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PLANOS DE AULA

CRECHE

VERSÃO ATUALIZADA / BNCC 2022


PLANO DE AULA: EXPLORANDO O BOIAR E O AFUNDAR

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
O eu, o outro e o nós
Traços, sons, cores e formas
Escuta, fala, pensamento e imaginação

FAIXAS ETÁRIAS
Bebês (zero a 1 ano e 6 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI01ET02) Explorar relações de causa e efeito (transbordar, tingir, misturar, mover e
remover etc.) na interação com o mundo físico.
(EI01EF05) Imitar as variações de entonação e gestos realizados pelos adultos, ao ler
histórias e ao cantar.
(EI01TS02) Traçar marcas gráficas, em diferentes suportes, usando instrumentos
riscantes e tintas.

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios:
Esta atividade envolve de uma vivência em área externa com o uso de água. Escolha
uma boa data, para que esteja um clima favorável a esse tipo de atividade, prevenindo
eventualidades (como friagem) que possam comprometer a saúde das crianças.

MATERIAIS:
Bacias ou baldes com água e elementos de diferentes formas, pesos e cores (bolas,
plásticos, potes, tampas, conchas, garrafas, pedras, galhos, madeira, pequenos
brinquedos e peças de jogos de encaixe de diferentes materiais etc.). É importante
considerar a variedade materiais e boas quantidades dos que flutuam e dos que
afundam. Considere os materiais que existem na escola e outros que podem ser
solicitados às famílias. Faça um teste com os objetos para que você mesmo conheça
melhor aqueles que boiam ou afundam.

ESPAÇOS:
Prepare em ambiente externo um espaço com bacias ou baldes com água e selecione
elementos de diferentes formas, pesos e cores como citados nos materiais. Organize
as bacias em quantidades razoáveis (de acordo com o número de crianças e tamanho
das bacias) para que pequenos grupos se formem em torno delas. Busque organizar o
ambiente de forma atrativa para a exploração das crianças, organizando em cestas ou
caixotes os materiais e sua variedade, como por exemplo, um recipiente para
garrafinhas, potes e tampinhas, outro para elementos da natureza, outro para pequenos
brinquedos etc. Pense em uma organização que colabore com a exploração dos
pequenos, dando certa distância (de forma que as crianças tenham que se deslocar)
entre as bacias com água e os recipientes com os materiais.

TEMPO SUGERIDO:
Uma hora.

PERGUNTAS PARA GUIAR SUAS OBSERVAÇÕES:


1. Como as crianças exploram e descrevem os diferentes objetos em contato com a
água? Demonstram preferência ou resistência a certas texturas, massas, tamanhos?
Quais?
2. De quais maneiras as crianças compartilham objetos e espaços oferecidos? Que tipo
de conflitos elas vivenciam?
3. Quais ações demonstram que as crianças percebem as semelhanças e diferenças
entre as características dos objetos?

PARA INCLUIR TODOS:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Todos os sentidos podem
ser explorados em atividades que envolvem água, proporcione a exploração de cada
um deles, garantindo assim que os pequenos tenham diversos caminhos para fazer
descobertas.
O QUE FAZER DURANTE?

1
Com o ambiente externo organizado, com os baldes ou bacias já com água e com os
elementos à disposição das crianças (podendo estar no chão ou sobre uma mesa), traga
o grande grupo. Permita que os pequenos transitem pelo espaço e, à medida que
observam os elementos, comece conversando sobre como está o dia, sugira que olhem
para cima e observem o céu, e pergunte como se sentem em relação ao clima. A partir
das respostas e expressões das crianças, pergunte o que elas gostam de fazer em dias
quentes. Neste momento, deixe que elas tragam memórias de experiência anteriores e,
a partir de suas respostas, contextualize a atividade. Verifique se expressam interesse
ou mencionam brincadeiras com água e, caso não tenham expressado, diga que elas
terão diversos objetos com os quais poderão brincar à vontade na água e comente que
farão muitas descobertas com essa brincadeira.
Possíveis falas do professor neste momento: Como está o dia hoje? Está fazendo sol?
Ou será que vai chover? O que vocês gostam de fazer em dias quentes? Brincar com
água? Eu gosto! E vocês? Quem já brincou?
Possíveis ações do professor neste momento: Caminhe com as crianças ao redor dos
materiais e pegue algum objeto que esteja ao seu alcance. Possíveis falas do professor
neste momento: Eu adoraria brincar com esse objeto na água. O que você acha? Vamos
ver?

2
O ambiente deverá ser organizado de forma convidativa, de modo que as crianças
possam se posicionar ao redor dos itens dispostos e interajam com a água. Sugira que
primeiro todas elas possam pegar um objeto para começar, demonstre modelos nesse
momento e atue como brincante. Estimule-as a nomeá-los, indagando sobre o que são
e suas características. Permita que explorem os objetos escolhidos em contato com a
água. Pequenos grupos de livre escolha irão se formar em torno das bacias ou baldes
e brevemente hipóteses irão começar a ser levantadas. Registre as descobertas dos
pequenos ao longo da atividade por meio da escuta atenta e faça fotos, pois esse será
um dos momentos da experiência em que você conhecerá muitas das percepções das
crianças e poderá aproveitar o momento para propor desafios e situações problemas
que estimulem o pensamento delas.
Possíveis falas do professor neste momento: Que objetos legais você escolheu! E o que
aconteceu com eles na água? Poderia me mostrar como? Olha só, essa pedrinha foi lá
para o fundo, afundou! Vamos ver se esse outro objeto também afunda? Quem quer
tentar? Esse graveto não afundou, né? Ficou boiando.

3
Durante o momento em que a brincadeira transcorre, esteja próximo das crianças e
atento às ações delas, pois elas estarão envolvidas em um jogo de exploração motora
dos objetos e é sempre possível garantir maior investigação e exploração por parte
delas. Por exemplo, ao brincar junto com as crianças, forneça modelos de como a
criança pode explorar os diversos sentidos do corpo, seja ao tocar a água e perceber a
sensação que causa, nomeando frio ou calor, seja ao mergulhar um objeto na água e
aproximar o rosto para ouvir o som que essa ação produz, seja o observar da água a
partir do movimento circular de um galho.
É comum que crianças requisitem o professor ou os colegas para mostrar o que estão
fazendo. Esse contato proporciona muito prazer e descontração.
Possíveis ações do professor neste momento: Ao observar um mesmo objeto utilizado
por crianças diferentes, por exemplo um pote, em que uma delas constata que afunda
(pois colocou água dentro) e outra criança constata que boia (pois o colocou vazio sobre
a água), as aproxime para que possam perceber as diferentes possibilidades de um
mesmo item.

4
Tratando-se de uma atividade que envolve diversidade de objetos, alguns conflitos por
disputa de espaço em torno da água ou de itens favoritos podem surgir. Esteja atento e
direcione as crianças para que encontrem uma solução justa para ambas, seja
encontrando um outro objeto de interesse ou mesmo dividindo algum material e
explorando-o juntas. Caso seja recorrente, peça ajuda delas para que busquem com o
professor novos objetos na área externa para que possam brincar com eles na água.

PARA FINALIZAR:
Faça uma grande roda para que as crianças possam se expressar sobre a vivência que
tiveram, como se sentiram, se gostaram, o que perceberam, quais as semelhanças e
diferenças entre os diversos objetos usados (esteja atento para aquelas que não façam
uso da linguagem oral, expressando-se com o corpo). Coloque as bacias mais próximas
da roda para que as crianças possam tanto falar como mostrar seus objetos e
experiências preferidas. Depois da conversa, convide o grupo para ajudar na
organização do ambiente, tirando todos os objetos da água para que possam ser
guardados. Dê um destino para a água, que pode ser reutilizada para regar as plantas
da escola.

DESDOBRAMENTOS
Convide as crianças para apreciar as fotos que foram tiradas ao longo da atividade.
Peça a elas que apontem os objetos com os quais mais gostaram de brincar e
demonstrem o que aconteceu com ele (seja pela fala ou movimento), construindo assim
um momento de troca de suas experiências.
A atividade pode ser repetida com objetos diferentes, encontrados na sala de atividades
ou nos pertences pessoais dos pequenos. Outra possibilidade é solicitar às crianças
que tragam materiais de casa que possam ser explorados em contato com a água.

ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
Exponha no mural da escola as fotos e uma breve descrição de como foi realizada essa
atividade e solicite que as famílias também enviem fotos de experiências da criança com
água. Para isso, envie um comunicado para elas. Exemplo:

Olá, famílias e comunidade,


Nesse dia nossa turma aproveitou o sol fazendo uma divertida atividade com água e
exploração de objetos. Vejam como as crianças se divertiram!
E em casa? Como vocês aproveitam os dias quentes?
Se puderem, nos enviem fotos desses prazerosos momentos de brincadeiras com água,
elas poderão compor o mural da sala e servir de pontos de memória para os pequenos,
proporcionando assim um ambiente ainda mais aconchegante e familiar na escola.
PLANO DE AULA: CONFECÇÃO DE BARQUINHO DE GELO

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
O eu, o outro e o nós
Traços, sons, cores e formas
Escuta, fala, pensamento e imaginação

FAIXAS ETÁRIAS
Bebês (zero a 1 ano e 6 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI01ET02) Explorar relações de causa e efeito (transbordar, tingir, misturar, mover e
remover etc.) na interação com o mundo físico.
(EI01EF05) Imitar as variações de entonação e gestos realizados pelos adultos, ao ler
histórias e ao cantar.
(EI01TS02) Traçar marcas gráficas, em diferentes suportes, usando instrumentos
riscantes e tintas.

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios:
Realize atividades de brincadeira com barquinhos de papel e guarde-os para serem
utilizados junto com os barquinhos de gelo, assim, as crianças poderão fazer
comparações, enriquecendo as próprias experiências.
Por se tratar de uma atividade com água, programe-a para dias quentes, que favorecem
a exploração sem comprometer a saúde e o bem-estar das crianças.
Separe previamente recipientes variados para moldar o gelo, como forminhas em
diversos modelos (quadradas, redondas, estreitas, largas); copinhos plásticos; fundos
de garrafa pet etc.), e combine com a equipe da cozinha para que as crianças possam
guardar os barquinhos no congelador.
Providencie também garrafas ou jarras em quantidades suficientes para que as crianças
possam ir preenchendo suas formas com água, de modo que elas não precisem esperar
muito para isso.

MATERIAIS:
Para confecção do barquinho: Recipientes diversos que servirão de molde, por exemplo:
copos plásticos, forminhas em variados formatos (quadradas, redondas, estreitas,
largas etc.) ou até mesmo fundos de garrafa pet.
Para caracterizar o barquinho: Palitos (de churrasco ou sorvete) ou canudos, papel
colorido para vela do barco e garrafas ou jarras para despejar a água sobre os
recipientes. Barquinhos de papel (ao menos um por criança) e máquina fotográfica para
registro.
Para a experiência com água: Bacias ou baldes em quantidades suficientes para que
as crianças possam se organizar em volta deles, em pequenos grupos, para brincar.

ESPAÇOS:
Para o momento de confecção do barquinho, ambiente interno. Para o momento da
brincadeira com a água, ambiente externo.

TEMPO SUGERIDO:
35 minutos no primeiro dia (confecção do barquinho) e 50 minutos no segundo dia
(brincadeira com água).
Perguntas para guiar suas observações:
1. Ao observar os processos de congelamento e descongelamento da água, como as
crianças relatam e descrevem essa experiência?
2. Quais experiências e fatos acontecidos as crianças relatam após a vivência desta
atividade?
3. De que forma as crianças utilizam e manipulam os barquinhos de papel e de gelo? E
quais suas reações diante do uso dos dois tipos de barquinho na brincadeira com água?

PARA INCLUIR TODOS:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Esta proposta permite a
exploração da água de maneira que as crianças possam observar sua transformação,
portanto, garanta que todas expressem hipóteses e suposições sobre essa transição,
esteja atento não só a linguagem verbal, mas também a menções, movimentos e todo
modo de comunicação e expressão, auxiliando o contato dos pequenos com o
barquinho de gelo sobre a água.
O que fazer durante?

1
Reúna o grande grupo e inicie com uma conversa sobre as condições climáticas do dia,
sugira que observem como está o tempo fora da sala. Então, conte que pensou o quão
interessante seria se, aproveitando esse dia, vocês construíssem barquinhos para
brincar na água! A partir dessa sugestão, pergunte às crianças sobre suas experiências
e conhecimentos a respeito disso, relembrando os barquinhos de papel que já foram
feitos, compartilhando suas ideias, como memórias e brincadeiras. Atente-se para as
manifestações dos pequenos, que irão além da linguagem oral. Observe gestos,
movimentos corporais, a imitações e até mesmo a manipulação de objetos, caso
desejarem usá-los para se expressar.
Depois que as crianças trouxerem suas ideias, pergunte se alguém já fez ou já brincou
com um barquinho de gelo (caso não tenha aparecido entre as colocações delas) e
então proponha essa experiência, aproveitando que o dia está favorável para brincar
com água.
Possíveis falas do professor neste momento: Como está o dia lá fora hoje? Que tal
observarmos lá fora? Quem aqui já fez um barquinho de gelo? E como foi? Quem não
fez, gostaria de fazer um? Possíveis ações do professor nesse momento: Esteja atento
às menções e diferentes formas de expressões, por exemplo, uma criança sai para olhar
como está o dia e, ao observá-lo, não faz uso da linguagem oral, mas aponta fixamente
para o céu, expressando assim seu reconhecimento do dia ensolarado.

2
Com as crianças empolgadas e motivadas para experimentar a proposta, as encaminhe
para as mesas nas quais os itens já devem estar dispostos (formas diversas, garrafas
ou jarras com água, adereços para caracterizar o barquinho etc.), de forma que fiquem
bem distribuídos e acessíveis a todas elas. Assim que elas começarem a conversar e a
explorar os materiais disponibilizados, convide-as para escolher alguns moldes e
preencher as forminhas com água. Auxilie-as nesse momento.
Com o andamento, sugira que adicionem os elementos, no caso, as velas do barco para
caracterizá-lo. Agora as crianças irão manifestar sua criatividade, escolhendo livremente
as cores do papel, os formatos do molde, os tipos de materiais e a quantidade de água
que utilizarão para produzir os barcos.
Possivelmente pequenos grupos se formarão em torno dos materiais disponíveis e,
como trata-se de um momento de livre escolha, os conflitos por disputa podem surgir.
Esteja atento e auxilie as crianças a encontrar soluções para os impasses.

3
Então, com os barquinhos confeccionados e com a equipe da cozinha previamente
avisada sobre a experiência, leve as crianças até o ambiente onde se encontra o
congelador. Contextualize que agora será um momento de transformação e ouça as
ideias das crianças sobre o que poderá acontecer após colocarem os barquinhos ali.
Deixe que todas, uma última vez, coloquem o dedinho dentro da forminha e sintam como
a água está. Observe as reações.
Faça uma marcação diante das crianças, identificando os barquinhos e escrevendo o
nome de cada uma neles.
Aproveite este momento para pedir ajuda a algumas crianças para colocar as forminhas
dentro do congelador. Em seguida diga que amanhã a atividade irá continuar e que
vocês irão descobrir o que aconteceu!
Possíveis falas do professor neste momento: Estão sentindo a água? Como ela está?
Qual é a sensação de pôr o dedinho na água? O que vocês acham que irá acontecer
com essa água amanhã?

4
No dia seguinte, prepare o ambiente externo com bacias baldes com água em número
suficiente, de acordo com o tamanho de sua turma (uma média de cinco crianças em
torno de cada bacia), para que pequenos grupos possam se formar ao redor deles.
Reúna as crianças e recorde-as sobre a experiência que haviam iniciado e então as leve
de volta à cozinha para buscar os barquinhos.
O momento de retirada das forminhas do congelador será de grande descoberta,
portanto, organize uma grande roda e aproxime bem as crianças do eletrodoméstico.
Lembre-as sobre a identificação que vocês fizeram com os nomes para que elas possam
encontrar os próprios barquinhos. Como primeiro contato, peça para que elas tentem
novamente colocar o dedinho dentro da forma, como fizeram no dia anterior, antes de
guardá-las no congelador. Observe e registre as reações e as hipóteses delas sobre a
situação.
Possíveis falas do professor neste momento: Olhem só, o que aconteceu com a água
de ontem? Como ela está agora? O que vocês sentem?

5
Siga com as crianças para o ambiente externo e diga que você teve uma grande ideia,
recorde a brincadeira com os barcos de papel realizada anteriormente (contextos
prévios). Pergunte se o barco de gelo é igual ao de papel e se brincar com os dois na
água seria legal.
Com essa motivação, entregue os barquinhos de papel às crianças, engaje-as na
brincadeira, deixando um momento livre para interação com a água.
Esteja atento ao diálogo, às manifestações por meio de gestos, às expressões e aos
movimentos com o corpo em relação à experiência. Observe as reações delas a respeito
da sensação de manipular o gelo e verifique as comparações que fazem diante dos dois
tipos de barquinhos.
Esse será o grande acontecimento da brincadeira, da exploração por meio da diversão,
portanto, utilize máquina fotográfica ou celular para registrar esses momentos de ações
e interações das crianças.
Possíveis ações do professor neste momento: Aproveite este momento para chamar a
atenção para comparação entre os dois tipos de barco.
Possíveis falas do professor neste momento: O que está acontecendo com o barquinho
de gelo? E com o de papel? O de gelo está sumindo? Será mesmo?
Possíveis ações das crianças: Apontar para o barquinho desaparecendo, fazer
expressão de surpresa ao perceber que o barquinho de gelo está diminuindo.

PARA FINALIZAR:
Por se tratar de uma atividade de brincadeira, de exploração e de construção, as
crianças terão um grande envolvimento com ela. Por isso, avise cerca de 15 minutos
antes que a atividade se encerrará, para que não haja uma ruptura. Caso você observe
crianças que já não estão mais engajadas na experiência, peça a ajuda dela para, por
exemplo, organizar e guardar as forminhas usadas para fazer gelo ou mesmo observar
as descobertas dos colegas na brincadeira.

DESDOBRAMENTOS
A atividade pode ser repetida usando outros moldes para o formato do gelo, para isso,
faça um levantamento de elementos que sejam do interesse das crianças (submarinos,
animais aquáticos etc.) e crie novas formas de brincar na água. Também pode ser
interessante colocar um objeto dentro no barquinho de gelo ou fazer barquinhos de gelo
coloridos, com tinta, para ver o que acontece com a água do balde depois. Organize
também um momento de apreciação das fotos retiradas, para que as crianças possam
expressar ideias a respeito do que viveram, brincaram e exploraram no dia.
ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
Peça que as crianças façam uma pesquisa de campo (em casa) com o seguinte
questionamento: Será que na sua casa tem gelo? Diga a elas que com a ajuda dos
responsáveis irão procurar possíveis lugares nos quais possam ter gelo em casa. Peça
que, no dia seguinte, expressem suas descobertas aos colegas da escola. Considere
também elaborar um cartaz com as fotos e um passo a passo da confecção do
barquinho, com a participação das crianças, pois assim será possível sugerir que façam
em casa barquinhos de gelo para brincar.
PLANO DE AULA: MISTURANDO DIFERENTES TEXTURAS COM
A ÁGUA

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
O eu, o outro e o nós
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

FAIXAS ETÁRIAS
Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI02ET05) Classificar objetos, considerando determinado atributo (tamanho, peso, cor,
forma etc.).
(EI02EO03) Compartilhar os objetos e os espaços com crianças da mesma faixa etária
e adultos.

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios:
Por ser uma experiência em área externa envolvendo água, escolha um dia com clima
favorável, prevenindo eventualidades (como friagem) que possam comprometer a
saúde das crianças.

MATERIAIS:
Bacias ou baldes em quantidades suficientes para que as crianças possam compartilhá-
los confortavelmente, em torno de quatro a cinco crianças para cada bacia. Terra, folhas,
areia, farinha, amido de milho, grãos como feijão ou milho e sementes como as de
girassol. Para misturar e manipular as texturas com a água podem-se usar gravetos,
pedaços de madeira ou peneiras. E máquina fotográfica para registro da atividade.
Espaços:
Escolha um ambiente externo na escola, como jardim, pátio, quadra etc., já deixe à
disposição as bacias ou os baldes com água e os elementos selecionados. Esse
momento antes da chegada do grupo também é fundamental, pois uma boa organização
do espaço e dos materiais pelo professor irá permitir uma ação exploratória e
investigativa das crianças. Posicione as bacias espaçadamente e deixe os objetos
espalhados de maneira convidativa, para que os pequenos possam sair em sua busca
e escolhê-los de maneira livre.

TEMPO SUGERIDO:
50 minutos.

PERGUNTAS PARA GUIAR SUAS OBSERVAÇÕES:


1. Ao observar o processo da água se misturando a outros elementos, como as crianças
relatam e descrevem essa experiência? Quais são suas reações e expressões?
2. Como as crianças interagem e compartilham os objetos e espaços durante a
atividade?
3. De que forma as crianças utilizam e manipulam os diversos elementos e objetos na
água? Ao explorá-los elas os separam e os classificam de acordo com atributos (cor,
forma, tamanho, peso, cor)? Que estratégias elas usam para isso?

PARA INCLUIR TODOS:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Procure captar e fazer uma
escuta ativa sobre o modo que cada um explora e manipula os objetos. Observe também
como os pequenos se expressam, seja na surpresa do tato, nas observações que geram
reações e nas falas ou no balbucio, de forma que você perceba como eles demonstram
curiosidades e descobertas. Os diferentes modos de se expressar devem ser
valorizados. Esteja atento também às crianças que podem não se sentir confortáveis
em mexer na água com outros elementos. Isso deve ser respeitado.

O QUE FAZER DURANTE?

1
Ainda em sala converse com as crianças contando a elas para onde irão e o que farão
nesse momento, dizendo, por exemplo, que vão sair para brincar com alguns materiais
na área externa. Traga o grande grupo e permita que as crianças façam observações,
explorações e interações com os materiais e entre si. Naturalmente elas irão circular no
ambiente preparado, então escute atentamente as suposições de cada uma, a
nomeação de objetos, as expressões e observe até mesmo o apontar para algum dos
elementos. Caso nenhuma delas tenha mencionado a água, entre nesse assunto e
contextualize que você aproveitou o fato de o dia estar muito agradável para que todos
juntos pudessem brincar com água e misturar diversos elementos diferentes.
Assim, acompanhe as explorações e ofereça modelos de ação as crianças, pegue um
objeto próximo, como por exemplo, um punhado de farinha e jogue sobre a água para
brincar também, de maneira ativa, junto delas.
Possíveis falas do professor nesse momento: “Estamos aqui para brincar bastante. Não
tem problema se sujar! Olhe só, você colocou a farinha na água, quem quer colocar a
mão para ver como fica? Vou colocar areia nessa bacia aqui, quem pode me ajudar?

2
Naturalmente pequenos grupos irão se formar em torno das bacias posicionadas e
muitos dos elementos dispostos serão explorados e utilizados conforme os interesses
das crianças em brincar com eles. Caso perceba uma criança que não está envolvida
na brincadeira, se aproxime e forneça a ela um modelo ativo, comece a brincar pegando
algum elemento próximo para colocar na água, incentivando a participação dela por
meio das brincadeiras criadas.
Ao longo da atividade, disputas por espaço ou posse por algum material específico
podem surgir, esteja atento, se aproxime das crianças envolvidas, procure entender
ambos os lados e as oriente para que juntas possam encontrar uma solução na qual as
duas sintam-se compreendidas.
Possíveis ações do professor nesse momento: Ao perceber duas crianças puxando
incessantemente um mesmo pote com areia, se aproxime e alerte que essa ação
poderia acabar machucando uma das duas. Ao soltarem, procure entender de cada uma
o que aconteceu e o que as entristecem. Ao exporem suas frustrações (à maneira delas,
que muitas vezes será um apontar para o pote e em seguida para si, como quem diz é
meu), proponha que juntas possam tentar resolver a situação, até que cheguem a
alguma solução, como dividir dando um punhado de areia para uma e um punhado de
areia para outra, ou até mesmo encontrando um outro elemento que interesse uma das
crianças.

3
Conforme as crianças exploram o ambiente, os elementos e a água, brinque com elas
e observe as suas ações com atenção. Procure perceber os significados que dão aos
elementos (se o graveto de repente se torna um barco e a areia uma chuva que cai, se
a mistura da água com a farinha vira uma brincadeira de cozinhar) e se os escolhem de
acordo com alguns atributos como cor, forma, textura, tamanho, peso etc. Repare qual
relação que elas fazem entre eles (como perceber que a areia e a farinha têm texturas
parecidas, mas cores diferentes), se as crianças possuem preferências por alguns
elementos e como elas partilham o espaço e os objetos durante os momentos de
exploração e brincadeira.
Caso alguma criança já não esteja mais tão engajada na atividade, peça sua ajuda para
que ela circule junto com você entre as bacias, observando os amigos e recolhendo os
objetos que usou na brincadeira.
Possíveis falas do professor nesse momento: Que legal! Percebi que você está
cozinhando, de que cores são essas comidinhas? Olhe em volta, percebi que bastante
água caiu para fora enquanto brincávamos. E agora? Será que a bacia ficou mais leve?
Vamos tentar pegar pra saber? Que legal esse graveto! Também peguei um, será que
eles são iguais? Vamos compará-los?

PARA FINALIZAR:
Por ser uma proposta que envolve muita brincadeira ativa, faça uma antecipação
respeitosa para o encerramento, avisando cerca 15 minutos antes da finalização, para
não causar uma ruptura no envolvimento da criança com sua brincadeira prazerosa.
Ao final, peça ajuda do grande grupo para que todos os materiais utilizados possam ser
organizados e, enquanto o fazem, converse com as crianças. Ao pegar um objeto para
guardar, pergunte se alguém o utilizou durante a brincadeira e como foi, o que sentiram,
se gostaram etc. Para os pequenos que ainda não dominam a linguagem oral, esteja
atento aos objetos que mostram a você, às suas menções e expressões.

DESDOBRAMENTOS
Esta atividade pode ser repetida em outro ambiente da escola, por exemplo, a própria
sala da turma. Outros materiais podem ser usados: lonas ou tapetes emborrachados no
chão para apoiar as bacias com água, e a partir daí, as crianças por elas mesmas
engajam-se em uma busca e em um levantamento de objetos do ambiente que elas
tenham curiosidade de misturar com a água, como tinta, algodão, lantejoulas, glitter e
diferentes tipos de papéis.
Sugira também essas misturas usando elementos comestíveis, para que as crianças
possam explorar outros sentidos: água com açúcar, sal, farinha, limão etc.

ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
No momento da atividade faça registros fotográficos, anote falas e observações que
surgem durante a brincadeira a partir da utilização dos materiais em contato com a água.
Posteriormente, exponha esses registros para as famílias em um mural e estimule as
crianças a convidar os responsáveis para apreciá-lo.
PLANO DE AULA: EXPERIÊNCIAS COM ESPONJAS
Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
O eu, o outro e o nós
Escuta, fala, pensamento e imaginação
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

FAIXAS ETÁRIAS
Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI02ET05) Classificar objetos, considerando determinado atributo (tamanho, peso, cor,
forma etc.).
(EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades,
sentimentos e opiniões.
(EI02EO03) Compartilhar os objetos e os espaços com crianças da mesma faixa etária
e adultos.

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios:
Por ser uma vivência envolvendo o uso de água, para prevenir eventualidades como
friagem que possam comprometer a saúde das crianças, faça a atividade em um dia de
clima favorável.

MATERIAIS:
Pequenas bacias ou baldes e esponjas. Organize duas bacias ou baldes para cada
dupla ou trio de crianças. As esponjas podem ser cortadas e divididas entre os grupos.
Caso seja possível, utilize esponjas variadas, pois a diversidade de materiais das
esponjas enriquece a atividade de exploração das crianças.

ESPAÇOS:
Área externa ou até mesmo dentro da sala, usando um plástico para proteger a mesa,
caso seja necessário, por conta da água. Organize as duplas de bacias de maneira
espaçada, sendo uma cheia de água e a outra ao lado vazia, com as esponjas
disponíveis, para que a dupla ou trio que irá se posicionar ali possa compartilhá-las.
TEMPO SUGERIDO:
50 minutos.

PERGUNTAS PARA GUIAR SUAS OBSERVAÇÕES:


1. Quais brincadeiras além da sugerida as crianças criam e realizam com as esponjas
para enriquecer a atividade? De que modo é possível perceber isso?
2. Como as crianças expressam suas experiências em partilhar a esponja e espaço com
colegas?
3. Posteriormente, elas relatam e relembram essa atividade de que forma?

PARA INCLUIR TODOS:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Respeite as preferências
das crianças no momento de escolha dos seus parceiros para a brincadeira e esteja
atento para auxiliar as que solicitarem ajuda durante a atividade. Aproxime as crianças
das bacias e ofereça as esponjas para que possam reconhecer a textura do material.

O QUE FAZER DURANTE?

1
Traga o grande grupo para o espaço escolhido (área externa ou ambiente interno) já
devidamente preparado. Naturalmente as crianças irão explorar a disposição dos
objetos. À medida em que circulam pelo espaço, diga que você preparou uma divertida
brincadeira com bacias, esponjas e água para que elas possam aproveitar esse dia de
calor. Solicite então que as crianças encontrem parceiros de livre escolha para que se
organizem em pequenos grupos (duplas ou trios) e possam assim dividir as duplas de
bacias já posicionadas com as esponjas à disposição. Caso seja necessário, busque
auxiliá-las nessa organização.

2
Observe neste momento como serão os primeiros contatos das crianças com essa
disposição de objetos, se o que lhes chama mais atenção será a esponja, a bacia com
água, ou até mesmo a bacia que está vazia. Registre suas expressões, interações, falas
e outras possíveis formas de comunicar sentimentos. Diante das observações feitas por
elas, incentive as crianças a levantar hipóteses sobre o que poderão fazer, permitindo
que realizem atividades mexendo nos materiais e descobrindo suas possibilidades.
Caso alguma criança não se engaje na brincadeira, se aproxime e forneça um modelo
brincando com os elementos, como por exemplo, respingando a esponja na bacia vazia.
Aproveite para brincar conversando com os bebês, de forma que compreendam o
professor como um parceiro das brincadeiras, divertindo-se com a sua presença e
expressando ideias.
Possíveis falas do professor neste momento: Que legal o que você faz com a esponja!
Vou tentar também! Por que será que uma das bacias não tem água? A sua tem água?
Nossa, como você colocou água aí?

3
Conforme as brincadeiras se estruturam, perceba se as crianças brincam coletivamente,
se partilham o espaço e se dividem os materiais. Por se tratar de uma atividade em
pequenos grupos, conflitos por disputa podem surgir. Se aproxime das crianças nesse
momento, ouvindo cada posicionamento e guiando a situação para que ambas
encontrem juntas uma resolução, garantindo que se sintam respeitadas e acolhidas ao
enfrentar frustrações.

4
Embora o brincar com água seja sempre divertido e prazeroso, algumas crianças com
o tempo podem já não demonstrar tanto interesse pela atividade. Ao perceber essas
situações, se aproxime e procure incentivá-la, criando junto a ela outras formas de
brincar com as bacias e as esponjas, testando outras possibilidades, pois variar o modo
de brincar desperta o interesse dos pequenos e desenvolve a criatividade deles.
Possíveis ações do professor neste momento: Pergunte para a criança do que ela gosta
de brincar. Mesmo que não domine a linguagem oral, ela poderá lhe indicar apontando
algum elemento ou outra coisa que gostaria de fazer, por exemplo, se estiverem em
uma área externa e a criança aponte para o jardim, sugira que ela vá até lá e pegue
alguns elementos da natureza para que possa brincar na água com eles.

PARA FINALIZAR:
Conforme o tempo da atividade vai se encerrando, avise as crianças cerca de cinco
minutos antes sobre a aproximação do término da proposta. Ao final dela, se reúna com
todo o grupo em grande roda e estimule as crianças a expressar o que sentiram e como
foi a experiência dessa brincadeira. Esteja atento a todas as formas de comunicação:
expressões, falas, menções, olhares, apontar etc.

DESDOBRAMENTOS
Esta atividade pode ser repetida de uma forma um pouco diferente. Utilize corante na
água para que durante a brincadeira as crianças possam também explorar e notar a
junção das cores do material da esponja com água, tornando a proposta ainda mais
convidativa para que todos brinquem ativamente.

ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
Peça para as crianças que, com a ajuda dos responsáveis, procurem esponjas em casa
e descubram para que elas são utilizadas. Diga que posteriormente elas deverão levar
esse material para escola, expressando suas descobertas aos colegas. Assim seria
possível desenvolver a socialização dos itens, bem como explorar sua diversidade de
cores, formatos e tamanhos. Promova um momento de grande roda para que os
pequenos possam trocar experiências.
PLANO DE AULA: BRINCANDO COM ÁGUA NO TANQUE DE
AREIA
Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Traços, sons, cores e formas
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

FAIXAS ETÁRIAS
Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI02TS02) Utilizar materiais variados com possibilidades de manipulação (argila,
massa de modelar), explorando cores, texturas, superfícies, planos, formas e volumes
ao criar objetos tridimensionais.
(EI02ET05) Classificar objetos, considerando determinado atributo (tamanho, peso, cor,
forma etc.).

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios:
Construa e mantenha uma rotina de visitação ao tanque de areia. Garanta que a
atividade não seja feita no primeiro contato da criança com o tanque, pois ela requer
transição e adaptação em relação às diferentes texturas que proporcionam a todo o
corpo da criança. Solicite previamente à comunidade e às famílias que enviem garrafas
plásticas usadas, devidamente higienizadas, para complementar a experiência.

MATERIAIS:
Garrafas plásticas com fundo e tampa recortados, para que formem um túnel sobre a
areia, podendo também estarem cortadas ao meio para servirem de baldes ou potes.
Pás, colheres, galhos e baldinhos ou bacias com água (garanta que tenha, ao menos,
1 para cada 2 crianças, para que elas não esperem tanto para manipular a água). Para
atividades de transição: bacia com água, alguns outros itens que encontrar, como
tampinhas de garrafa, pequenos potes etc. Máquina fotográfica para registro, pano ou
toalha para limpar as mãos.

ESPAÇOS:
Tanque de areia.
TEMPO SUGERIDO:
50 minutos.

PERGUNTAS PARA GUIAR SUAS OBSERVAÇÕES:


1. Como as crianças utilizam os diversos objetos na areia? Se atentam para atributos
como cor, forma, tamanho e textura? Classificam sua utilização para uma função
específica?
2. Como reagem às diferentes texturas da areia em contato com a água?
3. Como exploram o caminho da água percorrendo o tanque de areia?

PARA INCLUIR TODOS:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as
necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Garanta que todas as crianças
se sintam confortáveis em relação ao contato e exploração com as diferentes texturas
que o tanque de areia proporciona. Respeite o interesse, a necessidade e o tempo de
cada uma.

O QUE FAZER DURANTE?

1
Com os itens já dispostos dentro do tanque de areia e as bacias com água posicionadas
em torno, permita que o grande grupo adentre o espaço. Por ter diversos itens
convidativos, as crianças irão rapidamente iniciar suas explorações, escolhendo como
desejam fazer, se querem se agrupar ou se querem explorar o espaço e os objetos de
forma individual. Enquanto percorrem o espaço, contextualize dizendo que hoje a
brincadeira no tanque de areia terá um elemento especial. Convide-as a observarem
para fora do tanque para ver se descobrem o que é. Caso nenhuma criança mencione,
mostre as bacias com água e diga que sua manipulação é de livre escolha, podendo
usá-la nas brincadeiras com a areia.
2
Durante a brincadeira, auxilie as crianças que solicitarem ajuda com o despejar da água
sob suas explorações na areia, mas permita que elas joguem a água a maneira delas.
Aproveite esses momentos para engajar-se junto às crianças em seus jogos como
brincante ativo, escave, misture e use os itens. Dessa forma, você poderá observar de
perto, e na vivência com elas fornecer modelos para suas brincadeiras, sempre
brincando junto com elas. É possível, por exemplo, fazer castelos, túneis, bolinhas de
areia molhada, cobrir os objetos com areia, entre outras ações.
Aproveite esses momentos para fotografar e registrar as descobertas e diversas
interações das crianças entre si, com os itens, com a areia e a água. Procure perceber
se elas selecionam objetos, se os classificam, como os utilizam e como criam
brincadeiras.
Possíveis ações do professor neste momento: Caso nenhuma criança tenha explorado
essa ação, pegue uma garrafa plástica. Coloque-a sob a areia e escave, direcionando
o percurso da água para que passe dentro da garrafa, como um túnel.
Possíveis falas do professor neste momento: Como será que água chegou até aqui?
Por onde ela veio? Que legal esse pote que você escolheu! Como dá para usar? Pode
me mostrar?

3
Pela disposição dos itens, há a possibilidade de livre escolha e de transição pelo tanque.
Pequenos grupos irão se formar de acordo com os interesses das crianças, assim,
conflitos por disputa de objetos e espaço podem surgir. Intervenha de maneira a ouvir
as crianças envolvidas na situação. Incentive-as a expressarem seus sentimentos e
frustrações, orientando para que juntas possam encontrar resoluções justas para todas.
Por exemplo: garanta um tempo para cada uma utilizar o(s) objeto(s) desejados e depois
em conjunto, caso considere possível, e assim por diante.

4
Embora brincadeiras com água e tanque de areia sejam muito atrativas, algumas
crianças podem desinteressar-se rapidamente, ou até mesmo não tolerar por muito
tempo o contato e textura da areia. Se alguma criança, por qualquer motivo, não se
mostrar à vontade, respeite-a, mas não deixe de tentar inseri-la oferecendo seu colo,
sua mão, acolhendo e permitindo que ela participe observando suas ações e a dos
colegas. Para aquelas que necessitem variar a brincadeira, convide-as para saor do
tanque e brincar com as bacias de água e outros itens disponíveis, como tampas de
garrafas, potes etc. Deixe que explorem outras formas de brincar com a água.
Tenha também disponível um pano, caso a criança queira limpar-se ou enxugar-se.
PARA FINALIZAR:
Chegando próximo ao fim da atividade, antecipe as crianças sobre o encerramento,
evitando assim uma finalização brusca que possa gerar frustrações e resistência por
parte das crianças para saírem do ambiente. Respeite a transição do envolvimento delas
com a brincadeira.
Ao final, peça ajuda das crianças para recolher os itens e deixar o tanque de areia livre
para as próximas turmas. Com o grande grupo, tenha um momento de higienização para
que lavem as mãos e troquem de roupa, caso seja necessário.

DESDOBRAMENTOS
O ambiente do Tanque de Areia com água traz inúmeras possibilidades. A atividade
pode ser repetida trocando os materiais, utilizando, por exemplo, pequenos pedaços de
canos de pvc, peneiras, regadores, forminhas, panelas usadas, garrafinhas e potinhos,
criando novas brincadeiras com a água e tornando tudo ainda mais divertido! Uma ideia
é fazer vários bolos com as crianças utilizando potes de diferentes tamanhos e larguras,
espalhados pelo espaço da areia, e utilizando um balde ou mangueira para fazer uma
inundação. As crianças adoram e isso pode ser feito diversas vezes, construindo os
bolos e depois utilizando pequenos baldes para inundar.

ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
Registre fotograficamente essa grande brincadeira e exponha para toda a turma.
Permita que cada criança faça uma livre escolha da foto que mais gostou, para que
possa levá-la para casa, tendo, assim, uma foto dela no momento da brincadeira. A foto
servirá como suporte visual para que a criança relate a maneira dela sobre a brincadeira
aos familiares, ficando com a foto de recordação de um dos momentos vividos na
escola.
PLANO DE AULA: MEU CORPO TEM SOM

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Corpo, gestos e movimentos
Traços, sons, cores e formas
Escuta, fala, pensamento e imaginação

FAIXAS ETÁRIAS
Bebês (zero a 1 ano e 6 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI01CG03) Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.
(EI01TS01) Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.
(EI01EF05) Imitar as variações de entonação e gestos realizados pelos adultos, ao ler
histórias e ao cantar.

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios:
Para esta atividade antecipe algumas canções que possam potencializar a escuta dos
sons do corpo. Uma sugestão é a obra do Barbatuques, grupo brasileiro de percussão
corporal. Outra opção são as músicas do grupo Trii, baseadas em percussão corporal e
acompanhadas de instrumentos musicais de percussão.

MATERIAIS:
Rádio ou outro aparelho de som;
Músicas que inspiram descobrir os sons do corpo, tais como: Samba lelê, Peixinho
(grupo Barbatuques) e Tamborês (grupo Triii);
Objetos sonoros como pulseiras ou tornozeleiras com pequenos guizos, sinos, tampas
de latas de alumínio ou plástico;
Máquina fotográfica ou celular para registro das atividades;
Fita crepe;
Fórmica de 1m (pode ser mural, madeira compensada, forro ou outro que tiver na sua
escola);
Furadeira para furar o painel (ou outra ferramenta que dê conta de perfurá-lo);
Arame, presilhas e ganchos para prender os objetos.
ESPAÇOS:
Inicialmente prefira realizar esta proposta na sala de referência ou em um ambiente cuja
acústica possa favorecer a percepção dos bebês com relação aos sons emitidos pelo
próprio corpo. Sendo assim, evite desenvolver a atividade em ambientes muito abertos
e com interferências sonoras.

TEMPO SUGERIDO:
Aproximadamente 40 minutos.

PERGUNTAS PARA GUIAR SUAS OBSERVAÇÕES:


1. Como os bebês comunicam suas descobertas a partir dos sons produzidos com o
próprio corpo? E com os objetos do ambiente?
2. Observe o envolvimento dos bebês com as diferentes fontes sonoras. De que modo
eles demonstram a percepção da relação de seus movimentos aos sons produzidos?
Manifestam preferência por algum material para acompanhar as propostas?
3. De que modo os bebês interagem? Imitam gestos e movimentos?

PARA INCLUIR TODOS:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Antecipe as condições
necessárias para os que não se sentam nem se locomovem com autonomia sejam
favorecidos nos processos de interação com os colegas e com materiais de forma
segura. Garanta espaços de mobilidade para aqueles que engatinham ou andam, com
ou sem autonomia.

O QUE FAZER DURANTE?

1
Inicie enquanto os bebês estão explorando materiais e recursos disponíveis na sala de
referência. Apresente a proposta chamando a atenção deles por meio da canção
Tiquequê, do grupo Barbatuques. Para isso, utilize do recurso das palmas. Observe
como os pequenos reagem a essa alteração sonora do ambiente. Incentive aqueles que
de forma espontânea dançam e batem palmas. Encoraje os que apenas observam para
que se movimentem e dancem com os colegas.
Possíveis ações das crianças neste momento: Um bebê ouve a música e começa a
balançar os braços. Outro, ao escutar o ritmo, sacode o objeto que está em suas mãos.
Uma criança vem até você e começa a balançar o corpo. Outra bate palmas e sorri
animada.

2
Terminada essa canção, pause o CD ou diminua o volume do rádio. Note se as crianças
tiverem percepção da ruptura do som neste momento e, na sequência, diga aos bebês
que vocês irão dançar e brincar de fazer som com o corpo. Coloque uma música que
potencialize o envolvimento deles por meio de sua corporeidade. Uma sugestão é
Sambalelê, na interpretação do grupo Barbatuques. Deixe que as crianças escutem e
explorem os movimentos do próprio corpo. Se aproxime delas, nos pequenos grupos ou
individualmente, interaja com elas, valide seus movimentos e inspire novos partindo do
que apresentam e do que a música propõe, como: palmas ritmadas, passos de samba,
estalos e assobios.

3
Disponha um tecido no centro da sala e convide as crianças para se aproximar, de modo
a se acomodarem próximo a ele para ouvir a próxima música (Peixinho do Mar - grupo
Barbatuques). Priorize apenas o recurso da percussão corporal provocado na música.
Valorize as iniciativas dos bebês, brinque junto deles fazendo sons com o corpo, com a
boca, com as mãos, com os pés. Possibilite a construção da autoria de pensamentos e
ações das crianças, favorecendo o processo de criação delas.

4
Acrescente ao tecido alguns objetos sonoros, como pulseiras ou tornozeleiras com
pequenos guizos, sinos, tampas de latas de alumínio ou plástico. Deixe que os bebês
explorem livremente esses materiais, para que façam suas próprias descobertas.
Acompanhe-os de perto nessa exploração, registre a interação deles com os objetos e
com o novo, veja se eles atribuem, ainda que não intencionalmente, uma função sonora
a essas peças, pois a convivência com diferentes sons traz descobertas, conhecimento
e curiosidade.

5
Familiarizados com os objetos, descubra com os bebês outras possibilidades de uso
para eles, de modo que possam ser ajustados ao corpo das crianças. Inicie colocando
uma peça no seu próprio tornozelo. Mostre-a, faça sons com ela e ofereça-a às crianças.
Pergunte quem gostou da ideia e quem quer usá-la. Faça isso com os demais objetos
e deixe que os bebês explorem os sons de suas palmas ou marchas potencializadas
por meio destes objetos sonoros. Impulsione a proposta cantando com as crianças
músicas tradicionais da cultura infantil como: roda, roda, roda, pé, pé, pé, pé
(Caranguejo) ou dando sequência com o repertório do grupo Triii, ouvindo a música e
fazendo a brincadeira proposta de Tamborês, dentre outras possibilidades. Observe o
interesse dos bebês e favoreça as trocas de objetos entre eles.

PARA FINALIZAR:
Para finalizar a atividade, avise aos bebês que vocês irão ouvir uma última música. A
sugestão seria repetir aquela com a qual eles mais se envolveram. Nesse contexto,
compartilhe com eles o motivo da sua escolha e comente que depois irão começar a
guardar os objetos para seguirem uma proposta na área externa. Quando a música
terminar, conforme combinado anteriormente, solicite ajuda dos bebês e disponibilize
um organizador para que, dentro das possibilidades deles, colaborem guardando os
objetos. Tranquilize-os deixando esse material em local acessível, para que possam
brincar novamente com eles em outra oportunidade.

DESDOBRAMENTOS
Para promover novas experiências e ampliar o repertório dos bebês, combine com um
professor dos subgrupos das crianças bem pequenas ou pequenas para vivenciar esse
momento de exploração sonora junto a eles. Para realizar a atividade com segurança e
conforto a todos, opte por um espaço mais amplo, leve a seleção de música trabalhadas,
bem como o organizador contendo os objetos sonoros, sugira ao professor da outra
turma que também leve os objetos sonoros deles que não ofereçam riscos à integridade
dos bebês. Deixe que as crianças exploremos sons do corpo e do que é oferecido no
ambiente por meio da interação delas.

ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
Construa um painel sonoro com os objetos utilizados na atividade (na internet há boas
e práticas sugestões). Quando ele estiver pronto, acrescente o registro com fotos
legendadas por você, contando brevemente as experiências que as crianças
vivenciaram. Uma outra opção é privilegiar a participação dos bebês na montagem do
painel, para isso, distribua imagens aos pequenos, mostrando a possibilidade de grudar
as mesmas no suporte. Antecipe a ação das crianças fixando um elemento de ligação
no painel, podem ser rolinhos de fita adesiva ou de fita crepe, plástico adesivo virado
com a cola para cima, ou ainda fita dupla face. Valide a ação dos bebês e deixe que o
façam, ainda que a imagem fique meio tortinha, pois o mais importante aqui é a
participação. Entretanto, se as imagens estiverem plastificadas poderão, inclusive, ser
grudadas e desgrudadas, favorecendo a exploração. Essa ação preserva o painel,
viabilizando uso dele em outras exposições. Quando estiver pronto, deixe-o exposto
para que os familiares possam prestigiar esse momento tão especial.
PLANO DE AULA: OS DIFERENTES SONS DO AMBIENTE

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Corpo, gestos e movimentos
Traços, sons, cores e formas
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

FAIXAS ETÁRIAS
Bebês (zero a 1 ano e 6 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI01CG03) Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.
(EI01TS01) Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.
(EI01ET02) Explorar relações de causa e efeito (transbordar, tingir, misturar, mover e
remover etc.) na interação com o mundo físico.

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios:
Faça um levantamento sobre os espaços da sua escola e verifique quais são as
possibilidades de exploração sonora que os locais oferecem, por exemplo: pisos,
mobílias, objetos da escola de diferentes características (metais, plásticos, madeira,
cerâmica).

MATERIAIS:
Materiais de largo alcance feitos de madeira, metal e plástico. Para saber mais sobre o
assunto.
Recipientes diversos: organizadores, lixeiras, pás, baldes, entre outros, previamente
higienizados.
Máquina fotográfica ou celular para registro da atividade.

ESPAÇOS:
Organize os materiais, dispondo-os em um local da escola à sua escolha, considerando
como critério aquele que mais propicie condições de exploração sonora aos bebês de
modo instigante e seguro.
TEMPO SUGERIDO:
Aproximadamente 40 minutos.

PERGUNTAS PARA GUIAR SUAS OBSERVAÇÕES:


1. De que forma os bebês usaram o corpo para produzir sons e reagiram à observação
dos eventos sonoros produzidos no ambiente? Ficaram surpresos, curiosos,
interessados, se assustaram?
2.Diante das diferentes fontes sonoras, como se deram as iniciativas dos bebês para
acompanhar as brincadeiras? Fizeram uso de imitação, de gestos repetidos ou
diferentes?
3. Quais objetos e elementos que mais provocaram a pesquisa exploratória dos bebês
na descoberta de possibilidades sonoras do ambiente?

PARA INCLUIR TODOS:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Assegure condições para
favorecer a participação de todos os bebês, de modo que estejam inseridos com
segurança nos processos de interação com colegas e materiais. Além disso, esteja
atento e auxilie-os em suas iniciativas de locomoção. Garanta também espaços de
mobilidade para aqueles que engatinham ou andam, com ou sem autonomia.

O QUE FAZER DURANTE?

1
Conte aos bebês que vocês irão a um local da escola para explorar os diferentes sons
do ambiente e de seus elementos. Pelo caminho, explore as possibilidades sonoras,
chamando a atenção deles para os ruídos. Combine com eles para que todos saiam em
silêncio para ouvir os sons da escola. Fique atento e, ao notar alguns sons distintos
(como crianças brincando ou cantando, barulho da cozinha, som de telefone etc.), ajude
os bebês a perceber esses eventos sonoros que a escola tem. Pare próximo a esses
barulhos, aponte em direção ao som, pergunte se estão ouvindo, observe também se
os bebês fazem suas próprias paradas e converse com eles sobre o que escutam.
Auxilie os menores a se deslocar, pegando-os no colo (é importante ter outro adulto
presente durante a realização da proposta).

2
Combine previamente com um adulto a produção de sons que atraiam a atenção dos
bebês (passar um objeto em uma grade, dar leves toques em uma porta, arrastar um
objeto no chão) quando você e sua turma estiverem mais próximos do local da atividade.
Nesse momento os bebês devem estar mais perceptíveis aos eventos sonoros. Observe
se demonstram atenção ao som, curiosidade, se aqueles que têm autonomia quanto à
mobilidade vão em direção a fonte sonora. Encoraje-os, tecendo alguns comentários
como: Vocês ouviram esse som? De onde será que está vindo? Vamos descobrir?
Então deixe que quem está se dirigindo ao local do barulho siga em frente e convide os
demais para também ir até o local da atividade.

3
Deixe que explorem o local e façam suas descobertas sonoras, que brinquem com todos
os objetos ali presentes e que atribuam significado aos mesmos, conforme
experimentam as diversas possibilidades dos materiais ali dispostos. Esse é um
momento oportuno para que você registre, por meio de foto ou de filmagem, o
envolvimento dos pequenos no cenário sonoro.

4
Aproveite o contexto de exploração em que os bebês estão imersos e direcione o seu
olhar para as iniciativas das crianças, valide suas ações. Aproxime-se daquele que
individualmente descobre o som que se produz ao rolar um objeto de metal no chão.
Observe outras possibilidades encontradas por um pequeno grupo, no qual as crianças
batucam potes de plásticos inspirados pela iniciativa individual de um colega, batem
uma tampa com a outra, arrastam os caixotes no chão, dentre tantas outras
possibilidades de ações. Em interação com esses grupos, encoraje os bebês a
experimentar novas possibilidades a partir das iniciativas dos colegas.

5
Após esse momento de exploração, incentive aos bebês a se posicionarem
intencionalmente frente a um dos elementos do espaço. Auxilie aqueles que não
possuem independência, dispondo-os próximos a um desses pontos sonoros, para
favorecer a participação de todos. Inspire os pequenos por meio do significado que você
dá aos elementos que manipula, acompanhando o ritmo e marcando os tempos de uma
canção conhecida e apreciada pelo grupo, entoada por vocês.

PARA FINALIZAR:
Diga aos bebês que a brincadeira está chegando ao fim e que vocês vão cantar a última
música. Comente que antes de voltar para a sala eles precisarão guardar os objetos.
Quando a música terminar, conforme combinado anteriormente, solicite ajuda dos
bebês e disponibilize um organizador para que, dentro das possibilidades deles,
colaborem guardando os materiais. Retorne à sala e disponibilize livros de imagens para
manuseio ou outros materiais do interesse dos bebês.

DESDOBRAMENTOS
Construa estações sonoras na unidade, aproveite os recursos que o ambiente oferece
e acrescente outros materiais que aguçam a percepção auditiva de todas as crianças
da escola. Esses objetos precisam estar ao alcance delas e podem ser dispostos no
formato de painéis sonoros, móbiles e instalações. Para repertoriar essa elaboração há
na internet várias possibilidades de intervenções sonoras. Faça uma pesquisa sobre
como confeccionar materiais para parque sonoros.

ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
Elabore um convite para as famílias, com o objetivo de que apreciarem, nos horários de
entrada ou saída, uma instalação fotográfica e interativa no local onde os bebês fizeram
as descobertas sonoras. Elabore um cartaz e/ou bilhete. Além disso, reúna os registros
fotográficos e os exponha no local onde as famílias irão realizar a experiência sonora,
dando visibilidade à ação dos bebês naquele espaço. Em caso de área externa,
plastifique as fotos ou use saquinhos para garantir a conservação das mesmas durante
o período de exposição.
PLANO DE AULA: MOVIMENTO SONORO

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Corpo, gestos e movimentos
Traços, sons, cores e formas
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

FAIXAS ETÁRIAS
Bebês (zero a 1 ano e 6 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI01CG05) Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando
suas possibilidades de manuseio de diferentes materiais e objetos.
(EI01TS01) Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.
(EI01ET06) Vivenciar diferentes ritmos, velocidades e fluxos nas interações e
brincadeiras (em danças, balanços, escorregadores etc.).

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios:
Para esta atividade antecipe para cada bebê:
Uma tornozeleira de cetim na medida de 3 cm x 20 cm e oito lacres de latas de
refrigerante (arrecade-os antecipadamente mediante parceria com as famílias, os
funcionários e demais membros da comunidade escolar). Passe a fita entre os lacres e
dê um nó firme para garantir a segurança dos bebês.
Um porta-tornozeleira (confeccionado com uma lata de leite em pó) que será utilizado
para despertar a curiosidade dos bebês.
Selecione algumas canções da cultura infantil interpretadas pelo grupo Barbatuques.

MATERIAIS:
Uma pulseira ou tornozeleira sonora e uma lata de leite em pó vazia, limpa e com tampa
para cada criança;
Aparelho de som ou outro dispositivo que reproduza as músicas selecionadas;
Músicas que inspiram descobrir o som do corpo, uma boa sugestão são as canções:
Samba lelê, Peixinhos no mar, Escravos de Jó e Tum Pá, todas na interpretação do
grupo Barbatuques.
Máquina fotográfica ou celular para registrar a atividade.

ESPAÇOS:
Organize previamente a sala ou outro ambiente com o qual os bebês estejam
familiarizados para favorecer o envolvimento deles nesta atividade, dispondo um cesto
ou caixa com os materiais a serem utilizados sobre tapete ou tecido, despertando
curiosidade e, assim, potencializando os interesses das crianças.

TEMPO SUGERIDO:
Aproximadamente 40 minutos.

PERGUNTAS PARA GUIAR SUAS OBSERVAÇÕES:


1. Quais foram as iniciativas dos bebês ao explorar os sons produzidos com os objetos?
2. Durante a pesquisa sobre novas possibilidades sonoras quais foram as ações mais
comuns dos bebês: moveram, removeram ou misturaram os objetos?
3. De que modo os pequenos perceberam que seus movimentos potencializam as
experiências sonoras propostas?

PARA INCLUIR TODOS:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Favoreça a participação de
cada bebê atendendo às suas especificidades motoras, que neste subgrupo etário são
muito distintas. Nesse contexto organize o espaço atendendo os bebês que já possuem
independência ao se locomover: engatinhando, andando com ou sem apoio. Garanta
também os suportes necessários para aqueles cujas condições sejam de deitar-se ou
sentar-se, para que estejam inseridos nas situações de interação.

O QUE FAZER DURANTE?


1
Inicie a proposta disponibilizando aos bebês um cesto com as latas sonoras. Deixe que
explorem esses materiais e observe o interesse de cada um. Aproxime-se das crianças
nos pequenos e nos grandes grupos. Valide as iniciativas delas. Aguce a percepção
sonora de todos, convidando-os a observar o resultado de suas ações. Inicie os registros
por meio de fotos ou filmagens.
Possíveis ações das crianças neste momento: Um bebê sacode a lata. Outro bate uma
lata na outra, atraindo a atenção dos colegas pelo som produzido nessa ação. Outro
ainda rola a lata e observa atentamente o som emitido por esse movimento. Um bebê
tenta abrir a lata.

2
Coloque a canção Tum Pá e continue a interação com os bebês. Note se a canção os
inspira a realizar novos movimentos. Continue sua interação com as crianças e, ao
passar entre elas, tente auxiliar a percepção sonora delas a partir da ação de cada uma
sobre a lata. Note os bebês que sacodem, batem e rolam a lata e convide as demais
crianças que estão próximas, seja individualmente, no pequeno ou no grande grupo a
fazer isso também. É importante auxiliar os bebês menores, assistindo-os em suas
especificidades quanto a segurar esse objeto. Se necessário, pegue a lata e aproxime-
se do bebê fazendo movimentos com e para ele, a fim de que participe e perceba o som
emitido por esse objeto.

3
Continue ouvindo as músicas do grupo Barbatuques e se aproxime dos bebês que
demonstram estar mais familiarizados com as possibilidades da proposta. Para envolvê-
los, pegue uma das latas, sacuda-a e pergunte se estão ouvindo os sons. Convide as
crianças para sacudir as latas delas e peça para que notem que os objetos que seguram
também fazem som. Vá conversando com os bebês e conte a eles que você colocou
uma surpresa na lata e peça a ajuda deles para tirar a tampa dela.Quando abrir a lata,
faça expressão de surpresa e compartilhe com eles que encontraram uma pulseira
sonora. Amarre em seu braço e faça movimentos que favoreçam a emissão sonora do
objeto. Algumas crianças vão se aproximar curiosas, pergunte a elas se também querem
uma pulseirinha. Caso demonstrem desejar, ajude-as a abrir as latas e amarre as
pulseiras de modo confortável nos pulsos delas. Faça isso de forma gradativa, aos
poucos, conforme perceba o interesse das crianças.

4
Quando grande parte do grupo já estiver com as pulseiras, observe se as crianças
percebem que, conforme movimentam os braços, o objeto faz barulho. Se aproxime
novamente dos bebês nos formatos em que se encontram, nos pequenos grupos,
duplas ou individualmente. Ao interagir com eles, ofereça tornozeleiras para os que
desejarem uma. Encoraje aqueles que tem marcha a bate o pé no chão e aqueles que
ainda não se locomovem com autonomia abalançar as pernas. Escolha uma música
bem animada para tocar e permita aos bebês explorar livremente os movimentos de
seus corpos atrelado ao uso desses materiais, para que façam suas próprias
descobertas em relação às evidências sonoras, pois, ao realizar sons com o próprio
corpo, os bebês estão construindo e sendo autores de suas ações e pensamentos,
expressando todo um processo de criação.

5
Enquanto se envolvem com a atividade, dançando livremente, proponha uma
brincadeira dirigida a partir da música Peixinhos no mar e incentive todos a dançar e
realizarem alguns gestos comuns. Para isso escolha alguns marcos da canção para
inspirar movimentos repetitivos, como por exemplo: todas as vezes que se ouve a
palavra peixinho, convide as crianças a balançar as tornozeleiras batendo os pés. Ao
ouvirem como poderei viver, peça que sacudam os bracinhos, para que a pulseira possa
emitir som, dentre outras intervenções que considerar interessante compartilhar e que
sejam possíveis de serem efetivadas pelos bebês.

PARA FINALIZAR:
Para finalizar a atividade, avise aos bebês que a proposta está quase chegando ao fim
e que vocês irão dançar ao som da última música. Encoraje-os a balançar ainda mais
braços e pernas para potencializar os sons emitidos por esses objetos. Quando a
música terminar, relembre as crianças do combinado e ofereça os brinquedos de
predileção da turma. Avise-as que enquanto brincam você irá retirar as pulseiras e as
tornozeleiras delas. Conforme for retirando, peça ajuda para guardar esses materiais
nas latas. Tranquilize-as informando que os materiais serão enviados para a casa de
cada um, para que elas possam brincar de fazer sons com os familiares.

DESDOBRAMENTOS
Estabeleça uma parceria com o professor da turma das crianças pequenas. Peça para
que confeccione as pulseiras ou outros objetos sonoros para brincar com os bebês em
uma atividade de interação, se possível em um ambiente conhecido pelos pequenos e
que atenda às especificidades etárias deles. Na oportunidade, combine com o professor
da outra turma que para que as crianças convidadas possam escolher o repertório
musical para cantar junto com os bebês.
ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
No momento da saída entregue a lata juntamente com a pulseira para o responsável do
bebê e, por meio de um bilhete, conte que esse objeto fez parte de uma experiência
sonora que a turma vivenciou. Na oportunidade sugira que a família faça uso desse
elemento em casa, em momentos de interação com o bebê.
PLANO DE AULA: MALA DE SURPRESAS SONORAS

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Traços, sons, cores e formas
Corpo, gestos e movimentos
Escuta, fala, pensamento e imaginação

FAIXAS ETÁRIAS
Bebês (zero a 1 ano e 6 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI01CG03) Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.
(EI01TS03) Explorar diferentes fontes sonoras e materiais para acompanhar
brincadeiras cantadas, canções, músicas e melodias.
(EI01EF05) Imitar as variações de entonação e gestos realizados pelos adultos, ao ler
histórias e ao cantar.

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios:
Antecipe uma mala grande para armazenar as surpresas sonoras, você pode decorá-la
e atrair ainda mais a atenção dos bebês. Selecione algumas imagens dos ambientes da
escola e, se possível, alguns objetos com possibilidades de produzir sons que o
compõem. Antecipe também a gravação dos sons desses locais representados na
imagem. Além desses materiais, combine com os responsáveis por cada espaço a
visitação da turma, contextualizando a proposta e engajando esses parceiros na
organização sem descaracterizá-lo, garantindo a participação de todos e primando pela
segurança dos bebês.

MATERIAIS:
Mala para armazenar as surpresas sonoras, você pode confeccionar uma,
Fotos ou imagens plastificadas de alguns ambientes e objetos da unidade escolar.
Sugestões: secretaria, cozinha, parque, área verde.
Alguns elementos dos ambientes selecionados que emitam sons como:
secretaria: caixinhas com clips lacrada, furadores, teclados de computadores, telefone,
campainha, entre outros.
cozinha: colheres, canecas, espremedores, formas, bacias, panelas, entre outros.
área verde: um pote com areia, um saquinho com folhas secas, uma garrafa com
pedras, entre outros.
Gravação dos ruídos sonoros dos ambientes: Sugestão: toque de telefone, copiadora,
batedeira, liquidificador, vozes e ruídos de crianças brincando, som de pássaros etc.
Máquina fotográfica ou celular para registrar os momentos.
Despertador, de preferência analógico.
Fitas, objetos sonoros e fotos plastificadas para compor a documentação pedagógica
de engajamento das famílias, mediante confecção da cortina sonora.

ESPAÇOS:
A primeira parte da atividade será realizada na sala, de modo que o espaço favoreça a
mobilidade, ou seja, que permita um passeio seu com a mala entre os bebês e viabilize
as experiências deles a partir das surpresas sonoras. A segunda parte deve acontecer
na cozinha da escola. Combine antes com as responsáveis pelo local e organize um
ambiente seguro.

TEMPO SUGERIDO:
Aproximadamente 50 minutos.

PERGUNTAS PARA GUIAR SUAS OBSERVAÇÕES:


1. Como as surpresas contidas na mala instigaram os bebês?
2. De que modo os bebês expressam sua reação frente a escuta dos sons: ficam
surpresos, eufóricos, rejeitam algum objeto, demonstram preferência por algum
material?
3. Ao realizar suas investigações, observe os bebês: é possível notar que eles imitaram
adultos ou colegas para vivenciar as atividades propostas? Como?

PARA INCLUIR TODOS:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Considere as singularidades
de cada bebê, garanta que todos participem da situação proposta, de modo que possam
interagir com os pares e com os materiais disponíveis. Para isso, antecipe os recursos
necessários para aqueles que estão na condição de permanecer deitados e aos que se
sentam. Também propicie espaços de mobilidade para quem se locomove com
independência.
O QUE FAZER DURANTE?

1
Inicie a proposta passeando com a mala entre os bebês, despertando a atenção de
todos. Se sua mala for de rodinha, o próprio som emitido por ela irá atrair a percepção
das crianças. Caso sua mala seja de alças, a sugestão é sacudi-la. Observe a reação
dos bebês. Se aproxime dos que ainda não andam e também convide aqueles que têm
independência motora (engatinham, andam) para chegarem mais perto de você.
Permita a aqueles que demonstrarem interesse que toquem a mala, façam tentativas de
abri-la, sintam sua textura, observem a cor e o formato dela etc. Conte para os bebês
que você separou algumas surpresas para brincar com eles, pergunte quem quer ver o
que tem na mala. É importante que sua expressão comunique aos pequenos novidades,
expectativa e surpresa!

2
Abra a mala e retire somente as imagens e os objetos que compõem o espaço escolar.
Distribua-os sobre um tapete, deixe que os bebês peguem aqueles que lhes aprouver e
explorem-nos. Reserve um tempo para a livre exploração. Enquanto realizam suas
experiências, aproxime-se dos pequenos grupos ou das duplas que se formaram a partir
dos interesse comuns e acrescente mais um elemento às investigações dos bebês: o
som! Sendo assim, observe quem está manuseando a imagem da batedeira e pergunte:
qual é o som da batedeira? Para elucidar ainda mais o momento, toque em alguma parte
da imagem e, a partir dessa ação, coloque o toque da batedeira.
Continue observando e se aproxime de um pequeno grupo que explora as imagens do
parque, chegue perto dele, chame a atenção dos pequenos para as crianças brincando
e deixe que ouçam as muitas vozes e ruídos de um momento de parque.
Outros estarão encantados com as imagens da área verde da unidade escolar, propicie
a eles o som dos pássaros. Realize essas intervenções ao longo da proposta
favorecendo a escuta, a curiosidade, a representação do pensamento.
3
Passado algum tempo dessas descobertas sonoras, peça ajuda dos bebês para abrir
toda a mala e deixe que peguem os elementos que desejarem. Neste momento você
deve favorecer a participação de todos. Distribua alguns objetos para os bebês que não
possuem autonomia possam buscá-los. Permita que cada um realize ações
exploratórias. Você, ou outro adulto presente, pode potencializar as descobertas dos
bebês mediando as ações individuais e em pequenos grupos, atribuindo significado às
suas iniciativas, fazendo referência aos lugares em que temos esses utensílios na
escola, resgatando sons e imagens da etapa anterior.

4
Continue esta proposta de observação sonora do ambiente, escolha um dos locais
apresentado e leve os bebês para observar os sons de seus elementos em lócus.
Combine tudo anteriormente com os responsáveis pelo local a ser visitado pelos bebês,
pense em uma organização segura e que favoreça a ação de todos. Uma sugestão é
organizar as idas dos bebês de modo escalonado, em pequenos grupos. Nesse
contexto, pergunte aos pequenos quem gostaria de ir até a cozinha para ouvir de perto
os sons observados nas imagens. Observados os interesses, leve (com auxílio de outros
adultos da unidade escolar) os bebês que desejam ir até a cozinha, enquanto os bebês
muito pequenos e os demais continuam na exploração dos objetos sob os cuidados de
outro adulto de referência. Na cozinha, acorde com as cozinheiras para que liguem
batedeira ou que ativem outro objetivo sonoro combinado previamente enquanto os
bebês exploram o ambiente. Aguce a percepção deles diante dos diversos sons do local.
Planeje tempo suficiente para as investigações.

PARA FINALIZAR:
Quando todos já estiverem de volta à sala, avise os bebês que a atividade está
chegando ao final. Diga que a mala ficará disponível durante toda a semana, para que
em outro momento possam interagir com os objetos. Em seguida, peça ajuda para que,
dentro de suas competências, guardem os objetos na mala. Enquanto os bebês realizam
a ação, conte a eles qual será a próxima atividade.

DESDOBRAMENTOS
Planeje outras investigações sonoras nos diversos ambientes da escola propostos na
atividade realizada, visitando a secretaria, a área verde, o parque, dentre outros,
lembrando de realizar intervenções que aguce a percepção sonora dos bebês. Para
viabilizar a realização desta proposta é indicado que se explore esses lugares em dias
diferentes.
ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
Para compartilhar os momentos mais significativos desta proposta, confeccione uma
cortina sonora e a instale na janela ou na porta da cozinha onde foi realizada a proposta.
Caso não seja possível, instale a mesma na sala. Para isso, utilize os registros
fotográficos e intercale as fotos com copinhos e garrafas pets pequenos contendo grãos
ou outros elementos leves utilizados na atividade que possam emitir sons. Convide as
famílias para dar uma espiadinha no objeto compartilhado e para brincar com as
crianças nos horários de entrada e de saída.
PLANO DE AULA: PRODUZINDO SOM COM CORPO E
MATERIAIS DE LARGO ALCANCE

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Corpo, gestos e movimentos
Traços, sons, cores e formas
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

FAIXAS ETÁRIAS
Bebês (zero a 1 ano e 6 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI01CG05) Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando
suas possibilidades de manuseio de diferentes materiais e objetos.
(EI01TS03) Explorar diferentes fontes sonoras e materiais para acompanhar
brincadeiras cantadas, canções, músicas e melodias.
(EI01ET06) Vivenciar diferentes ritmos, velocidades e fluxos nas interações e
brincadeiras (em danças, balanços, escorregadores etc.).

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios:
Antecipar diferentes materiais de largo alcance como tecidos, rolos de diferentes
tamanhos e espessuras, canos, caixas, bacias, blocos de espuma, conduíte plástico,
latas de leite, tocos de madeira, entre outros. É importante estabelecer com
antecedência a parceria com a família, compartilhando a proposta mediante um bilhete
e solicitando colaboração para arrecadação destes materiais. Vale ressaltar que essa
proposta é melhor vivenciada pelas crianças que já andam. Contudo, os bebês menores
poderão participar com o apoio dos adultos presentes. Nesse sentido, é importante que
seja construído um instrumento por bebê.

