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COORDENAÇÃO GERAL DO EVENTO


DIREÇÃO GERAL
Ana Costa Goldfarb
Sheylla Nadjane Batista Lacerda

ORGANIZADORES
Andréia Braga de Oliveira
Ankilma do Nascimento Andrade Feitosa
Clarissa Lopes Drumond
Danielle Rocha Silva
Eclivaneide Caldas de Abreu Carolino
Emanoella Bella Sarmento
Emanuely Rolim Nogueira
Fernanda Lúcia Pereira Costa
Geane Silva Oliveira
Kassandra Lins Braga
Marcelo de Oliveira Feitosa
Maria Aparecida Bezerra Oliveira
Maria Aparecida Ferreira Menezes Suassuna
MiKaely de Sousa Batista
Mônica Maria de Sousa Ferreira
Naedja Pereira Barroso
Pierri Emanoel de Abreu
Rayanne de Araújo Torres
Ubiraídys de Andrade Isidorio

DIAGRAMAÇÃO E EDITORIÇÃO
Ana Vitória Victor Vieira
Ankilma do Nascimento Andrade Feitosa
Beatriz Raíssa Silva Varela
Beatriz Vitória de Souza Oliveira
Ingridy Michely Gadelha do Nascimento
Matheus Tavares Alencar
Nicoly Virgolino Caldeira
Raimunda Leite de Alencar Neta
Rita de Cássia Pereira Santos

IDIOMA
Português – Brasil

AUTOR CORPORATIVO
Departamento - Pós-Graduação Faculdade Santa Maria
Faculdade Santa Maria, BR 230, Km 504, Bairro Cristo Rei
CEP: 58900-000, Cajazeiras-PB / E-mail: ris.fsm@gmail.com
CONSELHO EDITORIAL CIENTÍFICO
Adélia Lacerda Nitão Sobrinha
Alecia Flavia Araújo Simões
Alexsandra Laurindo Leite
Almi Soares Cavalcante
André Alexandre de Jesus Marques
André Ferreira Costa
Anne Caroline de Souza
Aracele Gonçalves Vieira
Arlindo Felix da Costa Neto
Arthur Elesbão Ramalho Tróccoli dos Santos
Bárbara Costa Paulino
Beatriz Lemos Cavalcante de Carvalho Santiago
Bruno do Nascimento Andrade
Byanca Eugênia Duarte Silva
Carla Islene Holanda Moreira Coelho
Carolina Moreira de Santana
Cicera Amanda Mota Seabra
Cicero Cláudio Dias Gomes
Cícero Cruz Macedo
Claudia Sarmento Gadêlha
Dandara Dias Cavalcante Abreu
Daniel Luna Lucetti
Diego Gomes de Melo
Diego Vinicius Amorim Cavalcanti
Elysson Marcks Gonçalves Andrade
Emanuely Rolim Nogueira
Euvira Uchoa dos Anjos de Almeida
Felipe Valentim Afonso
Francisco Alirio da Silva
Francisco Carlos Oliveira Junior
Francisco Cristiano Soares Macena
Francisco Roque da Silva
Francisco Uelison da Silva
Francisco Yarllison Silva Freitas
Frank Gigianne Teixeira e Silva
Franklin Herik Soares de Matos Lourenço
Gardson Marcelo Franklin de Melo
Gislayne Tacyana dos Santos Lucena
Guilherme Urquisa Leite
Gyanna Sybelly Silva Matos
Gyselle Iwie Oliveira de Araújo
Hellykan Berliet dos Santos Monteiro
Heloisa Cavalcante Lacerda
Hermesson Daniel Medeiros da Silva
Hilana Maria Braga Fernandes Abreu
Igor de Sousa Gabriel
Iris Costa e Sá Lima
Jacinta Maria de Figueiredo Rolim
Jalles Dantas de Lucena
Jallyne Nunes Vieira
João Paulo Freitas de Oliveira
Jose Guilherme Ferreira Marques Galvão
José Iran de Medeiros Lacerda
Jose Klindenberg de Oliveira Júnior
Jose Valdilânio Virgulino Procópio
Josias da Silva Fonseca
Kamilla Zenóbya Ferreira Nóbrega de Souza
Karla Brehnda Cabral Liberato
Keicy Priscila Maciel Vieira
Kelly Clennia Ribeiro Costa
Kennedy Cristian Alves de Sousa
Larissa de Brito Medeiros
Lázaro Robson de Araújo Brito Pereira
Leilane Cristina Oliveira Pereira
Leilane Menezes Maciel Travassos
Lidiane Mendes de Almeida
Lidiane Menezes Maciel Travassos
Lindalva Alves Cruz
Lívia Pereira Brocos Pires
Luana Kerolaine de Moura Gozaga
Lucia Maria Temoteo
Luciana Modesto de Brito
Luciano Braga de Oliveira
Luymara Peireira Bezerra de Almeida
Magno Márcio de Lima Pontes
Marcelane de Lira Silva
Marcos Alexandre Casimiro de Oliveira
Maria Goldfarb de Oliveira
Marjorie Maria Abreu de Faria
Marta Lígia Vieira Melo
Mayara Furtado Araújo da Silva
Merlayne Pamela de Oliveira e Silva
Michel Jorge Dias
Micheline Lins Lobo
Mirela Davi de Melo
Ocilma Barros de Quental
Pavlova Christinne Cavalcanti Lima
Pedro José Taegino Ribeiro
Pollyanna Priscila de Souza Lima
Rafael Andrade Lins de Almeida
Rafael de Carvalho Costa Abrantes
Rafael Wandson Rocha Sena
Rafaela Costa de Holanda
Rafaela de Oliveira Nóbrega
Rafaela Rolim de Oliveira
Raulison Vieira de Sousa
Renata Braga Rolim Vieira Xavier
Renata Lívia Silva Fonseca Moreira de Medeiros
Rodolfo de Abreu Carolino
Rodolfo Silvestre Alcantra
Rosangela Pereira de Oliveira
Samara Alves Brito
Samara Faustino Sarmento
Stenio de Sá dos Anjos
Talina Carla da Silva
Talita Di Paula Maciel Braga Quirino
Thaise de Abreu Brasileiro Sarmento
Tharcio Ruston Oliveira Braga
Vanessa Erika Abrantes Coutinho
Vanessa Rolim Barreto
Virginia Tomaz Machado
Welington Antonio da Silva
Wostenildo Crispim Ramalho
Yuri Charllub Pereira Bezerra

EDITORAÇÃO ELETRÔNICA
Matheus Tavares Alencar

IMAGENS DA CAPA
Matheus Tavares Alencar

REVISÃO
Andréia Braga de Oliveira
Perpétua Emília Lacerda Pereira

ORGANIZADORES
Andréia Braga de Oliveira
Ankilma do Nascimento Andrade Feitosa
Clarissa Lopes Drumond
Danielle Rocha Silva
Eclivaneide Caldas de Abreu Carolino
Emanoella Bella Sarmento
Emanuely Rolim Nogueira
Fernanda Lúcia Pereira Costa
Geane Silva Oliveira
Kassandra Lins Braga
Marcelo de Oliveira Feitosa
Maria Aparecida Bezerra Oliveira
Maria Aparecida Ferreira Menezes Suassuna
MiKaely de Sousa Batista
Mônica Maria de Sousa Ferreira
Naedja Pereira Barroso
Pierri Emanoel de Abreu
Rayanne de Araújo Torres
Ubiraídys de Andrade Isidori
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP

F143j
Faculdade Santa Maria - FSM
Jornada Integrada da Faculdade Santa Maria(3. : 2022:
Cajazeiras-PB) [e-book] / organizadores: Andréia Braga de Oliveira
... [et al.] – Cajazeiras: FSM, 2022.
865 p.

Vários autores.
DOI: 10.31560/pimentacultural/2023.22434
ISBN 978-65-996224-3-4

1. Produção Científica. 2. Pesquisa e Extensão. 3. Ensino Superior. 4.


Artigos científicos. I. Oliveira, Andréia Braga de. II. Faculdade Santa
Maria. III. Título.

CDU – 378
Perpétua Emília Lacerda Pereira - Bibliotecária- CRB15/555
APRESENTAÇÃO

A III Jornada Integrada da Faculdade Santa Maria (FSM) é um evento pensado


para o público da IES com o objetivo de promover aos discentes e docentes espaços de
reflexão sobre a realidade social e as implicações na rotina acadêmica, bem como em
outras instâncias da vida cotidiana. Objetiva também permitir a partilha de produção
científica, exercitando debates que contribuam para a articulação entre ensino, pesquisa e
extensão.
O evento aconteceu ao longo do semestre de 2022.2 em três momentos ao longo
do semestre, onde cada momento teve uma programação específica, como apresentação
de trabalhos dos projetos de extensão e pesquisa, pós-graduação, III mostra de TCC,
trabalhos de unidades curriculares e ligas acadêmicas.
A rotina das universidades foi alterada em função da pandemia imposta pela
Covid-19, porém a Faculdade Santa Maria conseguiu adaptar suas atividades acadêmicas
de forma a atender as necessidades que surgiram. Para isso, a Diretoria e o Colegiado
Pedagógico Institucional (COPEDI) criaram uma nova modalidade de evento, a chamada
Jornada Integrada Online. Assim, a FSM se consolida como instituição absolutamente
preparada, sempre pronta para o vigente.
Os trabalhos publicados nesta coletânea são resultado dos resumos encaminhados
para a III Jornada Integrada da Faculdade Santa Maria, atendendo às normas contidas no
Edital 01/2022, lançado pela Coordenação de Extensão e Pesquisa (COEPE) e Colegiado
Pedagógico Institucional, envolvendo ensino, pesquisa e extensão de alunos e professores
de diversas áreas da saúde, humanas, ciências sociais aplicadas e engenharia.
A III Jornada Integrada da Faculdade Santa Maria é um evento cuja finalidade é
constituir conexões entre o conhecimento teórico e a prática junto aos estudantes de
graduação dos onze cursos que a IES oferta, utilizando-se das mais diversas estratégias
metodológicas de discussão, vivência e aprofundamento do conhecimento.

A comissão.
SUMÁRIO
HOMEOSTASIA DA CAVIDADE ORAL: CONTRIBUIÇÕES DA SALIVA PARA A
MANUTENÇÃO DA SAÚDE BUCAL.................................................................................................................................................. 15
CARDIOPATIAS ASSOCIADAS À DIABATES E SEU MANEJO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA...................................................... 23
ABORDAGEM DA HIPOCALCEMIA E DO HIPOPARATIREOIDISMO COMO
COMPLICAÇÕES PÓS-TIREOIDECTOMIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................... 31
REVISÃO DE LITERATURA: RESISTÊNCIA FARMACOLÓGICA DO USO
INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS NA PANDEMIA DA COVID-19 ...................................................................................... 36
INFLUÊNCIA DA FISIOTERAPIA NA QUALIDADE DE VIDA DE PORTADORES DE
FIBROMIALGIA .................................................................................................................................................................................... 40
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
ACERCA DO MANEJO TERAPÊUTICO E DA PREVENÇÃO DE EXACERBAÇÕES ................................................................... 47
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE NA PREVENÇÃO E CONTROLE DA OBESIDADE
INFANTIL NO BRASIL ......................................................................................................................................................................... 55
LOMBALGIA CRÔNICA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA ACERCA DO MANEJO
TERAPÊUTICO E FATORES DE RISCOS ENVOLVIDOS ................................................................................................................ 61
ANÁLISE TEMPORAL DE DOENÇAS PARASITÁRIAS DE NOTIFICAÇÃO
COMPULSÓRIA QUE ACOMETEM A MACRORREGIÃO III - SERTÃO/ALTO SERTÃO. .......................................................... 68
LOMBALGIA CRÔNICA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA ACERCA DO MANEJO
TERAPÊUTICO E FATORES DE RISCOS ENVOLVIDOS ................................................................................................................ 74
A NECESSIDADE DE POLÍTICAS PÚBLICAS EFETIVAS PARA O AUTISMO NO BRASIL ...................................................... 81
DERMATITE ATÓPICA: UM ECZEMA DE CAUSA DESCONHECIDA .......................................................................................... 92
CARACTERIZAÇÃO DA FEBRE CHIKUNGUNYA E A SUA RELAÇÃO COM AS DORES
ARTICULARES ...................................................................................................................................................................................... 98
QUALIDADE DE VIDA DOS INDIVÍDUOS ACOMETIDOS PELA INSUFICIÊNCIA
CARDÍACA .......................................................................................................................................................................................... 106
A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA DIANTE DA ARTROGRIPOSE MÚLTIPLA
CONGÊNITA: UMA REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................................................................... 112
O CRESCIMENTO DOS MOVIMENTOS ANTIVACINA E A SUA RELAÇÃO INTRÍNSECA
COM O REAPARECIMENTO DE INÚMEROS CASOS DE SARAMPO NO BRASIL ................................................................... 117
ANGIOTOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA COMO CONTRIBUIÇÃO NO
DIAGNÓSTICO DAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES ............................................................................................................. 119
PERDA DE MEMÓRIA RELACIONADA À INFECÇÃO VIRAL POR SARS-COV-2.................................................................... 125
SINDROME PÓS-COVID E SEQUELAS CARDIOVASCULARES: UMA REVISÃO
INTEGRATIVA DA LITERATURA .................................................................................................................................................... 132
PRÁTICAS EDUCATIVAS EM NUTRIÇÃO PARA ESCOLARES DO ENSINO
FUNDAMENTAL I DA E.M.E.I.E.F. MATIAS DUARTE ROLIM– CAJAZEIRAS: Um relato de
experiência. ............................................................................................................................................................................................ 138
FORMAS DE TRANSMISSÃO DO Trypanosoma cruzi: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................ 140
ATENÇÃO À OCORRENCIA DE MORTE SÚBITA NO PACIENTE PORTADOR DE
DOENÇA DE CHAGAS ....................................................................................................................................................................... 145
ATIVIDADE DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL COM GRUPO DE IDOSOS
NO CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA. .................................................................................................................................................................................... 147
A IMPORTANCIA DAS UNIDADES BASICAS DE SANDE NO ACOMPANHMIENTO DE
PACIENTES COLI CARDIOPATIAS ................................................................................................................................................. 149
IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE NAS DOENÇAS
CARDIOVASCULARES ...................................................................................................................................................................... 156
AÇÃO DE CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE A QUANTIDADE DE SAL E AÇÚCAR PRESENTE
NOS ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS PARA OS USUÁRIOS DE UMA UNIDADE
SAÚDE DA FAMÍLIA .......................................................................................................................................................................... 162
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: UMA ABORDAGEM SOBRE AS
PERSPECTIVAS PARA UMA MELHOR QUALIDADE DE VIDA.................................................................................................. 164
INTERVENÇÃO DA FISIOTERAPIA NAS ALTERAÇÕES SENSÓRIO-MOTORAS NO
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)............................................................................................................................ 172
INFLUÊNCIA DO CIGARRO ELETRÔNICO EM COMPARATIVO COM CIGARRO
CONVENCIONAL EM RELAÇÃO À DOENÇAS CARDIOVASCULARES ................................................................................... 177
VULNERABILIDADE DE IDOSOS A QUEDAS POR PERDA DE .................................................................................................. 183
EQUILIBRIO: estudo de revisão ........................................................................................................................................................... 183
ATENÇÃO À OCORRENCIA DE MORTE SÚBITA NO PACIENTE PORTADOR DE
DOENÇA DE CHAGAS ....................................................................................................................................................................... 190
LESÃO BRAQUIAL OBSTÉTRICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA SOBRE A
IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA PRECOCE ....................................................................................... 192
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RELACIONADA A TRATATIVA HOSPITALAR ............................................................................. 197
PERFIL DE ANEMIA FERROPRIVA ................................................................................................................................................. 203
PERSONALIZAÇÃO DE TRATAMENTOS DE DEPRESSÃO A PARTIR DA
FARMACOGENÉTICA ........................................................................................................................................................................ 208
ANÁLISE DO NÚMERO DE ÓBITOS POR NEOPLASIA MALIGNA DE ÓRGÃOS DO
SISTEMA DIGESTÓRIO NA REGIÃO DE SOUSA (PB) .................................................................................................................. 214
DEPRESSÃO EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA
LITERATURA ...................................................................................................................................................................................... 220
INFLUÊNCIA DO USO DA PELE DE TILÁPIA PARA MELHORA NO QUADRO DE
PACIENTES COM QUEIMADURAS DE 2º e 3º GRAU .................................................................................................................... 232
EFEITOS DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NO PACIENTE COM LEGG-CALVE-
PERTHERS: REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................................................................ 236
PANCREATITE AGUDA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA ACERCA DOS INDICADORES
DE GRAVIDADE E MANEJO TERAPÊUTICO ................................................................................................................................. 241
INTERVENÇÃO FISOTERAPÊUTICA EM PACIENTES SEQUELADOS DE AVE: UMA
REVISÃO LITERARIA ........................................................................................................................................................................ 247
ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA EM PACIENTES COM ATROFIA MUSCULAR ESPINHAL..................................................... 253
SAÚDE PÚBLICA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA DO IMPACTO DA PANDEMIA NA
SAÚDE MENTAL DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE .................................................................................................................... 260
PERFIL QUANTITATIVO DA SÍFILIS GESTACIONAL NAS REGIÕES BRASILEIRAS NOS
ÚLTIMOS CINCO ANOS .................................................................................................................................................................... 268
A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DE CRIANÇAS COM
SÍNDROME DE DOWN ....................................................................................................................................................................... 269
INCIDÊNCIA DE LEISHMANIOSE VISCERAL (CALAZAR) NO BRASIL ................................................................................... 276
ACHADOS HISTOPATOLÓGICO DE TROMBOEMBOLISMO PULMONAR EM PACIENTES
COM COVID-19 ................................................................................................................................................................................... 283
QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE DO IDOSO ................................................................................................................................. 288
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EXTRACURRICULAR COM ÊNFASE NOS PROCESSOS
CLINICOS ............................................................................................................................................................................................. 291
A INFLUÊNCIA DAS REDES SOCIAIS NO DESENVOLVIMENTO DA AUTOIMAGEM .......................................................... 296
ATIVIDADES DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO COM ÊNFASE EM PSICOLOGIA E
PROCESSOS CLÍNICOS...................................................................................................................................................................... 308
A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL E PRÁTICA DO SUPERVISONADO EM
PSICOLOGIA NO HOSPITAL GERAL .............................................................................................................................................. 316
AS ATIVIDADES DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO COM ÊNFASE EM PSICOLOGIA E
PROCESSOS CLÍNICOS NO CAPS AD III ........................................................................................................................................ 319
TERAPIA DE CASAL NA TERAPIA COGNITIVO........................................................................................................................... 324
COMPORTAMENTAL: análise do filme “A prova de fogo” ............................................................................................................... 324
USO PRÉ OPERATÓRIO DE CORTICOSTEROIDES NA EXODONTIA DE TERCEIROS
MOLARES RETIDOS: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA ........................................................................................... 333
REABILITAÇÃO ESTÉTICA E HARMONIZAÇÃO DO SORRISO COM FACETAS DIRETAS
EM RESINA COMPOSTA: RELATO DE CASO CLÍNICO............................................................................................................... 341
TÉCNICAS DE IRRIGAÇÃO DO SISTEMA DE CANAIS RADICULARES: UMA REVISÃO
INTEGRATIVA DA LITERATURA .................................................................................................................................................... 349
EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE CAFEÍNA EM EXERCÍCIOS DE FUNDAMENTO
ANAERÓBICOS EM PESSOAS DESPORTISTAS: uma revisão de literatura ................................................................................... 353
A INFLUÊNCIA DO USO DE MÍDIAS SOCIAIS NO COMPORTAMENTO ALIMENTAR E
IMAGEM CORPORAL DE .................................................................................................................................................................. 359
ADOLESCENTES: uma revisão de literatura. ...................................................................................................................................... 359
PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO DA DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVA
PERIFÉRICA EM ADULTOS ASSOCIADOS A DIABETES MELLITUS TIPO II .......................................................................... 366
O AUMENTO DO ÍNDICE DE DEPRESSÃO NOS ESTUDANTES DA ÁREA DE SAÚDE .......................................................... 372
APLICABILIDADE E RESULTADOS DO USO DO PEELING DE ÁCIDO GLICÓLICO E DO
ÁCIDO RETINÓICO NO TRATAMENTO DA HIPERMELANOSE – UMA REVISÃO
INTEGRATIVA .................................................................................................................................................................................... 378
SAÚDE OCUPACIONAL DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE ATUANTES NA PANDEMIA
COVID-19: REVISÃO INTEGRATIVA .............................................................................................................................................. 387
FISIOTERAPIA E APLICABILIDADE DA PRESSÃO POSITIVA NA DPOC EXACERBADA .................................................... 398
IMPORTÂNCIA DO FARMACÊUTICO CLÍNICO NO PERÍODO GESTACIONAL: UMA
REVISÃO INTEGRATIVA .................................................................................................................................................................. 407
TOXOPLASMOSE ADQUIRIDA NA GESTAÇÃO E TOXOPLASMOSE CONGÊNITA: UMA
ABORDAGEM DIAGNÓSTICA, TERAPÊUTICA E REPERCUSSÕES NO RECÉM-NASCIDO/
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................................................................................................. 414
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS E OS SEUS IMPACTOS NO BINÔMIO
MÃE-FILHO ......................................................................................................................................................................................... 421
FATORES DE RISCO ASSOCIADOS AO DIABETES MELLITUS GESTACIONAL: UMA
REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA ................................................................................................................................. 434
ATUAÇÃO DA EQUIPE DE SAÚDE MULTIPROFISSIONAL DIANTE DO LUTO
PERINATAL ......................................................................................................................................................................................... 442
PREVALÊNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO EM PREMATUROS APÓS
ALTA HOSPITALAR ........................................................................................................................................................................... 451
ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NO CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR DURANTE
A PANDEMIA DO COVID-19 ............................................................................................................................................................. 461
MODIFICAÇÕES NA ROTINA DE TRABALHO DA ENFERMAGEM FRENTE A
PANDEMIA DA COVID- 19................................................................................................................................................................ 468
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA COMO REFLEXO DO ESTIGMA SOCIOECONÔMICO: UMA
REVISÃO INTEGRATIVA .................................................................................................................................................................. 474
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE QUEDAS EM IDOSOS...................................................................... 483
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DE SOLO DE ÁREA DESTINADA A CONSTRUÇÃO CIVIL:
UMA REVISÃO DE LITERATURA.................................................................................................................................................... 492
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A TECNOLOGIA BIM COM O MÉTODO
CONVENCIONAL POR MEIO DA EXTRAÇÃO DE QUANTITATIVOS E ELABORAÇÃO DE
UM ORÇAMENTO RESIDENCIAL UNIFAMILIAR. ....................................................................................................................... 499
ANALISE DAS MANIFESTAÇÕES PATOLOGICAS EM UMA UNIDADE BÁSICA DE
SAÚDE NO MUNICÍPIO DE SOUSA-PB ........................................................................................................................................... 509
ANÁLISE DE DESEMPENHO DE BLOCOS DE CONCRETO PARA PAVIMENTO
INTERTRAVADO DOSADOS COM POLITEREFTALATO DE ETILENO (PET)
MICRONIZADO ................................................................................................................................................................................... 516
ANÁLISE ORÇAMENTÁRIA DE UMA CASA POPULAR CONSTRUÍDA COM O SISTEMA
CONSTRUTIVO STEEL FRAME E ALVENARIA CONVENCIONAL ........................................................................................... 524
ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS PRESENTES EM UNIDADES
RESIDENCIAIS DO CONJUNTO HABITACIONAL BELO JARDIM NA CIDADE DE
CARRAPATEIRA – PB ........................................................................................................................................................................ 529
ANÁLISE ORÇAMENTÁRIA DE UMA RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR EM ALVENARIA
ESTRUTURAL E ALVENARIA CONVENCIONAL ......................................................................................................................... 539
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS OCASIONADAS POR INFILTRAÇÃO EM
EDIFICAÇÕES – UM ESTUDO DE CASO EM CAJAZEIRAS-PB................................................................................................... 545
GESTÃO E PLANEJAMENTO DE OBRA COMO FERRAMENTA PARA EFICIÊNCIA E
QUALIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL: UMA REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................ 553
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ORIGINADAS POR INFILTRAÇÃO EM RESIDÊNCIAS
UNIFAMILIARES NA CIDADE DE SANTA HELENA-PB .............................................................................................................. 561
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DE SOLO DE ÁREA DESTINADA A CONSTRUÇÃO CIVIL:
UMA REVISÃO DE LITERATURA.................................................................................................................................................... 569
ANALISE DAS MANIFESTAÇÕES PATOLOGICAS EM UMA UNIDADE BÁSICA DE
SAÚDE NO MUNICÍPIO DE SOUSA-PB ........................................................................................................................................... 576
ACESSIBILIDADE DO TERMINAL RODOVIÁRIO DE CATOLÉ DO ROCHA-PB:..................................................................... 583
um estudo de caso .................................................................................................................................................................................. 583
ANÁLISE DE DESEMPENHO DE BLOCOS DE CONCRETO PARA PAVIMENTO
INTERTRAVADO DOSADOS COM POLITEREFTALATO DE ETILENO (PET)
MICRONIZADO ................................................................................................................................................................................... 591
ANÁLISE ORÇAMENTÁRIA DE UMA CASA POPULAR CONSTRUÍDA COM O SISTEMA
CONSTRUTIVO STEEL FRAME E ALVENARIA CONVENCIONAL ........................................................................................... 599
ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS PRESENTES EM UNIDADES
RESIDENCIAIS DO CONJUNTO HABITACIONAL BELO JARDIM NA CIDADE DE
CARRAPATEIRA – PB ........................................................................................................................................................................ 604
ANÁLISE ORÇAMENTÁRIA DE UMA RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR EM ALVENARIA
ESTRUTURAL E ALVENARIA CONVENCIONAL ......................................................................................................................... 614
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS OCASIONADAS POR INFILTRAÇÃO EM
EDIFICAÇÕES – UM ESTUDO DE CASO EM CAJAZEIRAS-PB................................................................................................... 620
USO DO BIM NA AVALIAÇÃO DE PROPOSTAS DE PREÇO PARA ADEQUAÇÃO DO
ORÇAMENTO DA OBRA AO OBJETO DA LICITAÇÃO ................................................................................................................ 628
GESTÃO E PLANEJAMENTO DE OBRA COMO FERRAMENTA PARA EFICIÊNCIA E
QUALIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL: UMA REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................ 633
AVALIAÇÃO DE SISTEMAS IMPERMEABILIZANTES EM EDIFICAÇÕES NO MUNICÍPIO
DE BERNARDINO BATISTA - PB ..................................................................................................................................................... 641
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ORIGINADAS POR INFILTRAÇÃO EM RESIDÊNCIAS
UNIFAMILIARES NA CIDADE DE SANTA HELENA-PB .............................................................................................................. 647
GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS COMO FERRAMENTA........................................................................................................ 655
SUSTENTÁVEL NO CANTEIRO DE OBRAS: uma revisão de literatura ......................................................................................... 655
ADEQUAÇÃO ARQUITETÔNICA VISANDO A ACESSIBILIDADE DO ESPAÇO
EDUCACIONAL ARCO-ÍRIS NA CIDADE DE POMBAL-PB ......................................................................................................... 664
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS OCASIONADAS POR UMIDADE EM SÃO JOÃO DO
RIO DO PEIXE: UM ESTUDO DE CASO .......................................................................................................................................... 671
MEDIDAS PARA CONTROLE DE TRÁFEGO NAS INTERSEÇÕES: REVISÃO DE
LITERATURA ...................................................................................................................................................................................... 679
DISCRIMINAÇÃO DE GÊNERO NA CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADE ...................................................................................... 685
PROFISSIONAL DA ENGENHEIRA CIVIL: uma revisão de literatura ............................................................................................. 685
BIOMEDICINA ESTÉTICA: ASPECTOS RELEVANTES DA TOXINA BOTULINICA TIPO A .................................................. 694
MÉTODOS PARA RASTREIO DAS IST´S SÍFILIS HIV E TRICOMONÍASE EM MULHERES ................................................... 698
ANEMIA FALCIFORME E A SUSCETIBILIDADE A INFECÇÕES: PRINCIPAIS CAUSAS E
RISCOS PARA INDIVÍDUOS PORTADORES .................................................................................................................................. 705
A ARQUITETURA ESCOLAR NA INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO
ESPECTRO AUTISTA (TEA): CONTRIBUIÇÃO DAS CORES NO AMBIENTE
CONSTRUÍDO...................................................................................................................................................................................... 713
ANÁLISE PAISAGÍSTICA DOS CANTEIROS CENTRAIS DA AVENIDA WILSON BRAGA,
CONCEIÇÃO-PB .................................................................................................................................................................................. 726
RELAÇÃO USUÁRIO- AMBIENTE: AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO (APO) DA PRAÇA
GREGÓRIO ALVES FEITOSA, BARRO-CE...................................................................................................................................... 736
ANÁLISE DA PAISAGEM URBANA DO LARGO DO THEBERGE (ICÓ ..................................................................................... 746
– CEARÁ) ............................................................................................................................................................................................. 746
HOME OFFICE EM PERÍODOS DE PANDEMIA: REFLEXÃO DOS PRINCÍPIOS DA
NEUROARQUITETURA COMO AUXÍLIO AO BEM-ESTAR FÍSICO E COGNITIVO DOS
ESTUDANTES...................................................................................................................................................................................... 758
CENTRO CULTURAL CAIS DO SERTÃO: A MATERIALIDADE E EXPRESSIVIDADE DA
CULTURA SERTANEJA ATRAVÉS DA ÓTICA DA TECTÔNICA ................................................................................................ 767
ESTRATÉGIAS DA NEUROARQUITETURA E BIOFILIA APLICADAS NAS HABITAÇÕES
DE INTERESSE SOCIAL..................................................................................................................................................................... 778
PLANEJAMENTO URBANO: ANÁLISE DIAGNÓSTICA DE LOTEAMENTOS
SELECIONADOS NA CIDADE DE CAJAZEIRAS – PB................................................................................................................... 786
REALIDADE DO AUTISMO NO CONTEXTO EDUCACIONAL .................................................................................................... 798
NEUROANATOMIA DA MÚSICA, ATIVAÇÃO DO CÓRTEX CEREBRAL E FACILITAÇÃO
DOS PROCESSOS COGNITIVOS: REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................................... 800
MANIFESTAÇÕES PULMONARES PROVOCADAS PELO USO DOS CIGARROS
ELETRÔNICOS: REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................................................................ 807
COMUNICAÇÃO NÃO-VIOLENTA NO CONTEXTO ESCOLAR .................................................................................................. 817
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO E COVID-19: CORRELAÇÕES INFECCIOSAS E
IMUNOPATOGÊNICAS ...................................................................................................................................................................... 821
HISTÓRIA DA HEMOTERAPIA NO BRASIL E SUA IMPORTÂNCIA .......................................................................................... 828
AS COMPLICAÇÕES CARDÍACAS EM PACIENTES PORTADORES DE LÚPUS
ERITEMATOSO SISTÊMICO: REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................................................... 833
HOMEOSTASIA DA CAVIDADE ORAL: CONTRIBUIÇÕES DA
SALIVA PARA A MANUTENÇÃO DA SAÚDE BUCAL

