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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL

SENAI / Blumenau

TÉCNICO DE MANUTENÇÃO AUTOMOTIVA

SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO E ARREFECIMENTO

THIAGO ZENI CASTANHEIRA

BLUMENAU
2023
MANUTENÇÃO DE MOTORES DE VEÍCULOS

Trabalho apresentado à unidade curricular de


Manutenção de Motores de Veículos, do curso Técnico de
Manutenção Automotiva do Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial – Unidade Blumenau, SC

Professor: Eduardo Soethe.

BLUMENAU-SC
2023
Introdução

É de suma importância entender o funcionamento do sistema de lubrificação,


já que garante a refrigeração, reduz atrito, desgaste e garante o bom funcionamento
do motor de um automóvel.
Preserva o conjunto mecânico do veículo, garantindo boa durabilidade das
peças móveis e fixas.
Nos motores de quatro tempos o óleo lubrificante é armazenado no cárter e o
fluxo de óleo é feito sob pressão através de galerias existentes no motor.
Outro sistema essencial no veículo é o de arrefecimento, afinal para um bom
desempenho do motor a combustão necessita de uma temperatura ideal, nem muito
frio consumindo muito combustível nem muito quente superaquecendo.
1. LUBRIFICANTES E ESPECIFICAÇÕES
1.1 Minerais

O óleo lubrificante mineral é produzido por meio de uma combinação de aditivos e


óleos básicos obtidos pelo refino do petróleo. Eles não são tão desenvolvidos
quantos os sintéticos e semissintéticos, possuindo mais impurezas em sua
composição. Há anos esse produto auxilia o funcionamento de motores a gasolina e
a diesel.
As principais características do óleo mineral são:

• Menor preço;
• Atender às exigências dos carros mais antigos;
• Dura menos, necessitando de maior quantidade de trocas.

1.2 Semissintéticos

É também uma base mineral que passa por vários processos de desenvolvimento. No
entanto, após o acréscimo de aditivos, a quantidade de óleo mineral que está no
produto é pequena.
Sendo assim, o lubrificante não pode ser considerado um óleo sintético ou mineral
pois em sua composição há óleos sintéticos com óleos minerais.
A nomenclatura “semissintético” foi escolhida para esse produto.
Algumas características do óleo semissintético são:

• Maior estabilidade térmica e oxidativa se comparado ao óleo mineral


• Melhor capacidade de manter a viscosidade adequada
• Pouquíssimos contaminantes presentes

1.3 Sintéticos

Produzido a partir da mistura de óleos básicos sintéticos e aditivos.


A palavra “sintético” indica que houve manipulação para tornar o óleo mais
aprimorado que os minerais e semissintéticos.
O produto, como resultado, é mais robusto, apresentando maior durabilidade e mais
eficiência. Livre de contaminantes, esse tipo de óleo normalmente apresenta um
melhor desempenho na lubrificação do motor.
Esse tipo de óleo lubrificante costuma responder muito bem às chamadas
“condições severas de uso”. Se o carro é usado diariamente em situações de trânsito
complicado, por exemplo, o ideal é usar o óleo sintético. É sempre bom lembrar que
a maioria das grandes cidades brasileiras representam condições severas de uso para
os veículos.
Em relação à durabilidade, os óleos sintéticos apresentam um período maior entre
trocas de óleo em comparação com qualquer outro tipo de lubrificante, pois possui
uma composição química sofisticada, proporcionando menos oxidação nas peças
lubrificadas.
As principais características são:

• Alta durabilidade, maior do que qualquer outro tipo de lubrificante;


• Responde melhor aos carros mais modernos do mercado;
• Propicia mais economia de combustíveis;
• Excelente relação custo/benefício;
• Forma menos borra.

1.4 Viscosidade

• Classificação SAE: Sociedade de Engenheiros Automotivos;


• É medida em função da resistência ao escoamento do óleo;
• É o tempo em segundos, para que uma certa quantidade de óleo, numa dada
temperatura, escoe através de um orifício de formato e dimensões
padronizados.

