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UFCD 9634 – RESPOSTAS


SOCIAS E EDUCATIVAS PARA
CRIANÇAS E JOVENS

FORMADORA: ANA RAMOS

CARGA HORÁRIA: 25

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ÍNDICE

Objetivos……………………………………………………………………………………………….3

Conteúdos programáticos……………………………………………………………………………4

Introdução……………………………………………………………………………………………...5

1. Respostas Sociais e educativas para crianças e jovens…………………………………………6

2. A criança e o jovem no contexto……………………………………………………………………….11

3. Os profissionais……………………………………………………………………………………………….15

Bibliografia……………………………………………………………………………………………18

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OBJETIVOS DO CURSO

Objetivos Gerais:

 Identificar as respostas sociais e educativas existentes para crianças e jovens;


 Apoiar a implementação de respostas sociais e educativas de adaptação da criança
e do jovem;
 Identificar os profissionais que intervêm nos diferentes contextos.

Objetivos Específicos:

No final da formação, os formandos e as formandas deverão ser capazes de:

 Listar corretamente e sem erros os tipos de respostas educativas;


 Definir corretamente e sem erros o conceito de intervenção precoce;
 Listar sem erros, e sem ajuda do manual, 3 respostas para crianças e jovens com
deficiência;
 Reconhecer a importância das rotinas da criança;
 Reconhecer a importância da adaptação da criança e do jovem aos vários contextos;
 Reconhecer a importância do papel dos profissionais (cuidador formal, cuidador
informal, e outros profissionais).

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CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

 Respostas sociais e educativas para crianças e jovens

 Ama e Creche Familiar

 Creche

 Educação pré-escolar

 Escolaridade obrigatória

 Outras respostas

 A criança e o jovem no contexto


 Adaptação da criança e do jovem aos vários contextos
 A separação da família
 A importância das rotinas
 O tempo livre da criança e o tempo ocupado livremente
 Tempo de estudo vs tempo livre

 Os profissionais
 Os cuidadores informais
 Os cuidadores formais
 Outros profissionais

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INTRODUÇÃO
.
Ao longo do presente documento irão ser desenvolvidos os conteúdos abordados durante a
formação, encontrando-se assim o manual dividido por temas.

As crianças e jovens, porque representam o futuro, têm sempre de ser um elemento central
da sociedade, e têm direitos específicos e especiais dentro da proteção estabelecida na
Segurança Social. Estas crianças e jovens, beneficiam de um conjunto de respostas de
cuidados e apoio social, em regra, a partir dos três meses de vida, com vista a apoiar as
famílias e promover o desenvolvimento pessoal e social da criança num ambiente seguro e
estimulante.

Estas respostas sociais são desenvolvidas por diversas instituições e dependem dos
equipamentos e serviços estarem situados na zona da residência das famílias ou da
capacidade da instituição para receber a criança ou o jovem.

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1. RESPOSTAS SOCIAIS E EDUCATIVAS PARA CRIANÇAS E


JOVENS

Um conjunto de respostas integradas de cuidados e de apoio social para crianças e jovens,


em regra, a partir dos 3 meses, com vista a apoiar as famílias, e promover o
desenvolvimento pessoal e social da criança , têm de ter um ambiente seguro e estimulante.

Face ao exposto existem 7 tipos de respostas:


1. Intervenção precoce na infância;
2. Ama;
3. Creche familiar;
4. Creche;
5. Estabelecimento de educação pré-escolar;
6. Centro de atividades de tempos livres;
7. Centro de férias e lazer.

O acesso a estes apoios depende, geralmente:


 Dos equipamentos e serviços estarem situados na zona da residência das famílias ou
convinientemente próximos;
 Das instituições do setor da Segurança Social terem capacidade para receber a criança
ou o jovem.

Intervenção precoce na infância


Resposta que visa garantir condições de desenvolvimento das crianças com alterações nas
funções ou estruturas do corpo que limitam o crescimento pessoal e social, e a sua
participação nas atividades típicas para a idade, bem como das crianças com risco grave de
atraso de desenvolvimento.

