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Manual de Curso de licenciatura em Ensino de Geografia

Geografia de
Moçambique I
Características Físico -
Geográficas

Universidade Católica de Moçambique


Centro de Ensino á Distância
Direitos de autor (copyright)
Este manual é propriedade da Universidade Católica de Moçambique, Centro de Ensino à Distância
(CED) e contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução deste manual, no
seu todo ou em partes, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico,
gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Universidade Católica de
Moçambique  Centro de Ensino à Distância). O não cumprimento desta advertência é passível a
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Universidade Católica de Moçambique


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Website: www.ucm.ac.mz
Agradecimentos
A Universidade Católica de Moçambique - Centro de Ensino à Distância e o autor do presente manual,
dr. Adalberto Armindo, gostariam de agradecer a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na

elaboração deste manual:

Pela maquetização e revisão final dr. Heitor Simão Mafanela Simão


Elaborado Por:

dr. Adalberto Armindo

Licenciado em Ensino de Geografia pela Universidade Pedagógica – Beira


Geografia de Moçambique I i

Índice
Visão geral 1
Benvindo ao Módulo de Geografia Física de Moçambique I............................................1
Objectivos do curso...........................................................................................................1
Quem deveria estudar este módulo....................................................................................2
Como está estruturado este módulo...................................................................................2
Ícones de actividade...........................................................................................................3
Acerca dos ícones...........................................................................................3
Habilidades de estudo........................................................................................................4
Precisa de apoio?...............................................................................................................4
Tarefas (avaliação e auto-avaliação).................................................................................5
Avaliação...........................................................................................................................6

Unidade I 7
Introdução ao Enquadramento Geográfico de Moçambique.............................................7
Introdução................................................................................................................7
Sumário..............................................................................................................................8
Exercícios..........................................................................................................................8

Unidade II 9
As Fronteiras de Moçambique...........................................................................................9
Introdução................................................................................................................9
Sumário............................................................................................................................11
Exercícios........................................................................................................................11

Unidade III 12
Os Fusos Horários...........................................................................................................12
Introdução..............................................................................................................12
Sumário............................................................................................................................16
Exercícios........................................................................................................................17

Unidade IV 18
Formações e Estruturas Geológica..................................................................................18
Introdução..............................................................................................................18
Sumário............................................................................................................................22
Exercícios........................................................................................................................23

Unidade V 24
Morfologia de Moçambique............................................................................................24
Introdução..............................................................................................................24
ii Índice

Sumário............................................................................................................................27
Exercícios........................................................................................................................28

Unidade VI 29
As Depressões..................................................................................................................29
Introdução..............................................................................................................29
Sumário............................................................................................................................31
Exercícios........................................................................................................................31

Unidade VII 32
Solos de Moçambique.....................................................................................................32
Introdução..............................................................................................................32
Sumário............................................................................................................................34
Exercícios........................................................................................................................34

Unidade VIII 35
A Distribuição dos solos em Moçambique......................................................................35
Sumário............................................................................................................................37
Exercícios........................................................................................................................38

Unidade IX 39
Clima de Moçambique.....................................................................................................39
Introdução..............................................................................................................39
Sumário............................................................................................................................44
Exercícios........................................................................................................................44

Unidade X 45
A distribuição do Clima pelo Território Nacional...........................................................45
Introdução..............................................................................................................45
Sumário............................................................................................................................47
Exercícios........................................................................................................................47

Unidade XI 48
As Influências da Circulação Geral da Atmosfera sobre o País......................................48
Introdução..............................................................................................................48
Sumário............................................................................................................................50
Exercícios........................................................................................................................51

Unidade XII 52
Enquadramento geral da Costa de Moçambique.............................................................52
Introdução..............................................................................................................52
Geografia de Moçambique I iii

Sumário............................................................................................................................53
Exercícios........................................................................................................................53

Unidade XIII 54
Ecossistemas Costeiros e Espécies Ameaçadas...............................................................54
Introdução..............................................................................................................54
Sumário............................................................................................................................59
Exercícios........................................................................................................................59

Unidade XIV 60
As Principais Ilhas da Costa de Moçambique.................................................................60
Introdução..............................................................................................................60
Sumário............................................................................................................................61
Exercícios........................................................................................................................62

Unidade XV 63
Importância das Ilhas para a Economia Nacional...........................................................63
Introdução..............................................................................................................63
Sumário............................................................................................................................65
Exercícios........................................................................................................................65

Unidade XVI 66
A Poluição das águas Oceânicas no Litoral Moçambicano.............................................66
Introdução..............................................................................................................66
Sumário............................................................................................................................67
Exercícios........................................................................................................................68

Unidade XVII 69
Hidrografia de Moçambique............................................................................................69
Introdução..............................................................................................................69
Sumário............................................................................................................................75
Exercícios........................................................................................................................77

Unidade XVIII 78
As Formações Lacustres em Moçambique......................................................................78
Introdução..............................................................................................................78
Sumário............................................................................................................................80
Exercícios........................................................................................................................80

Unidade XIX 81
O Canal de Moçambique e a Plataforma Continental.....................................................81
Introdução..............................................................................................................81
iv Índice

Sumário............................................................................................................................83
Exercícios........................................................................................................................84

Unidade XX 85
Águas Subterrâneas.........................................................................................................85
Introdução..............................................................................................................85
Sumário............................................................................................................................87
Exercícios........................................................................................................................88

Unidade XXI 89
A Biogeografia................................................................................................................89
Introdução..............................................................................................................89
Sumário............................................................................................................................92
Exercícios........................................................................................................................93
Geografia de Moçambique I 1

isão geral

Benvindo ao Módulo de Geografia


Física de Moçambique I
Na Cadeira de Geografia Física de Moçambique I o Estudante terá
a oportunidade de conhecer os principais aspectos físicos de
Moçambique, sua história geológica e geomorfológica, bem como
as principais transformações que ocorreram ao longo do tempo os
quais exerceram as suas influências para as actuais configurações
da Geologia e do relevo de Moçambique.

As condições climáticas de Moçambique determinam o tipo


climático que se apresenta no país, onde podemos encontrar as
principais variações de precipitações que determinam o tipo de
bacias hidrográficas do país onde podemos encontrar os principais
rios a nascerem no interior do Continente, isto é nos países vizinhos
de Moçambique e deste modo os país partilha as bacias
hidrográficas com estes países. Do mesmo modo o estudante terá a
oportunidade de estudar a Biogeografia de Moçambique com as
principais ocorrências de flora e fauna.

Objectivos do curso
Quando terminar o estudo de Geografia Física de Moçambique I
será capaz de:
2

 Descrever o enquadramento geográfico de Moçambique.


 Caracterizar a constituição geológica de Moçambique.
 Destacar os principais fenómenos que ocorrem na Costa
Moçambicana.
Objectivos
 Caracterizar as Bacias hidrográficas de Moçambique.
 Destacar a fauna e flora de Moçambique.

Quem deveria estudar este módulo


Este Módulo foi concebido para todos aqueles que , estando a
formar – se em Ensino de Geografia, precisam de bases sólidas de
Geografia Física de Moçambique para poder dar aulas no processo
de interpretação de diversos fenómenos físico-geográfico que
ocorrem e ocorreram em Moçambique.

Como está estruturado este módulo


Todos os módulos dos cursos produzidos pela Universidade Católica de
Moçambique - Centro de Ensino a Distância encontram-se estruturados
da seguinte maneira:

Páginas introdutórias

 Um índice completo.

 Uma visão geral detalhada do curso / módulo,


resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer
para completar o estudo. Recomendamos vivamente que
leia esta secção com atenção antes de começar o seu
estudo.
Geografia de Moçambique I 3

Conteúdo do curso / módulo

O curso está estruturado em unidades. Cada unidade incluirá uma


introdução, objectivos da unidade, conteúdo da unidade incluindo
actividades de aprendizagem, um summary da unidade e uma ou mais
actividades para auto-avaliação.

Outros recursos

Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma lista


de recursos adicionais para você explorar. Estes recursos podem incluir
livros, artigos ou sites na internet.

Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação

Tarefas de avaliação para este módulo encontram-se no final de cada


unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas individuais para
desenvolver as tarefas, assim como instruções para as completar. Estes
elementos encontram-se no final do módulo.

Comentários e sugestões

Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários


sobre a estrutura e o conteúdo do curso / módulo. Os seus comentários
serão úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar este curso / modulo.

Ícones de actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das
folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes partes do processo
de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de texto, uma
nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc.

Acerca dos ícones


Os ícones usados neste manual são símbolos africanos, conhecidos por
adrinka. Estes símbolos têm origem no povo Ashante de África
Ocidental, datam do século 17 e ainda se usam hoje em dia.
4

Habilidades de estudo
Durante a formação, para facilitar a aprendizagem e alcançar melhores
resultados, implicará empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os
bons resultados apenas se conseguem com estratégias eficazes e por isso é
importante saber como estudar. Apresento algumas sugestões para que
possa maximizar o tempo dedicado aos estudos:

Antes de organizar os seus momentos de estudo reflicta sobre o ambiente


de estudo que seria ideal para si: Estudo melhor em
casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à noite/de manhã/de
tarde/fins de semana/ao longo da semana? Estudo melhor com
música/num sítio sossegado/num sítio barulhento? Preciso de um intervalo
de 30 em 30 minutos/de hora a hora/de duas em duas horas/sem
interrupção?

É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado
durante um determinado período de tempo; Deve estudar cada ponto da
matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando achar que já
domina bem o anterior. É preferível saber bem algumas partes da matéria
do que saber pouco sobre muitas partes.

Deve evitar-se estudar muitas horas seguidas antes das avaliações, porque,
devido à falta de tempo e consequentes ansiedade e insegurança, começa a
ter-se dificuldades de concentração e de memorização para organizar toda
a informação estudada. Para isso torna-se necessário que: Organize na sua
agenda um horário onde define a que horas e que matérias deve estudar
durante a semana; Face ao tempo livre que resta, deve decidir como o
utilizar produtivamente, decidindo quanto tempo será dedicado ao estudo
e a outras actividades.

É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será uma


necessidade para o estudo das diversas matérias que compõem o curso: A
colocação de notas nas margens pode ajudar a estruturar a matéria de
modo que seja mais fácil identificar as partes que está a estudar e Pode
escrever conclusões, exemplos, vantagens, definições, datas, nomes, pode
também utilizar a margem para colocar comentários seus relacionados
com o que está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a
seguir à compreensão do texto e não depois de uma primeira leitura;
Utilizar o dicionário sempre que surja um conceito cujo significado
desconhece;
Geografia de Moçambique I 5

Precisa de apoio?
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra situação, o
material impresso, lhe pode suscitar alguma duvida (falta de clareza,
alguns erros de natureza frásica, prováveis erros ortográficos, falta de
clareza conteudística, etc). Nestes casos, contacte o tutor, via telefone,
escreva uma carta participando a situação e se estiver próximo do tutor,
contacteo pessoalmente.

Os tutores têm por obrigação, monitorar a sua aprendizagem, dai o


estudante ter a oportunidade de interagir objectivamente com o tutor,
usando para o efeito os mecanismos apresentados acima.

Todos os tutores têm por obrigação facilitar a interacção, em caso de


problemas específicos ele deve ser o primeiro a ser contactado, numa fase
posterior contacte o coordenador do curso e se o problema for de natureza
geral. Contacte a direcção do CED, pelo número 825018440.

Os contactos só se podem efectuar, nos dias úteis e nas horas normais de


expediente.

As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante, tem


a oportunidade de interagir com todo o staff do CED, neste período pode
apresentar duvidas, tratar questões administrativas, entre outras.

O estudo em grupo com os colegas é uma forma a ter em conta, busque


apoio com os colegas, discutam juntos, apoiemse mutuamente, reflictam
sobre estratégias de superação, mas produza de forma independente o seu
próprio saber e desenvolva suas competências.

Tarefas (avaliação e auto-avaliação)


O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e
autoavaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é
importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues antes do
período presencial.

Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não


cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do
estudante.

Os trabalhos devem ser entregues ao CED e os mesmos devem ser


dirigidos ao tutor\docentes.

Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo os


mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os direitos do
autor.

O plagiarismo deve ser evitado, a transcrição fiel de mais de 8 (oito)


palavras de um autor, sem o citar é considerado plagio. A honestidade,
6

humildade científica e o respeito pelos direitos autoriais devem marcar a


realização dos trabalhos.

Avaliação
Você será avaliado durante o estudo independente (80% do curso) e o
período presencial (20%). A avaliação do estudante é regulamentada com
base no chamado regulamento de avaliação.

Os trabalhos de campo por ti desenvolvidos, durante o estudo individual,


concorrem para os 25% do cálculo da média de frequência da cadeira.

Os exames são realizados no final da cadeira e durante as sessões


presenciais, eles representam 60%, o que adicionado aos 40% da média de
frequência, determinam a nota final com a qual o estudante conclui a
cadeira.

A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira.

Nesta cadeira o estudante deverá realizar 3 (três) trabalhos, 2 (dois) testes


e 1 (exame).

Algumas actividades praticas, relatórios e reflexões serão utilizados como


ferramentas de avaliação formativa.

Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em


consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de cientificidade,
a forma de conclusão dos assuntos, as recomendações, a identificação das
referencias utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros.

Os objectivos e critérios de avaliação estão indicados no manual.


consulteos.
Geografia de Moçambique I 7

Unidade I

Introdução ao Enquadramento
Geográfico de Moçambique

Introdução
Com Conteúdos desta Unidade , os discentes terão conhecimentos
sobre o enquadramento geográfico no Mundo em geral e em
particular no Continente Africano.

Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:

 Descrever a localização geográfica e cosmica de Moçambique.

 Descrever os Límites Norte, Sul, Este e Oeste de Moçambique.


Objectivos

1. Localização geográfica e Cósmica de Moçambique

A localização Geográfica tem a ver com a posição da República de


Moçambique em relação a outos territórios do continente Africano
e em relação ao Oceano Indíco. Nesse contexto, Moçambique situa
– se na Costa Sudeste do continente Africano, a Sul do Equador
banhado pelo Oceano Índico.

Em termo de paralelos o território Moçambique situa – se na zona


Intertropical do Hemisfério Sul, Zona Quente. Atravessado pelo
Trópico de Capricórnio na parte Meridional.

Limites de Moçambique:

A Norte: República da Tânzania


8

A Sul: República da África do Sul (RSA),

A Oeste: pelas Repúblicas do Malawi, Zâmbia, Zimbabwe, RSA e


Suazilândia.