Francyelle Alves Abrantes de Oliveira 1


José Carlos Henrique da Silva 2
Lígia Martins Lopes 3
Maria Isabelle Lira Saraiva 4
Marcos Alexandre Casimiro de Oliveira 5

INTRODUÇÃO

Sabe-se que as barreiras físicas compõem a primeira linha de defesa do organismo


contra micro-organismos patogênicos. Nesse sentido, a saliva se apresenta como expressivo
fator de defesa e preservação da saúde humana. Neste estudo discorreremos a respeito dos
benefícios que a saliva enseja na cavidade oral, através de seus mecanismos de defesa imune
inata e adaptativa (ABBAS, A. K, 2012).
A saliva é um fluido que hidrata a cavidade bucal, sendo secretada por todas as
glândulas salivares. Possuindo a função de proteger a mucosa oral e os dentes, evitando
danos causados pela produção excessiva de ácido e base, através de seus sistemas
tamponantes, bem como por autólise oral ou autolimpeza (ARANHA, 2002).
A partir dessa acepção, é possível afirmar que a saliva contribui de maneira
significativa para a homeostasia da cavidade bucal, já que estabelece a limpeza da boca,
removendo restos de alimentos e microrganismos que causam cáries, infecções e doenças das
gengivas (OSÓRIO; LUÍS; RIBEIRO E NEVES, 2000).
Além disso, a saliva ainda tem contribuição no início da digestão alimentar, por
intermédio da enzima amilase salivar, que digere parcialmente o amido, convertendo-o em
maltose. A amilase atua catalisando a hidrólise do amido, transformando em moléculas
menores, como monossacarídeos (CATE, 2001).
Outro ponto que pode ser considerado é a importância laboratorial do composto
salivar. Já que é usado como meio para exames, levando em consideração a disposição de
informações moleculares, com fácil acesso e técnica simples, podendo ser usada para
diagnóstico de várias condições e doenças sistêmicas (MOURA, 2007).

1. Francyelle Alves Abrantes de Oliveira (Odontologia) FSM (francyelle.alves.oliveira@gmail.com)


2. José Carlos Henrique da Silva, (Odontologia) FSM (carlinhosvetifpb@gmail.com)
3. Lígia Martins Lopes, (Odontologia) FSM (ligiamartiins1@gmail.com)
4. Maria Isabelle Lira Saraiva, (Odontologia) FSM (isabelle0987.il@gmail.com)
5. Marcos Alexandre Casimiro de Oliveira, Orientador, Professor da Faculdade Santa Maria – FSM
(marcosalexandrec@gmail.com)
Destarte, no presente estudo, foram discutidas as principais funções da saliva que
contribuem para a manutenção da homeostasia bucal, principalmente, a respeito da proteção e
da ação antibacteriana que ela promove. Além de alertar sobre os riscos gerados, uma vez que
ocorram modificações do fluxo salivar (REZENDE; SILVA, 2016).

OBJETIVO

Este resumo expandido tem como objetivo fazer uma abordagem a respeito do tema
com o intuito acadêmico, que sirva como método de aprimoramento do nosso conhecimento,
de modo que também contribua de forma significativa para a aprendizagem de outros
discentes.

METODOLOGIA

O presente estudo consiste em uma revisão integrativa da literatura que apresenta a


seguinte pergunta norteadora: Qual o papel da saliva para a manutenção da homeostasia
bucal? Visando o desenvolvimento deste resumo expandido, foram realizadas pesquisas
bibliográficas por meio de artigos científicos, revistas acadêmicas e livros específicos
disponíveis na internet, tendo como base de dados para a seleção, sites de buscas acadêmicas
como: Google Acadêmico e Scientific Eletronic Libray online (SCIELO).

Os critérios de inclusão foram: artigos que apresentem as principais contribuições da


saliva para a manutenção da saúde bucal, levando em consideração a cárie e fluxo salivar. e
artigos disponíveis em português e inglês, publicados entre os anos de 2000 e 2022. E os
critérios de exclusão foram: artigos duplicados, livros, teses, dissertações e outros trabalhos de
conclusão de curso.

RESULTADOS E DISCUSSÕES SALIVA


A saliva é um fluido aquoso secretado pelas glândulas salivares, é composta por cerca
de 99% de água e 1% restante é formado por eletrólitos, os quais temos entre os principais:
cálcio, fosfato, sódio, cloro e bicarbonato, e compostos orgânicos, como proteínas e
peptídeos. Além disso, possui uma grande população de microrganismos que estão presentes
na cavidade oral por normalmente fazerem parte da microbiota bucal, assim como células
epiteliais descamadas e resíduos provenientes da ingestão de alimentos. Em suma, inúmeros
fatores podem influenciar não só o fluxo, mas também a composição salivar, como o tipo de
glândula, a natureza do estímulo e sua duração (MAGALHÃES; RABELO; OLIVEIRA,
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2022).
A glândula parótida, por exemplo, contribui para boa parte da amilase secretada e
também algumas proteínas. Já as substâncias advindas do sangue e a mucina são encontradas,
principalmente, nas glândulas salivares menores. A as glândulas menores possuem secreção
altamente viscosa e com baixa capacidade tampão, em contrapartida, as glândulas salivares
maiores têm alta capacidade tampão (MAGALHÃES; RABELO; OLIVEIRA, 2022).
O tipo de fluxo é um dos fatores determinantes na composição uma vez que com o seu
aumento, há uma elevação nas concentrações de proteínas, sódio e cloro, bem como a
diminuição de magnésio e fosfato. Dessa maneira, o pH salivar varia (6,5-7,4), podendo se
tornar mais alto em secreções estimuladas, devido sua maior concentração de bicarbonato. A
duração do estímulo também é importante, pois com o aumento da duração do mesmo há um
aumento na concentração de bicarbonato e diminuição de cloro (MAGALHÃES; RABELO;
OLIVEIRA, 2022).
Funções e Sistema Tampão

As funções e propriedades da saliva estão estreitamente relacionadas com as


características e composição do fluido. Entre as funções indispensáveis para a qualidade de
vida e, principalmente, para a manutenção da saúde bucal, temos: lubrificação, limpeza e
digestão, ação protetora, ação antimicrobiana, aglutinação bacteriana, formação de película
adquirida, balanço hídrico, capacidade tamponante, manutenção da integridade dentária e
ação remineralizante (CURY; TENUTA; TABCHOURY, 2017).
Diante disso, vale destacar que a saliva forma um revestimento que recobre a mucosa
oral, protegendo-a de irritações mecânicas, térmicas e físicas, e da desidratação. Esse
revestimento também serve como lubrificante na formação do bolo alimentar durante a
mastigação e deglutição. Essa propriedade lubrificante é promovida pela presença de
proteínas (CURY; TENUTA; TABCHOURY, 2017).
Dessa forma, tais proteínas, além de lubrificar, também protegem a cavidade oral
através da aglutinação bacteriana e ação antimicrobiana, que em vez de eliminarem
totalmente os microrganismos presentes, evitam o supercrescimento dos mesmos, assim
mantendo o equilíbrio entre as espécies patogênicas e não patogênicas que compõem a
microbiota bucal (CURY; TENUTA; TABCHOURY, 2017).
A função de dissolver os flavorizantes dos alimentos possibilita que eles entrem em
contato com as papilas gustativas. Logo, a composição hipotônica e a concentração de glicose

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da saliva permitem a diferenciação dos diferentes sabores. Além disso, a dissolução dos
alimentos também promove o início do processo de digestão pela ação da amilase salivar
(CURY; TENUTA; TABCHOURY, 2017).
Ante o exposto, dissertaremos a respeito de uma das mais pertinentes funções da
saliva: seu sistema tampão. Pode-se afirmar que a capacidade tamponante da saliva é um
importante fator de resistência à cárie dental, uma vez que promove a regulação do pH
(concentração de íons hidrogênio H +) da cavidade oral, através de seus sistemas
tamponantes inatos. Nesse sentido, o processo visa impedir as lesões que seriam provocadas
pela alteração do pH bucal em ácido e básico, o que ocorre, por exemplo, durante a
fermentação de açúcares, após a alimentação (CURY; TENUTA; TABCHOURY, 2017).
Os ácidos presentes na cavidade oral levam à diminuição local dos valores de pH
inferior a valores críticos, dando início a processos de desmineralização dentária
(FEATHERSTONE, 2004). Desse modo, para evitar os danos causados por essa
desregulação, a capacidade tampão é estimulada de forma natural e gradativa.
Outrossim, é importante salientar que existem bactérias da cavidade oral que se
proliferam em meios com baixo pH, como as da espécie Streptococcus mutans, que
pertencem ao grupo das bactérias ácido-láticas, uma vez que possuem o meio ácido como
ideal para sua reprodução (SILVA; LUND, 2016). Logo, é essencial que haja a regulação do
pH, tendo em vista que as bactérias não devem ser favorecidas por excelentes condições para
o seu desenvolvimento.
Assim, é necessário destacar que os mais importantes tamponantes salivares são os
sistemas bicarbonato e fosfato, no entanto, a saliva também possui o sistema proteico, com
menor atuação. O bicarbonato apresenta considerável ação na elevação do pH em áreas de
acúmulo de biofilme (placa) dental, quando estas são expostas a carboidratos fermentáveis
que resultam em acúmulo de ácidos, além de possuir a capacidade de mudar a forma de seu
tamponamento (CURY; TENUTA; TABCHOURY, 2017).
Ademais, o sistema fosfato atua de forma similar, com menor incidência. Já o proteico
utiliza as diversas proteínas existentes na saliva, a exemplo das glicoproteínas mucosas e
serosas, para tentar regular o pH, porém possui menor efeito em relação aos outros
(FEJERSKOV, O, 2017). Portanto, o sistema bicarbonato apresenta maior expressão para a
homeostase da cavidade oral. Evidenciando, assim, a importância da saliva para a
manutenção da saúde bucal.
Modificações do fluxo salivar
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O fluxo salivar normal deve ser de 1,0 a 3,0 ml/min e é considerado baixo de 0,7 a 1,0
ml/min. Existem diferentes tipos de modificações do fluxo salivar que estão relacionadas às
discrepâncias nas taxas ou ausências de componentes importantes para a atuação da saliva.
Entre essas modificações do fluxo salivar, estão:
-Xerostomia: sensação de boca seca;
-Assialia: ausência de secreção saliva;
-Hipossalivação: produção diminuída de saliva;
-Hipersalivação: produção excessiva de saliva;
-Sialolítiase: obstrução do canal excretor de uma glândula salivar maior por um ou
mais sialólitos (REZENDE; SILVA, 2016).
Alterações da saliva como xerostomia e hipossalivação podem indicar algumas
alterações como uma doença sistêmica não diagnosticada, deficiências de vitamina A ou
alterações hormonais. A xerostomia pode ser temporária ou permanente e deve ser levada em
consideração a causa. Desse modo, cabe mencionar também que possui maior incidência em
idosos, pois pode ter relação com a dificuldade para mastigar, falar e deglutir. Outro fato, é
que a xerostomia permite o desenvolvimento bacteriano e assim aumenta a incidência de
cárie e de outras manifestações orais (REZENDE; SILVA, 2016).
A assialia, ausência de saliva, influencia também na proliferação de cárie e no
desenvolvimento de outras doenças como gengivite, candidíase, infecções das glândulas
salivares, o paciente pode apresentar mau hálito, dificuldades para engolir e deficiência de
proteínas e de alcalinidade, esses sintomas também podem ser identificados com a
hipossalivação (SILVA; ALMEIDA; FALCÃO; JUNIOR; BENTO; QUEIROZ, 2016).
É possível destacar a hipersalivação como o aumento da produção de saliva, que pode
ser crônica ou temporária, isso ocorre devido a uma produção excessiva ou também a
necessidade de uma maior produção para o combate de bactérias em inflamações e infecções
(INGLESON, 2018).
Cabe mencionar ainda a sialolitíase, doença que mais acomete as glândulas salivares,
mais recorrente na glândula submandibular, podem surgir de forma unilateral ou bilateral e
tem diversas causas, mas sua origem ocorre por meio da deposição de sais cálcio ao redor de
uma matriz orgânica, o tratamento vai depender do tamanho do cálculo e pode chegar até a
ser removido cirurgicamente (LIMA; MILANI; FERNANDES; SOUZA; JORGE, 2013).
Dessa forma, é de extrema relevância buscar manter a normalidade do fluxo salivar,
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uma vez que sua diminuição prejudica as funções da saliva, bem como sua ação protetora
exercida na cavidade oral, fomentando assim, a preservação da saúde bucal (REZENDE;
SILVA, 2016).
Importância da saliva para preservação da saúde

Tendo em vista as informações expostas, é possível afirmar que a saliva contribui de


forma direta no desaparecimento de diversas doenças que acometem a cavidade oral. A saliva
é fundamental para a limpeza mecânica e colabora com a prevenção de cárie, erosão dentária,
doenças periodontais entre outras doenças por meio de vários mecanismos de ação.
A cárie é causada por ácidos produzidos por bactérias já existentes na boca, isso
mostra a importância da saliva, pois ela permite a limpeza e ajuda de forma fisiológica na
diminuição da ocorrência cárie (ALVES; SEVERI, 2016).
Da mesma forma ocorre com doenças periodontais e erosão dentária. Ultimamente as
pessoas estão fazendo consumo de alimentos industrializados indiscriminadamente, isso faz
com que o pH salivar fique ácido, o que favorece o aparecimento da erosão dentária. O pH e
a saliva possuem relação, então dessa forma a saliva por meio dos seus componentes
orgânicos e inorgânicos vai realizar também papel de proteção contra essa doença
(RESENDE; LODO; MARTINS, 2022).
O fluxo salivar possui atividade diferente de acordo com a estimulação, sendo assim
difere a quantidade de saliva durante o dia para durante a noite. O fluxo salivar para a saliva
estimulada varia entre 1 ml/min a 3 ml/min e a não estimulada de 0,25 a 0,35, conclui-se
assim que a não estimulada produz menos saliva, permitindo que durante o período de menor
atividade corpórea os benefícios sejam mitigados. É de conhecimento geral a importância da
escovação, principalmente a escovação noturna, justamente por causa da diminuição do fluxo
salivar (REZENDE; SILVA, 2016).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto, pode-se concluir que a saliva possui uma diversidade de


contribuições para a homeostasia da cavidade bucal. Foi possível observar que é a partir dos
seus componentes e de suas funções que a saliva proporciona muitos benefícios. Isto posto, o
fluxo salivar é de extrema relevância, dado que apresenta uma série de atribuições inatas as
quais auxiliam na preservação da saúde humana e no equilíbrio da microbiota oral.
Ainda sendo, é necessário que o indivíduo possua os devidos cuidados com o

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composto salivar, já que existem várias modificações na salivação que podem ser
prejudiciais, como a hipersalivação, hipossalivação e xerostomia. Nesse sentido, é sabido que
para que haja o funcionamento ideal do nosso organismo é necessário a homeostasia, logo,
não seria diferente com a cavidade bucal. Por isso, uma vez que ocorra deficiência ou
aumento da salivação, serão geradas consequências para o desempenho geral da boca.
Indubitavelmente, sem que a saliva exerça suas funções, a incidência de doenças que
afetam a cavidade oral será mais recorrente. Dessa forma, a saliva é de extrema importância
para o controle da cárie, erosão, gengivite, periodontite e entre outras manifestações orais.

