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Edição Revisada e Remodelada em janeiro de 2012.

___________________________________________________Eletricidade Básica
Apresentação

Esta apostila foi desenvolvida pelo professor José Marcos, do CEPEP – Recife,
para a utilização em sala de aula, em especial, aos alunos do CEPEP, que dispõe de
um breve período de aprendizado devido à arrojada proposta de profissionalização
a curto-prazo, solicitado pelo mercado de trabalho e procura pelo conhecimento
por parte do público geral, visando assim uma maior integração entre os corpos
docente e discente e, buscando uma maior absorção da proposta de aula.
Pesquisas foram realizadas a fim de facilitar o acesso aos assuntos previstos na
ementa, dando a todos os envolvidos nesta disciplina, suporte necessário à
construção da imagem perfeita do profissional da área em questão: o Eletrotécnico.
Os assuntos estão apresentados de maneira seqüencial, onde foi
disponibilizada em anexo, uma parte do alfabeto grego, pelo uso constante dessa
terminologia nas teorias apresentadas, com breves passagens práticas dando um
sentimento de realidade e aplicação técnica das leis e teoremas voltados à
Eletricidade. Por mais que o aluno esteja fora do contexto ou da realidade atual,
com a leitura desta apostila, sua identidade passará a ser creditada como uma
edificação construída de forma gradual e sólida.
Vale ressaltar ainda que as abordagens, em todos os temas, foram
introduzidas com um enfoque simples e básico, mas que exigem um entendimento
matemático e físico mínimo para compreensão dos assuntos e manuseio completo
das fórmulas, embasamentos teóricos e raciocínio dos teoremas e leis em questão.
Fruto disso é a lista de exercícios voltados para o desenvolvimento intelectual do
aluno, que em sua realidade profissional, será cobrado para pensar e agir de
maneira rápida e eficiente.
Para finalizar, agradecemos a todos aqueles que contribuíram
construtivamente nas observações, correções e redações aqui verificadas deste
material. Agradeço também a esta entidade de ensino que incentivou a formulação
da obra, promovendo o melhor trabalho num sentido amplo da palavra.

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___________________________________________________Eletricidade Básica

Índice
Introdução à Eletricidade
1. Matéria...................................................................................3
2. Modelo Atômico......................................................................4
3. Obtenções da Eletricidade........................................................5
4. Grandezas..............................................................................7

Lei experimental e fundamental na Eletricidade


5. Lei de Ohm............................................................................15
6. Associação de Resistores........................................................16

Visão mais específica sobre Correntes elétricas


7. Correntes Elétricas.................................................................18

Novos Conceitos da CA
8. Corrente Alternada em tensão monofásica...............................21
9. Circuito Série e Paralelo CA.....................................................22
10. Tensão Trifásica................................................................25
10.1 Circuito Estrela ou Y .................................................26
10.2 Circuito Triângulo ou Δ .............................................27
10.3 Potência elétrica em CA.............................................28
11. Magnetismo......................................................................30
12. Eletromagnetismo.............................................................31

Exercícios.....................................................................................34

Referências
bibliográficas..............................................................................40

Anexo
Alfabeto grego............................................................................41

Revisões ........................................................................................43

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Introdução à Eletricidade
1. Teoria Atômica

Matéria – É tudo aquilo que ocupa lugar no espaço.

Sólido
Líquido Molécula = Menor partícula que conserva as caracte-
Gasoso rísticas da Matéria.

Átomo – Partículas que formam as moléculas.


Modelo de Bohr
Átomo = > Eletrosfera (elétrons)
= > Núcleo (prótons e nêutrons).

Portanto, o átomo é formado por:

Elétron – É a menor partícula encontrada na natureza, com carga negativa. Os elétrons estão
sempre ao redor núcleo movimentando-se em órbitas, que leva o nome de eletrosfera.

Próton – É a menor partícula positiva encontrada na natureza. Situa-se no núcleo do átomo.

Nêutron – São partículas eletricamente neutras e se encontram no núcleo juntamente com os


prótons.

Logo temos:

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 Elétron (-) = carga negativa = -1,6 x 10-19 C
 Próton (+) = carga positiva = 1,6 x 10-19 C
 Neutron (+ -) = carga nula = 0.

Obs.: Acima, descrevemos os valores de carga elétrica que são expressas em Coulomb (C).
Unidade de carga elétrica padronizada pelo SI _ Sistema internacional de medidas.

2. Modelo Atômico

Eletricidade é o fluxo de elétrons de átomo para átomo em um condutor.

Como percebemos acima, as partículas dos átomos, como são chamadas as partes
menores dos átomos, os elétrons giram em órbitas, distribuídas em camadas
designadas por letras.

Camadas
Obs.: A última camada de cada átomo é denominada
K=2
camada de Valência, pois é ela a responsável pelas
L=8 diferentes tipos de ligações entre outros átomos.
M=18
N=32
O=32
P=18
Q=2

É a partir dessa idéia que alguns átomos conseguem perder e ganhar elétrons na sua
última camada. Estes elétrons que saem da eletrosfera de um átomo para outra
eletrosfera chamam-se de Elétrons livres. Quando esses átomos perdem ou ganham
elétrons acabam se chamando de Íons. Os Íons podem ser positivos ou negativos.

- Positivo: Cátions = carga positiva (perdem elétrons na última camada)


- Negativo: Ânion = carga negativa (ganham elétrons na última camada).

Como notado no exemplo acima, percebemos que na figura do átomo do cobre, na


última camada, possuímos um elétron livre. Este é o segredo básico para um bom
condutor.

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Em síntese:
 Os átomos que contém menos de quatro (4) elétrons na última camada são bons condutores.
 Em átomos carregados negativamente, temos maior número de elétrons e em átomos
carregados positivamente temos menor número de elétrons.
Como exemplo, temos:

Condutores Isolantes
Prata Ar seco
Cobre Vidro
Alumínio Mica
Zinco Borracha
Latão Amianto
Ferro Baquelite

3. Obtenções da Eletricidade

Gerador Elétrico = Equipamento que transforma qualquer tipo de energia em energia elétrica.
a) Gerador elétrico (Ação química)

Esta ação se dá reagindo quimicamente elementos diferentes


resultando na geração de energia elétrica. São representadas
por pilhas e baterias utilizadas em equipamentos eletrônicos,
veículos, etc.

b) Gerador elétrico (Ação da Água)


Este tipo de fonte é resultado da
indução eletromagnética proveniente da
força da água. As linhas de força são
cortadas pelo rotor que gera assim
energia elétrica.

c) Gerador elétrico (Ação dos raios solares)

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Este tipo de energia se dá através dos
coletores fotovoltaicos, onde a
radiação solar é convertida pela
diferença de potencial das placas de
material semicondutor na absorção de
luz.
Também se pode utilizar a radiação
solar visando o aquecimento de
líquidos ou fluidos para uso geral. É
um tipo de energia alternativa mas
que em países tropicais torna-se muito
atrativa. Seu único problema ainda
são os custos elevados, mas de
manutenção barata.

d) Gerador elétrico (Ação dos ventos)