A Este: Oceano Índico.

Quanto a localização Cósmica o território Moçambicano situa – se


entre os Paralelos 10º 27” Latitude Sul e 26º 52” Latitude Sul.
Moçambique também faz parte da região Oriental entre os
Meridianos de 30º 12” Longitude Este e 40º 51” Longitude Este.

Sumário
O Território Moçambicano situa – se na zona Intertropical do
Hemisfério Sul, Zona Quente. Atravessado pelo Trópico de
Capricórnio na parte Meridional. Entre os Paralelos 10º 27”
Latitude Sul e 26º 52” Latitude Sul. Moçambique também faz parte
da região Oriental entre os Meridianos de 30º 12” Longitude Este e
40º 51” Longitude Este.

Exercícios
1. Refira a localização Geográfica e cosmic do Território
Moçambicano.

2. Fale dos límites Norte, Sul, Oeste e Este de Moçambique


Geografia de Moçambique I 9

Unidade II

As Fronteiras de Moçambique

Introdução
Esta unidade pretende se dotar aos discentes sobre os traçados de
fronteiras moçambicanas, com as respectivas coordenadas,
distâncias máximas e minímas dos traçados,fronteiras terrestre e
fronteiras fluvial para fins políticos, sociais, culturais, económicos,
etc.

Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:

 Descrever os traçados de fronteiras Norte, Noroeste, Ocidental


Sul e Este.

Objectivos
 Caracterizar a extensão territorial de Moçambique.

 Descrever as extensões territoriais e as respectivas coordenadas


geográficas de Moçambique.

2. As Fronteiras de Moçambique

A fronteira terrestre de Moçambique é cerca de 4312 Km; a


fronteira fluvial cerca de 1205 Km; fronteira lacustre 302. E a
orla marítima moçambicana é cerca de 2515 Km, sentido Norte
– Sul.

- A superfície total de Moçambique é cerca de 799 380 Km2; terra


firme cerca de 786 380 Km2;

- Águas Interiores cerca de 13.000 Km2;

A largura máxima de Moçambique é de 962,5 Km, começando da


10

Península de Mossuril (Nampula) até ao marco da fronteira


localizado na confluência do Rio Aruângua com o Rio Zambeze
(Tete). A menor largura é de 47,5 Km, começando do marco
Sivayana (Sul de Namaacha) até o alto Farol (Catembe).

2.1.A Fronteira Norte

Tem cerca de 800 Km e separa Moçambique da Tanzania e é


estabelecida pelo curso do Rio Rovuma (Fronteira naturais) entre a
sua Foz e a confluência do rio Messinge. Deste ponto começa para
Oeste uma linha convencional até um ponto ao meio do Lago Niassa
11º 30” Lat. Sul e Long. 34º 38ꞌ E.

2.2. A Fronteira Sul

Faz a separação com a RSA no sentido Este – Oeste, em primeiro


através do Rio Maputo até a confluência com Rio Pongolo a partir
do qual corre uma linha convencional até Ponta do Ouro no Oceano
Índico. Cerca de 85 Km.

2.3. A Fronteira Ocidental

O território nacional é separado por cincos Países vizinhos em cerca


de 2680 Km desde o seu extremo Norte no meio do Lago Niassa
onde inicia a fronteira com Malawi até ao extremo Sul, junto a
Fronteira com a Suazilândia. A partir do Paralelo 14º 14º Sul,
tangente a Província de Tete toma lugar a Fronteira Norte -
Ocidental com a Zâmbia até ao Rio Aruângua proceguindo ao longo
do curso deste Rio até a sua confluência com Rio Zambeze onde em
direcção ao Sul inicia a fronteira com o Zimbabwe e vai até ao Rio
Limpopo. A partir deste Rio inicia a fronteira com a RSA no sentido
NNW – SSE até ao Monte Mꞌponduine onde se interrompe a
fronteira com a Suazilândia até ao extremo Sul no Rio Maputo.
Geografia de Moçambique I 11

2.4. A Fronteira Leste

Encontra – se a 12 milhas marítimas no canal de Moçambique a


partir da linha de base.

Sumário
A fronteira terrestre de Moçambique é cerca de 4312 Km; a
fronteira fluvial cerca de 1205 Km; fronteira lacustre 302. E a orla
marítima moçambicana é cerca de 2515 Km, sentido Norte – Sul.

A superfície total de Moçambique é cerca de 799 380 Km2; terra


firme cerca de 786 380 Km2; Águas Interiores cerca de 13.000
Km2;

A largura máxima de Moçambique é de 962,5 Km, começando da


Península de Mossuril (Nampula) até ao marco da fronteira
localizado na confluência do Rio Aruângua com o Rio Zambeze
(Tete). A menor largura é de 47,5 Km, começando do marco
Sivayana (Sul de Namaacha) até o alto Farol (Catembe). As
fronteiras terrestres separam Moçambique dos seguintes Países:
Tanzania ao Norte; Malawi; Zâmbia; Zimbabwe; África do Sul e
Suazilândia a Oeste e África do Sul ao Sul.

Exercícios
1. Caracteriza as fronteiras Norte, Sul, Ocidental, Oeste e Leste de
Moçambique.

2. Qual é a extensão Territorial de Moçambique?

a) Qual é a largura máxima e menor de Moçambique

Realize os exercícios e entregue somente o número 1.


12

Unidade III

Os Fusos Horários

Introdução
Nesta presente unidade os discentes terão conhecimento se a terra
estivesse parade, cada cidade ou localidade do Mundo teria mesmo
sempre um mesmo horário. Entrentanto, é graças ao seu
movimento de rotação que conhecemos a alternância dos dias e das
noites, fazendo com que os horários não sejam sempre os mesmo
para cada localidade da Terra.

Também ficarão dotados que as diferenças de horários existentes


entre as diferentes partes do Mundo foram durante muito tempo
motivo de certa confusão. Por isso foi estabelecido um sistema de
tempo padrão. Por isso, em 1884 foi estabelecido um sistema de
tempo padrão onde se aplicou a noção de fusos horários

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Conceituar os Fusos Horários;

 Distinguir a hora legal e hora local de Moçambique;


Objectivos
 Descrever os processos de identificação dos fusos horários de
um País.

 Explicar a divisão político e territorial,

 Importância dos fusos horários

3. Fusos horários – conceito


Geografia de Moçambique I 13

3.1. Fusos horários – é um espaço compreendido entre dois


meridianos que distam 15º e é percorrido pelo sol durante uma
hora.

Como a esfera terrestre completa uma rotação em 24 horas,


temos que em 1hora ela percorre o equivalente a 15º, isto é, 15º
de meridianos, ou seja:

24 horas........................360º

1 hora..........................15º

Cada espaço da terra equivale a 15º de meridianos corresponde a


1 fuso horário e equivale, em tempo, a 1 hora. Concluímos,
portanto, que os 360º de meridianos da esfera terrestre são
suficientes para formarem um total de 24 fusos horários, pois

1 fuso = 15º

24 fusos = 360º

Todos os fusos apresentam horários definidos em relação a


Greewich (GMT), isto é, o Meridiano de Greenwich é o ponto
central de partida do sistema fuso horário 0º. Como a Terra gira
de Oeste para Leste, devemos compreender que as localidades
situadas a Leste estarão com horários sempre adiantados em
relação áquelas que se encontram a Oeste.

Assim sendo, se uma localidade estiver situada 3 fusos (45º) a


Leste de Greenwich, estará com 3 horas adiantadas em relação
ao horário de Greenwich. Convém lembrar que todos os pontos
situados ao longo de um mesmo fuso possuem oficialmente o
mesmo horário.

As linhas que delimitam os fusos horários não são regulares,


seguem geralmente sobre a Superfície da Terra o traçado das
fronteiras Internacionais e Internas, o que permite definir hora
14

para cada País. Países de grande extensão territorial em


Longitude são definidos vários fusos horários.

Exemplo: Rússia tem 11 fusos horários.

Como calcular a hora doutro fuso? Verifique no Mapa de fusos


horários e subtraia o menor do maior fusos envolvidos.
Tomemos como exemplo: imaginemos que no Brasil são 10
horas, e que horas serão na Índia? Verificando no mapa dos
fusos horários achará: brasíl tem fuso (-3) e a Índia fuso (+
5:30), subtraindo o menor do maior: + 5:30 – (-3) = 5:30 + 3 =
8:30. Logo some esta diferença á hora Legal, se estiver a Leste,
ou subtrai se estiver a Oeste. Logo se no Brasil são 10 horas, na
India são 18h 30min.

3.1. Hora Legal e Hora Local de Moçambique

Em Moçambique o Meridiano Central do Fuso Horário deste


Território é o Meridiano 30º E ou seja o Meridiano Central do
fuso horário mais 2 é o Meridiano 30º E que passa a Oeste da
Província de Tete.

A hora local é definida pela passagem do sol pelo meridiano


superior deste lugar, mas a hora legal é definida pelo fuso
horário onde estamos. Em Moçambique é 12h Local quando o
sol está na vertical deste local ou está sobre Meridiano deste
local e com o tempo estará na vertical doutro local. E 12h Legal
de Moçambique é quando o Sol está na vertical de Meridiano
30º 00”.

A Hora Legal tem como vantagens, a saber:

 Facilita a navegação maritima e áerea no território;


Geografia de Moçambique I 15

 Facilita a localização geográfica e astronómica territorial

 Permite o traçado de fronteiras dos Países;

 Regula as actividades económicas; etc.

3.2. A Divisão Territorial de Mçambique

Segundo a Constituição da República de Moçambique, as


unidades político – administrativas regionais designam – se por
Províncias, Distritos, Postos Administrativos e Localidades,
incluindo a Cidade de Maputo, Província Capital.

Moçambique subdivide – se em 11 Províncias, segundo ilustra a


tabela abaixo.

Província Capital Superfície Limites


(Cidade) (km2)
Total N S W E

Cabo Pemba 82.625 Tanzania Nampula Niassa Oceano


Delgado Indíco

Niassa Lichinga 129.056 Tanzania Nampula Malawi Cabo


delgado

Nampula Nampula 81.606 C.Delgado Zambézia Sul de Oceano


e Niassa Niassa e Indíco
Norte de
Zambézia

Zambézia Quelimane 61.661 Nampula Rio Tete e Oceano


e Niassa Zambeze Malawi Indíco

Tete Tete 100.724 Zâmbia Manica e Zimbabwe Sofala


Sofala

Manica Chimoio 61.661 Tete Rio Save Zimbabwe Sofala

Sofala Beira 68.018 Rio Rio Save Manica Oceano


16

Zambeze Indíco

Inhambane Inhambane 68.615 Rio Save Oceano Gaza Oceano


Indíco Indíco

Gaza Xai - Xai 75.709 Rio save Maputo Zimbabwe Inhambane


(Manica) e RAS

Maputo Matola 26.058 Gaza RAS Suazilândia Oceano


Província e RAS Indíco

Maputo Maputo 300


cidade (Capital)

Sumário
Fusos horários – é um espaço compreendido entre dois meridianos
que distam 15º e é percorrido pelo sol durante uma hora. E Como a
esfera terrestre completa uma rotação em 24 horas, temos que em
1hora ela percorre o equivalente a 15º, isto é, 15º de meridianos

O Meridiano de Greenwich é o Ponto Central de partida do sistema


fuso horário 0º.

A hora local é definida pela passagem do sol pelo meridiano


superior deste lugar, mas a hora legal é definida pelo fuso horário
onde estamos. Em Moçambique é 12h Local quando o sol está na
vertical deste local ou está sobre Meridiano deste local e com o
tempo estará na vertical doutro local. E 12h Legal de Moçambique
é quando o Sol está na vertical de Meridiano 30º 00”.

Exercícios
1. Estabeleça a diferença entre a Hora Local e Hora Legal.

2. Diga qual é o Meridiano Central do Fuso horário de


Moçambique?
Geografia de Moçambique I 17

3. Diga porque que na Ilha de Moçambique (Nampula),


quando o Sol está na vertical deste Local (12h local) não é
oficial ou Legal.

Realize os exercícios e entregue – os.

Unidade IV

Formações e Estruturas Geológicas

Introdução
Com esta Unidade pretende – se que os discentes tenham
conhecimentos sobre as manifestções geológicas que ocorreram no
nosso terrtório, no respeita as Eras, períodos geológicos, as
formações e as respectiva regiões.

Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:

 Identificar as principais unidades geológicas de Moçambique;


Objectivos
 Caracterizar as formações do precâmbrico e do fanerozoico;

 Descrever as unidades geológicas de Moçambique.

4. Estruturas Geológicas

As formações geológicas do território moçambique, interligam com


18

as do continente africano.

No território moçambicano distinguem – se duas grandes unidades


de formações geológicas, e que esta divisão corresponde á duas
grandes Eras geológicas da história da Terra que manifestaram de
forma expressiva no nosso território, a saber:

 O Precâmbrico, com uma superfície cerca de 534.000 Km2,


e

O Fanerozoico, com uma área aproxidamente á 237.000 Km2

4.1. O Precâmbrico

Os territórios do Precâmbrico são constituido por rochas mais do


território que se formaram a mais de 600 milhões de anos,
ocupando cerca de 1/3 do território moçambicano, mais
concretamente nas regiões Centro e Norte Ocidental do País.

Em Moçambique, as rochas do Precâmbrico subidivide – se em


duas partes:

4.1.1. O Precâmbrico Inferior/Arcaico

É representado pelo Cinturão de Zimbabwe que enquadra o sistema


de Manica e localiza – se na Província de Manica e é constituido
pelas formações de Macequece e de N′beza e Vengo.
Litologicamente é constituido por rochas metamórficas de origem
magmáticas e sedimntares.

4.1.2. O Precâmbrico Superior/ Cinturão de Moçambique

É constituido por formações antigas profundamente removidas por


Geografia de Moçambique I 19

várias Orogenias das quais a íltima orogenia Katanguana com


vestigíos marcantes datados de 500 milhões de anos.

O Precâmbrico Supeior divide – se em três Provínciais Geológicas,


tais como:

4.1.2.1. Província Tectónica de Moçambique, que enquadram

vários territórios das provínciais do Norte e Zambézia, excluindo a


parte Ocidental da província do Niassa;

4.1.2.2. Província Tectónica do Niassa, Engloba vastos territórios


Ocidentais da Província do Niassa e os territórios da Província de
Tete, a norte do Rio Zambeze;

4.1.2.3. Província Tectónica do Médio Zambeze, engloba vastos


territórios Planálticos a Sul do Rio Zambeze ao Rio Save e exclui o
extremo Ocidental da Província de manica que faz parte do
Precâmbrico Inferior.