Objetivos:
 Assegurar às crianças a proteção dos seus direitos e desenvolvimento das suas
capacidades, através de ações de intervenção precoce na infância (IPI) em todo o
território nacional;
 Detetar e sinalizar todas as crianças com risco de alterações, ou alterações nas funções
e estruturas do corpo, ou risco grave de atraso de desenvolvimento;
 Intervir, após a deteção e sinalização daquelas situações, em função das necessidades
do contexto familiar de cada criança elegível, de modo a prevenir ou reduzir os riscos de
atraso no desenvolvimento;
 Apoiar as famílias no acesso a serviços e recursos dos sistemas da Segurança Social,
da saúde e da educação;

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 Envolver a comunidade através da criação de mecanismos articulados de suporte social.

Ama
Resposta social que consiste no exercício de atividade de ama, destinada a cuidar na sua
residência de crianças até aos três anos de idade, ou até atingir a idade de ingresso no
estabelecimento de educação pré-escolar, por tempo correspondente ao período de trabalho
ou impedimento dos pais ou de quem exerce as responsabilidades parentais (família).

Objetivos:
 Proporcionar à criança um ambiente seguro e familiar;
 As condições adequadas ao seu desenvolvimento integral, num ambiente de
segurança física e afetiva;
 Os cuidados adequados às suas necessidades e bem-estar;
 Facilitar a conciliação da vida familiar e profissional do agregado familiar da criança.

Creche familiar
Resposta social que consiste no exercício de atividade de ama quando desenvolvida no
âmbito de uma instituição de enquadramento, destinada ao cuidado de crianças até aos três
anos de idade, ou até atingirem a idade de ingresso no estabelecimento de educação pré-
escolar, por tempo correspondente ao período de trabalho ou impedimento dos pais ou de
quem exerce as responsabilidades parentais.

Objetivos:
Proporcionar à criança até aos três anos de idade, ou até atingir a idade de ingresso no
estabelecimento de educação pré-escolar e em colaboração com a família:
 Ambiente familiar e seguro com intencionalidade pedagógica;
 Atendimento individual e personalizado, em função das necessidades de cada
criança;
 As condições para o desenvolvimento integral da criança, num ambiente de
segurança física e afetiva;
 Facilitar a conciliação da vida familiar e profissional do agregado familiar.

Creche
Resposta social de natureza socioeducativa, para acolher crianças até aos 3 anos de idade,
durante o período de impedimento dos pais ou da pessoa que tenha a sua guarda de facto.

Objetivos:
 Proporcionar, através de um atendimento individualizado, o bem-estar e
desenvolvimento integral das crianças num clima de segurança afetiva e física;

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 Colaborar com a família na partilha de cuidados e responsabilidades no


desenvolvimento das crianças;
 Colaborar no despiste precoce de qualquer inadaptação ou deficiência assegurando
o seu encaminhamento adequado

Estabelecimento de educação pré-escolar


Resposta social orientada para o desenvolvimento de crianças com idades compreendidas
entre os 3 anos e a idade de ingresso no ensino básico, proporcionando-lhes atividades
educativas e atividades de apoio à família.

Objetivos:
 Promover o desenvolvimento pessoal e social da criança e proporcionar-lhe
condições de bem-estar e segurança;
 Contribuir para a igualdade de oportunidades no acesso à escola e para o sucesso
da aprendizagem e desenvolvimento da expressão e da comunicação;
 Estimular a curiosidade e o pensamento crítico;
 Despistar inadaptações, deficiências e precocidades para melhor orientação e
encaminhamento da criança;
 Incentivar a participação das famílias no processo educativo e estabelecer relações
de colaboração com a comunidade;
 Apoiar a família através de fornecimento de refeições às crianças e de
prolongamento de horários com atividades de animação socioeducativa.

Centro de atividades de tempos livres


Resposta social que proporciona atividades de lazer a crianças e jovens a partir dos 6 anos,
nos períodos disponíveis das responsabilidades escolares, desenvolvendo-se através de
diferentes modelos de intervenção, nomeadamente acompanhamento/inserção, prática de
atividades especificas e multiactividades.

Objetivos:
 Criar um ambiente favorável ao desenvolvimento de cada criança ou jovem, de forma
a ser capaz de se situar e expressar num clima de compreensão, respeito e
aceitação de cada um;
 Colaborar na socialização de cada criança ou jovem, através da participação na vida
em grupo;
 Favorecer a relação entre família, escola, comunidade e estabelecimento, com vista
a uma valorização, aproveitamento e rentabilização de todos os recursos do meio;
 Proporcionar atividades integradas num projeto de animação sociocultural, em que
as crianças possam escolher e participar voluntariamente, tendo em conta as
características dos grupos e como base o maior respeito pela pessoa;

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 Melhorar a situação social e educativa e a qualidade de vida das crianças;


 Potenciar a interação e a integração social das crianças com deficiência, em risco e
em exclusão social e familiar.