MATERIAIS:
Materiais de largo alcance organizados em estações e agrupados por similaridades
sonoras, conforme sugestões abaixo:
1ªEstação: objetos de metais (latas, colheres, tampas de panelas, dentre outros).
2ªEstação: objetos de madeira (tocos de madeira, caixotes, pilão, dentre outros).
3ªEstação: objetos de plástico (potes de sorvete, tampas, garrafas pets, copos).
4ªEstação: objetos silenciosos (espumas, plumas, tecidos, manta acrílica, algodão).
4 tecidos de aproximadamente 1m x 2m (podem ser colchas, lençóis, toalhas, cangas
ou tapetes, o importante garantir um para cada estação).
1 cesto para atividade de itinerância.
1 caderno para registro.
Câmera ou celular para registrar.

ESPAÇOS:
Realize a atividade na área externa em um ambiente que seja conhecido pelos bebês.
Selecione os materiais e agrupe-os por similaridade sonora. Organize estações de
pesquisa e investigação sonora com um conjunto de elementos de metais, outro de
madeira, um com plásticos e mais um com materiais leves e silenciosos. Você pode
organizá-los sobre tapetes ou tecidos. Esta organização irá contribuir para potencializar
a percepção dos bebês frente aos diferentes timbres sonoros produzidos a partir destes
objetos.

TEMPO SUGERIDO:
Aproximadamente 40 minutos.
Perguntas para guiar suas observações:
1. Durante as brincadeiras propostas, de que modo os bebês exploram os materiais de
largo alcance disponíveis para produzir sons?
2. Como se deram as vivências dos bebês durante esta experiência sonora: trocaram
objetos entre si, imitaram as ações dos colegas ou moveram-se em direção a outros
materiais?
3. Ao observar a interação dos bebês com os materiais de largo alcance, é possível
elencar aqueles que mais despertaram interesse dos bebês?

PARA INCLUIR TODOS:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as
necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Considere as singularidades
de cada bebê durante as situações de interações e brincadeiras. Viabilize a participação
de todos mediante antecipação dos recursos necessários para aqueles que estão na
condição de permanecerem deitados e aos que já sentam, de forma que todos ampliem
as possibilidades de manuseio dos diferentes materiais. Propicie espaços de mobilidade
para aqueles que já se locomovem com independência.
O QUE FAZER DURANTE?

1
Conte para os bebês que você separou alguns materiais sonoros para brincar com eles
na área externa. Instigue-os falando sobre as características destes objetos ao balançar
uma lata de leite com um objeto dentro (antecipando um dos sons que irão explorar).
Pergunte quem gostaria de sair com você para participar. É desejável que sua
expressão comunique aos bebês novidade, expectativa, surpresa. Ao chegar ao local
da proposta, encoraje os bebês a se aproximarem dos materiais. Deixe aqueles que têm
independência se locomoverem, explorarem as estações de acordo com seus
interesses. Garanta a participação de todos aproximando os bebês que necessitam de
auxílio para locomoção e manipulação dos materiais dispostos. Fique atento às
expressões, favorecendo seus interesses quanto a troca de local e/ou de objetos.

2
Enquanto os bebês vivenciam as pesquisas sonoras nos pequenos grupos, duplas ou
individualmente, observe como relacionam-se com os objetos. Note suas descobertas
e potencialize as iniciativas mediante a brincadeira com o som. Aproxime-se do bebê
que brinca individualmente com conduíte e brinque com ele. Passe um objeto pela
textura corrugada deste elemento para que a criança note o novo som produzido a partir
da sua ação. Observe o grupo que deu significado sonoro as colheres de pau, toque
com eles, alterne gestos pausados e acelerados, fortes e fracos, inspirando as ações
dos bebês. Veja a dupla que empilha latas, apoie suas iniciativas e, quando a “torre”
cair, destaque o som. Realize estas intervenções ao longo da proposta favorecendo a
escuta, curiosidade e descoberta.

3
Ainda na proposta de atribuição de significado sonoro aos materiais de largo alcance
mediante a exploração dos bebês, observe os que trocaram de estações e incentive as
crianças a realizarem a troca de espaço a partir da ação dos colegas. Neste momento,
passe de estação em estação, dê uma paradinha e converse com os bebês. Entre na
brincadeira com eles, mostrando os timbres dos diferentes instrumentos e ampliando as
possibilidades sonoras já exploradas por eles até o momento. Faça isso em todos os
espaços e convide os bebês a visitarem as outras estações. Esteja atento e ajude os
bebês que não possuem independência para andar ou engatinhar a terem garantido o
direito de escolha. Nesse contexto, auxilie os bebês em suas necessidades de
locomoção e valide seus interesses.
Possíveis falas do professor neste momento: aqui nós temos a estação de metal, vejam
o som dos metais, é mais agudo. Já nesta estação temos apenas objetos de madeira e,
geralmente, os sons emitidos por estes materiais são mais graves.

4
Observe os bebês que, ao trocarem de estação, levam consigo os objetos com os quais
estavam interagindo anteriormente, misturando-os. Potencialize suas ações
encorajando e negociando trocas ou junção entre eles. Destaque esta ação para o grupo
todo. Estenda um tapete ou tecido grande próximo ao centro do ambiente onde a
proposta está sendo realizada e solicite a colaboração dos bebês para trazer os objetos
ao “centro”. Explique que agora o desafio da brincadeira é produzir som com os objetos
misturados.
Possíveis falas do professor neste momento: Olhe, o colega levou a colher de pau para
a estação dos metais, que som será que vai fazer? Será que é diferente? Vamos
misturar os materiais?

5
Agora que os bebês avançaram nas suas pesquisas, faça intervenções para que
percebam como o movimento de seus corpos sobre os materiais de largo alcance estão
intrínsecos à produção sonora. Encoraje-os a produzir novos sons inspirados pelos
movimentos corpóreos dos colegas.
Possíveis ações das crianças neste momento: Um bebê vê que quando o colega passa
os dedos sobre a textura corrugada do conduíte é emitido um som suave e imita-o. Outro
encaixa suas mãos na alça de duas tampas de panelas e as bate simultaneamente (o
professor incentiva o pequeno grupo a voltar sua atenção para essa ação e eles
demonstram interesse em fazer o mesmo movimento).

PARA FINALIZAR:
Explique aos bebês que a proposta está chegando ao final, mas que na sala haverá um
cesto com um pouco de cada material utilizado que será enviado para a casa, a fim de
que possam brincar com seus familiares. Explique que outra parte ficará acessível a
eles na sala. Solicite ajuda para organizar o ambiente e comunique a próxima atividade.
De preferência para algo mais silencioso, como a leitura de uma história e manipulação
de livros.

DESDOBRAMENTOS
Disponibilize os materiais de largo alcance em outras situações do cotidiano da escola
como parque ou brincadeiras na área externa. Deixe estes objetos como uma
possibilidade a mais de descobertas e experiências, considerando o princípio da livre
escolha dos bebês. Confeccione um tapete ou painel sonoro (papelão grosso) com
esses elementos fixados, propiciando experiências sonoras através do contato do corpo
ao tocar, bater, apertar, pisar, arranhar etc. os objetos. Estes materiais podem ser
levados a diversos locais.

ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
Ofereça às famílias a oportunidade de vivenciarem junto aos filhos as pesquisas sonoras
com os materiais de largo alcance mediante um cesto itinerante. Providencie um
caderno e envie junto com o material para que faça parte da documentação pedagógica.
Nele, as famílias devem registrar por meio da escrita, fotos ou ilustrações, como foi essa
experiência em casa. Aproveite a primeira parte do caderno para contextualizar a
proposta.
PLANO DE AULA: A PROPOSTA DE UM LIVRO DE RECEITAS

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Escuta, fala, pensamento e imaginação
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

FAIXAS ETÁRIAS
Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades,
sentimentos e opiniões.
(EI02ET05) Classificar objetos, considerando determinado atributo (tamanho, peso, cor,
forma etc.).
(EI02ET08) Registrar com números a quantidade de crianças (meninas e meninos,
presentes e ausentes) e a quantidade de objetos da mesma natureza (bonecas, bolas,
livros etc.).

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios:
Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:
1. A proposta de um livro de receitas
2. Explorando o texto da receita
3. Escolha das receitas que vão para o livro
4. Fazendo uma receita
5. Ilustrando o livro de receitas

MATERIAIS:
Providencie vários textos instrucionais com funções diferentes (alguns exemplos para
imprimir ou copiar: receita culinária, receita de massinha, modo de fazer um brinquedo,
experimento), livros de receitas e outros portadores com diferentes gêneros textuais
(como: livros infantis de narrativa e de poesia, revistas, cartas, catálogos de
supermercado, panfletos de propaganda etc.). Separe folhas sulfite, folhas pautadas ou
folhas com o logo da escola, para que os familiares mandem suas receitas escritas
nelas, e caneta hidrocor para o registro dos números. Tenha um caderno e canetas para
fazer anotações. Para o momento de transição, prepare em um canto da sala papéis e
riscantes (como lápis de cor e giz de cera).

ESPAÇOS:
A atividade será feita em roda com o grande grupo. Prepare um ambiente agradável e
acolhedor para as crianças. Deixe os diferentes portadores textuais organizados em
mesas, próximos ao local da roda. Organize um canto da sala com papéis e riscantes
como uma opção de atividade para transição.

TEMPO SUGERIDO:
Aproximadamente 30 minutos.
Perguntas para guiar suas observações:
1. As crianças comparam os textos, apontando semelhanças e diferenças entre eles?
Quais características elas notam nas receitas? Quais estratégias usam para identificar
os textos?
2. Como as crianças resolvem a contagem das folhas e dos colegas? Que estratégias
sugerem para solucionar o problema? Contam as folhas e/ou as crianças? Fazem a
correspondência um a um? Tentam fazer o registro do número?
3. Como as crianças expressam suas ideias e sugestões? Como participam da roda de
conversa? Têm facilidade em se comunicar? Esperam a vez de falar? Preferem ouvir e
observar?

PARA INCLUIR TODOS:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Na roda de conversa
procure incentivar a participação de todas as crianças, fazendo comentários e
perguntas, valorizando o que elas comunicam, possibilitando que todas tenham espaço
para se expressar e sempre respeitando as individualidades de cada uma.
O QUE FAZER DURANTE?

1
Reúna as crianças e peça que se sentem em roda com o grande grupo. Converse com
elas sobre receitas: para que servem, se já viram alguém fazendo uma em casa, se já
fizeram uma, se ajudaram alguém a fazer, o que fizeram, como usaram a receita etc.
Nesses momentos de conversa em roda é importante que as crianças se sintam seguras
e acolhidas para se expressar, para contar suas vivências, ideias e para fazer
questionamentos. Também é importante que elas respeitem a vez do outro que está
falando e que desenvolvam a habilidade de ouvir e de esperar a vez de falar. Crie um
espaço em que todos possam falar e faça questionamentos que estimulem o diálogo e
que ajudem as crianças mais tímidas a se expressarem também, mas sempre
respeitando as que preferirem só ouvir.

2
Converse com as crianças e mostre textos instrucionais com finalidades diferentes.
(Imprima ou copie estes exemplos: receita culinária, receita de massinha, modo de fazer
um brinquedo, experimento). Estimule as crianças a conversar sobre os diferentes tipos
de receitas e a perceber suas diferenças (produto final) e semelhanças (estrutura do
texto e finalidade de ensinar algo passo a passo). Deixe que tragam suas próprias
experiências e hipóteses para discuti-las com o grupo.
Possíveis falas do professor neste momento: Quem sabe o que tem nessa foto? Então
o que será que está escrito aqui? O que a criança está fazendo nessa foto? Brincando
de massinha? O que será que está escrito? Será que ensina a brincar de massinha?
Vou ler para vocês o que está escrito para descobrimos. Se a gente olhar a receita do
brigadeiro e da massinha, tem alguma coisa parecida? É mesmo, esse pedacinho é
igual a esse. Vocês sabem o que tem nesta parte do texto? Vou ler (lê os ingredientes
das duas receitas). Para que serve essa lista de coisas que eu li? Isso mesmo, é o que
a gente precisa para fazer a receita. E o que será que tem nesse outro trecho? Será que
eles também são parecidos? (Lê o modo de preparo).
3
Com os livros organizados em mesas, conte para as crianças que você separou
diferentes portadores: que contam histórias, de poesia, de receita etc. Diga que elas
podem explorar cada um deles. Observe como interagem com os textos, e entre elas, e
ouça os apontamentos e observações. Anote o que surge nas discussões e o que elas
dizem para você para depois socializar e discutir esses apontamentos e
questionamentos com o grupo.

4
Reúna as crianças e diga que você ouviu o que estavam conversando e que queria levar
algumas ideias e questões para todo o grupo. Leia suas anotações e possibilite que as
outras crianças compartilhem ideias, percepções e que tentem solucionar juntas
algumas questões. Se necessário, acrescente a essa lista outras perguntas
investigativas que as estimulem a observar e a comparar os textos, tanto em sua função
como em sua estrutura.
Possíveis falas do professor neste momento: Ah!, esse livro não é de receita, mas de
história? Por que você acha isso? Olha só, ela disse que aqui tem desenhos de
personagens e que nesta parte a história é contada. Você acha que esse livro é de
receita? Por que? Nele há fotos de panelas e alimentos? Esse aqui tem fotos de alguém
cozinhando, vamos ler essa parte para ver? E qual desses é um livro de receitas?

5
Proponha a ideia de fazer um livro com as receitas culinárias favoritas da turma.
Pergunte o que as crianças acham dessa ideia e quais são as sugestões delas para o
livro: Como vão conseguir as receitas? Para quem podem pedir e como? Que receitas
gostariam que tivesse no livro? Vão ilustrar as receitas? Se sim, vão colocar ilustrações
em todas as receitas ou em algumas? No começo ou no final? Anote as sugestões e
diga que vai consultá-las novamente para confirmar se o livro será desse jeito mesmo
ou se mudaram de ideia, pois isso pode acontecer em processos mais longos.

6
Combine com as crianças que você vai pedir para cada família enviar uma receita e que
depois vocês vão escolher quais vão para o livro. Peça que te ajudem a escrever o
bilhete para os responsáveis delas. Elas ditam, você escreve no seu caderno de
anotações e vai lendo em voz alta como está ficando até que cheguem a um texto final
que agrade a todos e cumpra sua função. Algumas crianças podem se aproximar para
acompanhar o processo de escrita e querer ler o que já foi escrito. Incentive essas
iniciativas e não as corrija, só interfira se fizerem questionamentos ou pedirem ajuda.
Algumas podem querer escrever também, nesse caso, entregue a elas outras folhas e
materiais riscantes para que imitem o seu processo e se apropriem também do papel
de escritor.
Possíveis falas do professor neste momento: Como posso começar o bilhete? Gostei,
vou escrever isso: Nós vamos fazer um livro... Um livro do que? Isso, de receitas
culinárias favoritas. E agora? O que precisamos pedir no bilhete? Muito bem,
precisamos pedir as receitas. E como posso escrever isso aqui? Vou ler o que já
escrevemos até agora. O que vocês acham? Está faltando alguma coisa?

7
Diga que cada um levará uma folha para trazer uma receita para o livro e pergunte: Se
cada um vai levar uma folha, de quantas folhas precisamos? Deixe que busquem um
jeito de resolver o problema antes de interferir. Questione as soluções encontradas
fazendo perguntas que ajudem as crianças a avançar na resolução do problema. Não
há uma única solução. Elas podem propor entregar um papel para cada uma e depois
contá-los (ou contar enquanto entregam). Se isso acontecer, faça questionamentos que
possibilitem a descoberta de que o número de crianças e o número de papéis é igual.
Elas podem chutar um número. Nesse caso, pergunte como é possível ter certeza disso,
se dá para saber quantas crianças há na sala e como se pode conseguir essa
informação. Se chegarem ao resultado com facilidade, crie outras problematizações,
como: Se eu também trouxer uma receita, de quantos papéis precisaremos? Se cada
papel tiver com uma receita, quantas receitas teremos?
Possíveis ações das crianças neste momento: Levantar para começar a contar
colocando a mão na cabeça de cada uma; consultar algum cartaz com seus nomes ou
a quantidade de crianças; começar a entregar um papel para cada uma.

8
Diga que vocês precisam registrar a quantidade de crianças e de folhas que vão precisar
para que não se esqueçam e nem precisem contar de novo depois. Pergunte quem quer
registrar o número em uma folha, que você vai fixar em um lugar visível, a fim de que
possam consultá-la se precisarem (pode ser na porta do seu armário, em uma parede
da sala, perto da entrada, perto da sua mesa etc). Relembre qual quantidade que vocês
contaram, se necessário contem novamente, e deixe que uma criança ou uma dupla
faça o registro do número à sua maneira. Não faça correções. Se você tiver um painel
com números na sala, sugira que ela olhe o número correspondente para usá-lo de
modelo, se necessário. Se outras crianças quiserem, deixe que façam o registro
também.
PARA FINALIZAR:
Fale para as crianças que você vai mandar a folha e o bilhete para os familiares delas.
Algumas podem continuar interessadas em conversar sobre a produção do livro e em
manusear os diferentes portadores que você ofereceu, outras podem começar a distrair
com outras coisas, por isso, deixe em um canto da sala materiais como papéis, lápis de
cor e giz de cera, para que possam usá-los neste momento de transição. Sinalize
quando estiverem faltando cinco minutos para encerrar a atividade. Depois desse
tempo, conte o que farão em seguida e peça que ajudem a organizar a sala para que
possam se preparar para a próxima atividade.

DESDOBRAMENTOS
Para ampliar ainda mais a conversa sobre receitas, leve a receita de massinha caseira,
por exemplo, escrita com letra de forma maiúscula em um cartaz. Converse sobre ela
com as crianças e depois dívida a turma em pequenos grupos para fazer a receita e
brincar com a massinha que fizeram. Faça o mesmo com outros tipos de textos
instrucionais (modo de fazer um brinquedo, experimento etc.), a fim de que se apropriem
da estrutura e da finalidade do texto.

ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
Envie aos responsáveis a folha e o bilhete escrito com as crianças contando sobre o
livro de receitas favoritas que será feito pela turma e pedindo que os familiares mandem
uma (ou mais) receita(s) de algo que a criança goste de comer e, de preferência, que
seja simples de fazer. Coloque um prazo para o envio dessas receitas (cerca de uma
semana) para possibilitar que a maioria consiga participar. À medida que as receitas
forem enviadas, socialize-as com a turma.
PLANO DE AULA: EXPLORANDO O TEXTO DA RECEITA

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Escuta, fala, pensamento e imaginação
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

FAIXAS ETÁRIAS
Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades,
sentimentos e opiniões.
(EI02ET05) Classificar objetos, considerando determinado atributo (tamanho, peso, cor,
forma etc.).
(EI02ET08) Registrar com números a quantidade de crianças (meninas e meninos,
presentes e ausentes) e a quantidade de objetos da mesma natureza (bonecas, bolas,
livros etc.).

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios:
Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:
1. A proposta de um livro de receitas
2. Explorando o texto da receita
3. Escolha das receitas que vão para o livro
4. Fazendo uma receita
5. Ilustrando o livro de receitas

MATERIAIS:
Separe as receitas trazidas pelas crianças e escolha uma para cada pequeno grupo
montar. Para isso escreva-a ou digite-a e imprima uma cópia dela (com letra de forma
maiúscula) e a corte em partes (título, ingredientes, modo de fazer, ilustração), seguindo
este modelo. Leve cola, papel para colar a receita montada e papéis com outros tipos
de texto (como cartas, narrativas, parlendas, tirinhas etc.). Providencie material para
anotação e, se preferir, equipamento para gravar as falas das crianças e transcrevê-las
depois. Disponibilize materiais para as atividades de livre escolha, como massinha, uma
cozinha com diferentes utensílios e embalagens (para brincarem de faz de conta) e
jogos de montar. Providencie aparelho de som ou celular se quiser usar a sugestão de
música do Para Finalizar.

ESPAÇOS:
Para esta atividade, as crianças estarão divididas de duas maneiras: a maioria estará
transitando livremente pelas atividades de livre escolha enquanto você trabalha com um
pequeno grupo (com cerca de 4 crianças). Para isso, organize na sala os diferentes
cantos com opções de atividades que as crianças possam realizar com autonomia. Se
possível, vá com o pequeno grupo para uma outra sala ou outro ambiente mais
silencioso, no qual as crianças possam conversar e interagir. Se não tiver um outro
professor que possa ficar com os pequenos na sala, organize um canto para fazer a
roda e trabalhar com o pequeno grupo próximo às atividades de livre escolha. Deixe os
materiais para as atividades com as receitas próximos à roda.

TEMPO SUGERIDO:
Aproximadamente 30 minutos para cada grupo.
Perguntas para guiar suas observações:
1. Como é a atitude das crianças durante a leitura? Têm interesse em ouvir? Conversam
sobre o texto (comentam, questionam, fazem relações com sua realidade)? Tentam lê-
lo? Que estratégias usam para isso?
2. Como as crianças interagem com os textos? Como os exploram? Que estratégias
usam para identificar as receitas? Comparam os diferentes textos apontando
semelhanças e diferenças?
3. As crianças identificam as partes da receita? Se manifestam sobre o que vai em cima
e embaixo? O que vem antes e depois (no texto e na preparação da receita)? Como
expressam essas relações?

PARA INCLUIR TODOS:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Na roda de conversa,
incentive a participação de todas as crianças fazendo comentários e perguntas,
valorizando o que comunicam, possibilitando que todas tenham espaço para se
expressar, sempre respeitando as individualidades de cada uma. Fique atento às
diferentes maneiras como expressam suas hipóteses e conclusões, busque
compreendê-las e valorizar sua contribuição.
O QUE FAZER DURANTE?

1
Reúna as crianças e diga que você preparou diversas atividades para que elas
escolham as de sua preferência. Comente que elas poderão escolher e mudar de
atividade livremente. Enquanto isso, você vai chamar um pequeno grupo (com cerca de
quatro crianças) para conversar sobre as receitas. Explique que todas passarão pelo
grupo da receita. Transite com os pequenos pelo espaço mostrando os cantos que você
organizou para elas, que podem ser, por exemplo, massinha, uma cozinha com
diferentes utensílios e embalagens (para brincarem de faz de conta) e jogos de montar.
Se houver a possibilidade, peça que outro professor fique com as crianças nas
atividades de livre escolha e saia com o pequeno grupo para um ambiente mais
silencioso, no qual vocês possam conversar com mais facilidade. Se não for possível,
fique em um canto da sala onde consiga observar todas as crianças.

2
Sente-se em roda com o pequeno grupo e diga que trouxe algumas receitas enviadas
pelos familiares. Pegue uma receita para começar. Leia o título, os ingredientes e o
modo de preparo, apontando enquanto lê. Converse sobre a receita. A criança que a
trouxe pode identificá-la e levantar, ou levantar a mão, ou expressar seu contentamento
com a situação. Acolha sua manifestação e garanta às outras que vocês ainda verão as
receitas que elas trouxeram também. Deixe que contém se já comeram aquilo, se
gostam ou não, se conhecem os ingredientes, se alguém que conhecem costuma
preparar essa receita etc. Valorize suas ideias e aproveite-as para ampliar a conversa.
É importante que as crianças se sintam seguras para se expressar e que desenvolvam
a habilidade de ouvir o outro também. Faça questionamentos que estimulem a conversa
e que ajudem as crianças mais tímidas a se expressarem, mas sempre respeitando as
que preferirem só ouvir. Ao longo de todo esse trabalho com o pequeno grupo, faça
anotações de seus comentários, das hipóteses que levantam, de suas conclusões e
questionamentos para depois usar no cartaz do Engajando as famílias. Se preferir, você
pode gravá-los para transcrevê-los em outro momento.

3
Pegue diversas folhas (algumas com as receitas trazidas pelas crianças e outras com
outros textos, como cartas, narrativas, parlendas, tirinhas) e leve para a roda. Diga que
você se confundiu na hora de arrumar a bolsa e acabou misturando os papéis das
receitas com outros textos que tinha guardado. Sugira que te ajudem a separar as
receitas. Pergunte se lembram como elas devem ser e quais as partes que elas têm.
Mostre a primeira receita que você leu para que possam usar como modelo para
consultar. Não se adiante, espere e dê a elas o tempo necessário para observar,
perguntar, sugerir e discutir. Se for necessário, faça questionamentos que ampliem seu
olhar, ajude-as a observar determinado aspecto e aponte para a receita que elas têm
de modelo mostrando determinada característica.
Possíveis falas do professor neste momento: Vocês acham que esse texto é uma
receita? Por quê? Lembram-se de quando li a receita do bolo? O que tinha no começo
dela? Isso mesmo, ovo, farinha... os ingredientes. Será que nesse texto tem essa parte
dos ingredientes? Vou ler como ele começa para vocês conferirem.

4
Depois que tiverem terminado de separar, mostre ao grupo as outras receitas. Deixe
que as crianças as manuseiem e conversem sobre elas. Não precisa ler todas. Leia os
títulos, aponte alguns ingredientes mais conhecidos, pergunte se gostam daquele prato,
fale sobre algumas partes do modo de preparo, por exemplo: Será que o bolo fica pronto
se não for para o forno?" O que será que vem primeiro nesse modo de preparo: mexer
os ingredientes ou colocar o doce na geladeira? E outras questões que aproximem as
crianças desses textos.
Possíveis ações das crianças neste momento: Algumas podem levantar para ver a
receita mais de perto; podem procurar a receita que trouxeram e querer mostrar para os
amigos ou pedir que você a leia; podem tentar ler uma receita, apontando as palavras
com o dedo e seguindo o seu modelo de leitor; podem querer segurar a receita que mais
gostaram; podem querer contar diversos fatos ligados à culinária que vivenciaram em
casa.

5
Diga às crianças que você trouxe um desafio. Brinque e faça uma encenação dizendo
que é um desafio muito difícil, que você acabou cortando uma das receitas que elas
trouxeram e que precisa de ajuda para montá-la de volta. Mostre os pedaços da receita
(título, ilustração, ingredientes e modo de fazer). Observe e ouça como tentam resolver
o problema. Valorize suas ideias, questione suas soluções e faça perguntas
investigativas para que montem a receita e a colem em outro papel. (A ilustração não
tem lugar certo, elas podem escolher onde querem colocar).
Possíveis falas do professor neste momento: Você acha que esse é o título? Por quê?
É mesmo, só tem uma linha. Vou ler: Bolo de Milho. É o título mesmo! E onde o
colocamos? Todos concordam que é em cima? Na receita que lemos estava em cima
mesmo. Qual parte vem depois? Como começava aquela receita que eu li hoje? Isso,
com a lista do que precisa para fazer a receita. Qual dessas partes deve ser a lista de
ingredientes? Essa? Por quê? Todos concordam que é porque tem um escrito embaixo
do outro? É uma boa dica!

6
Quando montarem a receita, mostre para as crianças o quanto ficou feliz com o
resultado. Leia a receita, apontando com o dedo enquanto lê, e pergunte se ficou bom
e se está igual às outras receitas que vocês viram. Se as crianças ainda estiverem
interessadas no assunto, deixe que liderem a conversa e participe com uma escuta
atenta, respondendo ativamente às suas contribuições. Quando terminarem, diga que
chamará o próximo grupo para ver as receitas e que elas irão para as atividades de livre
escolha.

PARA FINALIZAR:
Repita a atividade com todas as crianças. Quando tiver terminado com o último grupo,
sinalize que terão mais alguns minutos para brincar nas atividades de livre escolha.
Participe das brincadeiras das crianças, observe as interações e explorações e ouça as
conversas delas. Esses momentos do brincar livre são ótimas oportunidades para você
entender algumas relações, ideias e visões de mundo da criança e para planejar suas
próximas atividades. Avise novamente quando faltar cinco minutos. Quando terminar o
tempo, peça que ajudem a organizar a sala. Neste momento, cante uma música que já
usa nos momentos de arrumação.

DESDOBRAMENTOS
A partir das receitas montadas pelos pequenos grupos e das referências de portadores
reais (livros de receita), converse com as crianças em roda para que escolham o padrão
das receitas que vão compor o livro (que parte vem primeiro, como vai chamar cada
trecho, por exemplo, Modo de preparo ou Modo de fazer, se vai ter subtítulo ou não, se
vai ter o nome da criança, onde irá a ilustração etc.). Você também pode, depois da
produção do livro, criar receitas imaginárias com o grupo (por exemplo: uma poção de
bruxa, uma receita de sopa de dragão etc.), as crianças ditam e você escreve com letra
de forma maiúscula em um cartaz que elas podem ilustrar depois.
PLANO DE AULA: FAZENDO UMA RECEITA

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Traços, sons, cores e formas
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

FAIXAS ETÁRIAS
Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI02TS02) Utilizar materiais variados com possibilidades de manipulação (argila,
massa de modelar), explorando cores, texturas, superfícies, planos, formas e volumes
ao criar objetos tridimensionais.
(EI02ET02) Observar, relatar e descrever incidentes do cotidiano e fenômenos naturais
(luz solar, vento, chuva etc.).
(EI02ET05) Classificar objetos, considerando determinado atributo (tamanho, peso, cor,
forma etc.).

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios:
Para realizar este plano é necessário ter pedido às famílias receita(s) de algo que a
criança goste de comer e, de preferência, que o modo de preparo possibilite a
participação dos pequenos, com momentos em que possam misturar, amassar e
modelar (isso não impede que a receita tenha ações como cortar e ir para o forno, que
podem ser realizadas por um adulto). É muito importante que a escolha da(s) receita(s)
tenha envolvido as crianças e, para isso, é fundamental que você tenha realizado uma
boa orientação às famílias. Antes dessa atividade, faça uma votação com o grupo para
a escolha da receita que será feita dentre as que as crianças trouxeram de casa e que
irão para o livro de receitas favoritas da turma. Avise os funcionários da cozinha da
escola e estabeleça combinados caso use o refeitório, o forno ou a geladeira.

ESTE PLANO FAZ PARTE DE UMA SEQUÊNCIA DE CINCO. SÃO ELES:


1. A proposta de um livro de receitas
2. Explorando o texto da receita
3. Escolha das receitas que vão para o livro
4. Fazendo uma receita
5. Ilustrando o livro de receitas

MATERIAIS:
Separe os ingredientes e os utensílios que você precisará para preparar a receita duas
vezes, uma com cada pequeno grupo. Escreva-a em uma cartolina com letra de forma
maiúscula e tenha fita adesiva para fixá-la na parede. Disponibilize materiais para
atividades de livre escolha, como fantasias e acessórios, livros e jogos de encaixe.
Separe equipamento para registro fotográfico.

ESPAÇOS:
A turma será dividida em dois pequenos grupos. Organize cantos com atividades que
possam ser realizadas com autonomia, de modo que um dos grupos possa transitar
entre elas e escolher as de sua preferência. Se possível, peça que outro professor fique
na sala para acompanhá-lo. Enquanto isso, leve o outro grupo para o refeitório ou outra
sala na qual vocês possam fazer a receita. Arrume uma mesa que seja na altura das
crianças e disponibilize nela todos os ingredientes e utensílios que serão utilizados e
que não ofereçam risco para as crianças. Se não houver outro professor disponível, faça
a receita com a turma toda. Para isso, organize um espaço no qual todas consigam
participar, por exemplo, em volta de uma mesa grande ou em uma roda no chão, sobre
uma toalha.

TEMPO SUGERIDO:
Aproximadamente 40 minutos com cada grupo.

PERGUNTAS PARA GUIAR SUAS OBSERVAÇÕES:


1. Como as crianças exploram os ingredientes e os utensílios? Tocam-nos? Cheiram-
nos? Querem experimentar? Elas os reconhecem? Manipulam-nos com autonomia?
Participam do preparo da receita? De que etapa gostam mais?
2. Quais estratégias utilizam para classificar os ingredientes e os utensílios? Quais
semelhanças e diferenças identificam entre eles quanto à cor, ao formato, à função, à
quantidade etc.?
3. Como as crianças percebem as transformações que ocorrem durante a receita?
Como expressam suas descobertas?

PARA INCLUIR TODOS:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Incentive a participação e a
colaboração entre elas. Garanta que as crianças explorem os ingredientes, os utensílios,
o preparo e a receita pronta de várias formas: tocando, cheirando, experimentando e
percebendo as diferentes texturas, mas sempre respeitando as individualidades de cada
uma.

O QUE FAZER DURANTE?

1
Reúna as crianças e diga que se dividirão em dois pequenos grupos: um irá fazer a
receita escolhida por elas previamente (que estará no livro de receitas favoritas),
enquanto o outro poderá escolher entre as atividades de livre escolha disponíveis (como
fantasias e acessórios, livros e jogos de encaixe). Depois, os grupos trocarão de lugar.
Transite pelo espaço mostrando as propostas que você organizou para as crianças.

2
Para dividir os grupos de forma lúdica, sente-se em roda com o grande grupo e brinque
de batata quente (substitua "batata" pelo nome da receita que vocês vão preparar). À
medida que as crianças queimarem, peça que se dirijam à atividade de livre escolha de
sua preferência até que sobre metade do grupo com você. Se alguma criança quiser
participar da outra atividade, ela pode mudar de grupo, desde que os dois fiquem com
mais ou menos a mesma quantidade de integrantes. Lembre a elas que todas
participarão da preparação da receita. Se possível, peça que outro professor
acompanhe as que estarão nas atividades de livre escolha, enquanto você vai com o
pequeno grupo para o refeitório ou para outra sala onde a receita será preparada. Se
isso não for possível, faça a receita com o grupo todo ao mesmo tempo.

3
Leve as crianças para lavar as mãos e converse sobre a importância dessa atitude na
preparação de receitas. Mostre o cartaz com a receita escrita em letra de forma
maiúscula e peça que ajudem você a fixá-lo em alguma parede próxima, na altura delas,
para que vocês possam consultá-lo constantemente ao longo do processo. Antes de
começar explore o cartaz com as crianças, faça perguntas investigativas para que falem
sobre sua estrutura e sua função. Leia-o, apontando enquanto lê. Pergunte sobre os
ingredientes, se elas já experimentaram esse prato, se alguém já fez essa receita em
casa etc. É importante que as crianças percebam que a receita escrita guia os passos
e esclarece as dúvidas durante a preparação do prato.
Possíveis falas do professor neste momento: Vocês sabem o que está escrito nesse
cartaz? É a receita do bolo que a gente vai fazer. O que será que tem nessa parte da
receita? Os ingredientes! Que ingredientes será que precisamos para fazer esse bolo?
(As crianças podem tentar ler ou olhar os ingredientes que estão na mesa) Você acha
que está escrito ovo aqui? Vou ler para a gente ter certeza. E nessa parte de baixo? O
que será que está explicando?

4
Explore os ingredientes e os utensílios com as crianças. Deixe que manuseiem,
cheirem, experimentem e façam comentários. Verifique se todas participam da
atividade. Algumas podem querer mexer, mas não tomar a iniciativa. Reconheça essa
atitude e convide a criança a pegar um ingrediente. Se necessário, coloque-o na sua
mão e deixe que ela se aproxime para ver ou tocar, respeitando sua vontade. Peça que
confiram os ingredientes: você lê um de cada vez na receita e elas os encontram, os
contam e os agrupam conforme suas semelhanças. Deixe um ingrediente faltar
(colocando-o fora da vista até que confiram na receita) para criar um momento inusitado
e para que percebam a importância do texto. Peça que agrupem os utensílios, elas
podem escolher separá-los pelo formato, função, cor ou outra característica que
preferirem. Seja responsivo aos seus comentários e manifestações.
Possíveis falas do professor neste momento: Vamos conferir os ingredientes? Eu vou
ler e vocês confirmam se ele está aí. (Lê no cartaz apontando) Duas xícaras de farinha.
Essa é a farinha! E como vamos medir? Tem outro ingrediente parecido com a farinha?
O açúcar! Por que eles parecem? Os dois são um pozinho e são brancos!

5
Convide as crianças para preparar a receita e deixe que tomem iniciativas e participem
de todas as partes do processo: medir os ingredientes, colocá-los no recipiente, misturá-
los etc. Converse sobre as medidas, as quantidades, a transformação dos ingredientes,
os sabores, as texturas e deixe que façam testes e que explorem essas medições. Leia
o modo de preparo no cartaz para guiar o passo a passo. Se a receita tiver "resultados
individuais" (como brigadeiros, biscoitos, bolos em formas de cupcakes ou pão de
queijo), deixe que cada um modele o seu como preferir. Nesse caso, aproveite para
contar com elas quantos "bolinhos" fizeram e compare o resultado com o número de
crianças do grupo. Faça uns a mais para deixar para os pais, como indicado na etapa
engajando as famílias. Se possível, registre o momento com fotos. Pode ser que a
receita precise ir para o forno ou para a geladeira, enquanto isso, leve o grupo de
crianças para lavar as mãos e avise que agora elas irão para as atividades de livre
escolha enquanto você faz a receita com o outro grupo. Repita a atividade com o outro
pequeno grupo.

PARA FINALIZAR:
Quando as receitas estiverem prontas, sente-se com todas as crianças para que vejam
e experimentem o resultado final (separe um pouco para que os pais as experimentem
na hora da saída). Você pode levá-las ao refeitório ou fazer um piquenique, tanto em
um espaço da sala como em um ambiente externo. Converse com elas sobre o que
fizeram, sobre as etapas que seguiram, sobre a transformação dos ingredientes durante
o preparo e depois de ir para o forno (se esse for o caso). Convide-as para provar o
resultado, mas respeite aquelas que não quiserem. Deixe que expressem suas ideias,
sensações, que façam questionamentos, que recontem a experiência e que façam
relações com outros momentos que vivenciaram, enfim, permita que elas liderem a
conversa e participe com uma escuta atenta e comentários que demonstrem sua
atenção e interesse pelo que compartilham.

DESDOBRAMENTOS
Seguindo os mesmos passos, faça outras receitas que irão para o livro de receitas
favoritas e, se possível, que tenham resultados finais diferentes, por exemplo: um
salgado, um bolo, um doce que seja colocado em potinhos individuais etc. Disponibilize
alguns utensílios e medidores que vocês utilizaram durante a receita para que as
crianças usem nas brincadeiras de faz de conta.

ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
Ao lado da entrada da sala monte um canto para mostrar aos pais o que foi feito neste
dia. Deixe alguns aperitivos para eles experimentarem e exponha também o cartaz com
as receitas feitas. Ao longo da semana, faça um painel com as fotos das crianças
durante o preparo dos pratos e um cartaz anunciando a chegada do livro de receitas
favoritas.
PLANO DE AULA: ESCOLHA DAS RECEITAS QUE VÃO PARA O
LIVRO

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Escuta, fala, pensamento e imaginação
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

FAIXAS ETÁRIAS
Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades,
sentimentos e opiniões.
(EI02EF08) Manipular textos e participar de situações de escuta para ampliar seu
contato com diferentes gêneros textuais (parlendas, histórias de aventura, tirinhas,
cartazes de sala, cardápios, notícias etc.).
(EI02ET07) Contar oralmente objetos, pessoas, livros etc., em contextos diversos.

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios:
Para realizar este plano, é necessário ter pedido às famílias que enviassem uma (ou
mais) receita(s) de algo que a criança goste de comer e, de preferência, que o modo de
preparo possibilite a participação ativa das crianças, com momentos em que elas
possam misturar, amassar e modelar (isso não impede que a receita tenha ações como
cortar e ir para o forno, que podem ser realizadas por você ou combinado com um outro
profissional da escola). É muito importante que a escolha da(s) receita(s) tenha
envolvido as crianças e, para isso, é fundamental que você tenha realizado uma boa
orientação às famílias. Dessa forma, as crianças saberão quais receitas trouxeram e
isso enriquecerá o desenvolvimento da atividade.

ESTE PLANO FAZ PARTE DE UMA SEQUÊNCIA DE CINCO. SÃO ELES:


1. A proposta de um livro de receitas
2. Explorando o texto da receita
3. Escolha das receitas que vão para o livro
4. Fazendo uma receita
5. Ilustrando o livro de receitas

MATERIAIS:
Separe as receitas trazidas pelos familiares em grupos de quatro ou cinco, dependendo
do número de crianças e de receitas recebidas (por exemplo, se a sala tiver 25 crianças
e você recebeu 20 receitas, faça cinco grupos com quatro receitas). Para cada grupo,
faça um cartaz com uma coluna para cada receita, coloque o nome e uma ilustração
que a represente. Para o momento da votação, tenha alguns materiais que as crianças
possam usar para marcar seu voto, como lápis, caneta hidrocor, tinta guache,
cartõezinhos de papel etc. Disponibilize atividades que as crianças possam realizar com
autonomia para o momento de livre escolha, como livros, papéis e materiais riscantes
(como giz de cera e lápis de cor) e brinquedos diversos.

ESPAÇOS:
Para esta atividade, a maioria das crianças transitará pelas opções de livre escolha,
enquanto você realiza a votação com um pequeno grupo (com cerca de cinco crianças).
Para isso, organize na sala os diferentes cantos nos quais elas possam interagir com
autonomia. Se possível, vá com o pequeno grupo para uma outra sala ou outro ambiente
mais silencioso, no qual as crianças possam conversar e interagir. Se não tiver um outro
professor que possa ficar com os pequenos na sala, organize um canto para fazer a
roda e trabalhar com o pequeno grupo próximo às atividades de livre escolha. Deixe os
cartazes e as receitas para serem votadas próximos à roda.

TEMPO SUGERIDO:
Aproximadamente 25 minutos com cada grupo.
Perguntas para guiar suas observações:
1. Como as crianças interagem com os textos? Têm interesse em ouvir sua leitura?
Identificam as receitas e suas características? Como demonstram isso?
2. Que estratégias sugerem para realizar a votação? Quais conhecimentos elas colocam
em jogo sobre a contagem? Como realizam a contagem dos votos e das crianças?
3. Como expressam suas ideias e sugestões? Como participam da roda de conversa?
Têm facilidade em se comunicar? Esperam a vez de falar? Preferem ouvir e observar?

PARA INCLUIR TODOS:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Na roda de conversa,
incentive a participação de todos, fazendo comentários e perguntas, valorizando o que
comunicam (de forma verbal e não-verbal), possibilitando que se expressem e
respeitando suas individualidades. Na resolução da contagem e na votação, atente-se
para o envolvimento das crianças e para o que conseguem fazer sozinhas, oferecendo
desafios que ampliem o seu pensamento por meio de provocações e reflexões.

O QUE FAZER DURANTE?

1
Reúna as crianças e diga que você preparou diversas atividades para que escolham as
de sua preferência. Elas podem optar por uma e depois mudar para outra livremente
enquanto você chama um pequeno grupo(com cerca de cinco crianças) para conversar
sobre o livro de receitas. Comente que todas passarão por esse grupo. Transite com as
crianças pelo espaço, mostrando os cantos que você organizou para elas, que podem
ser, por exemplo, livros, papéis e materiais riscantes (como giz de cera e lápis de cor) e
brinquedos diversos. Se houver a possibilidade, peça que outro professor fique as
crianças nas atividades de livre escolha e saia com o pequeno grupo para um ambiente
mais silencioso, no qual vocês possam conversar com mais facilidade. Se não for
possível, fique em um canto da sala onde consiga observar toda a turma.

2
Divida as receitas trazidas previamente pelas famílias e apresente uma parte delas para
cada pequeno grupo. O número de receitas mostradas e escolhidas irá variar conforme
a quantidade de receitas e crianças que tiver na sua sala, no exemplo deste plano, cada
grupo receberá quatro receitas para escolher duas. É interessante que as receitas
selecionadas para o grupo não tenham sido trazidas pelas crianças que o compõem,
para não interferir na sua escolha. Sente-se com os pequenos em roda e diga que vocês
farão uma votação para decidirem juntos quais das receitas irão para o livro.

3
Mostre as receitas às crianças e converse sobre elas. Leia os títulos e alguns trechos
de cada uma, questione se já comeram aquele prato, se gostam ou não, se conhecem
os ingredientes, se já viram essa receita ser preparada, se o prato é doce ou salgado,
em que ocasiões costumamos comê-lo, se lembram da estrutura do texto etc. Deixe que
expressem suas ideias, contêm suas vivências e façam questionamentos. Insira todas
as crianças na conversa, ouça atentamente o que dizem e responda ativamente às suas
contribuições. Estimule que todas participem, instigue-as por meio de perguntas,
valorize e socialize o que trazem. É importante que elas desenvolvam tanto a habilidade
de se expressar como a de ouvir o outro e esperar sua vez de falar.

4
Mostre o cartaz referente às receitas daquele grupo, com uma coluna para cada uma, o
nome delas e uma ilustração que as represente. Peça que as crianças identifiquem as
imagens e os nomes de cada receita. Se necessário, faça perguntas que remetam à
ilustração de forma a apoiá-las nesse processo de identificação. Diga que elas votarão
em sua receita favorita e que as duas mais votadas irão para o livro da turma.

5
Pergunte para o grupo como pode ser a votação. As crianças podem dar diferentes
sugestões para solucionar o problema: usar objetos para colocar nas colunas, fazer uma
marca na sua receita favorita, levantar a mão, cada uma dizer sua escolha, fechar os
olhos e apontar, usar as fichas dos nomes disponíveis na sala etc. Fique atento para
reconhecer e acolher sugestões e apontamentos. Questione as soluções que elas
propõem a fim de que avancem no processo de resolução do problema. Faça
comentários e perguntas que as ajude a perceber como podem marcar o voto na sua
receita favorita, para que primeiro vocês saibam qual é o voto de cada uma e, com isso,
possam contar e encontrar quais foram as receitas mais votadas.
Possíveis falas do professor neste momento: Você acha que cada uma pode apontar
para o desenho da receita favorita? Gostei da ideia! Mas e se depois a gente esquecer
quantas crianças apontaram? Será que tem um jeito de marcar isso? Cada uma pode
carimbar seu dedo perto da receita favorita? Como faremos isso? Legal!

6
Depois que cada criança tiver registrado seu voto no cartaz, da maneira escolhida pelo
grupo, pergunte como saber quais são as duas receitas mais queridas e que irão para
o livro. Aqui, é importante que elas percebam que precisam selecionar as receitas que
tiveram mais votos e que, para isso, precisam contá-los. Faça as intervenções e os
questionamentos necessários para que cheguem à essa conclusão. É importante deixá-
las participar do processo de resolução do problema, mas sempre dando o respaldo
necessário para que consigam avançar.
Possíveis falas do professor neste momento: Como sabemos quais receitas vão para o
livro? Temos que ver os votos! Qual tem que ir para o livro, a que mais crianças
escolheram ou a que menos crianças escolheram? E como sabemos qual receita foi
escolhida por mais crianças? Você acha que essa foi a mais votada? Por quê? Tem
mais marcas de dedos! Mas como a gente pode ter certeza de que essa tem mais votos?

7
Conte os votos com as crianças e separe as duas receitas mais votadas para depois
mostrar para o restante da turma quais foram as escolhidas por aquele grupo. Convide
as crianças para fazer as atividades de livre escolha enquanto você realiza a votação
com outro grupo. Cada grupo pode escolher uma maneira diferente de registrar seus
votos no cartaz.

8
Quando tiver terminado com todos os grupos, convide a turma para se sentar em roda
e socialize os resultados. Aproveite para problematizar e contar com as crianças
diferentes dados: os votos, quantas receitas tinham, quantas vão para o livro, quantas
crianças votaram juntando todos os grupos, qual a receita mais votada entre todos os
grupos etc. Se alguma criança ficar chateada porque sua receita não vai entrar no livro,
combine de fazer outra atividade com essa receita (como prepará-la na escola ou fazer
um cartaz para elas ilustrarem), o importante é que você não se esqueça de cumprir
esse combinado. Faça uma lista com as receitas escolhidas. Escreva seus títulos com
letra de forma maiúscula em um cartaz enquanto as crianças ditam. Algumas delas
podem se aproximar para acompanhar o registro e querer ler o que já foi escrito. Diga
que vocês usarão essa lista para marcar, ao longo do trabalho, as receitas que já
estiverem prontas, as que ainda precisarem ser escritas ou ilustradas etc. Todo o
material produzido com as crianças ao longo da confecção do livro, como os cartazes
de votação e essa lista das receitas, deve ficar exposto na sala, para que elas possam
usá-lo como referência, para retomar questões, conferir dados e interagir com/sobre ele.

PARA FINALIZAR:
Algumas crianças podem continuar interessadas em conversar sobre a produção do
livro, enquanto outras podem começar a se interessar pelos cantos de livre escolha que
estão disponíveis. Sinalize quando faltar cinco minutos para encerrar a atividade. Depois
desse tempo, conte o que farão em seguida e peça que ajudem a organizar a sala para
que possam se preparar para a próxima atividade.

DESDOBRAMENTOS
Use o processo de votação e contagem para outros momentos de produção do livro, por
exemplo: quantas e quais receitas vão ser preparadas na escola, qual será a ordem das
receitas no livro, qual será seu título e quais receitas serão ilustradas. Você também
pode usar a votação em outros momentos da rotina: que livro será lido no dia; qual
material será utilizado; quais atividades serão disponibilizadas nos cantos da sala etc.
O mesmo pode ser feito com a contagem: quantas crianças vieram; quantos materiais
são necessários para que todas façam a atividade; quantos brinquedos tem na caixa
etc.

ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
Próximo à entrada da sala exponha os cartazes com as votações feitas pelos grupos.
Além disso, ao longo do ano, proponha que os familiares votem sobre diferentes temas
com as crianças durante o momento de entrada e saída, por exemplo: a próxima leitura,
a comida preferida da família, o assunto que será discutido na semana seguinte etc.
PLANO DE AULA: ILUSTRANDO O LIVRO DE RECEITAS

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Corpo, gestos e movimentos
Escuta, fala, pensamento e imaginação

FAIXAS ETÁRIAS
Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI02CG05) Desenvolver progressivamente as habilidades manuais, adquirindo
controle para desenhar, pintar, rasgar, folhear, entre outros.
(EI02EF03) Demonstrar interesse e atenção ao ouvir a leitura de histórias e outros
textos, diferenciando escrita de ilustrações, e acompanhando, com orientação do adulto-
leitor, a direção da leitura (de cima para baixo, da esquerda para a direita).
(EI02EF09) Manusear diferentes instrumentos e suportes de escrita para desenhar,
traçar letras e outros sinais gráficos.

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios:
As receitas que serão ilustradas para compor o livro de receitas favoritas devem já ter
sido apresentadas às crianças e/ou preparadas por elas. Você encontra algumas
sugestões nos planos anteriores desta sequência.
Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:
1. A proposta de um livro de receitas
2. Explorando o texto da receita
3. Escolha das receitas que vão para o livro
4. Fazendo uma receita
5. Ilustrando o livro de receitas

MATERIAIS:
Separe livros de receitas para as crianças usarem como fontes de pesquisa e referência,
materiais para desenho (papéis, lápis de cor, giz de cera, caneta hidrocor), papel e
caneta para fazer anotações. Os cartazes produzidos nos outros planos, que fazem
parte dessa sequência, devem estar expostos na sala. Leve as receitas que irão para o
livro escritas ou impressas em letra de fôrma maiúscula, uma em cada folha de papel.
Disponibilize atividades que as crianças possam realizar com autonomia, como
massinha e jogos de encaixe.

ESPAÇOS:
Organize um espaço para se sentar em roda com o grande grupo, no qual vocês possam
conversar e observar os registros expostos na sala, feitos durante a produção do livro
de receitas. Arrume cantos com os diferentes materiais para desenho, de forma que as
crianças possam usá-los e transitar entre eles com autonomia. Deixe um canto um
pouco mais afastado com atividades para o momento de transição, quando algumas
terminarão suas produções antes das outras.

TEMPO SUGERIDO:
Aproximadamente 40 minutos.
Perguntas para guiar suas observações:
1. Como as crianças fazem seus desenhos? Como seguram o lápis e desenvolvem o
traçado? Que material preferem usar?
2. O que as crianças desenham? Como demonstram interesse pela atividade? Têm
facilidade de se expressarem por meio do desenho? Querem explicar o que
desenharam?
3. Como as crianças interagem com os textos (como os livros e os cartazes)? Identificam
onde tem algo escrito? Tentam ler? Têm curiosidade em saber o que está escrito? Ficam
atentas durante a leitura?

PARA INCLUIR TODOS:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Dê autonomia para fazerem
seus próprios desenhos, mas observe e auxilie as crianças que precisarem de ajuda
para manusear os materiais ou para ter segurança de se expressar dessa forma. Na
roda de conversa, incentive a participação de todas, fazendo comentários e perguntas,
valorizando o que comunicam (de forma verbal e não-verbal), possibilitando que se
expressem e respeitando suas individualidades.
O QUE FAZER DURANTE?

1
Reúna as crianças em roda e diga que vocês vão conversar sobre o livro de receitas da
turma, a fim de tomar algumas decisões e, depois, ilustrá-lo. Relembre com elas as
atividades feitas ao longo de todo o processo, quando viram os livros de receitas,
quando as pediram aos familiares, quando votaram em quais delas iriam para o livro e
quando testaram algumas. Use os registros expostos na sala (como o cartaz com a
receita que fizeram, as receitas montadas, a lista de receitas do livro e os cartazes com
as votações) para relembrá-las das experiências que tiveram. Leia os cartazes com elas,
apontando-o enquanto lê. Mostre as receitas que irão para o livro, leia seus títulos e
converse sobre elas. Possibilite que compartilhem suas ideias, suas vivências, suas
lembranças, suas sugestões e questionamentos e participe da conversa com uma
escuta atenta, valorizando e acolhendo suas contribuições.

2
Diga que vocês precisam decidir como será a capa do livro. Mostre alguns outros livros
de receitas para que elas tenham modelos para consulta. Explore alguns capas com
elas fazendo questionamentos que as ajudem a observar o que está presente nelas
(título, nome do autor, ilustração etc.). Fique atento para reconhecer as sugestões
trazidas pelas crianças e deixe que elas mesmas decidam como será a capa. Não há
uma única opção correta, o mais importante é que se sintam agentes na produção e na
tomada de decisões, afirmando a autoria do livro.
Possíveis falas do professor neste momento: Olhem as capas desses livros de receitas.
O que será que elas nos mostram? Tem um bolo desenhado nessa, né? E nessa tem
um sanduíche. Nas duas eles parecem bem gostosos! Nessa tem um liquidificador, igual
ao que usamos para fazer o bolo. Na nossa capa vai ter um desenho também? Deixa-
me ler o que está escrito aqui (lê o nome do autor). Olha, aqui está o nome de quem fez
o livro. Como podemos colocar essa informação na nossa capa? Quem fez o nosso
livro? Todo mundo? Mas de todas as turmas ou só dessa turma? E como se chama a
nossa turma?
3
Pergunte para as crianças qual deve ser o título do livro. Se surgir mais de uma opção,
faça uma votação. Algumas delas podem dar diversas sugestões, enquanto outras
podem ficar mais quietas, observando a discussão. Procure incluí-las na conversa,
fazendo questionamentos, pedindo que apontem sua escolha, perguntando se
concordam com determinada sugestão. Essas rodas de decisão são muito importantes
para que as crianças se expressem (de forma verbal ou não-verbal), escutem e
respeitem opiniões diferentes, desenvolvam sua autonomia e percebam sua importância
nas escolhas da turma, sendo essa uma forma de reconhecer que elas são capazes de
tomar decisões. Anote cada resolução referente à capa e vá retomando com elas, para
que percebam uma função social da escrita e da leitura: ter um registro que pode ser
consultado depois, quando precisamos nos lembrar de algo.
Possíveis falas do professor neste momento: Como vai ser o título do nosso livro? O
que tem no nosso livro? Receitas! Quais receitas? As que a gente mais gosta? Então,
ele pode se chamar "Receitas...". Receitas muito gostosas? Receitas prediletas? Que
títulos legais! Vamos fazer uma votação para escolher?

4
Convide as crianças para fazerem as ilustrações do livro. Diga que cada uma fará a
capa do seu livro e, por isso, cada um terá uma capa diferente, mas que você fará cópias
dos desenhos para ilustrar as receitas dos livros dos colegas também. Explique que
cada criança levará seu próprio livro para casa e que um exemplar ficará na biblioteca
da classe ou da escola. Diga que além da capa, quem quiser poderá criar outras
ilustrações para colocar junto com a receita que escolher. Converse com os pequenos
sobre o que gostariam de desenhar: a receita preferida, a receita que fizeram juntos,
ingredientes ou utensílios de cozinha, comidas bem gostosas etc. Ouça de forma
responsiva e acolha as ideias de todos. Algumas crianças podem se expressar não só
pela fala, mas também apontando ou fazendo gestos. Fique atento para reconhecer e
validar o que comunicam.
Possíveis falas do professor neste momento: O que vocês vão querer desenhar? Você
vai desenhar o bolo que a gente fez? Você se lembra de qual era o formato dele? Estava
muito gostoso, né? O que mais a gente pode desenhar? Você quer desenhar um chapéu
de cozinheiro como esse? (criança mostrando uma capa). Você pode fazê-lo na sua
cabeça, o que acha? Acho que vai representar você como um cozinheiro!

5
Acompanhe as crianças até o espaço em que farão os desenhos. Apresente os cantos
com diferentes materiais (lápis de cor, giz de cera, caneta hidrocor) e deixe que
escolham os de sua preferência. Circule entre elas, conversando e valorizando suas
produções. Lembre-se de que o desenho é uma forma de expressão e que não há certo
ou errado. As crianças podem fazer um ou vários desenhos. Depois, use a própria folha
em que fizeram as ilustrações ou recortá-las para colá-las na capa ou na página da
receita que escolherem. À medida que forem terminando, pergunte, além da capa, em
que receita gostariam de colocar seu desenho. Se for preciso, retome o cartaz com a
lista de receitas, para que elas se lembrem das opções e façam as escolhas. Anote as
indicações delas. Em um canto da sala, deixe outras opções de atividades (como
massinha e jogos de encaixe) para quem for terminando as ilustrações.
Possíveis ações das crianças e do professor neste momento: Algumas podem fazer
muitos desenhos, enquanto outras fazem só um. Algumas podem travar para desenhar,
converse com elas, dê algumas sugestões, mostre o desenho de outras crianças ou as
capas que você separou. Se alguma não quiser desenhar, respeite.

PARA FINALIZAR:
Quando todas as crianças tiverem terminado, reúna-as em roda novamente. Socialize
suas produções. Algumas podem querer mostrar seu próprio desenho, explicá-lo, ou
apontar algum detalhe. Aproveite para fazer anotações no verso que sejam úteis para a
montagem do livro posteriormente. Outras podem fazer questionamentos sobre o que o
amigo desenhou, podem elogiá-lo, podem querer ver mais de perto. Acolha suas
manifestações, deixe que interajam livremente e que liderem a conversa, só interfira se,
por exemplo, alguma criança fizer um comentário depreciativo e você precisar lembrar
que é importante respeitar o colega e suas produções. Diga a elas que você vai
organizar suas ilustrações e tirar as cópias necessárias para montar o livro que levarão
para casa.

DESDOBRAMENTOS
Acrescente as ilustrações das crianças e monte o livro com a participação delas,
explorando a produção da versão final, na qual podem selecionar os desenhos, decidir
em que página os colocar e elaborar a própria organização do livro. Lembre-se de
retomar suas anotações junto das crianças. Leve etiquetas com seus nomes e fotos
para que cada uma encontre a sua e cole-a no livro para identificá-lo. Ao longo do ano,
produzam outros livros, como o das brincadeiras favoritas, o álbum de fotos, o de
reconto de uma história, de animais preferidos etc., sempre envolvendo as crianças o
máximo possível em todo o processo de produção e de tomada de decisões.

ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
Próximo à entrada da sala, monte um espaço especial com os livros de receitas, as fotos
tiradas ao longo do processo, os cartazes produzidos e um cartaz explicando que esse
é o produto final de um trabalho feito pelas crianças. Deixe claro que elas participaram
de todo o processo e dê exemplos das escolhas feitas por elas. Convide as crianças
para acompanhar seus familiares nesse espaço, mostrar suas produções e pegar os
livros. Você pode deixar uma página no livro em branco para que a família possa
acrescentar uma receita (coloque uma indicação disso na página). Peça que os
responsáveis compartilhem suas opiniões, se fizeram alguma receita do livro, se as
crianças nos ajudaram a fazê-la etc.
PLANO DE AULA: APRENDER UM JOGO NOVO

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
O eu, o outro e o nós

FAIXAS ETÁRIAS
Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação
e cooperação.
(EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm
diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios:
Essa proposta pressupõe uma vivência com jogos novos, portanto, é importante que
você já tenha feito com as crianças um levantamento daqueles que são conhecidos por
elas (tanto na escola como em casa). Assim, os jogos propostos nesta atividade serão
de fato, novidade para o grupo. Visando garantir a dinâmica sugerida, considere que a
quantidade dos novos jogos selecionados acolha a participação de todas as crianças,
sendo assim, busque jogos que envolvam quatro ou mais jogadores ou ainda estude
adaptá-los, de modo que caso a quantidade indicada seja de dois participantes, você a
amplie para que duplas de crianças representem um jogador, por exemplo.

MATERIAIS:
Jogos com regras que não sejam de conhecimento do grupo. Organize ao menos três
jogos, sendo um para utilizar no grande grupo e outros dois em pequenos grupos. Caso
não seja possível, considere mais de um exemplar de cada jogo para o trabalho com
pequenos grupos. Prepare fichas das regras resumidas de cada jogo, com intuito de
apoiar as crianças no momento da vivência. Considere ainda, na elaboração dessas
fichas, a inclusão de imagens e a utilização de recursos gráficos que permitam que os
pequenos estabeleçam diversas estratégias de leitura.
ESPAÇOS:
Assegurar uma boa visualização dos jogos por todas as crianças. Para isso, pense na
disposição deles, que pode ser feita no chão (no centro de uma roda) ou em cima da
mesa (com o grupo ao redor). Organize a sala para garantir a participação de todo o
grupo e a circulação dos pequenos pelos espaços.

TEMPO SUGERIDO:
Aproximadamente uma hora e 30 minutos.
Perguntas para guiar suas observações:
De que forma as crianças se envolveram com a proposta? Como reagiram diante de
algo novo? Demonstraram curiosidade?
Como foi a escuta do grupo? Souberam ouvir as regras e as dúvidas dos pares? Fizeram
questionamentos para melhor entender o jogo? Auxiliaram seus pares durante o jogo?
Como as crianças jogaram? Souberam esperar a vez de cada uma? Respeitaram o
momento de seus pares? Interagiram de forma respeitosa?

PARA INCLUIR TODOS:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Ao selecionar os jogos,
considere as especificidades do seu grupo, cuide para que a dinâmica deles não ofereça
obstáculos para a participação de todos. Apoie as crianças e esteja por perto para
colaborar com dificuldades e possíveis conflitos.

O QUE FAZER DURANTE?

1
Em uma grande roda, disponha os jogos trazidos no centro, sinalizando para o grupo
que hoje você preparou uma proposta nova e que selecionou jogos para que eles
joguem em um período do dia. Relembre com as crianças as conversas que vocês já
tiveram sobre os jogos que conhecem (sugerida nos contextos prévios). Acolha as
colocações delas e faça perguntas para apoiar a memória de cada uma e do grupo como
um todo. Depois que as crianças tiverem falado, conte você que ficou pensando no
quanto elas gostam de jogos e que teve uma ideia para a roda de hoje! Diga que buscou
jogos diferentes daqueles que costumam jogar na escola ou em casa. Convide então o
grupo para explorar os jogos, passando suas embalagens pela roda, para que todas as
crianças possam observá-los. Diga que neste momento os jogos irão apenas circular na
roda para que todos vejam quais são e se eles são novidades para todos, esclareça que
ainda não é o momento de abrir as caixas ou de explorar os jogos em detalhes, apenas
as informações que aparecem nas embalagens: imagens, títulos, informações etc.
Possíveis falas do professor neste momento: Estes são jogos diferentes daqueles que
temos em nossa sala. E hoje iremos experimentá-los. Quem sabe dizer o que há de
diferente e semelhante entre esses jogos e o que já conhecemos? Vocês querem jogar?
Estão curiosos? Vou passar as caixas pela roda e cada um vai poder ver que jogos são
esses.

2
Após circular os jogos pela roda, explique ao grupo qual é a proposta da atividade. Diga
que para experimentarem os jogos, as crianças irão se organizar em pequenos grupos
e, depois de um tempo jogando, irão voltar para a grande roda e conversarão sobre a
experiência. Instigue os pequenos a refletir sobre como podem fazer para se organizar
e experimentar os jogos. Paute-se em questões como: O que precisamos fazer? Como
nos organizamos nos grupos? Como selecionamos os jogos que cada grupo irá jogar?
Neste momento, dê destaque às experiências com os jogos, isto é, acolha as falas das
crianças, contudo, busque investigar junto a elas contribuições que indiquem a
necessidade de conhecer o jogo e suas regras para depois poderem jogá-lo.
Possíveis falas do professor neste momento: A proposta de hoje é que possamos
experimentar esses jogos novos em pequenos grupos e depois conversarmos sobre
essa experiência. Como vocês acham que podemos fazer isso? Boa idéia! Olhem, ela
disse que podemos sortear os grupos e cada grupo escolhe o jogo que quer
experimentar. Vocês concordam? E depois o que faremos? Ah! Iremos jogar, mas o que
precisamos fazer para poder jogar cada jogo, já que são novidade para nós? Hum! Bem
lembrado! Para jogar precisamos conhecer o jogo, precisamos saber como se joga.

3
Ao construir com o grupo o entendimento de que é necessário conhecer o jogo e suas
regras para poder jogá-lo, convide os integrantes dele para conhecer um dos jogos
novos, ainda na grande roda, de maneira que você possa detalhar a dinâmica da
atividade e explorar a importância das regras em jogo. Apresente os jogos disponíveis,
fazendo a leitura de seus nomes e das informações gerais de suas embalagens, como
o objetivo e o número de jogadores. Selecione com as crianças um jogo para vocês
conhecerem coletivamente e diga que depois cada grupo irá escolher um jogo para
conhecer e jogar.

4
Uma vez sendo escolhido o jogo, convide uma das crianças para abri-lo e descrever o
que encontrou. Estimule o grupo a refletir sobre os itens encontrados, por meio de
questionamentos, e auxilie-a a pontuar cada um deles e suas possíveis funções no jogo.
Preveja que as crianças poderão falar simultaneamente e que muitas poderão querer
manusear as peças do jogo. Nesse momento, faça intervenções buscando destacar a
necessidade de escuta e de espera, ao mesmo tempo em que você acolhe a forma
imediata de exploração das crianças, sem deixar que isso esgote o tempo da proposta.
Lembre às crianças de que elas estão aprendendo algo novo e que é preciso ter
atenção. Após a exploração dos itens do jogo no grande grupo, lance o desafio para o
grupo de como é que se joga determinado jogo e, ao receber a orientação de que é
preciso conhecer as regras do jogo, converse com o grupo sobre a importância das
regras e as informações que elas nos oferecem.

5
Após conversar sobre a importância das regras, peça a outra criança que pegue o
manual do jogo, para que você leia as regras para o grupo. Busque fazer uma leitura
comentada e em voz alta. Aponte para a turma que todo jogo tem suas peças, seus
elementos e reflita com as crianças o que acontece se um desses elementos for perdido.
Chame a atenção delas também para a questão da quantidade de jogadores e traga
situações reais que ilustrem a limitação de participantes em um jogo. Em seguida, leia
os objetivos e interprete-os com o grupo. O que eles representam? O que nos indicam
os objetivos do jogo? E só então detalhe as regras, destacando para o grupo que elas
revelam o passo a passo do jogo, como podemos jogá-lo e o que não podemos fazer
para alcançar seu objetivo. Uma vez percorrido todo o manual com o grupo, investigue
junto às crianças se as informações destacadas revelaram a elas como se joga.
Considere pedir aos pequenos que expliquem com suas palavras a dinâmica
interpretada, a partir do conhecimento do manual do jogo. Para isso eles podem usar
os materiais do jogo como apoio à sua explicação.
Possíveis falas do professor neste momento: Observem que este jogo tem apenas
quatro peões e é por isso que aqui no manual indica de dois a quatro jogadores. Como
resolvemos se cinco crianças quiserem jogar? Ah! A quinta criança pode ser o juiz, boa
ideia! Ah, essa ideia também é boa! Ela pode esperar para jogar em uma nova rodada!
6
Ainda com o grande grupo reunido, escolha um pequeno grupo para jogar uma rodada
do jogo apresentado. Proponha aos pequenos que assistem ao jogo que sejam
parceiros dos jogadores, contando para eles, apoiados nas aprendizagens das regras,
as dicas de como devem se movimentar no jogo. 3

7
Depois de jogar coletivamente com o grande grupo uma partida do novo jogo, convide
as crianças para se organizarem em pequenos grupos e selecionarem um jogo para
jogarem. Retome os jogos disponíveis, excluindo aquele utilizado na experiência
coletiva em roda e faça novamente uma apresentação de cada um deles. Aproveite para
levantar as hipóteses das crianças quanto à dinâmica de cada jogo. Peça, então, que
cada grupo escolha um jogo para jogar. Caso mais de um grupo tenha interessante em
um mesmo jogo, reforce a existência de outros jogos e estabeleça com as crianças
envolvidas um critério para a seleção. Auxilie os grupos neste processo de negociação,
observe os argumentos utilizados e, não havendo uma definição, proponha um sorteio
de qual grupo ficará com o jogo em disputa. Combine ainda que os jogos ficarão na sala
e que todos poderão experimentá-los em outros momentos.

8
Quando todos os grupos já tiverem com seus jogos, auxilie-os para se organizarem pela
sala, para que possam experimentá-los de maneira adequada, isto é, de modo que
todos tenham espaço para visualizar e participar do jogo. Perceba que os grupos serão
formados pela preferência do jogo, assim, que é possível que haja mais jogadores que
o jogo propõe. Incentive as crianças a traçar as estratégias para a melhor organização
dos jogos. Lembre-as de que irão jogar por um tempo e depois voltarão para a grande
roda para conversar. Já sinalize que em outro momento elas poderão jogar mais todos
os jogos, pois eles ficarão na sala.

9
Uma vez organizados, os pequenos grupos iniciarão suas experiências. Circule pela
sala oferecendo suporte para o entendimento das regras do jogo, utilizando estratégia
semelhante à realizada na grande roda. Observe as crianças jogando e faça anotações
sobre os desafios encontrados em cada grupo. Quando solicitado, ofereça o suporte
necessário, seja realizando a leitura do manual, esclarecendo uma dúvida ou mediando
situações que emergirem no contexto do jogo. Nesses momentos busque estimular as
crianças a encontrar as possíveis soluções para a questão de forma autônoma e
solidária. Ainda circulando pelos pequenos grupos, sinalize quando o tempo da vivência
estiver terminando e, ao término dele, peça para que cada grupo organize seu jogo na
embalagem e dirija-se à grande roda, na qual será feita a partilha das vivências.