REFERÊNCIAS

ABBAS, A. K. Lichtman. A. H. Imunologia Celular e Molecular. 7. ed. Rio de Janeiro:


Elsevier, 2012.

ALVES; SEVERI. Componentes salivares associados à prevenção da cárie dental -


revisão de literatura. São Paulo, 2016.

ARANHA, F. L. Bioquímica odontológica. São Paulo: Sarvier, 2002.

CURY; TENUTA; TABCHOURY. Bioquímica Oral: odontologia essencial - Parte Básica.


Porto Alegre: Artes Médicas, 2017.

FEATHERSTONE, J.D.B. (2004). The continuum of dental caries- -evidence for a


dynamic disease process. Journal of Dental Research, 2004.

FEJERSKOV, O. Cárie dentária: a doença e seu tratamento clínico. 3. ed. São Paulo:
Santos, 2017.

INGLESON. Hipersalivação: Causas e tratamento. 2018. Disponível em:


www.jornaldentistry.pt. acesso em: 21 de maio de 2022.

LIMA; MILANI; FERNANDES; SOUZA. Rev. cir. traumatol. Sialolitíase em glândula


submandibular: relato de caso clínico, vol 13, no.1 Camaragibe Jan./Mar. 2013.

MAGALHÃES; RABELO; OLIVEIRA. Manual Prático de Bioquímica Orofacial.


Barueri: Manole, 2022.

MOURA, S. A. B., et al. Valor Diagnóstico da Saliva em Doenças Orais e Sistêmicas:


Uma Revisão de Literatura. Pesq Bras Odontoped Clin Integr. 2007.

OSÓRIO; LUÍS; RIBEIRO; NEVES. Saliva e saúde oral. Revista Portuguesa de


Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial, pág 195, 2000.

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5. Marcos Alexandre Casimiro de Oliveira, Orientador, Professor da Faculdade Santa Maria – FSM
(marcosalexandrec@gmail.com)
RESENDE; LODO; MARTINS. O papel da saliva na proteção contra a erosão dental.
Brazilian Journal of Health Review. 2022. 13. Universidade de Uberaba, Curitiba, 2022.

REZENDE; SILVA. Saliva: composição química, funções e importância para a


abordagem fonoaudiológica especialmente nas disfagias. 2016. 13. Pós graduação -
Pontifícia universidade católica de Goiás, Goiás, 2016.

SILVA, A.F.; Lund, R.G. Dentística restauradora: do planejamento à execução. Rio de


Janeiro: Santos; 2016.

SILVA; ALMEIDA; FALCÃO; JUNIOR; BENTO; QUEIROZ. Hipossalivação. Etiologia,


diagnóstico e tratamento. Revista Bahiana de Odontologia. 2016.

TEN CATE. A.R. Histologia Bucal: Desenvolvimento. Estrutura e Função. 5. ed. Rio de
Janeiro Guanabara Koogan. 2001.

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CARDIOPATIAS ASSOCIADAS À DIABATES E SEU MANEJO NA
ATENÇÃO PRIMÁRIA

Emanuelly Abrantes Pereira1


Fábio Antônio Pessoa da Silva Filho2
Hadassa da Costa Gomes3
José Manoel Jorge Leite4
Larissa Oliveira Lima5
Ocilma Barros de Quental6

INTRODUÇÃO

As doenças cardiovasculares (DCVs) são um conjunto de alterações patológicas que


atingem o coração e os vasos sanguíneos. Podem surgir com a idade, normalmente
desencadeadas por hábitos de vida pouco saudáveis, como alimentação rica em gordura, falta
de atividade física e rotina estressante, sendo a principal causa de morbidade e de
mortalidade em pacientes com diabetes mellitus (ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE
SAÚDE, 2020).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) projeta, ainda, que em 2025 haverá cerca de
2,3 bilhões de pessoas com sobrepeso e mais de 700 milhões de obesos no planeta,
aumentando, consequentemente, o número de pessoas com diabetes. Com isso, também se
estará mais propenso à hipertensão arterial, dislipidemias e doença aterosclerótica, que
compromete os vasos sanguíneos, o cérebro, as artérias coronárias e os rins, resultando em
um aumento das doenças cardiovasculares (SOCIEDADE BRADILEIRA DE
CARDIOLOGIA, 2021).
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) destaca que mais de dois terços das
pessoas que morrem do coração têm diabetes, e acima de 80% das mortes por diabetes estão
relacionadas a problemas cardíacos e renais, ou seja, vasculares.
No Brasil, as patologias cardiovasculares integram o rol de doenças que mais causam
mortalidade, sendo vistas como um problema grave de saúde pública mundial. De acordo
com o Ministério da Saúde, cerca de 300 mil indivíduos por ano sofrem Infarto Agudo do
Miocárdio (IAM), ocorrendo óbito em 30% desses casos. Estima-se que até 2040 haverá
aumento de até 250% desses eventos no país (ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE
SAÚDE, 2021).
Diante desse cenário, a promoção da saúde na Atenção Básica tem uma importante

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função no que se refere à prevenção de fatores de riscos, como a diabetes e, por conseguinte,
das cardiopatias relacionadas a ela. Sabe-se que a maior parte da população brasileira tem
acesso à saúde através do SUS, sendo a Atenção Básica a porta de entrada dos indivíduos,
das famílias e das comunidades a esse Sistema de Saúde.
A mudança de hábitos poderia ser um fator preventivo para essas patologias. No
entanto, o estilo de vida levado pela maioria dos brasileiros vem sendo um grande
condicionante para o desenvolvimento dessas doenças. O consumo excessivo de álcool, o
tabagismo, o sedentarismo, o estresse e a má alimentação, que muitas vezes leva ao aumento
de colesterol, indicam um maior risco de desenvolvimento de ataques cardíacos, insuficiência
cardíaca e outras complicações em indivíduos cada vez mais jovens. Esses fatores
comportamentais de risco podem ser analisados e corrigidos por meio de uma equipe
multiprofissional em unidades básicas de saúde (ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE
SAÚDE, 2020).
Considerando que as doenças cardiovasculares participam significativamente da
realidade da população brasileira e que o acompanhamento precoce e longitudinal dessas
patologias favorece a redução do índice de mortalidade anual no Brasil, questiona-se a
ocorrência e eficácia da prevenção das doenças cardiovasculares na Atenção Básica, visto
que o conhecimento sobre os fatores de risco e agravantes dessa patologia não são
devidamente conhecidos de forma abrangente pela população.

OBJETIVO

OBJETIVO GERAL
Analisar o manejo das cardiopatias associada à diabetes na Atenção Primária (APS).

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Relacionar as patologias cardiovasculares com a diabetes mellitus.
Identificar modos de prevenção às doenças cardiovasculares e seus fatores de
risco.Avaliar a atuação dos profissionais de saúde na promoção dessa prevenção.

METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão de literatura baseada nas pesquisas de produções acadêmicas


em artigos localizados nas bases de dados LILACS, SciELO e PubMed. Foram utilizadas as

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palavras chaves: “Doenças cardiovasculares”; “prevenção”; “Atenção básica”;
“diabetes”; “Brasil”.
Foram estabelecidos, como critérios de inclusão, artigos publicados na íntegra,
disponíveis no idioma português, que atendesse ao objetivo do trabalho, e publicações do
recorte temporal de 2006 a 2022. Já os critérios de exclusão foram artigo duplicados,
incompletos, em outros idiomas e que não contemplem a temática. Na seleção dos artigos
avaliou-se inicialmente o título e resumo, após essa triagem inicial os artigos selecionados
foram lidos na íntegra incorporados ao escopo do presente estudo. Assim, 12 estudos
atenderam os critérios elencados para os resultados.

RESULTADO E DISCUSSÃO

As doenças cardiovasculares (DCVs) continuam sendo a principal causa de morte no


mundo, devido a fatores de riscos, como hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes
mellitus (DM), dislipidemia, obesidade, tabagismo e alcoolismo associados ao
comportamento sedentário, à privação de sono, ao estresse e ao histórico familiar
(MESQUITA e KER, 2021).
No Brasil, estima-se um total de 384 mil mortes por doença cardiovascular só no ano
de 2017, predominando a doença isquêmica do coração seguida do acidente vascular cerebral.
Nesse cenário epidemiológico, a prevenção cardiovascular é tema primordial na prática
médica, de modo a identificar precocemente e intervir de modo efetivo nos chamados fatores
de riscos. É imprescindível conhecer, a priori, que a aterosclerose é o principal substrato da
doença isquêmica coronária, da doença cérebro vascular, dos aneurismas de aorta e da doença
vascular periférica (CHACRA, et al., 2019). A complexidade da fisiopatologia no processo
de formação da aterosclerose e a variedade de fatores de risco para doença arterial têm
impactos importantes na mortalidade.
Existe uma forte relação biológica entre hiperglicemia, resistência à insulina e doença
vascular. Em pacientes com DM, altos níveis de glicose desencadeiam inflamação endotelial,
estresse oxidativo mitocondrial e disponibilidade prejudicada de óxido nítrico, um importante
garantidor da saúde vascular. Isso leva ao desenvolvimento de lesões ateroscleróticas
coronarianas, bem como disfunção microvascular, levando a nefropatia e retinopatia. Nessa
perspectiva, intervenções rápidas e eficazes são de extrema importância para combater a
carga de DCV relacionada ao DM. Segundo estudos de base populacional, quase 50% da

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mortalidade total em pessoas com DM é devido a DCV, enquanto outras complicações
representam apenas 15% (PANENI, 2013).
Nesse interim, é de vital importância abordar este assunto, visto que é uma doença de
alta letalidade e que apresenta fatores de riscos modificáveis, atribuídos ao estilo de vida,
sendo, dessa forma, possível a prevenção através das mudanças de hábitos. Conforme dados
do Grupo de Pesquisa do Estudo de Controle e Complicações do Diabetes/Epidemiologia das
Intervenções e Complicações do Diabetes (DCCT/EDIC), em indivíduos com DM tipo 1, a
adoção de controle intensivo da glicemia, objetivando HbA1c (hemoglobina glicada) abaixo
de 7% nos primeiros 6 anos de diabetes, pode promover uma redução de 57% na ocorrência
de infarto não fatal do miocárdio, AVC e morte por DCV no seguimento de longo prazo. Da
mesma forma, no diabetes tipo 2, o controle intensivo da glicemia diminuiu os desfechos
cardiovasculares a longo prazo (após 10 anos) quando adotados em pacientes com diabetes
recém diagnosticados (PITITTO, et al., 2022).
A Diabetes Mellitus (DM) e a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) são os principais
fatores de risco para as doenças cardiovasculares e compõem a primeira causa de
hospitalizações no sistema público de saúde. Para isso, o Ministério da Saúde criou, em 2002,
o Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos (Hiperdia).
Essa esquematização facilitou o processo de informações aos profissionais de saúde e aos
gestores e reduziu, de forma significante, as internações e complicações da doença. Desse
modo, pôde-se inferir que 60% a 80% dos casos podem ser tratados na Atenção Básica por
meio do Hiperdia (SILVA JVM, et al., 2015).
Na tentativa de busca de melhoria na qualidade de vida da população, a Atenção
Básica atua de forma a criar estratégias, por meio de ações educativas, de estímulo de
atividades físicas, do fornecimento de informações e do acompanhamento, além do
agendamento de consultas médicas, da entrega de medicamentos e do acolhimento contínuo
aos usuários. Ademais, recomendações nas mudanças no estilo de vida, incluindo dieta
adequada, atividade física regular e cessação do tabagismo, apresentam-se como estratégias
de políticas públicas de saúde com o intuito de prevenção precoce de eventos
cardiovasculares.
Indivíduos com DCV são propensos à hospitalização, considerando-se o maior risco
de comprometimento funcional, eventos mais adversos à ação dos fármacos e reações do
paciente, e ocorrência de comorbidades. No entanto, o infarto agudo do miocárdio, o acidente

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vascular cerebral e a insuficiência cardíaca são complicações que podem ser prevenidas por
ações da ESF, na APS. Dentre estas ações se destacam a detecção precoce, a avaliação
cardiovascular, acompanhamento e aconselhamento (LENTSCK e MATHIAS, 2015).
A equipe mínima de Saúde da Família é constituída por um médico, um enfermeiro,
um a dois auxiliares de enfermagem e quatro a seis agentes comunitários de saúde, devendo
atuar, de forma integrada e com níveis de competência bem estabelecidos, na abordagem da
avaliação de risco cardiovascular, medidas preventivas primárias e atendimento a diabete
melito (BRASIL, 2006).
O agente comunitário de saúde tem a função de esclarecer a comunidade sobre os
fatores de risco para as doenças cardiovasculares, orientando-a sobre as medidas de
prevenção, deve também identificar na população em geral, pessoas com fatores de risco para
doença cardiovascular, encaminhar à consulta de enfermagem, à unidade de saúde para
avaliação clínica adicional e exames laboratoriais, além de verificar o comparecimento desses
indivíduos, acompanhando-os periodicamente e registrando na ficha o diagnóstico de doenças
cardiovasculares ou fatores de risco importantes de cada membro da família (BRASIL, 2006).
O auxiliar de Enfermagem, por sua vez, tem o encargo de verificar os níveis da
pressão arterial, peso, altura e circunferência abdominal, em indivíduos da demanda
espontânea da unidade de saúde, agendar consultas e reconsultas médicas e de enfermagem
para os casos indicados, proceder as anotações devidas em ficha clínica e encaminhar as
solicitações de exames complementares para serviços de referência (BRASIL, 2006).
O profissional da enfermagem vai agir de modo à capacitar os auxiliares de
enfermagem e os agentes comunitários e supervisionar suas atividades; realizar consulta de
enfermagem; desenvolver atividades educativas de promoção de saúde; deve ainda,
estabelecer, junto à equipe, estratégias que possam favorecer a adesão (grupos com
dislipidemia, tabagistas, obesos, hipertensos e diabéticos) (BRASIL, 2006).
O médico tem o dever de realizar consultas para confirmação diagnóstica, avaliação dos
fatores de risco, identificação de possíveis lesões em órgãos-alvo e comorbidades, visando à
estratificação de risco cardiovascular; programar, junto à equipe, estratégias para a educação do
paciente; além de encaminhar à unidade de referência secundária os pacientes diabéticos com
dificuldade de controle metabólico e as pessoas que apresentam doença cardiovascular instável
(BRASIL, 2006).
A inserção de outros profissionais, especialmente nutricionistas, assistentes sociais,
psicólogos, odontólogos, professores de educação física, é vista como bastante
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enriquecedora, destacando-se a importância da ação interdisciplinar (BRASIL, 2006).
Desse modo, para que as APS realizem suas contribuições na prevenção e no controle
de doenças, é necessário haver um efetivo mapeamento e um aumento na quantidade de
pessoas atendidas, além da melhoria do acesso, do incentivo ao paciente da auto-gestão de
sua saúde, capacitação da equipe e apoio aos gestores de saúde. É imperioso, ainda, a
interlocução com os outros níveis de atenção à saúde, facilitando o acesso a serviços de
diagnóstico e a tratamento especializados, assim como a implantação de sistemas eficientes
para melhor registro e uso da informação, coordenação de medicamentos prescritos e
acompanhamento dos resultados ao longo do tempo (TAVARES e BARRETO-FILHO,
2017).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Observa-se que as doenças cardiovasculares têm se tornado um desafio à saúde


pública, algumas medidas de combate e controle destas patologias e seus riscos são efetivas
como: base ações multissetoriais antitabaco, o plano nacional de prevenção da obesidade,
centrado em causas sociais e ambientais, por meio de alimentação saudável, e maior estímulo
governamental à prática de atividade física.
É importante que os profissionais atribuam o cuidado individualizado e direcionado
para cada pessoa. Baseando-se na pesquisa levantada, é sustentável dizer que, as políticas
públicas, seus programas e profissionais capacitados são imprescindíveis para fortalecer
medidas cabíveis para o cuidado com as pessoas com diabetes, por meio de ações de
prevenção, acompanhamento e rápido diagnóstico, evitando o agravo para doenças
cardiovasculares.
É imprescindível abordar esta temática devido ao alto índice de mortalidade e de
internações, uma vez que se constatou que as DCVs apresentam fatores de riscos que podem
ser modificáveis, destacando a prevenção, as mudanças de hábitos, o controle da glicemia.
Medidas essas responsáveis pela redução do número de mortes e por uma melhor qualidade
devida à população. Nesse sentido, o manejo dos profissionais da atenção básica das
patologias crônicas associado a políticas de conscientização da população é fundamental.

REFERÊNCIAS

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6. Orientador(a)/Professor(a) da Faculdade Santa Maria – FSM (000094@fsmead.com.br)
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revisão integrativa da literatura. Revista Eletrônica Acervo Saúde, [s. l.], 2020. Disponível
em: file:///C:/Users/Samsung/Downloads/5636-Artigo-68039-1-10-20210215.pdf. Acesso
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CHACRA, Ana Paula Marte; FILHO, Raul Dias dos Santos. Quando e como avaliar o risco
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Revista Sociedade Cardiologia do Estado de São Paulo, [s. l.], 2019. Disponível em:
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MESQUITA, Claudio Tinoco; KER, Wilter dos Santos. Fatores de Risco Cardiovascular em
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Aprendidas. Arq Bras Cardiol, [s. l.], 2021. Disponível em:
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Disponível em:
https://www.scielo.br/j/abc/a/tnNCyBrq3YLzDjtMj7VpHSG/?format=pdf&lang=pt. Acesso
em: 15 maio 2022.

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Goiás, 2001-2016. Epidemiol. Serv. Saude, [s. l.], 2019. Disponível em:
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LENTSCK, Maicon Henrique; SAITO, Ana Claudia; MATHIAS, Thais Aidar de Freitas.
Tendência de declínio das hospitalizações por doenças cardiovasculares sensíveis à atenção
primária. Texto Contexto Enferm, [s. l.], 2017. Disponível em:
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BRASIL MINISTÉRIO DA SAÚDE. Caderno de Atenção Básica Nº 14. Prevenção clínica


De doença cardiovascular, cerebrovascular e renal crônica, Brasília,2006

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Diretriz Brasileira baseada em


evidencias sobre prevenção de doenças cardiovasculares em pacientes com diabetes:
posicionamento da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), da Sociedade Brasileira de
Cardiologia (SBC) e da Sociedade Brasileira de endocrinologia e metabologia (SBEM).
Arquivos Brasileiros de Cardiologia, [s. l.], ano 2017, v. 109, ed. 6, 2017. DOI:
10.1186/s13098-017-0251-z. Acesso
em: 15 maio 2022.

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LENTSCK, Maicon Henrique; MATHIAS, Thais Aidar de Freitas. Internações por doenças
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Enfermagem , Ribeirão Preto , v. 23, n. 4, pág. 611-619, agosto de 2015 . Acesso em 16 de
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PITITTO B, DIAS M, MOURA F, LAMOUNIER R, CALLIARI S, BERTOLUCI M. Metas


no tratamento do diabetes. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes (2022).
DOI: 10.29327/557753.2022-3, ISBN: 978-65-5941-622-6.

PANENI, Francesco. Diretrizes ESC/EASD de 2013 sobre o manejo de diabetes e doenças


cardiovasculares: conhecimento estabelecido e lacunas de evidências. Sage jounals.
Disponível em: https://doi.org/10.1177/1479164113512859

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ABORDAGEM DA HIPOCALCEMIA E DO HIPOPARATIREOIDISMO
COMO COMPLICAÇÕES PÓS-TIREOIDECTOMIA: UMA REVISÃO
DE LITERATURA

Ana Luiza Batista Cavalcanti1


Anne Letícia Gadelha Braga2
Evaniza Raquel Cezário dos Santos Pereira3
Larissa Dantas Magalhães4
Marina de Oliveira Gadelha Souza 5
Ankilma do Nascimento Andrade Feitosa6

INTRODUÇÃO

A tireoidectomia é usada no tratamento de doenças que acometem a glândula tireoide e,


como qualquer cirurgia, pode haver complicações, como sangramentos, lesões nervosas
recorrentes e hipoparatireoidismo por lesões nas paratireoides. Após as tireoidectomias,
observou a incidência de hipoparatireoidismo definitivo e de fatores determinantes na
evolução da hipocalcemia O ponto positivo é que com o conhecimento sobre o manejo da
patologia é possível detectar, antecipadamente, os pacientes em risco de sofrer com elas e
tratá-los adequadamente. Dessa forma, é possível conhecer a incidência de hipocalcemia após
72 horas pós-cirurgia e de hipoparatireoidismo permanente como complicações da
tireoidectomia (MINTEGUI et al., 2020).
A complicação mais prevalente, a longo prazo, após uma tireoidectomia total é o
hipoparatireoidismo permanente. Nesse contexto, se torna responsável pela morbilidade e
exige uma terapia de reposição a longo prazo. É necessário observar os níveis de
paratormônio (iPTH) no primeiro dia após a tireoidectomia total pois é um preditor útil de
hipoparatireoidismo permanente. Além disso, a análise dos níveis séricos de iPTH>5 pg/ml
excluem a presença do hipoparatireoidismo permanente (ESPINO et al., 2019).
A hipocalcemia é uma complicação comum após técnica de tireoidectomia. É utilizada
a profilaxia com cálcio e calcitriol como uma alternativa custo efetiva simples para reduzir
essa situação, sem influenciar na função residual da paratireoide (GÓMEZ et al, 2022).
Nesse contexto, o objetivo deste estudo é realizar uma revisão sistemática da literatura
sobre a incidência de hipoparatireoidismo e hipocalcemia após técnica de tireoidectomia e
suas repercussões clínicas no pós-operatório, levantar quais são os fatores de risco mais

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relacionados ao surgimento dessas complicações, bem como avaliar quais são as melhores
condutas para reduzir a morbilidade.

OBJETIVOS

Realizar uma revisão da literatura sobre as complicações do quadro de hipocalcemia e


hipoparatireoidismo após cirurgia de tireoidectomia, avaliando incidência, manifestações
clínicas, condutas e principais fatores de risco.