A energia eólica é a energia cinética da força das massas de ar,
gerada pela diferença de temperatura na superfície da terra.
Resultado da associação da radiação solar incidente na superfície.
Mas esse fenômeno não seria suficiente se não atrelássemos a
indução eletromagnética nesse sistema. Trata-se também de uma
energia alternativa. Em Fernando de Noronha, cerca de 10% da
energia gerada na ilha, é proveniente de apenas um Aero gerador.

e) Gerador elétrico (Ação Nuclear)


Alguns isótopos de certos elementos têm a
capacidade de, em reações nucleares, emitirem
energia durante o processo. Baseia-se no princípio
que nas reações ocorre uma transformação de massa
em energia. A reação nuclear é a modificação da
composição atômica do elemento podendo
transformar-se em outro elemento, liberando muita
energia. Dessa forma, o objeto radioativo, fica
confinado em um cilindro fechado visando absorver
grande volume de energia aproveitando a alta
temperatura evaporando a água e movendo turbinas,
fazendo o mesmo princípio da energia Hidrelétrica.

f) Gerador elétrico (Ação Geotérmica)


Gêiseres são jatos de água quente e vapores expelidos, de tempos em
tempos, em temperaturas variáveis. Além das rochas no centro da terra,
também existe água circulando. Quando a temperatura se eleva, a água
entra em ebulição, liberando pressão, parecido com um sistema de motor
a vapor. Em campos geotermais, seus vapores são canalizados até uma
caldeira, alimentando usinas termelétricas.

Geiseres

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g) Gerador elétrico (Ação Térmica)

É uma forma pouco eficiente sendo encarada mais


como energia alternativa, devido ao grau de
dificuldade proveniente do resultado da matéria-
prima advinda para o aquecimento da água a mover
os geradores elétricos. Normalmente as matérias-
primas utilizadas são: Gás natural (caro), bagaço da
cana-de-açúcar, etc. O processo é parecido com o
geotérmico. Trata-se também de um tipo de energia
alternativa e de custo de produção elevado.

3.1 Matéria (em eletricidade)


 Condutores = Responsáveis pelo transporte da energia. É o material que possui
elétrons livres e que permite a passagem da energia elétrica.
Ex.: Alumínio, cobre, aço, etc.
 Isolantes (dielétrico) = Responsáveis pela segurança ou pelo transporte da energia
elétrica com segurança. É o material que possui poucos elétrons livres e que oferecem
muita resistência à passagem da energia elétrica.
Ex.: Borracha, madeira, cerâmica, etc.
 Semicondutores = Permitem a construção de equipamentos eletrônicos. É um material
que apresenta ora características de condutor e ora características de isolante.
Ex.: Silício, Germânio, Telúrio, etc.

4. Grandezas elétricas
Grandeza:
Definição: É tudo que se mede.
Ex.: Comprimento, área, volume, massa, etc.

Grandeza elétrica:
Definição: É toda grandeza que provoca ou são provocadas por efeitos elétricos, ou ainda, que
contribuem ou interferem nesses efeitos.

a) 1ª Grandeza elétrica: Intensidade de Corrente elétrica


Definição: É o movimento ordenado de elétrons dentro de um material condutor.
Ex.: Toda vez que um aparelho elétrico está funcionando é porque existem elétrons se deslocando
nesse equipamento.

A carga elétrica do elétron é medida em Coulomb. A unidade de Corrente elétrica é o


Àmpere. E quando circulam um Coulomb num material condutor, dizemos que estão transitando
neste material 6,25 x 1018 elétrons, ou seja, está passando 1C em cada segundo. Portanto:

1 elétron = -1,6 x 10-19 C (carga do elétron em Coulomb)


1C = 6,25 x 1018 elétrons
1 A = 1C/s (1 Coulomb por segundo, temos 1 Ampere) => I = ∆q
∆t

Nessa figura percebemos o fluxo o fluxo de elétrons num material condutor.


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O símbolo utilizado para representar o Ampere é a letra “A” e a letra “I” indica a intensidade da
corrente elétrica.
Ex.: I=2A

Múltiplos e Submúltiplos

a.a) Miliampere = (mA) = 10-3 A = 1/1000 A

a.b) Microampere = (μA) = 10-6 A = 1/1000.000 A

a.c) Kiloampere = (kA) = 103 A = 1000 A

a.d) Megampere = (MA) = 10 6 A = 1.000.000 A

O instrumento de medida é o Amperímetro e deve ser ligado em série com o circuito.


Para entendermos melhor o porquê, devemos compreender sempre a definição da
grandeza.

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b) 2ª Grandeza elétrica: Diferença de Potencial - DDP


Definição: É a força que impulsiona os elétrons em um material condutor.
A DDP é também chamada de:
 Voltagem
 Tensão
 FEM – Força eletro-motriz

A unidade de medida da DDP é o Volt. Pode ser representado pelas letras V, E ou U. Ela
possui valores padronizados para sua utilização, quando em baixa tensão e padronizados
para distribuição e transmissão, quando a energia é levada para lugares distantes.

Ex.: 220V, 380V, 440V, 760V, 13.800V, 69.000V, etc.

Múltiplos e Submúltiplos

b.a) milivolt = (mV) = 10-3 V = 1/1000 V

b.b) microvolt = (μV) = 10-6 V = 1/1000.000 V

b.c) Kilovolt = (kV) = 103 V = 1000 V

b.d) Megavolt = (MV) = 10 6 V = 1.000.000 V (Pouco utilizado)

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O instrumento de medida da Voltagem é o Voltímetro e o mesmo deve ser ligado em paralelo


pelo mesmo motivo da definição da tensão. Como a definição de DDP é a diferença de potencial
entre dois pontos eletricamente carregados, é dessa forma que medimos a DDP.

Essa figura ressalta bem a forma como devemos medir a DDP, sempre atendendo aos
aspectos da segurança.

c) 3ª Grandeza elétrica: Resistência elétrica


Definição: É a oposição à passagem da corrente elétrica dentro de um material condutor.
A sua unidade de medida é o Ohm e simbolizado pela letra grega Ω (ômega). Sua
intensidade é representada pela letra R e na figura abaixo temos a representação gráfica
dos resistores elétricos:

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Múltiplos

c.a) kilohm = (kΩ) = 103 Ω = 1000 Ω

c.b) Megaohm = (MΩ) = 106 Ω = 1000.000 Ω

c.c) Gigaohm = (GΩ) = 109 Ω = 1.000.000.000 Ω

c.d) Teraohm = (TΩ) = 10 12 Ω = 1.000.000.000.000 Ω

Nesse caso, o mais usual é termos múltiplos de resistência elétrica e raro são os
submúltiplos. Caso ocorra de precisarmos em circuitos resistivos, recorremos a associação
de resistores.
O instrumento de medida é o Ohmímetro e deve ser ligado em paralelo com o
dispositivo a ser medido, e logicamente desconectado da fonte, pois o instrumento possui
fonte própria para medição, cuja forma de funcionamento poderemos ver na disciplina de
medidas elétricas. Assim, quando ligarmos este instrumento com o dispositivo conectado
no circuito ligado, poderemos queimá-lo.

Condutância: É a facilidade encontrada pelos elétrons ao passar em um material


condutor.É representado pela letra G e sua unidade de medida é o
Siemens.
Basicamente a condutância pode ser encontrada obtendo o inverso da
resistência elétrica.