10
Na roda, pergunte às crianças se gostaram da vivência e convide-as para partilhar as
experiências. Peça que cada grupo fale sobre o jogo que jogaram, revelando como se
joga, se conseguiram jogar, quais desafios encontraram e como se sentiram. Incentive
os pequenos a ouvir e a respeitar as falas e sentimentos dos outros. Considere lançar
nesse momento os desafios e as conquistas das crianças, observados por você durante
a vivência dos jogos, convidando-as crianças a refletir sobre maneiras diversas de
superá-los, entretanto, cuidando para não os personalizar, ou seja, fale sobre as
situações observadas sem dizer em quais grupos elas aconteceram.
Possíveis falas do professor neste momento: Interessante isso que o grupo está
dizendo. Eles demoraram para começar o jogo porque todos queriam ser o peão
vermelho e por isso quase não tiveram tempo de jogar! Que formas podemos pensar
para resolver isso, para que o tempo de jogo seja maior? Faz diferença a cor do peão
no jogo? Eu observei alguns grupos consultando o manual para identificar o número de
participantes. Interessante isso!

11
Após as crianças terem partilhado as experiências e você ter percebido que as principais
situações observadas na dinâmica dos grupos durante o jogo foram exploradas, conclua
a atividade resgatando o objetivo proposto e verificando se conseguiram atender à
proposta da atividade. Aproveite para investigar com as crianças o que aprenderam com
essa atividade.
Possíveis falas do professor neste momento: Todos os grupos já compartilharam sua
experiência. Alguém ainda quer partilhar algo? Hoje começamos essa atividade com um
objetivo, vocês se lembram qual era? Conseguimos cumpri-lo? O que vocês acham que
aprendemos com essa atividade? Vocês gostaram dela? Além de conhecermos novos
jogos e de nos divertirmos, o que mais aprendemos?

PARA FINALIZAR:
Ao encerrar a partilha de experiências acerca da atividade com o grande grupo, convide
as crianças para encontrar um local em que os jogos sejam guardados, de maneira que
possam ser usados em outros momentos.

DESDOBRAMENTOS
O jogo que tenha despertado maior interesse do grupo pode ser explorado de maneira
mais aprofundada em uma outra atividade, dando origem a um campeonato, por
exemplo. Situações problemas encontradas com maior frequência durante a vivência
podem ser o foco de outras dinâmicas, como rodas de conversa a partir de contação de
histórias nas quais estas questões sejam abordadas, por exemplo.
Engajando as famílias
Incentive as crianças a partilharem com as famílias a experiência com os jogos e
proponha que façam algo semelhante ao que fizeram na escola, reunindo seus
familiares, jogando um novo jogo e conversando sobre a experiência. Peça que
compartilhem com o grupo aspectos interessantes e curiosos sobre os jogos jogados
em família.
PLANO DE AULA: MUDANDO AS REGRAS DO JOGO

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
O eu, o outro e o nós

FAIXAS ETÁRIAS
Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm
diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação
e cooperação.

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios:
Para esta atividade o grupo irá explorar os jogos clássicos existentes em sala, isto é,
aqueles que as crianças saibam jogar como, por exemplo: jogo da memória, dominó,
rouba-monte, mico, dama, jogo da velha e outros. Caso em sua instituição os jogos
sejam guardados em outros espaços, busque aqueles que são mais utilizados pelo
grupo.

MATERIAIS:
Considere que precisará de uma quantidade de jogos clássicos que permita que todas
as crianças joguem simultaneamente em pequenos grupos. Prepare fichas com as
regras de cada jogo, com intuito de apoiar os pequenos grupos. Disponibilize folhas e
lápis, para que sejam registradas as novas regras criadas pelas crianças durante a
atividade.

ESPAÇOS:
Organize a sala dispondo os jogos em mesas com a quantidade de cadeiras
correspondente ao número de jogadores possíveis em cada um deles. Nas mesas
coloque também a ficha de regras e os materiais necessários para o registro das novas
regras durante a atividade.
TEMPO SUGERIDO:
Aproximadamente uma hora e 30 minutos.

PERGUNTAS PARA GUIAR SUAS OBSERVAÇÕES:


Como as crianças se organizaram para realizar a atividade? Respeitaram as escolhas
de seus colegas?
Como ocorreram as interações entre as crianças? Elas se ajudaram? Trocaram
informações e cooperaram durante a atividade?
Como se deram as escolhas das novas regras? Houve debate? Como os grupos
discutiram suas ideias e escolhas?

PARA INCLUIR TODOS:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Ao selecionar os jogos,
considere as especificidades de sua turma, cuide para que a dinâmica não ofereça
obstáculos para a participação de todos.

O QUE FAZER DURANTE?

1
Acomode-se com o grupo de crianças em uma roda para que explique a proposta da
atividade. Diga que organizou a sala para que façam um rodízio de jogos, por isso, em
cada mesa você colocou um jogo que todos conhecem, aponte as mesas indicando o
jogo disponível em cada uma delas. Apresente os materiais que estão em uma mesa,
por exemplo, destacando que em todas estão o jogo com suas peças e a ficha com as
regras dele. Observe com as crianças que as mesas possuem a quantidade de cadeiras
de jogadores que participarão em cada um dos jogos dispostos, e, portanto, essa será
uma atividade para elas realizarem em pequenos grupos. Ainda na conversa, explique
para as crianças como será organizada a proposta. Diga que elas irão escolher um dos
jogos para experimentar e que cada grupo tem como desafio recordar as regras do jogo
escolhido e jogar duas partidas. Perceba que algumas equipes poderão encerrar uma
partida antes das demais, assim, garanta que todos os grupos concluam pelo menos
uma partida e que aqueles que terminarem antes poderão iniciar novas partidas. Em
seguida, complemente dizendo que depois desse tempo, você sinalizará que é hora de
um outro desafio. Contudo, você falará sobre ele após os pequenos terem jogado as
partidas. Uma vez esclarecida a dinâmica da atividade, convide as crianças para
escolher os jogos, ocupando uma cadeira de jogador das mesas. Atente-se para apoiar
os possíveis desafios que elas encontrarão, por exemplo, fazer negociações, escolhas
de jogos e agrupamentos com pares.

2
Quando todos estiverem acomodados nas mesas, peça às crianças que explorem o jogo
escolhido e relembrem suas regras. Enquanto os grupos jogam, circule pelas mesas
instigando-os acerca das regras do jogo. Ao conversarem sobre as regras, as crianças
podem encontrar desafios e solicitar seu apoio. Nessas situações, considere recorrer à
ficha de regras, para auxiliá-las no alinhamento. Busque realizar a leitura da ficha de
forma que todos do grupo possam acompanhá-la. Ao ler, deslize o dedo sob o texto,
indicando cada palavra, para que elas acompanhem o movimento da leitura. Após os
grupos terem relembrado as regras, convide-os para jogar algumas partidas.

3
Durante a realização das primeiras rodadas dos jogos, percorra as mesas, observando
as crianças e faça anotações sobre interações e diálogos estabelecidos. Esteja atento
às situações de colaboração e competição, ao atendimento às regras do jogo e ao
posicionamento das crianças diante das falas ou formas de expressões. Intervenha na
interação dos grupos quando, de fato, sentir necessidade ou se for solicitado. Nesse
último caso, busque incentivar as crianças a encontrar alternativas para solucionar a
questão por meio de questionamentos que as levem a refletir sobre a situação e sua
resolução.
Possíveis falas e ações do professor neste momento: Por exemplo, uma criança busca
seu auxílio, revelando que no jogo rouba monte, houve um empate, pois duas crianças
têm números iguais e um conflito foi estabelecido. Busque auxiliar os pequenos a
analisarem a situação e as possíveis alternativas de resolução dizendo: A regra nos
conta dessa possibilidade no jogo? Vamos olhar! Vocês acham que não pode dar
empate? Por quê? Qual seria a forma de resolver esse impasse? Quem seria o vencedor
e por quê?
4
Após a realização de pelo menos uma partida por todos os grupos, proponha que as
crianças façam uma pausa, para que você conte sobre o novo desafio que combinou
que iria propor. Diga então, que o grande desafio é que cada grupo crie ou mude uma
das regras do jogo que estão jogando. Explique para as crianças que elas irão conversar
sobre esse desafio, irão definir que regra irão criar ou mudar e registrarão a novidade
do jogo com seu apoio. Comente que para a realização dos registros, você deixará em
cada mesa papéis, lápis e borracha, enquanto eles conversam. Ressalte ainda sobre a
importância de que todos do grupo concordem com a alteração do jogo. Diga que para
isso acontecer, os pequenos precisarão fazer acordos e traçar estratégias, a fim de que
que todos se sintam participantes da elaboração.

5
Durante este processo de acordos e criação, observe os grupos, oferecendo apoio para
a realização dos registros e problematizando as ideias trazidas pelas crianças. Busque
refletir com elas a função das regras do jogo e auxilie o grupo de forma que chegue a
um consenso possível, ou seja, uma regra plausível e não impossível.
Possíveis falas do professor neste momento: Temos um grande desafio que é criar ou
mudar uma regra do jogo. Seria possível jogar se as regras não existissem? Que regra
poderia ser criada para este jogo para torná-lo mais divertido, por exemplo? O que
podemos imaginar de engraçado que pode ser feito ao longo do jogo? Ou algo que o
deixe mais difícil? O que acham?

6
Uma vez sendo definida a nova regra do jogo, auxilie as crianças quanto ao registro
dela, assumindo a função de escriba. Diga para o grupo que finalizou o registro da nova
regra que jogue mais uma partida, agora incluindo a nova regra, a fim de testá-la.
Enquanto as crianças jogam com as novas regras, observe suas interações e
problematize as situações trazidas pela mudança, estimulando reflexões nos grupos.
Mais uma vez mantenha-se na posição de observador, fazendo apenas as intervenções
necessárias. Observe o tempo que planejou e sinalize às equipes quando estiverem
faltando cerca de dois minutos para o encerramento dos jogos.

7
Ao encerrarem a última rodada, convide os grupos para se reunirem em uma grande
roda na qual será feita a partilha das experiências. Peça os grupos que apresentem os
jogos, suas regras e a mudança que realizaram. Questione as crianças sobre o que
acharam da alteração feita e sobre como se sentiram ao participar dessa atividade. Foi
fácil? Qual foi o momento mais interessante? Encontraram alguma dificuldade? Estimule
a participação de todas as crianças e o acolhimento de suas expressões. Neste
momento, considere também, trazer algumas das observações que você registrou ao
observar as crianças, de modo a instigá-las ainda mais para expressar suas impressões,
sentimentos e desafios acerca da proposta.

PARA FINALIZAR:
Após o momento de partilha, sinalize ao grupo que você irá adicionar as novas regras
aos jogos, criando uma ficha de regras alternativas, no verso das fichas existentes. Diga
ainda que em outro momento elas poderão experimentar os jogos modificados pelos
colegas. Em seguida, convide-as para organizar os jogos, os registros, e o espaço
utilizado. Depois, sigam para a próxima atividade do dia.

DESDOBRAMENTOS
Possivelmente as crianças ficarão curiosas quanto às mudanças feitas nas regras dos
jogos clássicos, você pode então, propor um momento para que elas os joguem,
considerando as novas regras criadas pelos colegas. Prepare um novo rodízio com
outros jogos também. Caso durante a partilha ou em suas observações alguma questão
em especial tenha sido destacada pelo grupo, por exemplo, a dificuldade de perder ou
o não respeito às regras, você pode preparar uma contação de história que tenha como
eixo central essa temática.

ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
Estimule as crianças a partilhar a experiência do rodízio de jogos com as famílias. E
ainda, se possível, prepare uma estratégia de um rodízio, para que os jogos e suas
fichas de regras circulem entre os familiares dos pequenos. Você pode sortear e
registrar no calendário o dia que cada criança irá levar e devolver o jogo.
PLANO DE AULA: PLANEJANDO A CONSTRUÇÃO DE UM JOGO
DE TABULEIRO

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
O eu, o outro e o nós
Escuta, fala, pensamento e imaginação
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

FAIXAS ETÁRIAS
Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação
e cooperação.
(EI03EF09) Levantar hipóteses em relação à linguagem escrita, realizando registros de
palavras e textos, por meio de escrita espontânea.
(EI03ET07) Relacionar números às suas respectivas quantidades e identificar o antes,
o depois e o entre em uma sequência.

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios:
Para esta atividade, é interessante que o grupo esteja envolvido com alguma temática
específica, como explorando o mundo animal ou conhecendo algum artista em especial.
Desta forma, terão um contexto que enriquecerá a criação do jogo de tabuleiro. Além
disso, é importante que o grupo já tenha familiaridade com jogos de tabuleiro, jogando
em várias situações do cotidiano, para que fomentem estratégias a fim de
confeccionarem um novo jogo. Sugere-se, também, que você conheça um pouco da
história dos jogos de tabuleiro para conversar com as crianças.

MATERIAIS:
Considere selecionar alguns exemplos de jogos de tabuleiros para apresentar aos
grupos. Busque reunir jogos clássicos, como ludo, sobe e desce e também jogos mais
atuais. Você precisará da tabela de plano de ação. Preparamos um modelo de sugestão
aqui. Para facilitar a organização das ideias e a participação de todos, reserve o quadro
branco ou um papel grande fixado na parede, marcadores gráficos, lápis e borrachas
para as crianças.

ESPAÇOS:
Organize a sala reservando espaço para que a atividade ocorra na grande roda e que o
quadro ou papel fixado na parede possa ser utilizado por você e pelo grupo. Cuide para
que todas as crianças tenham acesso visual de qualidade ao material exposto.

TEMPO SUGERIDO:
Aproximadamente 1 hora e 30 minutos.

PERGUNTAS PARA GUIAR SUAS OBSERVAÇÕES:


Como foi o envolvimento do grupo com a proposta? Demonstraram interesse?
Exploraram os jogos apresentados? Identificaram as características e diferentes
dinâmicas envolvidas? Experimentaram o antes, o depois e sequências?
Quais estratégias de leitura, escrita e contagem, as crianças utilizaram ao criar o jogo?
Diferenciaram letras, números e símbolos? Estabeleceram relação entre números e
quantidades? Registre exemplos.
Como se deu a interação entre as crianças durante as explorações do jogo e do
momento de criação? Como se deu a troca de ideias entre os pares? Souberam ouvir e
emitir opiniões? Trabalharam de forma colaborativa? Como?

PARA INCLUIR TODOS:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as
necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Ao selecionar os jogos,
considere as especificidades do seu grupo, cuide para que a dinâmica deles não ofereça
obstáculos para a participação de todos.

O QUE FAZER DURANTE?


1
Convide as crianças para se juntarem a você em uma grande roda. Apresente os jogos
de tabuleiro que selecionou e diga a elas que trouxe um desafio para o grupo. Apresente
a proposta de começarem a pensar na criação de um jogo de tabuleiro sobre o tema
que está sendo vivenciado no cotidiano do grupo. Questione as crianças se elas já
jogaram algum jogo de tabuleiro e se conhecem os jogos que você trouxe. Aproveite as
falas delas para listar diversos jogos de tabuleiro, valorizando as experiências
compartilhadas e destacando como jogos de tabuleiro são interessantes.

2
Percebendo o envolvimento do grupo, conte às crianças um pouco da história dos jogos
de tabuleiro e apresente um dos que selecionou. Por meio de questionamentos, estimule
o grande grupo a descrever este jogo, levantar hipóteses sobre sua dinâmica e explique
como se joga. Em seguida, peça para que uma criança escolha outro jogo e que, junto
com o grupo, faça o mesmo. Caso as crianças não tenham familiaridade com textos de
regras de jogos, escolha um manual para fazer a leitura e possibilitar uma breve
familiarização. Faça esta exploração com todos os jogos que selecionou e, por votação,
escolha um para o grande grupo jogar de forma coletiva, ainda na roda. Durante a
partida, instigue as crianças a refletirem quanto a interpretação dos dados ou roletas,
destacando a representação numérica apresentada (numeral ou pontos) e sua utilização
na movimentação das peças/peões no tabuleiro. Observe como estão relacionando-as
às suas respectivas quantidades. Aproveite para problematizar situações de ordenação,
incentivando as crianças a observarem o que acontece antes e depois, o que vem
primeiro ou quem chegou primeiro, por exemplo.
Possíveis falas e ações do professor neste momento: Qual número saiu no dado?
Vamos andar esta quantidade de casas? Quem ajuda a contar? Ué, vocês andaram 6
casas, mas a gente tinha tirado 4 no dado. Quantas casas temos que voltar? Alguém
sabe? Olha só, o peão estava nesta casa. Andando 4 casas, tem que parar em qual?
Isso! São duas casas a menos, né?

3
Ao encerrarem a partida do jogo ou um número significativo de rodadas, convide o
grande grupo a comparar os jogos disponíveis. Busque perceber com o grupo se os
jogos são todos iguais, o que eles têm em comum, dentre outras caraterísticas. Durante
as observações, busque instigar as crianças a perceberem os elementos comuns entre
os jogos de tabuleiro. Aproveite este momento para registrar as informações trazidas
pelas crianças no quadro ou papel fixado na parede, dizendo ao grupo que essas são
informações importantes para que possam atender ao desafio de criarem um jogo. Leia
as observações registradas e questione as crianças se existe algo mais que precisam
saber sobre jogos de tabuleiro para criar um novo jogo sobre o tema que estão
envolvidas.
Possíveis falas e ações do professor neste momento: O que os jogos de tabuleiro têm
em comum? Vamos observar os tabuleiros? Ah, boa! Vou anotar essa sua observação
aqui no cartaz: os tabuleiros têm caminhos para as peças caminharem. Percebem algo
mais? Ótima percepção, então vou anotar: algumas casas do caminho do tabuleiro têm
cores diferentes e indicam tarefas.

4
Ao finalizarem o registro das observações, sinalize para as crianças que é hora de
começarem a pensar no jogo que irão criar. Questione o grupo sobre por onde é possível
começar. Sugira que comecem definindo qual será o enredo do jogo. Por exemplo, se
a temática for mundo animal, as crianças podem definir que o jogo será um caminho em
uma floresta ou uma exploração no fundo do mar. Em seguida, estimule o grupo a
começar a pensar nas regras do jogo. Diga que você irá registrar as ideias trazidas no
quadro ou papel fixado na parede. Busque enriquecer estas contribuições promovendo
a troca de ideias entre as crianças por meio de questionamentos estruturantes.
Possíveis falas do professor neste momento: o que é objetivo do jogo? Alguém sabe me
dizer? Então, qual será o objetivo do que estamos construindo? Quantos serão os
jogadores? Como eles irão se locomover no percurso do tabuleiro? O que pode
acontecer neste caminho?

5
Ao esgotarem o registro das ideias e regras do jogo, faça a leitura do cartaz construído
neste diálogo e questione o grupo acerca da concretização do jogo. Isto é, como podem
fazer para construir o jogo que acabaram de idealizar. Acolha as falas das crianças e
diga que trouxe uma tabela em um grande cartaz para fixar na parede, que pode ajudar
neste planejamento.

6
Apresente ao grande grupo a tabela de plano de ação. Diga que este é um modelo muito
usado pelas pessoas que precisam se planejar para fazer algo. Diga que a tabela nos
ajuda a organizar as ideias e depois combinar as etapas de tudo que temos que fazer,
sem esquecer de nada que combinamos. Destaque que a tabela possui colunas: uma
com o que precisa ser feito e uma com os recursos que são necessários para fazer isto,
ou seja, um lugar para listar os materiais que precisarão.

7
Convide as crianças a preencherem a tabela com seu apoio, isto é, sendo você o
escriba. Busque detalhar o processo de escrita das palavras trazidas pelas crianças,
estimulando-as a refletirem sobre elas. Para isso, considere que esta é uma construção
de texto oral (das crianças) com destino escrito (escrita do professor) e que marcar o
tempo da escrita enquanto registra as ideias das crianças é uma forma interessante de
detalhar esse processo.
Possíveis falas do professor neste momento: Precisaremos fazer um tabuleiro. Então,
vou escrever aqui na primeira coluna a palavra tabuleiro. Alguém sabe como se escreve
a palavra tabuleiro? Precisaremos fazer um tabuleiro, certo? Agora precisamos
preencher esta outra coluna. Que materiais precisaremos para construir o tabuleiro?

PARA FINALIZAR:
Ao concluir o preenchimento da tabela, faça a leitura dos itens que foram listados como
necessários para a confecção do jogo. Faça uma revisão com as crianças, verificando
se deixaram de incluir algo importante. Diga para o grupo que ela ficará exposta para
complementarem se tiverem outras ideias e proponha que construam o jogo em outro
momento.

DESDOBRAMENTOS
O desdobramento natural desta atividade é a construção do jogo de tabuleiro utilizando
o plano de ação elaborado. Preveja atividades que considerem as ações definidas pelo
grupo no plano de ação, como a confecção do tabuleiro, a elaboração das regras.
Organize pequenos grupos, lance mão dos materiais já existentes na sala ou reutilize
materiais comuns na escola, como caixas, copos, tampas de hidrocores e outros. Você
pode construir uma agenda para a elaboração do jogo com a turma. Sendo assim,
reserve atividades apenas para a confecção do tabuleiro, que envolve uma parte
estática, uma parte de organização da trilha, outra dos números etc. Em outro dia,
organize com as crianças as penalidades, dicas e prêmios que podem contar nas casas,
como: “você ajudou a salvar uma baleia, avance dois espaços”, ou “você jogou lixo na
praia, fique uma rodada sem jogar” etc. Outra atividade pode ser dedicada a elaborar
as regras e mais uma para finalizar: fazer o dado, os peões, a embalagem do jogo etc.
Além disso, a realização de um campeonato do jogo quando pronto é uma opção.

ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
Exponha as regras do jogo e o plano de ação no mural da sala e peça para que as
famílias contribuam com sugestões, seja propondo novas regras para enriquecer o jogo
ou indicando novas ações ou materiais para a confecção dele.
PLANO DE AULA: CRIAÇÃO DE MANUAIS DE JOGOS

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Escuta, fala, pensamento e imaginação
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

FAIXAS ETÁRIAS
Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03EF09) Levantar hipóteses em relação à linguagem escrita, realizando registros de
palavras e textos, por meio de escrita espontânea.
(EI03ET04) Registrar observações, manipulações e medidas, usando múltiplas
linguagens (desenho, registro por números ou escrita espontânea), em diferentes
suportes.

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios:
Para a introdução desta proposta, é interessante que o grupo tenha inserida em sua
rotina a utilização de jogos ou já tenham discutido a temática dos jogos com regras. É
importante, ainda, que as crianças tenham familiaridade com a organização das regras
de um jogo e já tenham participado de situações de construção de texto com este foco.

MATERIAIS:
Selecione jogos que a turma já conhece e que não possuam manuais de regras.
Observe que a quantidade de jogos dependerá da quantidade de grupos que organizará
para a atividade. Entretanto, é essencial que selecione um jogo para cada grupo. Atente-
se que também serão necessários jogos cujos manuais possam ser utilizados, como um
quadro branco ou folha grande fixada na parede para o registro da lista de informações
de um manual. Materiais como papéis, lápis de escrever, borracha, hidrocores e lápis
de cor para as crianças registrarem os manuais que criarão.

ESPAÇOS:
A atividade será desenvolvida parte no grande grupo e parte em pequenos grupos de 3
a 5 crianças. Por isso, organize as mesas de modo que acomode os grupos para
jogarem e criarem os manuais dos jogos. Disponha nas mesas um jogo, folhas de papéis
e lápis para cada grupo.

TEMPO SUGERIDO:
Aproximadamente 1 hora e 30 minutos.

PERGUNTAS PARA GUIAR SUAS OBSERVAÇÕES:


Como se deu o envolvimento do grupo? As crianças refletiram sobre as regras do jogo
e a importância de seu registro? Buscaram dialogar de forma colaborativa para a criação
do manual?
Ao produzirem os manuais, buscaram diferentes alternativas quanto à leitura, escrita e
contagem? Diferenciaram letras, números e símbolos? Estabeleceram relação entre
números e quantidades? Experimentaram escrita espontânea?
Quais estratégias as crianças elencaram para registrar as observações coletadas a
partir da manipulação dos itens do jogo e da observação dos colegas jogando?
Experimentaram hipóteses de escrita? Exercitaram a escrita espontânea?

PARA INCLUIR TODOS:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as
necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Ao selecionar os jogos,
considere as especificidades do seu grupo. Cuide para que a dinâmica não ofereça
obstáculos para a participação de todos.

O QUE FAZER DURANTE?

1
Reúna o grande grupo em roda e diga que estava organizando as mesas com alguns
jogos quando teve uma ideia. Conte que pensou sobre como a turma poderia indicar
para outra alguns jogos que já sabem e gostam de jogar, e que, para isso, poderiam
criar manuais que ensinem sobre esses jogos.

2
Ainda em roda, instigue o grande grupo a descrever as informações que estão presentes
em um manual de jogo. Para isso, lance mão de alguns exemplos de manuais de jogos.
Engaje a turma em uma brincadeira em que, olhando para os manuais, as crianças
tentem descobrir a qual jogo cada manual pertence. Para isso, entregue os manuais e
peça que as crianças, observando como são escritos e quais elementos têm,
identifiquem de que jogo ele é.
Possíveis falas e ações do professor neste momento: Como você descobriu que era
desse jogo? Pela imagem? Alguém mais descobriu pela imagem? Tem algum manual
que não tem imagem? O que mais eles têm em comum e de diferente?

3
Uma vez que o grupo já tenha explorado os exemplos de manuais que selecionou,
proponha que produzam os dos jogos que irão partilhar com a outra turma. Explique
que, como são vários jogos, precisarão se dividir em pequenos grupos, e que, para que
os manuais elaborados sejam realmente úteis, precisam combinar o que não podem
deixar de incluir nos materiais. Convide as crianças a listarem quais informações devem
estar presentes nos manuais que irão elaborar. Neste momento, deixe que utilizem as
exemplificações de manuais que você trouxe como forma de apoio, para a criação da
lista.

4
Elabore a lista no quadro ou folha grande fixada na parede, registrando as sugestões
das crianças quanto às informações que devem estar presentes nos manuais. Para
auxiliar nesta elaboração, recorra aos exemplos de manuais trazidos. Por meio de
questionamentos, instigue as crianças a lembrarem de todas as informações relevantes,
como: objetivo, materiais, regras, número de jogadores e pontuação.

5
Uma vez elaborada a lista de informações de um manual, explique a dinâmica da
atividade. Diga que, em pequenos grupos, irão jogar um jogo para lembrarem das regras
e depois, com o seu apoio, produzirão o manual. Considere que essa produção será
feita em alguns dias para que você possa acompanhar cada grupo. Sendo assim,
esclareça que cada grupo fará seu manual e você apoiará no registro do manual de
cada um. Aproveite este momento para definir a agenda de registro do manual com
cada grupo, registrando os acordos no calendário da sala.
Possíveis falas e ações do professor neste momento: Para que possamos construir os
manuais, precisaremos lembrar de como se joga esse jogo, não é? Então, nos pequenos
grupos, vocês jogarão algumas partidas. Se quiserem, podem começar a fazer algumas
anotações. Podem anotar o número de jogadores, fazer um desenho dos materiais do
jogo... Enfim, registrem suas observações da forma que conseguirem e utilizaremos
essas anotações no momento da escrita dos manuais. Vocês podem se dividir. Por
exemplo, uns jogam e outros observam e anotam… vejam com preferem fazer!

6
Proponha às crianças que se organizem nas mesas em que dispôs os jogos que
necessitam da construção do manual. Sinalize que o primeiro passo é lembrar das
regras do jogo. Circule pelas mesas, observando as interações estabelecidas. Preveja
um tempo de algumas rodadas e estimule os grupos a registrarem suas observações
fazendo suas anotações. Combine com o grupo que as crianças podem fazer os
registros por desenhos e/ou escrita, e que você os apoiará, se necessário.

7
Considerando a agenda definida, junte-se com o primeiro pequeno grupo para a
produção do manual. Enquanto isso, os demais jogam seus jogos e continuam fazendo
anotações sobre as regras de forma espontânea ou jogam outros jogos disponíveis na
sala. Questione as crianças acerca das informações que acham que devem incluir no
manual, lembrando-as da lista elaborada. Promova a troca de ideias entre as crianças
e, uma vez sendo estabelecido um acordo sobre as informações, estimule-as a
buscarem alternativas para o registro. Atue como escriba das informações trazidas pelo
grupo e proponha a participação das crianças por meio de estratégias definidas com
elas. Preveja, portanto, a escrita das crianças de dados, como o número de jogadores,
o nome do jogo (cópia com o apoio da embalagem), nome dos responsáveis pelo
manual, desenhos de peças ou figuras do jogo, por exemplo.

8
Ao encerrar a produção com todos os pequenos grupos, questione as crianças quanto
ao formato final do manual. O texto será digitado ou irão manter o formato original?
Como farão a impressão? Haverá desenhos? Como serão incluídos? Serão coloridos?
Acolha e anote as definições do grupo, promovendo o consenso.

PARA FINALIZAR:
Uma vez feitas as definições, consulte a agenda e observe com as crianças quando irá
realizar a produção do manual com o próximo grupo. Peça aos grupos que organizem
os jogos para que nada seja perdido.
DESDOBRAMENTOS
Organize um rodízio de jogos entre as turmas, fomentando a utilização dos manuais
produzidos pelo seu grupo de crianças. Outra ideia seria engajar o grupo
na identificação de jogos incompletos, rasgados e que precisem de reparos feitos na
sala, de forma a organizar uma oficina de recuperação e organização de jogos.

ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
Convidar as famílias para um rodízio com os jogos cujos manuais foram elaborados pelo
grupo ou circular os jogos nas casas das crianças, para que os experimentem com suas
famílias.
PLANO DE AULA: REALIZANDO UM CAMPEONATO DE JOGOS

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
O eu, o outro e o nós
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

FAIXAS ETÁRIAS
Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03EO07) Usar estratégias pautadas no respeito mútuo para lidar com conflitos nas
interações com crianças e adultos.
(EI03ET04) Registrar observações, manipulações e medidas, usando múltiplas
linguagens (desenho, registro por números ou escrita espontânea), em diferentes
suportes.
(EI03ET07) Relacionar números às suas respectivas quantidades e identificar o antes,
o depois e o entre em uma sequência.

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios:
Para essa proposta é fundamental que o grupo vivencie em seu cotidiano práticas de
jogos diversos. Sendo assim, selecione, para o contexto da atividade, até cinco jogos
queridos pela turma, para que, por meio de uma votação, as crianças selecionem um
para realizar um campeonato. Esta proposta pode ser realizada em diferentes
momentos e até se estender por vários dias, dependendo das caraterísticas do
campeonato organizado pelo grupo. Partimos da exemplificação de um campeonato de
pega-varetas. Preparemos, então, um documento que apoiará a construção do
campeonato com seu grupo. Observe que, a depender do jogo escolhido e das
estratégias elencadas para o campeonato, o formato da exemplificação que trouxemos
tende a mudar.

MATERIAIS:
Selecione 5 jogos do cotidiano que são queridos pelas crianças. Reserve
exemplificações de registros de pontuação de campeonatos, como tabelas de
pontuação individual ou em grupos, organização de rodadas, grades de jogos e
cruzamento de jogadores e regras de campeonatos. Por fim, organize folhas brancas
para registros dos votos por cada criança, canetas e dois cartazes em branco fixados
na parede.

ESPAÇOS:
Preveja que esta atividade será desenvolvida em sua maioria com o grande grupo.
Assim, esteja atento à disponibilização dos jogos e dos materiais de registro para
garantir a visualização de todos.

TEMPO SUGERIDO:
Aproximadamente 1 hora e 30 minutos.

PERGUNTAS PARA GUIAR SUAS OBSERVAÇÕES:


Como se deu o envolvimento do grupo? Como as crianças fizeram as trocas e
acolheram as ideias dos pares?
Que estratégias foram utilizadas pelas crianças para registrarem as observações e
resultados?
Durante a construção da lógica de partidas do campeonato, como elas revelaram as
estratégias matemáticas para construir entendimentos acerca da classificação dos
times? O que revelava, na organização do número de partidas, a consideração do
resultado de primeiro, segundo e terceiro lugar dos times?

PARA INCLUIR TODOS:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as
necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Ao selecionar os jogos,
considere as especificidades do seu grupo. Cuide para que a dinâmica não ofereça
obstáculos para a participação de todos.

O QUE FAZER DURANTE?


1
Reúna o grande grupo em roda e diga para as crianças que, considerando os diversos
jogos que há na classe, você pensou que a turma poderia vivenciar um desafio de
produzir e participar de um campeonato. Busque investigar junto às crianças o que
conhecem sobre campeonatos e se algumas já participaram de algum. Convide-as a
falar sobre a experiência. A partir das falas, aprofunde o tema, destacando as
características básicas de um campeonato, como participação de vários times ou
jogadores, a existência de rodadas, o registro dos resultados e as pontuações. Apoie-
se nos exemplos de tabelas de campeonatos que providenciou e circule-as pela roda,
para que as crianças observem e construam significados apoiadas neste material.
Possíveis falas e ações do professor neste momento: Pessoal, selecionei 5 jogos que
vocês gostam muito de jogar. O que acham de escolhermos um deles e organizarmos
um campeonato? Alguém pode me dizer o que é um campeonato? Ah, a Copa do Mundo
é um campeonato? Por quê? Como vocês acham que ela é organizada? Vejam, eu
trouxe aqui a tabela da copa do mundo como um exemplo de organização de
campeonato. Vejam a quantidade de jogos que há em uma copa! Como sabemos quem
joga com quem? Como alguns times são eliminados até ter um campeão?

2
Apresente os jogos selecionados, dispondo-os no centro da roda. Instigue as crianças
a fazerem comentários sobre eles. Em seguida, diga que a proposta é que, dentre
aqueles jogos, escolham um para que possam organizar o campeonato. Para essa
escolha, conte que separou folhas e canetas que servirão como cédulas de votação.
Sendo assim, cada criança, observando os jogos presentes na roda, deverão registrar
na folha o nome ou desenho que caracteriza o jogo que ela prefere para a realização do
campeonato. Diga que cada uma poderá escolher a estratégia que preferir, tanto
desenhando quanto escrevendo o nome do jogo. Explique que as embalagens que os
acolhem permanecerão no centro da roda, para que elas as utilizem como consulta,
caso sintam necessidade. Combine que, após o registro na folha, todas se reunirão na
roda para partilhar os votos e fazer a contagem e, então, descobrir qual será o jogo
escolhido para o campeonato. Em seguida, convide as crianças para se sentarem nas
mesas e registrarem seus votos.

3
Após as crianças terem registrado sua escolha em relação ao jogo que preferem para o
campeonato, convide-as para que, na roda, partilhem suas escolhas. Nesse momento,
peça que revelem seu registro, lendo ou mostrando a ilustração que caracteriza seu
voto. Vá anotando no quadro, ou em um cartaz, a votação. Ao final, convide as crianças
a observarem qual foi o jogo com maior número de voto, revelando que, com base neste
jogo, a turma organizará o campeonato.
Possíveis falas e ações do professor neste momento: Pessoal, vou escrever aqui no
cartaz o nome dos cinco jogos. A cada voto, vou desenhando uma bolinha ao lado do
nome de cada um deles… agora que acabamos a votação, olhem para o cartaz e me
digam qual será o jogo do campeonato. Vamos contar o total de votos de cada um?
Vejam, o pega-vareta teve 15 votos. Então vou escrever o numeral quinze aqui. Alguém
pode me dizer como ele é mesmo? 7 pessoas votaram na batalha de números, quem
está ganhando por enquanto? Por que o pega-vareta está ganhando da batalha de
números?

4
Após selecionarem o jogo, converse com as crianças a fim de investigar como podem
organizar o campeonato. Busque, nessa conversa, instigar as ideias delas, trazendo
provocações, apoiando as relações e valorizando as descobertas.
Possíveis falas e ações das crianças neste momento: Já sei! A gente faz 4 times na
turma! Quem for perdendo, saí! Não! Quem perde ainda pode ser o terceiro lugar. A
gente precisa pensar em um jeito! Que tal desenharmos um quadrado para cada time e
ir fazendo os desenhos das linhas igual esse aqui (revelando um gráfico ou mapa de
campeonato, utilizando o material selecionado pelo professor)?
Possíveis falas e ações do professor neste momento: Ah, deixa eu ver essa imagem
que você está falando! Vejam, essa linha diz que, após os primeiros jogos, os times
perdedores jogam entre si. Será que essa é a disputa de um terceiro lugar? Todos
concordam que a turma se organize em quatro times? Quantas crianças haverá em
cada time?

5
Continue investigando junto ao grupo quanto a composição das regras de um
campeonato. Faça observações que ajudem as crianças a sistematizarem,
aprofundarem seus pensamentos e fazerem trocas entre si, de modo que os
conhecimentos revelados se complementem e uma criança apoie a outra. Portanto, diga
às crianças que você irá anotar no cartaz o fruto desse diálogo que estão fazendo.
Sendo assim, vocês elaborarão quais serão as regras do campeonato em forma de lista.
Investigue qual será a primeira regra do campeonato. Leia algumas regras presentes
nas exemplificações que trouxe para o grupo.
Possíveis falas e ações do professor neste momento: Agora, precisamos organizar esse
diálogo em forma de regras para o campeonato. Separei esse cartaz para registrar a
lista de regras. Qual será a primeira regra da lista? Quem sabe, se eu ler a regra desse
campeonato de UNO, a gente tenha uma ideia. Vejam, aqui fala sobre quem poderá
participar do campeonato. Vocês acham que essa é uma boa informação para estar em
nossa regra? Pode participar do nosso campeonato quem quiser? As crianças de outras
turmas poderão participar deste campeonato?

6
Após finalizarem a escrita das regras do campeonato, leia para as crianças, convidando-
as a verificarem se desejam acrescentar mais alguma informação. Em seguida, instigue
o grupo a refletir sobre a composição da tabela de jogos do campeonato. Busque das
crianças os pensamentos acerca de como se organizará os jogos dentro do
campeonato, quantos dias durará, quais times competirão entre si, dentre outras
informações que compõem a tabela do campeonato. Sugerimos que, caso as crianças
não cheguem a um consenso quanto a organização de disputa entre os times, você
sugira um sorteio para decidir quais times se enfrentarão.
Possíveis falas e ações das crianças neste momento: Tive uma ideia. No primeiro dia,
todos os times jogam. Aí, a gente vai ter 2 que irão ganhar e dois que irão perder. Os
dois que ganharam jogam de novo. Neste momento, o professor pode acolher essa ideia
da criança e lançar o pensamento de como definirão quais times competirão entre si no
primeiro dia.

7
Preveja que algumas crianças podem optar por não participarem do campeonato.
Investigue as razões para a recusa e acolha as escolhas das crianças, propondo que
assumam outras funções dentro do campeonato, como juiz ou responsável pelo registro
de resultados, por exemplo. Uma vez elaborada a tabela do campeonato, faça a leitura
para as crianças e busque saber se elas desejam fazer alguma alteração. Observe que,
a partir do jogo escolhido e das sugestões quanto a composição do campeonato e do
formato, o número de times e a dinâmica poderá ser diferenciada da exemplificada neste
plano. É possível acolher os times em séries e ter uma duração maior, por exemplo. Em
todas as sugestões, acolha as ideias das crianças, instigue-las e as apoie para
sistematizarem e aprofundarem os sentidos que estão construindo no contexto dessa
atividade.

8
Após o grupo ter acordado a composição do campeonato, convide as crianças a
realizarem a primeira rodada, organizadas nos 4 times ou seguindo a lógica elencada
pelo grupo. Contudo, considere que é fundamental que, ao longo da atividade, você
observe o engajamento da turma com a proposta. Caso sinta que as crianças estão
cansadas frente a densidade da atividade, pause a proposta e combine com elas o início
ou a continuidade do campeonato no próximo dia ou em outro período do dia. Neste
caso, busque animá-las, definindo com o grupo quais serão os dias de cada rodada do
campeonato e inserindo-os na tabela ou no calendário da turma.

9
Ao vivenciarem a primeira rodada do campeonato, circule pelos pequenos grupos
fazendo observações sobre as experiências dos jogos e as interações entre as crianças.
Observe e acolha as emoções experimentadas pelas crianças nas diversas situações
das partidas, principalmente nas situações de divergências. Incentive-as a encontrarem
as soluções para os conflitos que se apresentarem durante o jogo. Oportunize que elas
reflitam e encontrem soluções para os desafios. Incentive o grupo a observar os
registros do campeonato e, ao término das partidas, reúna as crianças para apreciarem
a tabela do campeonato, atualizá-la e analisá-la. Caso haja uma criança com a função
de registrar os resultados, ofereça o suporte necessário para essa ação ou convide
alguém para realizar o registro.

PARA FINALIZAR:
Após a atualização da tabela, peça às crianças que organizem os jogos e diga que darão
continuidade ao campeonato ao longo da semana.

DESDOBRAMENTOS
As diversas experiências do grupo ao longo das partidas do campeonato, como os
conflitos e as reações diante das vitórias e derrotas, podem dar origem a atividades que
buscam refletir sobre estas situações por meio de dinâmicas de grupo, conversas ou
contações de histórias. Você aprofundar a participação da turma com jogos e modelos
de campeonatos mais elaborados. Por exemplo, inserindo os times organizados em
séries. Considere expandir a organização do campeonato para outras turmas de sua
escola. Engajando as crianças em uma nova organização de campeonato e colocando-
as frente a novos desafios.

ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
As famílias podem ser envolvidas a partir da exposição dos registros do campeonato,
organizado e realizado pelo grupo, feitos no mural da sala, para que apreciem os
resultados. Além disso, incentive as crianças a partilharem as experiências com os
familiares.
PLANO DE AULA: DEFININDO O CONTO DE FADAS DA PEÇA
TEATRAL

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Escuta, fala, pensamento e imaginação

FAIXAS ETÁRIAS
Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03EF04) Recontar histórias ouvidas e planejar coletivamente roteiros de vídeos e de
encenações, definindo os contextos, os personagens, a estrutura da história.
(EI03EF08) Selecionar livros e textos de gêneros conhecidos para a leitura de um adulto
e/ou para sua própria leitura (partindo de seu repertório sobre esses textos, como a
recuperação pela memória, pela leitura das ilustrações etc.).
(EI03EF09) Levantar hipóteses em relação à linguagem escrita, realizando registros de
palavras e textos, por meio de escrita espontânea.

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios:
Esta sequência de atividades apresenta como proposta a construção de uma peça
teatral, a partir da escolha de um conto de fadas preferido pelas crianças. Para tal, é
importante que você tenha uma prática diária de leitura de histórias e tenha formado um
repertório com o seu grupo de crianças, para que elas escolham um conto entre os que
já conhecem. Ler para os pequenos requer uma preparação: você precisa ter domínio
do texto para garantir uma leitura envolvente, com entonações adequadas, que nos
encantam e convidam-nos a brincar com os personagens. Portanto, é fundamental que
você conheça bem a história. Selecione previamente imagens sobre teatro, organizando
um painel para apresentar à turma na roda de conversa.

ESTE PLANO FAZ PARTE DE UMA SEQUÊNCIA DE CINCO. SÃO ELES:


Nossa peça teatral: Definindo o conto de fadas
Nossa peça teatral: Descrevendo personagens e cenários
Nossa peça teatral: cenário, figurino e sonoplastia
Nossa peça teatral: O roteiro e falas das personagens
Nossa peça teatral: Ensaiar, convidar, apresentar

MATERIAIS:
Imagens sobre teatro: Recortes de revistas ou gravuras impressas da internet contendo
encenações, cenários, personagens e figurinos, palcos e plateias. É interessante incluir
nessas imagens fotos de peças teatrais realizadas na escola às quais as crianças
tenham assistido.
Cinco opções de livros de contos de fadas conhecidos pelo seu grupo.
Canetinhas, tiras de sulfite ou outro retalho de papel, para ser usado no momento de
votação. Cartolinas, ou papel craft para cartazes, pincéis atômicos. Caixas com
fantasias, tecidos e acessórios para brincadeiras espontâneas.

ESPAÇOS:
A atividade ocorrerá na própria sala do grupo, ou em outros espaços disponíveis, como:
a biblioteca escolar ou um auditório, se houver. Conforme as possibilidades, disponha
fantasias, acessórios, e até mesmo partes de cenários de peças que já foram produzidas
anteriormente na escola, para tornar o momento de contextualização sobre o tema ainda
mais inspirador e atraente para a turma. Organize fantasias e acessórios em cabides ou
varais, de forma esteticamente agradável e acessível às crianças. Os cenários, podem
estar dispostos sobre uma mesa ou um tapete, para que as crianças nos escolham e
organizem-nos conforme suas próprias preferências.

TEMPO SUGERIDO:
Aproximadamente uma hora e 20 minutos.

PERGUNTAS PARA GUIAR SUAS OBSERVAÇÕES:


1. Durante o primeiro momento de exploração das fantasias, cenários e acessórios pela
turma, como acontece o brincar de teatro e a interação das crianças? Que enredos
surgem nesta brincadeira?
2. Que estratégias as crianças fazem uso para o registro de seu voto para a escolha do
conto de fadas? Como são expressas suas hipóteses de escrita nesse momento?
3. Durante a leitura do conto, que reações e expressões são manifestas pelo grupo de
crianças? E como se organizam para criar o roteiro de produção da peça de teatro a
partir dessa história?

PARA INCLUIR TODOS:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança.
A proposta de montagem de uma peça de teatro mexe com o imaginário infantil. Assim,
naturalmente a criança é atraída pelo brincar de faz-de-conta e por criar, com objetos
concretos (cenários, fantasias), um mundo próprio para explorar sua imaginação. Desse
modo, esta proposta favorece envolvimento e participação de toda a turma, tanto na
brincadeira como na intenção de se montar uma peça de teatro, sendo essenciais
combinados e decisões coletivas durante todo o processo. Caso uma ou mais crianças
prefiram ficar observando e sejam menos ativas na hora de falar ou escrever, proponha
que atuem em duplas, tendo o cuidado de promover parcerias em que uma criança mais
participante seja colaboradora de outra que necessite de apoio.

O QUE FAZER DURANTE?

1
Tendo o espaço previamente organizado, organize as crianças no grande grupo para
conhecer os materiais com os quais vão brincar. Ao observarem fantasias, acessórios
e partes de cenários, elas provavelmente irão dizer que podem brincar de faz-de-conta
ou de teatro. Dialogue com elas sobre quais histórias podem ser contadas com eles e
proponha que brinquem e criem suas próprias histórias como preferirem. Nesse
momento, pequenos recontos de histórias que já conhecem podem surgir, instigue-as
na construção desses pequenos enredos para as brincadeiras, em pequenos grupos,
conforme as crianças, de forma espontânea, vão explorando e interagindo com os
materiais e com os colegas.
Quando estiver faltando alguns minutos para terminar o tempo de brincar, todos serão
avisados para que possam organizar os materiais e retomar a roda inicial para conversar
sobre a proposta. Garanta que, no final desta atividade, a turma poderá brincar de teatro
outra vez.

2
Retomando o grande grupo, interaja com a turma sobre a brincadeira de teatro, comente
que você percebeu que as crianças se divertiram criando personagens e histórias e
favoreça que, durante os diálogos, elas tragam elementos do teatro, como os
personagens da história, algumas falas, o lugar em que estavam utilizando, inclusive o
corpo e suas expressões para comunicar ideias. Convide-as para observar o painel que
você organizou na sala com as imagens sobre teatro (encenações, personagens,
cenários e figurinos). Durante a observação do painel, problematize com a turma a
respeito das gravuras, sobre o que os pequenos veem nas imagens e nos cenários, o
que pensam sobre eles, se já estiveram em um ambiente de teatro e como foi essa
experiência; o que viram e sentiram enquanto assistiam a uma apresentação teatral.

3
Em uma roda, no grande grupo, peça para que as crianças compartilhem um pouco
mais sobre as vivências que tiveram no teatro, com suas famílias e algumas que tiveram
na própria escola. Comente que seria muito bom aprender como se faz uma peça teatral.
Após manifestações, dialoguem sobre como se constrói uma apresentação, como se
definem os personagens, suas falas, suas roupas, cenários etc. Conduza a conversa de
maneira envolvente, para encantar as crianças e motivá-las na construção da peça
teatral. Faça com que eles se motivem a apresentá-la posteriormente para as outras
turmas da escola.

4
Após a conversa sobre teatro, problematize a respeito de qual será a peça que o grupo
quer produzir, qual história gostariam de encenar, e proponha a escolha de uma para
se tornar o enredo da turma. Disponha sobre uma mesa cinco livros de contos de fadas
selecionados por você dentre os que as crianças já conhecem e gostam, para que
possam escolher o que mais lhes agrada. Interaja com a turma sobre cada história,
apresentando os títulos para que as crianças antecipem os acontecimentos, comentem-
nos e recontem algum momento marcante do qual se lembram.

5
Feita a conversa investigativa sobre cada título, proponha uma votação individual para
eleger o conto de fadas que será o enredo da peça. Distribua tiras de papel sulfite para
cada criança escrever, de forma espontânea, o título do conto que mais gosta.
O momento de escrita envolve reflexões pessoais e interações com as hipóteses dos
colegas, no entanto, as crianças buscam recursos adicionais, como a opinião do
professor, para confirmar suas hipóteses. Apoie sempre que alguém solicitar, utilizando
diferentes estratégias como, por exemplo, observar como um colega escreveu, lembrar
palavras conhecidas que possuam as mesmas letras, buscar suportes na sala, ler para
a criança o que já escreveu até o momento. Os livros também são um caminho de
pesquisa, portanto, devem estar sempre acessíveis para os pequenos usarem, caso
queiram, como opção de consulta para escrever o título que desejam.
Logo que tiverem escrito, combine com a turma, que cada uma das crianças irá ler seu
próprio voto e colocá-lo sobre o livro do conto de fadas. Após todos terminarem a leitura,
faça junto com a turma a contagem dos votos de cada conto, comparando os resultados
para a definição daquele que será o enredo da peça teatral que irão montar. Pode
acontecer um empate, nesse caso, é possível fazer uma rodada de argumentos sobre
porque as crianças escolheram aquela história e combinar com o grupo, se assim
desejarem, fazer uma nova votação entre os dois livros empatados.
Caso a proposta de escrita espontânea não seja aplicável à sua turma neste momento,
uma variação seria convidar as crianças para escrever seu próprio nome nas tiras de
papel e colocarem-nas sobre o livro de preferência.

6
Feita a escolha, convide o grande grupo para conhecer bem a história, para que todos
possam criar uma peça teatral a partir dela. Leia o conto para as crianças, com destaque
para a entonação e a expressão durante a leitura, dando ênfase aos cenários e aos
personagens, demonstrando bem suas características, emoções, gentileza, maldade,
alegria, entre outros. Após a leitura, explore bem as imagens, chamando atenção para
o que as ilustrações nos contam sobre o ambiente da história.
Possíveis falas do professor neste momento: Crianças, vamos olhar o que está
acontecendo nesta imagem. Pelos desenhos que estão aqui, conseguimos saber o que
o personagem vai fazer? Alguém gostaria de contar para os colegas algo importante
sobre este desenho que nos ajudaria a entender a história?

7
Convide o grupo para pensar com você no que será preciso organizar para produzir uma
peça de teatro. Acolha as ideias apresentadas e, atuando como escriba, planeje com as
crianças um roteiro de produção do teatro. A partir da história que o grupo escolheu,
instigue-as a pensar em algumas ações, propondo questionamentos, se necessário: já
definimos o conto para nosso teatro, mas como essa história vai virar peça de teatro, o
que precisamos fazer para ter uma peça bem legal para apresentarmos às outras turmas
da escola? Compartilhe com a turma que o roteiro estará fixado no painel da sala, para
que todos possam acompanhar e conferir as ações de montagem e de organização dos
personagens e cenários.
Para finalizar: Convide as crianças para se organizarem em pequenos grupos e
brincarem um pouco mais de teatro com as fantasias, tecidos e acessórios. Se não
houver tempo disponível, proponha que organizem os materiais e que guardem em
caixas o que for necessário para brincar em outro momento, inclusive durante as
próximas atividades desta sequência.
DESDOBRAMENTOS
Você pode propor que as crianças façam desenhos do conto de fadas que foi
selecionado como enredo para o teatro, inserindo-os no painel das fotos e imagens de
teatro, junto com o roteiro que elaboraram.

ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
Organize, em parceria com as crianças, um bilhete para compartilhar com as famílias
que nas atividades desse dia elas puderam conhecer mais sobre teatro e que irão
montar uma peça teatral para apresentarem na escola. Para isso, escolheram um conto
de fadas para se tornar o enredo. Proponha que as crianças recontem em casa a história
escolhida. Como suporte, envie uma cópia da capa do livro ou uma ilustração bem
significativa, para apoiá-las no momento do reconto.
PLANO DE AULA: PEÇA TEATRAL: DESCREVENDO
PERSONAGENS E CENÁRIOS

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Corpo, gestos e movimentos
Escuta, fala, pensamento e imaginação
O eu, o outro e o nós

FAIXAS ETÁRIAS
Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação
e cooperação.
(EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e
jogos, escuta e reconto de histórias, atividades artísticas, entre outras possibilidades.
(EI03EF04) Recontar histórias ouvidas e planejar coletivamente roteiros de vídeos e de
encenações, definindo os contextos, os personagens, a estrutura da história.

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios:
Para desenvolver a proposta, será necessária a gravação antecipada de um áudio, no
qual esteja narrado o conto de fadas escolhido no plano Nossa peça teatral: Definindo
o conto de fadas. É bem interessante oferecer às crianças uma narrativa feita por você,
mas existem gravações disponíveis na internet, como a coleção Disquinho (A Bela e a
Fera), que traz várias histórias contadas, prontas para usar. A escolha do conto a ser
encenado será realizada pelas crianças, mas nesta sequência utilizaremos como
exemplo o conto A Bela e Fera, favorecendo a sua compreensão do processo de
intervenções junto às crianças. Você irá reorganizar o planejamento a partir do conto
escolhido por seu grupo.

ESTE PLANO FAZ PARTE DE UMA SEQUÊNCIA DE CINCO. SÃO ELES:


Nossa peça teatral: Definindo o conto de fadas
Nossa peça teatral: Descrevendo personagens e cenários
Nossa peça teatral: cenário, figurino e sonoplastia
Nossa peça teatral: O roteiro e falas das personagens
Nossa peça teatral: Ensaiar, convidar, apresentar

MATERIAIS:
Áudio gravado pelo professor ou de plataformas da internet (disponível no YouTube e
no Spotify) que apresentem a narração do conto de fadas escolhido pelas crianças.
Celular ou gravador de voz. Folhas de papel A3, cartolina ou outro, conforme a
disponibilidade da escola. Lápis grafite, borracha, giz de cera, lápis de cor e canetinhas.
Cartolina ou papel pardo para cartaz. Pincéis atômicos.
Caixas com fantasias, tecidos e acessórios, para brincadeiras espontâneas. Acrescente,
se possível, elementos novos aos utilizados no Plano 1, como algumas caixas de
papelão, fantasias, fantoches ou máscaras de outros personagens, podendo ser do
próprio conto que as crianças irão teatralizar (conforme disponibilidade de sua escola)

ESPAÇOS:
A atividade ocorrerá na própria sala do grupo, organizada de forma aconchegante. As
crianças precisam ficar bem acomodadas para ouvir com atenção ao áudio do conto de
fadas. Em um canto da sala disponha as caixas com materiais para brincadeiras de
teatro já utilizados no Plano 1 desta sequência.

TEMPO SUGERIDO:
Aproximadamente uma hora e 15 minutos.
Perguntas para guiar suas observações:
1. Neste segundo contato com o conto (durante a sequência), agora em áudio, quais
demonstrações as crianças dão sobre sua compreensão do enredo da história, que
podem as auxiliares na definição de personagens e cenários?
2. Que expressões, movimentos e gestos as crianças utilizam para relatar as emoções
manifestadas pelas personagens e suas características?
3. Como as crianças se organizam nos trabalhos em pequenos grupos, expondo suas
ideias e considerando as dos colegas para descrever os cenários e personagens para
a montagem da peça teatral?

PARA INCLUIR TODOS:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e à diferenças de cada criança.
A proposta de teatro traz elementos motivadores que envolvem e despertam nas
crianças o desejo de interagir com os acontecimentos à sua volta, mas pode ocorrer de
uma ou mais crianças sinalizarem desinteresse pela proposta dos pequenos grupos,
nesses casos, convide-as para serem seus ajudantes na gravação dos áudios, na
distribuição de materiais ou em outras ações, envolvendo-as de maneira produtiva
durante a atividade. Para garantir o entendimento do conto de fadas por toda a turma,
é fundamental fazer a utilização do livro, com texto e imagens, além do recurso em
áudio.

O QUE FAZER DURANTE?

1
Comas crianças em roda, no grande grupo, próximas ao painel onde está fixado o roteiro
de atividades, elaborado no plano Nossa peça teatral: Definindo o conto de fadas,
retome com a turma os passos que foram definidos no roteiro. Compartilhe que agora é
o momento de vocês explorarem um pouco mais as personagens e os cenários da
história. Comunique ao grupo que para isso você irá oferecer uma outra versão do conto,
desta vez, por meio de um áudio que foi especialmente gravado por você (ou de versões
disponíveis na internet, se for o caso).
Como as crianças já conhecem o conto de fadas, favoreça que elas compartilhem do
que se lembram sobre locais (cenários) onde a história acontece e quais são as
personagens do conto de fadas. Por exemplo, sendo o conto A Bela e a Fera, permita
que falem do lugar em que a família de Bela morava, por onde o pai dela viajou, onde
ela morou com a Fera etc.

2
Proponha às crianças que, ao ouvirem o áudio da história, prestem atenção aos
momentos que tratam dos locais onde a história acontece e que notem quando é
possível entender que a narrativa mudou de espaço. Solicite a atenção também para
como a história é contada, se o narrador fala mais rápido ou mais pausado, e em que
situações elas percebem isso.
Diga que para montarem a peça teatral elas precisarão saber bem como são as
personagens, por isso, é importante que prestem atenção ao que o narrador fala sobre
elas e nos diálogos que ocorrem, como são suas vozes, o que nos fazem sentir etc.
Combine que os pequenos vão ouvir uma vez a história toda com bastante atenção para
perceber todos esses detalhes e que, na segunda vez, vocês farão paradas para irem
registrando as informações sobre cenários e personagens da história. Acomodem-se
para ouvir o áudio da história.

3
Após as crianças terem ouvido a contação da história uma vez, convide o grande grupo
para se acomodar próximo ao quadro, onde estará previamente fixada uma cartolina ou
uma folha de papel pardo, para o registro dos cenários em que ocorrem a história e de
quem são as personagens. Combine que você repetirá o áudio para que todos apontem
observações. Diga que, para isso, será preciso que levantem a mão para sinalizar que
têm algo a comentar. É importante que você já programe quais são as pausas pois, caso
as crianças não percebam, você pode fazer a pausa e trazer alguma provocação que
as apoiem na identificação de quando acontecem mudanças de local na história e de
quando as personagens que vão surgindo no enredo. Enquanto elas falam, você faz o
registro do que está sendo destacado no conto. Neste momento é essencial que vocês
levantem todos os locais (cenários) por onde se passa a história e o nome das
personagens. A caracterização deles se dará nas etapas seguintes, nos pequenos
grupos.

4
Depois do registro proponha um diálogo sobre o que mais precisam saber sobre os
cenários e as personagens da história para que montem a apresentação teatral. Sugira
que se organizem em pequenos grupos, conforme suas preferências, combinando que
alguns grupos vão descrever as personagens e outros os cenários. Para essa descrição
você pode oferecer duas estratégias: gravação de áudios, nos quais as crianças
descreverão oralmente as personagens e cenários, ou desenhos em folhas de papel,
nos quais serão representados as personagens e cenários. Os pequenos podem
também ouvir novamente o áudio do conto de fadas, nos grupos, parando quando
necessário. Disponha o livro da história, utilizado no Plano 1, e também de outros contos
(se tiver disponível), pois existem várias versões e traduções de uma mesma história.
Caso você tenha a possibilidade de estar junto com um outro professor, combine com
ele que cada um pode apoiar alguns pequenos grupos, por exemplo, um professor fica
responsável por pequenos grupos que estão trabalhando nos cenários e o outros por
equipes que estão trabalhando com os personagens. Caso você não tenha essa
possibilidade, combine com a turma que a partir das escolhas dos grupos vocês farão a
atividade em dois momentos, para que você possa apoiar a todos. Proponha que
enquanto os pequenos grupos de personagens trabalham com seu apoio, as demais
crianças possam se envolver com uma brincadeira de teatro, utilizando os materiais das
caixas, ou desenvolver alguma outra atividade que ele faz com autonomia e que você
julgar significativa ao grupo. Explique a todos que depois de 20 minutos haverá uma
troca: as crianças que trabalharam em pequenos grupos sobre os personagens vão
participar da atividade autônoma e você passará apoiar os que trabalharão com os
cenários. Deixe claro às crianças como se dará essa dinâmica de organização e trabalho
nos pequenos grupos.

5
Em cada pequeno grupo, as crianças definirão quais estratégias vão utilizar para
descrever personagens e cenários. De acordo com o que for escolhido (gravação em
áudio ou desenho), junto com as crianças, busque os materiais que você deixou
previamente separado e combinem como farão o registro. Se elas decidirem que vão
gravar as descrições em áudio, questione quem fará essa gravação. Se elas optarem
por desenhar, pergunte se cada criança fará de um cenário, por exemplo, ou se elas
farão de alguma outra forma. Após os combinados, instigue as crianças a falar um pouco
mais sobre cada local em que se passa a história (ou sobre características das
personagens, para os grupos que estiverem com essa atribuição). Nessa troca elas vão
expondo suas visões, que podem ser diferentes, e definirão como compor a peça teatral
do grupo.
Percebendo que as crianças não abstraíram ainda muitos elementos dos cenários ou
as características das personagens, proponha que escutem novamente o áudio ou que
vejam os livros da história.

6
No momento do registro, especialmente se for em áudio, auxilie as crianças, no pequeno
grupo, no manuseio do celular ou do gravador de voz. Em seguida, proponha que ouçam
o que foi gravado, para analisarem se precisam refazer algum trecho ou se faltam alguns
detalhes na descrição.
Se estiverem registrando as características por meio de desenhos, sugira que nos
complementem com escrita espontânea, por exemplo, com algumas falas das
personagens. Se elas preferirem, seja o escriba, registrando o que trazem nesse
momento.
Questione os grupos do cenário a respeito dos elementos e objetos que possam ter nos
locais, pois as crianças precisarão considerar essas coisas na montagem da peça
teatral. Por exemplo, no jardim do castelo (A Bela e a Fera), há flores e passarinhos. Na
casa da família da Bela se passam cenas diferentes, no portão, no quarto do pai. Há um
destaque para espelho no castelo da Fera etc.
Para os grupos das personagens, além de falar sobre características gerais da Bela,
que é linda e canta docemente, e da Fera, que é muito grande e feia; as crianças podem
descrever e reproduzir alguns diálogos. Chame atenção delas para o narrador, elemento
recorrente nos contos de fadas e essencial para a compreensão do enredo da história.
Para finalizar: Convide as crianças para ver os desenhos e ouvir os áudios dos colegas,
dialogando no grande grupo sobre o que cada pequeno grupo descreveu a respeito das
personagens e dos cenários. Se não for possível neste momento, devido à rotina do dia,
combine que vocês retomarão esses materiais para que as crianças os complementem
com as sugestões dadas pelos colegas. Solicite ajuda delas para organizar a sala e para
guardar nas caixas os materiais utilizados para a brincadeira teatral, bem como os
materiais de registro.

DESDOBRAMENTOS
As crianças normalmente gostam muito de gravar as próprias vozes e esta proposta de
encenação favorece esse recurso. Em outros momentos, elas podem imitar a voz das
personagens, gravar algumas falas, fazer o papel do narrador etc. Isso pode ajudá-las
quando precisarem definir quem fará o papel de cada personagem e do narrador. Ao
realizar essa atividade, certo modo, elas já farão pequenos ensaios.

ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
O celular é um recurso do cotidiano de quase todas as famílias, assim, se você
administra um grupo de Whatsapp dos familiares da turma, aproveite para, junto com
as crianças, contar sobre o que vocês descobriram sobre os cenários ou os
personagens do conto de fadas que vão representar e para solicitar que os pequenos,
junto com seus responsáveis, gravem áudios curtos. Eles podem fazer o papel do
narrador, descrevendo algum local da história ou algum personagem ou gravar os
diálogos e depois compartilhar a realização com a turma. Caso não seja possível,
proponha às crianças que recontem a história para alguém da família. Em seguida, o
familiar fará um desenho do conto de fadas para ser apresentado aos colegas no dia
seguinte.
PLANO DE AULA: DEFININDO O CONTO DE FADAS DA PEÇA
TEATRAL

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Escuta, fala, pensamento e imaginação

FAIXAS ETÁRIAS
Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03EF04) Recontar histórias ouvidas e planejar coletivamente roteiros de vídeos e de
encenações, definindo os contextos, os personagens, a estrutura da história.
(EI03EF08) Selecionar livros e textos de gêneros conhecidos para a leitura de um adulto
e/ou para sua própria leitura (partindo de seu repertório sobre esses textos, como a
recuperação pela memória, pela leitura das ilustrações etc.).
(EI03EF09) Levantar hipóteses em relação à linguagem escrita, realizando registros de
palavras e textos, por meio de escrita espontânea.

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios:
Para o desenvolvimento desta proposta é importante que o grupo já tenha escutado os
áudios e conversado sobre os desenhos elaborados no plano Nossa peça teatral:
Descrevendo personagens e cenários, com a descrição dos cenários e personagens do
conto escolhido pelas crianças para produzir a peça teatral. Solicite previamente às
famílias doações de roupas e sapatos usados, perucas, chapéus, acessórios variados,
painéis, objetos e elementos de decoração de festa infantil que não utilizam mais, para
serem aproveitados pelas crianças na caracterização do cenário, figurinos e
sonoplastia. Colete também materiais na própria escola de peças teatrais realizadas
pela equipe.
Assim como na atividade anterior, vamos utilizar como exemplo o conto A Bela e Fera.
Você irá reorganizar o planejamento a partir do conto escolhido por seu grupo.

ESTE PLANO FAZ PARTE DE UMA SEQUÊNCIA DE CINCO. SÃO ELES:


Nossa peça teatral: Definindo o conto de fadas
Nossa peça teatral: Descrevendo personagens e cenários
Nossa peça teatral: cenário, figurino e sonoplastia
Nossa peça teatral: O roteiro e falas das personagens
Nossa peça teatral: Ensaiar, convidar, apresentar

MATERIAIS:
Sugestão de material previamente coletado para planejamento de:
Cenografia - caixas e cilindros de papelão de diversos tamanhos, tecidos diversos,
cortinas usadas, painéis e objetos decorativos, entre outros.
Figurino - fantasias e máscaras de personagens, tecidos, roupas, sapatos e acessórios
(perucas, colares, gravatas, chapéus, lenços etc.).
Sonoplastia - Instrumentos e brinquedos sonoros, materiais de largo alcance como
tubos de pvc, latinhas, pedaços de madeira, para serem explorados na produção de
efeitos sonoros. Aparelho de som, celular. CDs disponíveis na escola para trilhas
sonoras.
Áudio e Livro do conto de fadas escolhido pelas crianças para teatralizar (Nossa peça
teatral: Definindo o conto de fadas) e, se tiver disponibilidade, ofereça outras versões
do mesmo conto para ampliar as pesquisas. Jogos de montar, massa de modelar,
fantasias e fantoches para brincarem nos espaços de atividades autônomas.
Folhas sulfites, lápis de cor, canetinhas, pincéis atômicos, fitas adesivas e cartolinas.

ESPAÇOS:
A atividade ocorrerá na própria sala do grupo. Planeje na sala um espaço maior para a
proposta de caracterização do cenário, figurinos e sonoplastia. Componha estações nas
quais as crianças irão se movimentar e explorar para conhecer os elementos de uma
peça teatral. Organize um varal com itens de figurino: fantasias, tecidos, acessórios etc.
Em uma mesa, organize os materiais para planejamento da sonoplastia: aparelho de
som e CDs, instrumentos da bandinha, brinquedos sonoros e materiais de largo alcance
que produzem sons. Em outro canto, disponha partes de cenários, mobiliários, caixas
de papelão de diversos tamanhos etc. Como a proposta é desenvolvida em pequenos
grupos, organize outros espaços para as demais crianças estarem em atividades
autônomas, como jogos e massinha de modelar. Disponha em outra mesa os livros e
materiais de suporte para as produções, como papéis, canetinhas, cola, fitas etc.

TEMPO SUGERIDO:
Aproximadamente 1hora e 30 min.

PERGUNTAS PARA GUIAR SUAS OBSERVAÇÕES:


1. De que forma as crianças organizam as ideias de caracterização dos elementos
necessários para a montagem da peça teatral? Como planejam sobre a elaboração dos
cenários, figurinos e sonoplastia?
2. Que recursos são sugeridos pelas crianças para a criação dos efeitos sonoros da
peça teatral? Como consideram brinquedos e instrumentos, materiais de largo alcance,
sons produzidos com o corpo e outros para expressar sons e emoções diversas do
conto?
3. Como as crianças usam o corpo para caracterizar as personagens do conto e suas
emoções? De que forma exploram as expressões faciais, mímicas e entonação de voz
como recursos da representação?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as
necessidades e diferenças de cada criança. Esta proposta oferece possibilidades de
escolhas que favorecem o envolvimento de todo o grupo, tanto nas caracterizações do
cenário, figurino e sonoplastia, quanto nas atividades autônomas. Favoreça a
colaboração e ajuda mútua, propondo que as crianças desenvolvam as atividades em
duplas e tendo o cuidado de promover parcerias entre crianças que se identificam e se
auxiliam quando aparecem dificuldades.

O QUE FAZER DURANTE?

1
Convide o grande grupo para sentar-se em roda com você no espaço previamente
elaborado com os materiais que serão explorados para a caracterização dos elementos
da peça teatral. Compartilhe com as crianças que, neste momento de construção da
peça, vocês irão preparar o cenário, figurinos das personagens e a sonoplastia. Para
isso você deixou alguns objetos separados para elas conhecerem, explorarem e
decidirem o que usar. Retome com as crianças os registros que elaboraram na atividade
Nossa peça teatral: Descrevendo personagens e cenários e as descrições que fizeram
dos cenários e das personagens da história por meio dos áudios e desenhos.
Conversem sobre o que elas conhecem a respeito de cenário, figurinos e sonoplastia.
instigando-as a pensar sobre estes elementos de uma peça teatral.