4.2. O Fanerozóico

É formado essencialmente por rochas sedimentares que se


formaram entre 300 – 70 molhões de anos. Não obstante algumas
formações eruptivas como os basaltos e riolitos que ocrrem junto a
fronteira Sul do País.
20

O fanerozóico ocupa cerca de 2/3 do território nacional assim


distribuido:

A Sul do Rio Save, ocupa quase a totalidade das Provínciais de


Inhambane, Gaza e Maputo, estreita gradualmente na região central
(Provínciais de Sofala, Zambézia), para o norte de Quelimane
reduz – se a uma estreita faixa litoral até a foz do rio Lúrio donde
se alarga ligeiramente at’e a foz do rio Rovuma.

Fazem parte do fanerozóico, as rochas do Karroo, Jurássico,


Cretácico e ainda do Quaternário/antropogénico.

O karroo, distribui – se geograficamente pelas Províncias do


Niassa, Tete, Manica e nos Montes Limbombos no Sul do País. Os
sedimentos do Karroo caracteriza – se pela sua origem continental
e por se depositarem em bacias com falhas, a maioria das quais
estão representadas nas provínciais de Tete e Manica.

Jurássico, as formações do jurássico encontram – se representadas


nas Provínciais de Tete e Cabo Delgado, litologicamente o
jurássico é caracterizado por grés, calcáreos, riolitos, gabros e
conglomerados.

O Cretácico, é essencialmente formado por rochas sedimentares,


não obstante rochas eruptivas, que predominam na concâva de
maciço de Lupata na Província de Tete (Sudeste). A importância
económica do cretáccico consiste na presença de gás natural.

O Terciário e o Quaternário, estas duas formações apresentam


semelhanças no respeita a sua composição litológica.
Geografia de Moçambique I 21

O quartenário é composto por sedimentos resultantes da erosão de


rochas formadas no terciário e composto essencialmente por dunas
costeiras não consolidadas e por aluviões e coluviões. De um modo
geral as duas unidades dominam quase todo Sul do rio Save estão
representadas também no litoral Centro do País e por uma faixa
estreita ao longo do litoral norte. Enquanto o Terciário é
caracterizado por grés, conglomerados, rochas basálticas, chaminés
vucânicos de basaltos nefilíticos e traquitos. (ver Atlas Geográfico
Vol. I, pág. 10).

Estrutura Geológica de Moçambique


22

Sumário
No território moçambicano distinguem – se duas grandes unidades
de formações geológicas, e que esta divisão corresponde á duas
grandes Eras geológicas da história da Terra que manifestaram de
forma expressiva no nosso território, a saber:

O Precâmbrico, com uma superfície cerca de 534.000 Km2,


composto por precâmbrico inferior e superior. Constituido por
rochas metamórficas de origem magmáticas e sedimntares

O Fanerozoico, com uma área aproxidamente á 237.000 Km2,


formado essencialmente por rochas sedimentares. E fazem parte do
fanerozóico, as rochas do Karroo, Jurássico, Cretácico e ainda do
Terciário e Quaternário.
Geografia de Moçambique I 23

Exercícios
1. Refira as unidades geológicas que manifestaram em
Moçambique.

2. Mencione as Provínciais Tectónicas de Moçambique.

3. Caracterize as formações do Terciário e Quaternário e não


se esquecendo de referir a sua importância económica.

4. Fale da importância sócio – económica do karroo.

Resolvas os exercícios e entregue números 2 á 4


24

Unidade V

Morfologia de Moçambique

Introdução
A superfície do território moçambicano apresenta um relevo
irregular como resultado de processos orogénicos, epirogeénico,
vulcânicos e da geodinâmica externa que actuaram e actuam sobre
esta parcela do continente africano.

Ao completar esta unidade sobre a morfologia, você será capaz de:

 Identificar as diversas formas de relevo de Moçambique;

 Caracterizar as diversas formas de relevo em Moçambique;


Objectivos
 Descrever a influência de diversos factores externos e internos na
modelação do relevo.

5. Estrutura Morfológica

Em termo gerais considera – se que a morfologia do território


moçambicano compreende três formas principais, a saber: Planicíes,
Planaltos e Montanhas, além de Depressão.

As três formas que no seu conjunto constituem zonas morfológicas


estão dispostas, de forma, geral, em escadarias, aumentando de
altitude do litoral para interior. Assim caminhando do litoral para
interior o relevo passa sucessivamente de estrutura mais baixa para
as mais elevadas.

1. A Zona de Planícies no nosso Território variam de 0 – 200m


de altitude que correspondem cerca de 44% do território
Nacional. Ocupa quase os territórios do Sul do Save a saber:
Província de Inhambane, Gaza e Maputo, com destaque da
Geografia de Moçambique I 25

Província de Inhambane em que quase 100% do seu território


possue altitude igual ou menor a 200m.

De uma forma em geral a Planície litoral moçambicana


alarga – se no Sul e estreita – se no Norte; penetra mais para
em faixas estreitas seguindo as margens dos principais rios, e
esta forma de divulgação faz que as restantes zonas do relevo
do País estejam separadas uma da outra.

A zona de Planícies está interligada em todo território


moçambicano e faz parte de Planície litoral africana que
circunda quase todo Continente.

2. A Zona de Planaltos, variam de 200 – 1000 m de altitude,


compreende cerca de 40% do território nacional.

Morfologicamente os Planaltos moçambicanos classificam – se:

 Planaltos Médios – 200 – 500 m de altitude;

 Alti – Planaltos – 500 – 1000 m de altitude.

Os Planaltos em Moçambique predominam nas Provincias do


Norte e Centro e na parte Sul do Save limita – se as pequenas
áreas no interior limitrófe da Província de Gaza e Maputo. Eis os
Planaltos moçambicano:

2.1. Planalto Moçambicano, abrangem os territórios do interior


das províncias de Cabo Delgado, sudeste do Niassa, Nampula
e Zambézia.

2.2. Planalto de Lichinga, abrangem território do Noroeste


Província do Niassa.

2.3. Planalto de Moeda, abrangem a parte centro – nordeste


Província de Cabo Delgado.
26

2.4. Planlto de Angónia, situa – se no Nordeste de Tete junto a


fronteira com Malawi.

2.5. Planalto de Marávia, localiza – se na Província de Tete a


Norte da Albufeira de Cahora Bassa e alarga – se até
fronteira com a Zâmbia.

2.6. Planalto de Chimoio, situa – se na Província de Manica


estendendo grosso modo no sentido Norte – Sul e na parte
Ocidental confina com altos-relevos da fronteira com
Zimbabwe.

3. Zona de Montanhas, estão acima dos 1000 m e que


corresponde cerca de 16% do território nacional. São
considerados cincos formações orográficas, a saber:

3.1. O sistema Maniamba – Amaramba, este sistema localiza –


se na Província na província do Niassa. Tem orientação
Norte – Sul; ladeia lago Niassa e desce em escadaria bastante
agrupta em direcção ao lago Niassa. O ponto mais alto é a
serra Jeci com 1836 m de altitude; além de monte Mitucué
com 1803 m de altitude.

3.2. Formação Chire – Namuli, estende – se do rio Chire


(Zambézia) até Ribarue (Nampula), seu ponto mais alto é o
monte Namuli com 2419 m altitude, outros pontos mais
elevados são: Serra Chiperone (2054 m altit) e Serra Inago
(1807m altit).

3.3. Sistema Marávia – Angónia, estende – se em todo o Norte


da província de Tete ao longo da fronteira com a Zâmbia e
Malawi, os pontos mais elevados são: O monte Dómue (2095
m altit.) e monte Chirobué (2021 m altit.).

3.4. Sistema de Manica, formado por uma série de montanhas


situadas na Província de Manica. É neste sistema onde se
Geografia de Moçambique I 27

enquadra o maciço de Chimanimani, onde se situa o monte


Binga, o ponto mais alto de Moçambique, com 2436 m de
altit.

Outros pontos mais elevados são: Gorongue (1887 m altit.),


Serra Shoa (1844 m altit.) e monte Gorongosa (1862 m altit.)

3.5. Os Montes Libombos, localiza – se na Província de


Maputo, o sitema dos Libombos é formado por dois
alinhamentos paralelo de Montanhas; os pequenos Libombos,
que contituem um degrão intermédio entre a planicíe litoral e
alinha de maiores altitudes da fronteira e os grandea
Libombos situados ao longo da fronteira, é neste alinhamento
onde se encontra maiores altitudes. Na verdade as altitudes
dos montes Libombos não chegam a atingir os 1000m
considerados como marco das altitudes das montanhas,
porém no conjunto do relevo do Sul do País eles se destacam
como únicas formações elevadas. O ponto mais alto é monte
M’ Pnduine (801 m altit.).

As principais depressões existentes em Moçambique,


destacam – se os vales dos rios e as formas de relevo
negativas onde se localizam – se os lagos e Pantanos. Estas
depressões interrompem frequentemente a continuidade das
planícies; planaltos e das montanhas. A maior depressão é o
vale do rio Zambeze, etc.

Sumário
As três formas que no seu conjunto constituem zonas morfológicas
estão dispostas, de forma, geral, em escadarias, aumentando de
altitude do litoral para interior. Assim caminhando do litoral para
28

interior o relevo passa sucessivamente de estrutura mais baixa para


as mais elevadas. As zonas de Planícies ocupam 44%, Planaltos
40% e Montanhas 16% do território, além de depressões.

Exercícios
1. Refira os principais factores que actuaram e actuam na
modelação do relevo moçambicano.

2. Descreva o relevo moçambicano.

3. Mencione as formações montanhosas do território


moçambicano.

Resolva os exercícios e entrega os números 1 e 3.


Geografia de Moçambique I 29

Unidade VI

As Depressões

Introdução
Com esta unidade pretende – se que os discentes tenha
conhecimentos sobre as depressões que se manisfestam no nosso
território, sua distribuição e características.

Ao completar esta unidade sobre a morfologia, você será capaz de:

 Identificar as depressões no território moçambicano;

 Caracterizar as depressões moçambicanas;

 Descrever as depressões moçambicanas.

6. Depressões

Características

As principais depressões existentes em Moçambique destacam – se


os vales dos rios e as formas de relevo negativas onde se localizam
– se os lagos e Pantanos. Estas depressões interrompem
frequentemente a continuidade das planícies; planaltos e das
montanhas.

Que estas evidências são como resultados dos movimentos


tectónicos que no passado geológico manifestaram no continente
africano na parte Oriental e em moçambique em particular.
30

6.1. Distribuição das Depressões

6.1.1. Depressão do vale do rio Zambeze, é a maior não por


constituir um dos maiores do continente africano, como também
por atravessar regiões de litologia e tectónica complicada, ás quais
o rio teve se adaptar.

Em alguns pontos do seu percurso o rio Zambeze, dada a


resistência de certas formações rochosas por onde atravessa, escava
o seu leito, constituindo gargantas apertadas e profundas, com
grande relevância para a topografia do relevo.

6.1.2. Depressões Chire – Urema e Espungabera, estas formas


negativas é resultado de movimentos grabens tectónicos e
representam das superfícies falhadas que caracterizam a África
Oriental.

6.1.3. Depressão do Niassa, onde se localizam os lagos Niassa,


Chirua, Chiúta e Amaramba.

6.1.4. Depressão de Chissenga, é prolongamento do afundamento


de Urema – Zangué para Sul; este aberga o curso inferior do
Púngué e que se desvia para mar onde continua na plataforma
continental.

6.1.5. Depressão de Funhalouro, constitue um dos mais


importantes afundimentos tectónico á Sul do Rio Save.

6.1.6. Depressão do Xai – Xai, constitue um largo e profundo


afundamento que representa o vale do rio Limpopó.

6.1.7. Depressão das Palmeiras, na província de Maputo, este


afundamento é percorrido pelo rio Incomati, no extremo Sul
composta o afundamento tectónico correspondente a baia de
Maputo, etc.
Geografia de Moçambique I 31

Sumário
As principais depressões existentes em Moçambique destacam – se
os vales dos rios e as formas de relevo negativas onde se localizam
– se os lagos e Pantanos, nomeadamente Depressão do Rio
Zambeze, que é a maior, depressão do Niassa, depressão de Chire –
Urema, de Espungabera e as que se registam – se no Sul do rio
save. Estas depressões interrompem frequentemente a continuidade
das planícies; planaltos e das montanhas.

Exercícios
1. Identifique e caracterize as depressões moçambicanas.
Resolva o exercício somente.
32

Unidade VII

Solos de Moçambique

Introdução
Com esta unidade pretende – se que os discentes tenha
conhecimentos sobre os recursos pedológicos de Moçambique, no
que respeita os tipos de solos e suas respeitivas características.

Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:

 Identificar os diferentes tipos de solos no território nacional;

 Caracterizar os diferentes tipos de solos;


Objectivos
 Descrever as características dos solos no território nacional.

7.1. Solos de Moçambique

No território moçambicano existe uma grande variedade de recursos pedológico que


resulta da combinação de diversos factores, tais como: condições geológicas, climáticas,
etc.

7.2. Os Tipos de Solos de Moçambique

Os tipos de solos em Moçambique são:

Solos argilosos vermerlhos e profundos Solos franco – argiloso – arenoso -


avermelhados, Solos franco – argiloso – acastanhados, evoluidos e fértis, Solos
argilosos vermelhos, Solos arenosos de fertilidade de muito baixa, Solos arenosos
avermelhados, Solos arenosos brancos, Solos fluviais de alta fertilidade, Solos muito
pesados ,Solos argilosos mal drenados, Solos fluviais e marinhos e Solos delgados e
Geografia de Moçambique I 33

pouco profundos.

