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(inicialmente, essas operações eram realizadas por software) – e de autonomia tecnológica, objetivos

de segurança e economia de divisas conforme os interesses da academia, dos militares e dos


administradores de estatais.
Palavras-chave: artefatos tecnológicos; computadores; universidade-empresa; modelo de
tradução/translação.

JANAÍNA LACERDA FURTADO

Dois lados da mesma moeda: O discurso científico e o discurso político na comissão de melhoramentos
da cidade do Rio de Janeiro no final do século XIX. 2003. 150f. Dissertação (mestrado em história).
Programa de Pós-graduação em História Política do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas,
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

RESUMO: A história da cidade do Rio de Janeiro do século XIX, com suas reformas urbanas e
epidemias, é, sem dúvida, um tema bastante recorrente na historiografia. Entretanto, a maioria dos
trabalhos fixa-se na análise dos problemas de saúde pública e reurbanização da cidade a partir da
104 década de 1890 e início do século XX. Dentre esses trabalhos, pouquíssimos se detêm na análise da
Comissão de Melhoramentos da Cidade do Rio de Janeiro, a primeira iniciativa do governo, no caso do
Ministério dos Negócios do Império, ainda na década de 1870, de remodelar a cidade. Nesse sentido,
este trabalho propõe a análise do movimento pré-Bota-Abaixo, mostrando de que maneira o futuro
prefeito Pereira Passos construiu, definiu e delineou, desde sua formação na Escola Militar até a
consolidação das obras, suas idéias de reurbanização da cidade, analisando sua trajetória de vida, suas
influências pessoais e intelectuais, sua relação com as teorias da Junta de Higiene Pública e seu projeto
para a cidade do Rio de Janeiro, explicitado nos planos da Comissão, até as obras propriamente ditas,
já no início do século XX ,de abertura da grande Avenida Central.
Palavras-chave: Brasil Império; saúde pública; Comissão de Melhoramentos da Cidade do
Rio de Janeiro.

MARIA ROSA LOPEZ CID

O aperfeiçoamento do homem por meio da seleção: Miranda Azevedo e a divulgação do darwinismo no


Brasil na década de 1870. Dissertação (mestrado). Programa de Pós-graduação em História das
Ciências da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz/FIOCRUZ.

REVISTA DA SBHC, Rio de Janeiro, v. 3, n. 1, p. 103-105, jan. | jun. 2005


Inúmeros autores são unânimes em considerar que a década de 1870 foi um momento marcante
na história do Brasil, com relação à entrada de uma série de novas teorias propagadoras de idéias libe-
ralistas, positivistas e evolucionistas. Uma das teorias que chegou ao país nesse período foi o darwinismo.
A historiografia tem mostrado que muitos indivíduos e grupos sociais se apropriaram de diferentes
maneiras da teoria da evolução biológica de Darwin em diversos lugares e épocas. No Brasil, entre
aqueles que elegeram essa teoria como bandeira de suas campanhas, estava Augusto César de Miranda
Azevedo, médico paulista, que viveu no Rio de Janeiro durante quase toda a década de 1870. Esse
personagem ficou conhecido como um dos divulgadores do darwinismo no país. Dois textos publicados
por Miranda Azevedo nos anos de 1875 e 1876, além de outros documentos, revelam uma apropriação
muito particular do darwinismo feita pelo médico. Essa apropriação tem como um de seus elementos
centrais a concepção de que certas modificações podem ser orientadas nos indivíduos para se obter
perfis desejados de população. Quando relacionamos o discurso darwinista de Miranda Azevedo às
suas atividades e ao momento de crises pelo qual o Brasil passava, podemos perceber certos fatores
que influenciaram a apropriação da teoria da evolução biológica de Darwin pelo médico. A valorização
de estímulos ambientais na produção e desenvolvimento de características nos indivíduos da população,
e a conseqüente transmissão dessas características para os descendentes, poderiam ser concepções
bastante adequadas para indivíduos ou grupos cuja preocupação era tentar produzir uma população
capaz de fazer a nação progredir.
Palavras-chave: darwinismo; medicina; história.

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REVISTA DA SBHC, Rio de Janeiro, v. 3, n. 1, p. 103-105, jan. | jun. 2005

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