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Introdução .................................................................................................................................. 4
7. Firma ...................................................................................................................................... 9
Conclusão................................................................................................................................. 13
Bibliografia .............................................................................................................................. 14
Legislação ................................................................................................................................ 14
Manual ..................................................................................................................................... 14
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Introdução
No presente trabalho, iremos debruçar sobre a Sociedade em nome colectivo. De forma breve
enunciaremos os tipos societários existentes no ordenamento jurídico para que se possa
entender de forma sucinta a destrinça entre todas elas.
A seguir falaremos na Sociedade em nome colectivo no seu todo, onde falaremos da sua
origem do seu conceito, das suas características, o modo constitutivo, funcionamento e
extinção. Seguindo-se desta forma para a comparação desta sociedade para com as outras a
fim de apreciar suas diferenças, vantagens e desvantagens bem como uma análise individual
das normas que regem este tipo societário sem prejuízo da conclusão do grupo.
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As sociedades comerciais são a estrutura típica das empresas nas economias de mercado,
embora a empresa possa revestir outras formas jurídicas. Nos termos dos art.ºs 82 e 83 do
C.Com, as sociedades comerciais têm necessariamente por objecto a prática de actos de
comércio e as sociedades que tenham por objecto a prática de actos de comércio devem
revestir um dos tipos previstos no Código (art.º 4 C.Com). Nos termos do art.º 82 do C.Com,
as sociedades que tenham por objecto o exercício de uma actividade comercial têm de
adoptar um dos tipos previstos no Código Comercial. Este prevê cinco tipos de sociedades
comerciais das quais:
2.1. Conceito
3. Origem histórica
Para entendermos bem a Sociedade em Nome Colectivo, vamos ver os dispositivos do código
comercial art.º 253 e seguintes do C.com. que tratam especificamente sobre a Sociedade em
Nome Colectivo das suas disposições legais e características respectivamente:
4. Características
São sociedades que possuem dois tipos de sócios. Os de indústria e os de capital. A sua firma
deve conter nos termos do nº 1 do art. 29º do Ccom, o aditamento «Sociedade em Nome
Colectivo ou abreviadamente, SNC» O sócio responde subsidiariamente em relação à
sociedade e solidariamente com os outros sócios pelas obrigações sociais, ainda que estas
tenham sido contraídas anteriormente à data do seu ingresso. O capital social não integra as
contribuições de indústria por não poderem ser computadas nestas nos termos do nº 1 art.
256° do Ccom. Estabelece ainda o art. 256° no seu nº 2 que nas relações internas, o sócio de
indústria não quinhoa em regra nas perdas, salvo se o contrato de sociedade prever tal
possibilidade. Não pode funcionar com apenas um sócio como escrevemos no ponto 85 desta
obra relativamente a dissolução e liquidação.
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Ora, não parece na nossa opinião que tenha querido o legislador estender para além do que já
consagrou, a responsabilidade solidária dos sócios em virtude de comportamento de quem
não tenha qualquer ligação estreita com a sociedade. É que, do disposto neste artigo resulta
que qualquer pessoa pode através de artefactos convincentes ainda que sem qualquer vínculo
com a sociedade, responsabilizar os sócios de uma sociedade em nome colectivo mesmo que
estes não saibam da sua conduta nesse sentido. Nem a certeza jurídica, e muito menos
segurança no tráfego comercial admitiria tal imprudência legislativa.
Assim, não nos resta outra solução se não crer que, os artefactos que ditam a convicção de se
estar perante um sócio, devem estar em profunda relação com a sociedade da qual os seus
sócios viriam a ser responsabilizados. Por exemplo, se determinado sujeito com inércia ou
aquiescência dos sócios, for admitido a usar o carimbo da empresa para se fazer passar por
sócio ou como se agisse em nome da sociedade.
Neste caso, admitimos que a responsabilidade possa ser solidária dos sócios. Ainda assim,
haverá na nossa opinião que determinar o grau de culpabilidade de cada sócio para aferir o
grau de responsabilidade e o respectivo direito de regresso na medida da comparticipação na
culpa em consonância com o que consagra o nº 2 do art. 283º do Ccom.
Não há um montante mínimo obrigatório para o capital social visto que os sócios respondem
ilimitadamente pelas obrigações sociais. Em nenhum momento se faz referência a existência
do dever de composição do capital social pelas sociedades que aliás constitui um requisito
essencial estabelecido no na alínea g do n.º 2 do art.º 92 C.Com. A firma deve conter nos
termos do n.º 1 do art.º 29 do C.Com o aditamento ”Sociedade em nome colectivo ou
abreviadamente, SNC”.
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Solidariamente – cada um dos sócios responde pelo cumprimento integral das obrigações
sociais, podendo ser demandado individualmente pelos credores sociais (art.º 253 n. 2 c.com.
e art.º 512 e 518 do CC) os sócios que satisfaçam as obrigações da sociedade, para além da
parte que lhes compete terão direito de regresso contra os restantes sócios, ou seja, o direito
de exigir deste o pagamento da parte que lhes cabe nas referidas obrigações. De salientar que
com o disposto no n.º 4 do art.º 253 quem não sendo sócio da sociedade.
Uma vez nomeados os liquidatários nos termos dos arts. 233º e seguintes dos Ccom, estes
devem solicitar aos sócios a satisfação não só das participações de capital não realizadas, as
quantias necessárias na proporção de cada um nas perdas, sendo a parte do sócio que se
encontre em solvente dividas pelos demais na mesma proporção.