Características das atividades integradas nos modelos de intervenção referidos:


 Acompanhamento/inserção: atividades de animação de rua e atividades de porta
aberta;
 Prática de atividades específicas: desporto, biblioteca, ludotecas, ateliers de
expressão, cineclubes, clubes de fotografia e quintas pedagógicas.

Centro de férias e lazer


Resposta social destinada a todas as faixas etárias da população e à família na sua
globalidade para satisfação de necessidades de lazer e de quebra da rotina, essencial ao
equilíbrio físico, psicológico e social dos seus utilizadores.

Objetivos:
Proporcionar:
 Estadias fora da sua rotina de vida;
 Contactos com comunidades e espaços diferentes;
 Vivências em grupo, como formas de integração social;
 Promoção do desenvolvimento do espírito de interajuda;
 Fomento da capacidade criadora e do espírito de iniciativa.

Outras respostas
Respostas específicas para crianças e jovens com deficiência:
 Intervenção Precoce: resposta desenvolvida através de um serviço que promove o
apoio integrado, centrado na criança e na família mediante ações de natureza
preventiva e habilitativa, designadamente do âmbito da educação, da saúde e da
ação social. Para crianças até aos 6 anos de idade, especialmente dos 0 aos 3 anos,
com deficiência ou em risco de atraso grave de desenvolvimento;
 Lar de Apoio: resposta social desenvolvida em equipamento, destinada a acolher
crianças e jovens com necessidades educativas especiais que necessitem de
frequentar estruturas de apoio especifico situadas longe do local da sua residência
habitual ou que, por comprovadas necessidades familiares, precisem,
temporariamente, de resposta substitutiva da família. Para crianças e jovens com
deficiência com idades compreendidas entre os 6 e os 16/18 anos que necessitem,
temporariamente de resposta substitutiva da família;
 Transporte de Pessoas com Deficiência: resposta social desenvolvida através de um
serviço de natureza coletiva de apoio a crianças, jovens e adultos com deficiência,
que assegura o transporte e acompanhamento personalizado.

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Respostas específicas para crianças e jovens em situação de perigo:

 Centro de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental: resposta social desenvolvida


através de um serviço, vocacionada para o estudo e prevenção de situações de risco
social e para o apoio a crianças e jovens em situação de perigo e suas famílias,
concretizado na sua comunidade, através de equipas multidisciplinares. Para
crianças e jovens em situação de perigo e suas famílias;
 Equipa de Rua de Apoio a Crianças e Jovens: resposta social desenvolvida através
de um serviço, destinada ao apoio a crianças e jovens em situação de perigo,
desinseridas a nível sociofamiliar e que subsistem pela via de comportamentos
desviantes. Para crianças e jovens em rutura familiar, social e em risco, sem
qualquer contexto de apoio institucional e suas famílias;
 Acolhimento Familiar para Crianças e Jovens: resposta social desenvolvida através
de um serviço, que consiste na atribuição da confiança da criança ou do jovem a
uma família ou a uma pessoa singular, habilitadas para o efeito, tecnicamente
enquadradas, decorrente da aplicação da medida de promoção e proteção, visando
a sua integração em meio familiar. Para crianças e jovens, de ambos os sexos, em
situação de perigo, cuja medida de promoção e proteção assim o determine;
 Centro de Acolhimento Temporário: resposta social desenvolvida em equipamento,
destinada ao acolhimento urgente e temporário de crianças e jovens em perigo, de
duração inferior a seis meses, com base na aplicação de medida de promoção e
proteção. Para crianças e jovens de ambos os sexos até aos 18 anos, em situação
de perigo, cuja medida de promoção e proteção determine um acolhimento de
duração inferior a seis meses;
 Lar de Infância e Juventude: resposta social desenvolvida em equipamento,
destinada ao acolhimento de crianças e jovens em situação de perigo, de duração
superior a 6 meses, com base na aplicação de medida de promoção e proteção.
Para crianças e jovens de ambos os sexos, até aos 18 anos, em situação de perigo,
cuja medida de promoção e proteção assim o determine;
 Apartamento de Autonomização: resposta social desenvolvida em equipamento
(apartamento inserido na comunidade local), destinada a apoiar a transição para a
vida adulta de jovens que possuem competências pessoais específicas, através da
dinamização de serviços que articulem e potenciem recursos existentes nos espaços
territoriais. Para jovens de idade superior a 15 anos com medida de promoção e
proteção definida.

