, basicamente: isso é alguma coisa que eu preferiria recalcar. A condenagio’ é 0 subs- tituto intelectual do recalcamento; seu “ndo” é a marca caracteristica deste, um certificado de origem, tal como o “made in Germany”. Por meio do simbolo da negagio, o pensar se liberta das limitagdes do recalcamento e se enriquece de contetdos, dos quais nao pode prescindir para o seu desempenho. A fungio do juizo [Urteilsfunktion] tem, essencial- mente, duas decisGes a tomar. Ela deve atribuir ou desa- tribuir uma qualidade’ a uma coisa, e ela deve aceitar ou contestar a existéncia de uma representagao na realidade.” A qualidade, sobre a qual se deve decidir, poderia ter sido originariamente boa ou mi, util ou nociva. Na linguagem das mais antigas pulses orais seria assim expresso: “isto eu quero comer ou quero cuspir”, e em uma traducio [Ubertragung] mais ampla: “isto eu quero introduzir em mim e isto eu quero tirar de mim”. Portanto: “isto deve estar em mim ou fora de mim”. O Eu-Prazer [Lust-Ich] originario quer, como desenvolvi em outro lugar, intro- jetar-se tudo o que é bom e jogar fora [werfen] tudo o que é mau, Em principio, 0 que é mau, o que é alheio ao Eu € 0 que se encontra fora dele é-Ihe idéntico. A outra das decisdes da fungio de juizo, aquela so- bre a existéncia real de uma coisa representada (prova de realidade), constitui um interesse do Eu-Real definitive [Real-Ich(s)], que se desenvolve a partir do Eu-Prazer ini- cial [Lust-Ich]. Agora, nio se trata mais de saber se algo percebido (uma coisa) deve ou nao ser acolhido no Eu, CE.a esse respeito as observacdes em “Pulsdes ¢ seus destinos” (volt me X da Gesammelte Werke). [Cf. As pulsies ¢ seus destines, em edigiv bilingue e comentada, nesta colegio. (N.E,)| Scanned with CamScanner 308 OBRAS INCOMPLETAS DE S. FREUD mas se algo presente no Eu como representa¢io pode também ser reencontrado na percep¢io (realidade). Como podemos ver, trata-se, novamente, da questao do fora ¢ do dentro. O nao real, 0 que é meramente representado, © subjetivo, é apenas interno; 0 outro, 0 que é real, esta presente também no exterior. Nesse desenvolvimento, a considera¢io ao principio de prazer foi deixada de lado. A experiéncia ensinou que nao é apenas importante se uma coisa (objeto de satisfacao) [Befriedigungsobjekt] possui | a “boa” qualidade, portanto, se merece ser aceita no Eu, | mas também se ela esta 14 no mundo externo, de manci- | Ta que se possa apoderar-se dela, segundo a necessidade. Para compreendermos essa progressao, é preciso que nos lembremos de que todas as representagées se originam de percepgGes, que so repetigdes daquelas. Portanto, originariamente, a existéncia da representacio ji ¢ uma garantia para a realidade do representado. A oposicao entre subjetivo e objetivo nao existe desde o inicio. Ela s6 se estabelece porque o pensar possui a habilidade de tornar novamente presente — por meio da reproducao na represen- tacdo — algo que foi uma vez percebido, sem que 0 objeto exterior precise ainda estar presente. O primeiro ¢ mais imediato objetivo da prova de realidade nio é, portanto, 0 de encontrar na percepcao real um objeto correspondente ao representado, mas sim o de reencontrd-lo, de se convence’ de que ele ainda esta presente. Outra contribuigio para a separa¢ao distintiva [Entfremdung] entre subjetivo ¢ objetiv baseia-se em outra faculdade da capacidade de pensar. A reprodugao da percepcio na Tepresentacdo nem sempre sua fiel repeti¢ao; ela pode ser modificada por omissdes ¢ ser alterada por fusdes de diversos elementos. A prova tealidade deve, entio, controlar até onde se estendem ess: deformagées. Reconhecemos, no entanto, como condi¢io Scanned with CamScanner NEUROSE, PSICOSE, PERVERSAO 309 para a instalagio da prova de realidade, que tenham sido perdidos os objetos que um dia trouxeram satisfagio real. O julgar é a acao intelectual que decide sobre a es- colha da a¢do motora, que pée fim ao adiamento do pen- samento’ e que faz a passagem do pensar ao agir. Também ja tratei do adiamento do pensamento em outro lugar.’ Ele deve ser visto como uma acio experimental, um tatear motor com minimos dispéndios de descarga. Pensemos: onde teria o Eu praticado esse tatear anteriormente; em que ponto teria aprendido a técnica que ele utiliza agora nos processos de pensamento? Isso aconteceu na extremidade | sens6ria do aparelho psiquico, nas percepgdes sensoriais. Segundo nossa hipétese, a percep¢io nao é de forma alguma um processo puramente passivo, mas 0 Eu envia periodicamente pequenas quantidades de investimento ao sistema perceptivo, por meio das quais ele experimenta os estimulos externos, para de novo retirar-se depois de cada um desses avangos tateantes. O estudo do juizo nos abre, talvez pela primeira vez, a compreensio [Einsicht] do surgimento de uma fungio intelectual a partir do jogo das mogées pulsionais pri- mirias. O julgar é a continuagao objetivada daquilo que originariamente é realizado de acordo com 0 principio de prazer: a inclusio no Eu ou a expulsio [AusstoBung] para fora do Eu, Sua polaridade parece corresponder 3 oposi¢io | dos dois grupos de pulsées supostos por nds. A afirmagio [Bejahung] — como substituto da unido — pertence a Fros; a negagio — sucessora da expulsio — pertence 4 pulsio de destruicdo. O prazer de negar em geral, o negativismo de certos psicéticos, deve provavelmente ser entendido como um sinal de desfusio pulsional [Triebentmischung], atrave da retragio dos componentes libidinais. No entanto, 0 desempenho da funcio de julgamento s6 se torna possty el Scanned with CamScanner 310 OBRAS INCOMPLETAS DE S. FREUD. pelo fato de que a criagio do simbolo da negacio permitiu ao pensar um primeiro grau de independéncia dos efeitos do recalcamento e, portanto, também da coer¢io [Zwang] do principio de prazer. A essa concep¢ao da negacao se ajusta muito bem o fato de que na andlise ndo ocorre nenhum “no” vindo do inconsciente, e de que o reconhecimento do inconsciente por parte do Eu se expressa numa formula negativa, Nio existe prova mais contundente da bem-sucedida desco- berta do inconsciente do que quando o analisando reage com a frase: “Nao foi isso que eu pensei” ou “isso eu ndo pensei (nunca)”. Scanned with CamScanner NEUROSE, PSICOSE, PERVERSAO 311 Die Verneinung (1925) 1925. Primeira publicagao: Imago, t. 11, n. 3, p. 217-221 1928 Gesammelte Schriften, ¢. X, p. 409-445 1948. Gesammelte Werke, t. XIV, p. 9-16 Trata-se de um texto curto, mas cuja densidade e relevincia sio incontestes. Foi escrito em julho de 1925 e publicado pouco mais tarde Segundo Assoun (2009, p. 374), uma versio anterior do artigo teria por titulo “Die Verneinung und Verleugnung” (A negagio ¢ a recusa), mas Freud teria isolado apenas 0 primeiro termo, deixando o segundo para} o artigo sobre 0 “Fetichismo”. Embora o termo Verneinung designe na lingua alemi corrente a negacdo, tanto no sentido légico e gramatical (“isto nio é um cachimbo") quanto no sentido psicolégico do termo ((“nio foi iso que eu diss escola francesa preferiu ressaltar 0 uso especial do conceito, traduzindo-o ] por dénégation, termo que teve ampla aceitacao na comunidade psicanalitica brasileira. No entanto, em sua argumentacio, Freud parece fazer uso desse dduplo registro — linguistico e conceitual ~ da negacio. No caso do “Homem dos Ratos”, hi uma célebre passagem em que o paciente se lembra de uma cena infantil em