1.5 Qualidade

• Classificação API: Instituto Americano de Petróleo


• Função das condições em que o óleo deve ser usado;
• Define os aditivos.
2. TIPOS DE LUBRIFICAÇÃO
2.1 Sistema de mistura com o combustível

• Utilizados em motores 2 tempos do Ciclo Otto


• É misturado no combustível na proporção de 1:20 a 1:40

Imagem 1: óleo Motul 2 tempos

2.2 Sistema por salpico

• Utilizado em motores estacionários monocilíndricos de uso agrícola;


• Neste sistema o pé da biela apresenta um prolongamento afilado denominado
pescador;
• Uma bomba alimenta com óleo o pescador;
• Ao girar o motor o óleo é borrifado pelo pescador nas paredes dos cilindros e
nas demais partes móveis no interior do bloco.

Imagem 2: Sistema por salpico

2.3 Sistema de circulação e salpico

• Neste sistema uma bomba força a passagem do óleo através de uma galeria
principal contida no bloco do motor, ao mesmo tempo que abastece as calhas
de lubrificação por salpico;
• Da galeria principal o óleo, sob pressão, é direcionado a passar através do eixo
de manivelas, do eixo de comando de válvulas e do eixo dos balancins;
• O óleo que escapa dos eixos é pulverizado na parte superior das paredes dos
cilindros, nos pistões e nos pinos das bielas.

2.4 Sistema de circulação sob pressão

• Utilizados nos motores de tratores agrícolas;


• Sob pressão;
• Passagem através dos eixos (manivelas, comando de válvulas e balancins);
• A parte superior dos cilindros e dos pistões é lubrificada pelo óleo que escapa
de furos existentes nas conexões das bielas com os pinos dos pistões;
• A parte inferior das paredes dos cilindros e dos pistões é lubrificada pelo óleo
pulverizado de furos existentes nas conexões da árvore de manivelas com as
bielas;
• Devido a longa distância e diversas galerias percorridas pelo óleo neste
sistema, o requerimento de pressão na maioria dos motores dos tratores varia
de 15 a 40 psi, podendo em alguns casos chegar até 65 psi.

Imagem 3: Sistema de circulação sob pressão


3. FUNÇÃO E COMPONENTES
3.1 Funcionamento

O óleo fica dentro de um circuito fechado. Ele é canalizado e faz um percurso até
os componentes do motor. Depois, o sistema de lubrificação distribui a refrigeração
e a fluidez nas seções com maior atrito e calor.

3.2 Bomba de óleo

• Encontrada no cárter;
• Acionada pelo movimento do virabrequim ou pelo eixo de comando de
válvulas;
• Sua função é suprir óleo lubrificante sob determinada pressão as diversas
partes do motor;

Imagem 4: Bomba de óleo com dois tipos de funcionamentos

3.3 Filtro de óleo

• Encontra-se na parte externa do bloco;


• Retém as impurezas, partículas, sujeiras promovendo a limpeza do
lubrificante;
• As impurezas reduzem significativamente a vida dos motores, desta forma os
filtros devem sempre ser trocados de acordo com a recomendação do
fabricante do veículo.

Imagem 5: Filtro de óleo em funcionamento

3.4 Pescador

Ligado à bomba está o pescador de óleo, que vai até o cárter com o objetivo de
coletar o óleo que está ali depositado. No fim do pescador há uma parte do filtro,
mais conhecida como “peneira”.

Imagem 6: Pescador de óleo linha GM


3.5 Interruptor de pressão

Dispositivo do motor que permite avisar ao condutor, através de sinal de alerta ou


sonoro, as vezes os 2. Para alerta de eventual queda de pressão de óleo, que por
consequência, poderia causar deficiência no sistema de lubrificação. Também
conhecida como cebolinha do óleo.