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2. A CRIANÇA E O JOVEM NO CONTEXTO

É importante que a criança e o jovem adquiram rotinas saudáveis ao nível do sono, da


alimentação, da atividade física e do tempo para estar com a família.
O tempo livre é fundamental para o desenvolvimento da criança. Um tempo que não seja
determinado pelas obrigações escolares, ocupado livremente onde não haja obrigação de
realizar uma determinada tarefa. As crianças precisam de tempo, espaço e liberdade para
brincar, e para não fazer nada. Tal como precisam de ar para respirar. Isto significa
reconhecer o direito de “não fazer nada”.
No tempo livre terão a oportunidade de explorar o seu mundo interior e exterior. As crianças
não devem ficar demasiado ocupadas com atividades estruturadas ou entretenimento
tecnológico (ex. jogos de vídeo).
O tempo de lazer do jovem é um espaço temporal privilegiado para as atividades de
desporto e socialização. Através de atividades que estejam em sintonia com os interesses e
motivações de cada um, é possível desenvolver competências e fortalecer aprendizagens
adquiridas em contextos formais.

A separação da família

Não menos importante do que foi supra citado, também se deve ter em consideração, e
atenção a separação familiar, isto porque esta pode, ou não, trazer consequências para a
criança, ou jovem.

Na literatura, o divorcio ou a separação dos pais é descrito como um evento que causa mal-
estar psicológico às famílias, em concreto, porque implica mudanças e ajustamentos na vida
dos adultos (pais e outros familiares) e das crianças. Sobretudo quando há adequação dos
adultos, os efeitos negativos na adaptação da criança são maioritariamente transitórios.

O impacto do divórcio na criança depende de vários fatores, entre eles o temperamento e a


idade da criança; a psicopatologia dos pais, com especial relevância para a depressão; uma
coparentalidade conflituosa, incluindo a intensidade e frequência do conflito interparental
antes e após o divórcio.

No caso de desajustamento, a magnitude e a duração dos problemas que a criança pode


exibir decorrem de várias circunstancias, sendo que entre aquelas que podem causar maior
impacto negativo está a forma como os próprios adultos lidam com o divórcio e como a
transpõem para a criança. Pais que são adequados na definição da guarda da criança, nas
práticas parentais, que têm menos conflitos durante o divórcio e à frente da criança, podem
amenizar o impacto do divórcio na criança.

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Em prol da adaptação da criança ao divórcio/separação, ficam aqui algumas sugestões para


os pais e a família:

 Dar prioridade ao bem-estar da criança e às suas necessidades separando a


conjugalidade da parentalidade e abrindo mão da eventual vontade de contrariar o
ex-cônjuge;
 Respeitar o outro promovendo a comunicação com o pai/mãe da criança quanto às
necessidades dos filhos;
 Promover uma parentalidade cooperativa. A qualidade da parentalidade é um dos
melhores preditores do bem-estar social e emocional da criança. Assim, a partilha de
um estilo parental democrático, baseado na coparentalidade cooperativa, marcada
pelo envolvimento de ambos os pais na educação, cuidados e decisões sobre a vida
dos filhos, é decisiva no ajustamento da criança ao divórcio;
 Separar a relação conjugal da relação co parental (a relação dos adultos é só com
eles, não cabe à criança saber coisas relacionadas com o fracasso da relação dos
pais ou se a mãe/o pai acha que o seu ex-parceiro a/o deixou porque tem outra
pessoa;
 Reduzir ao máximo o conflito: O conflito entre pais é considerado o fa tor de risco
com maior impacto no ajustamento da criança à separação. O conflito pode ser
manifestado pela raiva, pela hostilidade, pelas dificuldades de cooperação nos
cuidados e na comunicação com os filhos, pela linguagem agressiva, pela agressão
física, ou outras situações nefastas e cria stress, tristeza e insegurança na criança.
Além disso, o conflito entre os pais traduz-se, na maioria das vezes, em disciplina
permissiva e inconsistente, instabilidade emocional, impulsividade nas práticas
parentais e menor responsabilidade e disponibilidade emocional para a criança;
 Não envolver a criança na disputa; ela não é um juiz ou conselheiro matrimonial.
Quando as crianças são envolvidas nos conflitos parentais, acontece a
deterioração das relações pais-filhos. O impacto na criança é muito negativo,
causando stress e desadaptação. Quanto mais a criança percebe que os conflitos
entre os pais são desadequados, maior o risco para ter problemas de ajustamento e
de bem-estar. Também está comprovado que ambientes pós-divórcio altamente
conflituosos podem acarretar mais problemas de externalização (comportamentos
de oposição, agressividade, hostilidade, etc.) na criança;
 Respeitar o direito da criança de gostar do pai, da mãe e dos restantes membros da
família;
 Não perguntar à criança se prefere estar com o pai ou com a mãe, pois isto só causa
tensão à criança;
 Mostrar interesse pelo que a criança possa estar a sentir e disponibilidade para
responder a perguntas e esclarecer dúvidas relacionadas com receios acerca do
divórcio;
 Não perguntar o que acontece em casa do outro progenitor;
 Manter ao máximo hábitos e rotinas diárias;

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 Não dizer mal do outro progenitor ou da sua família à criança nem permitir que a
restante rede familiar o faça;
 Não usar a criança como forma de apoio pessoal, mas procurar ajuda noutros
adultos;
 Se os pais estiverem juntos numa festa ou em qualquer outro momento festivo da
criança, não devem discutir ou entrar em conflito à frente da criança e dos seus
amigos;
 Não expor a vida da criança (mesmo quando fala de si) nas redes sociais. A
probabilidade da criança ouvir comentários desagradáveis é enorme e o dano que
isto pode provocar nela também;
 Deixar a criança levar as suas roupas, brinquedos e outros pertences para a casa do
pai/mãe. São dela.
 Não usar a criança como mensageiro para falar com o outro progenitor. Este tipo de
envolvimento da criança é totalmente desaconselhado e causa ansiedade, tristeza e
mágoa. Os adultos devem agir como tal e comunicar entre si pelo bem-estar dos
seus filhos.

O tempo livre da criança

Na maioria das vezes os pais completam todo o horário da criança com diversas atividades
e tarefas, desse modo acreditam dar aos seus filhos sabedoria e prepara-los para o futuro e
divertimento na medida certa. Mas várias pesquisas mostram o contrário, essa rotina intensa
tira toda a segurança e autonomia da criança, onde consequentemente ela não aprenderá a
decidir sobre as coisas que realmente gosta de fazer e nem a tomar posições necessárias
na vida.

Além de pensarem nos filhos, o motivo principal dos pais fazerem essas programações de
atividades é preencher todo o tempo com coisas construtivas e que não deixam nenhum
espaço vago para o tédio dominar. Por isso as crianças vêm-se obrigadas a fazerem
trabalhos de casa, ou outras tarefas repetitivas, ao invés de trabalharem com o aprendido
através de brincadeiras, ou com alguma maneira de divertimento que desenvolva melhor o
seu potencial. O que os pais não sabem é que no momento em que as crianças se sentem
entediadas, o estímulo de procura por aventura conecta-os a um mundo de conhecimento e
criatividade.

Como uma criança aprende ao brincar? A partir do momento que a criança tem
autonomia do seu tempo de lazer (atente-se ao fato do reconhecimento dos momentos de
lazer e das atividades obrigatórias) e se dá a oportunidade de se organizar, esse ato
proporciona novas atitudes e pensamentos, permitindo descobrir um mundo novo através da
imaginação, onde ele estará repleto de ricas novidades.

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A principal habilidade que se aprende quando se está a brincar é fazer com que a criança se
sinta segura em relação a ela mesma e principalmente com as outras, por isso é importante
que ela tenha espaço em tudo: para brincadeiras, livre para a imaginação e segurança para
novas amizades. Portanto esse momento de lazer é na verdade uma folga para estimular
interações sociais, gerar autonomia e desenvolver melhor tanto o cognitivo quanto o
emocional.