G = 1/R

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Resistividade
Primeiramente é necessário fazermos referência a algumas definições como:
a) Condutores elétricos – É todo material que conduz corrente elétrica oferecendo
pouca resistência a sua passagem.
b) Resistores elétricos – É todo material que deixa a corrente elétrica passar
oferecendo bastante resistência a sua passagem. A função do resistor é
transformar energia elétrica em calor e limitar a passagem da corrente elétrica.

Assim sendo, a Resistividade, é a resistência específica de cada material. A resistência


específica, na verdade é uma forma de medição de resistência de vários tipos de materiais
diferentes como Cobre Alumínio, Ouro, Prata, etc, onde todos têm 1 metro de comprimento,
seção transversal de 1mm2, a temperatura de 20 ºC. Portanto, os parâmetros que
influenciam na Resistência elétrica são:
 Comprimento = Quanto maior o comprimento, maior a resistência elétrica.
 Seção transversal = Quanto maior a seção do condutor, menor a resistência
elétrica.
 Temperatura = Quanto maior a temperatura, maior a resistência elétrica.
 Natureza do material = Cada material possui características próprias de
resistência elétrica.
Tabela de Resistividade
Material Resistividade em Ω mm 2 / m
Prata 0, 016
Cobre 0, 017
Ouro 0, 023
Alumínio 0, 028
Tungstênio 0, 055
Constatam 0,5
Níquel-Cromo 1,1

Cálculo de Resistência
R=ρxl
S

R = Resistência em Ohms
l = Comprimentos em metros
ƿ = Resistividade (letra grega Rô) em Ω mm2/ m
S = Seção transversal em mm2 na temperatura de 20 ºC.

Cálculo de Resistência com a variação da Temperatura


Rf = Ro (1 + φ (tf - ti)) Rf = Resistência final
Ro = Resistência inicial
Φ = Coeficiente de temperatura
tf = temperatura final
ti = temperatura inicial.
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Nota:
O conhecimento dessa grandeza elétrica é importantíssimo, pois é a partir dela que
podemos entender o grande problema ocasionado pelas conexões elétricas que
promovem o aparecimentos de “pontos quentes”, onde os elétrons tentam continuar seu
caminho mas devido ao mau contato, surge a resistência elétrica.

Ex.:

d) 4ª Grandeza elétrica: Potência elétrica


Definição: É o trabalho realizado pelos elétrons na unidade de tempo. Na prática, obtemos Potência
elétrica através do produto entre Tensão e Corrente elétrica. Sua unidade padrão é o Watt, e é
representado pela letra W. Vale ressaltar ainda que sua intensidade é simbolizada pela letra P. O
instrumento de medida é o Wattímetro e o mesmo é ligado tanto em série como em paralelo. Existe
um equipamento capaz de medir todas as grandezas aqui mencionadas chamado Multiteste ou
Multímetro.

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Múltiplos e Submúltiplos
d.a) miliWatt = (mW) = 10-3 W = 1/1000 W
d.b) kiloWatt = (kW) = 103 W = 1000 W
d.c) MegaWatt = (MW) = 10 6 W = 1.000.000 W
d.d) GigaWatt = (GW) = 10 9 W = 1.000.000.000 W
d.e) Terawatt = (TW) = 10 12 W = 1.000.000.000.000 W
Além dessa unidade, temos também outras unidades como: HP, CV, BTU (está não é unidade de
Potencia elétrica, mas nos equipamentos de climatização, utiliza-se muito). Abaixo veremos as
conversões para a unidade padrão:

— HP = 746 W
— CV = 736 W
— BTU = 0,15 W (British Termal Unit – Unidade térmica britânica)
— TR (Tonelada de Refrigeração)= 12.000 BTU

É importante salientar que tudo que foi comentado aqui se aplica à Corrente Contínua. Veremos
mais a frente que no conceito de Corrente Alternada, aparecerão novos assuntos sobre potência
elétrica, que serão abordados adiante, e com mais ênfase, visando complementar os assuntos aqui
abordados.

Aplicando o conhecimento
Planilha de Cálculo de Consumo mensal
Para a verificação de consumo mensal, utiliza-se o conhecimento de Potência elétrica que por sua vez
desencadeia na energia consumida, uma vez que E = P x Δt. Essá prática é muito utilizada pelas concessionárias e
distribuidoras de energia elétrica como forma de conscientizar seus clientes sobre o desperdício. Segue abaixo, o
exemplo da palnilha de cálculo de consumo pelas potências:

Item Equipamentos Potência (kW) Qtde. hrs de uso Consumo diário (kWh) Consumo mensal(kWh)
1 TV 0,1 8 0,8 24
2 GELADEIRA 0,092 2 0,184 5,52
3 ILUMINAÇÃO 0,24 8 1,92 57,6
4 SOM 0,25 2 0,5 15
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TOTAL GERAL DE CONSUMO NO MÊS (em kWh) 102,12
TOTAL EM REAIS (R$) – 0,49 50,03

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Lei experimental e fundamental na Eletricidade


5. Lei de Ohm
Condutor com
Temperatura
constante

U1

U2

U3

U1 = U2 = U3 = R = Constante => Resistencia elétrica


I1 I2 I3

Logo, R=U
I

Enunciado: “A corrente que flui em um circuito (caminho fechado) é diretamente


proporcional à variação de tensão e inversamente proporcional à resistência
elétrica.”

Obs.:
Resistor = Objeto
Resistência = característica
Resistência elétrica = grandeza.

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Gráfico da Lei de Ohm
6.

Un Tg θ = U1 = U2 = U3
I1 I2 I3
U3

U2

U1 θ

I1 I2 I3 In

Associação de Resistores
Podem se de três tipos:
 Associação Série
 Associação Paralela
 Associação Mista.

6.1 Associação Série _ É a associação cuja condição é que os resistores estejam


alinhados para que sejam percorridos por uma mesma corrente elétrica.

Ex 1:

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U1 = I x R1

U2 = I x R2

U3 = I x R3

Ex.2

Logo, as equações que regem o comportamento do circuito série são:


a) It = I1 = I2 = I3
b) Ut = U1 + U2 + U3
c) Pt = P1 + P2 + P3
d) Rt ou Req = R1 + R2 + R3

Caso Particular: Para resistores de mesmo valor, basta multiplicarmos o valor do resistor pela
sua quantidade, achando assim a Req. ou a Rt (Resistência equivalente ou resistência total).

6.2. Associação Paralela _ É a associação para que 2 ou mais resistores estejam em


paralelo é que estejam submetidos pela mesma diferença de potencial.
It

U R1 R2 R3

I1 = U, I2 = U, I3= U
R1 R2 R3

Logo, as equações que regem o comportamento do circuito paralelo são:

a) U = U1 = U2 = U3
b) It = I1 + I2 + I3
c) PT = P1 + P2 + P3
d) 1 = 1 + 1 + 1
Req R1 R2 R3

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Casos Particulares:
a) Para n resistores iguais: R1 = R2 = R3, onde queremos achar o valor de Req., basta
dividirmos o valor de qualquer um dos resistores pela quantidade de resistores de
mesmo valor.
Req = R/n

b) Para encontrar a Req. de apenas dois resistores de valores diferentes, basta


acharmos o produto entre eles e dividirmos pela soma.
Req = (R1 x R2)/(R1 + R2)

6.3. Associação Mista _ É a associação onde introduziremos os conhecimentos


adquiridos tanto série como paralelo.