2
Convide as crianças para conhecerem os materiais de cada estação que você
organizou. Diga que, durante a exploração dos objetos, elas precisam pensar em todas
as coisas que já conhecem a respeito do conto de fadas A Bela e a Fera, para
identificarem objetos que podem ser usados e em qual momento da história. Percorram
juntos as estações, conversando a respeito dos materiais. Fomente as ideias da turma
com comentários e perguntas a respeito dos objetos disponíveis. Passando pela
estação de “figurino”, pode dizer: “O que temos aqui? Em que usamos esta coisa no
teatro? Vejam este tecido florido, para que ele vai servir? Aqui tem roupas, sapatos,
perucas e estes enfeites que vocês trouxeram de casa, de que forma vamos usar tudo
isso?” Passando pela estação da “sonoplastia”: “E estes instrumentos e objetos sonoros,
como vamos usar na nossa peça?E pela estação dos “cenários”: “Vejam este painel,
que local que se passa a história que podemos usá-lo?” Esteja atento às observações
e falas das crianças para conversarem mais a respeito no momento de produção nos
pequenos grupos. Mostre os materiais de suporte para as produções, como papéis,
canetinhas, cola, fitas, e combine que solicitem caso necessitem de mais algum
material.

3
Após a exploração inicial das estações, retome o grande grupo e partilhe com as
crianças que poderão escolher que elementos do teatro desejam elaborar. Proponha
que se organizem em pequenos grupos conforme suas preferências e decidam juntos
como garantir que tenha crianças para cada trabalho, pois a peça teatral precisa ter
todos estes elementos. Auxilie na formação dos grupos, para que as crianças que
necessitam de apoio encontrem parcerias produtivas e se ajudem. Diga que você já
deixou um espaço preparado na sala com atividades que são capazes de realizar
sozinhas, enquanto você estará com um pequeno grupo por vez. Faça combinados com
as crianças para que as atividades fluam com tranquilidade, como, por exemplo, falar
gentilmente com o colega se quiserem usar ou mexer em algum objeto que ele estiver
usando. Os momentos entre professor e pequeno Grupo para o planejamento e
produções do cenário, figurino e sonoplastia, acontecerão no decorrer da semana,
podendo se estender por mais dias, para que o professor dê atenção e auxílio
necessários a cada grupo. Você pode definir com as crianças quais atividades
autônomas irão realizar e selecionar os materiais que irão precisar. Combine que,
quando os pequenos grupos tiverem terminado de elaborar os elementos da peça
teatral, vocês terão um momento para que cada grupo apresente suas produções.
4
Com os pequenos grupos definidos, acompanhe um grupo enquanto os outros fazem
as atividades autônomas. Reúna-se com as crianças em torno dos materiais de cenário.
Exponha o livro de contos de fadas selecionado por elas na atividade Nossa peça
teatral: Definindo o conto de fadas, e outras versões, se tiver disponível, para o grupo
visualizar e explorar as possibilidades de encontrar materiais parecidos com o que a
ilustração da história propõe. Tenha o áudio do conto e aparelho para reproduzi-lo, caso
as crianças desejem ouvir novamente a história ou alguns trechos. Retome os registros
e descrições elaboradas nos planos anteriores para lembrarem dos locais em que a
história acontece. Problematize sobre quais precisam ser representados e o que podem
usar para isto. Combinem o que cada criança do grupo ficará responsável por fazer.
Sugira que atuem em duplas ou trios, para produzir diferentes cenários, cada parceria
fica incumbida de organizar um. Por exemplo, a casa do pai da Bela, a sala do castelo
da Fera, o jardim ou a biblioteca da Bela. Converse com as crianças sobre as
possibilidades de uso dos materiais disponíveis para que planejem como vão utilizá-los.
Possíveis falas do professor: A Bela usa um espelho para ver seu pai. Como não temos
este objeto, alguém tem alguma ideia para fazermos um? O que vocês acham destas
caixas, nós precisamos de uma mesa para o jantar da Bela e da Fera, elas podem
servir? De que jeito?

5
Convide o grupo que vai elaborar o cenário para explorar os objetos e criar os locais de
cena em que a peça irá acontecer. Enquanto elas exploram os materiais, dialogue sobre
os cenários que precisam elaborar. Observe, perceba suas necessidades de apoio
propondo auxílio entre o grupo e faça intervenções, problematizando as ações das
crianças para que pensem em elementos importantes para caracterizarem os locais da
história, o que precisam buscar ou produzir. Uma alternativa interessante para compor
um cenário de forma simples é utilizar alguns panos de cores escolhidas de acordo com
o ambiente que se quer criar e as próprias crianças compõem e representam os
elementos do cenário, como árvores, flores, pedras, animais etc. Desenhos realizados
pelas crianças em A3 podem fazer composições, com destaques para algumas partes
dos locais em que se passa a história. Organize com as crianças combinados sobre a
produção dos cenários, indicando o que já está pronto e onde será guardado, o que falta
concluir que será feito em outro dia e o que precisam antecipar para terminar. Por
exemplo, que locais temos prontos? A sala do castelo? O jardim? O que ainda
precisamos fazer? Onde podemos conseguir o que falta?

6
No momento de elaborar com outro pequeno grupo a caracterização dos figurinos das
personagens, reúna-se com as crianças em torno dos materiais disponíveis para
figurinos. Recorde com o grupo quais personagens aparecem no conto e as descrições
que já realizaram no desenvolvimento do plano Nossa peça teatral: Descrevendo
personagens e cenários desta sequência. Faça uso dos livros com o conto de fadas,
dos registros e dos desenhos e áudios que as crianças elaboraram para contextualizar
as personagens. Diga que agora é o momento do grupo montar os figurinos para a peça
teatral, explorando as possibilidades ao combinar e experimentar as peças de roupas,
sapatos, echarpes, chapéus, perucas, entre outros materiais, coletados com a
colaboração das famílias.

7
Durante a exploração e seleção dos materiais, as crianças experimentam as roupas, os
acessórios e brincam de ser as personagens da história. A ordem para a caracterização
é improvisar de forma espontânea e simples, utilizando as roupas e adereços
disponíveis, sem necessidade de pintura no rosto ou máscaras. A proposta consiste em
organizar uma estrutura cênica em que o destaque está na encenação das crianças.
Registre as manifestações e narrativas para aproveitá-las nas próximas atividades desta
sequência, como na produção do roteiro onde serão definidas as falas das personagens.
No final das caracterizações, proponha ao grupo que deem sugestões de como será
registrada a forma que eles construíram os figurinos das personagens, para poderem
compor novamente no dia da apresentação da peça. As crianças podem oferecer
diferentes possibilidades, como: desenhos ou fotografias dos colegas vestindo os
figurinos prontos ou separar cada figurino em cabides com o nome da personagem.
Decida com as crianças o que elas preferem fazer e auxilie-as neste registro e
organização.
8
Para elaborar com o último pequeno grupo a sonoplastia para a peça teatral, convide
as crianças para a estação com os objetos que podem ajudar na sonorização de alguns
elementos do conto e na escolha da trilha sonora. Diga que elas vão pensar como
acrescentar sons e músicas à história da nossa peça teatral. Sugira que escutem
novamente o áudio do conto de fadas (utilizado no plano Nossa peça teatral:
Descrevendo personagens e cenários) e diga que você fará paradas estratégicas para
observarem situações na história que podem ser sonorizadas. Proponha que sinalizem
onde acham que precisam marcar a história com algum som ou música, nas mudanças
de ambiente, nos barulhos de algum objeto ou animal, nas emoções das personagens
etc.

9
Após apontarem essas marcações, subdivida o grupo para que, em duplas, cuidem da
produção da sonoplastia. Algumas duplas exploram livremente os materiais para
investigar os sons que produzem, selecionar e decidir o que vão usar para realizar os
efeitos sonoros que precisam. Acompanhe as experiências das crianças ao testarem os
instrumentos e objetos. Problematize as situações que elas sinalizaram para serem
demarcadas com sons e instigue-as a explorarem as diversas possibilidades sonoras
que mais combinam com o efeito que desejam. Lembre-as que é possível utilizar
também sons produzidos com o próprio corpo. Podem gravar os efeitos sonoros que
produziram ou combinar como farão a reprodução no momento do teatro. Outras duplas
selecionam a trilha sonora a partir de algumas músicas (CDs ou gravações) oferecidas
pelo professor, como uma valsa para o momento de um baile, a música específica de
um personagem e um rock pop para dar um ritmo inovador ao conto. As crianças ouvem
e selecionam suas preferências para a apresentação.
Possíveis ações das crianças nesse momento: Ao explorar os cocos, uma criança
relaciona seu som com o trote do cavalo e outra pega um sino da bandinha para ser a
campainha do castelo da Fera.

PARA FINALIZAR
Após todos os pequenos grupos terem concluído a proposta, organize um momento
para que cada um conte o que elaborou e como foi feita a construção de cada elemento
da peça. As crianças que construíram os figurinos podem ficar caracterizadas, outro
grupo mostrar os cenários preparados e o grupo da sonoplastia apresentar as músicas
gravadas ou promover um reconto da história. Nesse momento de interação, as
crianças, espontaneamente, podem criar pequenas cenas da peça teatral,
representando alguns movimentos e trazendo algumas falas das personagens. Após
cada pequeno grupo apresentar sua produção, diga para o grande grupo comentar,
fazer sugestões e pensar no que está faltando providenciar para acontecer a
apresentação teatral. Enquanto as crianças apresentam suas produções, faça registros
fotográficos deste momento, para compor o painel de roteiro de ações da peça teatral
iniciado no plano “Nossa peça teatral: Definindo o conto de fadas”.

DESDOBRAMENTOS
Conforme citado no decorrer do plano, as caracterizações do cenário, figurinos e
sonoplastia, acontecerão em mais de um dia, para que você possa acompanhar a
construção das crianças e dar atenção adequada a cada pequeno grupo. Se alguma
criança manifestar interesse em participar dos três momentos de apropriação dos
componentes da peça teatral, fique aberto a isto para propiciar que ela se encontre no
assunto que mais se identifica. Conforme as produções vão sendo realizadas nos
pequenos grupos, organize um canto da sala com os elementos já criados, para que
todas conheçam, sugiram coisas e possam colaborar com os outros grupos.
ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
Elabore com o grupo um bilhete para fazer uma campanha com as famílias e toda
comunidade escolar solicitando doações de materiais necessários para a realização da
proposta desta atividade. Aproveite para contar como anda a montagem da peça teatral,
o que já fizeram e os passos que ainda terão.
PLANO DE AULA: NOSSA PEÇA TEATRAL: O ROTEIRO E
FALAS DAS PERSONAGENS

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
O eu, o outro e o nós
Escuta, fala, pensamento e imaginação
Corpo, gestos e movimentos

FAIXAS ETÁRIAS
Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03EF04) Recontar histórias ouvidas e planejar coletivamente roteiros de vídeos e de
encenações, definindo os contextos, os personagens, a estrutura da história.
(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação
e cooperação.
(EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e
jogos, escuta e reconto de histórias, atividades artísticas, entre outras possibilidades.

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios:
Esta atividade é subsequente aos demais planos desta sequência. Para sua aplicação,
é necessário que todos os pequenos grupos formados no plano Nossa peça teatral:
Cenário, figurino e sonoplastia tenham concluído a caracterização do cenário, figurino e
sonoplastia. Para distribuir as falas das personagens às crianças, será preciso que você
adeque o texto do conto de fadas para teatro. Garanta um bom texto do narrador, que
seja lido por você ou outro educador, e falas simples das personagens para as crianças.
Deixe prontas cópias das falas de cada uma das personagens, mas possibilite
improvisações e alterações das falas pelas crianças. É importante saber da
disponibilidade dos familiares para ajudar as crianças na memorização de suas falas em
casa. Como nas atividades anteriores, vamos utilizar como exemplo as etapas do plano
o conto A Bela e Fera. Você irá reorganizar o planejamento a partir do conto escolhido
por seu grupo.
ESTE PLANO FAZ PARTE DE UMA SEQUÊNCIA DE CINCO. SÃO ELES:
Nossa peça teatral: Definindo o conto de fadas
Nossa peça teatral: Descrevendo personagens e cenários
Nossa peça teatral: cenário, figurino e sonoplastia
Nossa peça teatral: O roteiro e falas das personagens
Nossa peça teatral: Ensaiar, convidar, apresentar

MATERIAIS:
Para contextualização das personagens: cenários da peça, recursos de sonoplastia e
figurinos elaborados durante o Plano Nossa peça teatral: Cenário, figurino e sonoplastia
desta sequência. Áudio do conto de fadas gravado para o Plano Nossa peça teatral:
Descrevendo personagens e cenários ou um novo áudio, se você optou em adaptar o
roteiro. Texto da história que foi previamente roteirizado; se preferir, use apenas o roteiro
escrito para ser lido por você, sendo o narrador. Aparelho de som e celular. Material
para registro e finalização: folhas sulfites, lápis de cor, canetinhas, pincéis atômicos,
fitas adesivas e cartolinas.

ESPAÇOS:
A atividade ocorrerá na própria sala do grupo. Organize a sala com os cenários e
figurinos elaborados no plano anterior, de maneira bem atrativa e envolvente. Você pode
posicionar os cenários de modo que as crianças possam se inserir neles, favorecendo
a percepção do local que os personagens devem estar conforme o desenrolar da
história. Exponha os figurinos em varais ou conforme as possibilidades. Crie um
ambiente de camarim, colocando os acessórios, perucas e chapéus em destaque.
Organize um canto para desenho com as folhas sulfites, os lápis de cor e as canetinhas
em potes, para as crianças usarem na finalização desta proposta.

TEMPO SUGERIDO:
Aproximadamente 1hora e 15 min.
Perguntas para guiar suas observações:
1. Que relatos emergem durante a interação das crianças ao resgatarem os
acontecimentos de construção desta sequência desde o início?
2. De que forma as crianças incorporam elementos às suas caracterizações das
personagens? De que maneira usam as expressões corporais e entonações de voz
representativas?
3. Como as crianças interagem no momento da distribuição dos papéis e funções na
peça teatral? Havendo conflitos durantes estas definições, de que modo são resolvidos?
PARA INCLUIR TODOS:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as
necessidades e diferenças de cada criança. Esta proposta traz o brincar para o centro
da atividade, aliado ao fato de ser uma construção do grupo (peça teatral), tornando-a
prazerosa e significativa para as crianças. Conduza os momentos de escolhas e
mudanças de personagens de forma tranquila e não como algo inflexível. Se alguma
criança não quiser experimentar estar no papel de algum personagem, ou não aceitar
fazer trocas com os colegas, proponha que façam juntos, apoiando-se.

O QUE FAZER DURANTE?

1
Convide o grande grupo para sentar-se em roda com você, no espaço previamente
elaborado com os cenários e figurinos que serão usados na apresentação da peça
teatral. Retome com as crianças todas as etapas construídas por elas até agora,
resgatando como foi a definição do conto, a descrição e composição das personagens,
cenários e sonoplastia. Interaja com elas sobre estes acontecimentos e pontue com o
grupo o que falta acontecer para que a apresentação de teatro seja realizada.
Compartilhe com a turma que chegou o momento de elaborarem o roteiro da peça
teatral, conversando sobre a atribuição das crianças aos personagens na história e a
definição de suas falas.

2
Ainda em roda com o grande grupo, convide as crianças para brincar de imitar as
personagens da história. Diga a elas que, para recordarem os diálogos que ocorrem na
história e a forma de falar de cada personagem, você irá colocar o áudio do conto de
fadas gravado para o desenvolvimento do Plano Nossa peça teatral: Descrevendo
personagens e cenários para ouvirem novamente. Diga que elas podem solicitar pausas
ou pedir repetição de alguma parte, caso queiram. Neste momento, as crianças, ao
ouvirem o áudio, já vão imitando as personagens repetindo junto às suas falas. Observe
as preferências demonstradas, pois, espontaneamente, as crianças vão indicando suas
afinidades às características das personagens.
Diga para elas que, para a apresentação, você poderá ser o narrador da peça teatral,
lendo o enredo da história e acompanhando as falas das personagens durante os
diálogos. Se houver em sua turma alguma criança que já saiba ler e queria ser o
narrador pode fazer esse papel ou dividir com você. O grupo pode definir se o narrador
terá alguma caracterização ou algum figurino específico, e, conforme as ideias surgirem,
podem pensam na elaboração. Por exemplo, o narrador pode ser um dos móveis
enfeitiçados do castelo, ou mesmo uma personagem da aldeia da Bela, que conta a
história para um grupo de crianças.

3
Após aproveitarem o áudio do conto para marcar as formas de se expressar de cada
uma das personagens, proponha ao grupo que organizem o espaço com o cenário, os
recursos para a sonoplastia, os figurinos elaborados durante as atividades do Plano
Nossa peça teatral: Cenário, figurino e sonoplastia e outros acessórios e tecidos que
tiverem disponíveis. Propicie um momento de encenação livre. Desta vez, ao invés do
áudio, você pode ser o narrador, marcando as cenas do conto enquanto as crianças,
como uma gostosa brincadeira, vão representando as personagens, podendo revezar
de papéis e ter mais de uma criança representando a mesma personagem. As crianças
podem utilizar ou não os figurinos ou de parte deles, combinando com os colegas seus
usos, caso queiram trocar em algum momento.

4
Durante o brincar indique que percebam onde ocorre alguns diálogos da história, para
que se coloquem junto aos diferentes cenários. Quem desejar, pode ocupar a função do
sonoplasta, fazendo os efeitos sonoros com alguns objetos e reproduzindo as canções
que já escolheram para a história. É um momento livre, mas esteja atento às ações,
interações e possíveis conflitos que surjam, intervindo de forma que encaminhe
resoluções através de diálogos e combinados coletivos. Observe se alguma criança não
demonstra interesse por nenhum papel e diga que precisa de alguém para registrar as
falas que surgem das personagens. Sugira que ela o auxilie gravando as cenas que se
desenrolam durante a brincadeira. Se alguma criança manifestar interesse em ser o
narrador, favoreça essa atuação, auxiliando-a no encadeamento da história.

5
Após a brincadeira e todas as crianças terem feito o papel das personagens que
quiseram, retome com o grande grupo e converse sobre a distribuição das falas e
demais funções da peça teatral. Partilhe com elas que toda apresentação de teatro
precisa de muitas pessoas na montagem e organização. Diga que cada uma delas
poderá escolher como irá participar da peça e que, além das personagens, as outras
atividades também são bem legais e importantes. Exponha que elas podem escolher
fazer uma destas funções, sendo elas: o roupeiro, que cuida e prepara as roupas para
as personagens se trocarem; o cabeleireiro, que cuida das perucas e penteados dos
atores; o assistente, que organiza a saída e entrada das personagens, avisando quando
é o momento delas entrarem em cena ou mudarem de roupa; alguém que ficará
responsável pela sonoplastia, cuidando dos efeitos e da trilha sonora; o recepcionista,
que toma conta da bilheteria e recebe a plateia para assistir à peça teatral.

6
Compartilhado com a turma as funções existentes para preparar a apresentação da
peça teatral, convide o grande grupo para se organizar, registrando em um cartaz. Como
escriba do grupo, faça uma relação de todas as atividades que as crianças levantaram
na etapa anterior. Defina com elas quais serão as personagens que farão parte da
encenação, que poderá depender do roteiro e da versão do conto que utilizarem: a Bela,
a Fera, o pai da Bela, o Gastão, seu ajudante, o Lumier e o relógio ou a mamãe bule de
chá e a bruxa. Conforme as crianças forem manifestando interesse por uma atividade
ou atuação, relacione o nome dela a frente da escolha. Caso mais de uma criança queira
ser a personagem, divida as falas para que uma participe em algumas cenas e outra
participe nas demais. Verifique com elas se todas as funções e personagens foram
contemplados, propondo negociações e trocas, se necessário.

7
Após estarem atribuídas as funções da peça teatral para todas as crianças do grupo,
problematize com o grande grupo sobre quais serão os próximos passos na montagem
da peça. Coloque algumas ideias para as crianças darem opiniões, como, por exemplo,
agora que já definimos quem será as personagens, qual é o próximo passo? O que
precisamos fazer para que nossa peça teatral seja apresentada?
Compartilhe com as crianças que você preparou cópias das falas das personagens para
elas levarem para casa e treinarem com a ajuda da família. Diga que vocês farão
ensaios durante alguns dias para se prepararem para a apresentação da peça teatral.
Para finalizar: Proponha que, para finalizar a proposta do dia, você gostaria que todas
as crianças fizessem um desenho sobre como foi a brincadeira de ser uma personagem
ou de ter outra função no teatro. Combine que elas podem levar a produção para casa,
junto com um bilhete que irão criar, para compartilhar com seus familiares como anda a
montagem da peça teatral, a distribuição das falas e demais funções definidas durante
esta atividade.
DESDOBRAMENTOS
Ofereça o áudio do conto de fadas no momento do brincar, para as crianças fazerem
mímicas da fala das personagens ou intercalar com a brincadeira.
Programe para alguns dias após a aplicação desta proposta alguns ensaios das falas e
da sonoplastia. Organize combinados com a coordenação e direção da escola quanto
ao uso do espaço (teatro, palco), se houver em sua escola, aparelhagem de som,
parceiros para colaborarem com a organização no dia da apresentação da peça teatral
etc. Verifique e providencie o que falta para finalizar a montagem, articulando outras
propostas com as crianças, conforme necessidades.

ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
Elabore um bilhete com as crianças para ser anexado ao desenho da proposta,
contando aos familiares como foi realizada a atividade do dia. Evidencie todas as
funções que existem para a organização da peça teatral e a forma como foi definida a
participação de cada uma das crianças. Coloque que você está enviando as falas das
personagens para as famílias treinarem com as crianças em casa, em preparação para
a apresentação.
PLANO DE AULA: NOSSA PEÇA TEATRAL: ENSAIAR,
CONVIDAR, APRESENTAR

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Corpo, gestos e movimentos
Traços, sons, cores e formas

FAIXAS ETÁRIAS
Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos,
sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança,
teatro, música.
(EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e
jogos, escuta e reconto de histórias, atividades artísticas, entre outras possibilidades.
(EI03TS01) Utilizar sons produzidos por materiais, objetos e instrumentos musicais
durante brincadeiras de faz de conta, encenações, criações musicais, festas.

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios:
Para a realização desta atividade, várias ações anteriores são necessárias:
memorização das falas junto aos familiares, alguns ensaios, definição com as crianças
do local para apresentar a peça e quem serão os convidados (indicamos que seja
apresentada primeiramente para as outras turmas da escola, dividindo em horários ou
diferentes dias, dependendo do número de crianças), produção dos convites e
deslocamento prévio dos materiais ao local da apresentação. Faça combinados com a
gestão da escola sobre o uso do espaço escolhido, definição de data e horário e
parceiros para colaborarem com a organização e no momento da apresentação (se não
tiver a disponibilidade de algum educador para auxiliá-lo, solicite à algum familiar das
crianças). Para a produção dos convites, é importante oferecer modelos e mesclar
partes em que as crianças possam escrever (ou copiar) com outras com o professor
como escriba. De acordo com as propostas anteriores, vamos utilizar como exemplo as
etapas do plano “o conto A Bela e Fera”. Você irá reorganizar o planejamento a partir
do conto escolhido por seu grupo.
Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:
Nossa peça teatral: Definindo o conto de fadas
Nossa peça teatral: Descrevendo personagens e cenários
Nossa peça teatral: cenário, figurino e sonoplastia
Nossa peça teatral: O roteiro e falas das personagens
Nossa peça teatral: Ensaiar, convidar, apresentar

MATERIAIS:
Cenários da peça, recursos de sonoplastia (instrumentos, materiais selecionados para
os efeitos sonoros, CD ou gravação da trilha sonora) e figurinos (roupas, fantasias, e
acessórios) elaborados no decorrer da Sequência (no plano: Nossa peça teatral:
Descrevendo personagens e cenários). Aparelho de som, celular, microfones,
amplificador (dependendo do local que for a apresentação), lanternas ou abajures como
opção à iluminação. Caso a apresentação não ocorra em um espaço específico para
teatro, como auditório ou teatro de arena, serão necessárias cadeiras, bancos, tapetes
ou almofadas, organizados no local escolhido pelas crianças. Para a confecção da
listagem, cartolina, pincel atômico e materiais diversos acondicionados em uma caixa,
que serão necessários para a montagem dos cenários etc., como: papéis diversos,
pedaços de tecido, canetinhas, pincéis atômicos, fitas adesivas, papel pardo, entre
outros. Câmera ou celular para registro da apresentação teatral.

ESPAÇOS:
A atividade ocorrerá no espaço escolhido pelas crianças (mesmo que a escola tenha
um local específico para teatro), podendo ser em um auditório (se houver), no refeitório
ou em alguma sala ampla, de forma a acomodar a plateia durante a apresentação.
Antecipe a colocação dos materiais do cenário, a sonoplastia, os figurinos e caixa com
materiais diversos, para serem organizados junto com as crianças. Deixe previamente
organizadas as cadeiras, tapetes e almofadas, para acomodação da plateia (caso seja
um local que não tenha estes elementos). O preparo do local e organização dos
materiais farão parte da atividade com as crianças. Para a conversa inicial será utilizada
a sala de atividades do grupo.

TEMPO SUGERIDO:
Aproximadamente 1 hora e 30 minutos para a organização e ensaio final. Em seguida,
será necessário mais um tempo para a apresentação (depende da montagem
elaborada) para s outras turmas da escola, que se dará em horário estipulado
previamente com a Equipe Escolar.
Perguntas para guiar suas observações:
1. Quais são as ideias que as crianças compartilham sobre a construção da peça
teatral? Que momentos da sequência se mostram mais significativos para elas?
2. Na etapa de organização do ambiente para a apresentação da peça teatral, que
soluções são propostas pelas crianças? De que forma elas interagem nos pequenos
grupos, como planejam o espaço e colocação dos materiais?
3. Durante a apresentação da peça, como se dá o envolvimento de todo o grupo na
atividade? Quais expressões corporais e verbais são utilizadas para a encenação e para
as demais funções, como sonoplastia, recepção à plateia, de apoio, registro etc.?

PARA INCLUIR TODOS:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as
necessidades e diferenças de cada criança. Garanta que todas as crianças manifestem
suas opiniões nas rodas de conversa e no desenvolvimento das ações planejadas no
grupo. Ofereça apoio e parceria nas propostas da atividade. Tenha sempre o cuidado
de adequar as duplas ou trios, se necessário, favorecendo parcerias e ajudas mútuas.
Caso alguma criança sinta-se insegura e não queira fazer parte da atuação na peça
teatral, sugira que se integre a outra equipe ou em outra função das diversas
possibilidades existentes nesta proposta.

O QUE FAZER DURANTE?

1
Convide o grande grupo para se acomodar próximo ao painel ou varal que vocês têm
alimentado com registros das experiências vivenciadas durante a montagem da peça
teatral. Recorde com a turma todos os acontecimentos da construção até aqui. Acolha
as falas das crianças e acrescente também as suas percepções, destacando os
momentos importantes que marcaram o grupo. Favoreça comentários utilizando-se das
fotografias, dos desenhos, dos áudios e dos demais registros que foram elaborados no
processo de construção da Peça Teatral, partilhando com as crianças o valor e
significado da produção coletiva.
2
Após relembrarem os contextos desta sequência, compartilhe com o grupo que chegou
o momento de vocês apresentarem a Peça Teatral e, para isso, precisam concluir a
organização do espaço, dos materiais e verificarem os detalhes finais. Retome as
listagens anteriores, do roteiro, das personagens e funções que as crianças escolheram
(Nossa peça teatral: O roteiro e falas das personagens) e faça com a turma (você como
escriba) uma nova listagem do que precisam organizar e conferir, como o espaço da
encenação, cenário, som e acomodação da plateia. Façam alguns combinados para
que as atividades sejam realizadas em pequenos grupos de maneira colaborativa.
Converse com as crianças sobre como podem reforçar o convite já enviado às outras
turmas, lembrando o horário e local em que será a apresentação e qual a história que
será dramatizada. Sugira que uma dupla ou trio passe pelas salas falando sobre o
espetáculo, criando, assim, um clima de envolvimento entre as crianças que farão a
dramatização da peça e os que assistirão. Dependendo da faixa etária do seu grupo e
autonomia para isso, será necessário outro educador acompanhando-as nessa tarefa.
Enquanto um grupo reforça o convite, organize junto às demais crianças o espaço para
a apresentação do grupo.

3
Tendo compartilhado com o grande grupo a proposta do dia, convide as crianças para
irem ao local onde se dará a apresentação, levando a listagem produzida com o grupo
para pautar as ações. É o momento de organizar os materiais e arranjar alguns detalhes
que, por acaso, ainda não estejam prontos (como algo que faltou no cenário, improvisar
alguma roupa ou uma cortina com tecidos, conferir os aparelhos e objetos da
sonoplastia etc.). Mostre para as crianças que alí já estão os materiais que produziram
antes e uma caixa com outros diversos que elas podem precisar para esta finalização.
Revendo a listagem, façam combinados de quem organizará cada coisa, por exemplo,
os cenários, os figurinos e o local da sonoplastia. Proponha que se organizem
novamente como estavam nos pequenos grupos montados para as atividades do plano
Nossa peça teatral: cenário, figurino e sonoplastia, para realizar agora essas ações.
Defina com as crianças onde organizarão o “palco” para a apresentação cênica, onde
ficará a sonoplastia e o onde poderá ser montado o camarim, para os artistas vão se
preparar.

4
Enquanto as crianças trabalham nos pequenos grupos, observe como interagem e como
organizam os espaços e materiais, auxiliando-as conforme solicitarem e necessitarem.
O outro educador, ou algum familiar que estiver com você, também deve ficar atento às
necessidades das crianças. Ofereça alguns materiais que podem ajudá-los em algum
momento, como tecidos, lanternas para iluminação etc. Auxilie no teste dos
equipamentos de som e na conferência de alguns elementos, como: verificar se as
roupas das personagens estão em ordem nos cabides, se a mesa de sonoplastia
contém todos os objetos que vão precisar para os efeitos sonoros, se os elementos dos
cenários estão montados de maneira que os artistas possam se deslocar bem durante
a peça etc. Comunique quando estiverem há cinco minutos do tempo previsto para esta
etapa, para que possam concluir a montagem e organização.
Possíveis ações das crianças neste momento: O pequeno grupo que está organizando
o camarim menciona que as personagens não podem se preparar ali junto da plateia e
precisam colocar uma cortina para esconder os figurinos.

5
Após todos os pequenos grupos terem concluído suas partes na organização e as
crianças que foram reforçar o convite nas salas terem retornado, promova o
reconhecimento do ambiente com o grande grupo. Confira junto aos alunos se está tudo
organizado para a apresentação e definam onde cada criança deverá ficar para realizar
sua função no teatro. Os papéis já foram construídos e definidos ao longo das atividades
da sequência, mas, caso alguma criança queira trocar de função, não há problema.
Retomem que precisam ter responsáveis para: sonoplastia, iluminação, orientar as
personagens na entrada das cenas, receber a plateia e anunciar o teatro. Quanto às
personagens, é importante que se mantenham para garantir as falas já ensaiadas.
Porém, como você deve ter garantido mais de uma criança para cada personagem, não
há problema se alguém declinar do papel. É normal que algumas crianças fiquem
inseguras neste momento. Incentive-as a fazerem juntas a personagem, uma apoiando
a outra. Se, mesmo assim, a criança ainda não quiser, tudo bem. Como provavelmente
você fará o papel do narrador da história, pergunte quem gostaria de ser o fotógrafo do
teatro, que deverá tirar as fotos da apresentação. Se tiver mais equipamentos
disponíveis, pode ter duas ou mais crianças ocupando esta função de tirar fotos e filmar.
Se nenhuma criança quiser ocupar esta função, solicite que o professor da outra turma
registre para vocês.

6
Com todas as crianças ocupando seus lugares, proponha que experimentem os efeitos,
a trilha sonora, a iluminação com as lanternas etc., e iniciem os registros com fotos dos
cenários. Enquanto isso, diga para algumas crianças (e o outro educador ou familiar)
auxiliarem as personagens a colocarem suas roupas e adereços (é ideal que sejam
simples e fáceis de colocar, sem necessidade de trocas). Assim que estiverem vestidas,
proponha um rápido ensaio, que não precisa ser de toda a peça, para testarem a
localização e deslocamento das crianças no palco e algumas falas e movimentos das
personagens com os adereços. Realize a narração de um trecho marcante da história,
ao qual combinaram de ter efeito sonoro, para a equipe de sonoplastia entrar em ação.
Lembre-se que poderão ter mais de uma criança sendo a mesma personagem. Elas
podem falar juntas ou uma fala enquanto as demais se expressam corporalmente,
conforme as escolhas das crianças durante os ensaios prévios. As que escolheram fazer
a iluminação devem experimentar os movimentos necessários para direcionar a luz, sem
atrapalhar os colegas que estão encenando. Algumas crianças que estão responsáveis
por receber os convidados devem combinar como vão recebê-los e auxiliá-los na
acomodação nas cadeiras ou almofadas.

7
Chegou o momento tão esperado pelas crianças: de encenarem a peça teatral que
planejaram, construíram e ensaiaram durante vários dias e semanas. Diga a elas que
está muito feliz e orgulhoso pelo trabalho que realizaram e que o teatro da Bela e da
Fera vai sair muito legal! Escute o que elas têm a dizer sobre esse momento, suas
emoções e expectativas. Ressalte que o apoio entre elas é fundamental para tudo dar
certo. Enquanto a outra turma chega, algumas crianças devem ficar atentas para
recebê-la com alegria e acomodando a plateia no local. Peça para que as professoras
das outras turmas auxiliem nessa ação. Após tudo organizado, é hora de o espetáculo
começar! As crianças que ficaram responsáveis por anunciar a peça teatral podem dizer
o que combinaram, algo como: estamos felizes por vocês estarem aqui para assistirem
nossa Peça Teatral. Vamos agora apresentar “A Bela e a Fera”!!!

8
Se você estiver no papel do narrador, o outro educador ou familiar deverá ficar atento
às necessidades das crianças de forma tranquila. Se precisar, você pode ajudar alguma
criança em sua fala, ou, como narrador, complementar o que for necessário para
completar o enredo da peça. Se alguma criança ficar parada no meio da cena, você
pode dar a mão a ela e fazer junto a expressão corporal que seria realizada. Por
exemplo: a Bela esqueceu que é o momento de pegar o espelho de onde vê o seu pai,
então vá com ela até o espelho e diga que neste momento a Bela fica muito triste porque,
ao ver no espelho, percebe que seu pai está muito doente. Os professores presentes
devem ficar atentos às necessidades das crianças de suas respectivas turmas,
observando e acolhendo alguma que possa sentir medo, chorar ou manifestar alguma
emoção desagradável.

PARA FINALIZAR
Após o término da apresentação da Peça Teatral, convide todas as crianças para a
saudação da plateia. Proponha que cada uma fale seu nome e a função que ocupou no
teatro. Diga para que se acomodem no local da apresentação próximos à plateia. Com
a parceria dos demais professores, convide as crianças que assistiram a falarem sobre
a peça: que personagens gostaram, que parte acharam mais legal, se sentiram medo
em algum momento etc. Se o espaço for amplo, possibilite maior interação entre as
crianças de sua turma e as que assistiram, propondo que seu grupo convide as outras
turmas a conhecerem o teatro que produziram, verem os cenários, manipularem os
objetos sonoros e as fontes de iluminação. Você pode colocar a música principal da
trilha sonora e dançar junto às crianças. Após essa descontraída interação entre o grupo
do teatro e a plateia, cada turma deve ir se retirando acompanhada de seu professor.

DESDOBRAMENTOS
Se não foi possível atender à todas as turmas neste dia, combine com a equipe da
escola outro dia, para que todas tenham a oportunidade de assistir ao teatro. Da mesma
forma, realize o agendamento para os familiares (em algum dia de evento da escola ou
reunião de pais), se for desejo das crianças. Promova uma roda de conversa com sua
turma para avaliação do processo de construção do teatro. Utilize, para isso, as fotos e
vídeos do dia da apresentação e de todas as etapas. As crianças podem fazer registros
do que vivenciaram e de suas emoções por meio de diversas linguagens e tecnologias,
como desenho, recorte e colagem, modelagem, escrita, áudios, vídeos, entre outros. Se
perceber que as crianças se motivaram com esta proposta, planeje outras situações de
construção de teatro com outras histórias e recursos, como teatro de máscaras, de
fantoches, de sombra etc.

ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
Além da participação das famílias durante o processo de construção da Peça Teatral,
colaborando com alguns recursos, adereços, treinos das falas, auxílio no dia da
apresentação etc., procure garantir uma data para a apresentação do Teatro aos
familiares, realizando com as crianças o mesmo processo. Em futuras montagens
teatrais com o grupo, você pode inserir a participação de familiares que estejam
disponíveis. Eles podem representar, tocar algum instrumento, elaborar com as crianças
o figurino, o cenário ou fantoches e máscaras, dependendo da linguagem que será
utilizada. Se a escola fizer uso de Redes Sociais para divulgação de seu trabalho
pedagógico, poste fotos e vídeos nos canais, como Facebook, site, blog, instagram etc.
PLANO DE AULA: ACAMPAMENTO NA ÁREA EXTERNA

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Corpo, gestos e movimentos
Escuta, fala, pensamento e imaginação
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

FAIXAS ETÁRIAS
Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03CG04) Adotar hábitos de autocuidado relacionados a higiene, alimentação,
conforto e aparência.
(EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da
linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de
expressão.
(EI03ET01) Estabelecer relações de comparação entre objetos, observando suas
propriedades.

O QUE FAZER ANTES?

Contextos prévios:
Nesta atividade será utilizada uma mochila com objetos para acampar como disparador
de uma conversa sobre o tema, despertando o interesse e a curiosidade das crianças.
Se desejar, você pode vestir uma roupa esportiva, como bermuda e tênis e usar um
chapéu ou boné, caracterizando-se para ir acampar, com a mochila nas costas.
MATERIAIS:
1) Uma mochila para ser usada na roda, com objetos dentro dela que remetam a um
acampamento, tais como: saco de dormir, lanterna, bússola, cantil ou outra garrafa com
água, repelente, protetor solar, papel higiênico, sabonete, escova e pasta de dente,
toalha, cordas, um livro, máquina fotográfica, canga ou outro tecido para montagem de
uma barraca (lençol velho, por exemplo), kit de prato, caneca e talheres. Se possível,
algumas outras mochilas com o mesmo conteúdo para serem utilizadas no momento da
brincadeira pelas crianças.
2) Cordas, barbantes, tecidos e tesouras como recursos para as construções. Esses
materiais podem estar organizados em uma caixa no parque ou no pátio externo onde
acontecerá a brincadeira.
3) Equipamentos e materiais para realizar registros de imagens e escritos.

ESPAÇOS:
Planeje que a atividade ocorra no parque da escola ou na área externa. Se houver um
espaço gramado ou arborizado, dê preferência para ele, pois tornará a brincadeira de
acampar mais real,prazerosa e estimulante.

TEMPO SUGERIDO:
Entre uma hora e uma hora e 30 minutos, dependendo do envolvimento da turma.

PERGUNTAS PARA GUIAR SUAS OBSERVAÇÕES:


1. Como as crianças expressam os conhecimentos, as experiências anteriores e as
curiosidades sobre o tema acampamento? Que relações estabelecem a partir dos
objetos retirados da mochila?
2. Que hipóteses são levantadas nas construções dos elementos do ambiente do
acampamento e como são testadas? Como as crianças expressam suas ideias e se
comunicam com os colegas, construindo a brincadeira coletiva?
3. Em que momentos da brincadeira o autocuidado se faz presente? Que ações e falas
indicam atenção à higiene e ao conforto?

PARA INCLUIR TODOS:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Por se tratar de uma
exploração livre de materiais diversos, incluindo elementos naturais, as crianças têm
múltiplas possibilidades de envolvimento e interação, conforme suas preferências. Ao
retirar os pertences da mochila e durante a organização do acampamento, incentive as
crianças a manipularem os objetos e a narrarem as descobertas que fazem,
descrevendo as características deles.

O QUE FAZER DURANTE?


1
Com a turma na sala, conte que todos farão uma atividade em outro espaço e convide
as crianças para ir até lá. Pegue a mochila (previamente organizada), coloque-a nas
costas e não comente nada com as crianças.
Observe se sua ação provoca curiosidade ou observações por parte da turma. Algumas
crianças podem perguntar por que você está levando uma mochila, o que tem dentro
etc. Converse com elas, instigando suas hipóteses sobre o que acham quehá dentroda
mochilae sigam caminhando até chegarem ao local da brincadeira. Reúnam-se em um
espaço agradável, em grande grupo. Comente que algumas crianças estão querendo
saber o que há na mochila e que já deram algumas ideias sobre o que pode estar dentro
dela. Convide-as a socializar as hipóteses e, em seguida, dialoguem sobre as
possibilidades levantadas pelas crianças. Com a ajuda delas, tire os objetos da
mochila.Favoreça que explorem os recursos usando os diferentes sentidos (audição,
visão, tato, olfato). Troquem ideias sobre o que é cada um deles, o nome, para que
serve e envolva-as, problematizando e fazendo provocações sobre onde e em que
situaçãopodem utilizar os materiais que você trouxe na mochila. Provavelmente as
crianças dirão que podem usar para fazer uma trilha ou um acampamento. Diante disso,
compartilhem experiências e conhecimentos a respeito do tema acampamento. Alguém
já acampou? Onde? Já viram algum vídeo, imagem de acampamento? O que tem em
um acampamento?

2
Retome a conversa sobre os pertences que estavam na mochila e levante com as
crianças em que situação se usa cada um deles ao acampar. Por exemplo, será que é
importante levar um livro? Vocês levariam? Para que? Aqui tem itens de cuidados
pessoais, mas onde fica o banheiro do acampamento? Onde podemos fazer nossa
higiene pessoal? Diga às crianças que você trouxe a mochila pensando que poderiam
brincar de acampar hoje. Pergunte o que acham da ideia, onde seria mais legal fazê-lo
e como poderiam organizar o espaço para montar um acampamento. Problematize
sobre onde irão acampar: uma praia, montanha, floresta, próximo a um lago, cachoeira,
rio etc. Planejem o que haverá nele e quais recursos naturais ou artificiais podem coletar
para as construções. Pensem sobre as ações no acampamento. O que as pessoas
costumam fazer? Elas cozinham, cantam, contam histórias, pescam? Levante hipóteses
e sugestões, envolvendo-as na socialização das ideias para a construção de cenários,
enredos e brincadeiras. Mostre os recursos que você separou previamente e que podem
ser úteis: tecidos, cordas, barbantes e tesouras. Procure garantir ao máximo que as
crianças sejam as protagonistas das conversas, das trocas e da produção de ideias!
Esteja sempre atento para apoiar conversas e ideias com novas provocações, com
informações necessárias, com socializações entre elas e com a promoção de relações
entre o que falam.

3
As crianças iniciam seus projetos, organizando-se espontaneamente em duplas,
pequenos grupos, ou podem ainda optar por brincar sozinhas.
Enquanto as crianças montam o acampamento, observe quais critérios utilizam na
seleção de objetos e materiais. Que diálogos, trocas de ideias e conhecimentos estão
acontecendo? Estão seguindo o planejamento que fizeram inicialmente em relação ao
uso do espaço e estão construindo elementos para agregar à brincadeira de acampar?
Dentro do grupo há divisão de tarefas, por exemplo, algumas crianças constroem a
barraca enquanto outra está colhendo gravetos para a fogueira? Os pequenos
cooperam uns com os outros? Compartilham suas ideias e pedem a ajuda dos colegas?
Diante dos desafios, como reagem, desistem e procuram outra tarefa ou buscam
resolvê-los utilizando outras estratégias? Observe as crianças que brincam sozinhas,
como estão construindo a brincadeira, os recursos estão utilizando, seus gestos e
expressões. Faça registros que guiarão suas intervenções a partir das necessidades e
possibilidades dos pequenos.

4
Circule pelo espaço e interaja com as crianças. Ofereça apoio nas construções mais
desafiantes, seja ajudando-as diretamente ou instigando-as a pensar em materiais que
poderiam usar, ou talvez um deslocamento para outro local mais adequado para o tipo
de brincadeira que estejam construindo. Relembre o planejamento e as conversas
iniciais sobre como seria o acampamento e os elementos que iam construir. Sugira que
uma criança que está tendo alguma dificuldade, por exemplo, de montar uma barraca,
pergunte a um colega que já realizou tal projeto.

5
Quando o acampamento estiver montado, as crianças vão brincar de acampar. Brinque
em alguns grupos, atentando-se para participar a partir do enredo criado pelos
pequenos, ao mesmo tempo em que você trará elementos novos para a brincadeira.
Por exemplo, se as crianças construíram uma fogueira mas não a usaram, comece a
cozinhar algo usando a fogueira e inclua as crianças, convidando-as e experimentar o
que você preparou.
Caso alguma criança ou grupo não tenha se envolvido na brincadeira de acampar,
pergunte se não deseja explorar uma aventura diferente hoje, se gostaria da sua ajuda
na construção de uma barraca para acamparem juntos,ou de ir nadar na praia junto com
algum colega. Você pode ainda propor que ela fotografe o local, a paisagem, pois
sempre que acampamos tiramos muitas fotos.

6
Quando o tempo proposto para a brincadeira estiver terminando, avise as crianças.
Após alguns minutos, convide-as para se reunir com você, no grande grupo, para que
possam conversar sobre a vivência.Se foi criada uma fogueira, aproveitem-na para uma
conversa ao redor dela, organizando com as crianças o local para se sentarem, com
tecidos, pedaços de madeira etc.Dialoguem sobre as experiências na brincadeira: como
foi a construção do acampamento, o que fizeram enquanto estavam acampados, aonde
realizaram a higiene pessoal, com quem estavam acampando, que local exploraram, do
que mais gostaram, quais desafios enfrentaram, o que gostariam de utilizar e que não
encontraram no espaço. Compartilhem as vivências, dando oportunidade para que
todos se expressem.

PARA FINALIZAR:
Ainda no clima da brincadeira, diga às crianças que agora vocês darão sequência à
rotina do dia e que como todos estão em um acampamento, é necessário encontrar uma
fonte de água. Onde irão lavar as mãos? Envolvidos na brincadeira, busquem uma
torneira, uma mangueira ou uma pia que tenha no espaço e lavem as mãos como se
estivessem em uma cachoeira ou em um rio e passem para a próxima atividade do dia.

DESDOBRAMENTOS
Esta atividade pode ser repetida várias vezes com a turma. A cada vez que forem
acampar, vocês podem combinar um local diferente (praia, montanha, próximo a uma
cachoeira etc.) e coletar objetos específicos para o local. Podem também combinar a
criação de um canto permanente no parque com o tema acampamento e planejar que
a atividade aconteça com outras turmas da escola, já que muitas vezes crianças de
diferentes grupos estão na área externa ou no parque juntas. Para isso, programe ações
junto a outros professores da escola.

ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
Você pode envolver as famíliaspor meio de um registro enviado para casa, contando
sobre a vivência. Ele pode iniciar com a seguinte frase: Hoje nós acampamos na escola
e fizemos... Assim, as crianças poderão utilizar a escrita espontânea e o desenho como
expressão. Junto ao registro dos pequenos, peça que os familiares colaborem na
ampliação do repertório do grupo sobre o tema, enviando fotos e vídeos de
acampamentos ou sugestões de links interessantes sobre o assunto. A partir do material
enviado pelos responsáveis, as crianças poderão estabelecer novas formas de brincar
de acampar.
.
PLANO DE AULA: EXPLORANDO AS LETRAS DAS CIRANDAS
DE RODA

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações
Escuta, fala, pensamento e imaginação

FAIXAS ETÁRIAS
Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI02ET06) Utilizar conceitos básicos de tempo (agora, antes, durante, depois, ontem,
hoje, amanhã, lento, rápido, depressa, devagar).
(EI02EF02) Identificar e criar diferentes sons e reconhecer rimas e aliterações em
cantigas de roda e textos poéticos.

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios:
Para realizar esta atividade é necessário que as crianças já conheçam um certo
repertório de cirandas de roda, tenham memorizado algumas letras e feito em outro
momento uma votação para escolher duas cirandas para o professor escrever a letra da
música e registrado com fotos, pequenos vídeos e anotações de falas das crianças
nesse momento da votação para retomar algumas considerações no decorrer desta
proposta.

Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:


Brincando com cantigas de rodas conhecidas
Pesquisa sobre cirandas
Conhecendo a ciranda Coco de roda
Conhecendo a ciranda Cacuriá do Maranhão

Explorando as letras das cirandas de roda

MATERIAIS:
Cartazes em papel cartolina com as letras das cirandas escolhidas pelas crianças, fita
adesiva. Cópias impressas das letras das cirandas em tamanho A4, considerando o
tamanho da turma. Duas fichas pequenas de papéis cartolina (ou outro que tenha
disponível) em duas cores diferentes e uma caixa de papelão pequena para o sorteio.
Registros feitos no dia da votação das cirandas (fotos, pequenos vídeos, anotações de
falas das crianças). Instrumentos sonoros.

ESPAÇOS:
A atividade pode ser realizada na sala ou em um espaço na área externa como pátio,
área verde ou solário. Cole em uma parede e na altura das crianças os cartazes com a
letra das cirandas. Organize próximo aos cartazes os papéis A-4 e os instrumentos
sonoros. Deixe o centro livre para as crianças dançarem.

TEMPO SUGERIDO:
Entre 40 minutos e uma hora.

PERGUNTAS PARA GUIAR SUAS OBSERVAÇÕES:


1. Como as crianças brincam com as letras das músicas? Identificam as rimas e as
repetem? Criam outras rimas? Usam instrumentos sonoros ou outros objetos para criar
diferentes sons acompanhando a leitura das letras?
2. Como as crianças demonstram interesse em escutar a leitura das cirandas de roda?
Elas interagem por meio da fala durante o canto/leitura? Dançam acompanhando com
gestos os movimentos indicados nas letras das cirandas?
3. De que forma percebem e utilizam conceitos básicos de tempo (agora, antes, durante,
depois, lento rápido, depressa, devagar) durante os momentos da atividade?

PARA INCLUIR TODOS:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Caso alguma criança tenha
preferência por um dos momentos e queira fazer parte exclusivamente do grupo de
leitura ou do grupo de dança, aponte como referência a satisfação de outra criança que
esteja no grupo oposto ou incentive que um colega apoie o outro, convidando-o para
participar dos dois momentos da atividade. Perceba os interesses das crianças e as
apoie em suas escolhas.

O QUE FAZER DURANTE?


1
Reúna as crianças em grande grupo próximas aos cartazes com as letras das cirandas
e das cópias em tamanho A4 e pergunte aos pequenos se imaginam qual será a
atividade de hoje. Observe que as crianças podem se aproximar dos cartazes tocando-
os, imitando uma leitura. Algumas podem falar que a atividade é de contação de história,
apontando para os cartazes, outras podem se lembrar de que escolheram duas letras
de cirandas para você escrever no cartaz no dia anterior. Faça um suspense, dê pistas
para que elas queiram descobrir e escute as hipóteses levantadas por elas.
Possíveis falas do professor neste momento: O que será que tem escrito nesses
cartazes? Ah! você acha que é uma história? Pode ser uma receita também! Ou será
que é a letra de uma música?

2
Pergunte às crianças se estão lembradas do dia em que fizeram uma votação para
escolher duas cirandas que gostariam que você escrevesse a letra e diga que esses
cartazes são o resultado dessa votação.Deixe que elas contem o que se lembram desse
dia e que comentem quais cirandas foram mais votadas.Mostre a elas os registros feitos
por você no dia da votação, ajudando-as a relembrar o processo, desde as sugestões
das cirandas até o resultado das mais votadas. Neste momento fique atento ao que as
crianças recordam e de que forma elas utilizam conceitos básicos de tempo.
Possíveis falas da criança neste momento: As crianças podem falar alguns nomes dos
dias da semana respondendo à sua pergunta, outras podem falar ontem ou amanhã,
referindo-se ao dia em que fizeram a votação.

3
Apresente para as crianças como será a dinâmica da atividade. Diga que elas precisam
se dividir em dois pequenos grupos.Deixe que se organizem de forma autônoma e só
interfira se uma equipe ficar muito maior que a outra. As crianças não precisam se dividir
exatamente na metade, mas se um grupo ficar muito maior, incentive que algumas
mudem de grupo ou convide as que ainda não escolheram uma equipe para se juntar a
que tiver menos crianças. Mostre as fichas que serão usadas para o sorteio e peça para
que as crianças escolham cores para representar os grupos. Eleja uma criança de cada
grupo para ajudar no sorteio. Uma balança a caixa com as fichas e a do outro grupo
sorteia. A equipe que tiver a cor sorteada escolhe qual ação fará primeiro: qual ciranda
irá cantar (lendo a letra) ou se quer primeiro cantar ou dançar.
Possíveis falas do professor neste momento: A atividade envolve leitura e dança.
Nesses cartazes tem escrito a letra de duas cirandas. Então a brincadeira será assim:
Vocês irão formar dois pequenos grupos. Vamos fazer um sorteio para decidir qual
grupo irá cantar lendo a letra enquanto o outro grupo dança, depois, vamos inverter,
quem dançou a primeira cantará lendo e quem cantou irá dançar.

4
Convide as crianças para dar início à brincadeira. Observe se as que irão cantar fazendo
a leitura ficam próximas aos cartazes e como manuseiam os papéis com as letras das
cirandas. Considere que esta atividade envolve leitura de texto de memória pelas
crianças, dessa forma, como elas já sabem o texto de cor, não precisam ler de forma
convencional, acompanhando a leitura feita por você e ajustando o que falam com o que
está escrito.Perceba que alguma criança pode ter a iniciativa de começar a cantar e
incentive os outros colegas a acompanharem-na. Participe da brincadeira cantando
junto com os pequenos e faça a leitura da ciranda apontando com o dedo o que você
está lendo. Perceba se todas as crianças do grupo que vai ler/cantar conseguem
visualizar o cartaz. Caso necessário, aponte para os papéis A4, convidando-as para
acompanhar a leitura.

5
Observe como as crianças que estão lendo/cantando brincam com as letras das
músicas. Elas podem identificar as rimas e repeti-las, outras podem criar rimas
diferentes. Algumas podem manusear instrumentos sonoros ou outros objetos
disponíveis no espaço para criar diferentes sons, acompanhando a leitura das letras.
Deixe que explorem livremente todas as ações com as letras das cirandas e brinque
com elas.

6
Fique atento também às ações das crianças do grupo que está dançando. Observe
como elas acompanham a leitura das cirandas de roda. Algumas crianças podem dançar
fazendo os gestos e movimentos indicados nas letras das cirandas, outras podem
preferir acompanhar a leitura das cirandas junto com as crianças do outro grupo. Nesse
caso, aponte como referência a satisfação de uma criança que esteja dançando ou peça
para que algum colega a convide para dançar. Respeite se mesmo assim a criança
preferir mudar para o grupo de leitura ou não quiser participar.

7
Disponibilize um bom tempo para que as crianças possam brincar e explorar bem cada
momento da atividade. Anuncie ao grupo que em seguida haverá a troca de papéis, por
isso, quem está lendo/cantando irá dançar e vice-versa. Peça para que as crianças
mudem de lugar, para que as que irão cantar possam se aproximar do cartaz e dos
sulfites com a letra da outra ciranda. Algumas crianças podem está bem envolvidas no
que estão realizando e não querer trocar, incentive-as a experimentar os dois momentos
da atividade. Respeite se mesmo assim elas não quiserem trocar. Dê um tempo para
essa organização e inicie novamente a brincadeira.
Possíveis falas do professor neste momento: Agora chegou a hora de ler, cantar e
dançar a outra ciranda. Vamos trocar de lugares? Ah! você gostou de ler e cantar? Veja
como seu colega que está dançando está se divertindo! Que tal você dançar a próxima
ciranda? Você pode também sugerir que uma criança apoie a outra nesta troca: Você
pode convidar o seu colega do grupo de leitura para dançar junto com você agora. O
que acha?”

PARA FINALIZAR:
Quando terminar o segundo momento da atividade, observe o interesse da turma e, se
as crianças desejarem, deixe que brinquem e dancem um pouco mais com as letras das
cirandas e com os objetos sonoros. Ao se aproximar do tempo estimado para a
atividade, ou quando as crianças já não estiverem mais tão envolvidas nas leituras e
brincadeiras de rodas, convide-as para organizar o espaço com você. Cantem juntos as
cirandas da atividade ou outras que conheçam, como preferirem.

DESDOBRAMENTOS
Caso queira repetir a atividade, insira no cotidiano das crianças brincadeiras com
cirandas de roda e proponha semanalmente situações de escolha em que elas decidem
qual ciranda será lida. Varie as estratégias de leitura, como sugerir brincadeiras de
movimento com o corpo a partir da letra da ciranda. Quando as crianças já tiverem um
repertório amplo de cirandas de roda, sugira que escolham uma ciranda para dançar
em uma futura apresentação cultural.

ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
Proponha que as crianças façam uma pesquisa junto às famílias sobre as cirandas
regionais, se há alguma próxima à casa da criança ou na comunidade em que a escola
está situada e, se possível, convide o grupo de dança para uma apresentação na escola.
PLANO DE AULA: BRINCANDO COM CANTIGAS DE RODAS
CONHECIDAS

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Traços, sons, cores e formas
Corpo, gestos e movimentos

FAIXAS ETÁRIAS
Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI02TS03) Utilizar diferentes fontes sonoras disponíveis no ambiente em brincadeiras
cantadas, canções, músicas e melodias.
(EI02CG03) Explorar formas de deslocamento no espaço (pular, saltar, dançar),
combinando movimentos e seguindo orientações.
(EI02CG02) Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se por noções como em frente,
atrás, no alto, embaixo, dentro, fora etc., ao se envolver em brincadeiras e atividades de
diferentes naturezas.

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios:
Para realizar esta atividade é importante que as crianças já conheçam algumas cantigas
de roda. É fundamental que esse momento seja de ampliação do repertório delas, para
isso, conhecendo-o, realize previamente uma pesquisa sobre outras principais cantigas
de roda que fazem parte da cultura popular brasileira.

ESTE PLANO FAZ PARTE DE UMA SEQUÊNCIA DE CINCO. SÃO ELES:


Brincando com cantigas de rodas conhecidas
Pesquisa sobre cirandas
Conhecendo a ciranda Coco de roda
Conhecendo a ciranda Cacuriá do Maranhão
Explorando as letras das cirandas de roda

MATERIAIS:
Aparelhos sonoros para reproduzir cantigas de roda (Micro System, celular ou tablet).
Celular para registrar fotos e gravar pequenos vídeos. Baixe e salve em um CD ou em
outro dispositivo cantigas de roda populares que as crianças ainda não
conheçam(sugestão: Ciranda, cirandinha, Samba lelê, Fui no Itororó, A barraquinha,
Mineira de Minas, Na Bahia tem, Roda pião, Vai abóbora, Alecrim dourado, Escravos
de Jó)

ESPAÇOS:
A atividade deve ser realizada em um espaço amplo da escola, podendo ser em uma
sala grande ou na área externa (pátio, área verde ou solário).

TEMPO SUGERIDO:
Entre 30 a 40 minutos.

PERGUNTAS PARA GUIAR SUAS OBSERVAÇÕES:


1.Como as crianças exploram suas possibilidades corporais durante as brincadeiras de
roda? Imitam os movimentos realizados pelo professor ou por outras crianças?
Realizam movimentos por livre expressão?
2. Como as crianças se envolvem com a musicalidade? Demonstram preferências pelas
cantigas reproduzidas em aparelhos sonoros ou preferem as cantadas oralmente?
3. Como as crianças exploram seu corpo em relação ao espaço durante as brincadeiras
de roda? Como reagem quando há comandos de deslocamentos na cantiga como entrar
na roda, sair da roda, abaixar, levantar? Acompanhamcom entusiasmo o ritmo do
grupo?

PARA INCLUIR TODOS:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Observe se alguma criança
não participa da brincadeira de roda por apresentar receio em não conseguir realizar os
movimentos ou por timidez. Convide-a para dar as mãos para você ou para algum
colega na roda, de forma que se sinta segura em participar. Incentive as crianças a se
ajudarem e respeite as preferências delas nas escolhas de seus parceiros na formação
das rodas.
O QUE FAZER DURANTE?

1
Reúna as crianças em grande grupo e conte que a atividade de hoje é muito prazerosa
e envolve cantigas e brincadeiras de roda. Fale que antes de começar a brincadeira
você gostaria de saber quais cantigas elas mais gostam ou conhecem, como são
dançadas e quais são cantadas pelos familiares para elas. Incentive-as a participar e
respeite as que nesse primeiro momento não quiserem se expressar.

2
Algumas crianças podem trazer cantigas novas e ensiná-las para o grupo, outras podem
cantar as que comumente vocês já cantam nos momentos de roda, acolhimento ou nas
brincadeiras. Explore o repertório de cada uma e acompanhe a cantiga que os pequenos
apresentam, cantando junto e incentivando a turma a cantar. Nesse primeiro momento
é interessante que as crianças se expressem cantando sem acompanhamento de algum
aparelho sonoro, como forma de resgatar a maneira de transmitir oralmente as cantigas
de roda de geração em geração.

3
Convide as crianças para dançar em roda, deixe que escolham seus próprios pares e
como querem a configuração das rodas, que podem ser em grande ou em pequenos
grupos.Perceba que alguma criança pode ter a iniciativa de começar a cantar uma
cantiga, dando início a brincadeira de roda. Incentive as outras crianças a acompanhar
a música cantando junto também. Observe como elas exploram as formas de
deslocamento no espaço enquanto dançam. Algumas podem combinar movimentos,
como bater os pés ou se agachar, convidando os colegas a fazerem o mesmo. Outras
podem tentar girar no sentido contrário da roda e outras podem ficar no meio dela
dançando, pulando ou tentando passar entre os colegas que estão de mãos dadas.
Acolha todas as iniciativas das crianças e priorize o lúdico.
4
Aproveite este momento de brincadeira de roda para apresentar algumas cantigas
folclóricas que fazem parte da cultura brasileira e que ainda não foram cantadas pelas
crianças. Ao ampliar o repertório de cantigas, amplia-se também as experiências dos
pequenos. Nesse momento use como recurso algum aparelho sonoro. Deixe as crianças
manusearem as possibilidades sonoras disponíveis no ambiente, tomando iniciativa e
escolhendo qual cantiga querem dançar. Dance junto com elas e incentive movimentos
em grupo, a partir de sua própria ação, realizando gestos de coreografias tradicionais
de algumas cantigas como forma de preservar a cultura, mas valorize as criações e os
movimentos espontâneos das crianças. Observe como elas brincam com a
musicalidade e com o movimento, utilizando inclusive com o corpo, para reproduzir
sons.
Possíveis ações da criança neste momento: algumas crianças podem dar sentido às
letras das cantigas percebendo as movimentações pedidas por elas e realizando tais
movimentos espontaneamente, outras podem cantar enquanto dançam, improvisando
novas letras.

5
Registre com fotos e pequenos vídeos as brincadeiras de rodas. Fique atento se alguma
criança por qualquer motivo prefere não participar da roda, você pode convidá-la a
dançar de mãos dadas com você e outra criança. Se mesmo assim ela não se envolver,
respeite a vontade dela e peça auxílio para escolher as cirandas no aparelho sonoro ou
para fotografar os colegas, oferecendo a ela a câmera fotográfica ou o celular para que
faça os registros.

PARA FINALIZAR:
Ao se aproximar do tempo estimado para a atividade ou quando as crianças já não
estiverem mais tão envolvidas nas brincadeiras de rodas proponha uma roda de
conversa de encerramento. Garanta que seja um momento de trocas e diálogos em que
elas possam expressar à sua maneira os sentimentos vividos durante a brincadeira.
Investigue o repertório de brincadeiras de roda das crianças fazendo questionamentos
sobre quais outras danças elas conhecem que se dança junto de mãos dadas, se
gostariam de conhecer e como podem fazer para conhecer novas danças. Diga a elas
que as cantigas de roda também são chamadas de cirandas e que você tem uma
sugestão para ampliar o repertório delas. Proponha que façam uma investigação sobre
as elas, sobre a sua origem e as diferentes cirandas que existem pelo Brasil. Diga que
vocês podem reunir materiais que falem sobre elas, como fotos, vídeos ou informações
dadas por familiares para que em outro momento compartilhem as novidades.
DESDOBRAMENTOS
É interessante repetir a atividade com as crianças, de forma que possam continuar
brincando com as cantigas de roda, com as rimas e explorando o movimento do corpo.
Você pode propor que os pequenos criem um álbum de cantigas de roda. Assim, a cada
dia as crianças poderão escolher uma cantiga diferente e explorar os elementos que ela
traz na letra por meio de desenhos, pinturas, recorte e colagem, dobraduras etc. O
professor registra os momentos da brincadeira de roda e os movimentos que as crianças
fazem com o corpo com fotos. Quando a turma já tiver um bom repertório de cantigas,
as crianças reunirão todas as produções e fotos e montarão os álbuns.

ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
Os familiares podem ser o ponto de partida para a pesquisa sobre as cirandas, de forma
que resgatem lembranças das brincadeiras de roda de suas próprias infâncias e as
compartilhem com as crianças - quais cantigas eles costumavam cantar e dançar, como
e com quem brincavam, em qual local (na rua, dentro de casa, na escola). Convide os
pais para gravar áudios cantando alguma cantiga de roda que tenham marcado suas
infâncias e reserve meia hora em um dia, na hora da entrada, para eles participarem de
uma brincadeira de roda junto com as crianças.
PLANO DE AULA: CONHECENDO A CIRANDA CACURIÁ DO
MARANHÃO

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Corpo, gestos e movimentos
Traços, sons, cores e formas
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

FAIXAS ETÁRIAS
Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI02CG03) Explorar formas de deslocamento no espaço (pular, saltar, dançar),
combinando movimentos e seguindo orientações.
(EI02TS01) Criar sons com materiais, objetos e instrumentos musicais, para
acompanhar diversos ritmos de música.
(EI02ET04) Identificar relações espaciais (dentro e fora, em cima, embaixo, acima,
abaixo, entre e do lado) e temporais (antes, durante e depois).

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios:
Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:
Brincando com cantigas de rodas conhecidas
Pesquisa sobre cirandas
Conhecendo a ciranda Coco de roda
Conhecendo a ciranda Cacuriá do Maranhão
Explorando as letras das cirandas de roda

MATERIAIS:
Salve vídeos da ciranda Cacuriá do Maranhão e apresente-os em um computador, tablet
ou data-show. Sugestões de vídeos: Jabuti, de Dona Teté (disponível aqui), Jacaré Poiô,
de Dona Teté (disponível aqui), Bananeira, de Dona Teté (disponível aqui). Materiais
para a pesquisa das crianças como: imagens impressas da ciranda Cacuriá que
mostrem os participantes, os instrumentos, as vestimentas etc. Fotos da estado do
Maranhão. Catálogos e revistas com imagens de ciranda. Alguns modelos de tambor
(instrumento musical típico do Cacuriá). Algumas letras de músicas do Cacuriá
impressas em papel A3 (sugestões: Ladeira, Jabuti, Divino, Bananeira, Formiga, Valsa).
Celular para registrar fotos e vídeos.

ESPAÇOS:
Sala ou área externa ampla. Separe quatro cantos e organize-os com uma boa
quantidade e variedade de materiais que serão usados para a pesquisa. Deixe o centro
livre para as crianças brincarem de roda.

TEMPO SUGERIDO:
Entre 40 minutos e uma hora.

PERGUNTAS PARA GUIAR SUAS OBSERVAÇÕES:


1. Como as crianças se deslocam no espaço enquanto dançam? Como realizam gestos
e movimentos seguindo as orientações dadas pela música? Percebem essas
orientações sozinhas ou imitam os movimentos de algum colega?
2. Como as crianças exploram os os instrumentos musicais? Acompanham as letras das
músicas com os instrumentos? Imitam o ritmo da ciranda? Tiram sons de outros objetos
disponíveis no espaço?
3. De que forma as crianças reagem aos comandos de deslocamento no espaço como
entrar e sair da roda? Identificam o espaço que estão ocupando e reagem
espontaneamente seguindo o comando ou imitam a ação de um colega?

PARA INCLUIR TODOS:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Observe o envolvimento
das crianças nas etapas da atividade, assegurando a todas os direitos de participar, de
explorar e de se expressar. Fique atento caso alguma criança queira continuar
brincando de roda no momento da pesquisa ou vice versa, respeite e incentive-a para
que participe em seu próprio tempo.
O QUE FAZER DURANTE?

1
Reúna as crianças em grande grupo e convide-as para se sentarem em roda com você.
Diga que a atividade de hoje é de brincadeira de roda e de pesquisa sobre a ciranda
Cacuriá do Maranhão. Faça perguntas especulando o que elas conhecem sobre essa
ciranda e ouça o que dizem. Incentive as crianças a participar e respeite as que neste
momento não quiserem se expressar.
Possíveis falas do professor neste momento: Hoje nós vamos brincar de roda com a
ciranda Cacuriá. Esse nome é bem engraçado, né? Quem já ouviu falar dessa ciranda?
Onde será que ela surgiu? Como será seu ritmo? E como se dança?
Possíveis ações da criança neste momento: Algumas crianças podem cantar cirandas
conhecidas por elas, outras podem usar a imaginação e criar alguma história sobre o
Cacuriá respondendo a sua pergunta.

2
Apresente o vídeo com a música e a coreografia da ciranda Jabuti (disponível aqui). As
crianças podem começar a dançar livremente ou imitando gestos e movimentos da
coreografia, algumas podem escolher seus pares formando rodas em pequenos grupos
e outras podem ficar paradas apreciando o vídeo. Aproveite esse primeiro momento
para observá-lasenquanto dançam e brincam de roda. Perceba como exploram as
formas de deslocamento no espaço e como percebem as orientações de movimentos e
de espaços indicados na letra da música. Algumas crianças podem pular, bater palmas,
bater os pés, outras podem entrar e sair da roda seguindo a indicação da música. Fique
atento também para o que as expressões faciais revelam neste momento, verifique
como ocorrem as interações entre elas e como oferecem apoio umas às outras. Registre
o momento com fotos e pequenos vídeos.

3
Entre na brincadeira e convide todos para formar uma roda em grande grupo. Peça para
que as crianças fiquem atentas ao que diz a música e diga que no decorrer da
brincadeira você vai sugerir ações, tais como: quando a música disser tô entrando, só
quem está feliz entra na roda, quando disser tô saindo, as crianças que estão dentro
saem da roda e outros como, quem está de sapato, quem está de cabelo preso . Diga
que as crianças também podem sugerir essas ações e deixe-as à vontade paraformar
pequenos grupos para entrar e sair da roda. Continue a observar como exploram o
espaço e combinam os movimentos seguindo as orientações. Algumas podem ficar bem
atentas ao que vai ser dito como chave para entrar na roda, outras podem entrar e sair
a todo momento. Acolha todas as iniciativas e seja brincante também. Amplie o
repertório da brincadeira de roda incluindo outras músicas do Cacuriá como: Jacaré
Poiô (disponível aqui) e Bananeira (disponível aqui).

4
Ainda na roda em grande grupo convide as crianças para iniciar a pesquisa.Retome as
perguntas sobre quem gostou de dançar as cirandas do Cacuriá e quem já conhecia
esse ritmo. Peça para que as crianças se dividam em quatro pequenos grupos e deixe-
as fazer isso com autonomia. Fique atento à quantidade delas em cada grupo e caso
haja algum com uma quantidade de integrantes bem maior que os outros, indique a
necessidade de que os grupos fiquem mais ou menos com a mesma quantidade de
membros.
Possíveis falas do professor neste momento: Olha, nesse grupo aqui parece que tem
muitas crianças e nesse aqui tem poucas, o que vocês acham? Quem quer vir para esse
grupo? E agora, já está igual? Então podemos começar nossas pesquisas!