METODOLOGIA

Para o desenvolvimento desse estudo, foi realizado um levantamento bibliográfico, que


foi dividido em quatro etapas. A primeira etapa constituiu na busca por artigos nas seguintes
bases de dados: Biblioteca Virtual de Saúde (BVS); Medical Literature Analysis and Retrieval
System Online (MEDLINE/LILACS). Utilizaram-se, como critérios de busca, os documentos
publicados no período de 2017 a 2022 e que foram encontrados no modo de “pesquisa
avançada”. Foram utilizados cruzamentos com os seguintes unitermos indexados nos
Descritores em Ciências da Saúde (DECS): “Tireoidectomia”, “Hipocalcemia” e “Período pós-
operatório” Em seus respectivos termos em espanhol “Tiroidectomía”, “Hipocalcemia” e
“Período postoperatorio”. Os estudos incluídos foram localizados a partir da combinação e
cruzamento dos unitermos da pesquisa com a utilização do operador booleano “AND”.
A segunda etapa constituiu-se pela leitura dos títulos dos artigos. Ao todo, somaram-se
31 artigos encontrados, sendo 26 na língua espanhola e 5 na língua portuguesa; destes 8 foram
selecionados para leitura. Na terceira etapa, dentre os resumos levantados, foi feita a leitura
daqueles que contemplavam o título e resumo equivalentes ao intuito da pesquisa. A quarta
etapa, então, consistiu na leitura dos textos na íntegra, seguida pela construção da tabela com
as informações levantadas nesse processo. Por fim, verificou-se que apenas 5 estudos atenderam
aos propósitos desta revisão.
Foram adotados como critérios de inclusão estudos com pacientes submetidos à
tireoidectomia, pacientes de ambos os sexos e de qualquer idade, artigos originais de publicação
eletrônica, em idiomas português e espanhol e artigos publicados nos últimos cinco anos.
Foram excluídos da pesquisa os trabalhos da literatura cinzenta como trabalho de
conclusão de curso, mamografias, dissertações, teses, além de artigos duplicados, textos
incompletos, livros, opiniões de especialistas, artigos pagos e artigos que não abordam a

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temática principal.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

A complicação clínica mais frequente da tireoidectomia é o desenvolvimento de


hipocalcemia pós-operatória transitória, nos resultados dos casos analisados, foi evidenciado a
presença de sintomas associados a hipocalcemia, como parestesias perioral e de extremidades,
espasmos musculares, ou sinais de Trousseau ou Chvostek positivo. O hipoparatireoidismo pós-
operatório foi outra complicação associada, sendo transitória em maior proporção comparado a
permanente. Pacientes que desenvolveram hipoparatireoidismo permanente a longo prazo eram
significativamente mais jovens, e a intervenção cirúrgica durou mais tempo do que no grupo
que não desenvolveu hipoparatireoidismo (ESPINO et al., 2019).
Múltiplos fatores têm sido associados ao desenvolvimento de hipocalcemia no pós-
operatório de tireoidectomia total, como fatores clínico-cirúrgicos, demográficos, bioquímicos
e operatórios, os quais ajudam os cirurgiões a estarem alertas para o desenvolvimento posterior
dessa complicação. De acordo com Puzziello et al, em seu estudo de fatores de risco para
hipocalcemia após cirurgia de tireóide, foi proposta a identificação e preservação
intraoperatória das glândulas paratireoides e sua vascularização como uma manobra associada
a um risco aumentado de desenvolver hipocalcemia transitória, mas a um risco menor de
hipocalcemia permanente (LAXAGUE et al., 2019).
Com base em análises, univariada e multivariada, de um estudo observacional
retrospectivo, observou-se que a idade, a ressecção da paratireoide, o peso da glândula tireóide
maior que 30 g, a patologia oncológica e intervenção por cirurgião especialista em cabeça e
pescoço foram fatores de risco associados ao desenvolvimento de hipocalcemia grave. Ademais,
houve uma maior incidência de câncer nos pacientes que desenvolveram essa patologia
(LAXAGUE et al., 2019).
Outrossim, a maioria dos estudos concorda que, quando o diagnóstico histológico é
maligno, a hipocalcemia e o hipoparatireoidismo são encontrados em maior proporção, como
também, a malignidade é considerada o principal preditor para complicações. O carcinoma
papilífero foi associado a uma maior incidência de ambos, provavelmente, devido à extensão
da cirurgia, incluindo tireoidectomia total ou completa, com ou sem esvaziamento cervical.
Nesse ínterim, estudos demonstram uma diminuição do PTH de 83% nas tireoidectomias totais
1 h após a cirurgia, os quais evidenciam a grande suscetibilidade de glândulas paratireoides ao

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trauma cirúrgico (COIMBRA et al., 2017).
Por conseguinte, o iPTH é um excelente marcador da função da paratireóide graças à
sua meia-vida curta, e sua ação fisiológica é fundamental na homeostase do cálcio, através da
reabsorção de cálcio pelos túbulos renais, estimulando a absorção de cálcio a nível intestinal e
estimulando a reabsorção óssea. Embora não haja valor específico de iPTH no pós-operatório
de tireoidectomia total, no qual possa ser previsto com grande confiabilidade o
desenvolvimento de hipoparatireoidismo permanente, sua determinação é útil graças ao seu alto
valor preditivo negativo (ESPINO et al., 2019).
Desse modo, no estudo estatístico de iPTH em 24 h como preditor de
hipoparatireoidismo permanente, verificou-se que valores de iPTH de 5 pg/ml apresentaram
uma considerável sensibilidade e especificidade, sendo considerado assim com alto valor
preditivo negativo (99,6%). Os resultados deste estudo mostram que o hipoparatireoidismo
permanente após cirurgia de tireoidectomia total é uma complicação pouco frequente quando
realizada por uma equipe cirúrgica experiente, e que os níveis de iPTH pós-operatório > 5
pg/mL podem ajudar a prever quais pacientes não desenvolveram tal complicação. Com isso,
para reduzir a incidência de hipoparatireoidismo permanente após cirurgia de tireoidectomia
total, é importante preservar o maior número de glândulas paratireoides, bem como evitar seu
dano direto e desvascularização durante a cirurgia (ESPINO et al., 2019).
Das características clínicas, os pacientes no pós-operatório imediato apresentam iPTH
suprimido (menos de 5 pg/ml), logo, há necessidade de suplementação com cálcio, com ou sem
suplementação de vitamina D, durante o internamento (ESPINO et al., 2018). Ademais, em
estudo de coorte retrospectivo, GOMES et al., 2022, relata que não houve diferenças
significativas no cálcio sérico de controle pós-operatório, o qual evidencia que a dose de
carbonato de cálcio >3600 mg/dia e cálcio nas primeiras 24 horas de cirurgia foram associados
à presença de sintomas, assim como, as doses de calcitriol <1 mcg/dia e bócio aumentaram o
risco de hipocalcemia bioquímica, enquanto doses de 1,5 mcg/dia diminuíram.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Dessa forma, conclui-se que a hipocalcemia está presente na maioria dos pacientes,
sendo a complicação mais frequente pós-tireoidectomia total. A principal causa para o baixo
nível de cálcio com PTH baixo é o pós operatório, produzindo um quadro de
hipoparatireoidismo que geralmente aparece nas primeiras 48-72h após a cirurgia. Além disso,

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a hipocalcemia pode ter uma relação com idade, sexo, duração da cirurgia ou resultado da
anatomia patológica, estando mais prevalente em mulheres e tendo uma associação com
malignidade, peso elevado da glândula e ressecção inadvertida das paratireoides. Alguns
sintomas podem ser encontrados nos pacientes devido a hipocalcemia, como parestesias,
cãibras musculares, espasmos carpopedais, sinal de Trousseau positivo e até tetania e confusão,
porém foi concluído que também pode-se encontrar casos totalmente assintomáticos. Com
relação a conduta realizada para os casos de baixos níveis de cálcio, a hipocalcemia leve é
tratada com a reposição oral de cálcio e vitamina D, porém quando esta se apresenta de forma
grave é necessário a hospitalização para administração intravenosa de gluconato de cálcio com
monitorização contínua, sendo feita até que se atinja os seus níveis normais e, com isso, o
paciente consiga manter essa normalização com a administração oral. Por fim, houve
concordância entre os autores que o hipoparatireoidismo é transitório na maioria dos casos,
voltando os níveis de cálcio à normalidade após alguns dias de pós operatório.

REFERÊNCIAS

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639X2020000100003&lng=es&nrm=iso>. accedido en 20 mayo 2022.

MINTEGUI, Gabriela; MENDOZA, Beatriz. Incidencia de hipocalcemia posquirúrgica en


1. Acadêmica do curso de Medicina, FSM (cavalcanty.aninha2112@gmail.com)
2. Acadêmica do curso de Medicina, FSM (leticiagadelha2015@gmail.com)
3. Acadêmica do curso de Medicina, FSM (quelsantossjp@gmail.com)
4. Acadêmica do curso de Medicina, FSM (larii.dantas@hotmail.com)
5. Acadêmica do curso de Medicina, FSM (marinagadelha2006@hotmail.com)
6. Orientador(a)/Professor(a) da Faculdade Santa Maria – FSM (ankilmar@hotmail.com)
tiroidectomías en el Hospital de Clínicas. Rev. Méd. Urug., Montevideo, v. 36, n. 3, p. 134-
156, 2020. Disponible en
http://www.scielo.edu.uy/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1688-
03902020000300134&lng=es&nrm=iso>. accedido en 20 mayo 2022. Epub 01-Sep- 2020.
https://doi.org/10.29193/rmu.36.3.6.

1. Acadêmica do curso de Medicina, FSM (cavalcanty.aninha2112@gmail.com)


2. Acadêmica do curso de Medicina, FSM (leticiagadelha2015@gmail.com)
3. Acadêmica do curso de Medicina, FSM (quelsantossjp@gmail.com)
4. Acadêmica do curso de Medicina, FSM (larii.dantas@hotmail.com)
5. Acadêmica do curso de Medicina, FSM (marinagadelha2006@hotmail.com)
6. Orientador(a)/Professor(a) da Faculdade Santa Maria – FSM (ankilmar@hotmail.com)
REVISÃO DE LITERATURA: RESISTÊNCIA FARMACOLÓGICA DO
USO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS NA PANDEMIA DA
COVID-19
Andréia Dantas Pinheiro1
Daniel Oliveira Soares2
Flávio Lima Silva3
Renata Braga Rolim Vieira4

INTRODUÇÃO

Medicamentos como os antibióticos são geralmente usados para o tratamento de


infecções bacterianas. A resistência ao medicamento é potencializada devido ao mau uso
(seja ele por falta de conhecimento do paciente) ou à má administração excessiva de
antibióticos (seja ela por falta de um acompanhamento mais íntegro do medico para com seu
paciente). Quando feito o uso errôneo dos antibióticos, eles eliminam apenas as bactérias mais
sensíveis ás drogas, deixando as mais resistentes proliferarem no hospedeiro e assim
dificultando o combate à esses seres, algo correspondente a seleção natural. Um fator
importante para o aumento da resistência a antibióticos é a falha nas dosagens. O fato de a
mesma dose ser recomendada e administrada para todos os pacientes, desconsiderando suas
características particulares, pode comprometer muito a eficácia desses medicamentos.
(RODRÍGUEZ-BAÑO et al., 2021)

Durante a pandemia da COVID-19 houve o uso intenso de antibióticos em pacientes


com síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2), havendo um aumento na incidência
de coinfecções e infecções secundárias, devido a prescrição inapropriada e excessiva.
Concomitante a esse acometimento, a vigilância da resistência antimicrobiana (AMR) e a
administração antimicrobiana (MAS) foram despriorizadas com a polarização de recursos e
de cuidados para o sistema de saúde responsivo aos casos referente à pandemia. (LUCIEN et
al., 2021)

Em consequência a esse panorama criado na pandemia da COVID-19, o número de


casos de pacientes com infecções resistentes podem originar uma possível situação em um
futuro próximo, uma nova pandemia de resistância antimicrobiana. A partir do momento em
que os pacientes infectados com bactérias resistentes aos medicamentos, comumente
conhecidas como "superbactérias", não podem receber tratamento medicamentoso usual.
1. Andréia Dantas Pinheiro, FSM (20211056002@fsmead.com.br)
2. Daniel Oliveira Soares, FSM (20211056003@fsmead.com.br)
3. Flávio Lima Silva, FSM (20211056025@fsmead.com.br)
4. Renata Rolim Braga Vieira Xavier – FSM (000053@fsmead.com.br)
Hospitais públicos e privados podem ser fechados devido ao aumento do número de leitos
ocupados e, consequentemente, óbitos relacionados. (PELFRENE et al., 2021)

Embora o impacto futuro do COVID-19 na humanidade não seja totalmente


compreendido, a ideia de uma crise de saúde associada a bactérias resistentes a medicamentos
é real e precisa receber a devida atenção para que possamos começar a tentar contorná-la. Por
isso, se torna crucial transparecer a temática com o fito de dirimir essa possível repercussão
do uso errôneo de antibióticos.

OBJETIVO

Apresentar os possíveis riscos ou as possíveis repercussões causadas pelo uso


indiscriminado de antibióticos durante a pandemia do COVID 19.

METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada por meio da seleção de


artigos científicos publicados indexados nas bases do Google Academic e do PubMed. A
pesquisa foi realizada no período de maio de 2022 e as buscas por artigos publicados nas
bases de dados foram realizadas através dos descritores indexados nos Descritores em
Ciências da Saúde (DeCS), sendo estes: antimicrobial resistance, covid19 e antibiotics. Os
descritores foram cruzados nas bases de dados em várias combinações através do operador
booleano AND, para assimilar os termos de modo que eles correspondam simultaneamente
ao objetivo proposto. No levantamento bibliográfico foram selecionados artigos com o
período de 04 anos, sem restrição de idioma. Foram apresentados 48 resultados, no qual por
uma escolha criteriosa foram selecionados 07 artigos com o propósito de serem usados na
produção textual

RESULTADOS E DISCUSSÕES

O aumento do consumo de antimicrobianos está significativamente associado ao


surgimento da resistência antimicrobiana global. Em muitos países, alguns pacientes insistem
em antimicrobianos e outros parecem estar mais motivados a abusar e abusar de antibióticos
do que armazená-los e usá-los apenas quando prescritos. Pacientes em países em
desenvolvimento muitas vezes recorrem à automedicação porque sentem que os hospitais
públicos estão superlotados ou arcarão com um ônus financeiro maior. (UKUHOR, 2021)
Freires & Junior (2022) afirma que durante a pandemia de COVID-19, uma ação
constante dos médicos foi iniciar o tratamento com antibióticos, uma vez que tosse, febre e
1. Andréia Dantas Pinheiro, FSM (20211056002@fsmead.com.br)
2. Daniel Oliveira Soares, FSM (20211056003@fsmead.com.br)
3. Flávio Lima Silva, FSM (20211056025@fsmead.com.br)
4. Renata Rolim Braga Vieira Xavier – FSM (000053@fsmead.com.br)
infiltrados radiológicos são características da pneumonia bacteriana adquirida na
comunidade. O medicamento mais ultilizado durante esse período pandêmico foi a
azitromicina, que pode causar (em uso errôneo) um aumento significativo na taxa de
resistência bacteriana, atingindo grandes dimensões no contexto da pandemia. Paralelamente,
Vellano et al,. (2020) sugere que com o passar do tempo, o aumento de casos de resistência
bacteriana aos antimicrobianos tem se elevado, tornando necessárias elaborações de medidas
preventivas, visando à melhoria e minimização dos efeitos da resistência bacteriana, assim
como evitar novas cepas multirresistentes.

Informações sobre o uso de antibióticos para tratar a infecção por COVID-19 estão
prontamente disponíveis ao público na internet, além de aumentar a pressão de ambientes
clínicos e hospitais. A falta de conhecimento suficiente do valor dos antibióticos, juntamente
com o medo da infecção por COVID-19, contribuiu diretamente para o aumento do acesso a
antibióticos de venda livre, especialmente em países de baixa e média renda com fracos
esforços de controle de antibióticos e acesso limitado a configurações de saúde. (UKUHOR,
2021)

Outro ponto que corrobora para a assertiva de Ukuhor (2021), é hodiernamente a


grande quantidade de pessoas que vivem sem saneamento básico adequado, somado à ínfima
disponibilidade de saúde qualificada e a facilidade de compra de antibióticos sem receita,
provavelmente de caráter questionável. Todas essas condições influenciam no aumento
gradativo da resistência antimicrobiana (RAM). Para converter essa situação, sugere-se que
haja um incentivo maior de políticas públicas que visem uma melhoria no saneamento e em
serviços de saúde que pode ocorrer por meio da criação de tratamentos terapêuticos
alternativos, como foi assegurado pelo Pelfrene et al., (2021).

Destarte, torna-se imprescindível a prática de uma abordagem mais avançada,


principalmente na análise do DNA dos agentes patogênicos, para que haja precocemente um
diagnóstico específico e um tratamento antimicrobiano apropriado para os enfermos que
tiveram coinfeccções bacterianas, com o finalidade de prevenir o agravamento e o aumento
da mortalidade dos pacientes acometidos. Ademais, com esse conhecimento prévio, pode-
se ter uma alteração na forma de administração dos antibióticos para os doentes acometidos
pelo coronavírus no âmbito da saúde. (GHOSH et al., 2021)

CONSIDERAÇÕES FINAIS
1. Andréia Dantas Pinheiro, FSM (20211056002@fsmead.com.br)
2. Daniel Oliveira Soares, FSM (20211056003@fsmead.com.br)
3. Flávio Lima Silva, FSM (20211056025@fsmead.com.br)
4. Renata Rolim Braga Vieira Xavier – FSM (000053@fsmead.com.br)
Com a apresentação do panorama pandêmico atual da COVI-19 concomitante do uso
abusivo de antibióticos para abordagem inicial da doença, mostra-se que é necessário a
elaboração de medidas cabíveis a fim de esclarecer como se dever proceder Diante um
tratamento de antibioticoterapia e tornar ciente aqueles que não se tem um entendimento
prévio do que é um antibiótico e o motive de não tomar de forma demasiada.

REFERÊNCIAS

FREIRES, Marinete Sousa; JUNIOR, Omero Martins Rodrigues. Resistência bacteriana pelo
uso indiscriminado da azitromicina frente a Covid-19: uma revisão integrativa. Research,
Society and Development, v. 11, n. 1, p. e31611125035-e31611125035, 2022.

GHOSH, Soumya; BORNMAN, Charné; ZAFER, Mai M. Antimicrobial Resistance Threats


in the emerging COVID-19 pandemic: Where do we stand?. Journal of infection and public
health, v. 14, n. 5, p. 555-560, 2021.

LUCIEN, Mentor Ali Ber et al. Antibiotics and antimicrobial resistance in the COVID-19
era: Perspective from resource-limited settings. International journal of infectious diseases,
v. 104, p. 250-254, 2021.

PELFRENE, Eric; BOTGROS, Radu; CAVALERI, Marco. Antimicrobial multidrug


resistance in the era of COVID-19: a forgotten plight?. Antimicrobial Resistance &
Infection Control, v. 10, n. 1, p. 1-6, 2021.

RODRÍGUEZ-BAÑO, Jesús et al. Key considerations on the potential impacts of the


COVID- 19 pandemic on antimicrobial resistance research and surveillance. Transactions of
the royal society of tropical medicine and hygiene, v. 115, n. 10, p. 1122-1129, 2021.

UKUHOR, Hyacinth O. The interrelationships between antimicrobial resistance, COVID-19,


past, and future pandemics. Journal of Infection and Public Health, v. 14, n. 1, p. 53-60,
2021.

VELLANO, Patrícia Oliveira; DE PAIVA, Maykon Jhuly Martins. O uso de antimicrobiano


na COVID-19 e as infecções: o que sabemos. Research, Society and Development, v. 9, n.
9, p. e841997245-e841997245, 2020.

1. Andréia Dantas Pinheiro, FSM (20211056002@fsmead.com.br)


2. Daniel Oliveira Soares, FSM (20211056003@fsmead.com.br)
3. Flávio Lima Silva, FSM (20211056025@fsmead.com.br)
4. Renata Rolim Braga Vieira Xavier – FSM (000053@fsmead.com.br)
INFLUÊNCIA DA FISIOTERAPIA NA QUALIDADE DE VIDA DE
PORTADORES DE FIBROMIALGIA

Ellem Vieira do Nascimento1


Ana Clarisse Freitas de Almeida2
Fernanda Kelly Lopes Moreira³
Vanessa Giovanna Fernandes4
Emanuely Rolim Nogueira⁵
Michel Jorge Dias⁶

INTRODUÇÃO

A fibromialgia (FM) consiste em uma condição reumatológica caracterizada pela


presença de dor crônica e generalizada que afeta a funcionalidade e a qualidade de vida,
interferindo diretamente na realização das atividades do dia a dia dos indivíduos. Sua
prevalência no mundo é de 2% a 6% e geralmente é mais frequente no sexo feminino com a
idade entre 35 e 60 anos, representando 80 a 96% dos casos (COUTO et al., 2020;
RUSCHAK et al., 2022).
A etiologia da FM é idiopática, isto é, não possui uma causa totalmente esclarecida,
entretanto há algumas hipóteses que podem estar relacionadas com o desenvolvimento da
síndrome, tais como desequilíbrio da ocitocina, excesso de atividade simpática periférica,
alterações nas vias de transmissão da dor e nos neurotransmissores, exacerbando a dor central
e periférica. Além disso, acredita-se que ocorra a participação de fatores genéticos e
ambientais que favorecem o surgimento da FM (SHEN et al.,2022).
O quadro clínico da FM envolve dor musculoesquelética difusa ligada ao
aparecimento dos 18 tender points, além de rigidez matinal, cefaléia, fraqueza muscular,
déficit de sensibilidade nas extremidades, distúrbios do sono, fadiga, intestino irritável, algia
crônica na região pélvica, disfunções da articulação temporomandibular, alterações
psicológicas e de humor (JUNIOR; SANTOS; SILVA, 2021; JOHN et al., 2022).
A FM é uma doença na qual o diagnóstico se apresenta sob diversos aspectos, devendo
ser avaliada por uma minuciosa anamnese e detalhado exame físico. Por apresentar difícil
diagnóstico, os critérios estabelecidos para a classificação da doença têm base no Colégio
Americano de Reumatologia (ACR), sendo estes: dor difusa por pelo menos 3 meses em

Embora o ACR tenha


1. Graduando do proposto novo modeloFSM
curso de Fisioterapia, de diagnóstico sem a avaliação dos pontos
(20192003002@fsmead.com.br)
Graduando do
1. Graduando
2. do curso
curso de
de Fisioterapia
Fisioterapia,, FSM
FSM (20192003009@fsmead.com.br)
(20192003002@fsmead.com.br)
Graduando do
2. Graduando
3. do curso
curso de
de Fisioterapia,
Fisioterapia, FSM (20192003009@fsmead.com.br)
(fernandakelly421@gmail.com)
Graduando do
3. Graduando
4. do curso
curso de
de Fisioterapia
Fisioterapia,, FSM
FSM (vanessagiovannaf@gmail.com)
(fernandakelly421@gmail.com)
5. Graduando do curso de da
4. Orientadora/Professora Fisioterapia
Faculdade, FSM
Santa Maria – FSM (000465@fsmead.com.br)
(vanessagiovannaf@gmail.com)
5. Orientadora/Professora
6. Orientador/Professor da da Faculdade
Faculdade SantaSanta
MariaMaria – FSM
– FSM (000372@fsmead.com.br)
(000465@fsmead.com.br)
6. Orientador/Professor da Faculdade Santa Maria – FSM (000372@fsmead.com.br)
associação com pelo menos 11 tender points dos 18 existentes, palpados com pressão de 4
kgf.sensíveis, o método elaborado anteriormente continua sendo considerado a melhor
ferramenta diagnóstica (BUENO et al.2012).
Segundo Galliano et al (2017) o tratamento dessa síndrome é através de
medicamentos, mudanças de hábitos, exercícios físicos e fisioterapia. Ademais, estudos
realizados evidenciam que o uso de inibidores de recaptação da serotonina e noradrenalina são
benéficos para o manejo da fibromialgia. Destaca-se que o tratamento fisioterapêutico
proporciona inúmeros benefícios e atua de forma eficiente no tratamento da FM pois diminui
o quadro álgico, fortalece e relaxa os músculos, devolvendo a funcionalidade dos pacientes.
O presente estudo justifica-se pelas limitações e complicações decorrentes da
fibromialgia que afeta negativamente os portadores dessa síndrome, sendo necessário o
conhecimento das intervenções fisioterapêuticas e dos benefícios proporcionados no
tratamento da FM.