Aplicando o conhecimento

Curto-circuito entre dois pontos


A ligação entre dois pontos de diferentes potenciais através de um condutor de resistencia elétrica
desprezível se dá colocando-se em paralelo, na verdade dois resistores.

Ex.:
Supondo a resistencia do fio Rfio = 0,0001 Ω, fazemos a associação teremos:
Req = 10 x 0,0001 logo Req = 0,000099 Ω
10 + 0,0001
Então: Icc = V = 100 = 1000000 A (Portanto a corrente de curto-circuito será de 1 MA).
Req 0,000099

Obs.: Em associações paralelas, o valor da resistência final será sempre menor que a menor
resistência da associação.

Visão mais específica sobre Correntes elétricas


7. Correntes Elétricas
7.1. Corrente Contínua _ Em toda a nossa abordagem, até aqui, foi realizada em
corrente contínua para que outros fenômenos elétricos visualizados em Corrente Alternada
(CA) influenciem na construção de um conhecimento inicial. Assim, sendo, demonstraremos
os tipos de corrente contínua existentes:
a) Contínua Constante = Convencional (Sentido do positivo para o negativo).
= Real (Sentido do negativo para o positivo).
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b) Contínua Pulsante = Essa corrente possui único sentido, mas pulsa como seu
nome sugere.

7.2 Corrente Alternada _ A corrente é alternada quando varia em mais de um sentido


em função do tempo. A CA, como é chamada, descreve um ciclo parecido como a de uma
função trigonométrica conhecida que é a função Seno. Tais correntes são originadas a
partir de geradores ou alternadores elétricos, cuja transformação é através da energia
mecânica, eólica, marítima, térmica, etc.

Voltando para a relação trigonométrica Seno, e visualizando mais abaixo no gráfico,


verificamos que essa variação se dá em todos os sentidos o qual damos o nome de ciclo.

t1

t2
t4
t0 t3
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Dessa forma, cocluímos que no gráfico, os pontos t0 e t2, a corrente é nula, e nos intervalos
t1 e t3 as correntes são máximas negativa e positiva respectivamente. Como esse ciclo se
repete muitas vezes, esse é mais um fenômeno extremamente importante. Esses ciclos na
unidade de tempo chamamos de frequência e sua unidade é Hertz. Essa grandeza é
percebida em muitos aparelhos elétricos e eletrônicos. Em nossa país, os valores são
padronizados em 50 e/ou 60 Hertz, dependendo da região.
Durante um ciclo, a corrente e a tensão tomam valores diferentes de instante para
instante. Entretanto, na prática, não é o mesmo valor da CA que executa o mesmo
trabalho da corrente contínua. Denominamos esse fenômeno de Valor Eficaz.
Esse valor é expresso por: Ief= I máx
√2
Ou Ief = Imax x 0,707

7.2.1 Resistência elétrica em CA

Calcula-se do mesmo modo como em CC.


R=ρxL
S
Se o enrolarmos um condutor sobre um núcleo de ferro, constituímos um reator ou um
indutor. Para a CC, teríamos apenas a resistencia do fio, mas em CA, consideramos ainda
outra resistencia, a qual chamamos de Reatância Indutiva. Esse fenômeno não pode
ser medido, pois depende da Corrente Alternada aplicada ao circuito e é dada pela seguinte
equação:

XL = 2¶FL

Onde, Xl = Reatância Indutiva, em Ohms (Ω)


2¶ = que faz referencia ao ciclo da senóide
F = frequencia da rede elétrica, em Hertz
L = Indutancia medida em Henry (H), que depende do núcleo do indutor, da
quantidade de espiras, e do comprimento da solenóide e da seção transversal do fio.

Duas superfícies condutoras separadas por um dielétrico (isolante) constituem um


capacitor. O capacitor não permite a passagem da CC, mas que de certa forma “permite a
passagem da CA, fazendo surgir no entanto, um fenômeno denominado Reatância
Capacitiva.

Xc = 1
2¶FC

Onde: Xc = Reatancia Capacitiva, medida em Ohms (Ω);


2¶ = que faz referencia ao ciclo da senóide;
F = frequencia da rede elétrica, em Hertz;
C= Capacitância medida em Farad (F).

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A capacitância é uma grandeza de cada capacitor e depende das áreas da placa, do
dielétrico e da forma construtiva o qual são feitos.

Observação Importante! Existem situações em que necessitamos realizar a associação de


capacitores devido a ausência do valor da capacitância no mercado, não havendo dificuldades,
pois a associação de capacitores tem filosofia inversa ao procedimento utilizado pela associação
de resistores.
a) Associação de Capacitores em Série:

1=1+1
Ct C1 C2

b) Associação de Capacitores em paralelo:

Ct = C1 + C2
Comparando com a CC, a Req significa a resistência total do circuito. Em CA, o resultado final
resulta numa grandeza que recebe o nome de Impedância. A Impedância é a soma vetorial das
resistências e reatâncias de um circuito série CA. Pode ser obtida através do teorema de Pitágoras
ou conhecendo-se o Fator de Potência, pela relação trigonométrica do Cosseno.

Novos conceitos da CA
8. Corrente Alternada em Tensão Monofásica
Defasagem entre Tensão e Corrente
A análise que será feita aqui, avaliará A corrente e a tensão alternadas variam em ambos
os sentidos durante um intervalo de tempo, descrevendo um ciclo.
90º
90º

180º

180º 0º 360º


t

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270º 270º

Acima temos um gráfico que mostra a variação das grandezas obedecendo a funções
trigonométricas.
Os valores máximos de tensão e corrente podem às vezes não coincidir. Quando coincidem
dizemos que estão em fase. Quando não estão em fase, dizemos que estão defasados de tantos
graus. Quando a corrente e a tensão estão defasadas, pode ocorrer de a corrente estar adiantada
ou atrasada da tensão. Ao Cosseno do ângulo dessa defasagem, damos o nome de Fator de
Potência.

Efeito Ôhmico
A corrente alternada passando por um resistor, estará em fase com a tensão, isto é, o ângulo de
fase é nulo (φ = 0). A este fato, damos o nome de Efeito Resistivo ou Ôhmico puro.

Efeito Indutivo
Passando num indutor, devido ao fenômeno da auto-indução da solenóide, a corrente elétrica
sofre um atraso de 90º em relação à tensão. Nesse caso, o feito é indutivo.

Efeito Capacitivo
No capacitor, a corrente elétrica se adianta de 90º em relação à tensão, devido aos constantes
momentos de carga e descarga. O efeito então é capacitivo.

Tensão e corrente em fase


Efeito Ôhmico

I s

U
I
Corrente atrasada
da tensão.
Efeito Indutivo
s

Corrente adiantada da
tensão.
Efeito Capacitivo

23
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9. Circuito Série e Paralelo CA


Adiante seguem os tipos de circuitos utilizados também em CA, descrevendo todas suas
particularidades distintas entre si.