que fantasiara obter ‘o amor de uma menina caso fosse vitima de uma desgraga, quando Ihe ocorre pensar na morte de seu pai. Repele essa ideia imediatamente, devido ao seu contetido intoleravel, mas nunca reconhece que essa ideia pudesse ter o estatuto de um desejo. O contetido do desejo recaleado S6 pode manifestar-se sob a forma da negacio. Quanto 4 repercussio deste breve artigo, destacam-se trés ver Jo. and Yes: on the tentes. Numa primeira vertente, René Spitz, em seu Genesis of Human Communication (1957), interpreta 0 artigo de Freud nos quadros de uma psicologia do desenvolvimento. ‘Uma segunda vertente, dessa vez manifestamente critica, com nomes como Wittgenstein e Popper, acusa a Psicanalise de ser irrefuu- civel, apoiando-se frequentemente em passagens como a diltinna frase do artigo: “Nao existe prova mais contundente da bem-succdida descoberta do inconsciente do que quando 0 analisando reage com a frase: ‘Nao foi isso que ew pensei’ ou ‘Nisso eu nav pensei (nunca)"” (neste volume, p. 310). Segundo essa critica, tal posicionamento buscaria tornar as proposigdes da Psicanalise imunes a verificagio, ja que “cara cui ganho, coroa vocé perde”. O proprio Freud respondeu a essa critica n seu artigo de 1937 (“Construgdes em anilise”), quando Iembra “nao” do paciente pot seu que assim como 0 analista nao toma o valor nominal, também nio se contenta com o “sim” como critcrie Scanned with CamScanner > 312 OBRAS INCOMPLETAS DE S. FREUD de validade de uma interpreta¢io. Apenas 0 proprio curso do trata- mento pode fornecer “confirmagées indiretas”, que mostram ou nio a correcio da interpretacio. Last but not least, uma terceira vertente, que marcou época na historia da Psicandlise, concede a esse curto texto um lugar central no que ficou conhecido como “retorno a Freud”. Com efeito, Jacques Lacan 16 as estruturas clinicas freudianas a partir das formas de negagio e seus correlativos mecanismos psiquicos. O que diz respeito diretamente 20 titulo deste volume (Neurose, psicose, perversio), j4 que o mecanismo de negagio da Verdrdngung estaria para a neurose assim como o da Verwerfung estaria para a psicose e o da Verleugnung para a perversio. Nos trés casos estariamos diante de diferentes modalidades do mecanismo de negacio (Verneinung). A leitura atenta dos textos que compéem este volume mostra, no entanto, que Freud emprega tais expressdes principalmente quando na forma verbal, de maneira menos homogénea, ou menos exclusiva, do que se supde (cf. nota que fecha o artigo “A perda de realidade na neurose € na psicose”). Um importante debate acerca da Verneinung ocorreu entre Jean Hyppolite e Jacques Lacan. Esse debate est registrado na transcri¢io do Seminario I, sobre Os escritos tkenicos de Freud, e na revista La Psychanalyse, n. 1, Devido & sua importancia, Lacan publicou em seus Escritos nio apenas sua resposta a Hyppolite, mas também 0 proprio comentirio do fildsofo, na forma de apéndice. HYPPOLITE, J. Comentirio falado sobre a “Verneinung” de Freud In: LACAN, J. Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998, p. 893-9102 + LACAN, J. Ecrits. Paris: Seuil, 1966 * LACAN, J. Autres écrits. Paris Seuil, 2001 (Trad. bras. Outros escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008 + SPITZ, R. No and Yes: on the Genesis of Human Communication. Nov York: International Universities Press, 1957. NOTAS * Zwangsvorstellung ~ 0 vocibulo Vorstellung, quando empregado 00 sentido teérico, tanto na Filosofia quanto na Psicanilise, tende 1 se! traduzido como “representagio”, Entretanto, trata-se tamben «| uma palavra de uso cotidiano, proximo do que chamariamos portugues de “ideia”, ou, dependendo do contexto, “nogio” N edicio