5
Apresente os materiais que você organizou nos cantos. Dê informações simples que
possam instigar as crianças a aprofundar suas pesquisas e descobertas sobre o Cacuriá
e que possam despertar o interesse delas pelos cantos, como: Olha, essa é uma foto
do Maranhão onde nasceu o Cacuriá ou esse é um instrumento usado nas rodas de
Cacuriá e aqui tem um catálogo com imagens de pessoas dançando o Cacuriá. Deixe
as crianças e seus pequenos grupos à vontade para manipular os materiais e escolher
autonomamente o canto no qual desejam fazer a pesquisa. Respeite o tempo das
crianças até que se organizem. Lance quatro desafios para os grupos: Descobrir de
onde vem a ciranda Cacuriá, como ela surgiu, quais são os instrumentos usados nela e
quais são as outras músicas conhecidas no Cacuriá. Deixe que os grupos decidam
sobre o querem pesquisar e anote a decisão deles. Se algum grupo quiser pesquisar
sobre duas ou mais questões deixe-os à vontade, mas fique atento para que todas os
tópicos sejam pesquisadas.
6
Reveze-se entre os pequenos grupos. Faça perguntas sobre o que mais chama a
atenção das crianças nas fotos, revistas, vídeos e nos demais materiais e fique atento
ao que elas comunicam. Lembre-as sobre o desafio que escolheram pesquisar e
socialize com o grupo as diferentes hipóteses levantadas pelos colegas. Assuma um
papel de mediador dos saberes, instigando as crianças a fazer uma boa exploração dos
materiais e seja responsivo aos comentários delas. Anote as falas das crianças,
principalmente as que indicam constatações acerca das pesquisas.
Possíveis ações da criança e do professor neste momento: Algumas crianças podem
manusear objetos e instrumentos musicais imitando o ritmo da ciranda, outras podem
segurar os papéis com as letras das músicas imitando a ação de ler ou podem pedir que
você os leia. Faça desse momento de pesquisa lúdico. Enquanto você lê a letra de uma
música, algumas crianças podem acompanhar a leitura dela fazendo sons com os
instrumentos musicais.

PARA FINALIZAR:
Ao se aproximar do tempo estimado para a atividade ou quando as crianças já não
estiverem mais tão envolvidas nas pesquisas, convide-as para uma roda de conversa
em grande grupo,para que possam socializar suas descobertas. Faça perguntas sobre
o que cada grupo descobriu em suas pesquisas. Garanta que esse seja um momento
de trocas e diálogos em que as crianças possam sentir-se seguras para se expressar.
Em alguns momentos você pode ler as anotações que fez das falas das crianças e, se
elas desejarem, podem falar como chegaram a tal conclusão. Deixe-as livres para se
expressarem como quiserem e incentive a participação de todas. Disponibilize um bom
tempo para essa socialização e, ao final da roda de conversa, convide as crianças para
organizar o espaço junto com você, fazendo uma brincadeira ou cantando músicas do
Cacuriá do Maranhão: elas formam rodas em pequenos grupos e dentro de cada roda
fica uma ou duas crianças. As crianças que estão dentro da roda juntam os materiais e
toda a roda anda até o local que você indicou para guardar os materiais.

DESDOBRAMENTOS
Caso você queira repetir a atividade, é importante proporcionar outras formas de
exploração. Em outro momento você pode propor que as crianças brinquem com a letra
da música criando novas rimas ou inventando novas formas de movimento com o corpo.
Utilize a mesma atividade com uma ciranda da sua região, valorizando o repertório
cultural das crianças.

ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
Organize um aparelho de som e uma mesa com instrumentos musicais usados na
ciranda em um local onde os pais tenham acesso. Nos momentos em que os
responsáveis estiverem na escola (entrada ou saída), coloque para tocar algumas
cirandas do Cacuriá do Maranhão. Pergunte para os familiares se eles conseguem
identificar os instrumentos usados na ciranda e deixe que as crianças os apresentem.
Proponha que elas façam uma pesquisa em casa e descubram se há algum familiar que
toque outros instrumentos para convidá-lo para fazer uma apresentação na escola, em
outro momento.
PLANO DE AULA: CONHECENDO A CIRANDA COCO DE RODA

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Corpo, gestos e movimentos
Escuta, fala, pensamento e imaginação

FAIXAS ETÁRIAS
Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI02CG01) Apropriar-se de gestos e movimentos de sua cultura no cuidado de si e nos
jogos e brincadeiras.
(EI02CG03) Explorar formas de deslocamento no espaço (pular, saltar, dançar),
combinando movimentos e seguindo orientações.
(EI02EF05) Relatar experiências e fatos acontecidos, histórias ouvidas, filmes ou peças
teatrais assistidos etc.

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios:
Para realizar esta atividade, é necessário que as crianças tenham feito anteriormente
uma pesquisa sobre as cirandas, sua origem e os tipos de cirandas que existem no
Brasil. A proposta envolve também conhecer a ciranda Coco de Roda, sua origem e
cultura. Portanto, é importante que você faça uma pesquisa prévia sobre essa ciranda
para conhecer e entender a Coco de Roda de forma que fique preparado para a
atividade. Você também pode fazer uma pesquisa prévia sobre as cirandas da sua
região e adaptar o plano relacionando a ciranda coco de roda com o folclore, gestos e
movimentos de cirandas da cultura local.

ESTE PLANO FAZ PARTE DE UMA SEQUÊNCIA DE CINCO. SÃO ELES:


Brincando com cantigas de rodas conhecidas
Pesquisa sobre cirandas
Conhecendo a ciranda Coco de roda
Conhecendo a ciranda Cacuriá do Maranhão
Explorando as letras das cirandas de roda
MATERIAIS:
Salve vídeos da dança Coco de Roda e apresente em um computador, tablet ou data-
show (Sugestão de vídeos: Coco de Manuel, Coco, Coco de Roda Sucena Maringá -
Ritmos e manifestações afro-brasileiras). Pesquise e imprima imagens de boa qualidade
de cirandas Coco de roda em praias, praças e outros locais. Celular para gravar.

ESPAÇOS:
A atividade pode ser realizada na sala ou em um espaço na área externa como pátio,
área verde ou solário.

TEMPO SUGERIDO:
Entre 40 minutos e 1 hora

PERGUNTAS PARA GUIAR SUAS OBSERVAÇÕES:


1. Como as crianças comunicam seus saberes sobre as cirandas? De que forma
apropriam-se e realizam movimentos de sua cultura nas brincadeiras de roda?
2. Como as crianças exploram as formas de deslocamento no espaço? Elas realizam
movimentos como bater palmas, sapatear, pular para a frente ou para trás combinando
movimentos e seguindo orientações?
3. De que forma as crianças demonstram sua curiosidade em explorar os vídeos da
ciranda Coco de Roda? Como utilizam o corpo nessa exploração?

PARA INCLUIR TODOS:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as
necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Observe as crianças que
preferem não participar da roda no primeiro momento. Aponte para as ações de quem
está envolvido na brincadeira e convide-a para que dê as mãos para um colega ou para
você como forma de envolvê-la. Respeite se, mesmo assim, a criança quiser observar
fora da roda. Ainda de fora da roda, sugira outras formas de acompanhamento, como
batendo palmas ou os pés no ritmo da ciranda, por exemplo.
O QUE FAZER DURANTE?

1
Em grande grupo, convide as crianças para sentarem em roda com você. Diga que a
atividade de hoje é de brincadeira de ciranda, mas que antes de iniciar a brincadeira
você quer saber quais novas informações sobre as cirandas elas trouxeram. Acolha as
falas das crianças e medie a conversa a partir do que emerge delas. Elas podem trazer
para esse diálogo informações sobre como as cirandas surgiram no Brasil, os tipos de
cirandas que existem, podem cantar novas ou conhecidas cantigas de roda etc. Deixe
que as crianças tenham autonomia para se expressar como desejarem.Incentive e
acompanhe-as nas brincadeiras, conversando, dançando e fazendo gestos.
Possíveis falas e ações das crianças neste momento: as crianças podem falar sobre
danças, vestimentas, instrumentos ou personagens de cirandas que viram durante suas
pesquisas. Algumas podem cantar cirandas que seus pais lhe ensinaram, outras podem
acompanhar as novas cantigas com gestos ou convidar alguns colegas para dançar em
roda.

2
Diga que você também pesquisou e trouxe algumas novidades sobre a origem das
cirandas no Brasil para compartilhar com elas. Apresente imagens de pessoas
dançando a ciranda Coco de Roda em locais diferentes como em praias e praças. Deixe
que as crianças observem livremente às imagens e teçam seus comentários. Elas
podem relatar experiências vividas por elas em locais parecidos, podem fazer
comentários sobre as roupas, acessórios, cores ou expressar sentimentos que as
imagens lhe despertam.
Possíveis falas e ações do professor neste momento: “Também fiz uma pesquisa sobre
as cirandas e tenho algumas curiosidades para contar para vocês. Já sabemos que a
ciranda é uma dança de roda. Mas por que será que se dança em roda?”. Escute as
hipóteses dadas pelas crianças, acolha suas falas e conte o que você descobriu. “Assim
como outras danças que se dançam em rodas, as cirandas tem origem nos povos
passados que, dançando, honravam a natureza”. Aqui no Brasil a ciranda surgiu nas
praias de Pernambuco. As mulheres dos pescadores cantavam e dançavam enquanto
esperavam eles chegarem do mar”.

3
Convide as crianças para assistirem vídeos da ciranda Coco de Roda. Pergunte se elas
imaginam porque se chama assim. Acolha as hipóteses levantadas pelas crianças e, a
partir do que elas falam, faça uma breve apresentação dessa dança contando sobre sua
origem. Potencialize a apreciação instigando um olhar mais apurado e curioso das
crianças sobre o que percebem nos vídeos. Fique atento ao que chama atenção das
crianças e seja responsivo às falas e ações delas.
Possíveis falas do professor neste momento: “ Trouxe vídeos de uma dança chamada
Coco de roda”. “Vamos conhecer?”. “ A Coco de Roda é uma dança típica das regiões
praieiras do nordeste brasileiro”. “ Conta o folclore que o coco de roda teve origem no
canto dos tiradores de coco e que se transformou em ritmo dançado”.
Possíveis falas e ações das crianças neste momento: As crianças podem imitar os
gestos e movimentos dos dançarinos dos vídeos, seguindo o ritmo com os movimentos
do corpo. Algumas podem falar sobre alguma experiência vivida com cirandas de roda,
outras podem fazer comentários sobre as roupas, instrumentos ou outros elementos
que percebam no vídeo.

4
Neste momento de apreciação, deixe as crianças livres para dançarem acompanhando
o ritmo das músicas, se desejarem. Observe as iniciativas delas. Algumas podem
convidar os colegas para formar pequenos grupos, outras podem dançar
individualmente ou em duplas. Fique atento se alguma criança não participa da
brincadeira de roda e convide-a para entrar dando as mãos para você ou para algum
colega. Respeite se, mesmo assim, ela não quiser brincar de roda neste primeiro
momento. Observe que ela pode participar onde estiver batendo palmas, batendo os
pés ou fazendo outros gestos à sua maneira.

5
Reveze-se entre osagrupamentos formadoscantando e dançando. Observe que as
crianças podem apropriar-se de gestos e movimentos durante a brincadeira de roda
imitando os passos vistos nos vídeose realizados pelos colegas. Fique atento também
em como as crianças exploram as formas de deslocamento no espaço enquanto
dançam. Algumas podem bater palmas, sapatear com os pés ou pular com a barriga
para frente imitando o passo das “umbigadas” que são característicos da ciranda Coco
de roda. Quem quiser, pode recriar a dança. Enquanto as crianças brincam de roda,
registre as iniciativas e comportamentos delas com fotos e grave pequenos vídeos.

PARA FINALIZAR:
Ao se aproximar do tempo estimado para a atividade, ou quando as crianças já não
estiverem mais tão envolvidas, proponha uma conversa de encerramento. Faça
perguntas instigando as crianças a comentar sobre a forma como as pessoas dançavam
nos vídeos; os tipos de roupas; os acessórios ou os objetos utilizados durante a ciranda
e como elas brincaram ouvindo a cantiga. Estimule a falarem sobre o que acharam do
ritmo e da dança. Garanta que esse seja um momento de trocas e diálogos em que as
crianças possam expressar, do jeito delas, os sentimentos vividos durante a brincadeira.
Deixe todas livres para se expressarem como quiserem e incentive a participação.
Anuncie a atividade que farão em seguida e convide as crianças para organizarem o
espaço cantarolando e dançando as músicas que aprenderam.

DESDOBRAMENTOS
É interessante repetir a atividade com as crianças de forma que possam aprofundar
seus conhecimentos sobre a ciranda Coco de roda. Em outro momento, você pode
propor às crianças que continuem pesquisando sobre a origem da dança; quais povos
influenciam e quais instrumentos são usados tradicionalmente nessa ciranda.Pode-se
também organizar um momento em que as crianças confeccionam os instrumentos e
brincam com tipos de tecidos de cores alegres e estampados usados nas roupas de
quem dança a ciranda. Em outro dia, as crianças socializam as informações, dançam e
ampliam seus conhecimentos e movimentos.

ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
Nos momentos de entrada e saída, junto com as crianças, compartilhe com os pais, o
que elas aprenderam sobre a ciranda Coco de Roda e como foi esse momento. Reserve
uns vinte minutos em um dia na hora da entrada ou da saída e organize um momento
em que as crianças ensinam para os pais os passos que aprenderam da ciranda
convidando-os a dançarem junto.
PLANOS DE AULA
EDUCAÇÃO INFANTIL
PRÉ-ESCOLA

VERSÃO ATUALIZADA / BNCC 2022


PLANO DE AULA: PRIMEIRO DIA NA ESCOLA: CRIANÇAS E
FAMILIARES

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Corpo, gestos e movimentos
O eu, o outro e o nós

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos,
sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança,
teatro, música.
(EI03EO07) Usar estratégias pautadas no respeito mútuo para lidar com conflitos nas
interações com crianças e adultos.
(EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.

Ano(s)
Pré-escola

O que fazer antes?


Contextos prévios:
Antes do início das atividades, organize uma reunião com pais e familiares das crianças
para que eles conheçam o trabalho pedagógico desenvolvido na escola. Aproveite para
conversar sobre os combinados dos primeiros dias, por exemplo: horário reduzido,
alternância de grupos e a presença de um familiar da criança no primeiro dia ou, se
possível, nos primeiros dias. Aos pais que não puderem comparecer, peça que
providenciem alguma pessoa que tenha um bom vínculo afetivo com a criança e que
possa acompanhá-la. Fale com as famílias sobre a importância de transmitir
tranquilidade e segurança para os pequenos. Oriente os responsáveis para que os
tragam segurando-os pelas mãos, não no colo. Solicite que estejam dispostos a
participar com as crianças das primeiras atividades na escola e informe outros
combinados pertinentes. Sugestões de leitura para o professor: 10 dúvidas sobre
adaptação na Educação Infantil e Como receber bem a criança e sua família. Combine
com as equipes da gestão e da cozinha como se dará o lanche, e se for solicitado às
famílias, combine tudo com elas nessa reunião prévia.
Materiais:
Para organizar o Tapete Literário providencie: um tapete grande (de tecido ou
emborrachado), almofadas e cadeiras para as crianças e os pais se acomodarem, livros
infantis, alguns brinquedos que favoreçam a relação com histórias (como bichinhos de
pano e fantoches); instrumentos musicais de fácil manuseio (pandeiro, chocalho ou
outros que a escola tenha disponíveis); envelopes (se possível coloridos ou decorados,
para um visual mais bonito), tamanho A4 com o nome das crianças e crachás com o
nome dos familiares ou dos responsáveis e das crianças.

Espaços:
Área externa que favoreça brincadeiras em grupo e refeitório para o momento do lanche.
É importante garantir uma segunda opção de espaço amplo, como um pátio coberto,
para o caso de o dia estar chuvoso.

Tempo sugerido:
Adapte esse planejamento de tempo à organização da sua escola. Esta é uma atividade
que contempla um tempo reduzido de permanência das crianças novas. Se o seu grupo
é misto (crianças novas e as que já eram da escola), planeje a continuidade da proposta
ou outras atividades para atender as que permanecerão por todo o período. Sugerimos
para esta atividade a duração aproximada de uma hora e 30 minutos, sendo 45 minutos
para o tapete e as cantigas, 30 para o lanche e 15 para as crianças escolherem os livros
que levarão para casa.

Perguntas para guiar suas observações:


1.Como as crianças comunicam seus sentimentos com relação ao espaço
compartilhado e a possibilidade de, com a vinda à escola, separar-se do núcleo familiar?
2. Como exploram os movimentos corporais ao interagir com os familiares e outras
crianças durante as atividades propostas?
3. Que pistas a criança dá ao professor durante a atividade que o ajudará a criar vínculos
afetivos com ela?

Para incluir todos:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Pense em maneiras de
organizar o espaço, para se torne um ambiente agradável e atenda às necessidades de
locomoção de todos. Alguns objetos, quando bem escolhidos, funcionam como atrativos
visuais e sensoriais, além de darem tom à afetividade, como livros infantis diversos,
bichinhos de pano, entre outros. Favoreça ações por meio das quais as crianças possam
se sentir amparadas pelos familiares e por você. Dessa forma, a formação de vínculos
se dará de forma progressiva.

O que fazer durante?

1
Prepare um espaço na área externa de forma convidativa e atraente para receber
crianças e familiares. Inicie com uma atividade calma e acolhedora, na qual a maior
interferência será a da família. A sugestão é a da organização de um Tapete literário:
em um dos cantos organize em um tapete livros infantis diversos para leitura, bichinhos
de pano, fantoches ou outros objetos que promovam estímulos sensoriais agradáveis e
interlocução com as histórias. Assim, os pequenos e os responsáveis estarão envolvidos
no ambiente, manipulando livros, brinquedos e lendo histórias enquanto você recebe os
demais. Disponha no tapete algumas almofadas e garanta cadeiras para que todos
possam se acomodar conforme preferências e possibilidades.

2
Receba as crianças e as famílias, coloque-se na altura dos pequenos e, com a ajuda
dos crachás, os chame pelo nome. Seja receptiva ao se apresentar, diga seu nome e
que está feliz em ver as crianças, não insista em expressões de afeto, como abraços,
se elas não estiverem à vontade para isso. Conforme os pequenos forem chegando,
convide-os para escolher um livro para ler com a famílias. Oriente os familiares a eleger
as obras junto com as crianças. Peça que se acomodem como acharem melhor
enquanto você continua recebendo os outros convidados.

Possível fala do professor neste momento: Durante a entrada das crianças, muitas
reações são previsíveis, como a de choro. Nesse caso, com calma, diga: Sei que tudo
é novo pra você, mas fique tranquilo, sua/seu… (diga o nome ou parentesco do familiar)
ficará com você hoje e juntos vocês vão decidir quando querem brincar.
3
Quando notar que não há mais fluxo de crianças chegando, aproveite para circular e
conversar um pouco com cada uma e com os acompanhantes delas. Peça para ouvir
um trecho da história que eles escolheram ler ou solicite que uma criança dê nome a
um dos bichinhos de pano. Observe os pequenos que se mostram mais à vontade com
o ambiente e com sua presença. Lembre-se de que aqueles que estão inseguros
precisarão de mais atenção. Posicione-se em um local visível a todos. Se você
organizou as cadeiras e as almofadas em círculo, sente-se na roda e dê boas-vindas a
todos, dizendo bom dia ou boa tarde e seu nome. De forma breve reforce que todos da
escola estavam ansiosos para recebê-los e que, juntos, vocês poderão fazer muitas
coisas divertidas. Para que as crianças e mesmo os familiares se sintam seguros com
a rotina da escola, é importante antecipar o planejamento do dia. Assim, pergunte para
as crianças o que acham que irão fazer com o familiar na escola. Escute-as e, se
ninguém quiser falar nesse momento, estenda a pergunta aos responsáveis. A partir
das manifestações deles, diga que para começar todos poderão brincar juntos e depois
tomar um lanche delicioso com a família e os novos amigos. Comente que depois de
comer vocês farão combinados para o próximo dia e se despedirão.

4
Convide todos para começar uma brincadeira. Peça que façam uma grande roda,
intercalando crianças e adultos. Proponha uma brincadeira que a maioria dos familiares
e mesmo as crianças possam conhecer, assim você amplia a possibilidade de todos
participarem e evita grandes surpresas e situações inesperadas. A sugestão é A canoa
virou (acesse o link e veja a versão do grupo Palavra Cantada para essa cantiga de
domínio público). Nessa brincadeira cantada, as crianças se afastam temporariamente
dos pais, porém, ainda os terão em seu campo visual. Para começar pergunte quem
conhece essa cantiga de roda, se já os presentes brincaram alguma vez com ela e quem
sabe dizer o que ocorre durante a roda. Recite os versos para garantir que todos
conhecem a mesma versão. Decida com o grupo quem irá representar os que não
sabem nadar e, por isso, viraram a canoa e quem serão os peixinhos que irão salvá-los.
Então convide crianças e familiares para cantarem juntos.

5
Proponha que todos comecem na grande roda e, quando for cantado o trecho A canoa
virou, quem deixou ela virar, foi por causa da (Ex: mãe do ...) que não soube remar, o
familiar ou a criança, conforme a escolha do grupo, vai para o centro do círculo fazendo
com o corpo movimentos que representem esse trecho da cantiga, as expressões
corporais são livres e ficam a critério de quem está participando. Espere o escolhido
chegar ao centro do círculo, enquanto isso, o par de quem foi para o centro permanece
na roda. Então continue cantando Se eu fosse um peixinho e soubesse nadar eu tirava
(...) do fundo do mar. Quem foi escolhido é resgatado por seu par, que entra no círculo
fazendo movimentos de peixinho. Ambos podem ir formando um segundo círculo por
fora do primeiro, que vai diminuindo a cada rodada. Use outras brincadeiras típicas da
sua região ou faça as adaptações que achar necessárias à proposta. Durante a
brincadeira observe as crianças e comece chamando aquelas que demonstram maior
segurança, assim, as demais terão a oportunidade de ver que os familiares não vão
embora e se proporão a participar. Caso uma criança não queira participar no momento,
não insista e respeite o tempo dela.

6
Quando a brincadeira for finalizada, com todos na mesma roda, proponha continuar a
cantoria. Pergunte quem quer cantar uma música que goste e peça para que as crianças
se sentem ainda na roda. Diga a elas que, enquanto vocês cantam, os acompanhantes
irão se sentar ao redor para descansar, mas se alguém preferir estar junto, tudo bem.
Vocês podem cantar quantas canções o tempo permitir, considerando sempre o
interesse e o envolvimento das crianças. Enquanto elas cantam e dançam, traga um ou
mais instrumentos ou objetos sonoros para a roda, pode ser um pandeiro, um chocalho
ou dois pauzinhos. Faça a marcação do ritmo enquanto cantam, tornando a atividade
sonoramente mais atrativa. Se uma criança não quiser participar no momento, ofereça
o instrumento musical que você está usando como alternativa, se mesmo assim ela se
negar a tocá-lo, diga que tudo bem e que ela poderá experimentá-lo quando quiser. Vá
trocando de lugar na roda, assim você poderá interagir com diferentes crianças. Para
finalizar a cantoria, diga que gostou muito de conhecer as músicas que eles mais gostam
e pergunte quem se lembra do que conversaram e questione o que vão fazer após a
brincadeira. Aproveite a resposta das crianças para convidar todos para um lanche
especial.

7
Caminhe junto com as crianças e com os responsáveis e indique a localização dos
banheiros, ofereça ajuda mostrando onde estão os itens de higiene básicos (sabonete
líquido e papel toalha ou outros disponíveis em sua escola). Caso note que algumas
crianças mostram maior independência e intimidade com o espaço e com as ações a
serem realizadas (o que é comum quando há crianças no grupo que já eram da escola),
inclua-as no apoio aos colegas e às famílias. Combine com antecedência com os
funcionários responsáveis pela alimentação para que ajudem a organizar uma mesa
convidativa na qual as crianças possam se servir com seus responsáveis e, se for
possível, incluindo lanches que trouxeram de casa. Assim, ao mesmo tempo em que os
responsáveis conhecem a rotina e os espaços de cuidado e de alimentação, as crianças
vivenciam a possibilidade de se alimentar junto com os novos colegas.
Possíveis falas do professor neste momento: Você já lavou as mãos, que legal, quero
te fazer uma proposta: Aceita ser meu ajudante hoje? Como acha que podemos ajudar
os colegas ao lavar as mãos ou usar o banheiro?

8
Durante o lanche, sente-se com as crianças e coma junto com elas. Aproveite esse
momento para conversar individualmente com elas. Vocês podem falar sobre a
brincadeira da qual participaram, sobre o que gostam de comer, ou sobre outro assunto
que considerar pertinente. Aproveite também para esclarecer possíveis dúvidas dos
familiares ou dos responsáveis. Não se esqueça de que a acolhida envolve as crianças
e as famílias, portanto, se eles estiverem seguros, transmitirão segurança para as
crianças.

Para finalizar:
Diga a criança poderá levar emprestado o livro que mais gostou e contar a história para
a família. Comente que para isso você preparou uma embalagem toda especial e
entregue às crianças envelopes coloridos e decorados. Mostre que o nome dela, o seu
nome e o nome da escola estão no envelope e convide a criança e o familiar para buscar
a obra no tapete literário. Peça que tragam o livro no dia seguinte, para que os colegas
possam conhecer a história também. Se despeça da criança e diga que gostou muito
de conhecê-la e que vai esperá-la no dia seguinte. Comunique aos pais que se ainda
tiverem alguma dúvida poderão se dirigir à secretaria da escola ou aguardar para
conversar após a saída de turma.

Desdobramentos
Planeje as próximas atividades e as interferências de acordo com a flexibilidade do
calendário de sua escola. Se for possível ter outros dias com a família ou com os
responsáveis, programe atividades em que as crianças se separam progressivamente
deles. Você pode planejar brincadeiras de transformação, por exemplo, brincar com
bolhas de sabão. Ou ainda produzir massinha de modelar e convidar as crianças para
acompanhar seus familiares e responsáveis a outro espaço da escola, para que os
esperem enquanto elas brincam, favorecendo assim paulatinos momentos de
despedidas.

Engajando as famílias
Dentro dos envelopes de leitura, coloque um breve bilhete direcionado às crianças e, no
final dele, algumas orientações aos pais. Inclua informações pertinentes ao seu
planejamento e agradeça a família pela parceria com a escola. Você encontrará aqui,
como sugestão, um modelo de bilhete, no entanto, você pode produzir um conforme
desejar.
PLANO DE AULA: RECITANDO TRAVA-LÍNGUAS

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Escuta, fala, pensamento e imaginação

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03EF08) Selecionar livros e textos de gêneros conhecidos para a leitura de um adulto
e/ou para sua própria leitura (partindo de seu repertório sobre esses textos, como a
recuperação pela memória, pela leitura das ilustrações etc.).
(EI03EF07) Levantar hipóteses sobre gêneros textuais veiculados em portadores
conhecidos, recorrendo a estratégias de observação gráfica e/ou de leitura.
(EI03EF03) Escolher e folhear livros, procurando orientar-se por temas e ilustrações e
tentando identificar palavras conhecidas.

ANO/TURMA
Pré-escola

O QUE FAZER ANTES?


Contextos prévios: Para vivenciar esta proposta é recomendável que você leia o livro
Enrosca ou Desenrosca, para conhecer os trava-línguas antes de apresentá-los às
crianças. Caso você não possua acesso a esse livro, é possível utilizar outros ou mesmo
buscar trava-línguas na internet. Uma dica para apoiar você quanto ao conhecimento e
ao papel de um bom modelo leitor à criança é recitar os trava-línguas algumas vezes, a
fim de memorizá-los e aperfeiçoar-se na recitação. Considere escolher três trava-
línguas presentes na obra para a proposta desta atividade e fazer cópias de cada um
deles para cada criança da turma. É fundamental que o grupo já tenha vivenciado
propostas em relação ao conhecimento de alguns trava-línguas por meio de
brincadeiras ou outros contextos.

MATERIAIS:
A proposta prevê a utilização do livro Enrosca ou Desenrosca, das autoras Maria José
Nóbrega e Rosane Pamplona. Caso você não tenha acesso a essa obra, busque outras
possíveis ou mesmo consulte a internet. Utilize uma cópia de cada trava-língua
escolhido para cada criança do grupo. Caso seja possível, prepare uma apresentação
digital da obra e faça uma projeção, por meio de um projetor de imagens, a fim de
qualificar a relação visual das crianças com o conteúdo do livro.
E selecione ainda outras obras que acolham trava-línguas para utilizá-las ao final da
proposta, ampliando as possibilidades de contato com o jogo verbal que esse tipo de
texto possibilita às crianças. Considere que é fundamental preparar um dispositivo para
fazer a gravação digital dos grupos de crianças recitando os travas-línguas.

ESPAÇOS:
Observe que esta atividade, no início, é realizada coletivamente. Portanto, no momento
de apresentação do livro, garanta que o grupo esteja sentado de forma confortável, para
que seja possível a visualização da obra. Considere que depois de escutar a história as
crianças formarão pequenos grupos. Sendo assim, busque um espaço atentando-se
para essa organização, a fim de oportunizar à turma uma relação de qualidade com a
atividade. Se preferir, organize-a em dois grupos, de forma que enquanto você está com
um, apoiando a vivência da atividade, o outro realizar uma proposta com autonomia, por
exemplo, brincar com jogos conhecidos ou outra do cotidiano do grupo.

TEMPO SUGERIDO:
Aproximadamente uma hora.
Perguntas para guiar suas observações:
1. O que indicou que a proposta favoreceu para que as crianças pudessem atentar-se
para os aspectos dos trava-línguas: repetições de palavras, palavras muito parecidas
na pronúncia e o jogo verbal?
2. De que maneira a atividade proposta oportunizou que as crianças estabelecessem
novas relações com as palavras? Quais estratégias elas trouxeram para pronunciar os
trava-línguas, evitando tropeços e as travas na dicção das palavras?
3. Quais estratégias as crianças utilizaram para escolher os trava-línguas? Utilizaram-
se da memória? Revisitaram o livro? Utilizaram-se do sumário? Procuraram pelas
páginas ou por palavras conhecidas?

PARA INCLUIR TODOS:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Proponha alternativas para
a qualidade das interações, traçando estratégias para que uma criança ajude a outra.
Caso você considere que o desafio proposto nessa atividade seja complexo demais
para algumas crianças, indique ao grupo outro trava-língua, com menos rigor para a
recitação. Observe cuidadosamente as especificidades de sua turma. Caso algumas
crianças apresentem comprometimentos na fala, essa atividade exigirá muito delas.
Sendo assim, organize a proposta de modo que haja papéis de atuação diferenciados
no grupo, para que todos participem com dela com engajamento.

O QUE FAZER DURANTE?

1
Convide as crianças para se sentarem em roda com você. Diga que hoje você trouxe
um livro em que os autores brincam com as palavras, por meio de trava-línguas.
Investigue junto ao grupo quais trava-línguas as crianças conhecem e convide-as as
partilhá-los com os colegas. Após acolher as falas e entrar em contato os trava-línguas
conhecidos das crianças apresente o livro Enrosca e Desenrosca (ou outro disponível
em sua escola), contando ao grupo que essa é uma obra cheia de trava-línguas.
Observe que, dentre os trava-línguas trazidos pelas crianças, algum possa fazer parte
da obra. Assim, revele a página em que ele se encontra, mostre a ilustração que o
acompanha e leia o texto para as crianças.

2
Na sequência, inicie a exploração do conteúdo do livro. Para isso, informe o título dele,
indique os nomes das autoras e do ilustrador para as crianças. Considere apresentar a
parte da obra destinada aos trava-línguas, a partir da página 31, convidando-as para
observar as ilustrações. Engaje-as a investigar se conhecem ou lembram-se de algum
trava-língua, a partir da percepção das gravuras. Convide-as para recitar com você
aqueles que elas conseguiram estabelecer relação com a imagem apresentada na obra.
Possíveis falas e ações do professor: Pessoal, vejam! Aqui na página 31 começam os
trava-línguas. Aqui está escrito Trava-línguas e outras enroscadas (referindo-se à
página que antecede os travas-línguas. Por que será que os autores usaram esse termo
enroscadas? O termo “enroscadas” combina com o termo trava-línguas? Por quê?

3
Em seguida, selecione cerca de cinco travas-línguas com a ajuda das crianças (que
podem selecioná-los a partir das ilustrações e de outros elementos da conversa
realizada até aqui) e leia-os para o grupo, atentando-se à pronúncia e ao ritmo
característicos do texto. Após cada leitura, faça uma pequena pausa para conversar
sobre o que fala o trava-língua, considerando, por exemplo, se é sobre animais, objetos
ou pessoas e o que aconteceu com os personagens que o compõem. Ao final da
conversa, convide o grupo para recitar junto com você. Assim que você terminar a leitura
e as crianças já estiverem brincando de recitar alguns trava-línguas, conte que você
selecionou três deles que considera que as crianças iriam gostar bastante e fez cópias
para que possam utilizá-las em pequenos grupos. Mostre os três selecionados por você
e leia-os para o grupo, dando espaço para que brinquem com o tipo de texto.

4
Logo após, combine com o grupo a formação de trios, organize-os no espaço e distribua
as cópias para cada um deles. Oriente que eles olhem para o texto e observem as
palavras e ilustrações presentes em cada um deles. Passado um tempo de exploração
e de brincadeira, proponha que cada trio escolha um trava-língua para recitar para a
turma. Ainda em pequenos grupos, as crianças irão ensaiar e depois recitá-los para os
amigos. Procure circular e passar por todos os trios para garantir apoio nos ensaios e
nas recitações. É possível que as crianças necessitem de ajuda para se lembrar de
trechos e para garantir o ritmo que esse tipo de texto demanda ao ser recitado.

5
Enquanto os pequenos grupos recitam e ensaiam, circule entre as crianças e observe
quais estratégias elas estão usando para memorizar e harmonizar a recitação. Atente-
se para apoiá-las quando necessário, considerando ler o trava-língua para o grupo, ou
sugerido que inicialmente recitem-no de forma mais lenta, pronunciando cada palavra,
e que aumentem a velocidade aos poucos, por exemplo. Entretanto, antes de qualquer
intervenção, busque primeiro junto aos pequenos quais estratégias eles consideram
trazer para qualificar a memorização e a recitação do texto, possibilitando que testem
suas hipóteses e que investiguem formas de aprendizados. Observe que as crianças
podem estabelecer gestos que a fazem lembrar do texto, acolha essa forma de
expressão e potencialize para que partilhem as estratégias nos trios.
Possíveis falas e ações do professor: O que vocês já testaram para harmonizarem a
recitação? Há alguma outra ideia de como podem falar o texto para que todos
pronunciem as palavras corretamente? Ah, posso ajudar com essa sua ideia sim, então,
vou ler uma frase do trava-língua e vocês a repetem.

6
Ao observar que os trios começam a dominar os travas-línguas que escolheram,
recitando-os sem muitos tropeços e enroscadas, sinalize que em um minuto os grupos
se reunirão para o recital de trava-línguas. Passado esse tempo, organize as crianças
em semicírculo e convide o grupo que dará início ao recital para se posicionar e dizer
seu trava-língua. Faça o registro desse recital, por meio de uma gravação digital.
Considere envolver o grupo fazendo a apresentação, como se você fosse um
apresentador, falando o nome de cada criança e convidando o grupo para aplaudir o trio
que se apresentou. Siga a proposta, convidando cada grupo para recitar seu trava-
língua.
Após o recital, possibilite às crianças que partilharem no grande grupo as impressões
acerca da construção de estratégias para a memorização do texto, revelando quais
estratégias utilizaram para facilitar a memorização e para dizer as palavras sem enrolar
ou travar a língua. Nesse momento, considere apoiar-se nas observações que fez dos
grupos para mediar o diálogo e a partilha.

PARA FINALIZAR:
Após a conversa, para valorizar ainda mais o envolvimento das crianças com a leitura
de travas-línguas, disponha as outras obras que você selecionou para a proposta e
convide-as crianças para manusear os livros, a fim de observarem os trava-línguas
presentes neles. Acorde que elas poderão fazer isso em grupos, a partir do que
observam na obra, apoiando-se umas nas outras.

DESDOBRAMENTOS
Você pode dar continuidade a essa atividade convidando as crianças para conversar
com os funcionários da escola, perguntando se eles conhecem algum trava-língua. Caso
os funcionários saibam, peça que os recitem para crianças e que as crianças recitem os
que aprenderam, proporcionando uma troca. Você pode ainda propor às crianças que
convidem os colegas das outras salas para brincar com os trava-línguas que
aprenderam. Considere também que, após a ampliação do repertório, a turma pode
construir um livro de trava-línguas em formato digital ou em formato físico, com escrita
de texto e ilustrações.

ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
Disponha em um espaço da escola aparelhos som ou iPads com o registro em áudio do
recital das crianças gravado por você. Insira fones de ouvidos nos dispositivos e, por
meio de um breve texto que contextualiza a proposta registrado em um cartaz, convide
as famílias para apreciar o recital de trava-línguas do grupo.
PLANO DE AULA: RIMA OU COMBINA? UMA BRINCADEIRA
COM AS PALAVRAS

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Escuta, fala, pensamento e imaginação
O eu, o outro e o nós

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03EF09) Levantar hipóteses em relação à linguagem escrita, realizando registros de
palavras e textos, por meio de escrita espontânea.
(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação
e cooperação.
(EI03EF07) Levantar hipóteses sobre gêneros textuais veiculados em portadores
conhecidos, recorrendo a estratégias de observação gráfica e/ou de leitura.

O que fazer antes?


Contextos prévios:
Para vivenciar essa proposta, é recomendável que você leia o livro “Rima ou Combina”,
da autora Marta Lagarta, para conhecer o conteúdo, e, especialmente, o poema
"Rima ou Combina", que será a referência para a atividade. Ler o livro antes de
apresentá-lo oportuniza maior fluidez e qualidade de leitura, visto que o poema nos
convida a uma leitura seguindo características de entonação e ritmo próprio. Ele revela
ainda cuidado ao apresentar-se como um bom modelo leitor para o grupo. Observe que
é fundamental que as crianças já tenham vivenciado propostas em relação às
dimensões sonoras das palavras, por meio de brincadeiras ou outros contextos de
aprendizagens.

Materiais:
Para a proposta desta atividade, tenha um exemplar do livro "Rima ou Combina”, da
autora Marta Lagarta. Sugerimos que, para a organização prévia da turma em pequenos
grupos, você utilize uma tabela, para que o grupo perceba a escrita dos nomes dos
componentes de sua equipe. Prepare a impressão de fichas para o registro das
crianças. Sugerimos que seja colado uma aba na ficha, de modo a cobrir a resposta da
rima ou combinação. Você pode fazer isso dobrando parte da folha ou colando um papel
de outra cor, para dar destaque a esse campo. Preveja que o grupo será convidado a
refletir sobre um primeiro grupo de palavras registradas em fichas. Organize nas mesas
de cada grupo lápis, lápis de colorir, borracha, canetas hidrográficas, cola e tesouras.

Espaços:
Observe a necessidade de um espaço para realização da roda de conversa, que
acontecerá no início da vivência, no qual você apresentará às crianças o livro “Rima ou
combina?”. Portanto, garanta que as crianças estejam sentadas de forma confortável,
para que seja possível a visualização por todas, como também. Assegure o acolhimento
das percepções das crianças acerca do poema. Observe que posteriormente à leitura
do poema, as crianças serão organizadas em 4 pequenos grupos e se acomodarão nas
mesas, também organizadas em pequenos grupos. Sugerimos que avalie se essa
organização de grupo atende com qualidade a sua turma. Caso considere importante,
faça a mesma proposta com dois pequenos grupos de 4 crianças por vez, enquanto as
demais estão fazendo outra atividade que realizam com autonomia. Organize o “kit” de
material para cada pequeno grupo nas mesas já organizadas com fichas de registros
(em uma quantidade maior do que irão utilizar caso necessitem refazer alguma), as
fichas de palavras, a composição do grupo e os materiais riscantes. Sugerimos a
preparação de um ambiente de jogos de encaixe, para que as crianças que terminarem
em tempos diferenciados, brinquem enquanto aguardam os outros grupos finalizarem.

Tempo sugerido:
Entre 50 minutos e 1 hora

Perguntas para guiar suas observações:


1. Ao observarem o livro, quais hipóteses as crianças levantaram acerca da obra?
Sugeriram temas apoiados nas ilustrações? Construíram hipóteses acerca do gênero
do texto apoiadas na organização do registro visual ou por meio da característica da
leitura?
2. Como as crianças se engajaram na construção de novas composições inspiradas no
poema? Apoiaram-se umas nas outras? Trouxeram contrapontos? Consideraram as
rimas e o sentido semântico? Apoiaram-se no livro da autora, buscando inspiração em
gravuras, por exemplo?
3. Quais estratégias as crianças traziam acerca do registro das palavras? Observavam
a sonoridade? Associavam as letras às palavras conhecidas, como o nome dos
colegas? Uma ajudou a outra nessa composição? Consultaram apoios presentes na
sala, como livros, bancos de palavras e fichas de nomes, por exemplo?

Para incluir todos:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as
necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Ao compor o agrupamento dos
pequenos grupos, oportunize os saberes diversificados entre as crianças quanto ao
campo da linguagem. Ofereça possibilidades de que, no grupo, a criação acolha os
saberes individualizados, mas que são complementares ao mesmo tempo.

O que fazer durante?

1
Convide as crianças para se acomodarem em roda com você. Diga que você preparou
um momento para que a turma brinque com as palavras e que, para isso, selecionou
um livro da autora Marta Lagarta. Conte que ela escreve textos divertidos que são
verdadeiras brincadeiras com as palavras, e que, ao lê-los, somos convidados a pensar
sobre os critérios que a autora utiliza para juntar as palavras nessas brincadeiras.
Apresente a obra ao grupo. Exponha a capa do livro, lendo o título, o nome da autora e
o nome do ilustrador. Instigue as crianças a sugerirem que tipo de brincadeira há
naquele livro, apoiadas pela observação da capa e título. Continue buscando as
impressões do grupo, folheando o livro e convidando as crianças para construírem
novas impressões a partir do conteúdo interno da obra. Neste movimento, observe se
as crianças levantam hipóteses acerca do gênero textual presente na obra através da
observação da disposição gráfica do texto. Em seguida, revele que o livro é composto
por quatro poemas e leia o título de cada um deles conforme for passando as páginas.
Ao chegar ao final, considere ler o pequeno texto presente na contracapa da obra.
Engaje o grupo na brincadeira presente no texto, que diz que, no livro, poesia rima e
combina com fantasia.
Possíveis falas e ações do professor: Pessoal, vou ler este pequeno texto da
contracapa. Uau! Acho que nossa leitura vai ser divertida, não é? Estou intrigada com
uma parte deste pequeno texto! Vou reler para vocês e vocês me dizem o que pensam
sobre o trecho: "poesia rima e combina com fantasia?" Poesia e fantasia rimam?
Combinam? Como assim?
2
Combine com o grupo que, para o contexto da atividade, vocês lerão e brincarão com o
poema Rima ou Combina? registrado nas páginas 13, 14 e 15 do livro. Contudo, diga
que o livro continuará na sala para que vocês conheçam e brinquem com os outros
poemas nos próximos dias. Inicie a leitura do poema, atentando-se ao fato dele ser um
poema brincante. Observe o ritmo, a entonação, a dicção das palavras e as pontuações
presentes no texto. Ressalte em sua leitura que, em algumas estrofes, há pontos finais,
e, em outras, exclamações, que convidam o leitor e ouvinte a pensar sobre a indagação
presente no texto. Ao concluir a leitura do poema, busque quais impressões as crianças
trazem acerca do texto. Observe se elas percebem as rimas e a brincadeira da autora
quanto ao sentido semântico das palavras.
Possíveis falas e ações do professor: Vocês gostaram do poema? Qual é a brincadeira
que a autora faz com as palavras nele? Algumas rimam, outras rimam e combinam,
algumas combinam, mas não rimam, outras não combinam e nem rimam… Ufa! Que
brincadeira genial! Deu um nó na minha cabeça! E na de vocês? O que acham de eu
reler o poema, fazendo pausas em cada estrofe para conversarmos sobre elas?

3
Leia cada estrofe do texto, fazendo uma pausa para conversar com o grupo sobre a
ideia da brincadeira da autora. Ou seja, investigar o porquê de a autora compor aquela
estrofe, indicando se as palavras rimam ou combinam.
Possíveis falas e ações das crianças: Eu sei por que vaca e café não rimam, mas
combinam! A vaca dá o leite e a gente adora tomar café com leite! Porque o café e o
leite são deliciosos e combinam. Vaca também pode combinar com achocolatado, né?

4
Continue investigando junto ao grupo a composição brincante da autora acerca das
palavras que fazem parte do poema. Instigue as ideias das crianças trazendo
provocações, apoiando suas relações e valorizando suas descobertas.
Possíveis falas e ações do professor: Vejam que a autora nos pergunta se toca rima ou
combina com oca. O que vocês acham? Vocês me disseram que rimam porque
terminam com o mesmo som, mas combinam? O que é uma toca? O que é uma oca?
Para que serve uma toca e para que serve uma oca? Ah, ótimo! O coelho mora numa
toca! E quem mora numa oca? Podemos dizer, então, que toca e oca rimam e
combinam?

5
Diga que, para continuarem a brincadeira com as palavras, você trouxe um desafio para
turma. Conte que a ideia é que, inspirada no poema da autora, a turma se organize em
4 pequenos grupos que deverão criar, cada um, 3 novas rima ou combina, para
desafiarem a comunidade e outras turmas da escola a descobrirem se as invenções da
turma rimam ou combinam. Instigue as crianças a refletirem sobre como podem assumir
o desafio de criar novas rimas ou combina mantendo a lógica da brincadeira do poema.
Busque oportunizar reflexões sobre como podem escolher novas palavras que rimam e
combinam, que rimam, mas não combinam, e que não rimam, mas combinam. A partir
das ideias apontadas pelas crianças, acorde que, para organizá-las, você trouxe
sugestões de registro para a nova brincadeira.

6
Diga que você apoiará o desafio de cada grupo e que, para isso, já trouxe a organização
da turma nos pequenos grupos registrada numa tabela. Diga que preparou uma ficha
especial para os registros dos desafios e selecionou algumas palavras, para que os
grupos utilizem para a primeira criação da ficha da brincadeira. Contudo, o grupo ainda
pensará em duas duplas de palavras para cumprirem o desafio da criação da
brincadeira. Caso considere que o desafio proposto na atividade possa ser complexo
para as crianças do seu grupo, crie estratégias considerando atender as características
da turma. Você pode, por exemplo, preparar algumas fichas de palavras para que as
crianças criem e registrem outra rima ou combina, ou, ainda, organizar diversas fichas
de rima ou combina, para que elas, brincando, descubram quais rimam ou combinam,
engajando-as na formação de pares de palavras.

7
Apresente a ficha de registro para as crianças ainda reunidas no grande grupo. Leia-a,
explicando cada campo. Conte que, abaixo do desenho, vocês colocarão uma aba de
papel para que a resposta do desafio fique tampada e a pessoa que está brincando se
arrisque antes de ver a resposta. Conte que a aba permite abrir e fechar a resposta.
Após explicar a ficha do registro da brincadeira, disponha no centro da roda as fichas
de palavras que preparou. Leia cada uma delas e instigue o grupo a fazer a junção das
duplas, indicando se rimam ou combinam. Neste momento, busque investigar com o
grupo o motivo para a junção de cada dupla de palavras, trazendo para a reflexão o
sentido da rima ou do campo semântico existente entre elas.
Possíveis falas e ações do professor: Vocês estão me dizendo que amarelinha e
diversão não rimam, mas combinam? Por que me dizem isso? O que faz com que elas
combinem?

8
Trace alguns combinados com a turma, tendo em vista a vivência nos pequenos grupos.
Acorde que as crianças, primeiro, devem decidir cada uma das duas duplas de palavras
que irão criar para o jogo e que, depois da decisão, traçarão acordos quanto a escrita
das palavras e ilustração na ficha. Diga que cada grupo receberá uma dupla de palavras
daquelas que estão no centro da roda e que farão a ilustração para que elas também
façam parte da brincadeira. Sendo assim, cada grupo estará com parte do desafio
cumprido, já tendo uma rima ou combina pensada. Após os acordos, apresente a
composição da turma nos pequenos grupos. Entregue as fichas de uma dupla de
palavras para cada grupo e indique o local que irão se acomodar, dizendo que todo
material necessário já está organizado nas mesas.

9
Circule entre a turma, a fim de observar como as crianças estão pensando na seleção
das duplas das novas palavras. Considere apoiar cada grupo, instigando a pensarem
também sobre o desafio que é compor três campos de rima ou combina.
Possíveis falas e ações do professor: Vejam, vocês já têm essa dupla de palavra, pé e
chulé, que rima e combina. Para completar o desafio, que tipo de palavras precisam
pensar? Isso mesmo! Que rimam, mas não combinam e outras que não rimam, mas
combinam. Vi que querem usar a palavra futebol! Para ser a dupla de futebol, vocês
querem rimar e não combinar ou combinar e não rimar? Preferem combinar e não rimar!
E que palavra pode ser essa? Ah, eu gosto da sua ideia! Vejam essa ideia de futebol e
Neymar! Vocês gostam? Então, agora, falta apenas mais uma. Precisa rimar, mas não
combinar! Vou deixar vocês pensando e vou no outro grupo. Depois volto aqui!

10
Continue apoiando os grupos, de forma a instigar as crianças a pensarem nos campos
de cada palavra. Observe que o campo semântico pode gerar alguns desafios entre o
grupo. Oportunize, nesses conflitos, mediações que convidem as crianças a ampliarem
e sistematizarem seus conhecimentos acerca das palavras.
Possíveis falas e ações do professor: Suponha que um grupo de crianças revela
enfrentar um desafio e estão discutindo a ideia acerca da palavra vaso. O grupo está
em busca de compor palavras que não rimam, mas combinam. Parte do grupo defende
a ideia de que flor combina com vaso e outra parte diz que não, afirmando que vaso é
para fazer xixi. Neste momento, você pode se aproximar do grupo e ajudá-lo a
compreender que existem sim as duas ideias, de que alguns vasos são para
acondicionar flores e que outros são os vasos sanitários para o banheiro. Você pode
ainda, convidá-las a pensar se não existe outra forma de construir a ideia de que flor e
vaso combinam, refletindo sobre a palavra jarro, por exemplo, ou apoiar as crianças de
forma que, a partir da ilustração dos objetos, elas encontrem maneiras para
caracterizarem o que querem dizer.
Após todos os grupos terem elencado suas duplas de palavras, combine com as
crianças que elas se organizarão para ilustrarem a brincadeira no campo da ficha. Faça
o acordo de que os grupos estabeleçam duplas ou trios para ilustrarem e completarem
as fichas da brincadeira, por exemplo, e que você irá em cada grupo para apoiar o
registro das palavras escolhidas, a fim de estabelecer a composição total das fichas.

11
Inicie. então, seu apoio à um grupo e instigue as crianças a pensarem acerca da escrita
de cada palavra. Observe a diversidade dos grupos que organizou, traçando para eles
mediações que os desafiem a ampliar suas estratégias de escrita. Observe que, a
depender de como agrupou as crianças, em alguns grupos você poderá apoiar a escrita
baseando-se em estratégias sonoras, em outros buscar a primeira letra da palavra ou a
escrita já ser feita com autonomia. Portanto, considere as características do seu grupo.
Observe que, a depender do contexto, você, ao refletir com as crianças sobre a escrita
das palavras, pode registrá-las em uma folha à parte, para que as crianças as transfiram
para a ficha da brincadeira.
Possíveis falas e ações do professor: Vocês escolheram as palavras Neymar e Futebol!
Então vamos começar com futebol? Alguém quer ser o escriba do grupo e registrar a
palavra? Alguém pode me dizer como escrevemos a palavra Futebol? Ah, ela tem a
mesma letra que Felipe, e qual o nome dessa letra?

12
Finalizando a escrita, convide as crianças a colarem a resposta no campo da ficha,
cumprindo todos os desafios da criação da brincadeira. Em seguida, peça que o grupo
organize o material utilizado e se acomode no espaço de jogos que preparou, para
brincarem até que todos os grupos finalizem seus desafios. Quando os grupos
concluírem as fichas e organizarem o espaço, convide as crianças para se sentarem em
roda e partilharem no grande grupo as brincadeiras de rima ou combina criadas. Em
seguida, devida com elas uma forma de expor e compartilhar a brincadeira, desafiando
as outras turmas e toda a comunidade a brincarem.
Considere que é fundamental que, ao longo da atividade, você observe o engajamento
da turma com a proposta. Caso sinta que as crianças estão cansadas frente à densidade
da atividade, você pode pausar a proposta e combinar com elas a continuidade no
próximo dia, ou em outro período do dia, por exemplo.

Para finalizar:
Organize com o grupo o dia que vocês farão a partilha da brincadeira com a
comunidade, elencando, a partir da proposta do grupo, todos os materiais que serão
necessários para essa ação. Registre a data no calendário da turma e, em seguida,
convide as crianças para a próxima proposta do dia.
Desdobramentos
Brincar com as palavras faz parte da nossa cultura popular e as crianças, desde cedo,
se engajam em jogos de linguagem, construindo ricos movimentos de aprendizagens
com foco no brincar pelo prazer e na ampliação e construções de sentidos acerca da
linguagem. Considere, no cotidiano do grupo, a leitura de outros poemas brincantes que
motivam a reflexão acerca do sentido das palavras. Uma sugestão é o livro "Você troca",
de Eva Furnari. Você pode, ainda, criar com as crianças novos poemas e brincar
oralmente com as novas palavras que estão emergindo no grupo por meio de parlendas,
trava-línguas e brincadeiras de roda que já fazem parte do repertório da turma. Outra
ideia para engajar o grupo é que a turma crie um jogo de tabuleiro de rima ou combina.
Nele, as crianças serão desafiadas a agruparem as imagens que rimam ou combinam.
Entretanto, busque engajar as crianças nesta criação, atribuindo à elas a escolha e
elaboração das palavras e imagens que farão parte do jogo.

Engajando as famílias
Prepare um convite com a turma para que as famílias apreciem a nova brincadeira
criada pelas crianças. Você pode engajá-las, na criação de um convite bem-humorado,
seguindo a brincadeira de rima ou combina.
PLANO DE AULA: O DESPERTAR DA SEXUALIDADE

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Corpo, gestos e movimentos

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos,
sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança,
teatro, música.

Objetivo(s)
• Desenvolver o reconhecimento de seu próprio corpo
• Desenvolver nos alunos o respeito pelo corpo (o próprio e o do outro).
• Refletir sobre diferenças de gênero e relacionamentos.

Ano(s)
Pré-escola

Tempo estimado
3 aulas

Material necessário
• Bonecas com sexos diferenciados
• Brinquedos de meninos e meninas
• Jogos de memórias com desenhos de meninas e meninos

Desenvolvimento
1ª etapa
Preparação da escola e da comunidade:

Capacitação da equipe - Professores e funcionários devem estar preparados para lidar


com as manifestações da sexualidade de crianças, devem ser preparados para entender
o despertar da curiosidade sexual das crianças.
Envolvimento dos pais - Faça uma reunião com as famílias para apresentar o programa.
Aproveite para falar brevemente sobre as principais manifestações da sexualidade na
infância.
Formação permanente - Organize um grupo de professores para estudar temas ligados
à sexualidade e discutir as experiências em sala de aula.

2ª etapa
1ª - Observar o que desperta curiosidade nas crianças, ao manusearem os bonecos
com sexos diferenciados;
2ª- Anotar as perguntas que elas fazem
3ª- Buscar brincadeiras que respondam, de acordo com a faixa etária, às perguntas
4ª- Conversar com as crianças sobre as diferenças das bonecas
5ª- Fazer com que as crianças reflitam sobre o que há em comum entre elas e as
bonecas
6ª- Brincar de jogo de memória (utilizando meninos e meninas) com as crianças para
que fixem as informações

Avaliação
Verificar quais os comentários realizados pelas crianças
PLANO DE AULA: INVESTIGANDO OBJETOS QUE FLUTUAM OU
QUE AFUNDAM

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações
Escuta, fala, pensamento e imaginação

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03ET02) Observar e descrever mudanças em diferentes materiais, resultantes de
ações sobre eles, em experimentos envolvendo fenômenos naturais e artificiais.
(EI03EF09) Levantar hipóteses em relação à linguagem escrita, realizando registros de
palavras e textos, por meio de escrita espontânea.

Ano(s)
Pré-escola

O que fazer antes?


Contextos prévios:
O dia a dia é cheio de transformações e desperta o interesse das crianças em explorar,
investigar e conhecer mais sobre o mundo que as cerca. Nesse sentido, a água, além
de chamar a atenção das crianças, é um elemento rico em possibilidades de exploração.
Os objetos utilizados no experimento serão coletados pelas crianças, mas é importante
que você antecipe alguns para auxiliá-las nessa escolha, como os que estão descritos
no item Materiais.

Materiais:
Material para registro escrito: Fichas impressas que serão utilizadas nos pequenos
grupos, papel, lápis grafite, lápis de cor e canetinhas.
Uma bacia para cada grupo. Garrafas ou potes de tamanhos diversos e baldinhos
plásticos para a coleta de água. Objetos diversos para a realização do experimento, a
serem escolhidos pelas crianças, como: papéis, papelão, borracha, pedaços de
espuma, buchas porosas, potinhos diversos, massinha de modelar, pregos, parafusos,
pedras etc. Panos para secar os objetos após o uso.
Celular ou câmera fotográfica para registro com fotos e vídeos.
Espaços:
Esta atividade será realizada em dois espaços. Se inicia na sala de atividades com uma
conversa envolvendo o grande grupo. Posteriormente, as crianças se organizam em
pequenos grupos e se deslocam, escolhendo os objetos para a experimentação, até se
encontrarem no espaço em que realizarão suas investigações. Por se tratar de uma
experimentação com água, é interessante que a atividade seja realizada em uma área
externa, em dia de sol, próxima a uma torneira. Terminada essa etapa, os pequenos
voltam para a sala, ainda em pequenos grupos, para registrar suas investigações. Por
fim, em uma nova roda com o grande grupo, as crianças socializam suas experiências.

Tempo sugerido:
Aproximadamente uma hora e 20 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:


1. Quais as hipóteses iniciais das crianças em relação aos objetos que flutuam ou
afundam? Quais estratégias utilizam para a coleta dos objetos que irão investigar?
2. Como as crianças se envolvem durante a investigação? Quais são as diferentes
ideias que surgem dentro dos grupos? Como reagem com a confirmação ou não de
suas hipóteses iniciais na conversa com o grande grupo?
3. Como interagem nos pequenos grupos para o preenchimento da ficha impressa sobre
suas investigações? Como as crianças se envolvem com as estratégias de desenho e
escrita espontânea?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo.
Esta proposta permite que as crianças exerçam sua autonomia, com participação ativa
no desenrolar dela. Esteja atento para que sejam valorizadas diferentes ações e
interesses de todas as crianças: na manifestação de ideias, na investigação, nos
registros, dentre outras; oferecendo o apoio necessário, favorecendo a cooperação
mútua e considerando outras alternativas para aquelas que não quiserem se envolver
na situação.
O que fazer durante?

1
Reúna as crianças no grande grupo e apresente a seguinte situação problema: outro
dia, enquanto a funcionária da limpeza da escola estava limpando a sala, você viu que
ela jogava algumas coisas no balde com água, como o pano de chão e a esponja, e
você observou que algumas coisas afundavam e outras não e ficou pensando por que
isso acontecia. Ouça o que as crianças acham disso e tenha atenção em seu
levantamento de hipóteses iniciais sobre o fenômeno. Peça que elas contêm situações
que já vivenciaram nas quais também perceberam isso, como por exemplo, na praia, no
rio, na piscina, na banheira, observando um adulto cozinhando.
Incentive que comentem sobre os diferentes materiais que podem afundar ou não
levantando questões como: Será que o pano afundou? E a esponja? O que acontece
quando nadamos? Se jogarmos uma folha de papel o que deve acontecer? Tenha em
mãos lápis e papel para registrar esse primeiro levantamento.

2
Pergunte às crianças como vocês poderiam descobrir mais sobre esse aspecto dos
objetos - os que flutuam e os que não flutuam - e, caso nenhuma ideia surja, sugira à
turma que vocês realizem experimentos para descobrir mais sobre isso. Pergunte quais
são os materiais de que precisam para que possam fazer esse experimento. A partir das
considerações das crianças, convide a turma para se reunir em pequenos grupos para
coletar os objetos que gostariam de investigar para descobrir se afundam ou não.
Combine com o grupo que os objetos poderão ser coletados dentro da sala, como
brinquedos e materiais de largo alcance (potinhos, tubos, pratinhos, tampas), mas diga
que também poderão ser retirados de alguma área externa, como gravetos, pedras e
folhas. Estabeleça que cada grupo poderá escolher até dez objetos para que realizem
o experimento. Combine que, para que todos possam saber o que foi descoberto pelos
grupos, depois irão realizar um registro e uma socialização de descobertas. Adiante
então a ficha impressa que todos utilizarão, para que tenham conhecimento da proposta
investigativa: experimentar, fazer descobertas e registrá-las.

3
Acompanhe as crianças na coleta dos objetos, observando e registrando os critérios
que os pequenos grupos utilizam para a escolha dos materiais e as narrativas que
surgem durante o percurso. Disponibilize as bacias que os grupos utilizarão neste
momento, de forma que possam utilizá-las para acondicionar seus objetos conforme as
coletam. Diga às crianças que elas terão até dez minutos para a escolha dos objetos e
auxilie os grupos no controle do tempo, para que possam se programar. Planeje parte
desse tempo para a coleta de algumas coisas na sala e depois siga para a área externa.
Peça para que confiram se dispõem dos dez objetos, para que possam fazer alguma
nova escolha, se for necessária, pois já irão se dirigir ao local do experimento na etapa
seguinte. Reserve uma bacia ou um espaço em que as crianças possam colocar os
objetos, caso tenham coletado a mais após conferir e escolher os que querem usar.

4
Combine com as crianças o local em que farão o experimento com água na área externa.
Tendo em mãos os objetos a serem investigados, pergunte para a turma o que mais
está faltando para que possam realizar o seu experimento. Ofereça então os materiais
que você separou para os auxiliar a encher suas bacias com água, como garrafas vazias
de tamanhos diversos, baldinhos de plástico, potes, dentre outros. Assim que todos os
preparativos para a investigação estiverem prontos, peça que cada pequeno grupo
mostre aos demais amigos quais foram os objetos que escolheram para suas
experimentações, quais acham que vão flutuar ou afundar e o porquê, fazendo suas
argumentações, para que possam comprovar ou não suas hipóteses durante o
experimento. Acompanhe e registre todos esses momentos - se possível, por meio de
vídeos - desde as estratégias para encher as bacias com água até a apresentação dos
objetos e o levantamento de hipóteses iniciais.

5
Convide os grupos para investigar as hipóteses com os objetos que escolheram e
informe que terão 30 minutos para realizar essa etapa. Pode ser que neste momento
alguma criança não queira realizar a investigação em si. Você pode sugerir que ela
utilize os materiais disponíveis em outra brincadeira que a agrade, seja escolhendo
outros objetos na área externa para brincar ou algum dos materiais que tenha sido
coletado a mais por algum grupo e deixado no espaço indicado por você. Incentive que
as crianças explorem os objetos de todas as formas possíveis. Por exemplo, pode ser
que algum grupo tenha optado por investigar a flutuação de um pote vazio com tampa.
Ao perceber que já exploraram esse pote fechado flutuando, você pode sugerir que
abram a tampa para conferir se irão observar outro resultado. Caso algum grupo tenha
escolhido papel como material para sua investigação, sugira que o experimentem de
várias formas: papel inteiro, amassado, dobrado, barquinho… É importante que você
não antecipe as ações deles, mas que esteja atento para potencializar as possibilidades
investigativas, intervindo quando necessário.

6
Ao perceber que as crianças já finalizaram suas investigações com os materiais
disponíveis ou passados 30 minutos de realização da atividade, avise que em cinco
minutos deverão finalizar suas observações para se dirigirem à sala e fazerem o registro
das investigações. Avise novamente em três minutos. Ao término do tempo, fale que
agora é necessário organizar o espaço para que vocês possam voltar à sala de
atividades. Caso ainda tenha sobrado água nas bacias e em alguma parte da área
externa existam árvores ou jardins, você pode incentivar que as crianças utilizem essa
água para molhar as plantas, evitando assim o desperdício. Caso isso não seja possível,
vocês podem ver um local para armazená-la, de forma a ser utilizada posteriormente
pela equipe de limpeza. Ofereça panos para as crianças enxugarem os objetos que
foram utilizados, pois se utilizarão deles na próxima etapa, e indique um local em que
possam deixar as bacias secando ao sol.

7
Ao chegar na sala, convide a turma para se organizar novamente nos pequenos grupos
para realizar o registro das investigações que foram feitas com a água. Disponibilize
uma ficha impressa por grupo, para que a partir do que observaram possam registrá-las
por meio de desenho e escrita espontânea. Oriente que as crianças deverão escrever o
nome dos objetos utilizados, se flutuaram ou afundaram e fazer um desenho de seu
experimento. Peça que se organizem dentro do grupo para combinar quem será
responsável por qual etapa do registro. Incentive que se utilizem dos objetos para
relembrar de suas investigações, conversando entre todos do grupo para se lembrar
quais foram os que flutuaram e quais afundaram, de forma a indicá-los no registro.
Adiante para as crianças que a etapa seguinte será uma socialização das experiências
de cada grupo, para que todos descubram os objetos que flutuam e os que afundam
que foram selecionados pelos diferentes grupos. Combine que terão 20minutos para
esse registro. Relembre ocasionalmente a contagem do tempo para que elas possam
se programar. Caso o interesse das crianças pela investigação tenha extrapolado o
tempo, essa socialização no grande grupo pode ser combinada para um outro momento,
a partir desses registros feitos pelos pequenos grupos
Para finalizar:
Convide as crianças para uma roda de conversa - grande grupo - para compartilharem
os resultados que obtiveram a partir de suas experimentações com a água. Convide-as
para ler os registros, contando os resultados e, em seguida, expô-los em um painel
coletivo. Caso algum dos grupos tenha feito o experimento com o mesmo material, peça
que comparem seus resultados para saber se foram iguais ou diferentes e por que.
Relembre com a turma o levantamento realizado antes do início das investigações, para
que possam verificar a confirmação ou não das hipóteses iniciais, ou a necessidade de
uma nova investigação para as dúvidas que não foram contempladas por seu processo
investigativo (que poderá ser planejada para um outro dia). Aproveite esse momento
para conversar sobre o que acharam da experimentação com a água, quais foram as
dificuldades que encontraram no processo etc. Terminadas as constatações, veja com
as crianças o que ainda precisa ser organizado na sala para que possam se dirigir à
próxima atividade do dia

Desdobramentos
Novas perguntas podem surgir a partir desse experimento. Incentive as crianças,
possibilitando que a turma busque informações sobre o assunto em diferentes fontes
como livros, revistas ou internet. Elas podem querer saber por que certos objetos
flutuam ou afundam, e essas informações podem também compor o painel em que
vocês expuseram os registros feitos. Ele pode ser montado de modo a contemplar todo
o processo investigativo - levantamento de hipóteses, experimentação, constatações -
e ser compartilhado com a comunidade escolar em uma área externa da escola. Vocês
podem realizar também outras investigações, como acrescentar uma quantidade de sal
na água para alterar sua densidade, refletir sobre as formas dos objetos, seus pesos,
enfim, buscar novos elementos que possibilitem outros resultados. É necessário que
você realize alguns testes antes de propor esses novos experimentos para as crianças.

Engajando as famílias
Incentive que as crianças contem para os familiares sobre os experimentos que fizeram
e suas descobertas. Solicite que convidem as famílias para ver os registros que foram
realizados e expostos no painel. Você pode também disponibilizar uma nova ficha
impressa para as crianças levarem para casa e, caso queiram, também realizar novas
investigações com seus familiares. Essas fichas podem ser trazidas para contribuir com
o painel das investigações.
Caso a escola utilize meios digitais e redes sociais para a socialização das experiências,
como website/facebook/blog, você pode se utilizar desses recursos para socializar os
vídeos feitos durante a realização das investigações.
PLANO DE AULA: PESQUISANDO SOBRE AS SOMBRAS

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Escuta, fala, pensamento e imaginação

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da
linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de
expressão.

Ano(s)
Pré-escola

O que fazer antes?


Contextos prévios:
O dia a dia é cheio de transformações e desperta o interesse das crianças por explorar,
investigar e conhecer mais sobre o mundo que as cerca. Nesse sentido, a sombra, além
de chamar a atenção delas, é um fenômeno rico em possibilidades de exploração. Esta
atividade foi inspirada pelas propostas apresentadas por este material, capítulo Luz e
Sombra, página 92. Aproveite para consultá-lo, conhecer mais sobre o assunto e propor
muitas outras investigações! É interessante que você se aproveite das situações do dia
a dia em que as sombras aparecem (como brincar de pular a sombra dos colegas no
chão) instigando a turma a olhar para esse fenômeno. Esta proposta busca um caminho
diferente, em vez de iniciar com o experimento da sombra, as crianças terão a
oportunidade de explorar diversas fontes de pesquisa como forma de investigação e,
posteriormente, confrontar as informações em um ou mais experimentos sobre o
fenômeno.

Materiais:
Disponibilize diversos materiais como fontes de pesquisa, organizando-os de maneira
convidativa e acolhedora em mesas ou tapetes e almofadas, em alguns cantos ou
estações, como:

1) Revistas, livros de pesquisa ou textos impressos adequados para a faixa etária e de


fontes como estas: Recreio online ou Ciências-Hoje-Crianças.
2) Imagens impressas e livros de literatura infantil que versem sobre o tema.
3) Conforme disponibilidade, utilize notebook, celular ou tablet para a reprodução de
pequenos vídeos que abordem o fenômeno sombra, como por exemplo: Teatro de
sombra com as mãos, Brincando com sombras.
Materiais para registro: quadro ou cartaz, giz ou canetão, papel sulfite e lápis de cor.

Espaços:
Esta atividade se iniciará na sala, a partir da investigação dos materiais de pesquisa
disponibilizados nos cantos previamente organizados pelo professor. Depois será
realizada em uma área externa, que poderá ser visitada diversas vezes no mesmo dia
para as observações. É importante que o professor escolha um local que disponha de
algum objeto fixo que as crianças possam ter como referência durante suas
observações, como uma árvore, poste ou algum muro da escola. Para que a observação
seja viável, é necessário que a atividade seja realizada em um dia de sol.