Imagem 7: Interruptor de pressão linha VW

3.6 Cárter

Está localizado na parte inferior do motor, é feito de liga metálica onde acumula o
óleo lubrificante. Ele tem como função manter certo nível de óleo para garantir a
lubrificação de todo o motor e o sistema de lubrificação. Todo sistema depende de
uma quantidade de óleo para funcionar, variando de acordo com o tamanho do
motor. Para grandes embarcações, como navios de grande porte, o sistema pode
conter até 500 litros de óleo lubrificante. Contém um parafuso embaixo para
drenagem do lubrificante, chamado de bujão do cárter.

Imagem 8: Cárter linha Fiat


4. POSSÍVEIS DEFEITOS E TESTES
4.1 Mistura de óleo

A mistura de óleos prejudica o sistema de lubrificação do motor. Por isso, o ideal é


respeitar se o óleo é sintético, semissintético ou mineral e completar o óleo com o
mesmo lubrificante. Assim, você garantirá a vida útil de todas as peças e do motor
do automóvel.

4.2 Falta de troca

Quando esses intervalos são ignorados, o conjunto mecânico passa a sofrer com as
consequências de um fluido que já não tem as mesmas vantagens químicas de
quando era novo. Dessa maneira, a composição não apresente a mesma capacidade
de refrigeração de antes, também alterando suas especificações de viscosidade e
lubrificação.

4.3 Entupimento de galerias

Por exemplo, quando há um intervalo muito longo para a troca do óleo, esse fluido
acaba acumulando impurezas em excesso. Com o tempo, essas sujeiras serão
absorvidas pelo filtro, que ficará saturado rapidamente. Então, essa
saturação dificulta o fluxo do lubrificante, eventualmente prejudicando as válvulas
e, por fim, entupindo as galerias, causando danos que costumam acontecer ao
interromper a lubrificação dos componentes internos.

4.4 Teste na bomba

Com a bomba não seria diferente, sendo fundamental examinar sua capacidade de
pressurização antes da troca.

A substituição dessa peça deve passar por alguns testes:

• avaliar se a bomba gira livremente;


• carregá-la com o mesmo fluido que será utilizado no motor, facilitando a
formação do selo hidráulico;
• com a instalação de um manômetro no sistema, analisar a pressão gerada pela
bomba com o motor em funcionamento, inicialmente frio.
Imagem 9: Verificando se a bomba gira suavemente

Imagem 10: Diagnóstico de desgaste na “face” da bomba, outro modelo, gerando perda de pressão

4.5 Teste Visual

Sempre comece analisando as anormalidades mais fáceis de serem vistas. Bons


exemplos são os vazamentos e consumo excessivo dos fluidos do veículo. Depois,
inicie uma análise mais detalhada.
Procure enxergar borras, defeitos nos filtros e falhas relacionadas à pressão. Dessa
forma, é possível encontrar as causas do problema com bem mais facilidade.
Por fim, existe uma outra coisa que pode ajudar bastante no seu trabalho, que é o
uso de scanners, que traz muita praticidade. Assim, você consegue integrar a parte
elétrica e mecânica. Portanto, leve em consideração adquirir esse apoio tecnológico.
5. CONDICIONADOR DE METAIS

5.1 Definição

Os condicionadores de metais são produtos de origem sintética à base de


nanotecnologia, tendo como principal função a proteção para equipamentos móveis
e industriais. Sua proposta é criar uma barreira de proteção antiatrito (tecnologia de
adsorção) e, assim, preservar as suas peças metálicas.

5.2 Vantagens

• Economia nos custos de manutenção das peças lubrificadas;


• Efeito direto sobre a redução no consumo de combustível;
• Diminuição da emissão de gases poluentes;
• Proteção anticorrosiva e antioxidante aos motores e equipamentos;
• Melhora da performance e da vida útil dos componentes;
• Redução de atrito, desgaste e corrosão.