É importante compreender que o cérebro dela está a todo momento procurando explicações
e razões, essas pausas aliviam essa pressão o que gerará uma melhor concentração
posteriormente e também um entendimento mais amplo de tudo que é interessante ser
aprendido.

Como estimular a criatividade das crianças? Eis algumas atividades que motivam o
impulso exploratória da criança:

 brincadeiras criativas;
 fazer desenhos ou pintar;
 leitura;
 passeios para conhecer novos lugares;
 atividades que mexam com água ou terra;
 ter relações constantes com outras crianças;
 construir os próprios brinquedos;
 entrar em contacto com ambientes que estimulam a imaginação

Quando a criança começar com a nova rotina onde dará espaço para a sua imaginação é
importante que os pais mostrem interesse pelas suas ideias, porque só assim ela se sentirá
estimulada para procurar o novo. Outra dica muito importante: os pais precisam sempre de
responder a todas as perguntas satisfazendo a curiosidade da criança, – mesmo que sejam
óbvias – lembre-se que elas não sabem tudo. E além disso, respeitar o seu ponto de vista e
ajudá-las a pensar criticamente.

Em suma, é preciso entender o tempo da criança e o espaço que ela cria para as
brincadeiras, como também para se conectar com ela mesmo, porque é a partir disso que os
estímulos para criatividade aparecerem. Para o mundo da imaginação não existem regras,
mas os pais servem como guias que direcionam a aprender novos trabalhos e
principalmente superar inseguranças e medos.

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3. OS PROFISSIONAIS

O cuidador informal é a pessoa que presta assistência e cuidados a outros sem qualquer
remuneração. Por norma, o cuidador informal é um familiar, amigo ou vizinho, que
voluntariamente se disponibiliza para prestar esses cuidados. Tratam-se de pessoas sem
formação profissional específica que acabam por auxiliar as pessoas que sofrem de uma
incapacidade, parcial ou total, nos seus cuidados quotidianos.

O cuidador formal presta cuidados de saúde ou serviços sociais para outros, em função da
sua profissão. Geralmente, os cuidadores formais recebem compensação financeira pelos
seus serviços.

Na realidade, os serviços formais que proporcionam cuidados no domicílio permitem a


manutenção no seu meio. No entanto, poucos são os cuidadores informais que recorrem
aos serviços disponíveis. Isto acontece por falta de conhecimentos e/ou pelos custos
associados a eles.
É, então, necessário e primordial, recorrer ao apoio formal disponível na sociedade, que
engloba um ou diversos tipos de apoio específicos prestados por indivíduos, grupos ou
instituições. É preciso conhecer o que existe na rede social para se poder solicitar ajuda.
Existem profissionais essenciais nas redes de apoio, embora as equipas técnicas difiram
consoante os serviços disponibilizados.
Seguidamente, apresenta-se uma breve descrição dos profissionais que estão mais
diretamente ligados à prestação de cuidados a estas respostas educativas:
Psicólogo
 Estudiosos dos mecanismos mentais e dos comportamentos humanos, individuais e
coletivos, aplicam os seus conhecimentos na adaptação e desenvolvimento do ser
humano no plano pessoal, social, educativo e profissional.
 Cabe-lhes o diagnóstico das características mentais (cognitivas, emocionais,
volitivas) e o aconselhamento respetivo.
 Intervêm, envolvendo os utentes e as famílias, ao nível do apoio emocional e
terapêutico, podendo integrar equipas multidisciplinares (por exemplo em processos
de adesão ao tratamento).

Animador Sociocultural
 Organiza, coordena e/ou desenvolve atividades de animação (carácter educativo,
cultural, desportivo e social) e desenvolvimento sociocultural de grupos e
comunidades, inseridas nas estruturas e objetivos da administração local ou serviços
públicos ou privados de carácter social e cultural.
 Nos ateliers, visitas a diversos locais (museus, exposições), encontros desportivos,
culturais (debates, conferências) e recreativos, redação e publicação de jornais,

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utiliza métodos pedagógicos e de animação, a fim de desenvolver o espírito de


pertença, cooperação e solidariedade das pessoas, bem como proporcionar o
desenvolvimento das suas capacidades de expressão e realização.
 Concebe e executa, individualmente ou em colaboração com grupos, suportes
materiais para o desenvolvimento das ações, reúne todos os recursos necessários,
avalia os programas e efetua os respetivos relatórios.