7.3. As Características dos Solos de Moçambique

Tipos de Solos Características

Solos argilosos vermerlhos e profundos Bem drenados e muito baixa fertilidade

Solos franco – argiloso – arenoso - Fertilidade baixa a intermédia


avermelhados susceptível á erosão

Solos franco – argiloso – acastanhados, Favorável á agricultura


evoluidos e fértis

Solos argilosos vermelhos Fertilidade intermédia a boa

Solos arenosos de fertilidade de muito Baixa retenção de água


baixa

Solos arenosos avermelhados Fertilidade muito baixa e baixa


retenção de água

Solos arenosos brancos Fertilidade muito baixa e baixa


retenção de água

Solos fluviais de alta fertilidade Excesso de água e salinidade

Solos muito pesados Cor cinzenta e negra, mal drenados e


difícil lavoura

Solos argilosos mal drenados Camada superficial mais leve e com


côr pálida, salgado

Solos fluviais e marinhos Mal drenado e muito salgado

Solos delgados e pouco profundos Rochosos e não aptos para a agricultura


34

Sumário
No território moçambicano existe uma grande variedade de
recursos pedológico que resulta da combinação de diversos
factores, tais como: condições geológicas, climáticas.

Os tipos de solos em Moçambique são solos argilosos vermerlhos e


profundos, Solos franco – argiloso – arenoso - avermelhados,
Solos franco – argiloso – acastanhados, evoluidos e fértis, Solos
argilosos vermelhos, Solos arenosos de fertilidade de muito baixa,
Solos arenosos avermelhados, Solos arenosos brancos, Solos
fluviais de alta fertilidade, Solos muito pesados ,Solos argilosos
mal drenados, Solos fluviais e marinhos e Solos delgados e pouco
profundos.

Exercícios
1. Explique como as condições climáticas influenciam os
solos no território moçambicano.

2. Caracterize os solos moçambicanos.

Resolva os exercícios e entregue o número 1.


Geografia de Moçambique I 35

Unidade VIII

A Distribuição dos solos em


Moçambique

Introdução

Com esta unidade pretende – se que os discentes tenham


conhecimentos sobre a distribuição dos diferentes tipos de solos
pelo território nacional a nível das regiões Norte, Centro e Sul. Não
obstante a influência do factor rocha – mãe na distribuição dos
solos.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Identificar os tipos de solos e a sua distribuição pelo território nacional;

 Caracterizar os tipos de solos predominantes nas diferentes regiões do


Objectivos
território nacional;

 Explicar a influência do factor rocha – mãe na distribuição dos solos no


território nacional.

8.1. Distribuição dos Solos em Moçambique

Em Moçambique existe uma enorme variedade dos solos como resultado da


combinação de diversos factores, tais como condições geológicas e
climáticas, etc.

Na Região Norte, onde predominam rochas do Precâmbrico e com


precipitação abundantes, os solos predominantes são os argilosos variando
entre os franco – argiloso – avermelhados que ocupa a maior área, e os
argilosos vermelhos e castanhos profundo com boa permeabilidade e
36

drenagem.

Na Região Centro predominam solos francos – argilosos – arenosos –


avermelhados. No curso médio e inferior do Rio Zambeze predominam solos
fluviais com elevada fertilidade.

Na Região Sul predominam solos arenosos de baixa fertilidade e baixo poder


de retenção de água sendo intercalados por solos arenosos brancos fluviais e
marinho. Ao longo dos vales dos rios Incomáti e Limpopó encontram – se
solos fluviais de alta fertilidade.

8.2. A Influência da Rocha – mãe na Distribuição dos Solos

A Rocha – mãe fornece os constituentes minerais ao solo. As rochas


superficiais expostas ao ar livre estão sujeitas á influência dos agentes
atmosféricos, bem como á acção dos seres vivos. Uma vez formado este
pode ser arrastado por vários agentes erosivos e redistribuidos.

E do modo geral, os solos do território moçambicano são influenciados pela


Estrutura Geológica (rochas do Pré – Cambrico e do Fanerozóico).

As rochas do Pré – Cambrico (rochas vulcânicas), abragem maior parte dos


territórios da região Norte e Centro, no interior, predominam solos maduros
(Solos Zonais), isto é, solos franco – argiloso – avermelhados, argilosos –
vermelhos e castanhos profundos com boa fertilidade e drenagem.

Enquanto no litoral Norte, Centro e Sul do rio Save (com maior abragência),
predominam as rochas do Fanerozóico, e os solos são arenosos brancos
fluviais e marinhos, com baixa fertlidade.

Distribuição de Solos em Moçambique


Geografia de Moçambique I 37

Sumário
Em Moçambique existe uma enorme variedade dos solos. É
influenciado em grande medida pela estrutura geológica (rocha -
mãe).

Na Região Norte e Centro (no interior), onde predominam


abundantes rochas do Precâmbrico e com precipitação, os solos
predominantes são os argilosos variando entre os franco – argiloso
– avermelhados que ocupa a maior área, e os argilosos vermelhos e
castanhos profundo com boa permeabilidade e drenagem e solos
francos – argilosos – arenosos – avermelhados. No curso médio e
inferior do Rio Zambeze predominam solos fluviais com elevada
fertilidade.

Na Região Sul predominam rochas do Fanerozóico, os solos são


arenosos de baixa fertilidade e baixo poder de retenção de água
38

sendo intercalados por solos arenosos brancos fluviais e marinho.


Ao longo dos vales dos rios Incomáti e Limpopó encontram – se
solos fluviais de alta fertilidade.

Exercícios
1. A partir do Atlas Geográfico, Vol.I, página 13, recursos
pedológico do território moçambicano, diga:

a) Dois tipos de solos mais predominates nas Províncias


do Norte.

b) Refira o tipo de solo mais divulgado no Sul do Rio


Save.

c) Fale dos solos divulgados nas faixas costeiras de Cabo


Delgado, Búzi até Vilânculos.

Resolva todos exercícios e entrega – os.


Geografia de Moçambique I 39

Unidade IX

Clima de Moçambique

Introdução
Com abordagem desta unidade pretende – se que os discentes
tenham conhecimentos sólidos sobre as particularidades climáticas
do Território moçambicano, os factores que influenciam, os
principais elementos do clima e seu comportamento, os tipos de
clima, etc.

Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:

 Identificar os factores e elementos de clima;

 Caracterizar os factores e elementos de clima;


Objectivos
 Caracterizar os diferentes tipos de clima.

7.1. Clima de Moçamique

Os Principais factores do clima do Teritório moçambicano são:

- Altitude;

- Latitude;

- Continentalidade;

- Correntes maritímas (corrente quente de canal de Moçambique),


além de outros.
40

7.1. Altitude

A temperatura do ar diminui cerca de 0,6º c em cada 100m. A


diferença de Altitude vai influenciar as temperaturas das regiões
para regiões.

As regiões mais fersca sãode Planaltos e Montanhas, enquanto que


as regiões com temperaturas elevadas é Província de Tete nas
regiões baixas de Planicie, ela influe na estabilidade térmicas.

7.2. Latitude

A maior parte do território moçambicano situa – se na zona


Intertropical, por isso, clima do tipo tropicais. O trópico de
Capricórnio atravessa esse território na sua parte Sul das Províncias
de Inhambane e Gaza, ficando apenas pequena parte deste território
ao Sul do referido Trópico, isto é, na dita Temperada do Sul que no
entanto, em Moçambique devido a influência de diversos factores
com destaque da Corrente quente do canal de moçambique tais
territórios não possuem climas Temperados, mas sim um clima
Tropical.

Em termos de Latitude nota – se a diminuição quase gradual da


humidade e das precipitações do Norte para Sul, não só devido ao
factor Altitude, mas também da própria Latitude. Os índices de
maior secura registam – se no interior das províncias de gaza e
Inhambane e em particular na região de Pafúri (localidade),no
interior da fronteira de Gaza próximo entre os paralelos 22º 15” e
23º 00” de Latitude Sul, isto é, próximo e a Norte do Trópico de
Capricórnio, uma região de relevo de Planaltos médios de 200 –
500m de altitude e a cerca de 400 km do Litoral.
Geografia de Moçambique I 41

7.3. Continentalidade

Para maior parte do território moçambicano a continentalidade é


um factor de menor significado pois que as influências negativas
deste factor no interior são separados pelo factor altitude. De facto,
a medida que a continentalidade aumenta ou seja, a medida que se
caminah do litoral para o interior a altitude aumenta, e o aumento
da altitude significa aumento da pluviosidade.

As regiões do País com maior continentalidade sào as do norte que


entretanto como se referiu neles, predominam altos planaltos e
montanhas. As únicas regiões onde se faz sentir os efeitos
negativos da continentalidade é o interior de Gaza (Localidade de
Pafúri), bem como no Sul da província de tete e Norte da Província
de manica. Nestas regiões predominam climas tropicais secos e
tropical semi – áridos.

A regularidade do efeito da continentalidade está patente nas


Províncias de Inhambane e gaza que se manifestam pela
diminuição da humudade e pluviosidade de Leste para Oeste.
Enquanto isto, nos restantes pontos do País não se observam
nenhuma regularidade espacial.

7.4. Correntes Maritímas (Corrente Quente de Canal de


Moçambique)

Esta corrente tem como origem o avanço ou continuação da


corrente Equatorial Sul. A corrente quente do canal d Moçambique
movimenta águas mornas que libertam bastante vapor de água que
por conseguinte é levado ou arrastado pelos ventos para a costa
moçambicana onde após origina abundantes precipitações.

A corrente não só aumenta a quantidade de precipitação em toda


costa, mas também eleva a temperatura do ar cuja evidência tem
42

maior significado nas regiões costeiras a Sul do tr’opico de


Capricórnio como se referiu anteriormente pois que na ausência da
influência destes ventos, as temperaturas m’edias anuais das mais a
Sul do Trópico de Capricórnio seriam sensivelmente inferiores aos
registados.

7.5. Outros Factores

7.5.1. Influência do Centro de Baixas Pressões e das Altas


Pressões Sub – Tropicais

Grande parte do território nacional, em particular nas províncias do


Norte sofrem a influência da Baixa Pressão Equatorial, em paralelo
o movimento do Equador Térmico ao longo do ano ora para mais á
Norte e ora para mais á Sul faz deslocar em Janeiro a Baixa Pressão
Equatorial para a África Austral e com ela maior aquecimento e
abundante precipitações na Região em geral e em Moçambique em
particular. Esta é a estação quente e chuvosa.

Em Julho pelo contrário, o Equador Térmico movimenta – se para


o Norte, África Austral em geral e Moçambique em particular é
dominada por Altas Pressões Subtropicais que originam depressão
tropical de Origem Térmica situada no interior da África Austral
responsável do período de tempo seco e da escassez de
precipitações ou de temperatura relativamente baixas. Esta é a
estação seca e fresca.

7.5.2. Frentes Frias

As frentes frias em Moçambique, são condicionadas pela


penetração de Massas de ar fria que provém das altas altitudes na
Antárctida e Pólo Sul. Criando no Sul uma instabilidade térmico –
pluviométrica, frio e por vezes precipitação no estado sólido
Geografia de Moçambique I 43

(granizo e saraiva).

7.6. Tipos de Clima e Suas Características

7.6.1. Clima Tropical Húmido

As temperaturas médias anuais variam entre 24º - 26º c e as


precipitações cerca de 1000 1400mm de pluviosidade.

7.6.2. Clima Tropical Seco

As temperaturas m’edias anuais acima dos 20º c e as precipitações


inferior á 60 mm.

7.6.3. Clima Tropical Semí – Árido

As temperaturas são elevadas acima de 26º c e á escassez de


precipitações.

7.6.4.Clima Modificados pela Altitude

São regiões mais fescas e mais pluviosas, as temperaturas médias


anuais são menores a 22º c, e nas regisões de montanhas mais
inferior a 18º c. as precipitações são abundantes (1400 – 2000mm).

Segundo o Critério Arcaico, a Classificação Climática de


Moçambique é:

- Quanto a Temperatura do Ar (Clima quente), valores médios


anuais maoires á 20º c em todos os locais com excepção de
Espungabera, Furangungo e Lichinga onde é “Temperado” com
valores médios anuais entre 10º - 20º c a “Oceânico”, com
amplitude anual inferiores ‘a 10º c em todos locais.

- Quanto a Humidade do Ar – é Clima Seco, com valores médios


anuais entre 55 – 75% em todos locais, excepto no litoral da Beira,
44

Quelimane, Lichinga, mocimboa da Praia, onde é húmido, com


valores médios anuais entre 75 – 90%.

- Quanto a Precipitação – é clima Chuvoso com valores médios


anuais entre 500 – 1000mm em todos locais, excepto Pafúri onde é
Semí – Árido, com valores médios anuais de 250 – 400mm.

Sumário
Os Principais factores do clima do Teritório moçambicano são:

- Altitude; Latitude; Continentalidade; Correntes maritímas


(corrente quente de canal de Moçambique), Baixa pressão; Alta
Pressão Subtropicais e Frentes Frias.

O clima de Moçambique em conformidade da combinação de


vários factores e do compotamento dos principais elementos do
clima desta região são: Clima tropical húmido, Seco, Semí – Árido
e modificado pela altitude.

Exercícios
1. Mencione os principais factores do Clima de Moçambique.
E explique um a sua escolha.

2. Fale do comportamento dos elementos do clima em


Moçambique.

a) Regiões abragentes;

b) Temperatura;

c) Precipitação.

Revolva os exercício e entrega – os.


Geografia de Moçambique I 45

Unidade X

A distribuição do Clima pelo


Território Nacional

Introdução
Nesta unidade pretende – se que os discentes tenha conhecimentos sobre
a distribuição do tipos de clima em Moambique.

Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:

 Identificar os tipos de clima no território nacional;

 Caracterizar os tipos de clima pelo território nacional;


Objectivos  Descrever os tipos de clima pelo território nacional

10. Tipos de Clima e Sua Distribuição

10.1. Clima Tropical Húmido

Cobre quase todo território das Província do Norte do País e na parte litoral e
estreitando para Sul até a Ponta do Ouro. As temperaturas médias anuais que variam
entre 24º - 26º c e as precipitações cerca de 1000 1400mm de pluviosidade.

10.2. Clima Tropical Seco

Cobre os territórios das províncias Tete (Sul), Manica (Norte e Sul) e Inhambane e
Gaza (no interior). As temperaturas m’edias anuais acima dos 20º c e as precipitações
inferior á 60 mm.

10.3. Clima Tropical Semí – Árido

Abragem somente a localidade de Pafúri no interior de Gaza. As temperaturas são


46

elevadas acima de 26º c e á escassez de precipitações.

10.4.Clima Modificados pela Altitude

Cobre as regiões de montanhas e de Alti – Planaltos das províncias de Manica,


Niassa, Tete, Zambézia e Maputo (Libombos). São regiões mais fescas e mais
pluviosas, as temperaturas médias anuais são menores a 22º c, e nas regisões de
montanhas mais inferior a 18º c. as precipitações são abundantes (1400 –
2000mm).