Imagem 11: Condicionador de metais Koube


6. SISTEMAS DE ARREFECIMENTO

6.1 Sistema a Ar e seus componentes

Os motores que utilizam o sistema de arrefecimento a ar têm um funcionamento


simples. O resfriamento acontece enquanto o carro está em movimento, e o fluxo
de ar é responsável por trocar calor com os componentes e depois é despejado na
atmosfera.
Como a temperatura de funcionamento dos motores com arrefecimento a ar é
maior do que a de motores com arrefecimento a água, o óleo lubrificante tem papel
importante no resfriamento. Por isso, se fez necessário o uso de óleos de qualidade
e de radiadores de óleo para auxiliar na troca de calor dos componentes.
Nestes motores, são usadas aletas de ar usinadas para melhorar a área de contato
com o ar frio, e ainda um ventilador/ventoinha que auxilia no resfriamento. Em
situações de subidas longas ou paradas em marcha lenta poderiam prejudicar o
resfriamento do motor.
No entanto, como o motor precisa sempre estar em temperatura ideal, há uma
válvula de regulação do ar de entrada. Em momentos de longas descidas, em altas
velocidades ou em partidas a frio, cessa a entrada de ar para as aletas do cabeçote,
fazendo com que o motor não perca calor.
Suas desvantagens estão no fato de que o motor é sensível as grandes variações de
temperatura durante seu funcionamento, seja pela temperatura ambiente ou pela
carga do motor. Resulta, assim, em tolerâncias de projeto muito maiores em
comparação com o arrefecimento a água, e de utilização de óleos mais viscosos.

Imagem 12: Sistema de arrefecimento a ar


6.2 Aletas

Localizadas no cabeçote e nas partes externas dos cilindros com a finalidade de


aumentar a superfície de contato entre o motor e o meio arrefecedor, o ar.

6.3 Ventoinha

Produção de corrente de ar entre o meio ambiente e o motor.

6.4 Dutos e defletores

Condução e orientação da corrente de ar na direção das aletas de arrefecimento.

6.5 Possíveis problemas e manutenção

Se estes motores, bem mantidos, rodam por centenas de milhares de quilômetros,


Por isso no verão, principalmente de um país tropical como o nosso, a manutenção
das correias e a limpeza das fendas no corpo do motor, são essenciais para evitar
superaquecimentos.
Apesar de não se usar líquido de arrefecimento, água, ou qualquer outro líquido para
refrigerar o motor, os vazamentos são comuns nos motores a ar, a verificação dos
apertos, e das juntas evita que os vazamentos se tornem severos e venham a colapsar
o motor, “batendo o motor”, e fazendo o dono ter um enorme prejuízo.
Como a refrigeração não é por água, sua única exigência periódica é a verificação
da tensão da correia.

6.6 Sistema arrefecido a água termofissão

Sistema de arrefecimento a água pode ser divido em dois, chamados sistemas por
termofissão e forçado.
O sistema arrefecido a água utiliza água desmineralizada misturada em sua devida
proporção com um aditivo. Neste sistema não há mais a irregularidade encontrada
nos motores com arrefecimento a ar, já que os motores com tempo foram
evoluindo e trabalhando com limites de temperatura cada vez mais estreitos.
O primeiro sistema de arrefecimento a água foi o termossifão, mostrado na
imagem abaixo.
Imagem 13: Arrefecimento por termofissão

Neste sistema mais antigo, o fluído de arrefecimento (água+aditivo) circula a


partir da diferença de densidade do próprio fluído encontrado no radiador e perto
dos cilindros.
O líquido de arrefecimento encontrado no radiador é menos quente e mais denso,
fazendo o mesmo descer, enquanto o fluído no bloco é mais quente e menos denso,
sendo impelido para o lado superior do radiador pela diferença de densidade,
fechando um ciclo como na imagem acima. Este sistema garantia uma temperatura
de trabalho ideal para o funcionamento do motor, já que só funciona com o motor
quente.
Porém, o sistema de termossifão requisitava uma grande área do cofre do motor, já
que o radiador e os dutos ocupavam grande espaço e ficavam desnivelados com o
motor. Outra desvantagem é que o sistema apresentava uma grande diferença de
temperatura entre o lugar mais quente e o mais frio do sistema, chegando a 40°C
de diferença. Assim em locais de clima frio intenso, ocorria o congelamento da
água.