Assistente Social
 Colabora na resolução de problemas de adaptação e readaptação social de
indivíduos, grupos ou comunidades, provocados por causas de ordem social, física
ou psicológica, através da mobilização de recursos internos e externos. Apurando as
suas dificuldades, estuda com eles as possíveis soluções em termos de
equipamento social de que podem dispor, possibilidades de estabelecer contactos
com serviços sociais, obras de beneficência ou outros, fomentando uma decisão
responsável.
 Mediante o diagnóstico de necessidades gerais de uma comunidade, intervindo em
equipas multidisciplinares, participa na criação de serviços próprios para as resolver,
em colaboração com as entidades administrativas que representam os vários grupos,
de modo a contribuir para a humanização das estruturas e dos quadros sociais.

Terapeuta ocupacional
 Organiza e desenvolve programas particulares de tratamento, com vista à
readaptação física ou mental das pessoas incapacitadas, com o objetivo de obter o
máximo de funcionalidade e independência na aprendizagem, trabalho, vida social e
doméstica.
 Para tal, avalia as aptidões, os recursos, os interesses dos doentes e as condições
do meio social, elabora um programa de reabilitação adequado identificando as
áreas subjacentes de disfunção Neurológica e de maturação, analisa as atividades
mais adequadas para cada caso e converte-as em exercício terapêutico.
 Com atividades manuais e trabalhos criadores, recupera capacidade funcional dos
músculos e movimentos das articulações, a coordenação dos movimentos e a
resistência à fadiga.
 Reensina as pessoas deficientes a fazer os gestos comuns do quotidiano tais como,
comer, fazer a "toilette" e vestir-se; aconselha sobre as adaptações arquitetónicas e
de equipamentos de uso doméstico.

Fisioterapeuta
 Organiza e executa tratamentos tendo em vista a recuperação, aumento ou
manutenção das capacidades físicas dos deficientes e lesionados, bem como a
prevenção da incapacidade.

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 Colabora no diagnóstico avaliando os sintomas e capacidades, elabora programas


de tratamento para a recuperação física recorrendo à terapia pelo movimento,
técnicas manipulativas, hidroterapia, eletroterapia, incluindo o frio e o calor, raios
laser, ultrassons e outras técnicas de inibição e facilitação neuromuscular, treinando
os utentes e famílias para efetuarem os exercícios em casa.
 O seu trabalho abrange a área ortopédica, respiratória, neurológica e reumatológica.

Ajudante familiar
 Providencia, no domicílio, cuidados a pessoas incapacitadas física ou mentalmente e
idosos.
 As suas tarefas incluem a confeção de refeições, tratamento de roupas e cuidados
de higiene e conforto, acompanhamento nas deslocações e ministração da
medicação prescrita.

Ajudante de Ação Direta


 Fazem parte das suas funções a ministração de refeições, cuidados de higiene e
conforto dos utentes e dos quartos e a vigilância dos doentes sob orientação do
responsável.
 Poderá ainda, mediante os casos e as organizações, acompanhar os idosos nas
deslocações e participar nas atividades dinamizadas pelos animadores.
 Eventualmente, tendo formação específica para tal, auxilia o enfermeiro nos
tratamentos e cuidados de enfermagem.

Para que fique completo o quadro de pessoal necessário a estas instituições, não devem ser
esquecidas as pessoas que asseguram serviços gerais, imprescindíveis para que a equipa
técnica desenvolva o seu trabalho especializado:
• Diretor;
• Quadros superiores/Administrativos (na área da contabilidade, financeira, do
pessoal);
• Empregada(o) de limpeza;
• Cozinheira(o) e ajudantes de cozinha;
• Responsável pela logística/aprovisionamento;
• Rececionista;
• Motorista.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 Chichorro, Ana Maria (coordenação) (2006), Respostas Sociais –
Nomenclaturas/Conceitos, Lisboa, Direção-geral da Segurança Social, da Família e
da Criança.

 Segurança Social
URL: http://www.seg-social.pt/inicio

 http://www.seg-
social.pt/documents/10152/113014/Protecao_social_criancas_e_jovens.pdf/a07b4c9
5-2902-4282-8ce9-e2127ad0f14f

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