Distribuição dos tipos de clima em Moçambique


Geografia de Moçambique I 47

Sumário
O Clima Tropical Húmido, cobre quase todo território das
Província do Norte do País e na parte litoral e estreitando para Sul
até a Ponta do Ouro.

O Clima Tropical Seco, cobre os territórios das províncias Tete


(Sul), Manica (Norte e Sul) e Inhambane e Gaza (no interior).

O Clima Tropical Semí – Árido, abragem somente a localidade de


Pafúri no interior de Gaza.

O Clima Modificados pela Altitude, cobre as regiões de montanhas


e de Alti – Planaltos das Províncias de Manica, Niassa, Tete,
Zambézia e Maputo (Libombos). São regiões mais fescas e mais
pluviosas.

Exercícios

1. Fale dos tipos de clima e a sua distribuição pelo território


nacional.

Resolva e entregue.
48

Unidade XI

As Influências da Circulação Geral


da Atmosfera sobre o País

Introdução
Nesta unidade o discente vai poder ter conhecimentos sobre a
influência da Circulação Geral da Atmosfera no território
moçambicano e as mudanças nele decorrente, factores.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Descrever os processos de Circulação Geral da Atmosfera;

 Caracterizar a influência da Circulação Geral da Atmosfera em


Objectivos
Moçambique.

 Explicar as mudanças decorrentes da Circulação Geral da


Atmosfera.
Geografia de Moçambique I 49

10. Circulação Geral da Atmosfera

A circulação geral da atmosfera é determinada por uma série de


factores, dos quais salienta – se a variação solar em Latitude e em
movimento de rotação da Terra. Já é sabido que as diferenças
térmicas são conforme o gradiente barométrico. O movimento de
rotação traz consequência o surgimento da força de Coriolis, e
portanto, desvio nas trajectórias dos fluxos de ar.

Por outro lado, a conservação do movimento angular traduz um


aumento da velocidade dos fluxos de ar quando a Latitude diminui
no caso contrário.

Tendo com base o factor latitude, Moçambique faz parte da zona


Intertropical, das altas pressões tropicais, onde se situa a zona de
divergência, o ar movimenta – se para as baixas pressões
equatoriais, que é a zona de convergência; os ventos constantes que
ai se formam são os ventos alíseos.

Mas nas zonas subtropicais, o ar está sujeito a uma subsidência


permanente, dai que é muito seco. Isso produz como resultado a
formação dos desertos, onde praticamente não chove, tanto sobre
os Continentes como sobre os Oceanos.

Nesta zona de Subsidência o céu quase sempre limpo, por isso,


excassez de precipitação em forma de chuva. E para caso de
Moçambique não existem regiões desérticas dado o factor correntes
maritimas Quente do Canal de Moçambique, mas sim regiões Semi
– Áridas (localidade de Pafúri).

Além da circulaçãogeral da atmosfera, formam – se em certas


zonas, devido a factores específicos, ventos locais – Brisas que são
ventos peri’odicos que se alternam de sentido durante o dia e a
noite.
50

Nas zonas litorais, em particular de Moçambique, devido ao


contraste terra – mar no seu comportamento térmico, estabelecem –
se diferenças de pressão que estào na origem das brisas. Com o
aquecimento mais rápido da terra durante a manhã, dá – se uma
chamada de ar marítimo, isto é, brisa marítima. Mas com o
arrefecimento mais rápido da terra durante a noite, nota – se a
movimentação do ar da terra para mar, isto é, brisa terrestre.

Nas regiões montanhosas, por causa do contraste térmico entre o


vale e os cumes, estabelece – se um sistema de brisas. De manhã os
cimos aquecidos provocam uma subida do ar vindo do vale – brisa
do vale. Á noite, os cimos, arrefecimento facilita, a descida do ar –
brisa da montanha.

Sumário
Moçambique faz parte da zona Intertropical, das altas pressões
tropicais, onde se situa a zona de divergência, o ar movimenta – se
para as baixas pressões equatoriais, que é a zona de convergência;
os ventos constantes que ai se formam são os ventos alíseos.

O vento desloca – se de altas pressões (centro anticiclónicos) para


as baixas pressões (centro ciclónicos). E a velocidade do vento é
tanto maior quanto maior for a distância. A pressão depende da
temperatura – quando a temperatura aumenta a pressão diminui e
vice – versa.

A diferença em latitude provoca a circulação geral da atmosfera –


os ventos alíseos que sopram dos Trópicos para o Equador.
Geografia de Moçambique I 51

Exercícios
1. Fale da influência das altas pressões e baixas pressões no
território moçambicano.

2. Explique porque é que o nosso território nacional não


possui região desértica.

Resolva e entregue – os.


52

Unidade XII

Enquadramento geral da Costa


de Moçambique

Introdução
Nesta unidade pretende – se que os discentes tenham
conhecimentos sobre o traçado da costa ou linha da costa do
território, suas características de modo geral.

Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:

 Descrever o traçado da linha da costa moçambicana;

 Caracterizar o traçado da costa moçambicana


Objectivos
 Identificar as orientações de traçados da costa moçambicana.

10.1. O Litoral Moçambicano e o Traçado da Linha da Costa

O território moçambicano possui uma costa de cerca de 2700 km,


banhada pelo Oceano Índico. A zona costeira moçambicana vai do
rio Rovuma, a Norte, na fronteira com a república da Tanzania at’e
a Ponta de Ouro, no Sul, na fronteira com a República da África do
Sul.

Duma maneira geral, a linha da costa moçambicana é rectilinea


apresentando contudo uma s’erie de saliência e reentrância não
divulgadas; entretanto as enormes reentrâncias nessa costa são as
Baías de Sofala e Maputo.

A orientação do traçado é predominantemente Norte – Sul e


Norodeste – Sudeste. Os traçados da linha da costa com orientação
Geografia de Moçambique I 53

Norte – Sul de Cabo Delgado á Ilha de Moçambique.

Da foz do rio Púngué á foz do rio Gorongosa; do cabo das


Correntes (Inhambane) ao Paralelo 24º Sul (Sul do cabo das
Correntes) e do cabo Santa Maria (Sul da Inhaca) á ponta do Ouro.

Os traçados da costa com orientação Nordeste – Sudeste: da Ilha de


Moçambique a foz do rio Púngué do paralelo 24º Sul ao estuário da
confluência dos rios Matola, Úmbeluzi e Tembe.

Intercalados a estes troços de orientação predominante encontra –


se partes do traçado cuja orientação varia de Nordeste – sudeste,
caso da linha da costa que vai do rio Gorongosa ao cabo de São
Sebastião em Vilânculos e dos estuários dos rios Matola, Úmbeluzi
e Tembe ao extremo Sul da baia de Maputo. Além dos traçados de
orientação não descrita dizem respeito as costas de algumas
saliências e reentrâncias.

Sumário
Em suma, a orientação do traçado da costa Norte – Sul, são
relativamentemais recortadas e apresenta maor número de
reentrância e saliência e relaciona – se com uma plataforma
continental estreita e agrupta. Enquanto a de orientação Nordeste –
Sudeste apresenta uma costa praticamente rectilínea, com maior
relevância para costa de Inharrime – Incomáti, relacionando com
uma plataforma larga e suável.

Exercícios
1. A partir do Atlas Geográfico, página 8 fale:

a) As províncias e as principais cidades localizadas junto á


costa.

b) A região mais e menos recortada.


54

Unidade XIII

Ecossistemas Costeiros e Espécies


Ameaçadas

Introdução
Nesta unidade pretende – se que os discentes tenha conhecimentos
sobre a ecologia marinha do território nacional no geral e em
particular os respectivos ecossistemas, os factores da sua extinção.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Identificar os ecossistemas marinhos e as respectivas espécies;

Objectivos  Caracterizar os ecossistemas marinhos e as respectivas espécies;

 Descrever os factores que ameaçam os ecossistemas e as


espécies marinhas,

 Falar da importância ambietal dos ecossitemas costeiros.

13. Ecossistemas Costeiros e as Espécies Ameaçadas

Ecossistema – é composto por um meio abiótico ou não vivo


(factores climáticos, edáficos, químicos), cada um integrado por
uma série de subfactores – temperatura, humidade, ciclo do
nitrogênio, do carbono, estrutura do solo, etc; e um meio biótico ou
vivo (plantas e animais). O ecossitema é um sistema aberto.
(FERRETTI: 2002, p. 59).

E os ecossistemas costeiros do território moçambicano são: os


recifes de coral, os mangais, praias e os tapetes de ervas. Estes
ecossistemas são responsáveis pela produção de fitoplâncton,
Geografia de Moçambique I 55

peixe, moluscos, crustáceos.

Estes ecossistemas são extremamente produtivos e para além do


que produzem, transformam matéria orgânica que acabam sendo
transferida para os outros ecossistemas,

E as espécies marinhas são: tartarugas marinhas e mamíferos


marinhos.

Os mangais e os recifes de corais protegem a zona costeira da


erosão, funcionado como filtro das águas.

13.1. Os Recifes de Corais

Os recifes de corais são conjuntos de diminutos animais que


formam colónias em zona de águas muito limpas e pouco
produtivas, formando verdadeiras cidades submersas que se tornam
o centro de atracção de milhares de espécies vivas.

As comunidades de corais mais abundantes e duros são: Acropora,


montipora e porites. Enquanto os mais leves são: Sinularia,
Lobophytum. Foram já identificadas cerca de 800 esp’ecies de
peixes de recife e que a área ocupada pelos recifes varia entre 1290
– 2500 Km2.

Os recifes de corais constituem formações de reconhecida atracções


turística. E é um ecossitema importante no que respeita a
biodiversidade.

Estima – se que cerca de 60% do pescado artesanal no nosso


território têm como base os recifes de corais, bem representado na
região Norte do País.
56

13.2. Os Mangais

Este ecossistema constituem formações com enormes riqueza,


tendo um papel importante na regulação do meio ambiente e o alto
valor económico. São dos ambientes mais específicos e importantes
que existem.

É um ecossistema que tem função de limpeza da água que é


drenada da terrada terra para o mar (até uma determinada
capacidade filtra elementos como toxinas, químicos,
hidrocarbonetos, etc.).

Os mangais são importantes na prevenção da erosão da costa e das


margens dos rios, na redução das cheias e na reprodução das
espécies marinhas, como é o caso do camarão. Também constituem
fontes de medicamentos, material de construção, alimento,
combustível lenhoso, etc.

Em Moçambique, constitui uma das formações vegetais mais


abundantes, abrangindo uma área cerca de 450 mil hectares.
Encontrando – se com maior relevância nas províncias de
Nampula, Zambézia e Sofala. Cerca de 10 espécies de mangal
ocorrem em Moçambique, destecando – se como principais
espécies do mangal, a saber: mangal branco (Alvicennia marina),
mangal vermelho (rhizophora mucronata) e mangal negro
(bruguiera gymnorrhisa).

13.2. Tapetes de Ervas

As ervas marinhas são únicos grupos de plantas florescentes


subaquáticas no ambiente marinho. Elas desenvolvem – se em
habitats costeiros de pouca profundidade. Tal como as ervas
terrestres das quais são originárias, as ervas marinhas possuem
ramos erctos com folhas e raizes.
Geografia de Moçambique I 57

Este ecossitema múltiplas funções, a saber: serve de habitats e


alimentos para muitas espécies marinhos, produzem sedimentos e
integram com recifes de corais e mangais na redução das forças das
ondas e regula o fluxo de água.

13.3. Praias

As praias são bercário de muitas espécies de peixe, crustáceos e


moluscos.

O território moçambicano é rico em praias ao longo dos seus 2700


km de costa. A zona Norte do País (Rovuma a Angoche), é
caracterizada por possuir prais rochosas, estas são formadas por
rochas que constituem locais de abrigo para muitas espécies
marinhos, não obstante na estabilização da costa.

A região Centro do País possui lodosas, tais praias são formadas


por lodo tornando – as mais estáveis que as praias arenosas.

Enquanto na Região Sul as praias são arenosas com dunas muito


altas e cobertas de vegetação bastante frágil.

13.4. As Espécies Marinhas Ameaçadas

13.4.1. Tartarugas Marinhas

Existem 8 espécies de tartarugas marinhas no Mundo. Das 5 que


ocorrem no Oceano Índico, todas nas praias moçambicanas, a
saber: Tartaruga verde (Chelonia mydas), tartaruga de bico
(Eretmochelys Imbricata), tartaruga olivácea (lepidochelys
olivacea), tartaruga coriácea (dermochelys coriacea) e a tartaruga
cabeçuda (caretta caretta). As populações das 3 primeiras espécies
estão concentradas a Norte do Rio Save e as Restantes 2 a Sul do
58

Rio Save.

Por serem espécies migratórias e se encontrarem ameaçadas


mundialmente, a protecção e utilização de tartarugas marinhas é
regulada por leis e acordos internacionais, como é o caso da
Convenção Internacional para o Comércio de Espécies (CITES).

13.4.2. Mamíferos Marinhos

Na costa moçambicana foram já identificadas 18 espécies de


mamíferos (incluindo baleias, golfinhos e dugongo), das quais 6
são comuns nos ecossistemas litorais litorais em Moçambique. Das
três destas são espécies de baleias migratórias que procriam nas
águas litorais: a baleia minke (balaenoptera acutorostrata), baleia
jubarta (balaenoptera novaeanglliae) e a baleia franca do Sul
(eubalema australis) e duas são espécies de golfinhos: o golfinho
focinho de garrafa (tursiops truncatus) e golfinho corcunda (sousa
chinensis), que ocorrem durante todo o ano.

A sexta espécie é o dugongo (dugon dugon), que é também


residente e alimenta – se de ervas marinhas. Uma população de
dugongos, estimada em cerca de 130 das populações ocorre no
Arquipélago do Bazaruto. Esta é provalvemente a última população
viável de dugongos na África Oriental. Estas últimas espécies estão
intimamente associadas aos habitantes marítimos costeiros:
estuários, corais, tapetes de ervas marinhas e mangais. A
degradação destes habitats afecta consequentemente a conservação
dos mamíferos marinhos.
Geografia de Moçambique I 59

Sumário
Os ecossistemas costeiros do território moçambicano são: os recifes
de coral, os mangais, praias e os tapetes de ervas. Estes
ecossistemas são responsáveis pela produção de fitoplâncton,
peixe, moluscos, crustáceos.