Circuito Série CA
Num circuito série constituído por um resistor e um indutor, aplicamos uma tensão U de uma fonte
geradora CA, de frequência f. Sendo I, a corrente alternada que circula pelo circuito, a queda de
tensão nos elementos será:

R XL El Et

Er
ER = I x R (Tensão em fase com a corrente);
EL = I x XL (Tensão adiantada da corrente);
Portanto, a equação das tensões será: Et2 = Er² + El²
Este fenômeno ocorre devido a auto-indução da solenóide no aparecimento do campo magnético
proveniente da CA, através de sua frequência. Como as tensões obedecem ao teorema de
pitágoras, chamaos esse processo de Triangulo das Tensões. Daí, podemos aplicar também esse
procedimento para obtenção da Impedância.
Z² = R² + XL²
Xl z
Cós φ = R, logo Z = R
φ
Z cós φ

R
Colocando em série, então um capacitor, no circuito anterior, a queda de tensão será:
Ec = I x Xc (Corrente adiantada da tensão);
Evolução do triângulo das Tensões

El

Er
Ec
Logo teremos:

Et ² = Er² + (EL – Ec)² El


Vale ressaltar ainda que na evolução das tensões
Podemos ter também a evolução do triângulo das Ec

24
___________________________________________________Eletricidade Básica
Impedâncias. Er

Dessa forma, como intuito de promover a tentativa


do aluno em tentar deduzir a fórmula, apenas colocare-
mos a equação abaixo:
El - Ec Et
Z² = R² + (Xl – Xc)²
Podemos achar Z também através da Lei de Ohm Er

Z= U / I
Ou pelo fator de potência:
Z = R / cós φ

Exemplo:

XL=2πFL Xc=1/2πFL
XL=2.3,14.60.20.10-3 Xc=1/2.3,14.60.400.10-6
XL=7,54Ω Xc=6,63Ω

Z2= R2 +(XL-Xc)2
Z2= 102 + (7,54-6,63)2
Z2 = 100 + 0,828
Z = 10,04 Ω

Circuito Paralelo CA
Antes de adentrarmos no assunto, precisamos conhecer alguns conceitos necessários para
entendimentos futuros, tais como:
 No circuito paralelo, as tensões são iguais. As correntes se dividem em cada ramo.
 Condutância é o inverso da Resistência elétrica. Ex.: 1 / R;
 Susceptância é o inverso da Reatância. Ex.: B = 1 / XL;
 Admitância é o inverso da Impedância. Ex.: Y = 1 / Z.

Num circuito paralelo constituído por resistor, indutor e capacitor, teremos:

Xl Xc
U R

IR = U/ R
IL = U/ XL IR
IC = U/ Xc
IL - IC It
25
___________________________________________________Eletricidade Básica

It² = IR² + (IL – IC)²

A impedância também será: O Fator de Potência será:


Cos φ = IR/ It
Z = U/ I

Na prática, costumamos conectar capacitores em instalações onde o Fator de Potencia está abaixo
do estabelecido. No Brasil cós φ mínimo = 0,92. O ideal é que o ângulo seja 0º ou próximo disso,
pois o cos 0º = 1, ou seja, estaríamos com uma carga plenamente resistiva.

Exemplo:

L = 100.10-3H XL = 2πFL
L = 0,1H XL = 2.3,14.50.0,1
XL = 31,416 Ω
C = 15.10-9 F
C = 0,000015F Xc=1/2πFL
Xc=1/2.3,14.50.0,000015
Xc=212,21 Ω

Para circuitos paralelos CA, acharemos a Condutância G, a Susceptância BL e a


Susceptância Bc. E assim conseguiremos encontrar a Admitância Y. Após todo esse
processo, encontraremos a Impedância.
BL = 1/XL Assim,
BL = 1/ 31,416 Y2 = R2 +(BL-Bc)2
BL = 0,032 S Y2 = 302 + (0,032 – 0,0047)2
Y2 = 0,0428 S
BL = 1/Xc
BL = 1/ 212,21 Como Y = 1/Z
BL = 0,0047 S Z = 1/Y
Z = 1/0,0428
G = 1/R Z = 23,38 Ω
G = 1/30
G= 0,033 S

26
___________________________________________________Eletricidade Básica
Análise entre Fases
10. Tensão Trifásica
Na geração, especificamente aqui no Brasil, as tensões são defasadas de 120º radianos,
onde as bobinas ficam dispostas nos 360º num circulo que é desenhado o gerador. Assim,
encontramos o seguinte gráfico das fases:

Definimos para um sistema polifásico simétrico, “seqüência de fase”, como sendo a ordem pela
qual as fases passam pelos seus valores máximos. Na figura acima temos a seqüência A-B-C, e é
dada como seqüência positiva ou direta.
Abaixo, veremos o diagrama fasorial de fases:

27
___________________________________________________Eletricidade Básica

10.1 Circuito Estrela ou Y


Em equipamentos e máquinas elétricas trifásicas e até monofásicas torna-se necessário conhecer
algumas formas de ligação devido à disposição do nível de tensão da rede elétrica e da Potência
da carga. Assim, veremos agora, um dos esquemas de ligação: Ligação estrela.

Gerador Carga

Uf
Uf
Ul

Uf

O ponto N e N’ que interliga os elementos no gerador e na carga respectivamente,


recebe o nome de Fio Neutro ou Quarto Fio. Se as cargas forem equilibradas, não haverá corrente
elétrica circulante no Neutro.
Por definição, vamos definir alguns conceitos importantes tais como:
a) Tensão de fase: Tensão medida entre o centro-estrela e qualquer um dos terminais
do gerador ou da carga, quando o circuito for estrela e é a tensão medida entre os
dois terminais da carga ou do gerador quando fechado em triângulo
b) Tensão de Linha: Tensão entre os dois terminais (nenhum deles sendo o “centro-
estrela” ou neutro) do gerador ou carga. Portanto, a tensão de linha pode ser a
tensão medida entre os condutores que ligam o gerador à carga, válidos tanto para o
circuito estrela quanto para o triângulo.
c) Corrente de fase: Corrente que percorre cada uma das bobinas do gerador ou que
percorre cada uma das impedâncias da carga.
d) Corrente de Linha: Corrente que percorre os condutores que interligam o gerador à
carga. Inclui-se também o neutro.

28
___________________________________________________Eletricidade Básica

Por esse detalhe, surgem fenômenos que se refletem em relações matemáticas


substanciais e importantes na vida prática do profissional da área de eletrotécnica que são:

 Corrente de Linha = Corrente de Fase


 Tensão de Linha = Tensão de fase x √3
Logo : IL = IF
UL = UF x √3

Uma observação importante que todo profissional deve ficar atento é que nas ligações
em estrela, ligamos as linhas no início de cada elemento e os fins são curto-circuitados entre si.

10.2 Circuito Triangulo ou ∆

Outra forma de ligação é a triângulo conforme esquema abaixo:

Vf
VL

Nota:
Como comentado na observação da ligação estrela, a identificação ou mesmo a ligação
propriamente dita se dá conectando a linha no início de um elemento e no fim do outro.
Comumente falando “ligação início de bobina com fim de outra bobina”. Assim estamos
submetendo os elementos à tensão maior do sistema, ou seja, a Tensão de fase será a mesma
que a de linha.