OBJETIVO

Gerais:
Buscar na literatura atual, os recursos dispostos pela Fisioterapia para tratamento de
portadores de Fibromialgia, considerando as implicações geradas na qualidade de vida dos
pacientes.
Específicos:
• Expor a relevância dos recursos fisioterapêuticos para essa síndrome;
• Conhecer as diferentes intervenções fisioterapêuticas que podem ser aplicadas, bem
como as
mais pertinentes para a FM;
• Promover entendimento sobre o tema para indivíduos, através de informações com
evidências científicas que contribuam aos portadores.

METODOLOGIA

Procedeu-se à uma busca da literatura, por meio da consulta aos indexadores de


pesquisa nas bases de dados: Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Biblioteca
Virtual de Saúde(BVS), National Library of Medicine (PUBMED) e pela Biblioteca Regional
de Medicina (BIREMA). O levantamento foi realizado com os seguintes descritores:

1. Graduando do curso de Fisioterapia, FSM (20192003002@fsmead.com.br)


2. Graduando do curso de Fisioterapia, FSM (20192003009@fsmead.com.br)
3. Graduando do curso de Fisioterapia, FSM (fernandakelly421@gmail.com)
4. Graduando do curso de Fisioterapia, FSM (vanessagiovannaf@gmail.com)
5. Orientadora/Professora da Faculdade Santa Maria – FSM (000465@fsmead.com.br)
6. Orientador/Professor da Faculdade Santa Maria – FSM (000372@fsmead.com.br)
Fibromialgia, Fibromyalgia, Qualidade de Vida, Tratamento e Fisioterapia, todos cadastrados
nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS).
A busca foi efetuada no período de maio de 2022 e a seleção dos artigos limitou-se aos
critérios de inclusão e de exclusão, sendo selecionados artigos completos, disponibilizados de
forma gratuita nas bases de dados selecionadas, no idioma português, inglês e espanhol,
publicados entre os anos de 2012 a 2020. Foram excluídos artigos de revisão, monografias,
dissertações e teses. A princípio, identificaram-se 110 artigos, descartando os que não
respondiam ao objetivo do estudo. Por fim, após serem empregados os critérios de exclusão,
restaram 18 artigos dos quais 8 foram considerados relevantes para a interação dessa
temática.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Um estudo por Sousa et al. (2018), produzido com dois grupos de portadores com FM,
no qual um grupo realizou tratamento com recursos da cinesioterapia em solo e o outro grupo
realizou hidrocinesioterapia; ao serem avaliados identificou-se que possuíam uma média de
tender points de 17,57 pontos. Ao final de todas as sessões constatou-se que a aplicação das
técnicas da cinesioterapia em solo promoveu melhora considerável da dor e fadiga muscular
do grupo avaliado, por outro lado o grupo da hidrocinesioterapia mostraram maiores
resultados quanto à funcionalidade e condicionamento cardiopulmonar. Dessa forma, foi
notado que o uso da água aquecida beneficia a execução de exercícios pelo alívio dos
sintomas dolorosos, já por meio da cinesioterapia, o alongamento auxilia na flexibilidade,
relaxando os músculos e diminuindo o quadro álgico.
Camilo et al. (2020), demonstraram a Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea
(TENS) de baixa frequência e alta intensidade como um recurso terapêutico eficaz para alívio
do quadro álgico, melhora na qualidade de vida e do sono, tanto no momento imediato após
os atendimentos quanto pelo período que se seguiu durante um mês . Foram avaliadas 4
mulheres tendo variação no alívio da dor, fato que teve ligação também com o IMC e estilo
de vida das mesmas, pois nas pacientes com obesidade a dor era mais acentuada, ao contrário
do caso 4 com IMC normal e que apresentou recuperação significativa dos sintomas. Sabe-se
que a qualidade do sono está ligeiramente ligada com a dor, em vista disso, a ação do TENS
na produção do efeito analgésico através da ativação de receptores opióides, que funcionam
liberando substâncias endógenas favoreceu para que ao final de todas as sessões as pacientes
1. Graduando do curso de Fisioterapia, FSM (20192003002@fsmead.com.br)
2. Graduando do curso de Fisioterapia, FSM (20192003009@fsmead.com.br)
3. Graduando do curso de Fisioterapia, FSM (fernandakelly421@gmail.com)
4. Graduando do curso de Fisioterapia, FSM (vanessagiovannaf@gmail.com)
5. Orientadora/Professora da Faculdade Santa Maria – FSM (000465@fsmead.com.br)
6. Orientador/Professor da Faculdade Santa Maria – FSM (000372@fsmead.com.br)
fossem beneficiadas na melhora do sono e na atenuação das dores musculares.
Nadal-Nicolás et al. (2020), analisaram a eficiência dos recursos terapêuticos manuais
sobre a fadiga muscular, dor, sono e estado de humor em mulheres portadores de FM. Foram
incluídas no estudo 24 pacientes que apresentam essa síndrome, sendo um grupo de terapia
manual e outro grupo placebo usando apenas ultrassom terapêutico. Depois de um mês de
terapia foi notado que a realização de variados tipos de massagem, incluindo massagem do
tecido conjuntivo, tem vantagens em termos de melhora dos sintomas da FM. Em particular, a
dor amenizou significativamente com base na escala EVA, minimizou a ansiedade e
depressão, como também promoveu um sono reparador no grupo avaliado. Logo, os recursos
terapêuticos manuais podem ser considerados como mais uma alternativa para o tratamento
da FM.
Cury e Vieira (2016) em seu estudo de um relato de caso sobre um indivíduo do sexo
feminino portador de fibromialgia, objetivou mostrar como o Método Pilates exerce seus
efeitos na síndrome em questão. Mediante a pesquisa realizada pôde-se concluir que o
Método Pilates exerce efeitos positivos no tratamento da fibromialgia, pois atenua o quadro
álgico e promove melhor condicionamento físico e maior flexibilidade, e somado à isso
proporciona qualidade de vida; dados esses que foram evidenciados através deste estudo.
Em outro estudo de relato de caso desenvolvido por Jorge et al. (2017), foi realizado
tratamento fisioterapêutico através dos recursos de cinesioterapia e hidrocinesioterapia em
uma paciente portadora de lúpus eritematoso sistêmico, em associação com artrite reumatoide
e fibromialgia. A mesma tinha como maior queixa a presença de dor difusa e de forte
intensidade. Após a intervenção proposta da pesquisa, observou-se redução do quadro álgico,
ganho na força de preensão palmar em ambas as mãos, além de melhora no equilíbrio
postural e redução da incapacidade, resultando dessa forma em maior qualidade de vida,
mostrando assim que a fisioterapia é eficiente no quadro sintomatológico inerente às
respectivas afecções.
Pinzón-Ríos, Angarita-Fonseca e Correa-Pérez (2015), realizaram um estudo com 8
mulheres fibromiálgicas no intuito de verificar quais implicações seriam geradas pela
aplicação de um programa de treinamento funcional com enfoque na musculatura do core,
visto que esta proporciona estabilidade da coluna. Sendo assim, o treinamento funcional
destes músculos exerce influência na melhora funcional, previne a ocorrência de lesões além
de atenuar a dor de caráter crônico. Os dados da pesquisa mostraram que a conduta proposta

1. Graduando do curso de Fisioterapia, FSM (20192003002@fsmead.com.br)


2. Graduando do curso de Fisioterapia, FSM (20192003009@fsmead.com.br)
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5. Orientadora/Professora da Faculdade Santa Maria – FSM (000465@fsmead.com.br)
6. Orientador/Professor da Faculdade Santa Maria – FSM (000372@fsmead.com.br)
foi efetiva na alteração da dor, no ganho de força muscular e no aprimoramento da
funcionalidade e ainda proporcionou maior nível de atividade física.
Izquierdo-Alventosa (2020) por meio de um ensaio clínico randomizado puderam
verificar quais as repercussões de um programa de exercício físico de pequena intensidade
sobre o quesito psicológico, assimilação de processo doloroso, aprimoramento do
condicionamento físico e melhora da qualidade da vida em mulheres portadoras de
fibromialgia. A pesquisa contou com 2 grupos: um grupo experimental, o qual foi submetido
ao protocolo proposto ( no qual foi realizado treinamento de resistência e coordenação), e um
grupo controle que não foi submetido ao programa de exercícios. Foi identificado que no
grupo experimental houve considerável evolução nos aspectos avaliados, como o fator
psicológico, o processo de assimilação da dor, além da otimização do condicionamento físico
que consequentemente geram maior qualidade de vida.
Em um estudo realizado com 19 pacientes portadores de fibromialgia buscou-se
analisar a repercussão de duas modalidades de exercícios no que tange aos seguintes
aspectos: quantidade de tender points, quadro doloroso, presença de ansiedade e depressão e
qualidade do sono, sendo os exercícios em questão aplicados: alongamento muscular e
exercícios aeróbicos. Fizeram parte da amostra 19 pacientes, sendo que 12 integraram o
grupo correspondente à realização de alongamento e 7 pacientes integraram o grupo
correspondente a aplicação de exercício aeróbico em esteira ergométrica. Diante dos
resultados apresentados, constatou-se que a modalidade alongamento proporcionou-se efeito
clínico mais significativo no aspecto da dor (25%), no quesito sono (38%), na amenização da
depressão (22%) e no número de tender points (15%), enquanto que o exercício aeróbico
mostrou piora da depressão (18%) e do número de tender points (3%). Entretanto, no fator
ansiedade, foi observado melhor efeito oriundo do exercício aeróbico (MATSUTANI,
ASSUMPÇÃO E MARQUES 2012).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mediante à explanação realizada com o presente trabalho, é notório o quão relevante


se faz a presença da fisioterapia no tratamento de pacientes fibromiálgicos, visto que estes
apresentam um quadro sintomatológico bastante limitador, principalmente pela presença de
dor generalizada e difusa que impacta negativamente todos os âmbitos da vida do indivíduo
diminuindo assim, sua qualidade de vida.

1. Graduando do curso de Fisioterapia, FSM (20192003002@fsmead.com.br)


2. Graduando do curso de Fisioterapia, FSM (20192003009@fsmead.com.br)
3. Graduando do curso de Fisioterapia, FSM (fernandakelly421@gmail.com)
4. Graduando do curso de Fisioterapia, FSM (vanessagiovannaf@gmail.com)
5. Orientadora/Professora da Faculdade Santa Maria – FSM (000465@fsmead.com.br)
6. Orientador/Professor da Faculdade Santa Maria – FSM (000372@fsmead.com.br)
A Fisioterapia por meio dos inúmeros recursos que dispõe pode influenciar de maneira
positiva a vida do portador de FM. Como foi evidenciado neste estudo, a cinesioterapia, a
hidrocinesioterapia, as terapias manuais, os recursos de eletroterapia como o TENS
(Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea), e o Método Pilates podem atenuar os sintomas
presentes e exercer efeito benéfico não somente na saúde física, mas também na saúde
mental, uma vez que a FM também gera repercussões negativas na psique dos fibromiálgicos.
Portanto, é primordial que haja a procura pela fisioterapia por parte dos portadores da
FM, pois o tratamento fisioterapêutico dispensado a estes indivíduos, sem dúvida contribuirá
em muito para o aumento da qualidade de vida, a qual é consideravelmente diminuída na
presença dessa síndrome.

REFERÊNCIAS
BUENO, Roberta Chiden et al. Exercício físico e fibromialgia/Physical
exercise and fibromyalgia. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional,
v. 20, n. 2, 2012.

CAMILO, Lorraine de Lima et al. Análise da dor e qualidade do sono em mulheres


com fibromialgia após aplicação da estimulação elétrica nervosa transcutânea
(TENS) - Série de Casos. Braz. J. Hea. Rev, Curitiba, v. 3, n. 6, p. 16763-16778,
2020.

COUTO, Letícia Assis et al. Avaliação do agenciamento de autocuidados e sua


associação com sintomas e qualidade de vida em indivíduos com fibromialgia.
Fisioter Pesqui, [s. l.], p. 140-146, 2020.

CURY, Alethéa; De Brito Vieira, Wouber Hérickson. Efeitos do método


Pilates na fibromialgia. Fisioterapia Brasil, v. 17, n. 3, p. 256-260, 2016.

GALLIANO, Stefano Alvarenga et al. Evidências de revisões sistemáticas Cochrane


sobre o tratamento da fibromialgia. Diagn Tratamento, [s. l.], p. 184-196, 2017.

IZQUIERDO-ALVENTOSA, Ruth et al. Low-intensity physical exercise improves


pain catastrophizing and other psychological and physical aspects in women with
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1. Graduando do curso de Fisioterapia, FSM (20192003002@fsmead.com.br)
2. Graduando do curso de Fisioterapia, FSM (20192003009@fsmead.com.br)
3. Graduando do curso de Fisioterapia, FSM (fernandakelly421@gmail.com)
4. Graduando do curso de Fisioterapia, FSM (vanessagiovannaf@gmail.com)
5. Orientadora/Professora da Faculdade Santa Maria – FSM (000465@fsmead.com.br)
6. Orientador/Professor da Faculdade Santa Maria – FSM (000372@fsmead.com.br)
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DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA: UMA REVISÃO
INTEGRATIVA ACERCA DO MANEJO TERAPÊUTICO E DA
PREVENÇÃO DE EXACERBAÇÕES

Bianca Caldeira Leite1


Bianca Franco de Oliveira2
Cibele Lorena Fernandes Gerra3
Emilly Iohanna Freitas César4
Emilly Larissa da Fonseca Santana5
Renata Braga Rolim Vieira6

INTRODUÇÃO
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma doença pulmonar evitável e
tratável. A enfermidade é uma obstrução das vias aéreas, tornando a respiração difícil. Além
disso, sabe-se que a DPOC pode estar relacionada com bronquiolite obstrutiva, enfisema ou
uma combinação de ambas as situações (LAREAU et. al., 2019).
O principal fator de risco para a DPOC é o tabagismo, porém outras condições podem
estar associadas, como: histórico familiar e inalação constante de gases, como fumaça de lenha
e produtos tóxicos. Diante disso, os sintomas característicos da DPOC são dispneia crônica e
progressiva, tosse e produção de expectoração. Essas manifestações impactam na saúde e na
funcionalidade dos indivíduos (ZUGE et. al., 2019).
Embora a DPOC seja uma doença principalmente crônica, há uma característica que se
manifesta como alteração da situação clínica habitual do paciente, com um aumento dos
sintomas respiratórios, que são as exacerbações, as quais necessitam de um novo tratamento e
são classificadas em leves, moderadas e graves (VOGELMEIER; VINIOL, 2018).
Comorbidades como hiperglicemia, aterosclerose, hipertensão, dislipidemia e osteoporose
predispõem à exacerbações da DPOC. (REIS et. al., 2018).
Portanto, é necessário compreender a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica relacionada
com as exacerbações para fornecer uma prevenção adequada e/ou um tratamento efetivo.
Assim, justifica-se o presente estudo pela a importância das associações da DPOC com as
exacerbações, no intuito de garantir uma melhor prevenção e um melhor manejo terapêutico
aos pacientes que sofrem com essa enfermidade.

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5. Emilly Larissa da Fonseca Santana, FSM (20211056015@fsmead.com.br)
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(000053@fsmead.com.br)
OBJETIVO
Objetivo geral:
Descrever o manejo terapêutico da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), bem
como esclarecer o tratamento das exacerbações dessa patologia.

Objetivos específicos:

- Elucidar o tratamento farmacológico da DPOC e das suas exacerbações;


- Descrever os fatores que determinam a frequência das exacerbações da DPOC;
- Apontar a prevenção das exacerbações da deonça;

METODOLOGIA

O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura, a qual foi realizada
em maio de 2022 nas principais bases científicas reconhecidas nacionalmente e
internacionalmente na área, tais como U.S. Nacional Library of Medicine (PubMed), que
contém trabalhos das revistas indexadas na MEDLINE e Scientific Electronic Library Online
(SciELO). Os descritores em ciências da saúde (DeCS) “Chronic Pulmonary Obstructive
Desease”, “Desease Prevention”, “Medication Theraphy management" e “Symptom Flare up”
foram articulados aos operadores booleanos AND e OR nas bases de dados citadas. Na Pubmed,
foram encontradas 268 literaturas. Na SciELO, foram encontrados 37 artigos. Ao todo, 305
estudos foram encontrados. Desses, apenas 33 foram selecionados para análise, tendo em vista
que apenas esses apresentavam títulos, resumos e resultados condizentes com o foco da presente
revisão. Foram incluídos apenas estudos do tipo Ensaios Clínicos, Revisões sistemáticas e
integrativas e estudos documentais publicados nos últimos 5 anos (2017-2022), não havendo
exclusão quanto ao idioma. No que tange aos critérios de exclusão, foram excluídos
monografias, trabalhos de conclusão de curso, teses e dissertações. Por fim, 16 literaturas
compõem o presente estudo e foram efetivamente utilizadas na construção da pesquisa.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

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5. Emilly Larissa da Fonseca Santana, FSM (20211056015@fsmead.com.br)
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De acordo com o atual relatório da Global Iniciative for the Management of Chronic
Obstructive Lung Disease (GOLD) de 2020, a DPOC é uma doença comum, evitável e tratável,
caracterizada por sintomas respiratórios persistentes e limitação do fluxo aéreo. Nessa
ferramenta de avaliação, o paciente é estratificado em 4 grupos “fenotípicos” (A, B, C e D),
baseado na intensidade dos sintomas relatados e gravidade da doença avaliada por
espirometria/risco de exacerbações, onde A e B são faixas de baixo risco e C e D são de alto
risco (VOGELMEIER et al., 2020).
Nesse sentido, Fernandes et. al. (2017) aponta que o tratamento farmacológico ideal da
DPOC deve ser personalizado, tanto no diagnóstico inicial como durante o seguimento. Neste
último, o foco está no controle dos sintomas, como alívio da dispneia e tosse, que são “traços
tratáveis” e, portanto, redução na frequência de exacerbações. Outrossim, é recomendado
considerar a disponibilidade das medicações existentes, preferências do paciente, interações
medicamentosas e comorbidades.
Sendo assim, em Vogelmeier et. al., 2020, viu-se que as principais classes de
medicamentos comumente usados para tratar a DPOC são os broncodilatadores e as drogas
antimuscarínicas inalatórias, classificados como fármacos de primeira linha e, ainda podem ser
utilizados em associação com outras subclasses. Como medicamentos de segunda linha, estão
as metilxantinas.
Em relação aos broncodilatadores β2-agonistas, existem os de ação curta (SABA),
representados pelo fenoterol e o salbutamol, os quais são indicados para tratamentos de
sintomas leves e intermitentes; e os de ação longa (LABA), que são o formoterol, salmeterol,
indacaterol, olodaterol e vilanterol, recomendados para pacientes com sintomas intensos e
persistentes. Ambos agem estimulando receptores β2-adrenérgicos que aumentam o AMP
cíclico, produzindo antagonismo funcional à broncoconstrição e promovendo uma melhoria no
fluxo expiratório. No entanto, diferem quanto ao tempo de ação, o efeito do SABA desaparece
dentro de 4 a 6 horas, enquanto que o LABA, mostra duração de ação de 12 ou mais horas. Seus
efeitos adversos mais comuns são sonolência e náuseas. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2021).
Dentre os fármacos antimuscarínicos utilizados para o tratamento da DPOC estão os de
ação curta (SAMAs): ipratrópio e oxitrópio; e os de ação prolongada (LAMAs), como tiotrópio,
aclidínio, brometo de glicopirrônio e umeclidínio. Suas ações se devem ao bloqueio dos

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receptores muscarínicos M3 e cessação dos efeitos broncoconstritores da acetilcolina. No
entanto, os SAMAs podem causar broncoconstrição vagal induzida, pois também bloqueiam o
receptor neuronal inibitório M2. Apresentam como principal efeito colateral a xerostomia
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2021).
Em Nice et. al. (2020) recomendação para a terapia combinada de broncodilatadores
com diferentes mecanismos e durações de ação pode aumentar o grau de broncodilatação com
menor risco de efeitos colaterais em comparação com o aumento da dose de um único
broncodilatador. Em pacientes com DPOC que se queixam de dispneia ou intolerância ao
exercício, é recomendado a terapia combinada (LABA)/ (LAMA), pois são superiores em
comparação com qualquer um dos medicamentos isolados na melhora do VEF1.
Para o tratamento farmacológico de segunda linha existem as metilxantinas, tendo como
principais representantes a teofilina, com demonstração de eficácia nas preparações de liberação
prolongada e a aminofilina, com efeitos de até 24 horas. Essa classe de fármaco possui janela
terapêutica estreita, pois agem como inibidores não seletivos da fosfodiesterase e, portanto,
provocam uma ampla gama de efeitos tóxicos. Sendo assim, são utilizadas como coadjuvante
somente em casos onde não há resposta satisfatória ao uso dos outros fármacos para pacientes
com DPOC estável (VOGELMEIER; et. al., 2020).
Por ser uma patologia de grande heterogeneidade, a Doença Pulmonar Obstrutiva
Crônica (DPOC) se caracteriza pela variação dos sintomas, sendo dispneia, tosse e alta
produção de escarro os principais destes, e pela presença de exacerbações (VOLGEMEIER, C.
F.; VINIOL, C., 2017). Desse modo, o estudo de Volgemeier; Román-Rodriguez; Singh et. al.
(2020) define as exacerbações da DPOC como um ou mais eventos agudos, nos quais há o
agravamento dos sintomas respiratórios do paciente que, por consequência, requerem uma
mudança na medicação regular desse paciente.
As exacerbações da DPOC são desencadeadas principalmente por infecções virais e
bacterianas, bem como por fatores ambientais. Identificar a causa desse agravo é difícil, tendo
em vista que a inflamação pulmonar varia muito entre os indivíduos. Atualmente, a contagem
de eosinófilos (inflamação eosinofílica) e a descoberta de alguns padrões inflamatórios nas
exacerbações de DPOC, tais como a presença das citocinas IL-1β para infecções bacterianas