Tempo sugerido:
Aproximadamente uma hora e 15 minutos. É importante que as observações na área
externa aconteçam em momentos distintos, de forma que você possa se organizar para
realizar outras atividades da rotina nos intervalos.

Perguntas para guiar suas observações:


1. Quais são as hipóteses iniciais e os questionamentos das crianças em relação ao
fenômeno de projeção da sombra? Como elas se envolvem durante a investigação com
os materiais de pesquisa, buscando respostas para suas questões?
2. Quais são as diferentes hipóteses que surgem ao longo do processo investigativo?
Como as crianças se organizam para fazer observações e registros das sombras?
3. Como reagem com a confirmação ou não de suas hipóteses iniciais na conversa com
o grande grupo? Quais são as novas perguntas que surgem a partir do que foi
observado?

Para incluir todos:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo.
Esta proposta permite que as crianças exerçam sua autonomia, com participação ativa
no desenvolvimento da atividade. Esteja atento para que sejam valorizados diferentes
interesses e ações de todas as crianças: na manifestação de suas ideias, na
investigação, nos registros, dentre outras; oferecendo o apoio necessário, favorecendo
a cooperação entre elas, em especial nos momentos de deslocamento, de detalhamento
e descrição dos experimentos e de seus resultados. Considere outras alternativas para
aquelas que não quiserem se envolver na situação.

O que fazer durante?

1
Reúna as crianças no grande grupo e relembre com elas algum momento que o
fenômeno da projeção da sombra tenha sido tema do grupo, como em brincadeiras de
pega pega de suas sombras no pátio, de participação em um teatro de sombras, ou
outro. Instigue-as a falar sobre o fenômeno: o que é a sombra? Onde podemos observá-
la? Ela está sempre no mesmo lugar? Do mesmo jeito? Registre suas hipóteses iniciais
e também seus questionamentos sobre o tema no quadro ou em um cartaz. Mostre que
você organizou cantos com diversos materiais para que possam aprender mais sobre
as sombras. Sugira que se reúnam em pequenos grupos para que possam circular entre
os cantos para escolher se irão transitar entre eles, investigando as diferentes fontes,
ou permanecer em um mesmo canto, se preferirem, combinando de conhecer as outras
fontes de pesquisa em outro dia.

2
Diga para as crianças que elas podem assistir aos vídeos, manipular as imagens,
pesquisar nos textos e livros que foram disponibilizados nas estações para conhecer
mais sobre as sombras. Adiante para a turma que todos terão 20 minutos para a
exploração dos materiais, para que possam depois compartilhar o que descobriram no
grande grupo, e auxilie no controle do tempo, para que possam se programar. Enquanto
circulam pela sala, esteja atento a como se dão as interações das crianças com os
materiais nos pequenos grupos: como se dividem para o uso dentro do próprio grupo,
quais hipóteses e argumentações que surgem diante de um texto ou uma imagem, as
trocas de materiais que realizam durante esta investigação etc. Procure, neste
momento, além de observar, oferecer apoios necessários e também fazer
questionamentos que instiguem o olhar e a curiosidade das crianças sobre o que estão
vendo.
Possíveis falas do professor nesse momento: Ao chegar em um grupo que aprecia as
imagens, pergunte: Nossa, essa sombra é diferente dessa, vocês repararam? No que
elas se diferem? Ah, uma é mais comprida do que a outra. Por que será que isso
acontece? Vocês perceberam que algumas sombras são mais escuras (opacas) e
outras mais claras (translúcidas)? O que será que faz com que isso aconteça?

3
Tenha o cuidado de não se antecipar, mas esteja disponível caso alguma criança solicite
sua presença. É importante perceber qual é a necessidade de cada pequeno grupo
neste momento: os grupos que optaram pelos textos podem necessitar de um auxílio
maior na leitura, enquanto os que estão utilizando vídeos talvez precisem de ajuda
quanto ao uso da tecnologia ou para compartilhar os materiais. Já os grupos com
imagens e literatura infantil podem não requisitar tanto o seu acompanhamento. Adiante
para as crianças que para a próxima etapa elas irão selecionar algum material das
fontes de pesquisa para compartilhar o que observaram nele com todos no grande
grupo. Retome ao registro das hipóteses e questionamentos (etapa 1) auxiliando-as na
busca de informações nos materiais disponibilizados. Faltando cinco minutos para o
término desta etapa, avise as crianças que elas precisam finalizá-las, para que tenham
a oportunidade de investigar algum último material que não viram ainda ou já pensar
sobre o que irão utilizar na etapa de socialização. Avise novamente em três minutos.
Terminado o tempo, peça que selecionem o que irão compartilhar com o grande grupo
e que guardem os demais materiais nos cantos em que estavam convidando-os para se
reunirem novamente em roda.

4
No grande grupo, convide as crianças para mostrar os materiais selecionados e
socializar o que aprenderam a partir deles.… Registre essas novas considerações e, a
partir delas, proponha outras problematizações, favorecendo o diálogo e a
argumentação das hipóteses.
Pergunte às crianças o que podem fazer para confirmar algumas dessas descobertas.
Registre as diversas ideias de experimentos das crianças, como: observar suas próprias
sombras, observar as sombras de objetos, fazer um teatro de sombras, dentre outras.
Combine que podem fazer várias delas, mas sugira que neste primeiro momento se
dirijam para observar na área externa se encontram alguma sombra e que façam
registros a partir do que irão observar lá.
Possível fala do professor nesse momento: Um dos grupos comentou que para o teatro
de sombra precisa de uma luminária para aparecer os personagens no lençol. Aproveite-
se deste interesse para questionar: E as sombras que vocês viram nas imagens, das
árvores, das casas, como que aparecem? Será que temos sombra todos os dias? O dia
todo?

5
Peça o auxílio das crianças para levar papel e lápis de cor para os registros e se dirija
com o grande grupo até um local com sol na área externa. Convide-as para caminhar
em busca de sombras e provoque reflexões, com perguntas como as seguintes: o que
acontece com nossa sombra quando andamos? Será que há sombras que não estão
se movendo? Por quê? Chame a atenção delas para outros elementos do ambiente
neste momento, como a posição do sol no céu ou a quantidade de nuvens. Oriente que
observem bem como estão as sombras nesse espaço, apontando principalmente
objetos fixos como referência: uma árvore, um poste ou um muro. Sugira que se
posicionem confortavelmente para, individualmente, fazer um desenho das sombras
que podem ser observadas neste momento e que terão dez minutos para a realização
do desenho. Combine com o grupo que vocês irão retornar mais algumas vezes à área
externa para verificar se alguma coisa mudou. Auxilie as crianças no controle do tempo,
para que possam se programar em suas produções. Caso alguma não se interesse pelo
registro da observação em si, convide-a para fazer alguma outra composição que a
agrade.

6
Retorne com as crianças mais algumas vezes até esse mesmo local, para que observem
o que mudou. É interessante dar um tempo de intervalo entre as observações, para que
as crianças possam observar elementos como a mudança de direção das sombras a
partir de uma nova posição do sol, ou como uma área que estava exposta ao sol agora
está com sombra etc. Estimule que contem sobre as mudanças que estão observando
e oriente que façam um novo registro a partir dessas observações, auxiliando no
controle do tempo para que possam colocar em seu registro suas contemplações.

Para finalizar:
Ao término do último registro, convide as crianças para uma nova roda de conversa com
o grande grupo na qual vão falar sobre as observações que fizeram ao longo do dia.
Caso haja algum espaço agradável próximo ao local observado, se acomodem lá
mesmo. Caso isso não seja possível, retornem à sala para realizar essa etapa, mas é
importante ter em mãos todos os registros que foram feitos no dia, para que possam
compará-los nessa conversa. Leia para as crianças novamente as hipóteses levantadas
no início da atividade e as considerações que foram feitas a partir das fontes de
pesquisa, incentivando-as a compará-las com o que descobriram em suas observações,
com o apoio do registro realizado (desenho). Aproveite para conversar sobre o que
acharam do processo investigativo, do que gostaram ou não gostaram, se tem alguma
outra coisa que ainda querem saber sobre as sombras e quais outras experiências
podem realizar para descobrir mais sobre o assunto. Registre também as novas
sugestões do grupo, para que possam realizá-las em outro momento. Após conclusão
da conversa, organize o espaço com as crianças e siga para a próxima atividade do dia.

Desdobramentos
Novas questões podem surgir a partir dessas investigações, como dúvidas sobre o
movimento do sol, diferentes fontes de luz como lanternas ou lâmpadas. As crianças
podem observar, por exemplo, diferentes opacidades nas sombras e querer saber por
que isso acontece. Incentive-as, possibilitando a busca de informações em outras
fontes, ou até mesmo revisitando os materiais que já analisaram, agora com outro olhar.
Vocês podem realizar também outros experimentos sobre este fenômeno, como
acompanhar a sombra de um mesmo objeto, riscando-a com giz no chão ao longo de
um dia inteiro, fazer um teatro de sombras, experimentar com lanternas, desenhar as
sombras de pessoas e objetos no chão ou em folhas de papel.

Engajando as famílias
Incentive que as crianças contem para seus familiares sobre as descobertas que
fizeram. Você pode ser o escriba de um texto coletivo que as convide a pesquisar mais
ou a realizar alguns experimentos em casa, junto com suas famílias.
Vocês podem também expor os registros que foram feitos em um painel, elaborando
pequenos textos, por meio de escrita espontânea ou texto ditado ao professor, que
narrem o processo investigativo para as famílias.
Caso a escola disponha de meios digitais para compartilhar experiências, como página
no Facebook, site ou blog, utilize-se desses recursos para divulgar as descobertas feitas
pelas crianças.
PLANO DE AULA: EXPERIMENTOS COM TERRA, AREIA,
ARGILA E ÁGUA

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações
Corpo, gestos e movimentos
Traços, sons, cores e formas

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03ET02) Observar e descrever mudanças em diferentes materiais, resultantes de
ações sobre eles, em experimentos envolvendo fenômenos naturais e artificiais.
(EI03CG05) Coordenar suas habilidades manuais no atendimento adequado a seus
interesses e necessidades em situações diversas.
(EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura
e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais.

Ano(s)
Pré-escola

O que fazer antes?


Contextos prévios:
O dia a dia é cheio de transformações e desperta o interesse das crianças por explorar,
investigar e conhecer mais sobre o mundo que as cerca. Neste sentido, os elementos
da natureza, além de chamarem a atenção das crianças, são materiais ricos em
possibilidades de exploração.

Materiais:
Recipientes grandes, como baldes e bacias, para coleta e disponibilização de terra,
areia e argila. Terra e areia, de acordo com a disponibilidade da escola, que podem
estar no próprio tanque de areia ou em um monte próximo, para que os pequenos grupos
possam coletá-las. Argila em quantidade suficiente para exploração, manuseio e
construção pelas crianças. Garrafas ou jarras plásticas com água. Materiais que possam
auxiliar na composição das crianças, como baldinhos e forminhas de areia, potes,
palitos, peneiras etc. Folhas, gravetos e pedrinhas podem ser buscados pelas próprias
crianças na área da brincadeira, se desejarem. Suportes sobre os quais as crianças irão
produzir suas obras, de forma que elas possam movimentá-las, como pratos, vasilhas,
tábuas de madeira, tampas de pote de sorvete etc. Cartolina e canetinha, para que você
faça os registros das hipóteses das crianças (se tiver um cavalete para apoio, melhor).
Se possível disponibilize fotos de esculturas feitas em diferentes materiais, como pedra,
madeira, barro, areia (podem ser impressas ou projetadas) para que as crianças tenham
referências durante a conversa inicial. Celular ou câmera fotográfica para registro em
fotos e vídeos.

Espaços:
Essa atividade deve ser realizada em alguma área externa onde as crianças possam
utilizar livremente os materiais e elementos disponíveis. É necessário que o espaço seja
organizado previamente. Caso a escola disponha de um tanque de areia e canteiros
com terra, é interessante que o espaço escolhido seja próximo à estas áreas. Caso isso
não seja possível, disponibilize para a turma a areia e a terra em bacias, assim como a
argila. É ideal ter próximo ao local alguma torneira para a coleta de água pelas próprias
crianças. Depois das esculturas prontas, as crianças irão levá-las para expor e secar na
sala de atividades. Se tiver um cavalete disponível, deixe-o montado para fixar a
cartolina para registro das hipóteses e ações das crianças. A etapa 1 e para finalizar
acontecem na sala de atividades.

Tempo sugerido:
Aproximadamente 1 hora, levando em consideração a produção das esculturas e a
conversa com o grande grupo.

Perguntas para guiar suas observações:


1.Como as crianças reagem à diversidade de materiais oferecida? Que hipóteses
trazem sobre a utilização deles para construção de sua escultura?
2. Como se relacionam com as diferenças dos materiais disponíveis e com as
transformações observadas durante a experimentação? Que comentários fazem com
os colegas a respeito das investigações?
3. O que as crianças relatam sobre o processo de produção das esculturas e diante das
produções finais? Que relações fazem com suas hipóteses iniciais sobre como
utilizariam os elementos naturais para suas criações?

Para incluir todos:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as
necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Atente-se para que sejam
valorizadas as diferentes ações e interesses de todas as crianças durante a atividade,
seja interagindo com os variados materiais disponíveis, nas trocas entre os pares, no
grande grupo, na manifestação de suas descobertas, sentimentos e impressões sobre
a vivência etc. Ofereça os recursos necessários para que isso seja garantido,
respeitando aquelas que não quiserem se envolver na situação.

O que fazer durante?

1
Na sala de atividades, reúna as crianças no grande grupo e pergunte a elas se alguém
já viu uma escultura, se sabem o que é e do que pode ser feita. Para fomentar a
conversa, caso a escola disponibilize do recurso de impressão, é interessante levar
algumas fotos de esculturas feitas em diferentes materiais, como pedra, madeira, barro,
areia. Você pode conseguir algumas imagens em catálogos de museus ou levar uma
pequena escultura para que elas possam conhecer, caso disponha de alguma.
Dialoguem sobre como os artistas precisam tratar os materiais para compor a escultura,
aproveitando de vivências anteriores da turma na escola ou com a família. Compartilhe
a ideia de fazer uma escultura utilizando alguns elementos da natureza disponíveis na
escola. Digaque, para que possam se envolver nas produções, as crianças irão realizá-
las em uma área externa. Explique que você já organizou no espaço alguns materiais
que poderão utilizar, instigando-as a levantarem hipóteses sobre o que podem encontrar
lá. Adiante que deverão se dividir em trios para a confecção das esculturas. Peça que
se organizem nos grupos para irem até o local em que produzirão as obras. Se alguma
criança preferir elaborar sua construção sozinha ou em duplas, não se oponha.

2
Dirijam-se até a área externa que irão utilizar para a produção das esculturas. Transitem
pelo espaço para ver o que encontram e pensar nas possibilidades de esculturas que
podem fazer, nos elementos e objetos que querem utilizar etc.
Enquanto vocês circulam pelo espaço, diga para as crianças que elas podem utilizar os
diferentes elementos da natureza: terra, areia, argila, água, além de outros que podem
ser coletados no local, como pedrinhas, gravetos e folhas. Observem juntos os outros
materiais disponíveis, como tampas plásticas, potes diversos, peneiras, palitos e
forminhas. Após as explorações podem fazer uma para conversarem sobre as
possibilidades de criação das esculturas. Questione as crianças sobre como a areia,
terra e argila poderão se transformar em uma escultura, registrando com elas (sendo
você o escriba) estas primeiras hipóteses.

3
Combine que cadatrio pode realizar uma, duas ou até três esculturas, como preferir, e
sugira que planejem como farão a produção: se cada criança irá utilizar exclusivamente
um material para produzir algo, se irão misturar os materiais, se as três produzirão juntas
as obras etc. Mostre que você separou algumas bacias com argila. Diga que
disponibilizou baldes e bacias vazios para que possam coletar terra ou areia em seu
entorno, e garrafas plásticas para coletar água, que será utilizada nas esculturas, caso
precisem. Adiante que terão 30 minutos para a produção de suas obras, e que depois
elas serão transportadas para a sala de atividades. Apresente os suportes que você
separou, para que elas possam montar as esculturas em cima deles, facilitando o
transporte posterior. Esteja atento às interações e descobertas das crianças, suas
reações aos materiais oferecidos, como se dão as coletas, suas escolhas e as primeiras
experimentações neste momento de decidir o que irão utilizar.

4
Tenha em mãos celular ou câmera para registrar este momento, de forma que os
registros possam ser socializados posteriormente com as crianças. É interessante
realizar registros em vídeos, pois mostrará melhor as transformações dos materiais de
acordo com as ações realizadas pelas crianças. Caso alguma criança manifeste que
não deseja participar da brincadeira, convide-a para se envolver na atividade de uma
outra forma, seja te auxiliando nos registros ou utilizando os materiais disponíveis em
outra brincadeira. Observe e apoie as iniciativas das crianças, enriquecendo suas
investigações na produção das esculturas e trazendo elementos que ampliem as
possibilidades de interação com os materiais. Tenha o cuidado de não se antecipar as
iniciativas das crianças ou dirigir suas ações. Aproveite para se aproximar dos grupos e
registrar na cartolina suas impressões do contato com estes elementos. Faça perguntas
que os instigue a pensar sobre as cores, texturas, cheiros, sensações térmicas, dentre
outros critérios que chamem a atenção em uma primeira experimentação.

5
Incentive que, durante o processo criativo, as crianças investiguem, levantem hipóteses,
explorem e façam descobertas, de forma que possam observar e comentar sobre as
semelhanças e diferenças dos materiais e o que acontece quando adicionam água ou
misturam outros elementos, como argila e areia. Lembre-se que o objetivo não é apenas
o de criar uma escultura, mas, principalmente, investigar as possibilidades a partir das
ações sobre os materiais disponíveis até se chegar ao produto final. Um possível
desmoronamento de uma escultura de areia, por exemplo, pode provocar nas crianças
diversos questionamentos do porquê deste material se apresentar desta forma,
diferentemente dos outros. Assim, observe as explorações que acontecem nos grupos
e aja de forma a potencializar as descobertas das crianças, seja sugerindo o uso de
diferentes recipientes ou a mistura de diferentes elementos para obter outros resultados.

6
Nem todas as explorações e investigações fazem parte da elaboração das esculturas,
mas são importantes momentos de pesquisa das possibilidades de uso dos materiais
disponíveis. As crianças podem misturar diversos elementos e adicionar água. Talvez a
consistência fique muito líquida, sendo necessário começar tudo de novo, ou, pelo
contrário, fique muito dura, impedindo a possibilidade de dar a forma. Não interfira no
processo investigativo dando respostas, mas problematize para que as crianças
busquem sempre levantar e testar hipóteses, confrontá-las, argumentar as escolhas e
ações, fazer novas tentativas e descobertas etc.
Possíveis ações das crianças neste momento: Você percebe que uma criança tenta
utilizar uma das forminhas para criar uma escultura com a terra, mas ela observa que,
ao retirar a forma, ela se desmancha. Pergunte como ela acha que poderia mudar a
consistência deste elemento para melhor atender às necessidades.

7
Passados 25 minutos do início da atividade, informe que, em 5 minutos, elas deverão
finalizar as esculturas e transportá-las até a sala de atividades, para que sejam
guardadas até a secagem. Fale novamente em três minutos. Terminado o tempo,
combine para deixarem a escultura no local enquanto organizam os materiais nos locais
indicados por você. Devolva a areia e a terra que sobraram aos locais de origem. Dê
um destino adequado à água, como regar as plantas. Armazene a argila de uma forma
que não seque. Caso tenha sobrado argila sem uso que será utilizada em uma próxima
ocasião, uma sugestão é envolvê-la em jornal borrifando água todos os dias para mantê-
la úmida até que ela seja utilizada novamente. Se ainda assim ela endurecer, utilize esta
técnica para hidratá-la novamente quando for utilizar.

8
Assim que os materiais estiverem organizados, auxilie os trios a transportar as
esculturas com cuidado até a sala. Peça ajuda das crianças para encontrar um local na
sala em que as esculturas possam permanecer durante alguns dias, para que vocês
possam observá-las até secarem. O ideal é que seja um local da altura das crianças,
como alguma prateleira, mas que não seja espaço de passagem ou de muito
movimento. Assim, podem acompanhar o processo sem correr o risco de quebrar
alguma escultura acidentalmente. Após acondicioná-las, oriente que as crianças se
dirijam ao banheiro para lavar as mãos, para que possam se reunir novamente no
grande grupo.

Para finalizar:
Retornando à sala de atividades, converse com as crianças no grande grupo sobre
como foi a experiência de construir esculturas com diferentes elementos da natureza.
Incentive-as a se manifestar sobre como se sentiram durante a brincadeira, se havia
algum material que chamou atenção, se era conhecido ou desconhecido por elas, quais
misturas fizeram e deram certo, quais não deram, porque e como resolveu a situação
etc. Evite antecipar as falas delas e respeite aquelas que não querem falar neste
momento. Leia para as crianças o que foi registrado (cor, textura, consistência,
sensação térmica) e suas primeiras ideias sobre como fariam as esculturas. Possibilite
que manifestem novas impressões e descobertas a partir das transformações
observadas nos materiais durante a atividade. Pergunte se já viram o que acontece com
a areia, argila e terra depois que secam e o que acham que irá acontecer com as
esculturas. Registre também essas hipóteses para que possam confrontá-las assim que
as obras estiverem secas. Veja o que mais precisa ser organizado na sala para que se
dirijam à próxima atividade do dia.

Desdobramentos
Convide os pequenos a pensarem em nomes para suas obras, registrando em
pequenos cartazes por meio de escrita espontânea ou com sua ajuda como escriba.
Favoreça a observação das esculturas a cada dia, até que sequem completamente,
ampliando os registros já iniciados. Ao secarem, reúna-se novamente com o grupo para
conversarem a partir das hipóteses que foram registradas e sobre o observado. O que
ocorreu? Houve alteração de cor? Se algo quebrou ou não colou, por que aconteceu?
Como podemos arrumar? As fotos e vídeos realizados durante a atividade trazem
também possibilidades ricas de reflexões sobre suas experimentações. Essas
conversas podem gerar momentos de pesquisa em materiais diversos (internet, livros,
revistas) para buscar respostas aos questionamentos das crianças.

Engajando as famílias
Você pode organizar junto com as crianças uma exposição das esculturas (que antes
podem ser pintadas, se desejarem), convidando os familiares para as verem em algum
momento de saída. Os registros, escritos e por fotos, podem compor esta exposição,
fixados como uma linha do tempo em que seja possível observar os diferentes estados
e as transformações dos materiais que foram utilizados. Favoreça que as crianças
contem aos familiares sobre suas experimentações e o processo de produção da
escultura. Se a escola se utilizar de redes sociais para a socialização das experiências,
como website/facebook/blog ou grupos de whatsapp, compartilhe os registros feitos das
crianças investigando os diferentes materiais para a produção das esculturas.
PLANO DE AULA: EXPERIMENTOS DE EQUILÍBRIO COM
MATERIAIS DE LARGO ALCANCE

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Corpo, gestos e movimentos
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03CG05) Coordenar suas habilidades manuais no atendimento adequado a seus
interesses e necessidades em situações diversas.
(EI03ET04) Registrar observações, manipulações e medidas, usando múltiplas
linguagens (desenho, registro por números ou escrita espontânea), em diferentes
suportes.

Ano(s)
Pré-escola

O que fazer antes?


Contextos prévios:
O dia a dia é cheio de transformações e desperta o interesse das crianças por explorar,
investigar e conhecer mais sobre o mundo que as cerca. Neste sentido, fenômenos
físicos, como equilíbrio e atuação da força da gravidade, além de chamarem a atenção
das crianças, são ricos em possibilidades de exploração.
Como esta atividade prevê uma organização da sala em cantos com materiais variados,
selecione e organize o espaço previamente.

Materiais:
Organize em diversos pontos da sala diferentes cantos com uma diversidade de
materiais de largo alcance misturados, como blocos de encaixe, cilindros como pedaços
de cano de PVC, tubos de papelão, pequenas tábuas de madeira lixada ou MDF,
pratinhos de diferentes diâmetros e espessuras de plástico ou papelão, potes e copos
plásticos de diferentes tamanhos e diâmetros, dentre outros. Para se inspirar sobre as
possibilidades de uso com os materiais de largo alcance. Papel e lápis de cor para os
desenhos. Celular ou câmera fotográfica para fotos e vídeos.
Espaços:
Essa atividade pode ser feita dentro da sala de atividades ou em outro espaço onde seja
possível a organização dos materiais em cantos para a brincadeira em duplas com
registro. É interessante ser um espaço amplo e livre de móveis, para acolher a
organização das duplas. Organize o espaço antes do convite à turma para a brincadeira.
O registro será feito em folhas de papel sobre o chão e em frente ao colega que está
construindo. Para tanto, ofereça algum material de apoio, como prancheta, livro ou
caderno, para que a textura do piso não prejudique o desenho das crianças. Por fim,
haverá uma roda com o grande grupo para manifestarem as impressões e descobertas
sobre a experiência e socializarem os desenhos.

Tempo sugerido:
Aproximadamente 50 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:


1.Como as crianças manuseiam os objetos disponibilizados? Planejam
antecipadamente ou testam diferentes hipóteses a partir de construções que caíram e
observando peças que podem servir melhor para as necessidades?
2. Como as crianças resolvem o problema de uma construção com equilíbrio? Quais as
percepções que demonstram ao acrescentar novos objetos ou reconstruir com outras
peças buscando o equilíbrio da construção?
3. Quais estratégias utilizadas durante o registro do desenho? As crianças fazem
processualmente enquanto os amigos testam hipóteses ou aguardam até que a obra
seja finalizada? Buscam ser fiéis ao retratar os objetos ou atentam-se à forma?

Para incluir todos:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as
necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Esta proposta permite que as
crianças exerçam autonomia, com participação ativa no desenvolvimento da atividade.
Esteja atento para que sejam valorizadas as diferentes ações e interesses de todas as
crianças: a curiosidade durante as escolhas e investigações com os diferentes materiais,
as hipóteses que são testadas na brincadeira, as narrativas que surgem durante os
desenhos etc. Ofereça o apoio necessário, favorecendo a cooperação entre as crianças.
Considere outras alternativas àquelas que não quiserem se envolver na situação.
O que fazer durante?

1
Antes de entrar na sala, diga às crianças no grande grupo que você organizou o espaço
com um monte de coisas interessantes para brincarem, em duplas, de equilibristas.
Instigue-as a levantar hipóteses sobre o que irão encontrar para brincar neste dia.
Potencialize suas reflexões com questões, como: alguém já viu um equilibrista? O que
ele faz? Que coisas ele usa? Vocês já brincaram de equilibrar coisas?
Após a manifestação das crianças, convide-as para se organizarem nas duplas. Conte
que a ideia é criar construções que se equilibrem, sejam pirâmides, torres altas,
construções horizontais, dentre outras, e que elas poderão usar dos diferentes materiais
que estarão disponíveis. Diga que, nos primeiros 15 minutos, um dos amigos irá brincar
enquanto o outro registra por meio de desenho e escrita espontânea suas descobertas:
as construções que se mantiveram firmes ou não, onde cada objeto foi colocado, se foi
necessária alguma modificação na construção etc. Depois, elas irão trocar de lugar e
será a vez do outro construir. Primeiro, elas devem se deslocar pela sala para conhecer
a variedade de objetos que foi separada para a brincadeira.

2
Com certo suspense, abra a porta de modo que as crianças possam ver os objetos que
foram separados, se surpreender com eles e confirmar ou não suas hipóteses. Convide-
as para passearem juntas pela sala, para conhecerem a variedade de materiais
disponíveis nos cantos, descrever o que observam, se existem objetos do mesmo tipo
em todos os cantos (cilindros, pratos, blocos etc.) ou se tem materiais diferentes uns
dos outros nos cantos (como um cano de PVC que seja maior ou menor que os outros,
por exemplo). Dessa forma, elas pensarão nas possibilidades de exploração e de
equilíbrio no canto em que cada dupla escolherá se estabelecer. Esteja atento e apoie
as iniciativas neste momento, observando como se dão as escolhas nas duplas: se as
crianças decidem juntas ou se cada uma demonstra individualmente suas preferências
sem conversar com a outra. Oriente as duplas para decidirem quem irá brincar primeiro
e quem iniciará com o desenho, se este registro será feito durante a brincadeira em
cada hipótese que é testada ou apenas quando o colega finalizar uma construção.
Feitos os combinados e cada dupla tendo escolhido seu canto, já podem começar a
brincar.

3
Comente que, caso precisem de algum dos objetos que outra dupla selecionou e não
há mais disponíveis, elas podem conversar com os colegas e fazer trocas entre os
diferentes materiais disponíveis para brincar. Interaja com as duplas trazendo elementos
que ampliem e questionem suas interações com os objetos e as possibilidades
associativas entre materiais de formas diferentes ou iguais. Tenha o cuidado de não se
antecipar às iniciativas delas ou dirigir suas ações. Conversem sobre as hipóteses que
as crianças expressam nas escolhas durante a experimentação. Por exemplo: por que
pegam pratos maiores do que alguns potes? Por que preferem usar um cilindro mais
grosso do que um mais fino na estrutura da construção?
Se possível, tenha em mãos celular ou câmera para registrar este momento, de forma
que ele possa ser socializado posteriormente com as crianças.

4
Esteja atento às interações e descobertas das crianças, suas reações aos materiais
oferecidos, ao realizarem alguma ação e observarem o resultado e como se dão as
escolhas e experimentações. Caso alguma criança manifeste que não deseja participar
deste momento com os colegas, convide-a à participar de alguma outra forma, seja
brincando a maneira dela com os materiais disponibilizados ou desenhando outra
composição que a agrade. Procure, neste momento, além de observar, oferecer apoios
necessários e questionamentos que instiguem a curiosidade das crianças sobre o que
estão experimentando.
Possíveis falas do professor nesse momento: Uau! Essa torre que você construiu havia
ficado bem grande, heim? Por que será que ela caiu? Como será que você pode fazer
para que ela fique em pé? Tem algum outro objeto que pode te ajudar com isso?

5
Preste atenção nas investigações que as crianças realizam em cada uma das duplas.
Pode ser que algumas crianças utilizem materiais apenas de um mesmo tipo para suas
construções, como os blocos de encaixe, enquanto outras duplas optam por misturar
materiais diferentes. Problematize suas escolhas perguntando, por exemplo, por que
estão utilizando um objeto em detrimento de outro ou se já tentaram utilizar outro objeto
de formato semelhante, só que maior. Ao falar e argumentar sobre as escolhas, sobre
as estruturas montadas e os resultados que observa, a criança organiza o pensamento
projetando novas hipóteses. Algumas crianças podem se impressionar com construções
altas, enquanto outras se concentram com um pequeno número de objetos, buscando
equilibrá-los aos poucos. Todas as iniciativas são válidas. Acompanhe o que se procede
nas duplas, instigando-as às novas possibilidades. Sugira o uso de outros materiais ou
aumentar a quantidade, elevando, com isso, o grau de desafio, incentivando o colega
que registra a também manifestar sua opinião. Registre com fotos as construções feitas
pelas crianças para que todas tenham a oportunidade de conhecer as obras das colegas
em outro momento.

6
Preste atenção também na criança que está registrando: o que ela busca representar?
As ações do colega, como colocar ou retirar uma peça, ou as construções que são
feitas?
Observe se aquela que registra procura retratar exatamente os objetos e suas
quantidades ou se faz algum desenho com menos detalhes. Incentive que o colega que
está construindo veja o desenho do amigo e opine se está de acordo ou se há algum
elemento importante na construção que não foi levado em consideração no registro. Ao
registrar a brincadeira do colega, além da interação que se estabelece, a criança elabora
o pensamento lógico, confrontando as hipóteses do colega com as suas e ficando atenta
à forma resultante da construção em equilíbrio e à ação desenvolvida pelo outro,
intervindo, se desejar.
Possíveis falas da criança nesse momento: Eu consegui equilibrar 5 potes porque
coloquei os maiores embaixo e você desenhou o maior em cima, assim não daria certo!

7
Auxilie as crianças no controle do tempo, para que elas possam se organizar, garantindo
que os dois componentes da dupla tenham a possibilidade de brincar e realizar o registro
antes de se reunirem no grande grupo. Sinalize quando faltar 5 minutos, para que cada
um encerre sua parte e troque de lugar. Peça para finalizarem suas construções, os
equilíbrios que estão investigando e concluírem detalhes do desenho. Assim que ambos
da dupla tiverem brincado e registrado, quando estiver chegando próximo do momento
de finalizar esta etapa da atividade, avise que, em 5 minutos, precisam concluir para se
reunirem em roda. Passados os cinco minutos, comente que chegou o momento de
desmontarem as construções, guardarem os materiais no local indicado por você e se
organizarem em roda para compartilharem as descobertas feitas na brincadeira. Você
pode iniciar uma brincadeira que os motive a auxiliar neste momento, fazendo, por
exemplo, uma contagem regressiva com entusiasmo ou tampando seu rosto e contando,
como em uma brincadeira de esconde-esconde.
Para finalizar:
Já em roda com o grande grupo, convide as crianças para conversarem sobre a
experiência de brincar de equilibrista com os materiais disponíveis. Incentive-as a se
manifestar tanto sobre o equilíbrio quanto sobre observar e registrar as construções
feitas pelo amigo. Instigue-as a contar como se sentiram durante a brincadeira, se havia
algum objeto ou estratégia de equilíbrio que chamou sua atenção etc. Coloque-se a
partir do que as crianças trazem, evitando antecipar suas falas e respeitando aquelas
que não querem falar neste momento. Estimule-as a se manifestarem caso tenham
observado estratégias das outras duplas, se há algo que os amigos fizeram e que ainda
não tiveram oportunidade de fazer por estarem envolvidas em suas próprias
investigações. Possibilite que as crianças socializem seus desenhos se desejarem,
comentando sobre as dificuldades neste processo, qual estratégia combinaram de
utilizar durante os registros, o que a dupla observou ao comparar o desenho com a
construção elaborada etc. Finalizada a conversa, convide as crianças para verem o que
precisa ser organizado na sala para que vocês possam se dirigir à próxima atividade do
dia.

Desdobramentos
As crianças podem trocar os desenhos entre as duplas para produzirem as construções
registradas pelos colegas. Vocês podem aproveitar os desenhos feitos de outra forma:
proponha, por exemplo, que as crianças façam um novo desenho das construções que
foram feitas como se elas existissem no mundo real, relacionando suas formas com
construções de uma cidade, como prédios, casas etc. Assim, as crianças terão em mãos
seus primeiros desenhos para observar e aprimorar usando a imaginação. Elas também
podem trocar os desenhos entre as duplas. Vocês também podem pensar em sugestões
para uma próxima brincadeira, em que as crianças podem não só experimentar algo
que viram nas outras duplas, mas também pensar em outros objetos que podem ser
inseridos. Aproveite para socializar as fotos que foram tiradas de forma que possam
conhecer as construções que foram feitas por todos os colegas.

Engajando as famílias
Sugira que cada um leve o desenho que fez para contar para os familiares sobre a
proposta e convidar as famílias para buscarem juntos alguns outros materiais para
construir algo parecido com o que foi desenhado. Assim, terão a oportunidade de
realizar o processo inverso: o registro servirá como “manual de instruções” para uma
nova construção. As fotos podem ser utilizadas com este mesmo intuito, caso a escola
disponha do recurso de impressão. Vocês podem sortear as fotos das construções dos
amigos para que outros as levem para casa e tentem reproduzi-las com os materiais
dos quais dispõem.
PLANO DE AULA: CRIANDO UM MAPA DE UM TRAJETO
CONHECIDO

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações
Escuta, fala, pensamento e imaginação
O eu, o outro e o nós

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03ET04) Registrar observações, manipulações e medidas, usando múltiplas
linguagens (desenho, registro por números ou escrita espontânea), em diferentes
suportes.
(EI03EF09) Levantar hipóteses em relação à linguagem escrita, realizando registros de
palavras e textos, por meio de escrita espontânea.
(EI03EO02) Agir de maneira independente, com confiança em suas capacidades,
reconhecendo suas conquistas e limitações.

Ano(s)
Pré-escola

O que fazer antes?


Contextos prévios:
O dia a dia é cheio de transformações e desperta o interesse das crianças por explorar,
investigar e conhecer mais sobre o mundo que as cerca. Neste sentido, refletir mais
profundamente sobre um trajeto que lhes é costumeiro pode ser uma oportunidade rica
em possibilidades de exploração. A linguagem cartográfica é pouco desenvolvida na
escola, em especial na Educação Infantil, mas é algo que desperta muita curiosidade e
envolvimento. Nessa proposta, a escolha de trajeto para ser investigado é da sala ao
parque, pensando em algo que instigue as crianças, mas você pode adaptar a proposta
para outro trajeto, se desejar.

Materiais:
Papel, lápis-de-cor, lápis grafite, borracha e canetinhas hidrocor para os registros. É
interessante disponibilizar sulfite A3, devido ao seu tamanho maior e para já ambientar
as crianças no contexto da cartografia. Mas, caso isso não seja possível, você pode
utilizar o papel A4 ou craft cortado em tamanho similar ao A3. Exemplos de mapas para
crianças, para serem socializados com a turma de forma a possibilitar um contato com
este material. Você pode pesquisar na internet outras opções e providenciar a
impressão. Caso você tenha mapas de locais que visitou, como parques museus etc.
também pode levar para mostrar. Celular ou câmera para fotos e vídeos.

Espaços:
Essa atividade irá ocorrer em mais de um espaço. Se iniciará na sala com a
apresentação da proposta. Em seguida, vocês percorrerão o trajeto da sala até o
parque. Por fim, finalizarão com uma roda de conversa em algum local agradável do
parque.

Tempo sugerido:
Aproximadamente uma hora.

Perguntas para guiar suas observações:


1. Como as crianças interagem nos grupos e apresentam as hipóteses? De que maneira
ocorre a discussão e decisões do grupo dentre as diferentes sugestões de trajetos e de
formas de registro?
2. Como utilizam a língua escrita em seus registros do trajeto (elementos do local,
sinalizações, legendas)? Como articulam as diferentes hipóteses de escrita do pequeno
grupo durante o registro do mapa?
3.Quais comparações estabelecem entre o que registraram e o que observam durante
a realização do trajeto? Quais novos elementos foram acrescentados em seus
registros?

Para incluir todos:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as
necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Esteja atento para que sejam
valorizadas as diferentes ações e interesses de todas as crianças. Ofereça o apoio
necessário, favorecendo a cooperação entre as crianças, em especial nos momentos
de deslocamento, detalhamento e descrição das observações realizadas. Considere
outras alternativas àquelas que não quiserem se envolver na situação.
O que fazer durante?

1
Reúna as crianças no grande grupo e diga que sempre temos crianças novas chegando
na escola. Uma das dificuldades destes novos colegas pode ser de se situar no novo
ambiente, e conhecer a localização e melhor forma de locomoção. Diga: “e se, para isso,
tivéssemos um mapa?”. Instigue-as a expor hipóteses e experiências prévias com esse
recurso. Pergunte se já viram alguém da família utilizando este meio em alguma
situação ou se já visitaram algum lugar que dispõe de um mapa fixado, de forma a ajudar
os visitantes a se localizarem. Apresente os mapas que você trouxe de exemplo para
que, aqueles que não tiveram outra oportunidade, tenham contato com o material. Ao
circulá-lo entre as crianças para que todos possam ter a chance de observar, instigue-
as comentarem sobre eles. Por exemplo: o que será que este mapa está mostrando? O
que vocês observam no caminho? De onde podemos sair e para onde podemos ir
usando este mapa?

2
Apresente a ideia de elaborar um mapa da sala até o parque e, para isso, sugira que
relembrem juntos este trajeto, de modo que as crianças narrem os locais e pontos de
referência pelos quais passam para chegar até lá. Caso exista mais de um caminho
possível, vocês podem relembrar de todos, mas oriente-os que devem decidir por, no
máximo, dois trajetos para focar em seus registros. Caso necessário, vocês podem se
utilizar de estratégias como votação ou sorteio para optar por quais caminhos serão
registrados nos mapas das crianças.

3
Peça que se reúnam em trios ou duplas, buscando proporcionar uma reflexão coletiva
no decorrer da atividade. Não se oponha caso alguma criança queira realizá-la
individualmente. Caso alguma criança não queira participar desta proposta, ofereça a
ela os materiais disponíveis para criar alguma composição que a agrade e diga que,
depois, ela poderá acompanhar o mapa com algum colega. Assim que se reunirem da
forma que preferirem, ofereça as folhas de papel e materiais riscantes diversos (como
lápis de cor, lápis grafite e canetinha) para que possam utilizar no registro dos trajetos.
Diga que, juntos, irão elaborar o mapa do trajeto que fazem da sala ao parque, e que,
para isso, precisam conversar com o colega para decidirem o que vão representar no
papel. Adiante que, em um segundo momento, vocês irão percorrer os trajetos para
conferir se as informações do mapa os fazem chegar até o parque, se apresentam os
elementos e locais que tem pelo caminho ou se será necessário fazer acréscimos e
correções. Informe que terão 15 minutos para esta primeira etapa do registro e auxilie-
as na contagem do tempo, para que possam se programar.

4
Observe com atenção como se dão os diálogos e os registros das crianças neste
momento. Tenha o cuidado de não se antecipar, mas esteja disponível caso alguém
solicite sua presença. Observe como estão registrando, se há algum desacordo em
relação ao trajeto, como resolvem isso etc. É importante perceber qual a necessidade
de cada trio ou dupla neste momento. Pode ser que solicitem seu auxílio para escrever
alguma palavra ou um pequeno texto no mapa. Nestes momentos, incentive que façam
tentativas de registrar essas palavras a partir de outras que elas já conhecem. Possibilite
que, em duplas ou trios, construam novas hipóteses de escrita a partir da escrita
espontânea e da argumentação de suas ideias. Caso as crianças peçam que você as
ajude a construir o trajeto, tenha o cuidado de não fornecer as respostas, mas de fazer
perguntas que as ajudem a refletir sobre este caminho.
É provável ( e até esperado) que as crianças comecem desenhando seus mapas
ocupando uma parte grande da folha, ficando pouco espaço para concluir o desenho de
todo o trajeto. Neste caso, você pode questionar o que aconteceu, tentar identificar com
elas possíveis estratégias para resolver esta questão e oferecer outro papel.
Possíveis falas do professor neste momento: Quando saímos da sala para ir ao parque,
onde passamos primeiro? Que outros locais e outras coisas encontramos neste
caminho? Como podemos representar isso no mapa que estão fazendo?

5
Ao verificar que os grupos já estão finalizando seus mapas, ou assim que faltarem 5
minutos para o término, avise que precisam ir concluindo para que tenham a
oportunidade de investigar os trajetos presencialmente, verificando se os mapas que
construíram irão levá-los direitinho ao parque. Pode ser que os mapas não representem
realmente o caminho. Tenha isso em mente de forma a ajustar as expectativas: o
objetivo essencial desta experiência é que as crianças conheçam a função social desta
ferramenta. Terminado o tempo proposto, diga que agora irão para o parque,
percorrendo o trajeto registrado e observando com atenção se os elementos que
encontram pelo caminho estão presentes nos mapas ou se serão necessários
acréscimos e correções. Sugira que levem algum apoio, caso tenham necessidade de
alterar algo, como uma prancheta, caderno ou livro, e que escolham os materiais que
queiram levar neste momento, como lápis grafite, borracha ou canetinhas hidrocor. Caso
exista mais de um trajeto a ser percorrido, combine com as crianças em qual vocês irão
primeiro e o tempo que terão disponível para se dedicar à observação. Neste momento,
vocês podem estabelecer combinados de como agir, caso precisem fazer pausas
durante o trajeto, de forma que ninguém fique para trás.

6
Convide a turma para utilizar os mapas com a finalidade de descobrir se conseguem
chegar ao parque a partir deles. Sugira que se mantenham próximos, nos trios e duplas,
para que possam acompanhar, rever e completar os registros. Diga para que se
desloquem todos em um grande grupo, para que você possa acompanhá-los. Caso
alguma criança não queira participar desta etapa, convide-a para envolver-se de outra
forma, como registrando o deslocamen todo grupo por meio de fotos e vídeos. Enquanto
vocês transitam pelo espaço, oriente que as crianças tenham atenção aos mapas para
compararem se as informações que foram registradas estão de acordo com o que estão
vivenciando: o percurso a ser percorrido, pontos de referência de um ou outro lado etc.
Fique atento às observações e manifestações das crianças em relação ao registro que
fizeram no mapa dos elementos que compõem o trajeto e podem não ter sido notados
a princípio, como o refeitório, painéis informativos, plantas etc.
Possíveis ações das crianças neste momento: Você observa que um grupo de crianças
se orienta pelo caminho que já estão acostumadas e se esquecem de utilizar o mapa
que foi elaborado pelo grupo. Relembre-as da proposta, convidando a conferirem no
mapa se o caminho que estão fazendo está de acordo com o que foi registrado.

7
Tenha atenção à possível necessidade dos grupos de parar para acrescentar algo no
mapa e informe aos outros grupos quando isto acontecer. Lembre dos combinados que
foram feitos, tome cuidado para que ninguém seja deixado para trás e que todos possam
cuidar de seus registros com a atenção necessária.
Caso seja necessário (devido ao pouco espaço que pode ter no caminho que irão
percorrer e isso dificulte que eles possam abrir seus mapas e completar seus registros),
as crianças podem escrever ou desenhar em um pequeno papel o que falta e no parque,
antes da roda, deixe um tempo para que elas completem seus mapas.
Caso exista um outro trajeto a ser percorrido, repita o processo com as crianças.
Convide aquelas que registraram o primeiro caminho à auxiliarem os próximos amigos
na observação dos elementos deste novo caminho para a construção de seus mapas.
Possíveis falas das crianças neste momento: Uma criança manifesta que nunca havia
reparado que passava em frente da copa dos funcionários quando ia ao parque e que
precisou acrescentar isso em seu mapa.

8
Assim que chegarem ao parque, peça a ajuda das crianças para que encontrem um
local agradável no qual todas possam se reunir no grande grupo e compartilhar o que
acharam da experiência de construir o mapa para ensinar um trajeto à um colega novo.
Instigue as crianças a se manifestarem sobre o que acharam da investigação: como foi,
se conseguiram elaborar mapas que as trouxessem ao parque, as descobertas que
fizeram durante essa vivência, se algo ficou faltando e acrescentaram depois, se
precisaram corrigir alguma parte do registro etc. Pergunte também o que acharam da
proposta, se foi difícil, o que mais gostaram e se têm interesse em fazer novos mapas
em outras oportunidades. Acolha e valorize as manifestações das crianças neste
momento, mas respeite aquelas que não quiserem se colocar.

Para finalizar:
Após a conversa, indique um local para as crianças guardarem com segurança os
registros (como uma caixa) e quaisquer materiais que possam ter utilizado. Convide-as
para brincar no parque.

Desdobramentos
Existem várias possibilidades de propostas a partir dos registros que foram feitos neste
dia. Caso a escola tenha disponível, reproduza algumas cópias da planta da escola para
que as crianças possam compará-las aos seus mapas, observando os elementos que
estão presentes nela mas não nos registros, e vice-versa. Vocês também podem ampliar
o trajeto dos mapas, acrescentando o caminho da entrada até a sala, por exemplo. É
possível fazer um intercâmbio com turmas localizadas em outras partes da escola.
Socialize os mapas produzidos, elabore um texto coletivo (em que você seja o escriba),
convidando todas a percorrerem o trajeto que vocês fizeram e a elaborarem mapas de
outros trajetos, para que vocês percorram também. A representação de trajetos pode
ser realizada por meio de pequenas maquetes, utilizando objetos recicláveis, caixinhas,
massinhas etc.

Engajando as famílias
Como o registro foi feito em grupos, você pode disponibilizar cópias para que as crianças
levem para casa e convidem os familiares. Sugira que, em outro dia, percorram com
elas o trajeto, seguindo o mapa assim que chegarem na escola ou antes de irem
embora. Junto com as crianças, podem elaborar um convite aos familiares para que
escolham dois locais, produzindo um mapa de trajeto entre eles. Por exemplo: do quarto
até a cozinha, da casa à padaria, da escola à casa, de forma que estas novas produções
possam ser compartilhadas com o restante da turma posteriormente.
PLANO DE AULA: BRINCANDO COM A SONORIDADE DAS
PALAVRAS

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Corpo, gestos e movimentos
Escuta, fala, pensamento e imaginação

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e
jogos, escuta e reconto de histórias, atividades artísticas, entre outras possibilidades.
(EI03EF02) Inventar brincadeiras cantadas, poemas e canções, criando rimas,
aliterações e ritmos.

Ano(s)
Pré-escola

O que fazer antes?


Contextos prévios: A vivência dessa proposta pede que você se familiarize previamente
com o conteúdo do vídeo do Território do Brincar. Isso te garantirá uma percepção maior
acerca das brincadeiras exploradas no vídeo e ampliará as possibilidades de sua
mediação durante a atividade. Também é importante considerar que as crianças de seu
grupo já tenham vivenciado algumas brincadeiras em que estratégias de participação e
interação em duplas tenham sido experimentadas. Você pode utilizar apenas o áudio
para as crianças, se necessário, brincarem e decorarem a música.

Materiais:
Para a proposta desta atividade, será necessário a organização de recursos digitais,
como computadores ou notebooks conectados a um projetor e a uma rede de internet.
Considere ainda que há a proposição de gravar digitalmente as experiências das
crianças. Por isso, preveja o dispositivo do qual fará uso nesse momento e prepare-o
com antecedência.
Espaços:
Observe a necessidade de um espaço para realização da roda de conversa, que
acontecerá no início da vivência. Nele, você apresentará às crianças o vídeo, que será
a inspiração inicial da proposta. Portanto, é importante garantir que elas estejam
sentadas de forma confortável, para que seja possível a visualização por todas.
Também é necessário assegurar o acolhimento das percepções das crianças acerca do
conteúdo do vídeo. Observe que, posteriormente à visualização do vídeo, as crianças
formarão duplas. Sendo assim, considere a flexibilidade do espaço para beneficiar essa
organização e a necessidade de movimentação das crianças ao longo da vivência.

Tempo sugerido:
Aproximadamente 40 minutos

Perguntas para guiar suas observações:


1. Como as crianças se engajaram na construção de aliterações para a brincadeira?
Apoiaram-se umas nas outras? Acolheram as ideias do grupo? Trouxeram contrapontos
considerando as vogais?
2. As crianças seguiram os gestos sugeridos no vídeo ou criaram novos, considerando
o contexto e os pares envolvidos na brincadeira?
3. Quais estratégias estabeleciam para adequarem seu corpo na brincadeira?
Encontravam maneiras que tornavam os movimentos mais fáceis e harmoniosos,
ficando mais próximas de sua dupla? Estabeleceram códigos, como piscar, abrir mais
os olhares, para indicar a passagem de uma vogal para outra na canção?

Para incluir todos:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as
necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Proponha alternativas para
melhorar a qualidade das interações, traçando estratégias para que uma criança ajude
a outra. Se, no grupo, houver crianças com necessidades físicas ou limitações, sugira
movimentos diferenciados que acolha as suas particularidades com naturalidade,
qualidade relacional e principalmente a participação ativa de todos.
O que fazer durante?

1
Convide o grupo para se reunir em roda com você. Comente que, recentemente, assistiu
a um vídeo em que as crianças participavam de brincadeiras que cantavam e faziam
movimentos corporais, como palmas. Você pode questionar se as crianças conhecem
alguma brincadeira desse tipo. Caso receba uma resposta positiva, peça que
demonstrem a maneira de brincar. Depois de as crianças compartilharem suas
brincadeiras conhecidas, convide-as para assistir ao vídeo. Nesse momento, oriente-as
para que se acomodam de modo que permita que todas as crianças do grupo consigam
estabelecer uma boa visualização da projeção. Confira se todas estão confortáveis, e,
então, iniciei a exibição do vídeo. Aprecie junto às crianças. Quando chegar ao final da
apresentação, proponha uma conversa sobre as brincadeiras representadas no vídeo.
Possíveis falas e ações do professor: Então, turma, vocês já brincaram com alguma
brincadeira demonstrada no vídeo? Qual dessas brincadeiras vocês não conheciam?
Qual vocês mais gostaram ou menos gostaram? Por quê?

2
Após as expressões das ideias das crianças sobre o conteúdo do vídeo, diga que uma
brincadeira chamou mais sua atenção e que irá retornar o vídeo para que possam
visualizá-la. Retorne até o tempo de 1m27s, em que a brincadeira "Parara parati" é
representada. Convide o grupo para que observem com atenção e tentem perceber
detalhes desta brincadeira. Ao término da exibição, investigue com as crianças as
mudanças presentes na brincadeira. Nesse momento, pergunte se elas saberiam dizer
o que muda entre a primeira, a segunda e a terceira vez que as crianças cantam. Atente-
se ao fato de que cada criança tem seu estilo de perceber as informações. Assim, nesse
momento de destacar a brincadeira que impulsionará a atividade, considere que
algumas crianças prestarão mais atenção nos gestos realizados, outras na canção que
acompanha a brincadeiras e outras observarão detalhes, como a alteração sonora, por
exemplo. Escute atentamente as ideias que trazem e observe se alguma criança traz a
percepção de que há mudança na sonoridade das palavras da canção. Caso nenhuma
criança traga essa observação, indique, chamando a atenção para a letra da canção e
para a troca de vogais. Para evidenciar as mudanças, convide as crianças a assistirem
a brincadeira mais uma vez.

3
Quando as crianças perceberem as mudanças de sonoridade presentes na canção da
brincadeira, converse com elas. Convide-as a pensarem sobre quais outras formas
poderiam cantar e como ficaria a canção. Organize as falas, oportunizando que
experimentem e testem as possibilidades pensadas por elas, trazendo para o momento
um contexto lúdico em que as crianças ampliam o repertório para a brincadeira de forma
divertida. Acompanhe as investigações que a turma fará para construir as novas
versões, atentando-se para as mais variadas formas de construção. Não interfira ou
chame a atenção direta quanto a alteração das vogais para a mudança da sonoridade
da brincadeira. Permita que elas testem e troquem entre si, potencializando a
investigação que estão fazendo. Sendo assim, acolha as percepções das crianças,
inclusive se trouxerem consoantes como uma nova possibilidade.
Possíveis falas e ações das crianças: Ah, já sei! Olha, pararaparati, perereperiti,
piriripiriti, pororoporoti... Está vendo? A música muda!
Possíveis falas e ações do professor: Considerando que a criança, ao expressar sua
percepção acerca da canção, revela conhecer a alteração sonora, o professor pode
lançar essa percepção ao grupo, buscando que crianças a ampliem. A depender do
grupo, o professor pode propor a escrita dessas palavras no quadro, sugerindo que as
crianças ditem, para que observem a alteração sonora mediante a vogal.

4
A partir disso, convide as crianças para que, em duplas, criem gestos e brinquem com
a canção. Após um certo tempo de brincadeira, proponha que cada dupla escolha uma
variação da letra da música, ou seja, uma vogal para brincarem, criando novos gestos.
Diga que, depois, elas irão apresentar essa nova forma para os colegas. Combine com
elas que você irá gravar as apresentações, para que depois vocês compartilhem a
brincadeira em vídeo com as crianças de outras salas. Acorde com a turma o tempo que
as duplas terão para treinar o jogo de mãos com a variação da vogal escolhida.
Conforme indicarem que estão prontas, peça que se acomodem novamente em roda.

Para finalizar:
Assim que todos os pares estiverem reunidos em roda, organize as apresentações,
combinando com o grande grupo qual dupla será a primeira e qual será a sequência das
demais. Ressalte que, assim que a dupla iniciar a apresentação, você dará início a
gravação. Portanto, há necessidade de que, neste momento, as outras crianças cuidem
para não interferir na apresentação das duplas, de modo a garantir a qualidade da
gravação da voz e movimentos corporais dos colegas.

Desdobramentos
Você pode dar continuidade a essa atividade perguntando às crianças com quais
canções ou parlendas conhecidas por elas seria possível fazer a mesma brincadeira. A
partir das ideias das crianças, proponha que elas escolham uma canção ou parlenda
que gostam e se organizem em duplas, trios ou quartetos, para brincarem fazendo
alterações nas palavras a partir da inserção de vogais. Considere filmar essas
novidades para compor uma coletânea de brincadeiras cantadas da turma.
Engajando as famílias
Organize um momento de cinema na sala e prepare pipoca. Peça às crianças do seu
grupo que elaborem ingressos para convidarem as das outras salas, bem como as
famílias e quem mais desejarem convidar. Compartilhe com o público o vídeo das
brincadeiras cantadas da turma.
PLANO DE AULA: IGUAIS EM NOSSAS DIFERENÇAS

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Corpo, gestos e movimentos

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos,
sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança,
teatro, música.

Ano(s)
Pré-escola

Objetivo(s)
• Trabalhar a questão da diversidade semanalmente em sala de aula.
• Abordar identidades raciais e de gêneros.
• Estimular o respeito às diferenças, elencando as atitudes e valores.

Conteúdo(s)
Relação entre objeto e o ser humano; oralidade; cultura; artes.

Tempo estimado
O ano todo.

Material necessário
• Literatura infantil mundial, CDs, DVDs, brinquedos e instrumentos musicais.
• áreas fora de sala de aula.
• revistas, 1 caixa de sapato encapada com desenhos das crianças.
• papel com texturas diferentes e cores diferentes, folhas A3 de várias cores.
• caneta pincel, giz de cera, lápis de cor, cola colorida, linha. barbante, tinta
guache (materiais diversos, onde a criança possa ter autonomia de escolher,
seguindo a sua identidade única.)
• máquina fotográfica.
Desenvolvimento
1ª etapa
Em um dia da semana escolhido pelas crianças, estipula- se como um combinado, de
que cada criança, terá a oportunidade de trazer de casa, um objeto dentro do Quadrado
Mágico. As crianças deverão adivinhar, o que o(a) colega trouxe, e explorar dentro da
identidade, diversidade e gênero aquele objeto.
A criança que trouxe o objeto deve ser convidada a registrar, na forma que quiser, o que
trouxe ou que aconteceu em folha A3, que será anexada ao livro da diversidade da
turma. E ser explorado a cada momento.

2ª etapa
Para que a postura em casa ajude a iniciativa na escola, envolva os pais no trabalho.
Organize uma reunião com eles para explicar a importância de abordar a diversidade
no dia a dia. Estimule que cada um faça um exame crítico de seu próprio
comportamento, refletindo sobre como isso influencia os pequenos.

3ª etapa
No convívio com as crianças, ao notar manifestações de preconceito, intervenha
mostrando a importância do respeito às diferenças e da autoaceitação. Uma boa
estratégia é apoiar-se nos exemplos trazidos pelo material selecionado e nas
regras(combinados).

Avaliação
No livro de registro individual e particular do(a) professor(a), crie um espaço para o
registro do comportamento em relação às questões de raça, gênero e deficiência.
Considere também a produção da turma (desenhos, cartazes etc.) para identificar os
que precisam de apoio para aceitar sua identidade e a dos colegas.

Flexibilização
LDB Art. 29 A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem com finalidade
o desenvolvimento integral da CRIANÇA até os seis anos de idade, em seus aspectos
físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da
comunidade.
PLANO DE AULA: MÚSICAS PARA CRIANÇAS

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Corpo, gestos e movimentos

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03CG03)
Criar movimentos, gestos, olhares e mímicas em brincadeiras, jogos e atividades
artísticas como dança, teatro e música.

Ano(s)
Pré-escola

Objetivo(s)
• Ampliar o repertório musical das crianças
• Aprender a ouvir/apreciar músicas diversas
• Conhecer alguns poemas ou obras literárias musicadas

Conteúdo(s)
• Escuta musical
• Repertório musical
• Poesia
• Canções

Tempo estimado
Um semestre

Material necessário
Você vai precisar de alguns livros e de um aparelho de som.
Para a realização desta sequência, sugerimos algumas obras musicais com as
características pedidas pela atividade:
CDs: A Arca de Noé - volumes 1 e 2 (poemas de Vinícius de Moraes), Universal; De
Paes para Filhos, de Paulo Bi (poemas de José Paulo Paes), MCD Records; Quero
Passear, do Grupo Rumo, Palavra Cantada; Canções dos Direitos das Crianças,
diversos artistas, Movieplay.
Desenvolvimento
1ª etapa
Introdução
Nesta sequência de atividades, além de ampliar seu repertório musical, as crianças
podem conhecer um pouco mais sobre a canção uma composição normalmente curta,
que combina música uma melodia com poesia a letra.
Na primeira atividade, leve o aparelho de som e apresente para a classe o que escutarão
juntos. Conte às crianças que algumas das canções que vão ser ouvidas foram
originalmente escritas como poesia.
Ao fim de um período, todos devem saber cantar as músicas aprendidas, e podem
cantar com a gravação.
Faça com que a atividade de escutar canções e poemas musicados seja um momento
especial: crie uma aconchegante roda de música, na própria sala de convívio diário, e
realize esse encontro, por exemplo, duas ou três vezes por semana. Depois de
conhecidas, as músicas passarão a fazer parte do repertório das crianças, e poderão
ser tocadas e ouvidas em outros momentos do dia.

Avaliação
Quando a atividade envolve música, é importante que o professor não compare as
aprendizagens, mas que consiga observar as características de cada criança dentro do
grupo. Ao escutar uma canção, elas não manifestam seu prazer e seu interesse da
mesma maneira. Nem todas dançam ou batem palmas; algumas preferem se manter
atentas, apenas escutando, o que não significa não gostar do que ouvem. É importante
que o professor reconheça as manifestações de prazer e desprazer de seus alunos
diante da música. Ele pode organizar rodas de apreciação musical, em que todos
conversarão sobre suas músicas preferidas, sobre porque gostam ou não de
determinada obra. Com isso em mente, podem ser bons critérios de observação: - As
crianças incorporaram canções apresentadas na roda de música ao seu repertório?
Cantam-nas espontaneamente? - As crianças se interessaram em procurar e localizar
os poemas/letras de canções nos livros? - As crianças pedem, em outros momentos do
dia, para que o professor toque as canções que escutaram na roda de música? Quer
saber mais? INTERNET Declaração Universal dos Direitos da Criança - Unicef A poesia
infantil no Brasil: um panorama histórico, por Luís Camargo (escritor e ilustrador de livros
para crianças) A arca de Vinícius de Moraes (letras dos poemas e link para ouvir as
canções) BIBLIOGRAFIA A Arca de Noé, de Vinícius de Moraes, Cia. Das Letrinhas;
Poemas para brincar, de José Paulo Paes, Ed. Ática; Declaração dos Direitos das
Crianças, documento elaborado pela Organização das Nações Unidas, a ONU.
PLANO DE AULA: DE ONDE VEM A NOSSA COMIDA?

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Corpo, gestos e movimentos
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03CG04) Adotar hábitos de autocuidado relacionados a higiene, alimentação,
conforto e aparência.
(EI03ET01) Estabelecer relações de comparação entre objetos, observando suas
propriedades.

Ano(s)
Pré-escola

O que fazer antes?


Contextos prévios:
Esta atividade depende de um planejamento anterior, a ser realizado junto às crianças,
a partir da pergunta: De onde vem a nossa comida? E do levantamento de suas
hipóteses sobre o assunto. Para a organização da visita, dialogue com elas sobre:
estabelecimentos onde as famílias compram alimentos (preferencialmente um mercado
que dispõe de produtos industrializados e in natura, mas, dependendo da
disponibilidade no bairro, pode ser uma feira, quitanda etc.); aspectos a serem
observados durante a visita; perguntas que podem ser feitas aos funcionários;
combinados para o trajeto de ida e vinda etc. Registre a conversa, elaborando com a
turma um roteiro de observação, que vocês irão utilizar durante a visita. Como haverá
saída das crianças da escola, é necessário ter em mãos autorizações dos pais ou
responsáveis. Caso alguma criança esteja sem autorização, a escola precisa se
adequar para seu atendimento enquanto o grupo realiza a visita. É importante também
ir antes ao local, para fazer combinados com o proprietário, se for um estabelecimento
fechado como mercado, apresentando, inclusive, o roteiro que foi elaborado com as
crianças.

Materiais:
Cópias do roteiro de observação da visita, realizado anteriormente com as crianças,
uma para cada grupo. Para documentação da atividade: celular ou câmera fotográfica.
Material para a produção das crianças: papel sulfite, lápis grafite, lápis de cor,
canetinhas, giz de cera. Varal ou painel para que elas possam expor as produções.

Espaços:
Esta atividade se iniciará dentro da sala com uma conversa envolvendo o grande grupo.
Depois, vocês sairão pelo bairro em direção a um mercado ou a uma feira onde
realizarão a visita. Será necessário o auxílio de outros dois educadores para esta
atividade, para que a turma possa ser dividida em três grupos e que cada um tenha o
acompanhamento de um adulto, durante o deslocamento e no local. A divisão em grupos
também favorecerá as investigações ao longo da visita. Por fim, retornarão à sala para,
individualmente, registrarem impressões sobre a visita.

Tempo sugerido:
Aproximadamente uma hora e 15 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:


1. As crianças se envolveram demonstrando independência e confiança ao propor
questionamentos para o momento da visita que melhor atendiam aos seus interesses?
2. Quais foram as manifestações durante a realização da visita? Em suas observações
elas estabelecem vínculos com aspectos de seu cotidiano?
3. Como ou quais estratégias usaram em seus registros que mostram as observações,
explorações e descobertas que realizaram durante a visita?

Para incluir todos:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo.
Esta proposta permite que elas exerçam sua autonomia, com participação ativa desde
o planejamento da atividade. Esteja atento para que sejam valorizadas as diferentes
ações e interesses de todas as crianças: durante a elaboração dos combinados para o
passeio, suas interações durante a realização da visita, o registro individual após o
retorno em sala, dentre outros. Para garantir a segurança das crianças e poder oferecer
auxílio a elas durante a visita, é fundamental ter outros adultos acompanhando o grupo
na saída. Combine previamente com eles como te auxiliar durante a atividade.
O que fazer durante?

1
Reúna as crianças no grande grupo e, tendo em mãos o roteiro que foi feito com elas
sobre as coisas que gostariam de observar durante uma visita a um mercado ou a uma
feira, leia-o, para que possam rever o que foi pensado pelo grupo anteriormente.
Compartilhe com a turma que você encontrou um local próximo da escola onde essas
observações poderão ser realizadas, e, ao dizer o nome do mercado (ou local da feira)
pergunte quem conhece ou já foi a esse lugar. Nesta conversa, analise com as crianças
se há necessidade de adequar alguma coisa desse roteiro de observação que vocês
elaboraram, a partir do que elas já sabem que existe lá ou do que ainda querem saber.
Lembre-se de combinar esse passeio previamente com a gestão, para que outros
funcionários possam acompanhar o grupo e para que todos possam se deslocar até o
local sem preocupações e com acompanhantes em cada um dos grupos.

2
Faça os combinados com as crianças de forma que todos possam se deslocar em
segurança e, ao mesmo tempo, observar e ouvir umas às outras. Neste momento,
informe que, para que todos tenham a oportunidade de realizar as investigações do
roteiro que vocês organizaram, a sala se dividirá em três grupos, e que cada grupo será
responsável por uma parte do roteiro. Separe um tempo para que as crianças possam
se organizar nas equipes e conte que cada uma terá o auxílio de um educador. Durante
o trajeto até o local da visita, garanta que as crianças interajam livremente, mostrando
e comentando sobre o caminho, locais conhecidos, dentre outros. Acolha e valorize os
comentários, envolvendo toda a turma.

3
Ao chegar no local, retome o propósito de investigação (de onde vem a nossa comida),
permitindo às crianças vivenciar uma situação social do cotidiano das famílias. É
também importante conversar rapidamente com o responsável pelo estabelecimento (se
não pode fazer isso antecipadamente) para explicar o motivo da visita com as crianças
e apresentar o roteiro elaborado. Como este é o momento das observações em si, tenha
sua atenção - e oriente os demais educadores que acompanham os outros grupos para
que façam o mesmo - em como as crianças agem: gestos, iniciativas de interação, suas
surpresas, constatações, dentre outros. Apoie as ações e procure agir sempre a partir
das iniciativas delas, mas, se necessário, faça intervenções que as auxiliem a pensar
nos alimentos disponíveis no local: se são industrializados ou in natura, se são
comprados por unidade ou peso, que necessitam de refrigeração, como os alimentos
chegam ali no mercado, quais alimentos nunca viram, quais são as preferências etc.
Uma forma interessante de ampliar as investigações é sugerir que as crianças façam
perguntas aos funcionários e compradores no local, que manipulem o que for possível
e que busquem ler alguns cartazes ou rótulos de produtos. Lembre-se de registrar por
meio de fotos ou de vídeos o momento da visita, para que possam ver os materiais
juntos e decidir como ampliar as investigações.

4
Quando estiver chegando próximo do momento de irem embora, retome com as
crianças o propósito da visita e dialoguem sobre o que ainda gostariam de conhecer.
Peça que os demais educadores façam o mesmo com os grupos sob a responsabilidade
deles. Vocês podem indicar que as crianças falem qual prato que gostam de comer e
que pensem no que precisam para prepará-los, relacionando-os com os produtos do
local. Combinem com as crianças que em dez minutos vocês voltarão para a escola, de
forma que possam decidir juntos quais serão as últimas investigações para contemplar
o que ainda falta do roteiro. Auxilie-as no controle do tempo para que elas possam se
organizar, realizando as últimas observações ou conversando com alguém do local.
Passados os dez minutos, comente que chegou o momento de voltarem para a escola
e que lá terão a oportunidade de conversar e de registrar impressões sobre a visita.
Juntos, agradeçam funcionários e responsáveis pelo local.

5
Durante o trajeto de volta, instigue as crianças a compartilhar impressões, o que
observaram de interessante e o que descobriram. Apoie os comentários delas,
acolhendo e valorizando as experiências.
Possíveis falas das crianças neste momento: Uma criança compartilha que não sabia
que existiam diversas variedades de banana e que acha que em sua casa compram a
nanica, porque é maior, mas que irá perguntar aos pais quando retornar.
6
Ao chegar na escola, proponha que as crianças façam um registro, a partir de escrita
espontânea ou desenho, de suas impressões sobre a visita e de suas descobertas sobre
o tema de onde vem a nossa comida. Se alguma criança não se sentir envolvida com a
proposta do registro, convide-a para utilizar os materiais disponíveis para criar uma outra
composição que a agrade.
Como este é o momento de as crianças criarem individualmente, aproveite para
observá-las atentamente: como escolhem ou utilizam os materiais, como se dão os
registros, as interações, o que é retratado das experiências e aprendizagens que tiveram
no mercado etc. Auxilie-as e participe apenas quando solicitado, evitando se antecipar
às iniciativas delas. Alguma criança pode, por exemplo, solicitar que você escreva para
ela, proponha que ela escreva do jeito dela, mas esteja disponível para respeitar a
decisão dela.