Estes ecossistemas são extremamente produtivos e para além do


que produzem, transformam matéria orgânica que acabam sendo
transferida para os outros ecossistemas,

E as espécies marinhas são: Tartarugas Marinhas e Mamíferos


Marinhos (espécies de Baleias, Golfinhos e Dugongo).

Dado acção antropogénica sobre a população das espécies marinhas


têm vindo a diminuir em termos numéricos em várias regiões da
costa moçambicana. Devido a esta redução todas as espécies são
consideradas em perigo de extinção e são protegidas.

Exercícios
1. Mencione os ecossistemas costeiros moçambicanos e não se
esquecendo de abordar resumidamente as respectivas funções
ecológicas.

2. Mencione as espécies marinhas ameaçadas.

a) Refira algumas medidas para proteger as espécies marinhas


ameaçadas.
60

Unidade XIV

As Principais Ilhas da Costa de


Moçambique

Introdução
Nesta unidade pretende – se que os discentes tenham
conhecimentos sobre as principais ilhas próximas da costa
moçambicana na direcção Norte – Sul.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Identificar as principais ilhas na regiões Norte, Centro e Sul do


território moçambicano,

Objectivos  Caracterizar as principais ilhas do território moçambicano,

 Descrever as localizações das principais ilhas por regiões e as


respectivas provínciais do território moçambicano.

14. As Principais Ilhas da Costa de Moçambique

As principais ilhas do território moçambicano na orientação Norte


a Sul destacam – se:

14.1. Na Região Norte

14.1.1. Província de cabo Delgado, as ilhas são: Arquipélago das


Quirimbas formado pelas ilhas seguintes:

-Tecomaji, Rongui, Queramimbi, Vamizi, Metundo, Quifuqui,


Tambuzi, Niuni, Kero, Medjumbi, Nacaloé, Matemo, Quirimba,
Mefungo, Quissira, situando – se no paralelo 12º Norte, e a ilha de
Geografia de Moçambique I 61

Ibo (a maior e situa – se a Sul do Paralelo 12º Sul).

14.1.2. Província de Nampula

- A ilha de Moçambique que compreende: as ilhas de Moçambique,


Goa e Sena.

- Ilhas segundas ou ilhas de Angoche, situam – se entre Angoche e


Moma e compreende a ilha de Angoche, Caldeira, Nijovo, Puga –
puga e Mafamede.

14.2. Na Região Centro

14.2.1. Província de Sofala, temos a ilha de Chiloane.

14.3. Na Região Sul

14.3.1. Província de Inhambane, temos as seguintes ilhas, a saber:

- Arquipélago de Bazaruto, formada pelas seguintes ilhas: Ilhas de


Bazaruto que é a maior, de Santa Carolina e de Magaruque.

14.3.2. Província de Maputo, temos as seguintes ilhas:

- Ilhas de Inhaca á maior, dos Elefantes (na entrada da Baía de


Maputo), e das Xefinas (Grandes, Média e Pequena).

Sumário
As principais ilhas do território moçambicano na orientação Norte
a Sul destacam – se:
62

Província de Cabo Delgado, as ilhas são: Arquipélago das


Quirimbas formado pelas ilhas seguintes: Tecomaji, Rongui,
Queramimbi, Vamizi, Metundo, Quifuqui, Tambuzi, Niuni, Kero,
Medjumbi, Nacaloé, Matemo, Quirimba, Mefungo, Quissira,
situando – se no paralelo 12º Norte, e a ilha de Ibo (a maior e situa
– se a Sul do Paralelo 12º Sul).

Província de Nampula, A ilha de Moçambique que compreende:


as ilhas de Moçambique, Goa e Sena.

- Ilhas segundas ou ilhas de Angoche, situam – se entre Angoche e


Moma e compreende a ilha de Angoche, Caldeira, Nijovo, Puga –
puga e Mafamede.

Província da Zambézia, temos as ilhas de Epidendron, Casuarina,


Coroa, Fogo, Silva e Timbué.

Província de Sofala, temos as ilhas de Chiloane, Nhamatarra,


Como, Buene, Nhachecamba e Macau.

Província de Inhambane, temos as seguintes ilhas, a saber:


Arquipélago de Bazaruto, formada pelas seguintes ilhas: Ilhas de
Bazaruto que é a maior, de Santa Carolina e de Magaruque. E

Província de Maputo, temos as seguintes ilhas: Ilhas de Inhaca á


maior, dos Elefantes (na entrada da Baía de Maputo), e das Xefinas
(Grandes, Média e Pequena).

Exercícios
1. Mencione as principais ilhas de Moçambique.

2. Identifique as provínciais que possuem ilhas.

3. Qual é a Região e a província que possuem maior número


de ilhas no território moçambicano?

Resolva os exercícios e entregue o número 3.


Geografia de Moçambique I 63

Unidade XV

Importância das Ilhas para a


Economia Nacional

Introdução
Nesta unidade pretende – se que os discentes tenham
conhecimentos sobre a importância das ilhas para a economia
nacional, e não obstante as ilhas protegidas do território
moçambicano.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Descrever a importância das ilhas para a economia nacional;

 Identificar as ilhas protegidas no território nacional;


Objectivos
 Descrever as pontencialidades das ilhas para o desenvolvimento
da economia do território moçambicano.

15. As Ilhas e a sua Importância Para a Economia Nacional

As ilhas do terrtório moçambicano são continentais ou costeiras,


estando ligadas aos mesmos através da plataforma continental.

Quanto á importância, devemos assinalar que várias delas


alcançaram posição de destaque que se evidencia ora pela situação
geográfica estratégica, ora pela abundância de recursos naturais
marinhos, utilizá – los racionalmente, procurando obter o máximo
de aproveitamento para o maior número de pessoas, contribuindo
para o desenvolvimento sócio – económico, eis exemplos de
algumas actividades tais como recreativas, pescatórias, turistícas,
64

etc.

15.1. As Ilhas Protegidas de Moçambique

A criação de zonas de protecção constitui uma das formas de


defesa e conservação da fauna bravia. Sob o ponto de vista
científico, a criação e manutenção de áreas de protecção, reveste –
se de um profundo significado que muitas vezes não chega a ser
inteiramente compreendido, pois, muita gente se contenta com
simples amostras de artigos ou objectos que estão reunidos nos
museus, ou mesmo com modernos jardins zoológics espalhados
pelas diversas regiões. (Ombe e Fungulane: 2006, p. 33).

Dentre as ilhas protegidas em Moçambique são:

- Ilhas das Quirimbas;

- Ilhas do Arquipélago do Bazaruto (Inhambane - Vilanculos), a


saber: Santo António, Santa Isabel e Bangué. Parque marinho
destinado á protecção de tartarugas e Dudungo.

- Ilhas das Cobras, do Farol, Cabaceira Pequena e Matibane


(Nampula), para proteger tartarugas marinhas e ecossitemas de
corais.
Geografia de Moçambique I 65

Sumário
As ilhas do terrtório moçambicano são continentais ou costeiras,
estando ligadas aos mesmos através da plataforma continental.

Quanto á importância, devemos assinalar que várias delas


alcançaram posição de destaque que se evidencia ora pela situação
geográfica estratégica, ora pela abundância de recursos naturais
marinhos contribuindo para o desenvolvimento sócio – económico.

Dentre as ilhas protegidas em Moçambique são:

- Ilhas das Quirimbas;

- Ilhas do Arquipélago do Bazaruto (Inhambane - Vilanculos), a


saber: Santo António, Santa Isabel e Bangué. Parque marinho
destinado á protecção de tartarugas e Dudungo.

- Ilhas das Cobras, do Farol, Cabaceira Pequena e Matibane


(Nampula), para proteger tartarugas marinhas e ecossitemas de
corais.

Exercícios
1. Fale das ilhas protegidas e respectivas espécies no território
moçambicano.

2. Refira importância sócio – económica das Ilhas.

Resolva os exercícios e entregue o número 01.


66

Unidade XVI

A Poluição das águas Oceânicas no


Litoral Moçambicano

Introdução
Nesta unidade pretende – se que os discentes tenham
conhecimentos sobre as causas da poluição das águas do Oceano
Índico no litoral moçambicano.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Identificar as causas da poluição das águas do litoral


moçambicano;

Objectivos
 Caracterizar as causas da poluição das águas do litoral
moçambicano;

 Descrever os impactos da poluição das águas do litoral


moçambicano;

16. A Poluição das Águas do Litoral Moçambicano

A poluição das águas se processa num ritmo muito mais assustador


que a poluição da atmosfera. O número de compostos nocivos
lançados nas águas é muito maior que o número de poluentes
encontrados no ar.

Conhecidas estas possibilidades de comparar o comprometimento


das águas por poluentes de diversas origens, permanece, como
questão a esclarecer, a necessidade de saber quais as fontes
principais de poluição.
Geografia de Moçambique I 67

No Oceano Índico, onde esta localizado o litoral moçambicano,


portanto a fronteira este é feita através do oceano Índico. E é
impotante saber que através dele, se fazem as ligações marítmas
entre o Norte, Centro e Sul, com o exterior, realiza – se actividade
pescatória artesanal, semi – industrial , gerando divisas, com
exportação do pescado e também alimenta as comunidades locais.
Permite a extração de sal, desenvolvimento das actividades
turísticas, etc.

Nos últimos tempos ela tem sido objecto de uma utilização


incorrecta, através da poluição. As actividades industriais são
grandes responsáveis pela poluição aquática, quando lançam
poluentes para os mares e outras formas líquidas.

E outras formas formas de poluição das águas do litoral


moçambicano manifesta – se através de produtos expelidos pelos
esgotos (águas residuais), derrames de petróleo, de produtos
radioactivos, lavagem de petroleiros no alto mar, que fazem
perigrar o ecossistema aquático.

Sumário
A poluição das águas se processa num ritmo muito mais assustador
que a poluição da atmosfera. O número de compostos nocivos
lançados nas águas é muito maior que o número de poluentes
encontrados no ar.

Nos últimos tempos ela tem sido objecto de uma utilização


incorrecta, através da poluição. As actividades industriais são
grandes responsáveis pela poluição aquática, quando lançam
poluentes para os mares e outras formas líquidas.
68

E outras formas de poluição das águas do litoral moçambicano


manifesta – se através de produtos expelidos pelos esgotos (águas
residuais), derrames de petróleo, de produtos radioactivos, lavagem
de petroleiros no alto mar, que fazem perigrar o ecossistema
aquático.

Exercícios
1. Identifique e explique as causas de poluição das águas do
litoral moçambicano.

2. Refira os impactos derivados da poluição das águas do


litoral moçambicano.

3. Fale de algumas medidas para mitigar os impactos nas


águas do litoral moçambicano.

Resolva os exercícios e entregue – os.


Geografia de Moçambique I 69

Unidade XVII

Hidrografia de Moçambique

Introdução
Com esta unidade pretende – se que os discentes tenham
conhecimentos sobre as particularidades hidrográficas de
Moçambique, as bacias e as suas características, a influência dos
diversos factores.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Identificar As Bacias Hidrográficas De Moçambique;

 Caracterizar As Bacias Hidrográficas;


Objectivos
 Descrever Os Factores Que Influem Nas Bacias Hidrográficas.

17. Hidrografia de Moçambique

A Maior parte dos Rios Moçambicanos nascem nos Países vizinhos


do Oeste em Regiões de Montanhas e Planaltos, e por causa desta
disposição das formas do relevo entra no País e corre no sentido
geral Oeste – Este, desaguando no Oceano Índico.

Devido a forma e Carácter Do Relevo Os Rios Atravessam Vários


Rapidos E Formas Quedas Ao Longo Do Seu Percurso O Que
Tornam Poucos Navegáveis.

Na Região Norte E Centro Ocidental Em Regiões De Rochas Do


Pré – Cambrico, Isto É, Rochas Consolidadas, Os Rios
Desenvolvem Uma Erosão Vertical Escavando Profundos Vales
Em Forma De “V”, Associado A Velocidade Das Águas, Possuem
70

Elevado Potencial Hidroélectrico.

Na Região Centro Oriental E Em Regiões De Rochas Mais


Recentes, Com Material Pouco Consolidadas Os Rios Correm Em
Regiões De Planícieis Onde Formam Leito E Vales Mais Largos E
Ao Longo Do Seu Trajecto Apresentam Meandros. O Potencial
Hidroeléctrico Dos Rios Muito Baixo, Mas Existem Condições
Para Retenção Da Água Para Agricultura.

Por Outro Lado As Condições Climáticas De Moçambique


Determinam Os Caudais Deste Rios Ao Longo Do Ano.

Em Suma, Os Principais Rios Possuem Regimes Períodicos Em


Contrapartida Numerosos Pequenos Rios Possuem Regimes
Sazonal.

Deslocando De Norte – Sul Encontramos Cinco (05) Bacias


Hidrográficas, A Saber:

17.1. Bacia Do Rovuma

O Rio Rovuma Nasce No Planalto De Ungone, Na Tânzania,


Tocando No Território Moçambicano A 600 Km De Altitude,
Passando Acostituir A Fronteira Setentrional Numa Extensão De
630km. A Bacia Hidrográfica Em Território Nacional É De
101.160 Km2, Sendo Na Maior Parte Do Seu Percurso Um Rio
Estreito, Alargando – Se Somente Ao Atingir A Planície Litoral,
Onde O Rio Desagua Em Forma De Estuário.

A Príncipio O Relevo É Declivoso, Com Rápidos, Enquanto Corta


O Karroo Eo Complexo Granítico – Gnêissico Depois, Para Jusante
De Negomano, É De Águas Mansas, Formando Ilhotas. Pela
Margem Direita (Moçambicana), Recebe Como Principal Afluente
O Rio Lugenda, Ou Rieta, Provveniente Da Lagoa Mtorandenge E
Que Atravessa Os Lagos Chirua E Chiuta, Indo Embocar Junto De
Geografia de Moçambique I 71

Negomano.

Salientam – Se, Ainda Os Subsidiários Messinge, Lucheringo,


Chiulegi E Ninga Que Tem Origem Nas Terras Altas Do Niassa E
Que Possuem Elevado Potencial Hidroeléctrico.

17.2. Bacia Do Lúrio

Bacia Localizada No Território Nacional. O Rio Lúrio nasce no


Monte Malema na Província de Nampula e desagua na Baia de
Malema no Oceano Índico, tem cerca de 605 km de extensão e é
considerado o maior rio que nasce e desagua no território nacional.