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e CXCL-10 para infecções virais, sendo , uma maior queda da função pulmonar documentada
em pacientes com infecção bacteriana. (MacLEOLD et. al., 2021).
No que tange aos fatores ambientais, em Wedzicha et. al. 2017, observou-se que a
poluição do ar é o que configura o maior risco de exacerbações, pois os poluentes podem
desencadear novas ou potencializar inflamações pré-existentes das vias aéreas, além
de aumentar a suscetibilidade a infecções. Nessa perspectiva, mesmo a exposição de curto
prazo aos principais poluentes do ar (monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio, dióxido de
enxofre e material particulado) está associada a sintomas respiratórios e risco de DPOC e
exacerbações.
O manejo das exacerbações consiste em classes farmacológicas diversas, tais como
corticosteróides, antibióticos, antivirais, broncodilatadores, oxigenoterapia controlada e
ventilação não invasiva (MacLEOLD et. al., 2021).
De acordo com Sivapalan et. al. (2019), os corticosteróides reduzem o tempo de
internação hospitalar e levam a melhorias mais rápidas na função pulmonar e nos sintomas
durante uma exacerbação, entretanto estão associados a efeitos adversos graves já bem
documentados. Dentre eles, destaca-se imunossupressão com aumento da taxa de sepse,
trombose venosa, fratura, hiperglicemia e maior risco de pneumonia.
Já a antibioticoterapia não deve ser utilizada em todos os pacientes, mas sim apenas
naqueles em que há exacerbação por infecção bacteriana e expectoração purulenta como
sintoma, no intuito de evitar o desenvolvimento de resistência bacteriana. O estudo demonstrou
que o uso de azitromicina foi capaz de reduzir o tempo de internação hospitalar, o número de
exacerbações e, inclusive, prevenir o aparecimento desses agravos em pacientes com
exacerbações frequentes (NADERI et. al., 2018).
Os antivirais são utilizados para vírus respiratórios que geram exacerbações, tais como
o rinovírus e o influenza. No geral, o remdesivir foi associado a um melhor tempo de
recuperação em pacientes hospitalizados com vírus que acometem o trato respiratório inferior.
A oxigenoterapia e a ventilação não invasiva são mais comumente utilizados quando há sinais
de insuficiência respiratória (CAFFERKEY, J.; COULTAS, J. A.; MALLIA, P., 2020).
Nessa perspectiva, Pinheiro et. al. (2021). demonstrou que, um ponto chave para as
exacerbações futuras que possam acometer o paciente é a história prévia de exacerbações do

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mesmo. Pacientes que apresentam uma alta carga de sintomas e histórico de exacerbações
repetidas vezes estão em risco importante para exacerbações futuras e mortalidade.
Em detrimento dos fatores mencionados, é de extrema importância determinar e
interromper os fatores que são possivelmente modificáveis para diminuir o risco de
exacerbações subsequentes. Os pacientes devem evitar gatilhos que possam agravar sua
condição, como fumaça de lenha, poeira e outros poluentes. (DA FONTE et. al., 2021)
De acordo com Naderi et. al. (2018), a vacinação contra o vírus da gripe (influenza),
segundo evidências, pode ser efetiva para prevenção das formas mais graves da DPOC,
principalmente em pessoas com obstrução grave do fluxo aéreo. Os benefícios dessa ação estão
relacionados principalmente com a redução da pneumonia pneumocócica que reduz a chance
de exacerbações agudas somado a isso, ainda fornece uma proteção contra a pneumonia
adquirida na comunidade.
No que tange o período de recuperação após uma exacerbação, em MacLeod et. al.
(2021), destaca que a reabilitação pulmonar pode ser oferecida após uma exacerbação grave
com o objetivo de restaurar o estado funcional pré exacerbação, retomar as atividades físicas
da vida diária, melhorar a qualidade de vida e reduzir o risco de novas exacerbações. Portanto,
recomenda-se iniciar dentro de 3 semanas após a alta, mas não durante a própria admissão.
Pacientes com DPOC são frequentemente afetados por outras doenças, como doenças
cardiovasculares, osteoporose, fraqueza muscular, depressão e câncer de pulmão. Com os
fatores de risco, uma série de abordagens não farmacológicas e farmacológicas são importantes
para que haja uma prevenção eficaz para pacientes com história de exacerbações frequentes.
Por ser caracterizado como eventos altamente heterogêneos com considerável variação nas
causas subjacentes e nos processos biológicos, muitas das terapias atuais, particularmente no
cenário agudo, são amplas e há necessidade de ir além dessa abordagem padronizada. (RABE
et. al. 2017).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Depreende-se, portanto, que o tratamento farmacológico ideal da DPOC deve ser


personalizado, tanto no diagnóstico inicial como durante o seguimento, com o objetivo de tratar
os sintomas e diminuir a frequência das exacerbações. Além disso, constatou-se que a terapia
combinada de broncodilatadores com diferentes mecanismos e durações de ação pode aumentar
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o grau de broncodilatação e reduzir o risco de efeitos colaterais. No que tange à prevenção,
notou-se que evitar a exposição à poluentes, não fumar e vacinar-se contra o vírus Influenza
são imprescindíveis para a prevenção da doença e de possíveis exacerbações futuras.

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POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE NA PREVENÇÃO E CONTROLE
DA OBESIDADE INFANTIL NO BRASIL

Matthews Galileu Ribeiro de Abreu1


Leilane Tainara Tavares de Brito2
Cleidedaia de Souza Ferreira3
Natália de Freitas Dias4
Ana Claudia Alexandre da Silva5
Jallyne Nunes Vieira6

INTRODUÇÃO

A obesidade é tida como uma doença crônica, seja na infância ou até mesmo na vida
adulta, dessa maneira, há um maior acúmulo de gordura corporal no indivíduo gerado por
alguma alteração endócrina ou até mesmo por alguma alteração ambiental, sendo que esses
fatores ambientais podem ou não determinar se vai beneficiar ou prejudicar o estado
nutricional do paciente (SILVA; DA SILVA, 2015).
Tendo em vista que a obesidade infantil é um problema grave de saúde pública
nacional, e sendo uns dos principais agravos no desenvolvimento de patologias (BESERRA et
al., 2021), é de suma importância a ação das políticas públicas que vêm com intuito de ajudar
os indivíduos na prevenção e controle da obesidade, principalmente a obesidade infantil, com
programas governamentais, como por exemplo a integralidade que é garantida pelo Sistema
Único de Saúde(SUS), vindo como atenção primária, uma dessas ações sendo demonstrada
uma grande importância da educação em saúde como forma de estratégia para que os
indivíduos tenham uma maior autonomia e emancipação quando relacionada a alimentação
(DE FARIA, COUTINHO; KANDLER, 2020).
De acordo com a lei nº 8.080/1990 na qual regulamenta o SUS, dispõe que um dos
principais objetivos desse Sistema são as ações de promoção, proteção e recuperação do
indivíduo, tendo sempre a presença de ações assistenciais para fomentar mais ainda a
integralidade, além de sempre ter como principais ações as atividades preventivas (BRASIL,
1990),dessa maneira, é dever do Estado agir de forma a erradicar/controlar o problema
através das políticas públicas com a ajuda de equipes multiprofissionais para uma melhor
garantia do estado nutricional dos indivíduos e do bem-estar como um todo.

1. Matthews Galileu Ribeiro de Abreu (Nutrição), FSM (20201057032@fsmead.com.br)


2. Leilane Tainara Tavares de Brito, FSM (20181057032@fsmead.com.br)
3. Cleidedaia de Souza Ferreira, FSM (20201057042@fsmead.com.br)
4. Natália de Freitas Dias, FSM (20201057026@fsmead.com.br)
5. Ana Claudia Alexandre da Silva, FSM (20201057043@fsmead.com.br)
6. Jallyne Nunes Vieira – FSM (000657@fsmead.com.br)
Sendo assim, ações governamentais contra a obesidade infantil devem ser encorajadas
através da educação nutricional, atividades práticas recreativas, atividades físicas nas escolas,
e, também, através de ações que promovam orientações individuais e coletivas,
principalmente à família sobre a alimentação saudável, e orientar a população sobre o
consumo de sódio e açúcar em excesso (PIMENTA, ROCHA; MARCONDES, 2015).
Portanto, vale ressaltar quais são as políticas públicas de saúde que buscam a
prevenção e o controle da obesidade infantil, assim como elucidar as estratégias de ações
colocadas em práticas para a diminuir os índices de sobrepeso e obesidade.

OBJETIVO
Identificar as políticas públicas de saúde na prevenção e controle da obesidade infantil
no Brasil.

METODOLOGIA
O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica de literatura com abordagem
exploratória, cujos dados foram coletados por meio de uma busca eletrônica em bases
acadêmicas de abril a maio de 2022.
A revisão de literatura foi conduzida por cinco etapas de investigação, sendo elas:
definição do tema e elaboração da questão de pesquisa; busca na literatura e delimitação para
a inclusão dos estudos; extração de dados; avaliação crítica dos resultados; síntese do
conhecimento e apresentação da revisão.
Para a realização das buscas dos artigos, foram a partir das bases de dados Scielo,
PubMed, Google acadêmico e LILACS. Com apoio na questão norteadora do estudo: Quais
são as políticas públicas de saúde que buscam a prevenção e controle da obesidade infantil no
Brasil? Foram elegidos os seguintes descritores em Ciência da Saúde (DeCs): obesidade
infantil, políticas públicas; Alimentação e nutrição.
Para a realização da pesquisa foram selecionados artigos por ordem de preferência de
idiomas em português, respectivamente, publicados nos últimos sete anos, no período de
2015 a 2022, que apresentam como tema central a obesidade infantil com a ação de políticas
públicas para prevenção e controle dessa doença crônica.
Em relação aos aspectos dos critérios de inclusão e exclusão dos artigos, foram
considerados como meio de inclusão estudos acadêmicos, artigos na íntegra, original e/ou
disponíveis on-line que possuem temática relacionada à obesidade infantil, prevenção da
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3. Cleidedaia de Souza Ferreira, FSM (20201057042@fsmead.com.br)
4. Natália de Freitas Dias, FSM (20201057026@fsmead.com.br)
5. Ana Claudia Alexandre da Silva, FSM (20201057043@fsmead.com.br)
6. Jallyne Nunes Vieira – FSM (000657@fsmead.com.br)
obesidade, políticas públicas de alimentação e nutrição.
Enquanto que os critérios de exclusão foram os artigos não encontrados na íntegra
e/ou não disponíveis on-line, revisões de literatura e trabalhos que não abordem o tema
principal.
Para refinar os resultados, foram selecionados os filtros, no qual encontrou-se
aproximadamente um total de 15 artigos, posteriormente, foram aplicados os critérios de
exclusão a partir da leitura dos títulos dos artigos, textos e, resumos na íntegra. Dessa
maneira, a análise dos dados foi iniciada a partir da leitura dos títulos, resumos, e ao final a
leitura dos estudos.
Após a análise, foram excluídos 4 artigos, os quais não se enquadrava aos objetivos do
estudo proposto, tais como estudos repetidos nos bancos de dados que foram descartados. Os
estudos que proporcionaram maior compreensão sobre o tema proposto, no total de 11 artigos
em português. Após uma leitura crítica, foram selecionados os 11 artigos desses, onde foram
pesquisados no Google acadêmico, tendo como base os estudos em artigos publicados na
Scielo, PubMed e LILACS.

RESULTADOS E DISCUSSÕES
A atuação das atenções primárias de saúde pública no Brasil, o Programa Nacional de
Alimentação e Nutrição (PNAN) e a Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) são uns dos
principais atuantes nessa política de prevenção, pois, uns dos objetos do PNAN é a prevenção
e controle de alguns distúrbios e patologias nutricionais e a VAN tem um olhar focado nos
fatores que determinam as condições de alimentação, na qual leva o indivíduo a ter essas
condições patológicas (BESERRA et al., 2021).
Além disso, o histórico e o ambiente familiar influenciam bastante na educação
nutricional, visto que a família está diretamente ligada ao processo de preparações e
distribuição de refeições para as crianças, assim, sendo formado os hábitos alimentares desde
o período de introdução alimentar (DURÉ et al.,2015). Dessa maneira, deve-se ter uma
educação nutricional voltada para a família, principalmente para a matriarca, de forma que as
mães/mulheres estão mais presentes ao âmbito familiar, ou seja, tendo papel importante nas
escolhas de alimentos/refeições do dia-a-dia (DE ALMEIDA et al.,2017), assim, fazendo com
que haja uma prevenção de distúrbios nutricionais como a obesidade, primordialmente nas
famílias que têm histórico familiar patológico.

1. Matthews Galileu Ribeiro de Abreu (Nutrição), FSM (20201057032@fsmead.com.br)


2. Leilane Tainara Tavares de Brito, FSM (20181057032@fsmead.com.br)
3. Cleidedaia de Souza Ferreira, FSM (20201057042@fsmead.com.br)
4. Natália de Freitas Dias, FSM (20201057026@fsmead.com.br)
5. Ana Claudia Alexandre da Silva, FSM (20201057043@fsmead.com.br)
6. Jallyne Nunes Vieira – FSM (000657@fsmead.com.br)
Vale ressaltar outra ação governamental que vem se destacando positivamente que é a
implementação do Programa de Saúde na Escola (PSE) que tem como objetivo de informar e
orientar um público alvo que são os estudantes, pais e responsáveis, essa ação ocorre
principalmente nas escolas mais periféricas, por meio de palestras onde abordam alguns
temas, como obesidade e alimentação saudável através de equipes de saúde (SOUSA,
ESPERIDIÃO; MEDINA, 2017).
Além disso, o programa de Estratégia Intersetorial de Prevenção e Controle da
Obesidade (EIPCO) e o Pacto Nacional para Alimentação Saudável (PNAS) possuem uma
maior atenção à saúde de indivíduos com sobrepeso e obesos, sendo uns dos principais
objetivos disponibilizar alimentos saudáveis, trazendo apoio, orientações e incentivo as
famílias a terem uma alimentação saudável, passando assim esses hábitos as pessoas próximas
(HENRIQUES et al.,2020).
A Educação Alimentar e Nutricional (EAN) tem estratégias para que se tenha uma
prevenção de doenças de causas etiológicas multifatoriais, e essas estratégias são aplicadas
com auxílio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), por meio das escolas,
havendo uma disponibilização de alimentação equilibrada e saudável, levando, também,
orientações através da educação para que junto ao desenvolvimento fisiológico, tenha-se,
também, um desenvolvimento de hábitos saudáveis, sendo um desenvolvimento positivo e
que seja a longo prazo (PONTES, ROLIM; TAMASIA, 2016).
O PNAE tem objetivo além da alimentação saudável dos escolares, busca visualizar
estratégias incluindo as condições socioeconômicas, culturais e formação de valores,
garantindo a eficácia de ações na prevenção da obesidade infantil, visto que é uma patologia
multifatorial e que o ambiente pode ser favorável para o seu desenvolvimento (HENRIQUES
et al.,2018). Dessa maneira, as aulas de campo que ocorrem em espaços alternativos é uma
forma de despertar o interesse do aprendiz, fazendo com que aprenda muito mais sobre a
alimentação saudável e que os alimentos naturais devem estar presente na alimentação, sendo
feita como base (GONÇALVES, MANNARINO; DA SILVA, 2018).
Em virtude de tudo isso, essas políticas públicas atuam de forma a prevenir e controlar
os distúrbios causados pela má alimentação, principalmente a obesidade que está
correlacionada com fatores genéticos que predispõem o indivíduo a ter uma maior facilidade
de aumento de peso, levando ao sujeito ter uma maior chance de desenvolver essa doença
crônica não transmissível.

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2. Leilane Tainara Tavares de Brito, FSM (20181057032@fsmead.com.br)
3. Cleidedaia de Souza Ferreira, FSM (20201057042@fsmead.com.br)
4. Natália de Freitas Dias, FSM (20201057026@fsmead.com.br)
5. Ana Claudia Alexandre da Silva, FSM (20201057043@fsmead.com.br)
6. Jallyne Nunes Vieira – FSM (000657@fsmead.com.br)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O sistema público e o governo disponibilizam de alguns programas para que haja uma
prevenção e controle da obesidade infantil. Destacando a relevância das políticas do PNAE,
PNAN, VAN, PSE, EIPCO, PNAS e a EAN que vêm fornecendo meios para melhorar o
hábito alimentar e o estilo de vida a longo prazo das crianças do Brasil, deste modo, havendo
uma prevenção de distúrbios e doenças advindas da má alimentação.

REFERÊNCIAS

BESERRA, J. B. et al. Enfrentamento da obesidade na Atenção Básica à Saúde no âmbito da


Política Nacional de Alimentação e Nutrição: reflexões com base na construção de um
modelo lógico. Research, Society and Development, v. 10, n. 15, 2021.

BRASIL. (19 de 09 de 1990). LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990. Fonte:


planalto.gov.br: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm

DE ALMEIDA, L. M. et al. Estratégias e desafios da gestão da Atenção Primária à Saúde no


controle e prevenção da obesidade. Revista Eletrônica Gestão e Saúde, v. 8, n. 1, p. 114-
139, 2017.

DE FARIA, E. P; COUTINHO, F. G; KANDLER, I. obesidade infantil no âmbito da atenção


primária. Revista Inova Saúde, v. 10, n. 2, p. 178-201, 2020.

DURÉ, M. L. et al. A obesidade infantil: um olhar sobre o contexto familiar, escolar e da


mídia. Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção, v. 5, n. 4, p. 91-196, 2015.

GONÇALVES, K. C. da S; MANNARINO, L. A; DA SILVA, M. O. Educação ambiental: o


papel da horta escolar no desenvolvimento educacional. Pesquisa & educação a distância,
n. 11, 2018.

HENRIQUES, P. et al. Políticas de Saúde e de Segurança Alimentar e Nutricional: desafios


para o controle da obesidade infantil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, p. 4143-4152, 2018.

HENRIQUES, P. et al. Ideias em disputa sobre as atribuições do Estado na prevenção e


controle da obesidade infantil no Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 36, p. e00016920,
2020.

PIMENTA, T. A. M; ROCHA, R; MARCONDES, N. A. V. Políticas públicas de intervenção


na obesidade infantil no Brasil: uma breve análise da política nacional de alimentação e
nutrição e política nacional de promoção da saúde. Journal of Health Sciences, v. 17, n. 2,
2015.

PONTES, A. DE M. O; ROLIM, H. J. P; TAMASIA, G. DOS A. A importância da educação


alimentar e nutricional na prevenção da obesidade em escolares. Faculdades Integradas do
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5. Ana Claudia Alexandre da Silva, FSM (20201057043@fsmead.com.br)
6. Jallyne Nunes Vieira – FSM (000657@fsmead.com.br)
Vale do Ribeira, p. 1-15, 2016.

SILVA, A. J. D.; DA SILVA, J. P; DO NASCIMENTO BELARMINO, R. obesidade


infantil.
In: Simpósio. 2021.

SOUSA, M. C. DE; ESPERIDIÃO, M. A; MEDINA, M. G. A intersetorialidade no Programa


Saúde na Escola: avaliação do processo político-gerencial e das práticas de trabalho. Ciência
& Saúde Coletiva, v. 22, p. 1781-1790, 2017.

1. Matthews Galileu Ribeiro de Abreu (Nutrição), FSM (20201057032@fsmead.com.br)


2. Leilane Tainara Tavares de Brito, FSM (20181057032@fsmead.com.br)
3. Cleidedaia de Souza Ferreira, FSM (20201057042@fsmead.com.br)
4. Natália de Freitas Dias, FSM (20201057026@fsmead.com.br)
5. Ana Claudia Alexandre da Silva, FSM (20201057043@fsmead.com.br)
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LOMBALGIA CRÔNICA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA ACERCA
DO MANEJO TERAPÊUTICO E FATORES DE RISCOS ENVOLVIDOS

Aléxia Figueiredo Silva Macêdo1


Bianca Caldeira Leite2
Flávio Lima Silva3
Matheus Da Silva Alves4
Nuara Iaponira G. do Nascimento5
Dr. Jânio Dantas Gualberto6

INTRODUÇÃO

A Dor Lombar Crônica (DLC) representa um ônus econômico e social significativo.


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é considerada uma doença prioritária
devido à sua prevalência e ao seu impacto generalizado na maioria das sociedades do mundo. A
prevalência global de dor lombar crônica é atualmente estimada em aproximadamente 9% a
10% (ROMERO et. al, 2019).

A DLC é uma grande causa de busca por atendimento médico, provoca graves perdas
da qualidade da vida e é a principal causa de aposentadoria por invalidez. Além disso,
representa alto custo direto e indireto devido ao absenteísmo laboral, perda de produtividade e
pelas despesas com tratamentos como medicamentos, fisioterapia e cirurgias. Ademais,
algumas estimativas colocam os custos diretos e indiretos de todas as dores crônicas em 3% a
10% do produto interno bruto (PIB) de vários países, afetando desse modo a economia geral
do país (FULLEN et. al, 2022).

Intervenções que previnam e controlem essa doença são essenciais, principalmente


porque previnem o desenvolvimento de incapacidades funcionais nos indivíduos. Podemos
dizer, portanto, que a prática da fisioterapia/exercício no controle da DLC é essencial para
garantir a saúde da população. Apesar disso, pesquisas indicam que os medicamentos,
principalmente os analgésicos associados ao controle da dor, são a principal intervenção
utilizada (ROMERO et. al, 2019).

Portanto, fica claro que há a necessidade de uma abordagem geral sobre a temática em
questão, já que a enfermidade acomete uma boa parte da população ao redor do globo e
impossibilita ações simples do cotidiano. Tendo já apresentada sua definição básica,
1. Aléxia Figueiredo Silva Macêdo, FSM (20212056029@fsmead.com.br)
2. Bianca Caldeira Leite, FSM (20211056007@fsmead.com.br)
3. Flávio Lima Silva, FSM (20211056025@fsmead.com.br)
4. Matheus da Silva Alves, FSM (20191056006@fsmead.com.br)
5. Nuara Iaponira G. de Nascimento, FSM (20212056006@fsmead.com.br)
6. Dr. Jânio Dantas Gualberto – FSM (000697@fsmead.com.br)
chamamos atenção para os possíveis fatores de risco da determinada patologia e para
realização do tratamento.

OBJETIVO

Objetivo Geral:

Descrever, com base emu ma revisão bibliográfica a terapia farmacológica e não


farmacológica da Lombalgia Crônica.

Objetivos Específicos:
- Apontar as classes de medicamentos usadas no tratamento da lombalgia crônica;
- Elucidar a importância da prática de exercícios físicos na melhoria da qualidade
de vida do paciente;
- Esclarecer os fatores de riscos relacionados à lombalgia crônica.

METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada por meio da seleção de


artigos científicos publicados indexados nas bases do PubMed. A pesquisa foi realizada no
período de maio de 2022 e as buscas por artigos publicados nas bases de dados foram
realizadas através dos descritores indexados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS),
sendo estes: ‘’chronic low back pain’’ e ‘’medication theraphy management’’. Os descritores
foram cruzados nas bases de dados em várias combinações através do operador booleano
AND, para assimilar os termos de modo que eles correspondam simultaneamente ao objetivo
proposto. No levantamento bibliográfico foram selecionados artigos com o período de 05
anos, sem restrição de idioma, especificando o tipo de artigos para: ‘’Clinical Trial’’,
‘’Review’’ e ‘’Randomized Controlled Trial’’. Foram apresentados 545 resultados, no qual
por uma escolha criteriosa foram selecionados 33 artigos para análise e por fim 09 artigos
com o propósito de serem usados na produção textual.

RESULTADOS E DISCUSSÕES
A etiologia da dor lombar muitas vezes pode ser diferenciada com base na história do
paciente, exame físico e em exames de imagem. Uma das características da lombalgia crônica
é a dor miofascial, a qual ocorre especialmente após trauma ou lesão por movimento
repetitivo, sendo caracterizada pela presença de pontos dolorosos localizados nas fáscias,

1. Aléxia Figueiredo Silva Macêdo, FSM (20212056029@fsmead.com.br)


2. Bianca Caldeira Leite, FSM (20211056007@fsmead.com.br)
3. Flávio Lima Silva, FSM (20211056025@fsmead.com.br)
4. Matheus da Silva Alves, FSM (20191056006@fsmead.com.br)
5. Nuara Iaponira G. de Nascimento, FSM (20212056006@fsmead.com.br)
6. Dr. Jânio Dantas Gualberto – FSM (000697@fsmead.com.br)
tendões e músculos que, quando desencadeados, resultam em uma resposta que pode ser
iniciada como um desconforto paravertebral e, posteriormente, irradiar-se para as coxas e as
nádegas (TAGLIAFERRI et. al., 2020)

Nessa perspectiva, apesar da infinidade de tratamentos e recursos de saúde dedicados à


dor lombar crônica, a perda da força muscular e a incapacidade relacionada às atividades
cotidianas ainda é muito frequente nesses pacientes e é um dos maiores objetivos da terapia
farmacológica e não farmacológica (WILL et. al., 2018).