preferimos contextualizar sempre o seu uso, ainda que ao leitor a informagio quanto ao texto-fonte de Freud. (N.R Scanned with CamScanner NEUROSE, PSICOSE, PERVERSAO 313 + venvirfi: verbo verwerfen na terceira pessoa do singular no indicativo. O verbo ververfen, bem como 0 relacionado substantivo Verwerfung, diz respeito Aquilo que leitores de Freud, tais como Jacques Lacan, associam i forma de negacao (Verneinung) inerente a psicose. Como o proprio Lacan sugere a traducio de Verwerfung por forclusion em francés, apoiando-se no vocabulirio juridico de sua lingua de expressio, difundiram-se no Brasil as tradugdes por “forclusio”, “foraclusio” e/ou “preclusio”. Apesar dos méritos inequivocos dessa perspectiva, no presente contexto preferimos traduzir de um modo mais direto, por “rejeigio”/“rejeitar” Cabe destacar que o verbo verwerfen & derivado de werfen, significando 0 “ato de langar ou atirar”, por exemplo, uma bola ao cesto no basquete ou uma folha de papel amassada em uma lixeira, pertencendo, pois, i linguagem corrente, ¢ nao a uma linguagem especializada (como seria a traducio por “forclusio”). (N.R.) Verdringung: conforme vemos no substantivo que di titulo a este es- crito (Verneinung) € no mecanismo da Verwerfung (rejeicio/forclusio), discutido na nota acima, h uma regularidade morfologica que se repete aqui no termo Verdringung (recalque/recalcamento), bem como no vocabulo Verleugnung (recusa/desmentido): 0 uso do prefixo Ver-, que em alemao serve, entre outras coisas, para denotar transforma- 0 ou equivoco. Vale observarmos que os capitulos de Psicopatologia da vida cotidiana (1901) sio designados por verbos marcados por esse prefixo, denotando sempre uma produgio equivocada (Ex.: Vergreifen, Versprechen, Verlesen, etc.). O verbo aufheben remete 3 nogio de suspender, tanto num sentido fisico [heben — igar] quanto de uma forma mais abstrata, semelhante a anular, cessar 0 efeito. (N.R.) Verurteilung. O mesmo termo pode designar a condenagao, que no sen- tido juridico ou moral opde-se i absolvigdo, ¢ 0 juizo negativo, que no sentido légico opde-se a juizo afirmativo. Um juizo negativo é aquele que nega um predicado a um sujeito: “essa cas: [essa pessoa] no é minha mie”. Contudo, Jean Hyppolite, em seu célebre comentario a esse texto, enfatiza que o que esti e espécie de “julgar ao contrario”, distinguindo entre uma “negag: interna ao juizo” e uma “atitude de negagao” (Cf. HYPPOLITE, J mentario falado sobre a “Verneinung” de Freud. In: LACAN, J Jorge Zahar, 1998, p.893-902). (N.E.) nio é minha”; uma n jogo aqui Eseritos. Rio de Janeir Eigenschaft. Qualidade ou propriedade. No caso, aquilo que um juizo stribui a um sujeito. Por exemplo: “essa magi é verde”, em que “verde” € 4 qualidade ow a propriedade atribuida pelo juizo a0 sujeito. Por isso, Freud pode falar, em seguida, numa qualidade boa ou mi. (N-E) Scanned with CamScanner 314. OBRAS INCOMPLETAS DE S. FREUD » Essa distingao corresponde A distingZo entre juizo atributivo ("a jus- tiga é cega”; “o leite é morno”; “la donna é mobile”) e juizo existencial ‘no hi justi¢a”; “isso € um seio”; “a mulher nio existe”). (N.E.) * Denkaufichub: adiamento do pensamento, ou adiamento devido 20 pensamento, no sentido do genitivo subjetivo, em que o pensamentoé responsivel pelo adiamento, € nio que o pensamento € adiado. (N.E.) * Cf. particularmente “O Eu ¢ 0 Iss0”, Os pressupostos de toda essa passagem estio estabelecidos desde 1895, no célebre Entwurf ciner psychologie, e foram retomados posteriormente em diversos trabalhos, principalmente naqueles mais voltados 4 metapsicologia em sentido estrito. (N.E) | Scanned with CamScanner

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