Para finalizar:
Disponibilize um varal ou painel para que as crianças possam expor os registros,
conforme forem concluindo-os, de forma que todos possam observar as produções dos
colegas. Quando estiver chegando próximo do momento de finalizar a atividade, fale
para as crianças que em cinco minutos vocês irão começar a guardar os materiais e
anuncie o que virá a seguir. Fale novamente em três minutos. Passados os cinco
minutos, comente que chegou o momento de todos, juntos, organizarem a sala e os
materiais no lugar indicado por você.

Desdobramentos
Esta atividade permite que vários desdobramentos possam ser compartilhados com as
crianças, para que os realizem conforme os próprios interesses. Vocês podem retomar
os registros que foram feitos e expostos no varal, compartilhando-os em uma roda de
conversa, e, a partir disso, elaborar um texto coletivo sobre a visita ao mercado ou à
feira ou uma lista de produtos separando por gêneros, como de higiene e limpeza,
hortifruti, laticínios, bebidas etc. As crianças podem levantar novos questionamentos e
aspectos que querem saber sobre os alimentos, gerando uma nova pesquisa, que pode
ser realizada com materiais informativos, com entrevistas etc. Também é possível
pensar em brincadeiras, a partir das observações que foram feitas durante a visita ao
mercado ou à feira, como, por exemplo, montar um mercadinho em sala com brinquedos
ou embalagens recicláveis, brincar de medir, pesar, comprar, dentre outras.

Engajando as famílias
Para compartilhar com as famílias a visita que foi realizada, você pode expor em um
painel as fotos e os registros que foram realizados durante a atividade, tanto as fotos
que foram tiradas durante a realização da visita como os registros feitos pelas crianças
após o retorno em sala. Um texto coletivo sobre o evento pode ser socializado com os
familiares. Nele, vocês podem contar sobre todo o processo da visita, seu planejamento
anterior, como ela aconteceu e as impressões que tiveram dela.
PLANO DE AULA: APRENDER UM JOGO NOVO

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
O eu, o outro e o nós

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm
diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação
e cooperação.

Ano(s)
Pré-escola

O que fazer antes?


Contextos prévios:
Essa proposta pressupõe uma vivência com jogos novos, portanto, é importante que
você já tenha feito com as crianças um levantamento daqueles que são conhecidos por
elas (tanto na escola como em casa). Assim, os jogos propostos nesta atividade serão
de fato, novidade para o grupo. Visando garantir a dinâmica sugerida, considere que a
quantidade dos novos jogos selecionados acolha a participação de todas as crianças,
sendo assim, busque jogos que envolvam quatro ou mais jogadores ou ainda estude
adaptá-los, de modo que caso a quantidade indicada seja de dois participantes, você a
amplie para que duplas de crianças representem um jogador, por exemplo.
Jogos com regras que não sejam de conhecimento do grupo. Organize ao menos três
jogos, sendo um para utilizar no grande grupo e outros dois em pequenos grupos. Caso
não seja possível, considere mais de um exemplar de cada jogo para o trabalho com
pequenos grupos. Prepare fichas das regras resumidas de cada jogo, com intuito de
apoiar as crianças no momento da vivência. Considere ainda, na elaboração dessas
fichas, a inclusão de imagens e a utilização de recursos gráficos que permitam que os
pequenos estabeleçam diversas estratégias de leitura.

Espaços:
Assegurar uma boa visualização dos jogos por todas as crianças. Para isso, pense na
disposição deles, que pode ser feita no chão (no centro de uma roda) ou em cima da
mesa (com o grupo ao redor). Organize a sala para garantir a participação de todo o
grupo e a circulação dos pequenos pelos espaços.

Tempo sugerido:
Aproximadamente uma hora e 30 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:


De que forma as crianças se envolveram com a proposta? Como reagiram diante de
algo novo? Demonstraram curiosidade?
Como foi a escuta do grupo? Souberam ouvir as regras e as dúvidas dos pares? Fizeram
questionamentos para melhor entender o jogo? Auxiliaram seus pares durante o jogo?
Como as crianças jogaram? Souberam esperar a vez de cada uma? Respeitaram o
momento de seus pares? Interagiram de forma respeitosa?

Para incluir todos:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Ao selecionar os jogos,
considere as especificidades do seu grupo, cuide para que a dinâmica deles não ofereça
obstáculos para a participação de todos. Apoie as crianças e esteja por perto para
colaborar com dificuldades e possíveis conflitos.

O que fazer durante?

1
Em uma grande roda, disponha os jogos trazidos no centro, sinalizando para o grupo
que hoje você preparou uma proposta nova e que selecionou jogos para que eles
joguem em um período do dia. Relembre com as crianças as conversas que vocês já
tiveram sobre os jogos que conhecem (sugerida nos contextos prévios). Acolha as
colocações delas e faça perguntas para apoiar a memória de cada uma e do grupo como
um todo. Depois que as crianças tiverem falado, conte você que ficou pensando no
quanto elas gostam de jogos e que teve uma ideia para a roda de hoje! Diga que buscou
jogos diferentes daqueles que costumam jogar na escola ou em casa. Convide então o
grupo para explorar os jogos, passando suas embalagens pela roda, para que todas as
crianças possam observá-los. Diga que neste momento os jogos irão apenas circular na
roda para que todos vejam quais são e se eles são novidades para todos, esclareça que
ainda não é o momento de abrir as caixas ou de explorar os jogos em detalhes, apenas
as informações que aparecem nas embalagens: imagens, títulos, informações etc.
Possíveis falas do professor neste momento: Estes são jogos diferentes daqueles que
temos em nossa sala. E hoje iremos experimentá-los. Quem sabe dizer o que há de
diferente e semelhante entre esses jogos e o que já conhecemos? Vocês querem jogar?
Estão curiosos? Vou passar as caixas pela roda e cada um vai poder ver que jogos são
esses.

2
Após circular os jogos pela roda, explique ao grupo qual é a proposta da atividade. Diga
que para experimentarem os jogos, as crianças irão se organizar em pequenos grupos
e, depois de um tempo jogando, irão voltar para a grande roda e conversarão sobre a
experiência. Instigue os pequenos a refletir sobre como podem fazer para se organizar
e experimentar os jogos. Paute-se em questões como: O que precisamos fazer? Como
nos organizamos nos grupos? Como selecionamos os jogos que cada grupo irá jogar?
Neste momento, dê destaque às experiências com os jogos, isto é, acolha as falas das
crianças, contudo, busque investigar junto a elas contribuições que indiquem a
necessidade de conhecer o jogo e suas regras para depois poderem jogá-lo.
Possíveis falas do professor neste momento: A proposta de hoje é que possamos
experimentar esses jogos novos em pequenos grupos e depois conversarmos sobre
essa experiência. Como vocês acham que podemos fazer isso? Boa ideia! Olhem, ela
disse que podemos sortear os grupos e cada grupo escolhe o jogo que quer
experimentar. Vocês concordam? E depois o que faremos? Ah! Iremos jogar, mas o que
precisamos fazer para poder jogar cada jogo, já que são novidade para nós? Hum! Bem
lembrado! Para jogar precisamos conhecer o jogo, precisamos saber como se joga.

3
Ao construir com o grupo o entendimento de que é necessário conhecer o jogo e suas
regras para poder jogá-lo, convide os integrantes dele para conhecer um dos jogos
novos, ainda na grande roda, de maneira que você possa detalhar a dinâmica da
atividade e explorar a importância das regras em jogo. Apresente os jogos disponíveis,
fazendo a leitura de seus nomes e das informações gerais de suas embalagens, como
o objetivo e o número de jogadores. Selecione com as crianças um jogo para vocês
conhecerem coletivamente e diga que depois cada grupo irá escolher um jogo para
conhecer e jogar.

4
Uma vez sendo escolhido o jogo, convide uma das crianças para abri-lo e descrever o
que encontrou. Estimule o grupo a refletir sobre os itens encontrados, por meio de
questionamentos, e auxilie-a a pontuar cada um deles e suas possíveis funções no jogo.
Preveja que as crianças poderão falar simultaneamente e que muitas poderão querer
manusear as peças do jogo. Nesse momento, faça intervenções buscando destacar a
necessidade de escuta e de espera, ao mesmo tempo em que você acolhe a forma
imediata de exploração das crianças, sem deixar que isso esgote o tempo da proposta.
Lembre às crianças de que elas estão aprendendo algo novo e que é preciso ter
atenção. Após a exploração dos itens do jogo no grande grupo, lance o desafio para o
grupo de como é que se joga determinado jogo e, ao receber a orientação de que é
preciso conhecer as regras do jogo, converse com o grupo sobre a importância das
regras e as informações que elas nos oferecem.

5
Após conversar sobre a importância das regras, peça a outra criança que pegue o
manual do jogo, para que você leia as regras para o grupo. Busque fazer uma leitura
comentada e em voz alta. Aponte para a turma que todo jogo tem suas peças, seus
elementos e reflita com as crianças o que acontece se um desses elementos for perdido.
Chame a atenção delas também para a questão da quantidade de jogadores e traga
situações reais que ilustrem a limitação de participantes em um jogo. Em seguida, leia
os objetivos e interprete-os com o grupo. O que eles representam? O que nos indicam
os objetivos do jogo? E só então detalhe as regras, destacando para o grupo que elas
revelam o passo a passo do jogo, como podemos jogá-lo e o que não podemos fazer
para alcançar seu objetivo. Uma vez percorrido todo o manual com o grupo, investigue
junto às crianças se as informações destacadas revelaram a elas como se joga.
Considere pedir aos pequenos que expliquem com suas palavras a dinâmica
interpretada, a partir do conhecimento do manual do jogo. Para isso eles podem usar
os materiais do jogo como apoio à sua explicação.
Possíveis falas do professor neste momento: Observem que este jogo tem apenas
quatro peões e é por isso que aqui no manual indica de dois a quatro jogadores. Como
resolvemos se cinco crianças quiserem jogar? Ah! A quinta criança pode ser o juiz, boa
ideia! Ah, essa ideia também é boa! Ela pode esperar para jogar em uma nova rodada!

6
Ainda com o grande grupo reunido, escolha um pequeno grupo para jogar uma rodada
do jogo apresentado. Proponha aos pequenos que assistem ao jogo que sejam
parceiros dos jogadores, contando para eles, apoiados nas aprendizagens das regras,
as dicas de como devem se movimentar no jogo. 3

7
Depois de jogar coletivamente com o grande grupo uma partida do novo jogo, convide
as crianças para se organizarem em pequenos grupos e selecionarem um jogo para
jogarem. Retome os jogos disponíveis, excluindo aquele utilizado na experiência
coletiva em roda e faça novamente uma apresentação de cada um deles. Aproveite para
levantar as hipóteses das crianças quanto à dinâmica de cada jogo. Peça, então, que
cada grupo escolha um jogo para jogar. Caso mais de um grupo tenha interessante em
um mesmo jogo, reforce a existência de outros jogos e estabeleça com as crianças
envolvidas um critério para a seleção. Auxilie os grupos neste processo de negociação,
observe os argumentos utilizados e, não havendo uma definição, proponha um sorteio
de qual grupo ficará com o jogo em disputa. Combine ainda que os jogos ficarão na sala
e que todos poderão experimentá-los em outros momentos.

8
Quando todos os grupos já tiverem com seus jogos, auxilie-os para se organizarem pela
sala, para que possam experimentá-los de maneira adequada, isto é, de modo que
todos tenham espaço para visualizar e participar do jogo. Perceba que os grupos serão
formados pela preferência do jogo, assim, que é possível que haja mais jogadores que
o jogo propõe. Incentive as crianças a traçar as estratégias para a melhor organização
dos jogos. Lembre-as de que irão jogar por um tempo e depois voltarão para a grande
roda para conversar. Já sinalize que em outro momento elas poderão jogar mais todos
os jogos, pois eles ficarão na sala.

9
Uma vez organizados, os pequenos grupos iniciarão suas experiências. Circule pela
sala oferecendo suporte para o entendimento das regras do jogo, utilizando estratégia
semelhante à realizada na grande roda. Observe as crianças jogando e faça anotações
sobre os desafios encontrados em cada grupo. Quando solicitado, ofereça o suporte
necessário, seja realizando a leitura do manual, esclarecendo uma dúvida ou mediando
situações que emergirem no contexto do jogo. Nesses momentos busque estimular as
crianças a encontrar as possíveis soluções para a questão de forma autônoma e
solidária. Ainda circulando pelos pequenos grupos, sinalize quando o tempo da vivência
estiver terminando e, ao término dele, peça para que cada grupo organize seu jogo na
embalagem e dirija-se à grande roda, na qual será feita a partilha das vivências.
10
Na roda, pergunte às crianças se gostaram da vivência e convide-as para partilhar as
experiências. Peça que cada grupo fale sobre o jogo que jogaram, revelando como se
joga, se conseguiram jogar, quais desafios encontraram e como se sentiram. Incentive
os pequenos a ouvir e a respeitar as falas e sentimentos dos outros. Considere lançar
nesse momento os desafios e as conquistas das crianças, observados por você durante
a vivência dos jogos, convidando-as crianças a refletir sobre maneiras diversas de
superá-los, entretanto, cuidando para não os personalizar, ou seja, fale sobre as
situações observadas sem dizer em quais grupos elas aconteceram.
Possíveis falas do professor neste momento: Interessante isso que o grupo está
dizendo. Eles demoraram para começar o jogo porque todos queriam ser o peão
vermelho e por isso quase não tiveram tempo de jogar! Que formas podemos pensar
para resolver isso, para que o tempo de jogo seja maior? Faz diferença a cor do peão
no jogo? Eu observei alguns grupos consultando o manual para identificar o número de
participantes. Interessante isso!

11
Após as crianças terem partilhado as experiências e você ter percebido que as principais
situações observadas na dinâmica dos grupos durante o jogo foram exploradas, conclua
a atividade resgatando o objetivo proposto e verificando se conseguiram atender à
proposta da atividade. Aproveite para investigar com as crianças o que aprenderam com
essa atividade.
Possíveis falas do professor neste momento: Todos os grupos já compartilharam sua
experiência. Alguém ainda quer partilhar algo? Hoje começamos essa atividade com um
objetivo, vocês se lembram qual era? Conseguimos cumpri-lo? O que vocês acham que
aprendemos com essa atividade? Vocês gostaram dela? Além de conhecermos novos
jogos e de nos divertirmos, o que mais aprendemos?

Para finalizar:
Ao encerrar a partilha de experiências acerca da atividade com o grande grupo, convide
as crianças para encontrar um local em que os jogos sejam guardados, de maneira que
possam ser usados em outros momentos.

Desdobramentos
O jogo que tenha despertado maior interesse do grupo pode ser explorado de maneira
mais aprofundada em uma outra atividade, dando origem a um campeonato, por
exemplo. Situações problemas encontradas com maior frequência durante a vivência
podem ser o foco de outras dinâmicas, como rodas de conversa a partir de contação de
histórias nas quais estas questões sejam abordadas, por exemplo.
Engajando as famílias
Incentive as crianças a partilharem com as famílias a experiência com os jogos e
proponha que façam algo semelhante ao que fizeram na escola, reunindo seus
familiares, jogando um novo jogo e conversando sobre a experiência. Peça que
compartilhem com o grupo aspectos interessantes e curiosos sobre os jogos jogados
em família.
PLANO DE AULA: NOSSAS COMIDAS FAVORITAS

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
O eu, o outro e o nós
Escuta, fala, pensamento e imaginação
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm
diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
(EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da
linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de
expressão.
(EI03ET06) Relatar fatos importantes sobre seu nascimento e desenvolvimento, a
história dos seus familiares e da sua comunidade.

Ano(s)
Pré-escola

O que fazer antes?


Contextos prévios:
Esta atividade prevê uma roda de conversa na qual as crianças trazem de casa suas
receitas favoritas a fim de compartilhá-las com o grupo. Por isso é necessário que
anteriormente você oriente as famílias a escolherem, junto às crianças, a receita de uma
comida favorita ou que seja especial. Peça para que as crianças tragam a receita por
escrito e, se desejarem, alguma foto do prato preparado. Também é necessário que
você traga uma receita preferida ou típica de sua família e se possível alguma foto que
mostre ou te recorde da receita da família, para compartilhar com as crianças na
conversa inicial, servindo como disparador para que as crianças também possam
socializar seu material com a turma.

Materiais:
Materiais para a produção das crianças: cartolinas, papel sulfite, cola, lápis grafite, lápis
de cor, canetinhas, giz de cera. Materiais para os grupos que estarão envolvidos em
atividades autônomas, como: jogos de montar ou de mesa, massinha, material para
desenho. Caso seja possível, disponibilize revistas de culinária para recorte ou livros de
receitas com fotos para consulta na etapa de elaboração do cartaz de acordo com a
necessidade dos pequenos grupos. Para documentação do professor você pode usar
celular ou câmera fotográfica, se desejar ter fotos e vídeos. Varal ou mural para
exposição dos registros de forma a compartilhá-los com as famílias.

Espaços:
Essa atividade pode ser feita dentro da sala de atividades ou em algum outro espaço
onde as crianças possam se organizar em roda e depois em pequenos grupos. Ela irá
iniciar com uma conversa envolvendo o grande grupo. Posteriormente, as crianças se
organizam em pequenos grupos para trocar as impressões sobre as receitas trazidas e
realizar seus registros. O exercício termina em uma nova roda com o grande grupo, na
qual será possível socializar as conversas dos pequenos grupos e as produções,
observando as preferências dentro da turma.

Tempo sugerido:
Aproximadamente 1 hora.

Perguntas para guiar suas observações:


1. Quais são as manifestações das crianças sobre as comidas favoritas? Que
envolvimento ocorre ao trazerem as receitas e fotos para compartilharem no grande
grupo?
2. Como as crianças se envolvem durante as trocas de experiências nos pequenos
grupos? De que forma se dá a recepção às preferências dos colegas?
3. Ao reunirem as preferências da turma em um registro coletivo, as crianças
consideram os diferentes hábitos e costumes presentes dentro do grupo bem como a
contribuição de cada uma nesse registro, seja com falas, desenhando ou escrevendo?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as
necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo.
Esteja atento para que sejam valorizadas as diferentes ações e interesses de todas as
crianças durante a atividade: na participação nos momentos com o grande grupo, nos
pequenos grupos, na manifestação de suas ideias e recepção das ideias dos colegas
etc. Ofereça recursos necessários para que isso seja garantido, respeitando aquelas
que não quiserem se envolver na situação.
O que fazer durante?

1
Reúna a turma no grande grupo em roda, dizendo que é o momento de compartilharem
como se dão as preferências de alimentação nas diferentes famílias. Para iniciar a
conversa e buscando oferecer um exemplo às crianças de como compartilhar estas
informações, mostre a foto e a receita selecionadas por você contando por que ela é
importante para sua família, se é algo que você come com frequência ou não, quem da
família costuma fazer essa receita, etc. As crianças ficam curiosas em saber de histórias
do professor, aproveite seus questionamentos para mostrar quão importante essa
tradição para sua família.
Diga que agora você está curioso em saber dos alimentos preferidos de suas famílias.
favorecendo que apresentem qual foi a receita que escolheram com seus familiares para
compartilhar com o grupo. Avise que irão compartilhar com mais detalhes este material
depois em pequenos grupos.
Desperte a atenção do grande grupo para a diversidade apresentada pelas crianças,
chamando a atenção para as diferentes preferências dentro do grupo, convidando-as a
observar quais comidas se repetem e quais aparecem pouco, possibilitando uma
conversa sobre as diferenças e semelhanças culturais presentes nesta turma.

2
Convide as crianças a se organizarem em pequenos grupos (4 a 5 crianças, de livre
escolha) para que possam trocar informações mais detalhadas sobre as comidas
favoritas a partir da socialização das fotos e receitas. Diga que agora podem contar com
mais detalhes para os colegas o porquê de terem selecionado esta receita e instigue-
as, a partir disto a observar as semelhanças e diferenças e quais as preferências dentro
do pequeno grupo: se são pratos salgados ou doces, comidas que podem ser servidas
em uma refeição específica, como almoço ou jantar e café da manhã ou lanche, dentre
outras possíveis comparações que podem ser estabelecidas. Mesmo as crianças que
não leem convencionalmente podem utilizar estratégias de leitura e se apoiarem na
memória que têm das receitas ou do que conversaram com as famílias.

3
É fundamental que você acompanhe cada pequeno grupo, auxiliando no que for
necessário para o conhecimento do material que trouxeram, bem como para o registro
que será sugerido na etapa seguinte. Assim, dependendo da quantidade de crianças
que tiver em sua turma, é mais adequado que organize a proposta em mais de um dia.
Dessa forma, um ou dois grupos trabalham com sua ajuda enquanto os demais
participam de atividades de forma autônoma. Ofereça às crianças jogos de montar ou
de mesa, massinha, material para desenho etc.
Desta forma, acompanhe os grupos problematizando a partir do que as crianças trazem,
ampliando as reflexões ou apontando algumas questões, como, por exemplo, se a
família dispõe de algum costume para o preparo deste prato, se a criança já participou
da produção etc. É importante que você faça perguntas que incentivem as crianças a
observar mais minuciosamente as diferenças e semelhanças a partir desta troca nos
grupos, quais os critérios que tornam suas comidas favoritas são diferentes umas das
outras, quem são as pessoas nas famílias que cozinham etc.

4
Após conhecerem sobre as preferências dos colegas e de suas famílias, compartilhe a
ideia de organizarem um registro das informações constatadas e selecionadas pelo
grupo através de um cartaz. Ofereça os materiais disponíveis para que elas possam
utilizar de colagens das fotos, escrita espontânea de legendas ou pequenos textos e
desenhos. Como este é o momento das crianças realizarem seus registros, esteja atento
à forma que se organizam, dividem tarefas, selecionam informações nos materiais de
consulta, decidem o que colar, escrever etc. Indique que coloquem um título no cartaz,
como, por exemplo, “nossas comidas favoritas”. Faça intervenções que as auxiliem a
garantir no registro os diferentes costumes e preferências das famílias das crianças do
grupo. Esteja disponível para auxiliá-las conforme solicitam. Busque envolver todas as
crianças na elaboração do registro coletivo. Caso alguma criança não queira participar,
convide-a para utilizar os materiais disponíveis para criar individualmente alguma
composição que a agrade.

5
Auxilie as crianças no controle do tempo, para que elas possam se organizar garantindo
que todas tenham a oportunidade de compartilhar suas experiências sobre as comidas
favoritas, as receitas que foram trazidas e de participar do registro. Quando estiver
chegando próximo do momento de finalizar esta etapa da atividade, avise que em cinco
minutos precisam concluir e se reunir novamente em roda. Ressalte esta informação em
três minutos.
Passados os cinco minutos, comente que chegou o momento de todos juntos se
organizarem para o outro momento, no qual vão se reunir novamente em roda no grande
grupo para compartilhar seus registros.

6
Já em nova roda com o grande grupo, convide as crianças para conversar sobre como
foi se reunir com os colegas para compartilhar suas preferências de comida, os hábitos
das famílias e o que elas puderam observar e registrar a partir desta troca. Garanta que
cada grupo apresente e fale sobre o cartaz que elaborou. Caso alguma criança não
tenha participado da etapa anterior e queira neste momento participar da conversa
coletiva, favoreça que ela fale das preferências de sua família.
Se a atividade nos pequenos grupos foi desenvolvida em diferentes dias, esta etapa
será realizada após a conclusão do cartaz por todos os grupos.

Para finalizar:
Combine com a turma que podem montar uma exposição com os cartazes para
apreciarem depois, com mais tempo e com suas famílias na hora de saída. Caso achem
interessante socializar também em algum meio digital do qual a escola disponha (como
facebook, blog, site, grupos de whatsapp), proponha que as crianças fotografem os
cartazes. Ao concluir os combinados, veja com elas o que precisa ser organizado na
sala para se dirigirem à próxima atividade do dia.

Desdobramentos
Um interessante desdobramento a partir desta atividade é se organizar junto às
crianças, a partir de seus interesses, para realizar uma ou várias das receitas que mais
aparecem nos registros da turma. Esta ação também pode ser feita em conjunto com
as famílias, convidando-as para participar deste momento.

Engajando as famílias
Esta é uma atividade que prevê o engajamento com as famílias desde o princípio.
Entretanto, é importante compartilhar também as ações das crianças a partir do que foi
solicitado às famílias. Uma estratégia interessante é a exposição dos cartazes feitos
pelas crianças em local que todos tenham acesso no momento de entrada ou saída.
Além disso, seria interessante convidar a família para participar presencialmente, seja
compartilhando com mais detalhes algum fato interessante sobre esta comida favorita
que foi trazida ou algo que seja tradicional das famílias, seja para elaborar uma receita
com as crianças.
PLANO DE AULA: MUDANDO AS REGRAS DO JOGO

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
O eu, o outro e o nós

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm
diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação
e cooperação.

Ano(s)
Pré-escola

O que fazer antes?


Contextos prévios:
Para esta atividade o grupo irá explorar os jogos clássicos existentes em sala, isto é,
aqueles que as crianças saibam jogar como, por exemplo: jogo da memória, dominó,
rouba-monte, mico, dama, jogo da velha e outros. Caso em sua instituição os jogos
sejam guardados em outros espaços, busque aqueles que são mais utilizados pelo
grupo.

Materiais:
Considere que precisará de uma quantidade de jogos clássicos que permita que todas
as crianças joguem simultaneamente em pequenos grupos. Prepare fichas com as
regras de cada jogo, com intuito de apoiar os pequenos grupos. Disponibilize folhas e
lápis, para que sejam registradas as novas regras criadas pelas crianças durante a
atividade.

Espaços:
Organize a sala dispondo os jogos em mesas com a quantidade de cadeiras
correspondente ao número de jogadores possíveis em cada um deles. Nas mesas
coloque também a ficha de regras e os materiais necessários para o registro das novas
regras durante a atividade.
Tempo sugerido:
Aproximadamente uma hora e 30 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:


Como as crianças se organizaram para realizar a atividade? Respeitaram as escolhas
de seus colegas?
Como ocorreram as interações entre as crianças? Elas se ajudaram? Trocaram
informações e cooperaram durante a atividade?
Como se deram as escolhas das novas regras? Houve debate? Como os grupos
discutiram suas ideias e escolhas?

Para incluir todos:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Ao selecionar os jogos,
considere as especificidades de sua turma, cuide para que a dinâmica não ofereça
obstáculos para a participação de todos.

O que fazer durante?

1
Acomode-se com o grupo de crianças em uma roda para que explique a proposta da
atividade. Diga que organizou a sala para que façam um rodízio de jogos, por isso, em
cada mesa você colocou um jogo que todos conhecem, aponte as mesas indicando o
jogo disponível em cada uma delas. Apresente os materiais que estão em uma mesa,
por exemplo, destacando que em todas estão o jogo com suas peças e a ficha com as
regras dele. Observe com as crianças que as mesas possuem a quantidade de cadeiras
de jogadores que participarão em cada um dos jogos dispostos, e, portanto, essa será
uma atividade para elas realizarem em pequenos grupos. Ainda na conversa, explique
para as crianças como será organizada a proposta. Diga que elas irão escolher um dos
jogos para experimentar e que cada grupo tem como desafio recordar as regras do jogo
escolhido e jogar duas partidas. Perceba que algumas equipes poderão encerrar uma
partida antes das demais, assim, garanta que todos os grupos concluam pelo menos
uma partida e que aqueles que terminarem antes poderão iniciar novas partidas. Em
seguida, complemente dizendo que depois desse tempo, você sinalizará que é hora de
um outro desafio. Contudo, você falará sobre ele após os pequenos terem jogado as
partidas. Uma vez esclarecida a dinâmica da atividade, convide as crianças para
escolher os jogos, ocupando uma cadeira de jogador das mesas. Atente-se para apoiar
os possíveis desafios que elas encontrarão, por exemplo, fazer negociações, escolhas
de jogos e agrupamentos com pares.

2
Quando todos estiverem acomodados nas mesas, peça às crianças que explorem o jogo
escolhido e relembrem suas regras. Enquanto os grupos jogam, circule pelas mesas
instigando-os acerca das regras do jogo. Ao conversarem sobre as regras, as crianças
podem encontrar desafios e solicitar seu apoio. Nessas situações, considere recorrer à
ficha de regras, para auxiliá-las no alinhamento. Busque realizar a leitura da ficha de
forma que todos do grupo possam acompanhá-la. Ao ler, deslize o dedo sob o texto,
indicando cada palavra, para que elas acompanhem o movimento da leitura. Após os
grupos terem relembrado as regras, convide-os para jogar algumas partidas.

3
Durante a realização das primeiras rodadas dos jogos, percorra as mesas, observando
as crianças e faça anotações sobre interações e diálogos estabelecidos. Esteja atento
às situações de colaboração e competição, ao atendimento às regras do jogo e ao
posicionamento das crianças diante das falas ou formas de expressões. Intervenha na
interação dos grupos quando, de fato, sentir necessidade ou se for solicitado. Nesse
último caso, busque incentivar as crianças a encontrar alternativas para solucionar a
questão por meio de questionamentos que as levem a refletir sobre a situação e sua
resolução.
Possíveis falas e ações do professor neste momento: Por exemplo, uma criança busca
seu auxílio, revelando que no jogo rouba monte, houve um empate, pois duas crianças
têm números iguais e um conflito foi estabelecido. Busque auxiliar os pequenos a
analisarem a situação e as possíveis alternativas de resolução dizendo: A regra nos
conta dessa possibilidade no jogo? Vamos olhar! Vocês acham que não pode dar
empate? Por quê? Qual seria a forma de resolver esse impasse? Quem seria o vencedor
e por quê?
4
Após a realização de pelo menos uma partida por todos os grupos, proponha que as
crianças façam uma pausa, para que você conte sobre o novo desafio que combinou
que iria propor. Diga então, que o grande desafio é que cada grupo crie ou mude uma
das regras do jogo que estão jogando. Explique para as crianças que elas irão conversar
sobre esse desafio, irão definir que regra irão criar ou mudar e registrarão a novidade
do jogo com seu apoio. Comente que para a realização dos registros, você deixará em
cada mesa papéis, lápis e borracha, enquanto eles conversam. Ressalte ainda sobre a
importância de que todos do grupo concordem com a alteração do jogo. Diga que para
isso acontecer, os pequenos precisarão fazer acordos e traçar estratégias, a fim de que
que todos se sintam participantes da elaboração.

5
Durante este processo de acordos e criação, observe os grupos, oferecendo apoio para
a realização dos registros e problematizando as ideias trazidas pelas crianças. Busque
refletir com elas a função das regras do jogo e auxilie o grupo de forma que chegue a
um consenso possível, ou seja, uma regra plausível e não impossível.
Possíveis falas do professor neste momento: Temos um grande desafio que é criar ou
mudar uma regra do jogo. Seria possível jogar se as regras não existissem? Que regra
poderia ser criada para este jogo para torná-lo mais divertido, por exemplo? O que
podemos imaginar de engraçado que pode ser feito ao longo do jogo? Ou algo que o
deixe mais difícil? O que acham?

6
Uma vez sendo definida a nova regra do jogo, auxilie as crianças quanto ao registro
dela, assumindo a função de escriba. Diga para o grupo que finalizou o registro da nova
regra que jogue mais uma partida, agora incluindo a nova regra, a fim de testá-la.
Enquanto as crianças jogam com as novas regras, observe suas interações e
problematize as situações trazidas pela mudança, estimulando reflexões nos grupos.
Mais uma vez mantenha-se na posição de observador, fazendo apenas as intervenções
necessárias. Observe o tempo que planejou e sinalize às equipes quando estiverem
faltando cerca de dois minutos para o encerramento dos jogos.

7
Ao encerrarem a última rodada, convide os grupos para se reunirem em uma grande
roda na qual será feita a partilha das experiências. Peça os grupos que apresentem os
jogos, suas regras e a mudança que realizaram. Questione as crianças sobre o que
acharam da alteração feita e sobre como se sentiram ao participar dessa atividade. Foi
fácil? Qual foi o momento mais interessante? Encontraram alguma dificuldade? Estimule
a participação de todas as crianças e o acolhimento de suas expressões. Neste
momento, considere também, trazer algumas das observações que você registrou ao
observar as crianças, de modo a instigá-las ainda mais para expressar suas impressões,
sentimentos e desafios acerca da proposta.

Para finalizar:
Após o momento de partilha, sinalize ao grupo que você irá adicionar as novas regras
aos jogos, criando uma ficha de regras alternativas, no verso das fichas existentes. Diga
ainda que em outro momento elas poderão experimentar os jogos modificados pelos
colegas. Em seguida, convide-as para organizar os jogos, os registros, e o espaço
utilizado. Depois, sigam para a próxima atividade do dia.

Desdobramentos
Possivelmente as crianças ficarão curiosas quanto às mudanças feitas nas regras dos
jogos clássicos, você pode então, propor um momento para que elas os joguem,
considerando as novas regras criadas pelos colegas. Prepare um novo rodízio com
outros jogos também. Caso durante a partilha ou em suas observações alguma questão
em especial tenha sido destacada pelo grupo, por exemplo, a dificuldade de perder ou
o não respeito às regras, você pode preparar uma contação de história que tenha como
eixo central essa temática.

Engajando as famílias
Estimule as crianças a partilhar a experiência do rodízio de jogos com as famílias. E
ainda, se possível, prepare uma estratégia de um rodízio, para que os jogos e suas
fichas de regras circulem entre os familiares dos pequenos. Você pode sortear e
registrar no calendário o dia que cada criança irá levar e devolver o jogo.
PLANO DE AULA: PLANEJANDO A CONSTRUÇÃO DE UM JOGO
DE TABULEIRO

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Escuta, fala, pensamento e imaginação
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações
O eu, o outro e o nós

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03EF09) Levantar hipóteses em relação à linguagem escrita, realizando registros de
palavras e textos, por meio de escrita espontânea.
(EI03ET07) Relacionar números às suas respectivas quantidades e identificar o antes,
o depois e o entre em uma sequência.
(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação
e cooperação.

Ano(s)
Pré-escola

O que fazer antes?


Contextos prévios:
Para esta atividade, é interessante que o grupo esteja envolvido com alguma temática
específica, como explorando o mundo animal ou conhecendo algum artista em especial.
Desta forma, terão um contexto que enriquecerá a criação do jogo de tabuleiro. Além
disso, é importante que o grupo já tenha familiaridade com jogos de tabuleiro, jogando
em várias situações do cotidiano, para que fomentem estratégias a fim de
confeccionarem um novo jogo. Sugere-se, também, que você conheça um pouco da
história dos jogos de tabuleiro para conversar com as crianças.

Materiais:
Considere selecionar alguns exemplos de jogos de tabuleiros para apresentar aos
grupos. Busque reunir jogos clássicos, como ludo, sobe e desce e também jogos mais
atuais. Você precisará da tabela de plano de ação. Para facilitar a organização das
ideias e a participação de todos, reserve o quadro branco ou um papel grande fixado na
parede, marcadores gráficos, lápis e borrachas para as crianças.
Espaços:
Organize a sala reservando espaço para que a atividade ocorra na grande roda e que o
quadro ou papel fixado na parede possa ser utilizado por você e pelo grupo. Cuide para
que todas as crianças tenham acesso visual de qualidade ao material exposto.

Tempo sugerido:
Aproximadamente 1 hora e 30 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:


Como foi o envolvimento do grupo com a proposta? Demonstraram interesse?
Exploraram os jogos apresentados? Identificaram as características e diferentes
dinâmicas envolvidas? Experimentaram o antes, o depois e sequências?
Quais estratégias de leitura, escrita e contagem, as crianças utilizaram ao criar o jogo?
Diferenciaram letras, números e símbolos? Estabeleceram relação entre números e
quantidades? Registre exemplos.
Como se deu a interação entre as crianças durante as explorações do jogo e do
momento de criação? Como se deu a troca de ideias entre os pares? Souberam ouvir e
emitir opiniões? Trabalharam de forma colaborativa? Como?

Para incluir todos:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as
necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Ao selecionar os jogos,
considere as especificidades do seu grupo, cuide para que a dinâmica deles não ofereça
obstáculos para a participação de todos.

O que fazer durante?


1
Convide as crianças para se juntarem a você em uma grande roda. Apresente os jogos
de tabuleiro que selecionou e diga a elas que trouxe um desafio para o grupo. Apresente
a proposta de começarem a pensar na criação de um jogo de tabuleiro sobre o tema
que está sendo vivenciado no cotidiano do grupo. Questione as crianças se elas já
jogaram algum jogo de tabuleiro e se conhecem os jogos que você trouxe. Aproveite as
falas delas para listar diversos jogos de tabuleiro, valorizando as experiências
compartilhadas e destacando como jogos de tabuleiro são interessantes.

2
Percebendo o envolvimento do grupo, conte às crianças um pouco da história dos jogos
de tabuleiro e apresente um dos que selecionou. Por meio de questionamentos, estimule
o grande grupo a descrever este jogo, levantar hipóteses sobre sua dinâmica e explique
como se joga. Em seguida, peça para que uma criança escolha outro jogo e que, junto
com o grupo, faça o mesmo. Caso as crianças não tenham familiaridade com textos de
regras de jogos, escolha um manual para fazer a leitura e possibilitar uma breve
familiarização. Faça esta exploração com todos os jogos que selecionou e, por votação,
escolha um para o grande grupo jogar de forma coletiva, ainda na roda. Durante a
partida, instigue as crianças a refletirem quanto a interpretação dos dados ou roletas,
destacando a representação numérica apresentada (numeral ou pontos) e sua utilização
na movimentação das peças/peões no tabuleiro. Observe como estão relacionando-as
às suas respectivas quantidades. Aproveite para problematizar situações de ordenação,
incentivando as crianças a observarem o que acontece antes e depois, o que vem
primeiro ou quem chegou primeiro, por exemplo.
Possíveis falas e ações do professor neste momento: Qual número saiu no dado?
Vamos andar esta quantidade de casas? Quem ajuda a contar? Ué, vocês andaram 6
casas, mas a gente tinha tirado 4 no dado. Quantas casas temos que voltar? Alguém
sabe? Olha só, o peão estava nesta casa. Andando 4 casas, tem que parar em qual?
Isso! São duas casas a menos, né?

3
Ao encerrarem a partida do jogo ou um número significativo de rodadas, convide o
grande grupo a comparar os jogos disponíveis. Busque perceber com o grupo se os
jogos são todos iguais, o que eles têm em comum, dentre outras caraterísticas. Durante
as observações, busque instigar as crianças a perceberem os elementos comuns entre
os jogos de tabuleiro. Aproveite este momento para registrar as informações trazidas
pelas crianças no quadro ou papel fixado na parede, dizendo ao grupo que essas são
informações importantes para que possam atender ao desafio de criarem um jogo. Leia
as observações registradas e questione as crianças se existe algo mais que precisam
saber sobre jogos de tabuleiro para criar um novo jogo sobre o tema que estão
envolvidas.
Possíveis falas e ações do professor neste momento: O que os jogos de tabuleiro têm
em comum? Vamos observar os tabuleiros? Ah, boa! Vou anotar essa sua observação
aqui no cartaz: os tabuleiros têm caminhos para as peças caminharem. Percebem algo
mais? Ótima percepção, então vou anotar: algumas casas do caminho do tabuleiro têm
cores diferentes e indicam tarefas.

4
Ao finalizarem o registro das observações, sinalize para as crianças que é hora de
começarem a pensar no jogo que irão criar. Questione o grupo sobre por onde é possível
começar. Sugira que comecem definindo qual será o enredo do jogo. Por exemplo, se
a temática for mundo animal, as crianças podem definir que o jogo será um caminho em
uma floresta ou uma exploração no fundo do mar. Em seguida, estimule o grupo a
começar a pensar nas regras do jogo. Diga que você irá registrar as ideias trazidas no
quadro ou papel fixado na parede. Busque enriquecer estas contribuições promovendo
a troca de ideias entre as crianças por meio de questionamentos estruturantes.
Possíveis falas do professor neste momento: o que é objetivo do jogo? Alguém sabe me
dizer? Então, qual será o objetivo do que estamos construindo? Quantos serão os
jogadores? Como eles irão se locomover no percurso do tabuleiro? O que pode
acontecer neste caminho?

5
Ao esgotarem o registro das ideias e regras do jogo, faça a leitura do cartaz construído
neste diálogo e questione o grupo acerca da concretização do jogo. Isto é, como podem
fazer para construir o jogo que acabaram de idealizar. Acolha as falas das crianças e
diga que trouxe uma tabela em um grande cartaz para fixar na parede, que pode ajudar
neste planejamento.

6
Apresente ao grande grupo a tabela de plano de ação. Diga que este é um modelo muito
usado pelas pessoas que precisam se planejar para fazer algo. Diga que a tabela nos
ajuda a organizar as ideias e depois combinar as etapas de tudo que temos que fazer,
sem esquecer de nada que combinamos. Destaque que a tabela possui colunas: uma
com o que precisa ser feito e uma com os recursos que são necessários para fazer isto,
ou seja, um lugar para listar os materiais que precisarão.

7
Convide as crianças a preencherem a tabela com seu apoio, isto é, sendo você o
escriba. Busque detalhar o processo de escrita das palavras trazidas pelas crianças,
estimulando-as a refletirem sobre elas. Para isso, considere que esta é uma construção
de texto oral (das crianças) com destino escrito (escrita do professor) e que marcar o
tempo da escrita enquanto registra as ideias das crianças é uma forma interessante de
detalhar esse processo.
Possíveis falas do professor neste momento: Precisaremos fazer um tabuleiro. Então,
vou escrever aqui na primeira coluna a palavra tabuleiro. Alguém sabe como se escreve
a palavra tabuleiro? Precisaremos fazer um tabuleiro, certo? Agora precisamos
preencher esta outra coluna. Que materiais precisaremos para construir o tabuleiro?

Para finalizar:
Ao concluir o preenchimento da tabela, faça a leitura dos itens que foram listados como
necessários para a confecção do jogo. Faça uma revisão com as crianças, verificando
se deixaram de incluir algo importante. Diga para o grupo que ela ficará exposta para
complementarem se tiverem outras ideias e proponha que construam o jogo em outro
momento.

Desdobramentos
O desdobramento natural desta atividade é a construção do jogo de tabuleiro utilizando
o plano de ação elaborado. Preveja atividades que considerem as ações definidas pelo
grupo no plano de ação, como a confecção do tabuleiro, a elaboração das regras.
Organize pequenos grupos, lance mão dos materiais já existentes na sala ou reutilize
materiais comuns na escola, como caixas, copos, tampas de hidrocores e outros. Você
pode construir uma agenda para a elaboração do jogo com a turma. Sendo assim,
reserve atividades apenas para a confecção do tabuleiro, que envolve uma parte
estática, uma parte de organização da trilha, outra dos números etc. Em outro dia,
organize com as crianças as penalidades, dicas e prêmios que podem contar nas casas,
como: “você ajudou a salvar uma baleia, avance dois espaços”, ou “você jogou lixo na
praia, fique uma rodada sem jogar” etc. Outra atividade pode ser dedicada a elaborar
as regras e mais uma para finalizar: fazer o dado, os peões, a embalagem do jogo etc.
Além disso, a realização de um campeonato do jogo quando pronto é uma opção.

Engajando as famílias
Exponha as regras do jogo e o plano de ação no mural da sala e peça para que as
famílias contribuam com sugestões, seja propondo novas regras para enriquecer o jogo
ou indicando novas ações ou materiais para a confecção dele.
PLANO DE AULA: TODA FAMÍLIA TEM HISTÓRIA

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
O eu, o outro e o nós

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm
diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
(EI03EO06) Manifestar interesse e respeito por diferentes culturas e modos de vida.

Ano(s)
Pré-escola

O que fazer antes?


Contextos prévios:
Para realizar esta atividade, será preciso conhecer e selecionar livros que abordam
histórias e costumes de famílias de diferentes culturas. Os links abaixo trazem
sugestões de livros com essa temática, em relação às culturas africanas e indígenas. É
importante pesquisar outras culturas que estejam presentes em seu grupo de crianças:
Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:
Toda família tem sua história
Histórias das famílias das crianças
Conhecendo tradições das famílias do grupo
Familiares contam suas histórias
Concluindo o livro das famílias do grupo

Materiais:
Livros de literatura infantil que retratam histórias e costumes de famílias de diferentes
origens. Blocos e canetas para anotações.
Espaços:
Por se tratar de leitura de histórias, esta atividade precisa de um local agradável e com
pouco ruído, pode ser a sala de atividades, a biblioteca, a área verde, o pátio etc.

Tempo sugerido:
Aproximadamente 50 minutos.
Perguntas para guiar suas observações:
1. As crianças demonstram interesse por outras culturas? Quais são os
questionamentos levantados em relação aos costumes familiares dos colegas?
2. Como as crianças expressam suas ideias? Que relações fazem sobre a cultura da
sua família com a da família retratada na história?
3. Qual é a reação das crianças ao ouvir sobre culturas diferentes do seu cotidiano? O
que demonstram sobre essas diferenças.
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo.
Para garantir a participação de todos, esteja atento aos desdobramentos da leitura, de
modo a oportunizar expressões espontâneas das crianças. Incentive que os pequenos
manifestem opiniões, respeitando e valorizando a história de cada um.

O que fazer durante?

1
Na roda, no grande grupo, convide as crianças para falar sobre suas próprias famílias,
para contar sobre sua origem, seus hábitos e costumes. Questione se conhecem a
história da família, se notam diferenças entre a sua família e a de outras crianças do
convívio.
A partir dessa conversa, mostre dois ou três livros e diga que precisa de ajuda para
escolher um deles. Conte que ele as ajudará a conhecer mais sobre a cultura de outras
famílias.
Mostre a capa, leia o título, fale o nome do autor, instigue-as a antecipar sobre o que
trata a história.
Decidam sobre a forma de escolha da história: cada criança poderá indicar a sua
vontade e a maioria vence, elas podem se organizar em pequenos grupos para eleger
um livro, sortear uma criança para indicar o livro, ou outra forma de escolha.
Diga que neste momento vocês farão a leitura de apenas um dos livros, mas que os
outros ficarão disponíveis no cantinho de leitura da sala, para que possam ser lidos em
outros momentos.

2
Após as crianças estarem sentadas de forma confortável, leia a história, aguçando a
curiosidade delas quanto aos aspectos culturais da família apresentada no livro: origens,
costumes, culinária, festas, traços físicos, entre outras particularidades tratadas na
história.

3
Proponha no grande grupo, uma conversa sobre a cultura da família que conheceram
por meio da história que acabaram de ouvir, abordando se alguém tem algo parecido
em suas famílias, na forma de se vestir, de se alimentar ou de tradições como festas,
datas especiais etc.
Instigue-os a falar sobre suas próprias origens e a recordar das histórias contadas pelos
pais e/ou avós sobre as famílias. Incentive todas as crianças a falar, mas respeite
aquelas que não quiserem.

4
Proponha uma investigação sobre as famílias, em que cada criança possa conhecer
mais sobre sua própria origem e sobre seus antepassados. A partir disso, vocês vão
registrar as histórias das famílias do grupo em um livro da turma, da mesma forma que
foi feita no livro que conheceram hoje. Nesse diálogo, promova um levantamento de
fatos e curiosidades que desejam saber sobre as próprias famílias e sobre as dos
colegas, como por exemplo: a localidade onde os familiares nasceram e vivem, suas
origens, seus costumes, brincadeiras da infância, culinária, histórias, festas que
participam etc.
Registre em um bloco de anotações o que as crianças vão trazendo de interesses a
respeito das famílias para planejarem juntos a produção do livro.

5
Dentre os temas presentes na lista, proponha que as crianças contêm algumas coisas
que já sabem sobre suas famílias e conversem sobre como podem obter mais
informações para a escrita desse livro. Provavelmente vão dizer que precisam conversar
com os pais, os tios e os avós. Indique também que elas podem trazer registros sobre
a origem de cada família, por exemplo: relatos orais e escritos das famílias, vídeos, fotos
etc. Alguns familiares podem vir à escola para conversar sobre suas origens ou ensinar
algo às crianças como uma brincadeira, uma música ou receita de sua cultura etc.
Combine com os pequenos a elaboração de um bilhete para informar às famílias sobre
a investigação que farão, propiciando o envolvimento de todos.

Para finalizar:
Converse com as crianças sobre o tipo de livro que podem elaborar, livro físico ou livro
digital, abordando suas preferências e os recursos necessários para essa realização.
Solicite que contribuam com a organização da sala para a próxima atividade.

Desdobramentos
Disponibilize, em um momento de livre escolha, outros livros que trazem o tema para
que as crianças possam folheá-lo e assim explorar suas ilustrações e texto. Apresente
também outros materiais, como pequenos vídeos, trechos de documentários ou músicas
que abordem diferentes culturas, possibilitando a ampliação dos conhecimentos dos
pequenos e o enriquecimento do repertório deles, promovendo o respeito à diversidade
cultural.

Engajando as famílias
A participação da família será essencial para a investigação das crianças e para a
elaboração do livro do grupo. Envie aos familiares um bilhete, elaborado com as
crianças, avisando sobre o livro que começarão a confeccionar e como eles podem
contribuir com essa produção, enviando relatos, fontes de pesquisa, objetos etc. Um
cartaz na porta da sala, chamando a atenção para a investigação que estão realizando,
dando informações sobre o que foi desenvolvido no dia, pode contribuir para maior
participação das famílias.
PLANO DE AULA: HISTÓRIAS DAS FAMÍLIAS DAS CRIANÇAS

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
O eu, o outro e o nós
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03EO05) Demonstrar valorização das características de seu corpo e respeitar as
características dos outros (crianças e adultos) com os quais convive.
(EI03ET06) Relatar fatos importantes sobre seu nascimento e desenvolvimento, a
história dos seus familiares e da sua comunidade.

Ano(s)
Pré-escola

O que fazer antes?


Contextos prévios:
Na primeira atividade da sequência as crianças levantaram algumas questões que
gostariam de saber para perguntar para suas famílias. Também ficou proposto de
levarem para a escola alguns materiais que ajudam a contar as histórias das famílias,
como fotos, registros, objetos, vídeos, relatos orais e escritos etc. Se alguma família
enviar antecipadamente um arquivo digital, equipamento para reprodução ou impressão
de foto deverá ser organizado, se for possível. É importante que o professor providencie
alguns materiais de sua própria família para também socializar com as crianças. Este
plano traz as propostas considerando o livro físico, mas se seu grupo optar pelo livro
digital (conforme recursos tecnológicos disponíveis na sua escola) ele pode ser
adaptado para elaboração como apresentação Power Point, em forma de vídeo com o
programa Movie Maker ou outro que seja de seu conhecimento.
Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:
Toda família tem sua história
Histórias das famílias das crianças
Conhecendo tradições das famílias do grupo
Familiares contam suas histórias
Concluindo o livro das famílias do grupo
Materiais:
Registros sobre as origens e costumes das famílias: fotos, registros, objetos, relatos
orais e escritos etc. (material selecionado pelas crianças com as famílias). Aparelhos
para reproduzir fotos como celular, tablet, notebook ou computador, se alguma mídia foi
enviada antecipadamente pelas famílias. (como arquivo por whatsapp ou e-mail, pen
drive etc.). Materiais para registrar as atividades: lápis, canetas, material para recorte,
cola, tinta, pincéis, folhas, lápis de cor, giz de cera etc. Como a investigação proposta
durante esta sequência irá resultar em um livro coletivo, é importante definir o suporte
(tipo de papel e tamanho) que será utilizado para todas as produções, facilitando a
montagem final do livro. Caso o livro seja digital, serão necessários computadores,
câmeras fotográficas, celulares etc.

Espaços:
O local para realizar essa atividade deve ser amplo, permitindo a mobilidade entre os
espaços, e possuir equipamentos onde possam ser reproduzidos os recursos
audiovisuais. Deve possuir também espaço para que as crianças possam registrar a
atividade, como mesas e bancadas. É possível usar a biblioteca, sala de informática, ou
a própria sala de atividades, desde que consiga deslocar os equipamentos
(computadores, televisão, aparelho de som etc.) para esse espaço.

Tempo sugerido:
Aproximadamente 1 hora e 20 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:


1. Como se deu o envolvimento das crianças e das famílias com a proposta de
investigação sobre sua cultura?
2. Como se organizam para produzir uma página do livro com suas histórias? As
crianças contribuem com sugestões e consideram a dos colegas?
3. Como as crianças demonstram fazer parte da história da família? Demonstram prazer
em relatar a história da família delas?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as
necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo.
Para garantir a participação de todos, incentive as crianças a compartilharem suas
histórias utilizando várias linguagens: oral, escrita, imagens, áudio e vídeos gravados
etc. Esteja atento às manifestações de cada criança, oportunizando que todos possam
se expressar e registrar as atividades de forma espontânea.
O que fazer durante?

1
Acomodados em roda no grande grupo, converse sobre a pesquisa que fizeram.
Proponha que contem com quem conversaram e se aprenderam algo de novo sobre
suas famílias e que compartilhem com os colegas as descobertas que fizeram em
relação às famílias, sobre origens e culturas. Incentive que falem de suas histórias, e
contém o que trouxeram para compartilhar com os colegas, se foram fotos, vídeos,
relatos, objetos ou outro material que retrate as origens, costumes e tradições das
famílias. Combine que os áudios e vídeos serão socializados em outro dia, pois
precisam de um tempo maior, e explique que nas próximas etapas de escrita do livro
esses materiais serão muito úteis. Nesse momento utilizarão os objetos e materiais
impressos, como fotos, documentos, relatos escritos etc. Caso perceba insegurança nas
crianças para relatar a história, inicie apresentando a da sua família, assim elas podem
identificar elementos em comum e se sentirão mais à vontade para fazer os relatos.
Possíveis falas do professor neste momento: Minha família tem origem portuguesa,
meus avós, pais da minha mãe, vieram de navio há muitos e muitos anos, lá de Portugal
para cá. E os avós, ou pais de vocês, vieram de outro lugar? De onde?

2
Após perceberem a diversidade cultural do grupo, provoque a discussão sobre como
podem incluir tantas histórias neste livro e como vão se organizar para confeccioná-lo.
Dialogue com as crianças sobre o que consta em um livro, sua capa, título, nome dos
autores e ilustradores, páginas que contam sua história etc.
Nesse momento, é importante decidir se farão um livro físico ou digital (conforme
indicação no Contextos Prévios). As atividades desenvolvidas serão as mesmas para
os dois tipos de livros, só a forma de registrar irá variar de acordo com a escolha do
grupo, com os recursos tecnológicos e materiais que a escola oferecer.
Sendo a proposta a elaboração de um livro físico, pensem em uma forma de registrar
os arquivos digitais no papel: imprimir fotos, relatos escritos e orais das famílias que
podem ser expressos por meio de desenhos, escritas espontâneas das crianças,
escritas do professor ou de algum familiar que esteja disposto a ajudar nessa etapa.

3
De acordo com a conversa inicial sobre as descobertas que serão registradas no livro,
sugira que as crianças se organizem em pequenos grupos para que individualmente
tenham a oportunidade de mostrar a pesquisa e expor mais detalhes sobre as histórias
e tradições da família. Proponha que, à medida que conversem sobre as histórias, elas
explorem os materiais que cada criança trouxe, fazendo perguntas umas às outras e
aguçando a investigação. Indique que cada grupo elaborare uma página do livro, para
contarem um pouco da história de todas as crianças do pequeno grupo que estão
trabalhando. Em cada página poderá ter assuntos variados, como informações sobre
origem da família, momentos da infância dos pais ou avós, alguma festa ou receita
tradicional, locais que gostam de passear etc. Acompanhe o momento de organização
e conversa nos pequenos grupos, auxiliando na seleção, apresentação do material e
contextualização dos registros. Caso precisem reproduzir algum material digital, ajude
na gestão do tempo e no revezamento para uso dos equipamentos disponíveis na sala.
Enquanto um grupo aprecia o arquivo digital de uma criança, os outros estão analisando
objetos, fotos ou documentos impressos.

4
Após a troca nos pequenos grupos, convide as crianças a compor a página do livro com
os materiais que escolheram, definindo como esse registro será realizado. Elas podem
preferir colar as fotos, fazer desenhos ou registros escritos utilizando escrita espontânea
ou com a ajuda do professor como escriba de suas ideias. Fique atento às
manifestações delas e auxilie nos registros. Sugira que organizem os materiais no
suporte antes de colarem, para distribuírem imagens, fotos e textos de forma que fique
esteticamente agradável na página do livro. Dependendo do número de alunos da
turma, você pode optar em fazer rodízio dos pequenos grupos durante o
desenvolvimento desta etapa para que consiga apoiar a todos. Enquanto um grupo está
realizando os registros, proponha que os outros realizem outra atividade que consigam
trabalhar de forma autônoma. Podem optar por brinquedos de montar, massinha, livros
ou jogos de mesa, os quais podem também ser utilizadas caso alguma criança não se
envolva na investigação e elaboração do livro das famílias do grupo. Se o tempo não for
suficiente para concluir os registros de todos os pequenos grupos, é possível combinar
de concluir em outro dia. Provavelmente as crianças ficarão ansiosas em terminar sua
página do livro, é importante retomar a atividade o mais rápido possível, para que elas
não percam o interesse.
5
Reúna o grande grupo para socializarem com os colegas o que realizaram nos
pequenos grupos e mostrarem como estão construindo a primeira parte do livro.
Proponha que contem sobre os materiais que escolheram, sobre a forma como optaram
em fazer o registro e quais histórias estão sendo contadas sobre as famílias.
Converse sobre as próximas etapas do livro, quando terão oportunidade de socializar
os áudios e vídeos trazidos por elas e realizar novas pesquisas para produção de novas
páginas do livro.

Para finalizar:
Combine com as crianças como vão guardar as produções de cada pequeno grupo,
verificando se tem algo que ainda precisa secar etc. Solicite ajuda para guardar os
materiais e organizar o espaço da sala que utilizaram. Converse sobre a próxima
atividade da sequência, na qual elas escolherão uma das tradições familiares para
aprofundarem o conhecimento sobre a tradição. Diga para que pensem em como farão
a escolha de um tema que contemple todas as famílias. Aproveite para indicar que
pensem junto às famílias como poderá ser o título deste livro do grupo.

Desdobramentos
Para que todos os materiais trazidos pelas crianças sobre as famílias sejam
considerados, planeje outras situações em que sejam compartilhados os áudios e
vídeos, transcrevendo com as crianças alguns relatos etc. contando mais histórias no
livro. Caso seja do interesse das crianças que cada uma tenha sua página individual no
livro, convide as famílias a produzirem essa página contando particularidades da sua
história. Elas podem contribuir com a elaboração da árvore genealógica, uma história
curiosa, ou um fato importante acontecido. Você pode selecionar com as crianças os
materiais que precisam levar para desenvolverem essa atividade com as famílias, como
suporte, lápis grafite, borracha, régua, canetinhas, lápis de cor etc., descrevendo o que
poderá ser realizado. Dê um tempo razoável para a elaboração da proposta. Para que
histórias sobre a diversidade cultural das famílias continuem sendo exploradas, uma
boa sugestão é a coleção "Crianças como você", da UNICEF, que apresenta o cotidiano
das crianças em diferentes culturas do mundo.

Engajando as famílias
Envie para casa, um convite para que uma pessoa idosa da família possa vir à escola
contar sobre sua história, falar sobre a infância, e se possível ensinar uma brincadeira,
música ou receita para as crianças. A atividade 4 desta sequência será organizada a
partir desta ideia. Deste modo, assim que tiver retorno de alguma família, entre em
contato para fazer os combinados necessários.
Convide as famílias para elaborar uma página do livro, contando junto com a criança
algumas de suas histórias.
PLANO DE AULA: CONHECENDO TRADIÇÕES DAS FAMÍLIAS
DO GRUPO

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
O eu, o outro e o nós
Escuta, fala, pensamento e imaginação
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03ET03) Identificar e selecionar fontes de informações, para responder a questões
sobre a natureza, seus fenômenos, sua conservação.
(EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.
(EI03EF09) Levantar hipóteses em relação à linguagem escrita, realizando registros de
palavras e textos, por meio de escrita espontânea.

Ano(s)
Pré-escola

O que fazer antes?


Contextos prévios:
Os materiais em áudio e vídeo trazidos pelas crianças na segunda atividade desta
sequência precisam ser socializados anteriormente a esta proposta (em vários
momentos para não se perder o interesse). A partir das tradições das famílias já
conhecidas pelo grupo, as crianças devem eleger um tema para ser aprofundado,
possibilitando que todas as famílias, ou a maioria, sejam contempladas nesta pesquisa.
Exemplos de temas: festas típicas, brinquedos e brincadeiras da infância, receitas
tradicionais etc. É interessante editar um pequeno vídeo com partes das histórias de
todas as famílias, constituindo um dos materiais de pesquisa para essa proposta. É
necessário selecionar previamente bons materiais de pesquisa para investigação das
crianças, como livros de literatura infantil que contem histórias e tradições de diferentes
povos e regiões do Brasil, revistas, trechos de documentários, imagens etc.

Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:


Toda família tem sua história
Histórias das famílias das crianças
Conhecendo tradições das famílias do grupo
Familiares contam suas histórias
Concluindo o livro das famílias do grupo

Materiais:
Materiais para pesquisa: áudios e vídeos trazidos pelas crianças nas atividades
anteriores, livros de literatura infantil que contem histórias e tradições de diferentes
povos e regiões do Brasil, revistas, trechos de documentários, imagens, computador,
celular ou tablet com acesso à internet, relatos e vídeos das crianças e de suas famílias
etc.

Materiais para registro:


lápis, caneta, papel, canetinhas, lápis de cor, tinta, pincéis etc.

Espaços:
A atividade pode ser realizada na sala de atividades, biblioteca ou sala de informática,
onde for possível o acesso à internet.

Tempo sugerido:
Aproximadamente 1 hora.

Perguntas para guiar suas observações:


1. De que forma as crianças se organizam para a realização da pesquisa e como
interagem com os materiais selecionados para a investigação?
2. Como as crianças realizam os registros de suas descobertas? Como expressam suas
hipóteses de leitura e escrita?
3. Como elas interagem expressando opiniões e considerando as dos colegas? De qual
modo as crianças colaboram na produção do livro?

Para incluir todos:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as
necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo.
Os materiais selecionados para a pesquisa devem propiciar a participação de todas as
crianças. Portanto, providencie materiais com diversidade em termos de linguagem e
tipologia: escritos, orais, vídeos, táteis, com acesso a diferentes mídias. Esteja atento
às individualidades, oferecendo suportes variados quando necessário.

O que fazer durante?


1
No grande grupo converse com as crianças sobre a pesquisa que foi proposta nos
Contextos Prévios e compartilhe que agora será o momento de investigarem mais sobre
a tradição das famílias que elas escolheram. Dessa forma, elas as conhecerão melhor
e com isso construirão mais uma parte do livro do grupo. Combinem que elas irão
trabalhar em pequenos grupos e cada grupo fará sua pesquisa, elaborando algumas
páginas do livro.
Problematize onde elas podem obter mais informações sobre as tradições. As crianças
provavelmente indicarão a internet e livros. Apresente os diversos materiais que
selecionou previamente, como livros e revistas, além de apresentar os recursos para
pesquisa na internet. Se conseguiu editar o material trazido pelas crianças, aproveite
este momento para compartilhar o vídeo/apresentação que elaborou.

2
Proponha que combinem como farão essa investigação, sobre o que desejam saber
para compor o livro, e elaborem perguntas sobre o tema que escolheram. Dialoguem
sobre como farão essa investigação, buscando que o tema escolhido contemple todas
as famílias, pois assim terão uma diversidade de culturas. Por exemplo, se desejam
conhecer mais sobre festas tradicionais, é interessante saber um pouco de cada família
sobre isso. Levante com as crianças quais festas são estas e proponha que apontem
aspectos que podem pesquisar, como comidas, danças, roupas, músicas etc. Se
optaram por conhecer sobre comidas típicas de alguns locais do Brasil, antecipem o que
podem buscar como referência, como receitas, fotos, vídeos etc. Registre as indagações
das crianças no quadro, cartaz, caderno ou bloco de anotações, para que possam
orientar os pequenos grupos no momento das pesquisas. Sugira que elas se organizem
em relação ao trabalho nos grupos, se definirão qual parte cada grupo irá pesquisar ou
se ficarão livres para fazer a pesquisa, definindo apenas o tema. Se a pesquisa for sobre
festas, um grupo pode pesquisar as roupas, outro as comidas, outro as músicas etc.
Elas também podem optar que todos os grupos fiquem livres para pesquisa apenas o
tema e registrar tudo que for do interesse do grupo.

3
Nos pequenos grupos, solicite que as crianças se reúnam e escolham os materiais que
gostariam de consultar para realizar sua parte da pesquisa. Para facilitar o acesso de
todos os grupos aos materiais, disponha cada tipo de material em uma mesinha e
combine com as crianças uma forma para utilizarem todos os recursos disponíveis,
combinando um tempo para cada grupo ocupar essas mesas com os materiais. Ou seja,
uma mesinha pode conter os materiais impressos (livros, revistas), outra os recursos
tecnológicos (computador, celular, tablet), um cantinho para reproduzir os vídeos ou
áudios trazidos de casa ou editado pelo professor etc. Caso alguma criança não saiba
pesquisar as informações na internet, oriente a usar a pesquisa por voz, pois assim
poderão ouvir as informações e trabalhar de forma mais autônoma.

4
Para melhor gestão do tempo, a atividade pode ser realizada em dias diferentes com
cada grupo. Enquanto um grupo realiza a pesquisa, os outros ficam envolvidos em
atividades autônomas como jogos, brincadeiras, leituras etc. Acompanhe cada grupo,
instigue as crianças a buscarem as informações necessárias para compor a página do
livro que ficou atribuído ao grupo organizar. Auxilie-as no que for necessário para a
realização da pesquisa, incentivando a procura de detalhes que sejam relevantes sobre
o tema que estão pesquisando. Por exemplo: se estiverem pesquisando sobre comidas
típicas, qual é a origem da comida, os ingredientes utilizados etc.Propicie que as
crianças utilizem de suas hipóteses de leitura, se pautando em imagens, palavras que
têm de memória etc. Leia os títulos para que elas façam antecipações e complemente
com a leitura de algumas informações contidas nos textos.

5
Disponha os materiais de registros em cada mesinha para facilitar o acesso de todas as
crianças. Cada grupo decidirá como registrar o que descobriu sobre as tradições das
famílias, podendo se expressar através de desenhos, escritas espontâneas, pinturas,
pedindo auxílio do professor para ser escriba etc.
Cada pequeno grupo elaborará as páginas do livro conforme combinaram no início da
atividade. Isso dependerá de como as crianças definiram suas pesquisas, se
escolheram apenas um tema ou se pesquisaram informações sobre vários temas. Por
exemplo: se pesquisaram apenas um tema, cada pequeno grupo fará uma parte da
pesquisa. Se for uma festa, um grupo pesquisará a origem, outro as músicas, e assim
por diante. Se for mais de um tema, várias páginas poderão ser elaboradas.
Caso seja apenas uma página para todos os grupos, será preciso que as crianças
organizem as informações para que todas sejam contempladas.

Para finalizar:
Sugira que, ao concluir o registro, as crianças exponham suas produções em um painel
ou varal para apreciação de todas. Oportunize que elas comentem sobre suas
pesquisas e produções. Observe com as crianças se as informações se complementam
ou se precisa de algo a mais, fazendo combinados para isso, se necessário.

Desdobramentos
Caso optem por realizar a pesquisa com cada grupo em dias diferentes, retome a
investigação com os outros grupos que ainda não a realizaram. Caso as crianças
tenham interesse, podem realizar novas pesquisas sobre outras tradições das famílias
que despertam o interesse da turma. Essa nova pesquisa pode virar mais uma página
do livro ou um mural para ser visualizado por todos na escola, inclusive pelas famílias.

Engajando as famílias
Proponha que juntos elaborem uma carta para enviar para as famílias, contando os
avanços que já tiveram na escrita do livro e o que conheceram sobre as tradições de
algumas delas. Exemplo: hoje elaboramos mais uma página do nosso livro sobre as
famílias da nossa turma, realizamos várias pesquisas e aprendemos um pouco mais
sobre algumas tradições das nossas famílias (citar as pesquisas realizadas). Em breve,
teremos mais novidades a contar!
PLANO DE AULA: FAMILIARES CONTAM SUAS HISTÓRIAS

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
O eu, o outro e o nós
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação
e cooperação.
(EI03ET06) Relatar fatos importantes sobre seu nascimento e desenvolvimento, a
história dos seus familiares e da sua comunidade.

Ano(s)
Pré-escola

O que fazer antes?


Contextos prévios:
Conforme combinado na atividade anterior, foram enviados convites para sondar sobre
a possibilidade de alguém da família (preferencialmente pessoas mais velhas, como
avós e bisavós) irem à escola contar sobre os costumes de suas famílias e interagir com
as crianças. Elas poderão brincar, realizar uma receita, contar sobre as origens da
família, contar histórias etc. É importante que saiba antes o que os familiares desejam
compartilhar e de que forma, para o planejamento da atividade e organização da
agenda. Assim, cada familiar poderá ir um dia para conversar com as crianças ou,
dependendo do que forem apresentar, podem organizar duas pessoas no mesmo dia.
Se for possível na organização da escola, prepare um lanche coletivo com a ajuda das
crianças (um sanduíche com patê, por exemplo, e um suco, algo simples) para
agradecer a participação dos convidados.

Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:


Toda família tem sua história
Histórias das famílias das crianças
Conhecendo tradições das famílias do grupo
Familiares contam suas histórias
Concluindo o livro das famílias do grupo
Materiais:
Materiais para registro: lápis, papel, câmera fotográfica ou celular.
Outros materiais deverão ser selecionados de acordo com a atividade que será
desenvolvida pelas famílias com as crianças. Por exemplo: se houver preparação de
uma receita, terá que providenciar os ingredientes e utensílios necessários. Caso fale
sobre a origem da família, talvez precise de equipamentos para reproduzir fotos e
vídeos.

Espaços:
Prepare o local para que todos fiquem confortáveis e possibilite o desenvolvimento da
atividade preparada pelos convidados. Se for uma brincadeira, pode ocorrer na área
externa, se for uma conversa, é melhor na sala de atividades com um espaço
aconchegante, se for o preparo de uma receita, precisa ter combinados prévios com a
equipe da cozinha e definição do local etc.

Tempo sugerido:
Aproximadamente 1 hora e 20 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:


1. Como as crianças se organizam para receber os convidados? De que forma
contribuem para a realização das atividades e para os registros que comporão o livro
das famílias do grupo?
2. Quais as manifestações sobre a possibilidade de receber os familiares na escola,
compartilhando algo de sua tradição? Como se dá a participação das crianças durante
a proposta?
3. Quais questionamentos levantados pelas crianças para conhecerem mais sobre as
tradições apresentadas? Que relações fazem das histórias apresentadas com a história
da sua família?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as
necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo.
Fique atento às necessidades das crianças e convidados em relação ao acesso ao
espaço onde a atividade será realizada e aos materiais utilizados. Proporcione que
todos possam participar e interagir uns com os outros.
O que fazer durante?