No que tange ao manejo da lombalgia crônica, o tratamento farmacológico é feito com


analgésicos e anti-inflamatórios não esteroidais (AINES). Além disso, estudos prospectivos já
indicam que os relaxantes musculares esqueléticos podem apresentar certa eficácia na
lombalgia quando administrados a curto prazo, exercendo efeito analgésico considerável
(URITS et. al., 2019)

De acordo com Foster et. al. (2019), o acetaminofeno, quando usado para dor lombar
crônica, apresenta atividade analgésica ligeiramente inferior aos AINEs. Conquanto, os
AINEs ainda são um medicamento de segunda escolha, pois os benefícios do acetaminofeno
incluem perfil de segurança favorável e baixo custo, tendo em vista que o uso de anti-
inflamatórios não esteroidais é advertido em relação aos seus efeitos colaterais sistêmicos
renais, cardiovasculares e gastrointestinais.

Outras classes de medicamentos como anticonvulsivantes e corticosteróides


apresentam efeitos adversos significativos sem benefícios consideráveis em pacientes com
dor lombar crônica. Já os analgésicos opioides, apesar de apresentarem excelente eficácia no
controle da dor, não apresentam segurança de uso a longo prazo, especialmente pelo aumento
do risco do uso indevido e dependência (WILL; BURY; MILLLER, 2018)

Desse modo, a terapia não farmacológica, que envolve o fortalecimento muscular do


paciente com lombalgia crônica, é caracterizada pela prática de exercícios físicos,
acupuntura, ioga e terapias cognitivos-comportamentais e é de extrema relevância na
melhoria da qualidade de vida desses pacientes (TAGLIAFERRI et. al., 2020).
Quando o tratamento apenas com medicamentos para uma lombalgia crônica não se
faz totalmente eficaz, torna-se viável a presença de vias paralelas, tais como a prática de
exercícios físicos. Através de uma alteração estrutural e morfológica, os músculos para

1. Aléxia Figueiredo Silva Macêdo, FSM (20212056029@fsmead.com.br)


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3. Flávio Lima Silva, FSM (20211056025@fsmead.com.br)
4. Matheus da Silva Alves, FSM (20191056006@fsmead.com.br)
5. Nuara Iaponira G. de Nascimento, FSM (20212056006@fsmead.com.br)
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espinhais possuem maior predisposição a dor, ocasionadas pela fadiga excessiva e a má
coordenação. Assim, a prática de atividades físicas visa, principalmente, a estabilização
lombar (SE), exercício de caminhada (WE), aumento da mobilidade e a capacidade funcional.
A SE é uma prática terapêutica que precisa de uma abordagem individualizada, de modo que,
por envolver determinadas posturas, cada um deve estar associado com certo grau de
intensidade. Já a WE, é a prática da caminhada mais recomendada, visto que, tem um alto
potencial de prevenção a lombalgia, assim como é fácil de cumprir e aumentar a resistência
muscular. (SUH et al., 2019).
Ao depender de outros exemplos de vias terapêuticas, tem-se também a ioga, que
funciona como uma alternativa de redução de sintomas, alívio da dor e aumento da
capacidade. A sua intervenção, que envolve os aspectos comportamentais, psicológicos e
fisiológicos, possui práticas relacionadas aos exercícios voltados ao controle da respiração,
aumento da flexibilidade e muscular que são desenvolvidos através das práticas de posturas
físicas nas sessões terapêuticas de ioga. (WIELAND LS et al., 2017).
No entanto, ao relacionar com os aspectos psicológicos, é possível fitar aqueles
relacionados à Estratégia de Tratamento Psicológico. O primeiro caso é a Avaliação de
problemas físicos e deficiências, que consistem, basicamente, em uma avaliação generalizada
sobre as incapacidades e qualidades de vida, através do Questionário de Incapacidade de
Roland Morris, Índice de Incapacidade de Oswestryr e Escala de Avaliação de Incapacidade
de Dor em pacientes de lombalgia crônica. Em segundo caso, tem a Avaliação de fatores de
risco psicológico, que resumidamente, avaliam os processos de fatores de risco para o
desenvolvimento da lombalgia crônica, como: presença de um humor retraído, aparência de
medo, crenças negativas de dor e expectativa de tratamento passivo. Em terceiro caso, tem
uma abordagem psicoterapêutica, garantia a tranquilidade, terapia cognitivo-comportamental
(TCC), terapia de aceitação e compromisso (ACT) e incentivo à autogestão. A TCC, é bastante
utilizada na prática de terapia psicológica, a fim de melhorar a incapacidade e catastrofização
da dor, através de uma reestruturação na concentração em uma cognição negativa pelo
paciente em uma avaliação realista, que ensina o paciente a lidar com sua dor. (IEKOMOTO
et al., 2019)
De outro modo, a prática de Pilates em pacientes jovens, adultos e idosos, apresenta-se
como eficaz na melhora da lombalgia crônica, por apresentar exercícios de flexibilidade,
força e estabilidade dos músculos abdominais profundos. Baseia-se em seis princípios: Power

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house, controle, concentração, precisão, fluxo de movimento e respiração. Apesar dos estudos
mostrarem a melhora no equilíbrio e redução da dor em pacientes com lombalgia crônicas,
elas consideram pacientes com idade entre 18 e 80 anos com resultados mais precisos do que
para idosos, por apresentar uma taxa de menor à intervenção aeróbica. (RICCI et al., 2019)
Ao voltar para uma realidade mais atual, temos a neurorreabilitação multimodal, que
consiste em uma nova tecnologia com finalidade de recuperar a imagem corporal correta, já
que em avaliações clínicas da dor, alguns relatos podem estar subjetivos em relação ao
paciente, e interferir na classificação incorreta da dor através da distorção de imagem
corporal. É utilizado assim uma ferramenta que envolve a reabilitação tecnológica, chamada:
Realidade Virtual (RV). Ela torna-se importante pois gera uma realidade a qual o paciente
consegue personalizar uma atividade que é benéfica a sua necessidade especifica, possuindo
um ambiente com vários sensoriais aumentados – auditivos, tátil e visual - que intensiva
circuitos neuronais corticais e subcorticais, fazendo que aquele paciente consiga melhorar
seus próprios movimentos, a sua percepção quanto a sua posição corporal, produzir uma
imagem corporal correta e contribuir para a sua qualidade de vida, além de reduzir as
sensações de dor. (ALEMANNO et al., 2019).
Em cerca de 90% dos pacientes, não é identificada uma causa específica da lombalgia
crônica, embora esteja associada a problemas médicos e socioeconômicos significativos.
Mesmo diante disso, estudos mostraram que IMC alto e grande tropismo facetário (FT) foram
fatores de risco significativos para lombalgia crônica e que o FT foi encontrado como fator de
risco independente para ela, influenciando na patogênese dessa dor, pois pode ser acometido
por alterações degenerativas ou forças anormais produzidas pela degeneração, podendo ainda
contribuir para o processo degenerativo inicial (YANG et. al, 2020).
O tropismo facetário (parâmetro estrutural da articulação facetária lombar) é, de forma
geral, mais encontrado nos segmentos vertebrais L4-L5 e possuindo algumas evidências de
que essa condição pode levar à espondilolistese degenerativa facetária, doença do disco
intervertebral, entre outras condições degenerativas (ALONSO, 2017).
Entre os fatores de risco inclui-se obesidade ou sobrepeso, sexo feminino, etnia
branca, tabagismo, acesso a atendimento de baixa qualidade e depressão/ansiedade
diagnosticada. Ademais, foi analisado que pacientes expostos a processos de cuidado não
concordantes com as diretrizes nos primeiros 21 dias tornaram-se 1,39 vezes mais propensos a
desenvolver lombalgia crônica do que aqueles sem exposição. (STEVANS et. al, 2021)

1. Aléxia Figueiredo Silva Macêdo, FSM (20212056029@fsmead.com.br)


2. Bianca Caldeira Leite, FSM (20211056007@fsmead.com.br)
3. Flávio Lima Silva, FSM (20211056025@fsmead.com.br)
4. Matheus da Silva Alves, FSM (20191056006@fsmead.com.br)
5. Nuara Iaponira G. de Nascimento, FSM (20212056006@fsmead.com.br)
6. Dr. Jânio Dantas Gualberto – FSM (000697@fsmead.com.br)
De acordo com a Sociedade Internacional para o Estudo da Coluna Lombar, a dor é
descrita como uma experiência emocional. Diante disso, vários estudos relataram fatores
psicossociais como fator de fundo em pacientes com dor lombar crônica, fato que tem
impulsionado a recomendação da Terapia Cognitivo Comportamental devido à alta
prevalência de depressão, transtorno de ansiedade ou TEA/TDA (SHIMIZU et al, 2021).
Ainda referente aos fatores de risco, analisa-se a influência de sintomas da insônia em
relação a recuperação da dor lombar crônica (DL), e a sua possível interação entre insônia e
dor musculoesquelética concomitantemente. Obtem-se que as pessoas sem insônia possuem
maior probabilidade de recuperação do que as pessoas que frequentemente/sempre tiveram
insônia. Dessa forma, inferimos que o prognóstico a longo prazo é melhor em pacientes sem
sintomas de insônia, caracterizando um fator de risco possuí-la. (SKARPSO et. al, 2020)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A maioria das lombalgias é causada por "uso indevido" ou "uso excessivo" das
estruturas da coluna vertebral (resultando em entorses e distensões), lesões por esforços
repetitivos, excesso de peso, pequenos traumas, ajuste corporal inadequado, postura incorreta
e postura não ergonômica no trabalho e osteoartrite da coluna (com o tempo, a estrutura da
coluna se desgasta, o que pode levar à degeneração dos discos e articulações). Outras
causas incluem doenças inflamatórias, como espondilite anquilosante, infecções, tumores,
etc. Com a apresentação da patologia concomitante ao manejo terapêutico e aos fatores de
riscos envolvidos, torna-se mais claro a temática, e assim combate a desinformação do eixo
abordado tanto para a população em geral, como também para parcela dos profissionais de
Saúde.

REFERÊNCIAS

ALONSO, F et al. Tropismo da faceta lombar: uma revisão abrangente. World


Neurosurgery, v. 102, p. 91-96, 2017.
FULLEN, Brona et al. Management of chronic low back pain and the impact on patients’
personal and professional lives: Results from an international patient survey. Pain Practice,
v. 22, p. 463-77, 2022.
FOSTER, Nadine E. et. al. Prevention and treatment of low back pain: evidence, challenges,
and promising directions. Lancet. 2018;391(10137):2368-2383. DOI: 10.1016/S0140-
6736(18)30489-6.

1. Aléxia Figueiredo Silva Macêdo, FSM (20212056029@fsmead.com.br)


2. Bianca Caldeira Leite, FSM (20211056007@fsmead.com.br)
3. Flávio Lima Silva, FSM (20211056025@fsmead.com.br)
4. Matheus da Silva Alves, FSM (20191056006@fsmead.com.br)
5. Nuara Iaponira G. de Nascimento, FSM (20212056006@fsmead.com.br)
6. Dr. Jânio Dantas Gualberto – FSM (000697@fsmead.com.br)
ROMERO, Dalia Elena et al. Desigualdades e fatores associados ao tratamento do problema
crônico de coluna no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 24, p. 4211-4226, 2019.
SHIMIZU, K. et al. Fatores de fundo para dor lombar crônica resistente à terapia cognitivo-
comportamental. Rep. Sci, v. 11, n. 1, 2021.
SKARPSNO, E.S. et al. Influência de problemas de sono e dor musculoesquelética
concomitante no prognóstico a longo prazo da dor lombar crônica: o estudo HUNT. J
Epidemiol Saúde Comunitária, v.74, p. 283-289, 2020.
STEVANS, J. M. et al. Risk Factors Associated With Transition From Acute to Chronic Low
Back Pain in US Patients Seeking Primary Care. AMA Netw Open, v.4, n.2, 2021.
TAGLIAFERRI, Scott D. et. al. Domains of Chronic Low Back Pain and Assessing
Treatment Effectiveness: A Clinical Perspective. Pain Pract. 2020;20(2):211-225.DOI:
10.1111/papr.12846.
URITS, Ivan et. al. Low Back Pain, a Comprehensive Review: Pathophysiology, Diagnosis,
and Treatment. Curr Pain Headache Rep. 2019;23(3):23. DOI: 10.1007/s11916-019-0757-
1.

WILL, Joshua Scott; BURY, David C.; MILLER, John A. Mechanical Low Back Pain. Am
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YANG, M. et al. “Parâmetros da articulação facetária que podem atuar como fatores de risco
para dor lombar crônica.” Jornal de cirurgia ortopédica e pesquisa, v. 15, n.1, 2020.

1. Aléxia Figueiredo Silva Macêdo, FSM (20212056029@fsmead.com.br)


2. Bianca Caldeira Leite, FSM (20211056007@fsmead.com.br)
3. Flávio Lima Silva, FSM (20211056025@fsmead.com.br)
4. Matheus da Silva Alves, FSM (20191056006@fsmead.com.br)
5. Nuara Iaponira G. de Nascimento, FSM (20212056006@fsmead.com.br)
6. Dr. Jânio Dantas Gualberto – FSM (000697@fsmead.com.br)
ANÁLISE TEMPORAL DE DOENÇAS PARASITÁRIAS DE
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA QUE ACOMETEM A
MACRORREGIÃO III - SERTÃO/ALTO SERTÃO.
Guilherme Almeida Barbosa1
José Nidival de Queiroz Junior2
Layna Maria Trajano de Oliveira Vieira3
Leonilson Barreto de Queiroz4
Macerlane Lira Silva5

INTRODUÇÃO

Deve conter o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica, que foi criado em


1975 por meio de uma lista de doenças de notificação compulsória, a qual é constantemente
atualizada e apresenta informações que são registradas pelo Sistema de Informação de
Agravos de Notificação (Sinan), funciona monitorando e identificando alterações no quadro
das doenças de notificação compulsória. (ANDRADE, SPALA, et al., 2021).
Dessa forma, casos suspeitos e confirmados dessas doenças de notificação
compulsória devem ser notificados imediatamente, por profissionais de saúde, para os órgãos
de vigilância epidemiológica, a fim de que esses tenham material para analisar esses agravos
a nível local, regional e nacional (LARA, DONALISIO, et al., 2021). Dentre essas doenças,
se encontram algumas parasitárias, tendo em vista que o Brasil apresenta comunidades
marcadas pela heterogeneidade, tais parasitoses apresentam considerável relevância para a
Saúde Pública, já que a incidência dessas está diretamente relacionada com a condição
socioeconômica do ambiente analisado. (SOUZA, OLIVEIRA, et al., 2021).
Nessa conjuntura, o monitoramento da incidência das principais parasitoses de
notificação compulsórias, como a leishmaniose (tegumentar americana e visceral) e
esquistossomose, Malária por Plasmodium falciparum, vivax e malariae, e tripanossomíase. é
primordial para que sejam identificadas as regiões que necessitam de uma maior atenção das
iniciativas governamentais. Diante dessa constatação, o trabalho a seguir apresenta uma
significante importância, ao aumentar a visibilidade para essas doenças parasitas de
notificação compulsória, na Macrorregião III- Sertão/Alto Sertão da Paraíba.

OBJETIVO

Buscou-se realizar um estudo quantitativo e comparativo de série temporal, das


principais doenças parasitárias que acometem a Macrorregião III - Sertão/Alto Sertão do
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2. Graduando do Curso de Medicina, FSM (20211056028@fsmead.com.br)
3. Graduanda do Curso de Medicina, FSM (20211056001@fsmead.com.br)
4. Graduando do Curso de Medicina, FSM (20211056032@fsmead.com.br)
5. Orientador/Professor da Faculdade Santa Maria – FSM (macerlane@hotmail.com)
estado da Paraíba, analisando dados estatísticos do DATASUS no período de janeiro de 2011
a janeiro de 2021.
Mas também, visa-se identificar padrões de sazonalidade das notificações
compulsórias e definir quais são mais relevantes para o direcionamento das políticas de saúde
pública.

METODOLOGIA

A partir de dados coletados no Sistema de informação de saúde (TABNET), que


funciona como um tabulador de dados desenvolvido pelo DATASUS que possibilita ao
usuário/cidadão coletar dados da base do Sistema Único de Saúde (SUS), dentre eles números
reais de sistema de Morbidade hospitalar do SUS, onde constam em seus dados informações
de sistemas complementares como Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS),
bem como o Sistema de Doenças e Agravos de Notificação (SINAN).
Para a confecção das Figuras/Gráficos de informação contendo as principais doenças
parasitárias que acometem a Macrorregião III - Sertão/Alto Sertão do estado da paraíba,
foram definidos filtro e variáveis o que possibilitou a coleta de dados mais específicos e
assertivos para a realização da série temporal está então definida em 10 anos, de Janeiro de
2011 a janeiro de 2021, dentre as especificações das variáveis estão definidas quais doenças
parasitárias de notificação compulsória listadas na Portaria Nº 264, De 17 de Fevereiro de
2020 do Ministério da Saúde, estão presentes com dados relevantes para o estudo por assim
definimos sete doenças, Leishmaniose ( Tegumentar americana e visceral ), Esquistossomose,
Malária por Plasmodium falciparum, vivax e malariae, tripanossomíase e toxoplasmose
gestacional e congênita.
Um acometimento importante para essa analise dessa categoria seria a notificação de
infecções congênitas por toxoplasmose, que se enquadra na categoria de parasitose de
notificação compulsória. Entretanto a forma como os dados dessa notificação é apresentada
impediram que elas fossem agrupadas com as demais. No sistema do TABNET não há filtro
para toxoplasmose na lista de notificação compulsória, entretanto há a categoria “Doenças
infecciosas e parasitárias congênitas” que engloba a doença que será apresentada em separado
para que não se gere analises equivocadas em relação as demais.
Observando os Dados estatísticos realizamos a produção da Figura 1, neste estão presentes as
doenças de notificação compulsória listadas com filtro por morbidade CID10 e seus valores
respectivos de adoecimento em sua totalidade da análise de 10 anos.

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Figura 1: Notificações de casos de algumas parasitoses no Alto-sertão paraibano.

Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS).


A elaboração de tabelas e gráficos auxiliam no estudo no sentido de facilitar o
processo de análise dos dados coletados, uma vez confeccionados podem ser facilmente
interpretados. A figura 2 apresenta uma formação ampliada desses dados apresenta-se em
formato de gráfico, com relação à quantidade de notificações por mês e ao ano a qual a
notificação ocorreu.
Figura 2: Série histórica de algumas parasitoses no Alto-sertão paraibano.

Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS).

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RESULTADOS E DISCUSSÕES

Ao observar-se os dados dispostos na Figura 1 podemos inferir que há picos em


relação a notificação dos números de casos, entretanto não é possível observar sazonalidade
de quaisquer notificações. A doença mais relevante para essa análise é a leishmania visceral,
com o maior número de notificações (162), ao se observar o dado mês a mês não há
favoritismo, moda ou relação de periodicidade.
Ainda assim, pode-se observar que os maiores números estão concentrados no começo
do ano de 2013 ao final de 2015, e no começo de 2017 ao meio de 2019. Como se os períodos
são extensos carece de dados para se implicar que uma sazonalidade de meia década por
exemplo. Mas é possível descartar relações com a variação do clima no ano.
Uma observação importante é que o número de casos aumenta em relação ao tempo.
Nos primeiros 5 anos foram notificados no total 69 casos, e nos últimos 5 anos, 119, um
aumento de 72%. A população em geral no Alto-Sertão Paraibano cresceu 6,9% de 2000 a
2010 (IBGE), assim podemos implicar que a alta no número das parasitoses estudadas
também representa um aumento na comparação per capita. Além disso, pode haver uma
relação epidemiológica com o aumento da população principalmente ao se observar o
contingente urbano que aumentou 20% de 2000 a 2010(IBGE).
A mais prevalente de todas, a leishmaniose visceral, pode estar relacionada a expansão
urbana e a imigração para a região, visto que esse é o fator mais elencado pela literatura
(CARDIM, 2016). Como já foi mostrado, a região tem um aporte ou um crescimento de sua
população, principalmente a urbana. Diversas regiões do Brasil passaram por esse mesmo
processo, e nelas os casos de leishmania estão relacionados, além da imigração, às obras de
construção civil, grande influxo de pessoas, produtos e serviços (BARATA, 2013; SCANDAR, 2011).
Quanto a Toxoplasmose, os valores de notificação podem ser consultados via o
Boletim Epidemiológico da Paraíba, nesse documento está disposto que de 2015 a 2021,
confirmadamente, teve-se 241 gestantes notificadas para toxoplasmose, e 28 notificações
confirmadas para Recém Nascidos (RN) com a forma congênita, outros 7 seguiam em
investigação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a realização do estudo comparativo, que foi possível perceber que o número de
casos de leishmania visceral está acima da média em relação as demais doenças, cabe aos
órgãos responsáveis pela saúde pública, tanto da esfera municipal quanto da estadual, analisar
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o que possivelmente estaria favorecendo ao aumento desses casos.
Tendo isso em vista, medidas de prevenção devem ser implementadas de acordo com
as necessidades de cada município, com o intuito de estabilizar e consequentemente diminuir
os números de casos.
Já em relação as demais doenças parasitárias, nota-se um controle no número de casos.
Entende-se, portanto, que a região não favorece a disseminação dessas parasitologias ou que
as medidas de controle estão sendo efetivas.
De forma geral a toxoplasmose é categorizada para intuitos de gestão da saúde como
uma Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA), assim como é feito no Boletim
Epidemiológico. Dessa forma pode-se estabelecer se a gestão de saneamento público e as
medidas educativas que são voltadas para essa categoria estão alinhadas com os resultados.
Pela falta de um dado disponível para a fomentação de uma série histórica exclusiva para
toxoplasmose o estudo comparativo não pode ser realizado.
Todavia, os dados expostos podem ser utilizados para se ter uma noção da realidade
epidemiológica da região estudada, assim direcionando os órgãos competentes a tomarem
medidas de controle de acordo com as necessidades.
Por fim, pesquisas devem ser feitas em relação aos mecanismos de gestão de
saneamento público, a fim de entender os reflexos dessas medidas em relação as DTHA.
Além disso, um levantamento com uma série histórica ainda maior do número de casos das
parasitologias estudadas, traria um cenário verdadeiro das tendencias das doenças, ajudando
assim a se ter mais objetividade e resultados em relação as medidas tomadas para o combate.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Romildo Luiz Monteiro; SPALA, Murilo Ribeiro; SILVA, Gabriel; et al.
Doenças e agravos de notificação compulsória e condições socioambientais: estudo
ecológico, Espírito Santo, 2011-2015. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 30, n. 2, 2021.

BARATA, Ricardo Andrade et al. Epidemiology of visceral leishmaniasis in a reemerging


focus of intense transmission in Minas Gerais State, Brazil. BioMed research international,
v. 2013, 2013.