A sua bacia hidrográfica é cerca de 60800 km2 e abrangem


Provínciais de Nampula, Niassa e Cabo Delgado. Seus afluentes
destacam – se: os rios Nualo, Malema, Lalaua e Muite, na margem
direita e na margem esquerda destacam – se rios muenda,
Rurumana, Niorenge e Moatize.

17.3. Bacia do Zambeze

O rio Zambeze tem a sua nascente na República da Zâmbia, no


Planalto de Katanga, desagua no Oceano índico por um Delta com
cerca de 8000 km2. O seu percurso total é de 2700km, e em
moçambique percorre apenas 850km, tem uma área total da bacia
hidrográfica cerca de 1.200.000 km2 e no território nacional
agragem apenas 200.000km2, isto é, cerca de 16.6% da área total.

A bacia do Zambeze em Moçambique abragem todas as Províncias


de Tete, os territórios Ocidentais de Niassa, Ocidentais e Sul da
Zambézia e Norte de Manica e Sofala.

Seus afluentes destacam – se: Rios Aruângua, Mucanha, Luia,


72

Revibué, chire, Luenha, Nhamacombe e Zangué, etc.

O rio Zambeze e seus afluentes são de regime períodicos.

17.4. Bacia do Save

O rio Save nasce no Zimbabwe e no território moçambicano


percorre 330km. A Bacia abragem as Províncias de Manica, Sofala,
Gaza e Inhambane e tem cerca de 22575 km2.

É um rio de Planície em território moçambicano com uma bacia de


14 646 km2. A partir da vila Franca do save, com a moderação do
declive, o vale é largo e o rio forma meandros sobres os seus
próprios aluviões. Junto ‘a foz o rio apresenta bancos de areias que
dificultam a navegação mesmo de pequenas embarcações.

17.5. Bacia do Limpopo

O rio Limpopo nasce na África do Sul e entra no território


moçambicano pela localodade de Pafúri. Sua extensão em
Moçambique é de 600 km e uma bacia hidrográfica de 30.000km2.
os afluentes é: os rios Changane, Nuanetze, Chichacuare e Elefante.

17.6. Outras Bacias

17.6.1. Entre as bacias do Rovuma – Lúrio : bacias do Messalo,


Montepuez e Megaruma

- Rio Messalo, nasce no Planalto Moçambicano, na província de


Niassa e desagua a Norte no Distrito de Macombe. Tem cerca de
530 km de extensão. A sua bacia hidrográfica é cerca de 24.000
km2.
Geografia de Moçambique I 73

- Rio Montepuez, nasce a Sudoeste de Balama a cerca de 700 m de


altitude, desagua por um amplo estuário a Sul de Quissanga. Sua
bacia situa – se totalmente na Província de Cabo Delgado com
cerca de 15.000 km2.

17.6.2. Entre as bacias do Lúrio – Zambeze: as bacias do


Mecuburi, Mongicual, Meluli, Ligonha, Molócue, Malela,
Rarara e Licungo.

- O rio Ligonha, com 400 km de extensão, nasce no monte Inago a


mais de 1700 m de altitude. Faz fronteira com as Províncias de
Nampula e Zambézia. Mais para o Sul e sensivelmente alimentados
paralelamente ao rio Ligonha e com nascentes localizadas nas
proximidades das montanhas de Namúli, a saber: os rios Molócue e
Melela.

- O rio Licungo nasce a cerca de 1650 m de altitude e a sua bacia


cerca de 27. 726 km2.

17.6.3. Entre as bacias do Zambeze – Save: as bacias do


Púngué, Búzi e Gorongosa.

- O rio Púngue, nasce no Zimbabwe e no território moçambicano


percorre cerca de 322 km de extensão, a sua bacia é cerca de
28.000km2 e abragem as províncias de manica e Sofala.

- O rio Búzi, nasce também no território zimbabweano e no


território moçambicano percorre cerca de 320 km, a sua bacia é de
25.600km2 e seu principal afluente é o rio Révué na Província de
manica, com um potencial de amarzenar 2.000.000 m3 e com uma
potência instalada no pé da barragem de 40 MW.
74

17.6.4. Entre as bacias do Save – Limpopo: as bacias de Govuro


e Inharrime.

- O rio Govuro nasce a Sul de Mapinhane e percorre no sentido Sul


– Norte, devido a depressão natural da morfologia, e desagua por
um estuário a Norte de Inhassouro. Com um cumprimento cerc de
200km.

Nas proximidades da baía de Inhambane exstem numerosos cursos


de água com carácter temporário, a saber: rioa nhanombe,
Mutamba e Inharrime.

- O rio Nhanombe nasce no distrito de Homoine, com uma


extensão de 60 km e desagua na baía de Homoine.

- O rio Inharrime não possue caudal e capacidade suficiente para


atravessar a barreira dunar do Litoral e desagua no lago do
Inharrime.

17.6.5. Entre as bacias do Limpopo – Ponta do Ouro: as bacias


do Incomati, Matola, Umbeluzi, tembe e Maputo.

- O rio Incomáti nasce na África do Sul e em Moçambique percorre


285 km com uma bacia com cerca de 14.929 km2. A sua utilização
é intensa no seu percurso inferior, havendo cerca de 30.000ha de
terras aluvionares submetidas.

- O rio Umbeluzi nasce na Suazilândia, atravessa a cadeia dos


Libombos, a Sul de Namaacha. Com uma bacia cerca de 2.356
km2.

- O rio Maputo

Nasce na África e sua extensão no território moçambicano é cerca


Geografia de Moçambique I 75

de 150 km, com uma bacia cerca de 1.570 km2 e desagua na baía
de Maputo.

Sumário
A Maior parte dos Rios Moçambicanos nascem nos Países vizinhos
do Oeste em Regiões de Montanhas e Planaltos, e por causa desta
disposição das formas do relevo entra no País e corre no sentido
geral Oeste – Este, desaguando no Oceano Índico.

Devido a forma e Carácter Do Relevo Os Rios Atravessam Vários


Rapidos E Formas Quedas Ao Longo Do Seu Percurso O Que
Tornam Poucos Navegáveis.

Na Região Norte E Centro Ocidental Em Regiões De Rochas Do


Pré – Cambrico, Isto É, Rochas Consolidadas, Os Rios
Desenvolvem Uma Erosão Vertical Escavando Profundos Vales
Em Forma De “V”, Associado A Velocidade Das Águas, Possuem
Elevado Potencial Hidroélectrico.

Na Região Centro Oriental E Em Regiões De Rochas Mais


Recentes, Com Material Pouco Consolidadas Os Rios Correm Em
Regiões De Planícieis Onde Formam Leito E Vales Mais Largos E
Ao Longo Do Seu Trajecto Apresentam Meandros.

Em Suma, Os Principais Rios Possuem Regimes Períodicos Em


Contrapartida Numerosos Pequenos Rios Possuem Regimes
Sazonal .

As Cinco (05) Bacias Hidrográficas, são:

Bacia do Rovuma, com uma Bacia Hidrográfica Em Território


Nacional cerca 101.160 Km2,
76

Bacia do Lúrio, a sua bacia hidrográfica é cerca de 60800 km2 e


abrangem Provínciais de Nampula, Niassa e Cabo Delgado. Seus
afluentes destacam – se: os rios Nualo, Malema, Lalaua e Muite, na
margem direita e na margem esquerda destacam – se rios Muenda,
Rurumana, Niorenge e Moatize.

Bacia do Zambeze, sua bacia hidrográfica cerca de 1.200.000 km2


e no território nacional agragem apenas 200.000km2, isto é, cerca
de 16.6% da área total.

Seus afluentes destacam – se: Rios Aruângua, Mucanha, Luia,


Revibué, chire, Luenha, Nhamacombe e Zangué, etc.

O rio Zambeze e seus afluentes são de regime períodicos.

Bacia do Save, sua bacia abragem as Províncias de Manica, Sofala,


Gaza e Inhambane e tem cerca de 22575 km2.

É um rio de Planície em território moçambicano com uma bacia de


14 646 km2.

Bacia do Limpopo, Sua extensão em Moçambique é de 600 km e


uma bacia hidrográfica de 30.000km2. os afluentes são: os rios
Changane, Nuanetze, Chichacuare e Elefante.

Outras Bacias

- Entre as bacias do Rovuma – Lúrio : bacias do Messalo,


Montepuez e Megaruma.

- Entre as bacias do Lúrio – Zambeze: as bacias do Mecuburi,


Mongicual, Meluli, Ligonha, Molócue, Malela, Rarara e Licungo.

- Entre as bacias do Zambeze – Save: as bacias do Púngué, Búzi e


Gorongosa.

- Entre as bacias do Save – Limpopo: as bacias de Govuro e


Inharrime.
Geografia de Moçambique I 77

- Entre as bacias do Limpopo – Ponta do Ouro: as bacias do


Incomati, Matola, Umbeluzi, tembe e Maputo.

Exercícios
1. Mencione as principais bacias hidrigráficas de
Moçambique.

2. Refira o potencial hidroeléctrico dos rios moçambicanos.

3. Fale da importância sócio – económica das bacias


hidrográficas.

4. Elabore um Mapa de Moçambique e esboce as principais


cinco (05) bacias hidrográficas.

Resolva os exercícios e entrega – os.


78

Unidade XVIII

As Formações Lacustres em
Moçambique

Introdução
Nesta unidade pretende – s que os discentes tenham conhecimentos
sobre as principais formações lacustres no território moçambicano,
suas características, origem, sua distribuição e sua importância.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Identificar os principais lagos moçambicanos;

 Caracterizar os principais lagos moçambicanos


Objectivos
 Explicar a importância sócio – económica dos lagos no
desenvolvimento do País.

18. Formações Lacustres em Moçambique

Em Moçambique existem cerca de mil trezentos (1300) Lagos e


Lagoas, mas cerca de vinte (20) têm áreas iguais a 10 km2.

Os maiores Lagos de Moçambique situam – se na região Ocidental


da Província de Niassa e Zambézia na região agrangida pelo Rift
Valley de África Oriental, a saber: Lagos Niassa, Chiúta, Chirua, e
Amaramba.

Os Lagos de origem tectónica, ocupam depressões tectónica como


resultado de um longo procedimento de refreamento e fracturação
da crusta terrstre e afundamento da parte central.
Geografia de Moçambique I 79

18.1. A distribuição de Lagos em Moçambique

No território moçambicano existem os seguintes lagos, a saber:

- Província de Niassa, temos lagos Niassa, Amaramba, Chiúta e


Chirua.

E na extrema planície de Moçambique a Sul do rio Save mais


concretamente na faixa costeira predominam vários lagos, logoas e
pantános que a origem e variação deve – se ao processos de
deposição de sedimentos continentais e marinhos e erosão costeira
são praticamente de profundidade pequena e dos quais alguns são
de água doce e outros de água salubres.

- Província de Inhambane, temos os seguintes lagos: Manhali,


Zevane, Muangane, Nhamanene, Nhalehengue, Dongane, Poelela,
Maiene, Massava, Chiguire, Nhavarre, Nhadimbe, Nhangulaze,
Nhanvué e Nhangela.

- Província de Gaza, temos os seguintes lagos de Inhamparala,


Marrangua, Uembje, Muandje.

- Província de Maputo, temos os seguintes Lagos de Pati, Maundo,


Chingute, Piti e Satine.

18.2. Importância dos Lagos Moçambicanos

Da mesma forma que os rios moçambicanos, os lagos


moçambicanos desenpenham, muitas vezes, papel importantes nas
actividades quotidianas dos moçambicanos (e económicas). A sua
utilidade pode variar desde o transporte de produtos diversos e a
prática de actividades desportivas e turísticas, etc.
80

Sumário
Em Moçambique existem cerca de mil trezentos (1300) Lagos e
Lagoas, mas cerca de vinte (20) têm áreas iguais a 10 km2.

Os maiores Lagos de Moçambique situam – se na região Ocidental


da Província de Niassa e Zambézia na região agrangida pelo Rift
Valley de África Oriental, a saber: Lagos Niassa, Chiúta, Chirua, e
Amaramba.

Na região Sul do Rio Save na faixa costeira predominam vários


lagos, logoas e pantános que a origem e variação deve – se ao
processos de deposição de sedimentos continentais e marinhos e
erosão costeira são praticamente de profundidade pequena e dos
quais alguns são de água doce e outros de água salubres.

os lagos moçambicanos desenpenham, muitas vezes, papel


importantes nas actividades económicas quotidianas dos
moçambicanos.

Exercícios
1. Refira a origem do lago Niassa.

2. Além dos lagos naturais no território moçambicano existem


lagos antropogénicos. Identifique – os com as respectivas
Províncias.

3. Fale da impactos sócio – econónicas dos lagos para


comunidades moçambicanas,

Resolva os exercícios e entrega apenas número 03.


Geografia de Moçambique I 81

Unidade XIX

O Canal de Moçambique e a
Plataforma Continental

Introdução
Nesta unidade pretende – se que os discentes tenham
conhecimentos sobre o canal de moçambique e a plataforma
continental e suas características no geral no território
moçambicano.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Descrever o Canal de Moçambique e a Plataforma Continental.

Objectivos  Caracterizar o Canal de Moçambique e a Plataforma


Continental.

 Identificar os limítes da Plataforma Continental.

19.1. O Canal de Moçambique

O Canal de Moçambique é a porção do Oceano Índico localizado


entre Madagáscar e a costa da África Oriental, aproximadamente
entre as latitudes 10º - 25º Sul. A sua maior largura é cerca de 400
milhas marítimas.

É uma depressão cuja origem está relacionada com as acções


téctonicas de dobramento acompanhadas por fracturas sem
deslocamentos, mas provocaram afundamento do espaço
compreendido entre Moçambique e a Ilha de Madagáscar.

O Canal de Moçambique apresenta uma profundidade igual ou


82

superior á 1000 m em várias partes da sua extensão podendo


alcançar localmente cerca de mais 2000 m de profundidade.

A velocidade média das águas no Canal de Moçambique, próximo


da costa de Moçambique é de 1 – 1.5 nós de Outubro – Fevereiro ,
tendo uma máxima de 5 nós, (1 nós = 0.51 m/s).

Nos restantes períodos do ano a velocidade m’edia não ultrapassa 1


nós tornando – se mínima no período de Maio – Julho.

As águas do Oceano Índico apresentam uma salinidade de 36‰ e,


apresenta temperaturas médias anuais de 26º c. e de maneira geral o
Oceano apresenta cor azulada excepto nas profundidade das costas
de lama e sobretudo nas desembocadura dos rios onde apresenta a
cor verde – acastanhadas com tons mais ou menos escuros.