29
___________________________________________________Eletricidade Básica

10.3 Potência elétrica CA


Dando continuidade ao assunto Potência elétrica visto no item 4.d. _ Grandezas elétricas:
Potência elétrica, e tendo adquirido até aqui todos os assuntos estudados, conheceremos adiante
os desdobramentos da Potência elétrica tendo em vista os fenômenos do Fator de Potência
advindos do adiantamento e/ou atraso da tensão/corrente.
Assim como foi definido, o triângulo das Tensões e das Impedâncias (circuito série) e
triângulo das Correntes e das Admitâncias (circuito paralelo), também temos o triângulo das
Potências cujos componentes serão:
Potência que executa trabalho. Os responsáveis
são os equipamentos resistivos como: chuveiro,
Potência Ativa ferro elétrico, etc.

Unidade: W

Potência que não executa trabalho. É


Potência Reativa responsável pela magnetização dos
enrolamentos de motores e/ou transformadores.

Unidade: VAr

Potência resultante das outras duas comentadas


acima. Muito usual em Transformadores de
Potência Aparente
distribuição de energia.

Unidade: VA
Para melhor compreender a relação entre Potência Ativa, Reativa e Aparente, podemos
utilizar o seguinte exemplo abaixo:

Assim, fica mais fácil compreender as relações das Potências e principalmente quando
introduzimos o triângulo do teorema de Pitágoras:

Logo: S² = P² + Q² ou
S
Q S² = P² + (QL – Qc)²
φ
Onde: P = Potência Ativa
Q = Potência Reativa
P QL = Potência Reativa Indutiva
Qc = Potência Reativa Capacitiva
S = Potência Aparente

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___________________________________________________Eletricidade Básica

Assim temos:

Você sabia! Podemos achar a Potência Aparente de um equipamento, fazendo a medição


instantânea da Tensão que o alimenta e medindo sua corrente. Com esses dois dados fazemos o
produto. Pronto, temos a potência aparente do equipamento.

Para circuitos trifásicos temos:

Onde:
VF = Tensão de fase
IL = Corrente de Linha
Cos φ = Fator de Potência.

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___________________________________________________Eletricidade Básica

11. Magnetismo
Introdução: Antes de iniciarmos o assunto, mostraremos como se deu a descoberta pela
história do Magnetismo.
Segundo a lenda, em uma remota antiguidade, os gregos descobriram que um certo tipo
de rocha, que eles encontraram na Magnésia, na Ásia Menor, tinha o poder de atrair e
segurar pedaços de ferro. Essa rocha é um tipo de minério de ferro chamado de Magnetita.

Definição: Magnetismo é a propriedade de certos corpos de atraírem materiais ferrosos.

A Magnetita é o ímã natural e pode ser encontrado na natureza. Podemos conseguir


também imãs artificiais magnetizando por contato materiais ferrosos tornando-os ímãs.

Pólos Magnéticos: Um ímã não apresenta as mesmas propriedades em toda sua


extensão. Abaixo, temos a figura do campo magnético:

Dizemos que as linhas de força partem do pólo norte para o sul dos ímãs.

Atração e Repulsão dos pólos magnéticos: Se dois ímãs estiverem um próximo do


outro e com liberdade de movimento, eles poderão se atrair ou se repelir. Esta propriedade
resulta numa regra muito importante: Pólos magnéticos iguais se repelem, equanto pólos
magnéticos diferentes se atraem.

32
___________________________________________________Eletricidade Básica

Propriedade Magnética: Se cortarmos um ímã natural, este dois novos ímãs terão as
mesma propriedades do ímã pioneiro.

Determinação dos Pólos magnéticos de um ímã: Podemos facilmente determinar os


pólos de um ímã utilizando uma bússola. Quando próxima de um ímã, a agulha da bússola
sofre um desvio. A indicação de norte da bússola significa o sul do ímã e vice-versa.

Classificação dos materiais Magnéticos: Assim como todos os assuntos voltados à


Física, no Magnetismo também tem. Portanto, classificam-se em:
 Ferromagnéticos – São materiais que são atraídos fortemente pelos ímãs.
Tem imantação positiva, porém inconstante, necessitando de um campo
indutor. Ex.: Ferro, Níquel, Cobalto, etc. São os melhores condutores de
linhas magnéticas.
 Diamagnéticos – São materiais que possuem imantação negativa e
constante, sendo pouco atraídos pelo campo. Ex.: Cobre, Prata, zinco, etc.
 Paramagnéticos - São materiais que possuem imantação positiva, porém
constante. Portanto, não são materiais atraídos pelos ímãs. Ex.: Platina,
Alumínio, ar, Plástico, etc.

Fluxo Magnético: O fluxo magnético é o número total de linhas de força que compreende
o campo. É representado também pela letra φ e sua unidade é o Maxwell.

Densidade de Fluxo Magnético: A densidade de fluxo magnético representa o número


de linhas de força por cm². É representado pela letra B e sua unidade é o Gauss.
Logo: B = φ/ A,
Onde: B=Densidade de fluxo magnético
Φ=Fluxo magnético total
A=Área em cm²

12. Eletromagnetismo
Definição: É o poder de atração que a corrente elétrica exerce ao passar em um material
condutor (geração de campo magnético).

Na figura acima, temos um campo com poucas linhas de força devido a uma corrente
elétrica baixa e um campo elétrico mais intenso devido a uma corrente elétrica de maior
valor. Então, quando uma corrente elétrica percorre um condutor, ela provoca o
aparecimento de campo magnético.

33
___________________________________________________Eletricidade Básica

Este campo tem a forma circular e aparece em toda a extensão do condutor.

O campo magnético pode ser aumentado aumentando também o número de espiras.

Invertendo o sentido da corrente, mudamos também a polaridade.

Portanto, o eletroíma, só age como ímã quando percorrido por uma corrente.

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___________________________________________________Eletricidade Básica

Podemos conseguir o mesmo campo magnético de um ímã possante, utilizando um


pequeno eletroímã.

35
___________________________________________________Eletricidade Básica

Exercícios
Cap. 1............................................................................
Defina:
a) Matéria
b) Átomo
c) Partículas que compõe o átomo

Cap. 2............................................................................
O que é Camada de Valência?

Cite 4 bons condutores e 4 materiais isolantes.

O que são elétrons livres?

Cap. 3............................................................................
Marque a segunda coluna de acordo com a primeira.
(1) Gerador Eólico ( ) Funciona pela ação da indução ge-
(2) Gerador Hidrelétrico rada pelo movimento da força da
(3) Gerador Térmico água.
(4) Gerador Solar ( ) Funciona pela ação dos ventos.
( ) Funciona pela ação da queima de
Combustíveis e assim vapores de
Água movimentando turbinas.
( ) Energia gerada através de placas
Fotovoltaicas.

6. O que são condutores, isolantes e semicondutores. Dê exemplos?

Cap. 4............................................................................
7. O que são grandezas elétricas?

8. O que é Corrente elétrica?

9. O que é Tensão elétrica?

10. O que é Resistência elétrica?

11. Marque V ou F:
( ) O voltímetro é um instrumento de medida utilizado para medir corrente elétrica.
( ) O Amperímetro deve estar em série com o circuito.
( ) Em voltímetros analógicos, devemos utilizar o valor próximo do máximo do calibre do equipamento evitando
assim erros de leitura.
( ) O Ohmímetro deve ser conectado ao dispositivo que se deseja medir desconectado da fonte, pois o
Ohmímetro possui bateria interna.

