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( Princípios de Direito Administrativo )

• SUPREMACIA DO INTERESSE
PÚBLICO SOBRE O PRIVADO: • AUTOTUTELA:
– No confronto entre o interesse do particular e o – Deve a Administração rever os seus próprios atos,
interesse público, prevalecerá o segundo – ex.: seja para revogá-los (quando inconvenientes), seja
Administração reconhece de utilidade pública um bem para anulá-los (quando ilegais).
imóvel e declara a sua desapropriação (o direito de – “A Administração pode anular seus próprios atos,
propriedade deferido constitucionalmente ao quando eivados de vícios que os tornem ilegais,
particular cede lugar ao interesse da coletividade); porque deles não se originam direitos, ou revogá-los,
haverá sempre limites a tal supremacia. por motivo de conveniência e oportunidade,
– Dois tipos de interesses: respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
Primário – quando o interesse é da coletividade. todos os casos, a apreciação judicial”" (Súmula 473
Secundário – quando o interesse é da Administração do STF).
Pública. – Anula-se o ato ilegal; revoga-se o ato inconveniente
ou inoportuno.

• INDISPONIBILIDADE DOS
INTERESSES PÚBLICOS: • ESPECIALIDADE:
– Não é deferida liberdade ao administrador para – Por conta desse princípio, as entidades estatais não
concretizar transações de qualquer natureza sem podem abandonar, alterar ou modificar os objetivos
prévia e correspondente norma legal; os bens, direitos para os quais foram constituídos; sempre atuarão
e interesses públicos são confiados a ele apenas para a vinculadas e adstritas aos seus fins ou objeto social;
sua gestão, nunca para a sua disposição. – Não se admite, então, que uma autarquia criada
– O poder de disposição, seja para aliená-los, para o fomento do turismo possa vir a atuar, na
renunciá-los ou transacioná-los, dependerá sempre de prática, na área da saúde, ou em qualquer outra
lei; o princípio é próximo e se confunde em parte com diversa daquela legal e estatutariamente fixada;
o da legalidade, muito embora este lhe seja superior e – A alteração do objeto somente é admissível se
antecedente necessário. observada a forma pela qual foi constituída a entidade.

• CONTINUIDADE: • PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE:


– A atividade administrativa, em especial os serviços – Para concretizar o interesse público que norteia a
públicos, não pode sofrer paralisações; por conta atuação da Administração, suas decisões são dotadas
desse princípio há ressalvas e exceções ao direito de do atributo da presunção de legitimidade e de
greve a todos deferido. legalidade, tornando-as presumivelmente verdadeiras
– Em se tratando de agentes públicos, contudo, quanto aos fatos e adequadas quanto à legalidade;
determinadas funções não podem sofrer paralisação – Tal atributo permite a execução direta, pela própria
em nenhuma hipótese, nem mesmo para o exercício Administração, do conteúdo do ato ou decisão
daquele direito constitucional. administrativa, mesmo que não conte com a
– Serviços essenciais não admitem paralisação, como concordância do particular, e ainda que se lhe
os de segurança pública, transporte público, saúde etc; imponha uma obrigação.
também por força desse princípio, ao menos em tese,
não pode o contrato administrativo não ser cumprido
pelo contratado, ainda que a Administração
(contratante) tenha deixado de satisfazer suas
obrigações contratuais.

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