19.2. A Plataforma Continental

A plataforma continental tem extensão variável, a saber:

- É bastante estreita ao longo da faixa entre o estuário do Rovuma


ao rio Ligonha aproximadamente. Aqui e em particular da Ilha do
Ibo – Iiha de Moçambique as suas menores larguras e apresenta –
se bastante abruptas acontecendo que da escassa plataforma
precipita – se quase imediatamente para profundidade igual ou
maior a 1000 m.

- Para Sul do rio Ligonha alarga – se gradualmente atingindo a sua


maior largura na baía de Sofala com cerca 1400 km da costa contra
pouco mais ou menos 3 km da largura de alguns pontos da faixa.

- Tornar – se estreita do cabo de sebastião ao Cabo das Correntes


para Sul deste ponto alarga – se ligeiramente na costa Sul de
Inhambane e na baía de Maputo, voltando a estreitar – se até ao
extremo Sul do território moçambicano.
Geografia de Moçambique I 83

As particularidades da temperatura e salinidade das águas do Canal


de Moçambique, fazem das Ilhas e de alguns pontos da costa
tenham ambientes propício para o desenvolvimento de colónias de
corais.

Sumário
O Canal de Moçambique é a porção do Oceano Índico localizado
entre Madagáscar e a costa da África Oriental, aproximadamente
entre as latitudes 10º - 25º Sul. A sua maior largura é cerca de 400
milhas marítimas.

Em suma, o Canal de moçambique assenta sobre uma depressão


tectónica.

A plataforma continental tem extensão variável, é bastante estreita


ao longo da faixa entre o estuário do Rovuma ao rio Ligonha
aproximadamente. Da Ilha do Ibo – Iiha de Moçambique as suas
menores larguras e apresenta – se bastante abruptas com
profundidade igual ou maior a 1000 m.

Para Sul do rio Ligonha alarga – se gradualmente atingindo a sua


maior largura na baía de Sofala com cerca 1400 km da costa contra
pouco mais ou menos 3 km da largura.

Tornar – se estreita do cabo de sebastião ao Cabo das Correntes


para Sul deste ponto alarga – se ligeiramente na costa Sul de
Inhambane e na baía de Maputo.

As particularidades da temperatura e salinidades das águas do


Canal de Moçambique, fazem das Ilhas e de alguns pontos da costa
o desenvolvimento de colónias de corais.
84

Exercícios
1. Carcterize o Canal de Moçambique e Plataforma
Continental.

2. Explique os factores que estão na origem dos recifes de


corais em alguns pontos da costa e ilhas.

Resolva os exercícios e entregue apenas o número 02.


Geografia de Moçambique I 85

Unidade XX

Águas Subterrâneas

Introdução
Nesta unidade pretende – se que os discentes tenham
conhecimentos sobre águas subterrânea, termais e minerais, seu
potencial em cada aquífero, sua classificação e distribuição pelo
território moçambicano.

Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:

 Identificar as unidades aquíferas de Moçambique,

 Caracterizar as unidades aquíferas de Moçambique,


Objectivos
 Descrever as unidades aquíferas de Moçambique.

20.1. Águas Subterrâneas (águas termais e minerais)

As águas termais são águas subterrâneas cujas temperaturas são


iguais ou maiores á 37ºc enquanto águas minerais são as que
contêm sais minerais nela dissolvidos na ordem de 1g/l ou mais.

20.2. As Áreas de Ocorrência das Águas Subterrâneas

No território moçambicano, as águas termais ocorrem em particular


em Metangula (Niassa) e Lugenda (Nampula), Namacura e Pebane
(Zambézia) e Zumbo (Tete).

As águas minerais estão localizadas nas regiões vulcânicas nos


montes Libombos e nos granitos arcaico de Manica.
86

Em função do potencial do aproveitamento de águas subterrâneas


todas as unidades aquífera no território moçambicano são
classificados em cinco (5) grupos:

20.2.1. Unidade de Potencial Alto,

20.2.2. Unidade Potencial Moderadamente Alto,

20.2.3. Unidade Potencial moderado,

20.2.4.Unidade Potencial Baixo, e

20.2.5.Unidade Potencial muito Baixo.

As unidades de potencial alto aproveitamento de águas


subterrâneas assentam sobre aluviões sobre carga pouco profundo
1.5 – 3m. A profundidade máxima do lençol freático atingem 20 m,
os caudais esperados oscilam 10 – 15m3/h e até 50m3/h.

Os aquiferos de potencial moderadamente alto assenta sobre


aluviões com profundidade média cerca de 10m, pode fornecer um
caudal de 5 – 10 m3/h. Estas unidades fornecem água doce
enquanto nas rochas sedimentares salinizadas não são
recomendáveis para necessidades da população.

As unidades de potencial moderado, compreende aquíferos assente


sobre basalto do karroo e nos granitos das rochas consistente. São
moderadamente altos fornecendo um caudal de 2.5 – 10m3/h e
água de boa qualidade.

As unidades de potencial baixo, compreende aquíferos


moderadamente profundos e assentes em rochas sedimentares da
formação de sena com caudal médios 2.5 – 5 m3/h, as águas são
normalmente salinas.

As unidades de potencial muito baixo, compreende aquífero


assente sobre basalto do karroo, traquito e riolitos da série Lupata e
sobre o granitos de base pre – câmbrica fornece caudal de 1 –
Geografia de Moçambique I 87

5m3/h, todas águas destas unidades classificam – se como potável,


porém para fins de irrigação não satisfazem as minímas
necessidades de culturas das grandes propriedades.

Nos terrenos onde salinidade é elevada em bora os furos de


sodagem sejam poucos profundos o aproveitamento das suas águas
não é recomendado.

Sumário
As águas termais são águas subterrâneas cujas temperatura são
iguais ou maiores á 37º c enquanto águas minerais são as que
contêm sais minerais nela dissolvidos na ordem de 1g/l ou mais.

No território moçambicano, as águas termais ocorrem em particular


em Metangula (Niassa) e Lugenda (Nampula), Namacura e Pebane
(Zambézia) e Zumbo (Tete).

As águas minerais estão localizadas nas regiões vulcânicas nos


montes Libombos e nos granitos arcaico de Manica.

Em função do potencial do aproveitamento de águas subterrâneas


todas as unidades aquífera no território moçambicano são
classificados em cinco (5) grupos:

- Unidade de Potencial Alto, A profundidade máxima do lençol


freático atingem 20 m os caudais esperados oscilam 10 – 15m3/h e
até 50m3/h.

- Unidade Potencial Moderadamente Alto, com profundidade


média cerca de 10m, pode fornecer um caudal de 5 – 10 m3/h.

- Unidade Potencial moderado, São moderadamente altos


fornecendo um caudal de 2.5 – 10m3/h e água de boa qualidade.
88

- Unidade Potencial Baixo, assentes em rochas sedimentares da


formação de sena com caudal médios 2.5 – 5 m3/h, as águas são
normalmente salinas, e

- Unidade Potencial muito Baixo, fornece caudal de 1 – 5m3/h,


todas águas destas unidades classificam – se como potável

Exercícios
1. Em função do Potencial das unidades aquíferas em
moçambique distinguem – se cinco grupos. Mencione e
caracterize – os.

Resolva e entregue
Geografia de Moçambique I 89

Unidade XXI

A Biogeografia

Introdução
Nesta unidade pretende – se que os discentes tenham
conhecimentos sobre a regionalização fitográfica e zoogeográficas
de Moçambique, suas características e sua distribuição.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

 Identificar regiões fitográficas e zoogeográficas de


Moçambique.
Objectivos
 Caracterizar as regiões fitográficas e zoogeográficas.

 Descrever as regiões fitográficas e zoogeográficas.

20. Biogeografia – Regionalização Fitográficas de Moçambique

Duma maneira em geral em Moçambique existem três (3) regiões


fitogeográficas que fazem parte das regiões fitogeográficas do
Continente africano:

20.1. Mosaico Regional de Zanzibar - Inhambane

No território moçambicano, o mosaico regional – inhambane cobre


maioritariamente territórios de Norte de Moçambique, do Rovuma
até Angoche. Cuja largura varia de 80 – 160 km do litoral para
interior; prolonga mais para o interior seguindo vale dos principais
rios Rovuma e seu afluente Lugenda e o rio Lúrio.
90

Na parte centro e Sul de Moçambique abragem igualmente vastas


áreas costeiras desde Pebane (Zambézia) até Xai – Xai (Gaza). É
composto por cerca de 3000 espécies vegetais sem ocorrência de
famílias endemícas; é caracterizado por florestas abertas e fechadas
com ocorrência de acácias.

20.2. Região de Endimismo Zambeziano

Esta região abragem vastas regiões do interior das Províncias do


Norte e Zambézia (Sul). Esta é região fitogeográficas que cobre
maiores extensões no território moçambicano. Neste centro existem
cerca de 8500 espécies de flores das quais cerca de 54% são
espécies endémicas.

As formações vegetais destas regiões compreende várias níveis de


florestas abertas e fechadas, savana arbárea e arbustivas.

20.3. Mosaico Regional Tongoland – Pondoland

Este centro regional abragem ao longo das costas do rio limpopo á


ponta do ouro e prolonga – se pelo território Sul – Africano á longo
desta faixa em faixa em Moçambique a sua lagura varia de 35 – 90
km. A vegetação natural é pobre constituida essencialmente por
florestas abertas com ocorrência de gramineas com 1 – 1.5m de
altura, além de matas de acácias.

20.4. Formação Psamofíticas Costeiras

São composta por vegetação arbustivas ou arbórea baixa, densa, de


porte sensivelmente uniforme devido a influência do vento. Entre
as árvores e arbustos comuns, contam – se a casuarinas e mais
Geografia de Moçambique I 91

raramente a amendoira da Índia.

Situam – se ao longo da faixa costeira, desde o extremo Sul até um


pouco a Sul do delta do zambeze, sobre a linha de dunas do
Quaternário que, na parte meriodional chegam a exceder os 100m
de altura.

O território moçambicano é rico em recursos florestais, constitundo


– se como um dos principais exportadores de madeira preciosa para
o mercado internacional.

Dentre as principais espécies florestais com valor comercial


existentes no País, merecem particular realce as seguintes: o
jambire, o pau – preto, o pau – rosa, o pau – ferro, a umbila, o
sândalo dentre outras.

A distribuição geográfica destas espécies pelo País, é caracterizada


pela sua maior ou menor concentração sobretudo nas Províncias de
Sofala, Manica, Zambézia, Nampula, Cabo Delgado e Niassa. Por
se tratar de espécies florestais de grande porte (com mais de 15 m
de altura), elas ocorrem sobretudo nas formações florestais do tipo
semi – verde com elevados níveis de humidade.

21. Fauna

Do ponto de vista zoogeográfico, o território moçambicano


pertence a região Etiópica, abragendo áreas das sub – regiões
Austral e Oriental. Encontra – se aqui uma rica e diversificada
fauna, conhecendo – se muitos milhares de espécies de diferentes
grupos zoológicos.

As espécies que se apresentam, constituem uma pequena parte de


um todo impossível de mencionar e tratar aqui, tendo – se
adoptado, para o efeito, um critério selectivo de apresentação,
92

atendendo ou a importância económica, ou abundância ou ao


interesse científico em alguns casos. Temos mamíferos, recursos
marinhos, aves (cerca de 800 espécies).

Sumário
Duma maneira em geral em Moçambique existem três (3) regiões
fitogeográficas que fazem parte das regiões fitogeográficas do
Continente africano, a saber:

Mosaico Regional de Zanzibar - Inhambane

No território moçambicano, o mosaico regional – inhambane cobre


maioritariamente territórios de Norte de Moçambique, do Rovuma
até Angoche. Cuja largura varia de 80 – 160 km do litoral para
interior; prolonga mais para o interior seguindo vale dos principais
rios Rovuma e seu afluente Lugenda e o rio Lúrio.

É composto por cerca de 3000 espécies vegetais sem ocorrência de


famílias endemícas; é caracterizado por florestas abertas e fechadas
com ocorrência de acácias.

Região de Endimismo Zambeziano

Esta região abragem vastas regiões do interior das Províncias do


Norte e Zambézia (Sul). Esta é região fitogeográficas que cobre
maiores extensões no território moçambicano. Neste centro existem
cerca de 8500 espécies de flores das quais cerca de 54% são
espécies endémicas.

As formações vegetais destas regiões compreendem vários níveis


de florestas abertas e fechadas, savana arbárea e arbustivas.

Mosaico Regional Tongoland – Pondoland


Geografia de Moçambique I 93

Este centro regional abragem ao longo das costas do rio limpopo á


ponta do ouro e prolonga – se pelo território Sul – Africano á longo
desta faixa em faixa em Moçambique a sua lagura varia de 35 – 90
km. A vegetação natural é pobre constituida essencialmente por
florestas abertas com ocorrência de gramineas com 1 – 1.5m de
altura, além de matas de acácias.

Formação Psamofíticas Costeiras

São composta por vegetação arbustiva ou arbórea baixa, densa, de


porte sensivelmente uniforme devido a influência do vento. Entre
as árvores e arbustos comuns, contam – se a casuarinas e mais
raramente a amendoira da Índia.

Dentre as principais espécies florestais com valor comercial: o


jambire, o pau – preto, o pau – rosa, o pau – ferro, a umbila, o
sândalo, etc.

A distribuição geográfica destas espécies pelo País, é caracterizada


pela sua maior ou menor concentração sobretudo nas Províncias de
Sofala, Manica, Zambézia, Nampula, Cabo Delgado e Niassa.

Fauna

O território moçambicano pertence a região Etiópica, abragendo


áreas das sub – regiões Austral e Oriental. Encontra – se aqui uma
rica e diversificada fauna, conhecendo – se muitos milhares de
espécies de diferentes grupos zoológicos.

Exercícios
1. Mencione as regiões fitogeográficas de Moçambique e
caracterize – as.

2. Fale das técnicas adequada á conservação, protecção,


reprodução e recuperação da vegetação em Moçambique.
94

Bibliografia

1.OMBE, Zacarias. A. FUNGULANE, Alberto, Alguns Aspectos


da Historia da Conservação da Natureza em Moçambique, S/e,
Editora Escolar, Moçambique, 1996;

2.TORCATO, Maria de Lurdes, Moçambique Contra Queimadas,


Editora Setembro/Dezembro 2001;

3.MUCHANGOS, Aniceto dos, Paisagens Naturais, 1999

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