6.7 Sistema arrefecido a água forçado

Graças ao sistema forçado, foi possível obter um controle mais rigoroso dos
limites de temperatura do motor, diminuindo as dimensões do sistema e o tornando
mais enxuto. Isso fez com que reduzisse consideravelmente a diferença de
temperatura entre o lado mais quente e mais o frio (<10°), e ainda pode-se utilizar
o fluído para o aquecedor interno do veículo.
Através de uma bomba de água que é acionada mecanicamente pela correia de
sincronismo, o sistema é pressurizado garantindo a circulação do líquido de
arrefecimento de forma eficiente, fazendo com que o motor não tenha tanta perda
de potência.
A galeria por onde passa o líquido de arrefecimento é controlada por uma válvula
termostática, que libera ou fecha a passagem do fluído de acordo com a
temperatura do mesmo. Dessa forma, enquanto o líquido ainda não estiver em uma
temperatura de 85 a 90°C, a válvula permanece fechada, fazendo o fluído retornar
por um canal para o bloco do motor até que o mesmo atinja a temperatura de
abertura.
Há ainda o eletro ventilador que tem o papel de circular o ar ambiente enquanto o
motor estiver funcionando, porém com o carro parado. Ele é controlado
eletricamente por um interruptor termostático, que aciona o eletro ventilador
sempre que a temperatura do líquido de arrefecimento superar os 95°C.

Imagem 14: Arrefecimento a água forçado

O radiador se utiliza da conexão para trocar calor entre o fluído e o ar. Como já
falamos anteriormente, o fluído ao aquecer perde densidade, sendo forçado a sair
do bloco, subir e passar pelo radiador. Dessa forma, ao passar pelo radiador, o
líquido esfria, ganha densidade e tende a descer para ser novamente conduzido
pela tubulação do sistema ao bloco do motor, fechando o ciclo de resfriamento.
Existe ainda um componente de extrema importância do sistema, chamado
reservatório de expansão, para limitar a pressão em momento de aquecimento e
expansão da água. O fluído encontra-se em um determinado nível, mas ao aquecer
o mesmo se expande por causa do calor, aumentando também a pressão do
sistema, e quando frio se contrai reduzindo o nível do reservatório.

6.8 Componentes

O sistema de arrefecimento do motor é montado por um ciclo fechado que contém 7


componentes principais. Eles são: bomba d’água, sensor de temperatura, válvula
termostática, reservatório, radiador, aditivo e ventoinha.

Bomba d’água: tem a função de fazer circular o líquido refrigerante pelo


motor. Sendo assim, ela é uma das responsáveis por manter a temperatura
ideal do motor evitando assim o famigerado superaquecimento e
consequentes problemas maiores como um motor fundido.

Imagem 15: Bomba d’água Nakata

Sensor de temperatura: de acordo com informações da empresa de autopeças


Bosch, informações coletadas pelo sensor de temperatura são comunicadas, em
formato analógico, ao módulo eletrônico de controle do veículo. Este, aplicará os
parâmetros pré-estabelecidos para a operação correta do sistema.
Imagem 16: Sensor de temperatura Bosch

Válvula termostática: consiste em um dispositivo térmico localizado entre


radiador e motor, geralmente próxima ao primeiro. Ela permite ou não a livre
circulação de água do sistema de refrigeração do motor dentro do radiador. Ela
utiliza uma cera expansiva que, em temperaturas mais altas, aumenta seu volume e
empurra um pino de passagem, tensionado por uma mola.

Imagem 17: válvula termostática componentes

Reservatório de expansão: A função deste reservatório é permitir que o nível de


líquido de arrefecimento permaneça inalterado, quando frio ou quando aquecido.
Imagem 18: Funcionamento do reservatório de expansão

Radiador: É nele onde é feita a troca de calor entre o ar e outra substância,


geralmente líquida. Dessa forma, a principal função do radiador de um carro
é dissipar a maior parte do excesso de calor gerado pelo motor durante a queima
de combustível.