Aqui os sócios de indústria não se beneficiam da previsão do nº 2 do art. 256º mesmo que
tenha sido previsto no contrato de sociedade. Na verdade, a norma do nº 2 do art. 256º refere-
se apenas as relações internas. Na dissolução, e uma vez pretende-se computar todo o
eventual activo social com vista ao cumprimento das obrigações perante terceiros, todos os
incluindo os de indústria deveram contribuir na mesma proporção para a realização de capital
subscrito e não realizado pelo eventual sócio insolvente. Naturalmente que os mecanismos
posteriores de responsabilização do sócio insolvente pelos sócios que realizaram a parte em
dúvida, não ficaram prejudicados mas já no contexto da sociedade porque esta está em
dissolução.
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6. Modo constitutivo
7. Firma
O nome empresarial deve ser formado pelo nome dos sócios ou de alguns deles, seguido da
expressão " & Companhia".
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Conferir os números 1,2 e 3 art. 266 do Ccom.
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9. Funcionamento da Administração
Por fim, e uma vez que todos os sócios são administradores se não houver estipulação em
contrário, qualquer dos administradores pode opor-se aos actos que o outro pretenda realizar
cabendo nesse caso, à maioria dos administradores decidir sobre o mérito da aposição. Este
mecanismo de controlo mútuo que ocorre entre os administradores serve de freio e
contrapeso na medida em que, qualquer acto de um deles obriga a sociedade e por
consequência, a responsabilidade ilimitada e solidaria dos sócios. É um mecanismo que
assegura alguma certeza dos actos a practicar por parte da administração da sociedade em
nome colectivo.
i. Vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e sem oposição de sócio, não
entrar a sociedade em liquidação, caso em que se prorrogará por tempo
indeterminado;
ii. O consenso unânime dos sócios;
iii. A deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo indeterminado;
iv. A falta de pluralidade dos sócios, não reconstituída no prazo de cento e oitenta dias;
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A uni-pessoalidade superveniente por qualquer dos motivos, deve ser acautelada com a
reconstituição da pluralidade ou a sua transformação em sociedade por quotas unipessoal sob
pena de a mesma dissolver-se.
Para além dos casos previstos na lei ou nos estatutos da sociedade, a sociedade por excluir o
sócio nos seguintes casos:
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Conferir o art. 261° do Ccom.
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a) Quando lhe seja imputável violação grave das suas obrigações para com a sociedade,
designadamente a de não concorrência, ou quando for destituído da administração
com fundamento em justa causa que consista em facto culposo susceptível de causar
prejuízo à sociedade;
b) Em caso de interdição, inabilitação, declaração de falência ou de insolvência do sócio.
O legislador não separa a aplicabilidade desta causa à qualidade do sócio o que leva a
crer que serão aplicáveis a todos independemente de ser de indústria ou de capital.
Somos reticentes a essa posição. Por exemplo, se o sócio for de capital e nem sequer
participa na administração da sociedade não encontramos razão para a sua exclusão se
não apenas tomando em conta o tipo de responsabilidade associada a esta sociedade.
Ainda assim, porque há mecanismos de suprimento destas incapacidades consagrados
no Código Civil, não nos parece sustentável a posição adoptada pelo legislador. Deste
modo, seriam na nossa opinião a interdição e a inabilitação aplicáveis aos sócios de
indústria e a declaração de falência ou insolvência, aplicável ao sócio de capital salvo
melhor entendimento. Nessa medida, seria dispensável a alínea c) deste artigo ou teria
de ser aplicável em todas as situações que não consubstanciassem a interdição ou
inabilitação. Seria por exemplo a situação em que a actividade a que se obrigou o
sócio de indústria passou a ser simplesmente possível de prestar num regime da
administração pública.
c) Quando, sendo sócio de indústria, se verificar a impossibilidade de serem prestados à
sociedade os serviços a que ficou obrigado.
Nos casos de exclusão em que apenas a sociedade tem dois sócios, deverá nos termos do nº 3
do art. 264° do Ccom, ser decretada pelo tribunal situação aplicável também nos casos de
destituição de administrador sócio quando a sociedade tenha apenas um sócio nos termos do
nº 4 do art. 267° do Ccom. E após a exclusão do sócio por decisão do tribunal, a sociedade
terá de se transformar em sociedade por quotas unipessoal ou preencher o requisito da
pluralidade sob pena de dissolver-se nos termos do nº 1 do art. 269° do Ccom.
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Conclusão
Dito isto, no que concerne ao uso deste tipo societário, concluímos que as sociedades em
nomes colectivos, no momento já não se constituem, dando lugar as sociedades por quotas e
anónimas. Porém, o legislador, para evitar lacunas na lei, mantéu as disposições
relativamente as sociedades em nome colectivo afim de regular as sociedades que sobrevivem
até hoje. Também concluir que este tipo societário caiu em desuso pelo facto de esta ter
responsabilidade ilimitada, ao contrario das demais. Assim sendo os empresários comerciais
passaram a ter mais interesse em constituir sociedades cuja responsabilidade os favorece mais
ou seja responderia apenas pelo que subscreveram.
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Bibliografia
Legislação
Código Comercial
Manual
Octalberto.no.sapo.pt/Sociedades_comerciais.htm
www.jurisway.com
www.ambitojuridico.com.br