1
Reúna as crianças em roda no grande grupo e conte que chegou o dia de receberem
os convidados que apresentarão um pouco da história das famílias e, assim, elas
poderão elaborar mais algumas páginas do livro que estão produzindo. Conversem
sobre a importância do que essas pessoas vão trazer para ampliar o conhecimento das
crianças sobre várias culturas. Proponha que se organizem para escutar o que a pessoa
tem a contar ou ensinar. Diga que podem fazer perguntas e interagir com o familiar. As
crianças podem fazer alguns combinados para que todos possam participar,
respeitando os convidados e colegas. Alguns combinados que as crianças podem fazer:
se a atividade for uma brincadeira, é preciso prestar atenção nas orientações e regras,
como as perguntas e dúvidas serem feitas para possibilitar a participação de todas as
crianças. Se a atividade for contação de histórias ou sobre a origem das famílias,
respeite o momento em que os convidados estiverem falando e levante a mão quando
tiver uma pergunta para fazer. Combine com as crianças como se dará o registro desse
momento com os familiares para compor o livro do grupo. Quem irá gravar, fotografar
ou mesmo realizar algum registro escrito ou com desenho, se desejarem.

2
Assim que os familiares chegarem na escola, convide-os a se juntarem ao grande grupo
na sala. Incentive as crianças a conduzirem o início da atividade, explicando sobre a
importância desse encontro e como selecionaram as tradições que as famílias vão
ensinar ou contar e o motivo dessas escolhas. Compartilhe com o convidado que as
crianças estão elaborando um livro de histórias das famílias e que o que aprenderem e
fizerem hoje também será registrado no livro. Solicite que contem sobre os combinados
que fizeram e perguntem se os convidados também têm alguns combinados para a
melhor gestão do tempo e viabilidade da atividade. Auxilie as crianças neste diálogo e
definição de combinados com as famílias. Dependendo do tipo de manifestação que o
convidado for apresentar, se dirijam para o local escolhido.
3
Proponha que os familiares socializem suas propostas de atividades com os pequenos
e que, de acordo com as atividades escolhidas, possam contar mais detalhes sobre o
que vão apresentar ou realizar com as crianças. Por exemplo: se forem preparar uma
receita, podem contar um pouco sobre a história da receita, de onde ela veio, o motivo
de gostar dela, se marcou sua infância ou outro momento da vida. Se forem contar sobre
a origem das famílias, podem mostrar fotos da própria família ou trazer imagens de livros
ou da internet que condizem com a realidade vivida por elas (como a história da chegada
dos negros no Brasil, como os índios que viviam antes da chegada dos portugueses,
como foi a viagem dos antepassados para chegarem ao Brasil ou na cidade que hoje
moram, se moravam no campo e migraram para a idade, ou vice-versa). Se for uma
brincadeira, podem apresentar as regras, ensinar como se brinca e também
contextualizar sobre a importância dessa brincadeira (com quem aprenderam a brincar,
com quem brincavam quando eram crianças, onde brincavam e porque gostam dessa
brincadeira).

4
É o momento de interação dos convidados com as crianças. Incentive-as a oferecerem
ajuda, perguntando e participando da atividade. Ao preparar a receita, as crianças
podem se organizar em pequenos grupos para que cada grupo possa ajudar com os
materiais, com a preparação, com o registro deste momento, filmando ou fotografando.
O mesmo pode acontecer com as brincadeiras, onde as crianças e convidados podem
decidir se todos brincarão no grande grupo ou em pequenos grupos, de acordo com o
tipo de atividade. Observe se as crianças estão participando e como se dá o
envolvimento delas durante a realização da atividade com as famílias, se demonstram
interesse, perguntam, fazem comentários, dão sugestões etc. Talvez algumas não
queiram participar ativamente da atividade, mas queiram registrar com fotos, filmagens
ou desenho e escrita espontânea.

5
Assim que o convidado terminar de apresentar suas histórias ou realizar com as
crianças o que vieram fazer, convide todos a se reunirem no grande grupo. Incentive as
crianças a contarem sobre as impressões, participação na atividade e se gostariam de
saber algo mais sobre as histórias relatadas ou sobre as propostas realizadas. Instigue-
as a fazer comparação das histórias apresentadas com as tradições da própria família
e de seus colegas. É importante que os convidados também se manifestem. Incentive-
os a falar se gostariam de contar um pouco mais sobre a história, sobre a família, se
conseguiram transmitir o que vieram apresentar e se aprenderam algo com as crianças.
Proponha às crianças que realizaram desenhos e escritas durante o desenvolvimento
da proposta e peça para que mostrem e falem sobre as produções, se desejarem.

Para finalizar:
Informe que além destes registros, outros serão realizados pelas crianças em outro
momento para compor mais uma página do livro.
Para agradecer a presença de todos, convide para o lanche que foi preparado pelas
crianças, para que todos possam compartilhar de mais um momento de convívio.

Desdobramentos
Caso muitos familiares se disponham a comparecer à escola, organize para que, em
dias diferentes, todos possam apresentar suas histórias. Podem ser organizados por
temas ou assuntos: um dia para as brincadeiras, outro para a culinária, outro para as
festas da sua cultura etc. O importante é que todos possam participar e contribuir para
o enriquecimento cultural das crianças. As crianças poderão terminar seus registros da
atividade em outro momento, no qual poderão escrever um texto coletivo relatando
sobre a atividade, incluindo desenhos e fotos.

Engajando as famílias
Elabore com as crianças um bilhete para as famílias, contando sobre esse momento
prazeroso realizado na escola. Informe para as famílias sobre a importância de
momentos como esse na escola, onde as crianças conhecem sobre sua própria história
e sobre as vivências dos familiares dos colegas. Conte sobre o envolvimento das
crianças na atividade, como reagiram ao receber as famílias na escola e que sempre
estarão à disposição para que outras famílias também possam participar com as
crianças de atividades na escola.
PLANO DE AULA: CONCLUINDO O LIVRO DAS FAMÍLIAS DO
GRUPO

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
O eu, o outro e o nós
Escuta, fala, pensamento e imaginação

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação
e cooperação.
(EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da
linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de
expressão.

Ano(s)
Pré-escola

O que fazer antes?


Contextos prévios:
Esta proposta prevê que você e seu grupo de crianças finalizem o livro de histórias das
famílias, para o qual pesquisaram informações, dialogaram e elaboraram páginas ao
longo das atividades anteriores desta sequência. É o momento de montagem do livro e
de planejar como ele será apresentado aos familiares. Retome todas as produções
anteriores, observando se há alguma ainda a ser concluída e antecipe os materiais
necessários para a finalização.

Este plano faz parte de uma sequência de cinco. São eles:


Toda família tem sua história
Histórias das famílias das crianças
Conhecendo tradições das famílias do grupo
Familiares contam suas histórias
Concluindo o livro das famílias do grupo

Materiais:
Para concluir a escrita e a montagem do livro sobre as tradições das famílias, será
necessário reunir todas as produções realizadas pelas crianças no decorrer da
sequência (ver Contextos Prévios).
Materiais para registro e montagem do livro, como lápis de cor, canetinha, papéis
diversos, tesoura, cola, grampeador, clips, entre outros. Para a capa e a contracapa, é
interessante garantir um papel de maior gramatura do que o utilizado nas páginas do
livro, para favorecer o manuseio e a durabilidade dele.

Espaços:
É indicado realizar a proposta na própria sala de atividades do grupo. Desse modo, os
alunos terão fácil acesso a todas as páginas produzidas para o livro das famílias, assim
como aos materiais para registro e montagem.

Tempo sugerido:
Aproximadamente uma hora.

Perguntas para guiar suas observações:


1. Quais estratégias as crianças utilizam para a organização e a conclusão do livro, nos
pequenos grupos? Que saberes sobres as famílias são compartilhadas entre elas nesse
momento?
2. Como articulam as estratégias de leitura e suas hipóteses de escrita durante a
complementação das páginas do livro e na leitura final da história das famílias? Como
se dá a interação entre as crianças ao expor suas opiniões e considerando as ideias
dos colegas?
3. Que sentimentos são expressos pelas crianças e de que forma se manifestam em
relação ao processo de elaboração e à conclusão do livro do grupo?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo.
Para que a revisão e a complementação do livro sejam garantidas de forma coletiva e
colaborativa, fique atento aos comentários das crianças, para que todas as opiniões
sejam valorizadas. Garanta diversidade de estratégias (escrita, desenhos, leituras etc.)
para a revisão do livro produzido, possibilitando a participação de toda a turma.
O que fazer durante?

1
Comente, em roda, com o grande grupo, que as crianças já sabem de muitas coisas
sobre as famílias da turma, pois já elaboraram várias páginas do livro e precisam agora
finalizá-lo, montando-o, para poderem socializá-lo com as famílias.
Incentive-as a relembrar as descobertas que fizeram, as visitas que receberam e as
pesquisas que as ajudaram a conhecer mais sobre as tradições e as culturas das
famílias.
Convide os pequenos a reunirem as páginas que foram confeccionadas e esclareça que
chegou o momento de rever o que fizeram e ver se precisam alterar ou incluir alguma
informação para finalmente concluírem e montarem o livro das famílias.

2
Proponha que, em pequenos grupos, analisem as páginas produzidas e verifiquem se
precisam de alguma alteração ou complementação. As páginas podem ser divididas
entre os grupos, para facilitar a organização das mudanças.
Proponha que as crianças leiam as páginas designadas ao seu grupo (para isso utilizam
de estratégias de leitura, apoiando-se na memória, em palavras conhecidas, imagens
etc.) com seu auxílio, se necessário. A partir disso cada equipe define o que precisa
fazer para complementar as páginas, talvez seja necessário incluir escritas, legendas,
fotografias, desenhos ou rever alguma parte da história ou relato que ficou incompleto.
Sugira que as crianças conversem com os colegas dos outros grupos sobre as
intervenções que farão nas páginas do livro, procurando por novas opiniões para
garantir as conclusões.
Observe as necessidades das crianças enquanto elas realizam as atividades, caso
perceba dificuldade de organização, ofereça ajuda. Você pode dar dicas de como elas
podem se organizar, ajudar na escrita de alguma palavra e orientá-las a rever os
registros de outras páginas para relembrar a sequência do livro.
3
Sugira que, conforme concluam as atividades, as crianças coloquem as páginas
revisadas sobre algumas mesas, uma ao lado da outra, para facilitar a visualização de
todos. Retornando ao grande grupo, proponha que elas observem todas as páginas
produzidas, apontem algo que considerem precisar de melhoria ou completação e
decidam juntas como pode ser montado o livro. Auxilie as crianças nessa organização,
para que o produto apresente primeiramente um contexto inicial, do objetivo do grupo
em produzi-lo, e depois traga os elementos culturais e as tradições das famílias, em
suas especificidades. Garanta que o livro seja montado a partir das sugestões das
crianças, valorizando ao máximo as sugestões e as iniciativas delas.
Possíveis falas do professor neste momento: Estamos com várias páginas soltas, como
podemos organizá-las e qual ordem seguir para contarmos as histórias das famílias de
nosso grupo?

4
No momento da organização das páginas e da montagem do livro, provavelmente as
crianças irão perceber ele está sem capa. Sugira que peguem uma ou mais obras da
caixa de leitura para realizarem comparações e verem o que mais tem em um livro e
checarem o que está faltando fazer no livro do grupo, por exemplo, o título e o nome
dos autores. Proponha que troquem ideias para eleger o título que melhor represente a
investigação sobre as famílias. Você pode registrar no quadro as ideias que surgirem e,
em seguida, propor que realizem uma votação para a escolha do título.
Definam os responsáveis pela elaboração a capa do livro e discutam como ela será: se
terá algum desenho, quem pode escrever o título etc. Como são muitos os autores,
sugira que na primeira página cada criança coloque seu próprio nome, para ficar
registrada sua participação. Se alguém tiver dificuldade em escrever o próprio nome,
sugira que essa criança utilize como referência alguma ficha ou etiqueta na qual o nome
dela esteja escrito.
Sugira que as famílias também possam escrever no livro. Para isso, diga aos pequenos
que eles podem incluir algumas páginas em branco, para que elas possam, depois,
deixar mensagens registradas nele.

5
Combine com as crianças como será feita a junção das páginas. Talvez seja necessária
uma encadernação, que você pode providenciar posteriormente. Neste momento, para
que vejam o livro montado, utilize provisoriamente grampos ou eclipso-o grande grupo,
proponha que façam a leitura do livro das famílias. Como a obra é algo que elas mesmas
produziram, elas estarão aptas a realizar a leitura, mesmo sem ler convencionalmente.
A cada página uma criança lê, as demais podem complementar com o que lembram,
com a leitura das imagens etc. Esteja atento às necessidades delas, auxiliando-as na
leitura e favorecendo a cooperação entre todos da turma.

Para finalizar:
Após a leitura, conversem sobre como foi produzir o livro, sobre qual página cada
criança gostou mais e por que e quais informações acharam mais interessantes sobre
as famílias do grupo.
Pergunte a elas como podem socializar o livro que fizeram, para que possam contar aos
outros sobre as histórias investigadas. Ideias como estas podem surgir: as crianças
podem querer levar o livro para casa, cada dia uma; elas podem sugerir que as famílias
venham à escola para ler o livro etc. A partir das ideias dadas pelos pequenos, faça os
combinados necessários com eles: você pode fotografar a capa do livro para que as
crianças elaborem um convite para enviar para os familiares, um cartaz pode ser fixado
na entrada da escola, ou na porta da sala, para que em horário de entrada ou de saída
os responsáveis possam conhecer o livro. Peça ajuda das crianças para guardar os
materiais que utilizaram e para organizar a sala.

Desdobramentos
As crianças decidirão como será feito o convite para os familiares, se farão um convite
ou cartaz, ou se optarão por outra forma de comunicar que o livro está pronto e que as
famílias poderão conhecê-lo, para que em outro dia possam vir à escola apreciá-lo.
Uma outra possibilidade é organizar um dia do lançamento do livro. Desse modo, o
convite será enviado antecipadamente às famílias e as crianças planejarão como farão
a leitura da obra que produziram coletivamente.

Engajando as famílias
Ao irem à escola conhecer o livro das famílias do grupo, os familiares podem escrever
recadinhos para as crianças, nas páginas em branco que foram incluídas.
Se os pequenos desejarem ter uma cópia do livro, providencie um arquivo digital. As
páginas da obra podem ser fotografadas ou escaneadas para compor um documento
em PDF ou uma apresentação em Powerpoint. Esse arquivo digitalizado do livro pode
ser gravado em CDs ou DVDs, um para cada criança levar e ver
PLANO DE AULA: LENDO BIOGRAFIAS

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Escuta, fala, pensamento e imaginação

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03EF03) Escolher e folhear livros, procurando orientar-se por temas e ilustrações e
tentando identificar palavras conhecidas.
(EI03EF07) Levantar hipóteses sobre gêneros textuais veiculados em portadores
conhecidos, recorrendo a estratégias de observação gráfica e/ou de leitura.
(EI03EF08) Selecionar livros e textos de gêneros conhecidos para a leitura de um adulto
e/ou para sua própria leitura (partindo de seu repertório sobre esses textos, como a
recuperação pela memória, pela leitura das ilustrações etc.).

Ano(s)
Pré-escola

O que fazer antes?


Contextos prévios:
A proposta pressupõe que o grupo vivencie em seu cotidiano práticas de leituras como
busca para se aprender sobre algo ou alguém. Pede ainda que o professor selecione
cinco títulos de livros queridos pela turma. Também é necessário planejar a impressão
das informações sobre o referido autor, logo após a pesquisa na internet feita junto com
o grupo.

Materiais:
Separe cinco livros preferidos do grupo. Utilize o quadro ou um cartaz para anotar as
curiosidades iniciais das crianças sobre o autor. Organize papéis A3 com a consigna
que sugira elementos da pesquisa sobre a vida do autor. Preveja que você fará uso de
computador ou notebook e de um projetor.

Espaços:
Preveja que a atividade iniciará na biblioteca, com o grande grupo reunido em roda.
Caso sua escola não disponha desse espaço, organize previamente uma minibiblioteca
ou um cantinho da leitura, incluindo livros que relatem algo sobre o autor selecionado.
O importante é que seja um espaço acolhedor e convidativo onde essa proposta possa
ser vivenciada. Logo em seguida, as crianças voltarão aos seus lugares, organizadas
em pequenos grupos.

Tempo sugerido:
Aproximadamente uma hora.

Perguntas para guiar suas observações:


1. Como foi a escolha do livro preferido? As crianças os escolheram baseadas em seus
próprios interesses e gostos? Ou as crianças fizeram uso dos argumentos dos colegas
para fazer escolhas?
2. A proposta despertou o interesse e a investigação por parte das crianças em relação
a vida do autor? As crianças interagiram com interesse? Elencaram curiosidades? Suas
curiosidades foram respondidas?
3. As crianças compreenderam que a finalidade do gênero textual biográfico é informar
sobre a vida das pessoas?

Para incluir todos:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. No momento da grande
roda, procure acolher todas as curiosidades delas. Observe que a atividade também
acontecerá em pequenos grupos, por isso, busque garantir a participação de todos,
envolvendo as crianças conforme suas especificidades e circule entre os grupos para
garantir que estejam interagindo com o material da pesquisa e com os demais colegas.

O que fazer durante?

1
Convide as crianças, ainda na sala, para uma conversa inicial. Conte que hoje preparou
um momento para que elas busquem conhecer a biografia do autor de um livro de
história querido por elas. Nesse momento, pergunte para elas se alguém sabe o que é
uma biografia e o que ela nos informa. Ainda na conversa, diga que reservou o espaço
da biblioteca para que façam a busca das informações sobre a vida do autor e que você
separou as cinco histórias que elas mais gostam, mas que elas precisam escolher
apenas uma para a pesquisa da biografia do autor.

2
No espaço da biblioteca, peça às crianças que se organizem em roda, no grande grupo.
Sente-se e inicie a vivência questionando se elas não têm curiosidade em saber sobre
a vida dos autores dos livros: os escritores. Instigue o interesse das crianças,
comentando que existe uma maneira de saber algumas coisas sobre quem escreve os
livros. Aproveite e comente que as obras selecionadas por você foram escritas por
pessoas diferentes e que a turma precisará escolher um título para conhecer mais sobre
seu autor. Assim que as crianças começarem a expressar qual livro desejam, peça a
elas que justifiquem a opção, dizendo o porquê da escolha. Em seguida, proponha que
se faça uma votação. Comente que você numerou os livros com a sequência de 1 a 5 e
que cada uma das crianças receberá um papel em que deve escrever o número
referente ao seu livro preferido. Depois, os votos serão contabilizados. Observe a
especificidade do seu grupo, caso considere importante, informe às crianças que para
o registro na cédula de votação elas podem escolher fazer a escrita do numeral ou da
quantidade referente ao número escolhido.

3
Feita a escolha, peça à turma que se organize novamente em roda. Compartilhe com
as crianças uma análise da capa e da contracapa do livro, observando os detalhes para
poder destacá-los na conversa. Leia o nome do autor do livro e instigue a curiosidade
delas sobre a vida dele. Anote as questões que elas desejam descobrir sobre a vida do
autor.
Possíveis falas do professor: Turma, este foi o livro que a maioria escolheu. Quem sabe
qual é o título deste livro? Onde está escrito o título? Quem escreveu esse livro foi…
Quem sabe onde está escrito o nome do autor? Vocês conhecem essa pessoa? Vocês
têm curiosidade de saber sobre a vida desse autor? O que vocês gostariam de saber
sobre ele? Vocês sabiam que no próprio livro tem algumas informações sobre o autor?
Quem quer descobrir? Como faremos para descobrir?
Possíveis falas das crianças: Queria saber quantos ano ele tem. Onde mora? O que
gosta de comer? Ele ainda é vivo? Para que time torce? Tem filhos?
4
Folheie o livro até a página que contenha a biografia do autor. Leia as informações sobre
o autor contidas no livro, exatamente como está escrito. Chame a atenção das crianças
para as características do texto biográfico. Entrelace o diálogo, de modo que conte a
elas o conceito do gênero textual biografia, que é um texto que conta a história de vida
das pessoas.
Possíveis falas do professor: Crianças, como o texto começou? O que o texto nos
conta? quem escreveu esse texto foi o próprio autor? Isso já aconteceu com o autor ou
vai acontecer?

5
Ainda com as crianças sentadas em roda, retome a lista das curiosidades iniciais
levantadas por elas no terceiro momento da atividade. Leia-a e questione se todas as
dúvidas foram sanadas. Provavelmente o grupo dirá que não, então, instigue as crianças
a descobrir o que não foi esclarecido. Acolha as hipóteses delas e proponha uma
pesquisa na internet. Diga que você escreverá as perguntas que ainda não foram
respondidas no computador. Vocês provavelmente terão que realizar mais de uma
consulta; tente responder ao máximo as curiosidades das crianças e busque imagens
pertinentes à biografia do autor escolhido. Leia todas as informações coletadas para
grupo e imprima a pesquisa. Caso em sua escola seja possível, considere projetar o
computador em uma parede, de forma a visualização do que é pesquisado seja facilitada
para todo o grupo.
Possíveis falas do professor: Pessoal, tudo o que vocês queriam saber, o texto
informou? Como e onde podemos encontrar essas outras informações? Para pesquisar
isso, o que eu devo digitar?

6
Quando todas as curiosidades do grupo forem respondidas, retorne com as crianças à
sala e peça que se acomodem, organizadas em pequenos grupos. Diga que você irá
imprimir tudo o que vocês encontraram sobre o autor e proponha a produção de um
painel sobre o escritor preferido deles, que será feito com as informações encontradas
na internet. Distribua, a cada grupo, folhas de papel A3, com a consigna que traga
elementos da pesquisa sobre a vida do autor, por exemplo: uma folha com o título
“cidade onde nasceu o autor”, outra folha com o título “família do autor”. Os pequenos
grupos devem organizar e colar as informações referentes à sua consigna. Observe o
engajamento das crianças, caso sinta que elas começam a mostrar cansaço, proponha
que continuem a atividade no dia seguinte.
Para finalizar:
Após a conclusão das atividades, convide as crianças para organizar o mural.

Desdobramentos
Utilize a pesquisa biográfica para organizar com o grupo uma lista com títulos de outras
livros escritos pelo autor e incentive a leitura dessas outras obras. Seria interessante
comparar o contexto das histórias: personagens, onde acontecem e os fatos relatados.
Há também a possibilidade de iniciar a escrita de biografia das crianças ou de um
funcionário da escola. Para isso, devem ser elaboradas com crianças as perguntas que
guiarão as entrevistas. Depois, organize com o grande grupo a escrita do texto
biográfico baseado nas respostas.

Engajando as famílias
Informe às famílias sobre a atividade vivenciada pelas crianças na escola e peça aos
familiares que estimulem os filhos a se interessar por outras biografias, sugerindo nomes
que possam ser investigados em atividades futuras.
PLANO DE AULA: LER PARA SE ORIENTAR

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
O eu, o outro e o nós
Escuta, fala, pensamento e imaginação

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03EO02) Agir de maneira independente, com confiança em suas capacidades,
reconhecendo suas conquistas e limitações.
(EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da
linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de
expressão.
(EI03EF07) Levantar hipóteses sobre gêneros textuais veiculados em portadores
conhecidos, recorrendo a estratégias de observação gráfica e/ou de leitura.

Ano(s)
Pré-escola

O que fazer antes?


Contextos prévios:
A proposta pressupõe a preparação prévia do material indicado no planejamento. Prevê
ainda, sua organização na área externa, para que as crianças percorram o caminho,
seguindo as placas indicadas.

Materiais:
Para a realização da atividade será necessário imagens de placas informativas ou
sinalizadoras com imagens, como por exemplo “vire à direita”, vire à esquerda”, “siga
em frente”, “cuidado com chão molhado”, “cuidado com os degraus”, etc. Você pode
pesquisar as imagens na internet e imprimir. Também será preciso uma caixa de
papelão, ou um baú ou uma sacola de tecido contendo, jogos, objetos preferidos do
grupo ou livros variados. Separe ainda algumas cangas ou lençóis, para forrar o espaço
final do percurso. Cuide da estética do material, alinhando a proposta da atividade e
facilitando a sua identificação. Quanto a quantidade de placas, é necessário que você
observe o tamanho do percurso que vai organizar e preveja que a atividade é organizada
em dois caminhos para grupos distintos.
Espaços:
Essa é uma atividade cuja proposta pressupõe a vivência de dois momentos. No
primeiro, no qual se organizará a atividade com o grande grupo, utilize a sala. No
segundo, será utilizada a área externa. Nesse espaço as crianças estarão organizadas
em dois pequenos grupos e percorrerão o caminho, guiadas por meio da leitura de
placas informativas ou sinalizadoras. É importante que o final desse caminho, seja um
espaço tranquilo, de preferência, embaixo de uma árvore, para que as crianças façam
leitura de livros.

Tempo sugerido:
Tempo 1 hora

Perguntas para guiar suas observações:


1. O grupo conseguiu perceber os meios de comunicação não verbais, reconhecendo a
função social das placas informativas ou sinalizadoras?
2. As crianças realizaram trocas ao realizarem os caminhos? Uma ajudou a outra?
Realizaram o caminho demonstrando envolvimento com a proposta e autonomia?
3. Como foi a partilha de experiência das crianças? O que disseram? Quais os pontos
que você observou que necessitam de maior aprofundamento para uma próxima
proposta?

Para incluir todos:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as
necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Pense previamente, com base
no histórico das necessidades de cada criança, em como elas poderão explorar e
interagir com a proposta, de acordo com suas habilidades e possibilidades. Utilize o
conhecimento e o auxílio dos colegas do grupo, valorizando a colaboração e o trabalho
em equipe. Caso haja necessidade, personalize a atividade, cuidando para que as
crianças ou grupo se sintam mais confortáveis.
O que fazer durante?

1
Convide às crianças a sentarem em roda com você. Conte que elas vivenciarão um
desafio, para encontrar uma caixa que está em algum lugar do pátio ou da escola,
dependendo do local que você escolher para realizar a proposta. Explique que para
encontrar essa caixa, precisarão ler as informações das placas espalhadas pelos
caminhos. Esclareça que essas placas são imagens que indicam o que seguir, como
por exemplo: “seguir em frente”, “virar para um lado” “virar para outro lado” “ voltar”,
entre outros. .

2
Organize a turma em dois grupos. Indique qual é o ponto de partida de cada um.
Combine com as crianças que elas precisam parar e ler as placas, ou seja, o grupo
precisa chegar num consenso sobre o que aquela placa indica e realizarem a ação
juntos. Oriente que o grupo que chegar ao final do caminho primeiro, será responsável
por forrar as cangas para que todos se acomodem confortavelmente para explorar o
material da caixa.
Possíveis falas do professor: Preparei uma surpresa para vocês e para achá-la, vocês
vão percorrer um caminho. Nele, vão encontrar pistas que os levarão à surpresa. Sabem
do que se trata? Que pistas são essas? Sim, as placas vão apontar o caminho que
devem seguir, por isso, elas são essenciais para vocês encontrarem a surpresa.
Pessoal, quando vocês seguirem os caminhos, é importante que parem e leiam o que a
placa quer dizer. Todos precisam estar juntos e cumprir a ação juntos. Não estamos
numa corrida. Estamos em um trabalho de equipe. Não pode abandonar nenhum amigo.

3
Enquanto as crianças percorrem o caminho, circule entre os grupos, a fim de observar
as relações que estão estabelecendo na vivência. Quando um dos grupos chegar, peça
que as crianças comecem a forrar as cangas no espaço. Quando o próximo grupo
chegar, diga que se acomodem da forma que eles consideram mais confortável.
Converse como foi a experiência, garantindo um momento de reflexão em que o grupo
possa avaliar quais foram os maiores desafios para percorrerem o caminho. Nesse
momento, aproveite as percepções das crianças sobre a estratégia de seguir as
imagens pelo caminho e levante hipóteses com grupo sobre quais informações ele tem
sobre placas de sinalização ou informativas.
Possíveis falas do professor? Turma, foi fácil ou difícil encontrar a caixa? Como foi que
vocês fizeram para encontrar? Como vocês sabiam que estavam no caminho certo?
Crianças, vocês conhecem outras placas assim? Onde vocês encontram essas placas?
Para que servem as placas? Alguém já viveu alguma situação parecida, em que
precisou de se orientar por placas? Vocês têm algum outro exemplo de situações em
que usamos placas para nos orientar?

4
Após essa conversa, convide as crianças para abrirem a caixa. Diga que elas
desfrutarão um momento livre para explorar o material que separou na caixa. Considere
que elas podem se organizar em grupos, duplas ou individualmente para esse momento,
permita que essa forma de organização seja uma escolha das crianças. Indique ainda,
que caso alguma criança prefira, poderá percorrer o caminho novamente para depois
explorar o material disposto na caixa.

Para finalizar:
Atente-se ao tempo de interesse das crianças em relação a leitura livre de história para
encerrar a atividade. Observando esse tempo, avise para elas, cerca de 5 minutos
antes, que a atividade será encerrada. Ao encerrar, convide-as para a organização do
espaço, volte para sala percorrendo o caminho organizado pelas placas e organize a
turma para a próxima atividade do dia.

Desdobramentos
Essa atividade favorece e inspira que se organize outras situações em que o uso de
placas tenha funções sociais diversificadas, como passeios a estabelecimentos públicos
ou em vias de trânsito para constatar a existência das placas informativas ou
sinalizadoras. Na sala, pode-se inventar com o grupo um conjunto de símbolos que
representam algumas atividades da rotina da turma, convencionados esses símbolos,
eles podem ser utilizados ao longo de todo ano, para organizar os horários da turma.

Engajando as famílias
Comunique as famílias que as crianças estão conhecendo um pouco mais sobre a
leitura não verbal e sua função social e convide para que ao realizarem um passeio com
as crianças. Destaquem a presença das placas informativas ou sinalizadoras, assim
como quais informações oferecem. As crianças também podem fazer consultas nas
famílias sobre uma placa que faz parte do cotidiano como forma de ampliação desse
repertório.
PLANO DE AULA: LER PARA BRINCAR

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
O eu, o outro e o nós
Escuta, fala, pensamento e imaginação

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação
e cooperação.
(EI03EF07) Levantar hipóteses sobre gêneros textuais veiculados em portadores
conhecidos, recorrendo a estratégias de observação gráfica e/ou de leitura.

Ano(s)
Pré-escola

O que fazer antes?


Contextos prévios:
Essa atividade pressupõe que você apresente uma brincadeira não conhecida para o
seu grupo de crianças, pois ela traz como objetivo, o levantamento de hipóteses de
leitura para aprenderem a brincar.

Materiais:
Preveja a escrita do texto sobre a brincadeira que escolheu. É necessário que ele que
esteja em um portador e que traga diferentes elementos do texto instrucional, ou seja,
acolha o nome da brincadeira, as regras e os passos que mostram como se brinca, bem
como ilustrações (desenho, fotos ou esquema), que apoiem o entendimento das regras.
Você pode considerar também, elencar esse texto de um almanaque de brincadeiras.
Caso a brincadeira que você escolheu aponte a necessidade da organização de
materiais diversos, prepare esse material, considerando a quantidade de crianças do
seu grupo.

Espaços:
Escolha um espaço para iniciar a atividade com o grande grupo sentado em roda, de
maneira que seja possível que as crianças mantenham o contato visual com você e com
o texto. Preveja também, o tipo de espaço que a brincadeira escolhida por você sugere.
Tempo sugerido:
40 minutos

Perguntas para guiar suas observações:


1. A estratégia utilizada proporcionou o interesse do grupo pela leitura?
2. Como as crianças interagiram com a leitura? (As crianças atentaram-se quanto a
descrição de passos característico do texto? Relacionaram com alguma brincadeira já
conhecida? Apoiaram-se em letras conhecidas, para sugerir possíveis palavras no
texto?)
3. Como foi a interação das crianças? (As hipóteses foram levantadas em grupo, ou
individuais? Houve respeito pelos entendimentos individuais?)

Para incluir todos:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais e relacionais que podem impedir que uma
criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as
necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Busque facilitar a participação
das crianças, traçando alternativas para que todos se sintam acolhidos na proposta da
atividade. É fundamental observar a especificidade de que o cartaz esteja fixado num
local em que todos tenham o acesso visual. Incentive a cooperação entre o grupo de
crianças, de modo que elas estabeleçam ações de trocas e acolhimento às
individualidades.

O que fazer durante?

1
Convide as crianças para se organizarem em roda com você. Quando todas as crianças
estiverem acomodadas, conte ao grupo que você preparou uma nova brincadeira para
a turma. E que o desafio é aprender como se brinca com essa brincadeira. Nesse
momento, você pode dizer algumas informações da brincadeira, tais como o nome, a
origem, se há variação do nome conforme regiões do país. Entretanto, cuide para não
contar como se brinca, pois esse será o disparador para que as crianças pensem em
hipóteses de leitura.
Possíveis falas do professor: Turma, hoje eu trouxe uma brincadeira que eu acho que
vocês ainda não conhecem. O nome dela é (nome da brincadeira). Ela surgiu (local). O
nosso desafio é aprender a brincar. Com essas informações vocês acham que já
conseguem brincar com ela? Por que vocês acham que essa brincadeira é assim? O
que tem nela que indica que se brinca dessa forma? Por que você acha que essa
brincadeira se faz assim?

2
Após a escuta das hipóteses iniciais das crianças, traga para o contexto da conversa o
cartaz que elaborou com a descrição da brincadeira. Comente com o grupo que naquele
texto, há as informações de como poderão aprender a brincar com brincadeira. Instigue
as crianças sobre como poderão sugerir qual a melhor forma da leitura que será
realizada você para que aprendam a brincar. Problematize o contexto, chamando a
atenção das crianças para que olhem para o texto, em busca de pistas para encontrarem
a melhor sugestão de leitura.
Possíveis falas do professor: Pessoal, aqui no cartaz, nós temos informações de como
brincamos com essa brincadeira. Olhem para o texto. O que vocês acham que está
escrito neste título? Por que têm várias partes nesse texto? Como vocês acham que eu
devo ler para vocês? Há somente letras ou há números também? Para que será que há
esses números no texto? O que mostra essa imagem?

3
Acolha as sugestões das crianças e diga que é necessário que eles cheguem a um
acordo quanto a forma que você deverá ler o texto. Diga que se precisarem de apoio
quanto a entrarem em um acordo para a leitura, você pode ajudá-los, entretanto, apoie
para que seja um acordo do grupo, levando a refletirem sobre as sugestões de modo a
trazerem as hipóteses do porquê seguir a estratégia defendida é a melhor escolha para
a leitura.
Possíveis falas do professor: Pessoal, vocês estão dizendo que para o melhor caminho
para a leitura do texto é ler por partes, por que vocês acham que é importante ler por
partes?

4
Após acordarem a forma de leitura, leia o texto para as crianças, sem omitir nenhuma
palavra. Durante a leitura, passe o dedo, indicando o que está lendo no texto, para que
as crianças acompanhem o movimento da leitura. Ao terminar, pergunte se é necessário
que você leia mais uma vez ou se já podem ir brincar com a nova brincadeira.
Para finalizar:
Vá com as crianças até o local escolhido para brincar com a nova brincadeira. Caso elas
sintam necessidade de revistar as regras da brincadeira, ofereça o retorno ao texto para
que consultem as informações. Quando a brincadeira terminar, peça que as crianças se
acomodem para a próxima atividade do dia.

Desdobramentos
Para que as crianças fortaleçam a relação da função social da leitura para aprender
novas brincadeiras, você pode traçar outras estratégias para buscar fontes de
brincadeiras diversas, tais como das diversas regiões do Brasil, de outros países e
brincadeiras indígenas. E assim, a turma pode ir montando um banco de novas
brincadeiras.

Engajando as famílias
Como essa é uma atividade que tem por finalidade despertar na criança o sentido da
leitura como função social para aprender algo, prepare um cartão com a descrição da
brincadeira e envie para as famílias. Indique na informação que o grupo aprendeu a
nova brincadeira e peça aos familiares para encorajarem as crianças a lhes ensinarem
como brincar.
PLANO DE AULA: LER PARA FAZER EXPERIÊNCIAS

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
O eu, o outro e o nós
Escuta, fala, pensamento e imaginação

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação
e cooperação.
(EI03EF07) Levantar hipóteses sobre gêneros textuais veiculados em portadores
conhecidos, recorrendo a estratégias de observação gráfica e/ou de leitura.
(EI03EF08) Selecionar livros e textos de gêneros conhecidos para a leitura de um adulto
e/ou para sua própria leitura (partindo de seu repertório sobre esses textos, como a
recuperação pela memória, pela leitura das ilustrações etc.).

Ano(s)
Pré-escola

O que fazer antes?


Materiais:
Imprima com antecedência em tamanho A3 os manuais de instruções dos experimentos.
Organize os materiais necessários para a realização das experiências indicados nos
manuais. Como a atividade prevê dividir a turma em dois grupos, algumas crianças
estarão envolvidas em outra ação. Por isso, separe outros materiais para elas se
ocuparem, como: papel cartolina tamanho A4, giz de cera, massinha, jogos de encaixe
e livros.

Espaços:
A vivência da proposta pressupõe que o grupo inicie reunido em roda. Em seguida, as
crianças serão organizadas em dois grupos que atuarão em atividades diversificadas.
Para tal, observe a necessidade de um espaço acolhedor e amplo, para que as crianças
tenham liberdade em suas explorações. Separe e disponha os materiais a serem
utilizados em pequenas “ilhas”, indicando o espaço que cada grupo atuará.
Tempo sugerido:
Aproximadamente 1 hora

Perguntas para guiar suas observações:


1. Quais estratégias as crianças utilizaram para ler os manuais? Seguiram o passo a
passo pelos numerais? Orientaram-se pelas ilustrações?
2. As crianças compreenderam a estrutura do texto e sua função social? Perceberam
que, para realizar o experimento, era preciso seguir as instruções?
3. Como foi o relacionamento do grupo durante a experimentação? Houve trocas entre
os integrantes? Como se organizaram?

Para incluir todos:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as
necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Observe que essa é uma
experiência que convida as crianças a uma relação mais próxima com os materiais.
Portanto, cuide para que todos possam interagir com qualidade com a proposta.
Lembre-se que um dos experimentos pede que as crianças soprem água e detergente
com um canudinho. Sinalize o movimento de soprar e, no momento da experiência,
tenha um olhar cuidadoso para que as crianças não façam o movimento contrário,
podendo engolir o líquido do experimento. .

O que fazer durante?

1
Convide a turma para sentar-se em roda com você. Comente que hoje eles realizarão
experimentos divertidos. Pergunte quem sabe o que é um experimento, quem já fez e
como foi a experiência (se deu certo ou não). Interaja com as crianças, estimulando a
fala e a partilha de vivências. Diga ao grupo que você trouxe duas sugestões de
experiências e que, para testá-las, o grupo precisará se dividir em duas equipes. Conte
que cada equipe fará um experimento diferente. Uma fará a “Tinta Borbulhante” e a
outra fará a “Geleca com cola”. Comente que a turma poderá repetir a atividade em
outro dia, alternando os experimentos. Ainda na conversa, combine com a turma que
você acompanhará o grupo que iniciará a experiência enquanto o outro grupo estará
envolvido numa atividade que eles já realizam com autonomia. Comente que, em
seguida, eles trocarão de propostas.

2
Após a divisão dos grupos, reúna-se com o pequeno grupo que fará o primeiro
experimento. Ao iniciar a proposta, instigue as crianças a pensar sobre a experiência:
quais materiais serão necessários, que tipo de materiais, a quantidade de cada um deles
e como fazer o experimento. Depois de acolher as hipóteses das crianças, apresente o
cartaz em papel A3 com as instruções do passo a passo para realizar o experimento.
Indague se as crianças reconhecem algo no texto: o que ele contém, para que serve,
se já viram em casa algo semelhante.
Possíveis falas do professor: Turma, vocês sabem como fazer esse experimento? Do
que será que precisamos? Para nos ajudar, eu trouxe esse cartaz. Olhando para ele, o
que vocês observam?

3
Faça a leitura do manual, apontando cada palavra lida para que as crianças façam o
acompanhamento da leitura. É provável que elas reconheçam alguns números ou façam
previsões sobre os ingredientes do experimento. Incentive essa participação, bem como
a análise das informações contidas no texto, favorecendo a compreensão de que o
escrito instruirá a execução da experiência. Acolha as falas das crianças para levantar
hipóteses sobre as instruções.
Possíveis falas do professor neste momento: Agora que li o que está escrito no cartaz,
o que ele nos apresenta? Por que é dividido em partes? Por que as partes estão
enumeradas? Vocês já ouviram um texto semelhante a esse? O que ele ensinava a
fazer?

4
Convide as crianças a testarem o experimento. Peça que se acomodem no lugar
reservado para a realização da experiência e apresente os ingredientes na ordem que
aparecem no manual. Para iniciar a execução do experimento, volte a leitura do cartaz
e incentive a participação das crianças no passo a passo. Nesse momento é importante
que chamar a atenção para as diferentes partes do texto e para as imagens (se houver),
convidando as crianças a pensarem sobre o que está escrito e o que precisam fazer.
Possíveis falas do professor: Pessoal, como faremos para realizar o experimento? O
que vocês acham, precisamos seguir o manual? Por onde começamos? E agora que
terminamos o primeiro passo, onde está o segundo passo? Vamos ler o que ele nos
diz? Quantas colheres temos que colocar? Onde está dizendo sobre essa quantidade
no manual?

5
Assim que o primeiro grupo estiver chegando ao fim do experimento, sinalize ao outro
que, em 5 minutos, os grupos trocarão as propostas. Para isso, as crianças precisam
começar a organizar os materiais utilizados. Ao terminarem, organize a troca de grupos
e repita a mesma orientação, seguindo o manual do segundo experimento.

6
Após a realização dos dois experimentos, reúna toda a turma e converse com as
crianças sobre como foi a experiência. Caso os grupos, ou um grupo, não tenham obtido
sucesso, sugira que repitam o passo a passo do experimento.
Possíveis falas do professor: Pessoal, como foi realizar esse experimento? O que vocês
mais gostaram de fazer? O experimento de vocês deu certo? Como vocês sabem que
deu certo? O que vocês fizeram para que o experimento desse certo? Caso não tenha
dado certo, o que precisa ser refeito?

Para finalizar:
Convide os grupos para partilharem o manual de seus experimentos utilizando os
cartazes e contando aos colegas quais foram os passos e os materiais utilizados em
cada experimento. Após a partilha, divirta-se com a turma explorando as criações.

Desdobramentos
Essa é uma proposta que explora as estruturas de um texto instrucional. Você pode
desdobrá-la pesquisando outras sugestões de textos instrucionais e propor às crianças
a construção de brinquedos, fantoches ou receitas, seguindo as instruções.

Engajando as famílias
Comunique às famílias a situação vivenciada pelas crianças em sala. Envie aos
responsáveis um cartão com o passo a passo dos experimentos e peça aos familiares
que estimulem a leitura do cartão e que realizem o experimento com o auxílio das
crianças, sugerindo experimentar com outras cores.
PLANO DE AULA: AS FORMAS GEOMÉTRICAS DO NOSSO
ENTORNO

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Corpo, gestos e movimentos
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e
jogos, escuta e reconto de histórias, atividades artísticas, entre outras possibilidades.
(EI03ET01) Estabelecer relações de comparação entre objetos, observando suas
propriedades.

Ano(s)
Pré-escola

O que fazer antes?


Contextos prévios:
Para dar início a esta sequência é fundamental que as crianças já tenham vivenciado
algumas propostas que envolviam formas geométricas, considerando as principais
características dos sólidos geométricos e das figuras planas, como por exemplo:
contextos de brincadeiras com blocos de construção com diferentes formas e volumes
formando castelos, construção de maquetes, apreciação de obras de artistas etc.
Nesta atividade as crianças serão convidadas a dar uma volta pelo quarteirão da escola,
sendo assim, será necessário a autorização escrita das famílias. Assegure-se de que
todos os procedimentos de segurança estabelecidos por sua instituição estão sendo
seguidos. Considere ainda envolver alguns familiares para acompanhar e apoiar a
vivência das crianças. Observe que essa é uma forma interessante de envolver as
famílias em situações cotidianas da escola. Ainda assim, caso tenha poucos adultos
para acompanhar a saída ou sua turma seja muito numerosa, faça a atividade com um
pequeno grupo por vez, considerando que as demais crianças ficam na escola, com
outro adulto, realizando alguma outra atividade, por exemplo, um jogo coletivo,
desenhos ou participando de uma leitura de história.
Materiais:
Para esta atividade, separe cerca de quatro máquinas fotográficas e, se possível,
gravadores, para a utilização das crianças, cinco pranchetas, papéis e canetas para
cada pequeno grupo registrar suas observações em uma volta pelo quarteirão da
escola. Considere utilizar um aparelho digital em que seja possível gravar o áudio e a
imagem do grupo na investigação.

Espaços:
A atividade iniciará na roda com o grupo todo reunido. Depois, as crianças serão
organizadas em pequenos grupos para uma volta pelo quarteirão da escola. No final,
reúna todos novamente para que compartilhem a experiência.
Para compor os grupos considere as competências complementares entre as crianças,
acerca de liderança, autonomia e organização.

Tempo sugerido:
Aproximadamente uma hora e 30 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:


1. De que maneira as crianças se relacionaram com um contexto repleto de informações
de natureza geométrica? Como manifestaram a percepção do espaço que as rodeiam?
2. Como as crianças analisaram e compararam os objetos encontrados no caminho?
Identificaram e descreveram formas geométricas ao longo do passeio? Quais trocas e
apoios entre si ocorreram? Ao compartilharem suas descobertas, como as crianças
justificaram suas percepções?
3. De que forma as crianças se movimentaram na vivência? Encontraram formas de
adequar seu corpo, como maneira de qualificar sua observação?

Para incluir todos:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Providencie o suporte
necessário para o deslocamento de todos, como outros adultos que possam
acompanhar as crianças, de forma a assegurar a qualidade das interações possíveis
durante a visita. Potencialize para que todos se sintam à vontade na exploração e
estimule-os a conversarem entre si, contando uns para os outros o que estão vendo,
sentindo e pensando a respeito da expedição. Respeite quem preferir não se manifestar
e observe sua interação com as outras crianças, suas expressões faciais e gestos
enquanto se movimenta. Incentive que uma criança ajude a outra.
O que fazer durante?

1
Convide as crianças para se sentarem na roda com você e conte que a proposta de hoje
será encontrar as formas geométricas que estão à nossa volta. Para dar início à busca,
peça a elas que percorram o olhar pela sala, a fim de encontrar, de forma rápida, objetos
que apresentam formatos geométricos. Ao identificar alguns deles, instigue-as crianças
a descrever e a justificar suas observações, incentivando-as a expressar as pistas que
as levaram a decidir sobre a qualificação do objeto, comparando-o a formas
geométricas.
Possíveis falas do professor neste momento: Pessoal, hoje nós iremos fazer uma busca
das formas geométricas que estão à nossa volta. Onde será que as encontramos? Daqui
da roda, deem uma olhadinha em nossa sala. Há objetos que se parecem formas
geométricas?
Possíveis ações das crianças neste momento: criança aponta a janela e diz que parece
um retângulo.
Possíveis falas do professor neste momento: Uau! Vejam! Onde mais podemos
encontrar retângulos aqui na sala?

2
Revele para as crianças que agora elas terão uma missão: procurar formas geométricas
em uma volta pelo quarteirão da escola. Diga que para isso você irá organizá-las em
pequenos grupos de aproximadamente seis integrantes e que vocês que farão
combinados para a saída. Instigue as crianças a refletir e elencar quais os são
combinados para a saída. Acolha as ideias delas a respeito de como o grupo deve se
portar para que a exploração seja agradável, cuidadosa e cumpra com seu objetivo.
Possíveis falas do professor neste momento: Pessoal, quais combinados são
importantes para que nossa exploração seja um sucesso? Quais cuidados devemos ter?
O que podemos fazer para identificar as formas geométricas ao longo do percurso?
3
Ainda na roda, anuncie que cada grupo receberá pranchetas, papéis, canetas e uma
máquina fotográfica para os registros. Peça às crianças que, ao longo do percurso,
troquem com os pares suas opiniões, compartilhem impressões e contêm por que
acreditam que as figuras têm características que as fazem relacionar com as formas
geométricas. Terminando os acordos, chame individualmente as crianças para a
composição dos grupos.

4
Entregue os materiais para cada pequeno grupo (as pranchetas com papéis, uma
máquina fotográfica, gravador e canetas) e convide-os para dar início à investigação.
Ao longo do caminho, faça algumas paradas em pontos estratégicos para as análises e
os registros das crianças, lembrando-as de que é possível registrar de diferentes formas,
por exemplo, usando a máquina fotográfica, fazendo um desenho, escrevendo algo, ou
gravando um som ou uma fala. Atente-se às buscas dos grupos e às diversas
expressões que as crianças podem trazer. Quais critérios estão usando para apontar as
figuras? Quais são suas hipóteses? Observe a interação dos pequenos e se trocam
informações entre si. Faça questionamentos e provocações e, se possível, um registro
audiovisual da investigação.
Possíveis falas do professor neste momento: Ao observar que uma criança está um
tempo parada observando um telhado, você pode se aproximar e dizer: Interessante
esse telhado! Está observando algo específico dele ou a imagem como um todo? Você
encontrou nele alguma forma geométrica?

5
Siga o percurso com o grupo de crianças, acolhendo suas descobertas e lançando
questionamentos, a partir de suas observações, que as façam refletir e aprofundar as
relações que estão estabelecendo nos encontros com as formas geométricas,
oportunizando também que compartilhem entre si pensamentos e desafios.
Possíveis ações da criança neste momento: Ao perceber que uma criança parou na
frente de um objeto e revela em sua expressão estar vivenciando um desafio para
descobrir com qual figura geométrica ele se parece, aproxime-se e pergunte: Você acha
que parece com uma forma geométrica? Que tal você perguntar para o seu grupo o que
os colegas acham?
Ao completar a volta ao quarteirão, considere convidar as crianças para beber água,
utilizar o banheiro e, em seguida, reúna-as na sala para que compartilhem as
experiências e as descobertas que o caminho percorrido proporcionou.
6
Em roda, convide-as para partilhar as impressões acerca do vivido, os registros que
fizeram, suas experiências e sensações durante a investigação. Encoraje-as a
descrever onde localizaram uma determinada forma e que pistas usaram para decidir o
que era. Atente-se aos argumentos e às justificativas das descrições das figuras
registradas. Observe se falam das características e dos atributos das formas. Busque
perceber que impressões revelam acerca do espaço visitado; se a atividade foi
prazerosa ao grupo, entre outros pontos que julgar importantes. Potencialize o diálogo
trazendo algumas observações que você registrou ao longo da vivência das crianças.
Possíveis falas do professor neste momento: Pessoal, eu percebi que alguns grupos
registraram a janela da casa azul como um quadrado e outros como retângulo. Como
podemos saber ao certo se é um ou outro? Que atributo cada um tem?

Para finalizar:
Ainda na roda, diga que em outro momento irão organizar todos os registros, as
impressões das fotos e as falas que anotou durante a caminhada para montarem uma
exposição. Após a conversa, diga que investigarão mais sobre as formas geométricas
no cotidiano ao longo de novas atividades. Em seguida, convide o grupo para vivenciar
a próxima atividade do dia.

Desdobramentos
Para que as crianças observem melhor o mundo geométrico que as rodeiam, é
importante promover o desenvolvimento da percepção espacial e de habilidades como
memória e discriminação visual. Considere engajá-las em outras atividades, por
exemplo, criar objetos e construções com formas geométricas de madeiras de tamanhos
variados.

Engajando as famílias
Considere elaborar um convite com o grupo para que a comunidade aprecie uma
exposição com os registros que fizeram na exploração da volta pelo quarteirão.
Disponha também a filmagem da vivência que você realizou para compartilhá-la com as
famílias dos pequenos.
PLANO DE AULA: IDENTIFICANDO PALAVRAS QUE RIMAM

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
O eu, o outro e o nós
Escuta, fala, pensamento e imaginação

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação
e cooperação.
(EI03EF09) Levantar hipóteses em relação à linguagem escrita, realizando registros de
palavras e textos, por meio de escrita espontânea.

ANO(S)
Pré-escola

O que fazer antes?


Contextos prévios: Para vivenciar essa proposta, é necessário que você já tenha
recitado a parlenda “Hoje é Domingo” para as crianças em outras situações, e que elas
já conheçam o texto de memória. Também é interessante considerar que o grupo tenha
contato diário com leitura deste e outros gêneros, além de ser convidado a pensar sobre
a escrita, compartilhando suas ideias e hipóteses sobre nossa língua.

Materiais:
Para a proposta dessa atividade será necessário ter um exemplar de um livro sobre
parlendas. Observe, no entanto, que o texto da parlenda “Hoje é domingo” faz parte do
conteúdo do livro escolhido, pois, nesta vivência, é a parlenda que será utilizada como
convite para as crianças brincarem com as palavras. Como sugestão, indicamos o livro
“Quem canta seus males espanta 1”, da autora Theodora Maria Mendes Almeida.
Considere a preparação de um cartaz com a letra da parlenda, respeitando a
organização em versos do texto e o uso da letra imprensa maiúscula. Preveja que a
proposta acolherá a formação de pequenos grupos, então, organize uma folha de papel
ofício e lápis para cada. Observe que ao longo da atividade você acompanhará um
grupo por vez. Organize uma atividade que o grupo consiga realizar com autonomia e
propicie o rodízio de atividades entre os grupos.
Espaços:
Observe que esta atividade acontece coletivamente no início. Portanto, no momento de
apresentação do livro é importante garantir que as crianças estejam sentadas de forma
confortável, para que seja possível a visualização e o contato com o exemplar. Preveja
que nesse mesmo espaço haverá apresentação do cartaz com o texto da parlenda. É
fundamental que a escrita da letra da parlenda seja visualizada por todas. Considere
que, em seguida à leitura da parlenda, as crianças formarão quartetos. Para esse
agrupamento, considere juntar as crianças com níveis de conhecimentos semelhantes
acerca da construção da escrita, para que você, ao lançar desafios, oportunize
estratégias diferenciadas para cada grupo. Sendo assim, considere a flexibilidade do
espaço para beneficiar essa organização e a qualidade da proposta.

Tempo sugerido:
Aproximadamente 1 hora

Perguntas para guiar suas observações:


1. O que indicou que as crianças observaram as palavras, sons e característica rítmica?
O que favoreceu que elas se atentassem para o aspecto da forma da linguagem (o
componente sonoro)? Quais estratégias as crianças utilizaram para encontrar as rimas?
2. De que forma a atividade proposta oportunizou a investigação sobre como cada uma
das partes do texto é registrada por escrito? Como verificaram a disposição em linhas?
O que indicou que perceberam que o texto estabelecia relações entre as palavras?
3. Como aconteceu a vivência em grupo? De que forma as crianças acolheram a
indicação de conversarem entre si para discutirem as hipóteses? Como trouxeram suas
justificativas para sustentar as escolhas diante dos demais colegas?

Para incluir todos:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as
necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Proponha alternativas para a
qualidade das interações, traçando estratégias para que uma criança ajude a outra.
Caso considere que o desafio proposto nessa atividade seja complexo para algumas
crianças, escolha uma parlenda com um texto menor ou destaque no texto as palavras
que rimam. Considere as características de seu grupo e estude qual a melhor forma de
apresentar a parlenda. Se for necessário, traga o áudio como opção, ao invés da escrita
do texto.
O que fazer durante?

1
Comece a vivência da proposta com leveza, trazendo o livro para o contexto do
momento com certa naturalidade. Para isso, solicite às crianças que se acomodem em
roda e, enquanto você e elas se organizam nos lugares, fale sobre a escolha do livro.
Quando todas estiverem acomodadas, mostre o livro e investigue junto ao grupo o que
sabem sobre ele. Para isso, pergunte se o conhecem, dê tempo para as crianças
folhearem e questione se sabem qual tipo de texto há nele. Questione como podemos
encontrar o texto que vamos ler. Se for uma prática recorrente com a turma, é possível
que alguns falem do índice (em geral, livros de parlendas e poesias possuem um índice).
Caso as crianças não tragam essa alternativa, faça uma breve conversa sobre ele e
procure o título, mostrando com o dedo sua leitura e a página indicada. Converse sobre
como, a partir do índice, encontrar a página na qual se encontra a parlenda “Hoje é
domingo”. Mostre o texto ainda no livro e inicie a leitura. Leia o primeiro verso e convide
o grupo a dar continuidade.
Possíveis falas do professor neste momento: quem lembra dessa parlenda? Alguém
conhece uma versão diferente da que recitamos?

2
Compartilhe com o grupo que, como ideia de hoje é brincar com as palavras, você
registrou a letra da parlenda “Hoje é domingo” em um cartaz. Apresente o cartaz ao
grupo e fixe-o em um local que seja possível a visualização por todos. Proponha uma
recitação coletiva, só que, dessa vez, acompanhe com o dedo o ritmo da leitura. Após
a leitura converse com o grupo sobre o texto. Instigue-o a buscar onde se inicia o
primeiro verso, onde termina, do que fala essa parlenda, dentre outras questões
presentes no texto. A ideia é ajudar as crianças a identificarem a sequência de palavras
e ações apresentadas, bem como a estrutura do texto em versos. Busque encorajá-las
em suas investigações e potencialize para que arrisquem seus palpites.
3
Ainda com o grande grupo, compartilhe com as crianças a estrutura das parlendas,
dizendo que são pequenos versos repetitivos e rimados. Investigue junto ao grupo o que
elas conhecem sobre rimas. Incentive as crianças a encontrarem algumas rimas,
lançando perguntas que as desafiem a relacionarem e organizarem as ideias a respeito
do entendimento das rimas. Uma boa ideia seria engajar um grupo em uma brincadeira
de rimas com os nomes das crianças. Você pode iniciar essa brincadeira e depois pedir
que as crianças façam o mesmo. Acolha a brincadeira e as estratégias que elas trazem.
Observe que o importante, nesse momento, é encorajar que elas compartilhem suas
hipóteses sobre rimas, mesmo que tenham equívocos como, por exemplo, dizer que
Pedro combina com peixe (indicando que começam igual).

4
Explique às crianças que, para continuarem o desafio de encontrarem rimas, elas terão
que se reunir em pequenos grupos com, no máximo, quatro integrantes. Organize a
formação dos quartetos considerando os conhecimentos de escrita das crianças. Conte
que, a partir de agora e para a atividade, você irá acompanhar um grupo por vez e que
preparou uma proposta para aqueles grupos que não estiverem com você realizar com
autonomia. Ao fim de cada grupo, faça a troca de atividades. Entregue duas fichas de
cartolina para o grupo que ficou com você e oriente as crianças para que escrevam duas
palavras que o grupo considere que rimam. Pondere que é importante indicar que as
crianças podem se apoiar no texto escrito no cartaz. Solicite que dialoguem com os
colegas para decidirem as hipóteses que irão considerar, justificando entre si as
escolhas. Observe como o grupo está construindo duas hipóteses de escrita e apoie-o,
conforme a estratégia que traçou mediante o conhecimento acerca da escrita que as
crianças têm. Apoie essas construções e oportunize questões que as ajudem a
reorganizarem ou avançarem em suas hipóteses. Assim que os grupos considerarem
que finalizaram o desafio, propicie a troca de atividade e inicie a escrita de duas novas
palavras com o novo grupo, atentando-se às estratégias previamente traçadas por você.

Para finalizar:
Após todos os grupos terem escrito suas palavras, reúna as crianças no grande grupo
e peça que compartilhem com todos as palavras encontradas. Neste momento, engaje
as crianças a pensarem sobre as palavras escolhidas, convidando-as a dizerem, por
exemplo: “Qual parte dessas palavras rimam? O que elas têm de parecido? Vamos falar
em voz alta essas duas palavras para verificar se rimam?”
Após essa brincadeira reflexiva, retome o cartaz da parlenda para verificar com o grupo
se todas as palavras que rimam no texto foram encontradas. Convide as crianças para
circularem no texto as palavras que rimam. Nesse momento, busque apoiá-las,
observando suas estratégias e fomentando que uma criança ajude a outra. Considere
que não há problema se alguma palavra ficou de fora nesse momento. Caso essa seja
uma realidade, considere voltar em outros momentos na parlenda, oportunizando que
as crianças voltem e/ou construam novas hipóteses acerca de seus pensamentos no
campo da escrita.

Desdobramentos
Você pode realizar essa atividade com outras parlendas, poemas e poesias, ou trazer o
desafio de encontrar as rimas de outra maneira. Escreva o texto da parlenda no cartaz
sem as palavras que rimam, ou seja, com os versos incompletos e deixe um espaço que
seja adequado para a inserção das palavras que faltam. Prepare fichas com as palavras
que estão faltando e as disponha para o grande grupo. Leia os versos e peça às crianças
que identifiquem qual par de palavras o completaria. Procure utilizar essa diversidade
de gêneros textuais no dia a dia e não esqueça de, sempre que possível, mostrá-los em
seu portador.

Engajando as famílias
Prepare com as crianças uma lista de cinco palavras e envie para casa. Comunique as
famílias que as crianças estão brincando de descobrir rimas e solicite que os familiares
as ajudem a encontrar rimas para as palavras da lista. Compartilhe que as crianças, ao
retornarem para a sala com o desafio alcançado, serão convidadas a socializarem com
os demais colegas as descobertas. Assim, poderão comparar ou até mesmo descobrir
que uma palavra pode ter várias rimas.
PLANO DE AULA: CONHECENDO OUTRAS FORMAS E
INSTRUMENTOS DE MEDIDAS

Disciplina:
Professor (a):
_____________________________________________________________________

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS
Corpo, gestos e movimentos
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


(EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e
jogos, escuta e reconto de histórias, atividades artísticas, entre outras possibilidades.
(EI03ET01) Estabelecer relações de comparação entre objetos, observando suas
propriedades.
(EI03ET05) Classificar objetos e figuras de acordo com suas semelhanças e diferenças.

Ano(s)
Pré-escola

O que fazer antes?


Contextos prévios:
Para realizar essa atividade é necessário que as crianças já tenham tido experiências
anteriores com registros em tabelas.

Materiais:
***

A proposta é um convite para as crianças investigarem as diversas unidades de


medidas. Sendo assim, considere selecionar ferramentas de medidas e materiais que
instiguem e provoquem a curiosidade delas. Para medidas de comprimento, selecione
réguas, fitas métricas, trenas e objetos em tamanhos diversificados. Para medidas de
massa, reserve brinquedos com pesos diferenciados, como por exemplo, bichos de
pelúcia, carrinhos, bolas maciças e bolas de borrachas e balanças de diversas formas
e possibilidades de uso. Para medidas de volume, jarras medidoras em tamanhos e
formatos diversificados, copos de medida, xícaras e jarras com água.
Preveja também uma máquina fotográfica para registrar a atividade.
Para os registros do grupo, sugerimos a impressão de uma tabela para cada unidade
de medida, ou seja, para cada ambiente que organizou para as investigações das
crianças. Você pode acessar uma sugestão de tabela aqui.

Espaços:
Considere um espaço em que seja possível preparar ambientes diversificados e
provocadores para as investigações das crianças. Busque organizá-los levando em
consideração a estética ao dispor os materiais selecionados e observe se a exploração
autônoma das crianças está garantida. Atente-se ainda para que cada ambiente criado
provoque a investigação acerca de uma unidade de medida. Sendo assim, considere
um ambiente para as provocações quanto à medidas de comprimento, um para
investigações com medidas de massa e outro para as medidas de volume.
Como as crianças serão convidadas a vivenciar com autonomia os ambientes que você
organizou, é fundamental que o espaço selecionado para esta atividade permita a livre
circulação delas entre os ambientes, bem como a organização do grande grupo em
roda, para que, ao final da vivência, todos compartilhem descobertas e impressões.

Tempo sugerido:
Aproximadamente uma hora.

Perguntas para guiar suas observações:


1. Quais relações as crianças estabeleceram ao entrar em contato com os materiais
dispostos? Como fizeram as comparações e testaram as diversas unidades de
medidas?
2. Que hipóteses levantaram em relação às características e funcionalidades das
ferramentas de medidas? As crianças testaram diferentes possibilidades? Quais
informações trocaram entre elas? Uma ajudou a outra?
3. Como as crianças expressavam suas descobertas? Quais vocabulários trouxeram ao
encontrarem as medidas?

Para incluir todos:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que
uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Potencialize para que todos
explorem e expressem suas impressões, estimule-os a conversar, compartilhando as
sensações que emergem ao se relacionarem com os materiais dispostos para a
vivência. Se observar que alguma criança prefere não expressar verbalmente suas
impressões, considere que essa não é a única forma de investigar e tangibilizar suas
construções de sentidos acerca do que é vivenciado. Sendo assim, busque observar
quais relações ela estabelece com o material e com os pares. O que seus olhares,
expressões faciais e corporais revelam? Considere ainda assumir mediações que
incentivem a parceria e a ajuda entre as crianças.

O que fazer durante?

1
Reúna as crianças e conte que hoje você organizou a sala com ambientes
diversificados, trazendo em cada canto objetos e ferramentas que são utilizados para
realizar medidas diversas no cotidiano. Revele ao grupo que a proposta da atividade é
que explorem esses ambientes, buscando investigar as formas de utilização das
ferramentas dispostas, por meio de experimentações, considerando os objetos
dispostos. Conte ainda que você organizou uma tabela para cada ambiente, para o
registro dos experimentos, e que cada uma delas possui uma cor específica.

2
Ainda na roda, apresente as tabelas para as crianças. Descreva as unidades de medida,
investigando com o grupo quais ferramentas são utilizadas para cada uma.
Possíveis falas do professor neste momento: Vejam, esta tabela na cor verde irá acolher
as descobertas que vocês farão sobre o comprimento dos objetos. Nesta primeira linha
está escrito a seguinte pergunta: (considere ler, apontando com o dedo sua leitura)
"QUAL É O COMPRIMENTO?" Na linha abaixo está escrito: OBJETO (considere ler,
apontando com o dedo sua leitura) E aqui ao lado, nesta coluna, está escrito
COMPRIMENTO. Observem que não há nada escrito nas linhas e colunas abaixo delas.
Este espaço (referindo-se a terceira linha da primeira coluna), é para que vocês
registrem o nome ou o desenho do objeto que investigaram. A medida, vocês registram
aqui ao lado (referindo-se a segunda coluna). Que ferramentas temos aqui nos
ambientes que nos ajuda a encontrar o comprimento dos objetos?
3
Considere fazer a leitura de cada tabela que você organizou, investigando juntos às
crianças quais ferramentas apoiarão as descobertas delas sobre cada unidade de
medida. Ainda na conversa, combine com o grupo que os pequenos podem se ajudar
nas investigações e na hora de registrar o nome e medidas dos objetos. Deixe claro que
o registro também poderá ser feito em desenho, caso tenham preferido. Disponibilize-
se também para ser escriba ou ajude-as a pensar sobre quais letras compõem o nome
do objeto. Quanto à medida encontrada, considere instigá-las a utilizar os numerais
revelados por cada instrumento. Proponha ainda que façam coletivamente uma medida
de cada tipo e registrem-nas na tabela como forma de exemplo, sendo você ou alguma
criança o escriba.
Possíveis falas do professor neste momento: Pessoal, para o registro da medida do
objeto, cada ferramenta já apresenta o resultado em número. Vejam, esta é a fita
métrica! Vou medir a altura da mesa. Então, vou escrever mesa aqui na primeira coluna.
Agora, para observar como registrar a medida, vamos olhar aqui na fita métrica? Você
pode me ajudar e ver qual é a medida? Quantos centímetros? Ah, então posso olhar
para a fita métrica para ver como é o número 40.

4
Após a leitura das tabelas, acorde com o grupo o tempo da atividade e convide-o para
iniciar a investigação. Enquanto as crianças exploram os ambientes, circule pela sala, a
fim de observaras relações que elas estão estabelecendo no contexto da proposta.
Considere ainda provocar o aprofundamento das relações, por meio de mediações que
convidem as crianças a revelar seus pensamentos ao grupo, ao explorarem as
ferramentas e objetos, ao ajudarem uns aos outros, ao surpreenderem-se, ao
depararem-se com desafios, ao encontrarem soluções, entre tantas outras relações que
os pequenos estabelecem em suas buscas.
Considere registrar parte das experiências que estão construindo, anotando seus
relatos e fotografando as expressões e encontros com ferramentas, materiais e pares.R,
Possíveis falas do professor neste momento: Ao observar que um grupo de crianças
está vivenciando uma situação desafiadora, pois não aceitam que a bola grande de
borracha seja mais leve que a bola de gude, você pode se aproximar e dizer: O que está
acontecendo? Por que é possível que isso aconteça? Vamos observar cada bola? Elas
são feitas do mesmo material? Que tal sentirmos com nossas mãos o peso de cada
uma?

5
Continue a observar as relações que estão estabelecendo, busque acolher as ideias
das crianças de como medir e faça mediações apenas se julgar necessário. Neste
momento, potencialize a investigação, encorajando a comparação dos objetos e
estimulando os registros. Aproveite para revelar o vocabulário específico das unidades
de medida em cada ambiente.
Possíveis falas do professor neste momento: Como você vai registrar na tabela o
tamanho deste livro? Isso, deste lado você desenha o livro e aqui anota o número que
aparece na régua. Ah, então você descobriu que o livro mede 25 centímetros! O que
você vai medir agora? Será que vai ser maior ou menor do que o livro? Vamos ver?

6
Observe a interação das crianças e, ao perceber que todas já circularam pelos
ambientes, fizeram trocas entre si e que começaram a se dispersar, sinalize que em
dois minutos vocês organizarão a sala e, depois disso, se reunirão em roda para
conversarem sobre as descobertas que fizeram. Dado o tempo e após organizarem o
ambiente, reúna as crianças e convide-as e expressarem quais impressões trazem a
partir da vivência. Procure iniciar este momento instigando-as a contar suas
experiências e descobertas de forma espontânea. Depois você pode se apoiar nas
observações que fez, a fim de aprofundar e de sistematizar as experiências do grupo.

Para finalizar:
Ainda na roda, diga que pensou em criar um espaço de investigação permanente, com
alguns instrumentos de medida, para que possam continuar as investigações. Pergunte
aos pequenos o que eles acham da proposta e peça para ajudarem na execução dela,
coletando ferramentas de medidas com seus familiares. Em seguida, convide as
crianças para a próxima atividade do dia.

Desdobramentos
Você poderá dar prosseguimento ao tema e ampliar as experiências das crianças
propondo diversas investigações. Por exemplo: as alturas dos colegas de sala, a
distância da sala até o parque, a distância percorrida por carrinhos ao descer de rampas,
o peso de objetos e produtos em visitas a mercados e feiras, preparação de receitas
etc.

Engajando as famílias
Considere organizar com as crianças um espaço de investigação de grandezas e
medidas em um espaço externo. Componha o ambiente com explicações de como foi a
atividade em sala e ilustre-o com fotos, falas e registros das crianças.
Convide a comunidade e as famílias para explorar os objetos e os instrumentos, como
as crianças fizeram, e disponibilize também tabelas em branco para que registrem suas
descobertas.
Esse material foi desenvolvido para contribuir nas aulas de Educação Física escolar

edfisicaalemdabola@gmail.com

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