Imagem 19: Radiador linha VW 2006 a 2018

Ventoinha: A principal função da ventoinha é resfriar o radiador evitando


que o carro entre em superaquecimento que pode resultar em um motor
fervido.
Imagem 19: Kit radiador Fiat Uno

Aditivo: Além de garantir o resfriamento dos componentes do propulsor, o aditivo


também auxilia no equilíbrio da temperatura do bloco. Desta forma, evita o
superaquecimento ou mesmo o congelamento do líquido, com as alterações de
clima. Protege também contra a corrosão acelerada dos metais onde passa o líquido,
galerias, mangueiras, radiador, etc.

Imagem 20: Aditivo Wurth

Atualmente existem 3 tipos de aditivos:

• Aditivos compostos por etilenoglicol, que são altamente tóxicos;


• Aditivos orgânicos, que são biodegradáveis;
• Aditivos sintéticos, de longa vida e tempo de duração estendido.

Não misture durante a utilização do veículo, sempre utiliz e do mesmo


tipo.
7. MANUTENÇÃO E TESTES
7.1 Vazamentos

Acontece principalmente nos seguintes locais:

• emendas de mangueiras e tubulações;


• união da colmeia com as caixas plásticas do radiador;
• reservatório;
• selos do motor;
• sistema de ar quente;
• bomba d’água;
• no mais grave, junta do cabeçote queimada.

Também é fundamental fazer um teste de estanqueidade no sistema, usando uma


bomba com manômetro. Na maioria dos veículos, a pressão de trabalho é 1,4 bar,
mas basta 0,5 bar para saber se está tudo em ordem. Outro ponto muito importante é
verificar o funcionamento da tampa do reservatório. Na própria tampa se for original
do veículo, indicará qual pressão máxima do sistema.

7.2 Válvula termostática

Para realizar um diagnóstico rápido, observe que na fase de aquecimento do motor,


deve haver uma diferença de temperatura entre as mangueiras de entrada e saída.
Depois, quando a válvula inicia a abertura, as mangueiras devem ficar com
temperaturas semelhantes.

7.3 Ventoinha

Nos veículos novos, o eletroventilador costuma ser acionado de duas formas: pelo
interruptor térmico (o famoso “cebolão”) ou pelo módulo da injeção eletrônica, a
partir da informação enviada pelo sensor de temperatura. Para testar o primeiro
acionamento, basta realizar um jumper nos dois terminais. No segundo, o ideal é
conectar o aparelho de diagnóstico e efetuar a sua ativação no teste de atuador. Se
não entrar em funcionamento, precisa verificar a parte elétrica.
7.4 Radiador

Costuma ter problemas bem visíveis: vazamentos, trincas nas partes plásticas,
obstrução interna ou deficiência na troca térmica. Verifique com atenção em todo o
componente, veja o estado das aletas e teste o fluxo interno com água sob pressão.

7.5 Bomba d’água

Atente aos sinais de vazamentos, problemas (folga ou barulho) no rolamento,


desgaste por corrosão ou danos ao plástico do rotor e ainda falhas no sistema de
acionamento, seja por polia e correia ou devido ao par de engrenagens.

7.6 Mangueiras

É outro ponto do sistema que merece uma inspeção cuidadosa e a troca preventiva
ao menor sinal de problema. Se você notar que alguma mangueira perdeu a
flexibilidade, está com pequenas fissuras ou tem crostas internas, não deixe passar e
substitua.
Conclusão

Com este trabalho, foi estudado e compreendido os sistemas de lubrificação e


arrefecimento, funcionamento e diferentes componentes, como eles atuam e seus
possíveis defeitos, manutenção dos sistemas em geral. Boa parte destes defeitos são
aparentes, então se for realizar algum diagnóstico no veículo, preste muito atenção
nos componentes, sua aparência.
8. Referências
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