36
___________________________________________________Eletricidade Básica

12. Um motor de gravador é atravessado por uma corrente de 15 c/s em 20 s. Calcule a corrente que
alimenta esse motor e quantos elétrons passa por ele.

13. O que significa condutância?

14. Calcular a resistência elétrica de um condutor onde G = 0,0025 S.

15. Realizar as conversões:


a) 12kV em V____
b) 0,025 A em kA____
c) 60 kΩ em Ω___________
d) 13800 V em kV_____
e) 400 W em kW______
f) 12 MΩ em kΩ_________
g) 4,58 kA em A_______
h) 0,00078 A em mA______
i) 1,2 mW em W__________
j) 7,9 kV em V___________
k) 69000 V em kV______
l) 15 MA em kA________
m) 2,25 MW em W________
n) 95 GW em kW________
o) 0,000001 TA em MA_____
p) 1,25 MΩ em Ω____________

16. O que significa Resistividade?

17. São fatores que influenciam na resistência elétrica de um condutor:

18. Calcular a seção mínima de um condutor para uma eletrobomba monofásica de 15 CV a uma
distância de 200m numa tensão de 220V, onde o limite de queda de tensão padronizada pela
ABNT é de 10%. Usar condutor de cobre. (Resistividade do cobre=0,017 Ωmm²/m).

19. Calcular os condutores para a mesma eletrobomba do exercício anterior, porém utilizando
condutores de alumínio. (Resistividade do alumínio=0,028 Ωmm²/m).

20. Calcular os condutores para a mesma eletrobomba do exercício 18, sendo a mesma
trifásica utilizando condutor de cobre. (Resistividade do cobre=0,017 Ωmm²/m).

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___________________________________________________Eletricidade Básica

21. Levando em consideração a queda de tensão pelos condutores de fase e neutro do


exercício 18, como poderíamos minimizar a queda de tensão na prática? (Solicitar ajuda
ao professor).

22. Uma central de ar condicionado tem 60.000 BTU´s. Calcular a potencia em W.

23. Transformar as seguintes potências em W.


a) 12 HP: ________________
b) 7500 BTU: ____________
c) 50 CV:_________________
d) 45 kW:_________________
e) 1/2 CV:________________
f) 3/4 HP:________________
g) 30.000 BTU:__________
h) 25 CV:_________________
i) 1/8 CV:________________
j) 3,875 kW:_____________
k) 4,5 CV:________________
l) 250 HP:_______________

24. Uma residência é iluminada por 12 lâmpadas incandescentes, sendo 5 de 100W e 7 de 60W. Para
uma média diária de 3h de plena utilização das lâmpadas, qual a energia consumida em kWh, por
elas em 1 mês de 30 dias?

25. Falha de conexão é um problema sério que aumenta o consumo de energia e promove
aquecimento nas instalações. A grandeza que está ligada diretamente ao “ponto quente” e que
indiretamente reflete nas outras duas, matematicamente falando?

Cap. 5............................................................................
26. Defina com suas palavras o enunciado da Lei de Ohm.

27. Calcular, pela lei de ohm, as incógnitas dos seguintes circuitos:

a) b) c)
38
___________________________________________________Eletricidade Básica
28. Defina com suas palavras o enunciado da Lei de Ohm.

Cap. 6............................................................................
29. Determine a intensidade de corrente do resistor de 90Ω.

30. Nesta associação de resistores, os valores de i e de R são:

31. Qual a resistência equivalente do circuito abaixo:

32. Dos Três resistores de resistência R, dois estão ligados em paralelo e um em série com
o conjunto paralelo. Qual a resistência equivalente?

Cap. 7............................................................................
33. Quais as definições para Corrente Alternada e Corrente Contínua?

34. O que são valores eficazes de tensão e corrente?

39
___________________________________________________Eletricidade Básica
35. Os valores máximos de tensão e corrente alternada em uma máquina foram, respectivamente,
15V e 6A. Porém, os valores eficazes serão respectivamente:

36. A defasagem das fases em um sistema trifásico é de:

a) 90º b) 120º c)180º d) 220º e) 360º f) 0º

37. Calcular a reatância indutiva, Impedância, fator de potência e corrente dos circuitos abaixo:

a) b)
Calcular a associação dos capacitores:

a) b)

Cap. 8............................................................................
Quais as definições para efeito ôhmico, indutivo e capacitivo?

Cap. 9............................................................................
O que se define como histerese?

41. Uma carga trifásica é alimentada com uma tensão de 380 V, têm as potências ativas P=4000W
e reativa Q=3000 Var. Qual a potencia aparente e o fator de potencia?

42. Calcule I se:


a) as cargas estiverem ligadas em Y
b) as cargas estiverem ligadas em ∆

40
___________________________________________________Eletricidade Básica

43. Defina tensão de Linha e tensão de fase.

Cap. 10..........................................................................
Defina Magnetismo.

Quais os tipos de materiais magnéticos existentes e dê exemplos?

Classifique os materiais magnéticos.

Cap. 11..........................................................................
Defina Eletromagnetismo.

Cite algumas aplicações do eletromagnetismo.

Referências bibliográficas

41
___________________________________________________Eletricidade Básica

Oliveira, CCB; Shimidt, HP; Kagan. N; Kobba. E J. Introdução a sistemas elétricos de


Potência – Componentes simétricos – 2ª edição. São Paulo. Edgar Blucher, 1996.

Orsini, L.Q. Curso de Circuitos Elétricos. São Paulo, Edgar Blucher, 1993-4, v2.

Apostila de Eletricidade Básica CEPEP. Fortaleza.

Cavalin, Geraldo; Cervelin, Severino. Instalações Elétricas Prediais – 8ª edição. São Paulo.
Editora Ática, 2003.

Centro de Treinamento – Apostila 036 – Eletrotécnica – Ilha Solteira – CESP1978.

Creder, Hélio – Instalações Elétricas – 11ª Ed. – Livros Técnicos e científicos Editora.

Apostilas /Manuais /Normas e procedimentos das empresas:


AES Eletropaulo;
Celpe – Companhia energética de PE;
Coelce;
SENAI;
CEFETPE;
ELEKTRO Eletricidade e serviços S.A.

Anexo
42
___________________________________________________Eletricidade Básica

43
___________________________________________________Eletricidade Básica

Revisões
Não é o nosso foco revisar as operações fundamentais da Matemática, pois o aluno deve possuir
esses conceitos ao ingressar na escola, porém alguns assuntos vistos em nosso ensino fundamental e
médio (antigo 1º e 2º grau) precisam voltar à tona. Assim tais conceitos serão comentados abaixo,
procurando enfatizar apenas o que necessitaremos nessa apostila para conduzir de forma plena o
curso de Eletricidade básica.
Regra de três simples
Regra de três simples é um processo prático para resolver problemas que envolvam quatro valores dos quais
conhecemos três deles. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos três já conhecidos.

Passos utilizados numa regra de três simples:

1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma espécie em colunas e mantendo na mesma linha as
grandezas de espécies diferentes em correspondência.
2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais.
3º) Montar a proporção e resolver a equação.
Exemplos:
1) Com uma área de absorção de raios solares de 1,2m2, uma lancha com motor movido a energia solar consegue
produzir 400 watts por hora de energia. Aumentando-se essa área para 1,5m2, qual será a energia produzida?
Solução: montando a tabela:

Identificação do tipo de relação:

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).
Observe que: Aumentando a área de absorção, a energia solar aumenta.
Como as palavras correspondem (aumentando - aumenta), podemos afirmar que as grandezas são diretamente
proporcionais. Assim sendo, colocamos uma outra seta no mesmo sentido (para baixo) na 1ª coluna. Montando a
proporção e resolvendo a equação temos:

Logo, a energia produzida será de 500 watts por hora.

2) Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de 400Km/h, faz um determinado percurso em 3 horas. Em quanto
tempo faria esse mesmo percurso, se a velocidade utilizada fosse de 480km/h?
Solução: montando a tabela:

Velocidade (Km/h) Tempo (h)


400 3
480 x
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___________________________________________________Eletricidade Básica

Identificação do tipo de relação:

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).
Observe que: Aumentando a velocidade, o tempo do percurso diminui.
Como as palavras são contrárias (aumentando - diminui), podemos afirmar que as grandezas são inversamente
proporcionais. Assim sendo, colocamos uma outra seta no sentido contrário (para cima) na 1ª coluna. Montando a
proporção e resolvendo a equação temos:

Logo, o tempo desse percurso seria de 2,5 horas ou 2 horas e 30 minutos.

Equações de 1º Grau
Introdução
Equação é toda sentença matemática aberta que exprime uma relação de igualdade. A palavra equação tem o prefixo
equa, que em latim quer dizer "igual". Exemplos:
2x + 8 = 0
5x - 4 = 6x + 8
3a - b - c = 0
Não são equações:
4 + 8 = 7 + 5 (Não é uma sentença aberta)
x - 5 < 3 (Não é igualdade)

(não é sentença aberta, nem igualdade)


A equação geral do primeiro grau:
ax+b = 0
onde a e b são números conhecidos e a > 0, se resolve de maneira simples: subtraindo b dos dois lados, obtemos:
ax = -b
dividindo agora por a (dos dois lados), temos:

Considera a equação: 2x - 8 = 3x –10

A letra é a incógnita da equação. A palavra incógnita significa " desconhecida".


Na equação acima a incógnita é x; tudo que antecede o sinal da igualdade denomina-se 1º membro, e o que sucede,
2º membro.

Qualquer parcela, do 1º ou do 2º membro, é um termo da equação.

45
___________________________________________________Eletricidade Básica

Equação do 1º grau na incógnita x é toda equação que pode ser escrita na forma
ax=b, sendo a e b números racionais, com a diferente de zero.

Trigonometria no triangulo Retângulo


Introduzimos aqui alguns conceitos relacionados com a Trigonometria no
triângulo retângulo, assunto comum na oitava série do Ensino Fundamental.
também dispomos de uma página mais aprofundada sobre o assunto tratado no
âmbito do Ensino Médio.
A trigonometria possui uma infinidade de aplicações práticas. Desde a
antiguidade já se usava da trigonometria para obter distâncias impossíveis de serem
calculadas por métodos comuns.
Algumas aplicações da trigonometria são:

 Determinação da altura de um certo prédio.

 Os gregos determinaram a medida do raio de terra, por um processo muito simples.


 Seria impossível se medir a distância da Terra à Lua, porém com a trigonometria se
torna simples.
 Um engenheiro precisa saber a largura de um rio para construir uma ponte, o
trabalho dele é mais fácil quando ele usa dos recursos trigonométricos.
 Um cartógrafo (desenhista de mapas) precisa saber a altura de uma montanha, o
comprimento de um rio, etc. Sem a trigonometria ele demoraria anos para desenhar
um mapa.
Tudo isto é possível calcular com o uso da trigonometria do triângulo retângulo

Triângulo Retângulo
É um triângulo que possui um ângulo reto, isto é, um dos seus ângulos mede
noventa graus, daí o nome triângulo retângulo. Como a soma das medidas dos
ângulos internos de um triângulo é igual a 180°, então os outros dois ângulos
medirão 90°.
Observação: Se a soma de dois ângulos mede 90°, estes ângulos são
denominados complementares, portanto podemos dizer que o triângulo retângulo
possui dois ângulos complementares.
Lados de um triângulo retângulo
Os lados de um triângulo retângulo recebem nomes especiais. Estes nomes são
dados de acordo com a posição em relação ao ângulo reto. O lado oposto ao ângulo
reto é a hipotenusa. Os lados que formam o ângulo reto (adjacentes a ele) são os
catetos.

Termo Origem da palavra


Cathetós:
Cateto
(perpendicular)
Hypoteinusa:
Hipotenusa
Hypó(por baixo) + teino(eu estendo)

46
___________________________________________________Eletricidade Básica

Para padronizar o estudo da Trigonometria, adotaremos as seguintes notações:


Letra Lado Triângulo Vértice = Ângulo Medida
a Hipotenusa A = Ângulo reto A=90°
b Cateto B = Ângulo agudo B<90°

c Cateto C = Ângulo agudo C<90°

Nomenclatura dos catetos


Os catetos recebem nomes especiais de acordo com a sua posição em relação ao
ângulo sob análise. Se estivermos operando com o ângulo C, então o lado oposto,
indicado por c, é o cateto oposto ao ângulo C e o lado adjacente ao ângulo C,
indicado por b, é o cateto adjacente ao ângulo C.
Ângulo Lado oposto Lado adjacente
c b
C
cateto oposto cateto adjacente
B b cateto oposto c cateto adjacente

Um dos objetivos da trigonometria é mostrar a utilidade dos conceitos matemáticos no


nosso cotidiano. Iniciaremos estudando as propriedades geométricas e trigonométricas
no triângulo retângulo. O estudo da trigonometria é extenso e minucioso.
Propriedades do triângulo retângulo
1. Ângulos: Um triângulo retângulo possui um ângulo reto e dois ângulos agudos
complementares.
2. Lados: Um triângulo retângulo é formado por três lados, uma hipotenusa (lado
maior) e outros dois lados que são os catetos.
3. Altura: A altura de um triângulo é um segmento que tem uma extremidade num
vértice e a outra extremidade no lado oposto ao vértice, sendo que este
segmento é perpendicular ao lado oposto ao vértice. Existem 3 alturas no
triângulo retângulo, sendo que duas delas são os catetos. A outra altura (ver
gráfico acima) é obtida tomando a base como a hipotenusa, a altura relativa a
este lado será o segmento AD, denotado por h e perpendicular à base.
Teorema de Pitágoras

O Teorema de Pitágoras talvez seja o mais importante teorema de toda a matemática. Com ele
pode-se descobrir a medida de um lado de um triângulo retângulo, a partir da medida de seus outros
dois lados.

Pitágoras disse:

”A soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa. “


Exemplificando:

a² = b² + c²

Em qualquer triângulo retângulo esta regra se aplica. Lembre-se que triângulos retângulos são triângulos
que tenham um ângulo interno medindo 90º.

É possível utilizar a regra de Pitágoras em praticamente todas as figuras geométricas planas, pois, de

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___________________________________________________Eletricidade Básica
alguma forma elas podem ser divididos em triângulos.
Por exemplo, um quadrado. Podemos determinar a medida da bissetriz de um ângulo interno usando a
mesma fórmula, basta perceber que a bissetriz seria a hipotenusa de um triângulo inscrito no quadrado:

Assim, h² mediria:

a²+b²

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