CARDIM, Marisa Furtado Mozini et al. Leishmaniose visceral no estado de São Paulo,
Brasil: análise espacial e espaço-temporal. Revista de Saúde Pública, v. 50, 2016.

DE SOUZA, Helen Paredes; DE OLIVEIRA, Wanessa Tenório Gonçalves Holanda; DOS


SANTOS, Jefferson Pereira Caldas; et al. Doenças infecciosas e parasitárias no Brasil de
2010 a 2017: aspectos para vigilância em saúde. Revista Panamericana de Salud Pública, v.
44, p. 1, 2020.
1. Graduando do Curso de Medicina, FSM (20211056021@fsmead.com.br)
2. Graduando do Curso de Medicina, FSM (20211056028@fsmead.com.br)
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4. Graduando do Curso de Medicina, FSM (20211056032@fsmead.com.br)
5. Orientador/Professor da Faculdade Santa Maria – FSM (macerlane@hotmail.com)
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Brasileiro
de 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2012.

IMPRENSA NACIONAL. PORTARIA GM/MS No 420, DE 2 DE MARÇO DE 2022 -


DOU - Imprensa Nacional. In.gov.br. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-
/portaria-gm/ms-n-420-de-2-de-marco-de-2022-383578277. Acesso em: 20 de maio de 2022.
Informações de Saúde (TABNET) – DATASUS. Saude.gov.br. Disponível em:
https://datasus.saude.gov.br/informacoes-de-saude-tabnet/. Acesso em: 20 de maio de 2022.
LARA, Jackeline Monsalve; DONALISIO, Maria Rita; VON ZUBEN, Andrea; et al.
Avaliação do sistema de vigilância epidemiológica da leptospirose em Campinas, São
Paulo, 2007 a 2014. Cadernos Saúde Coletiva, v. 29, n. 2, p. 201–208, 2021.

SCANDAR, Sirle Abdo Salloum et al. Ocorrência de leishmaniose visceral americana na


região de São José do Rio Preto, estado de São Paulo, Brasil. BEPA-Boletim
Epidemiológico Paulista, p. 13-22, 2011.

1. Graduando do Curso de Medicina, FSM (20211056021@fsmead.com.br)


2. Graduando do Curso de Medicina, FSM (20211056028@fsmead.com.br)
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LOMBALGIA CRÔNICA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA ACERCA
DO MANEJO TERAPÊUTICO E FATORES DE RISCOS ENVOLVIDOS

Aléxia Figueiredo Silva Macêdo1


Bianca Caldeira Leite2
Flávio Lima Silva3
Matheus Da Silva Alves4
Nuara Iaponira G. do Nascimento5
Jânio Dantas Gualberto6

INTRODUÇÃO

A Dor Lombar Crônica (DLC) representa um ônus econômico e social significativo.


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é considerada uma doença prioritária
devido à sua prevalência e ao seu impacto generalizado na maioria das sociedades do mundo. A
prevalência global de dor lombar crônica é atualmente estimada em aproximadamente 9% a
10% (ROMERO et. al, 2019).

A DLC é uma grande causa de busca por atendimento médico, provoca graves perdas
da qualidade da vida e é a principal causa de aposentadoria por invalidez. Além disso,
representa alto custo direto e indireto devido ao absenteísmo laboral, perda de produtividade e
pelas despesas com tratamentos como medicamentos, fisioterapia e cirurgias. Ademais,
algumas estimativas colocam os custos diretos e indiretos de todas as dores crônicas em 3% a
10% do produto interno bruto (PIB) de vários países, afetando desse modo a economia geral
do país (FULLEN et. al, 2022).

Intervenções que previnam e controlem essa doença são essenciais, principalmente


porque previnem o desenvolvimento de incapacidades funcionais nos indivíduos. Podemos
dizer, portanto, que a prática da fisioterapia/exercício no controle da DLC é essencial para
garantir a saúde da população. Apesar disso, pesquisas indicam que os medicamentos,
principalmente os analgésicos associados ao controle da dor, são a principal intervenção
utilizada (ROMERO et. al, 2019).

Portanto, fica claro que há a necessidade de uma abordagem geral sobre a temática em
questão, já que a enfermidade acomete uma boa parte da população ao redor do globo e
impossibilita ações simples do cotidiano. Tendo já apresentada sua definição básica,

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2. Bianca Caldeira Leite, FSM (20211056007@fsmead.com.br)
3. Flávio Lima Silva, FSM (20211056025@fsmead.com.br)
4. Matheus da Silva Alves, FSM (20191056006@fsmead.com.br)
5. Nuara Iaponira G. de Nascimento, FSM (20212056006@fsmead.com.br)
6. Dr. Jânio Dantas Gualberto – FSM (000697@fsmead.com.br)
chamamos atenção para os possíveis fatores de risco da determinada patologia e para
realização do tratamento.

OBJETIVO

Objetivo Geral:

Descrever, com base emu ma revisão bibliográfica a terapia farmacológica e não


farmacológica da Lombalgia Crônica.

Objetivos Específicos:
- Apontar as classes de medicamentos usadas no tratamento da lombalgia crônica;
- Elucidar a importância da prática de exercícios físicos na melhoria da qualidade
de vida do paciente;
- Esclarecer os fatores de riscos relacionados à lombalgia crônica.

METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada por meio da seleção de


artigos científicos publicados indexados nas bases do PubMed. A pesquisa foi realizada no
período de maio de 2022 e as buscas por artigos publicados nas bases de dados foram
realizadas através dos descritores indexados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS),
sendo estes: ‘’chronic low back pain’’ e ‘’medication theraphy management’’. Os descritores
foram cruzados nas bases de dados em várias combinações através do operador booleano
AND, para assimilar os termos de modo que eles correspondam simultaneamente ao objetivo
proposto. No levantamento bibliográfico foram selecionados artigos com o período de 05
anos, sem restrição de idioma, especificando o tipo de artigos para: ‘’Clinical Trial’’,
‘’Review’’ e ‘’Randomized Controlled Trial’’. Foram apresentados 545 resultados, no qual
por uma escolha criteriosa foram selecionados 33 artigos para análise e por fim 09 artigos
com o propósito de serem usados na produção textual

RESULTADOS E DISCUSSÕES
A etiologia da dor lombar muitas vezes pode ser diferenciada com base na história do
paciente, exame físico e em exames de imagem. Uma das características da lombalgia crônica
é a dor miofascial, a qual ocorre especialmente após trauma ou lesão por movimento
repetitivo, sendo caracterizada pela presença de pontos dolorosos localizados nas fáscias,

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6. Dr. Jânio Dantas Gualberto – FSM (000697@fsmead.com.br)
tendões e músculos que, quando desencadeados, resultam em uma resposta que pode ser
iniciada como um desconforto paravertebral e, posteriormente, irradiar-se para as coxas e as
nádegas (TAGLIAFERRI et. al., 2020)

Nessa perspectiva, apesar da infinidade de tratamentos e recursos de saúde dedicados à


dor lombar crônica, a perda da força muscular e a incapacidade relacionada às atividades
cotidianas ainda é muito frequente nesses pacientes e é um dos maiores objetivos da terapia
farmacológica e não farmacológica (WILL et. al., 2018).

No que tange ao manejo da lombalgia crônica, o tratamento farmacológico é feito com


analgésicos e anti-inflamatórios não esteroidais (AINES). Além disso, estudos prospectivos já
indicam que os relaxantes musculares esqueléticos podem apresentar certa eficácia na
lombalgia quando administrados a curto prazo, exercendo efeito analgésico considerável
(URITS et. al., 2019)

De acordo com Foster et. al. (2019), o acetaminofeno, quando usado para dor lombar
crônica, apresenta atividade analgésica ligeiramente inferior aos AINEs. Conquanto, os
AINEs ainda são um medicamento de segunda escolha, pois os benefícios do acetaminofeno
incluem perfil de segurança favorável e baixo custo, tendo em vista que o uso de anti-
inflamatórios não esteroidais é advertido em relação aos seus efeitos colaterais sistêmicos
renais, cardiovasculares e gastrointestinais.

Outras classes de medicamentos como anticonvulsivantes e corticosteróides


apresentam efeitos adversos significativos sem benefícios consideráveis em pacientes com
dor lombar crônica. Já os analgésicos opioides, apesar de apresentarem excelente eficácia no
controle da dor, não apresentam segurança de uso a longo prazo, especialmente pelo aumento
do risco do uso indevido e dependência (WILL; BURY; MILLLER, 2018)

Desse modo, a terapia não farmacológica, que envolve o fortalecimento muscular do


paciente com lombalgia crônica, é caracterizada pela prática de exercícios físicos,
acupuntura, ioga e terapias cognitivos-comportamentais e é de extrema relevância na melhoria
da qualidade de vida desses pacientes (TAGLIAFERRI et. al., 2020).
Quando o tratamento apenas com medicamentos para uma lombalgia crônica não se
faz totalmente eficaz, torna-se viável a presença de vias paralelas, tais como a prática de
exercícios físicos. Através de uma alteração estrutural e morfológica, os músculos

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paraespinhais possuem maior predisposição a dor, ocasionadas pela fadiga excessiva e a má
coordenação. Assim, a prática de atividades físicas visa, principalmente, a estabilização
lombar (SE), exercício de caminhada (WE), aumento da mobilidade e a capacidade funcional.
A SE é uma prática terapêutica que precisa de uma abordagem individualizada, de modo que,
por envolver determinadas posturas, cada um deve estar associado com certo grau de
intensidade. Já a WE, é a prática da caminhada mais recomendada, visto que, tem um alto
potencial de prevenção a lombalgia, assim como é fácil de cumprir e aumentar a resistência
muscular. (SUH et al., 2019).
Ao depender de outros exemplos de vias terapêuticas, tem-se também a ioga, que
funciona como uma alternativa de redução de sintomas, alívio da dor e aumento da
capacidade. A sua intervenção, que envolve os aspectos comportamentais, psicológicos e
fisiológicos, possui práticas relacionadas aos exercícios voltados ao controle da respiração,
aumento da flexibilidade e muscular que são desenvolvidos através das práticas de posturas
físicas nas sessões terapêuticas de ioga. (WIELAND LS et al., 2017).
No entanto, ao relacionar com os aspectos psicológicos, é possível fitar aqueles
relacionados à Estratégia de Tratamento Psicológico. O primeiro caso é a Avaliação de
problemas físicos e deficiências, que consistem, basicamente, em uma avaliação generalizada
sobre as incapacidades e qualidades de vida, através do Questionário de Incapacidade de
Roland Morris, Índice de Incapacidade de Oswestryr e Escala de Avaliação de Incapacidade
de Dor em pacientes de lombalgia crônica. Em segundo caso, tem a Avaliação de fatores de
risco psicológico, que resumidamente, avaliam os processos de fatores de risco para o
desenvolvimento da lombalgia crônica, como: presença de um humor retraído, aparência de
medo, crenças negativas de dor e expectativa de tratamento passivo.

Em terceiro caso, tem uma abordagem psicoterapêutica, garantia a tranquilidade,


terapia cognitivo-comportamental (TCC), terapia de aceitação e compromisso (ACT) e
incentivo à autogestão. A TCC, é bastante utilizada na prática de terapia psicológica, a fim de
melhorar a incapacidade e catastrofização da dor, através de uma reestruturação na
concentração em uma cognição negativa pelo paciente em uma avaliação realista, que ensina o
paciente a lidar com sua dor. (IEKOMOTO et al., 2019)
De outro modo, a prática de Pilates em pacientes jovens, adultos e idosos, apresenta-se
como eficaz na melhora da lombalgia crônica, por apresentar exercícios de flexibilidade,
força e estabilidade dos músculos abdominais profundos. Baseia-se em seis princípios: Power

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house, controle, concentração, precisão, fluxo de movimento e respiração. Apesar dos estudos
mostrarem a melhora no equilíbrio e redução da dor em pacientes com lombalgia crônicas,
elas consideram pacientes com idade entre 18 e 80 anos com resultados mais precisos do que
para idosos, por apresentar uma taxa de menor à intervenção aeróbica. (RICCI et al., 2019)
Ao voltar para uma realidade mais atual, temos a neurorreabilitação multimodal, que
consiste em uma nova tecnologia com finalidade de recuperar a imagem corporal correta, já
que em avaliações clínicas da dor, alguns relatos podem estar subjetivos em relação ao
paciente, e interferir na classificação incorreta da dor através da distorção de imagem
corporal. É utilizado assim uma ferramenta que envolve a reabilitação tecnológica, chamada:
Realidade Virtual (RV). Ela torna-se importante pois gera uma realidade a qual o paciente
consegue personalizar uma atividade que é benéfica a sua necessidade especifica, possuindo
um ambiente com vários sensoriais aumentados – auditivos, tátil e visual - que intensiva
circuitos neuronais corticais e subcorticais, fazendo que aquele paciente consiga melhorar
seus próprios movimentos, a sua percepção quanto a sua posição corporal, produzir uma
imagem corporal correta e contribuir para a sua qualidade de vida, além de reduzir as
sensações de dor. (ALEMANNO et al., 2019).
Em cerca de 90% dos pacientes, não é identificada uma causa específica da lombalgia
crônica, embora esteja associada a problemas médicos e socioeconômicos significativos.
Mesmo diante disso, estudos mostraram que IMC alto e grande tropismo facetário (FT) foram
fatores de risco significativos para lombalgia crônica e que o FT foi encontrado como fator de
risco independente para ela, influenciando na patogênese dessa dor, pois pode ser acometido
por alterações degenerativas ou forças anormais produzidas pela degeneração, podendo ainda
contribuir para o processo degenerativo inicial (YANG et. al, 2020).
O tropismo facetário (parâmetro estrutural da articulação facetária lombar) é, de forma
geral, mais encontrado nos segmentos vertebrais L4-L5 e possuindo algumas evidências de
que essa condição pode levar à espondilolistese degenerativa facetária, doença do disco
intervertebral, entre outras condições degenerativas (ALONSO, 2017).
Entre os fatores de risco inclui-se obesidade ou sobrepeso, sexo feminino, etnia
branca, tabagismo, acesso a atendimento de baixa qualidade e depressão/ansiedade
diagnosticada. Ademais, foi analisado que pacientes expostos a processos de cuidado não
concordantes com as diretrizes nos primeiros 21 dias tornaram-se 1,39 vezes mais propensos a
desenvolver lombalgia crônica do que aqueles sem exposição. (STEVANS et. al, 2021)

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De acordo com a Sociedade Internacional para o Estudo da Coluna Lombar, a dor é
descrita como uma experiência emocional. Diante disso, vários estudos relataram fatores
psicossociais como fator de fundo em pacientes com dor lombar crônica, fato que tem
impulsionado a recomendação da Terapia Cognitivo Comportamental devido à alta
prevalência de depressão, transtorno de ansiedade ou TEA/TDA (SHIMIZU et al, 2021).
Ainda referente aos fatores de risco, analisa-se a influência de sintomas da insônia em
relação a recuperação da dor lombar crônica (DL), e a sua possível interação entre insônia e
dor musculoesquelética concomitantemente. Obtem-se que as pessoas sem insônia possuem
maior probabilidade de recuperação do que as pessoas que frequentemente/sempre tiveram
insônia. Dessa forma, inferimos que o prognóstico a longo prazo é melhor em pacientes sem
sintomas de insônia, caracterizando um fator de risco possuí-la. (SKARPSO et. al, 2020)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A maioria das lombalgias é causada por "uso indevido" ou "uso excessivo" das
estruturas da coluna vertebral (resultando em entorses e distensões), lesões por esforços
repetitivos, excesso de peso, pequenos traumas, ajuste corporal inadequado, postura incorreta
e postura não ergonômica no trabalho e osteoartrite da coluna (com o tempo, a estrutura da
coluna se desgasta, o que pode levar à degeneração dos discos e articulações). Outras
causas incluem doenças inflamatórias, como espondilite anquilosante, infecções, tumores,
etc. Com a apresentação da patologia concomitante ao manejo terapêutico e aos fatores de
riscos envolvidos, torna-se mais claro a temática, e assim combate a desinformação do eixo
abordado tanto para a população em geral, como também para parcela dos profissionais de
Saúde.

REFERÊNCIAS

ALONSO, F et al. Tropismo da faceta lombar: uma revisão abrangente. World


Neurosurgery, v. 102, p. 91-96, 2017.

FULLEN, Brona et al. Management of chronic low back pain and the impact on patients’
personal and professional lives: Results from an international patient survey. Pain Practice,
v. 22, p. 463-77, 2022.
FOSTER, Nadine E. et. al. Prevention and treatment of low back pain: evidence, challenges,
and promising directions. Lancet. 2018;391(10137):2368-2383. DOI: 10.1016/S0140-

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6. Dr. Jânio Dantas Gualberto – FSM (000697@fsmead.com.br)
6736(18)30489-6.
ROMERO, Dalia Elena et al. Desigualdades e fatores associados ao tratamento do problema
crônico de coluna no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 24, p. 4211-4226, 2019.

SHIMIZU, K. et al. Fatores de fundo para dor lombar crônica resistente à terapia cognitivo-
comportamental. Rep. Sci, v. 11, n. 1, 2021.

SKARPSNO, E.S. et al. Influência de problemas de sono e dor musculoesquelética


concomitante no prognóstico a longo prazo da dor lombar crônica: o estudo HUNT. J
Epidemiol Saúde Comunitária, v.74, p. 283-289, 2020.

STEVANS, J. M. et al. Risk Factors Associated With Transition From Acute to Chronic Low
Back Pain in US Patients Seeking Primary Care. AMA Netw Open, v.4, n.2, 2021.

TAGLIAFERRI, Scott D. et. al. Domains of Chronic Low Back Pain and Assessing
Treatment Effectiveness: A Clinical Perspective. Pain Pract. 2020;20(2):211-225.DOI:
10.1111/papr.12846.

URITS, Ivan et. al. Low Back Pain, a Comprehensive Review: Pathophysiology, Diagnosis,
and Treatment. Curr Pain Headache Rep. 2019;23(3):23. DOI: 10.1007/s11916-019-0757-
1.

WILL, Joshua Scott; BURY, David C.; MILLER, John A. Mechanical Low Back Pain. Am
Fam Physician. 2018;98(7):421-428. PMID: 30252425.
YANG, M. et al. “Parâmetros da articulação facetária que podem atuar como fatores de risco
para dor lombar crônica.” Jornal de cirurgia ortopédica e pesquisa, v. 15, n.1, 2020.

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A NECESSIDADE DE POLÍTICAS PÚBLICAS EFETIVAS PARA O
AUTISMO NO BRASIL

Julie Sampaio Quezado 1


Gabriel Levi Sipriano Leandro2
José Iago Sampaio Bezerra3
Kércia Sampaio Sá4
Rita de Kássia Azevedo Alves5
Ocilma Barros de Quental6

INTRODUÇÃO

A saúde do ser humano é um tema que tem atraído a atenção de muitos pesquisadores,
principalmente em relação a sua construção histórica, sua evolução e seus métodos de
inclusão. Nesse sentido, a Constituição Federal de 1988 determina, em seu artigo 196, que a
saúde é um direito de todos e um dever do Estado, dando garantia, mediante políticas sociais
e econômicas, as quais visam o acesso de todos os atendimentos básicos e disponibilidade de
recursos, os quais previnem e remediam as diversas patologias da população (BRASIL,
1988).
Desde a formulação oficial da Política Nacional de Atenção à Saúde do Homem
(PNAISH), em 27 de agosto de 2009, a saúde do homem foi gradativamente incluída nas
políticas da saúde pública. Essa política está pautada nos seguintes objetivos, que a saúde do
homem qualifica parte da perspectiva de garantir a integridade e a linha de atenção básica
qualificada, para que o cuidado não se limite à reabilitação, mas principalmente à promoção
da saúde e a prevenção de doenças evitáveis, em todas as áreas da saúde, por exemplo, a
psiquiatria.
Nos primórdios da psiquiatria, entre o século XVIII e XIX, o diagnóstico de “idiotia”
cobria todo o campo da psicopatologia de crianças e adolescentes. Depois disso, a palavra
‘’idiotia’’ podia ser considerada precursora não só do atual retardo mental, mas das psicoses
infantis, da esquizofrenia infantil e do autismo (BERCHERIE, 2000).
Atualmente, sabe-se que o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um transtorno
do desenvolvimento neurológico, caracterizado por dificuldades de comunicação e interação
social e pela presença de comportamentos e/ou interesses repetitivos e restritos. Esses
sintomas configuram o núcleo do transtorno, mas a gravidade de sua apresentação é variável.
Além disso, trata-se de um transtorno pervasivo e permanente, não havendo cura, ainda que a
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intervenção precoce possa alterar o prognóstico e suavizar os sintomas (ZWAIGENBAUM
et. al, 2015).

Pode-se citar, por meio desta tabela, alguns sinais de alerta que autistas podem
apresentar:
SINAIS DE ALERTA

6 meses Não sorri ao estímulo; Contato visual ausente ou limitado

12 meses Não balbucia; Não atende ao ser chamado pelo nome

16 meses Não usa gestos, como apontar; Não fala nenhuma palavra

24 meses Não forma frases

Qualquer idade Atraso na fala; Não olha nos olhos; Prefere ficar sozinho; Apresenta
comportamentos repetitivos

Tabela 1: SILVA e MULIK (2009); Diagnosticando o transtorno autista.


No entanto, apesar desses sinais de alerta, o diagnóstico de TEA ocorre, em média, aos
4 ou 5 anos de idade. Esse atraso no diagnóstico é lamentável, tendo em vista que a
intervenção precoce está associada a ganhos significativos no funcionamento cognitivo e
adaptativo da criança. Além disso, alguns estudiosos têm sugerido que a intervenção precoce
e intensiva tem o potencial de impedir a manifestação completa do TEA, por coincidir com
um período do desenvolvimento em que o cérebro é altamente plástico e maleável
(DAWSON G., 2008).
Ademais, a intervenção atrasada em crianças com TEA causa prejuízos em seu
desenvolvimento global. Este aspecto tardio de diagnóstico tem sido associado diretamente
com a baixa renda familiar, a etnia, o pouco estímulo, a pouca observação sobre o
desenvolvimento das crianças por parte dos pais, profissionais da saúde, educadores e
cuidadores e formas clínicas menos graves de apresentação dos sintomas (FLEISCHER,
2012). Esse tema deve ser relacionado à questão da saúde pública, pois, como dito na
Constituição de 1988, o acesso à saúde pública e seus recursos básicos é garantido por lei.
Além disso, para um diagnóstico adequado, há que se ter uma equipe multidisciplinar
experiente e informações coletadas por todos que fazem parte da rotina e convívio da criança,
principalmente os familiares, os cuidadores e os professores na escola.
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A partir disso, faz-se necessária, nesse artigo, a revisão da literatura, no âmbito que
correlacione a questão da saúde pública e as necessidades do autista no Brasil, permitindo a
compreensão da imprescindibilidade de mudanças equitativas, garantindo a facilidade de
acesso à saúde pública e a inclusão, em geral, para as pessoas com TEA.

OBJETIVO

Analisar progressivamente a trajetória das Políticas Públicas brasileiras voltadas para


a assistência dos indivíduos que apresentam o Transtorno do Espectro Autista.

METODOLOGIA

Fez-se uma revisão bibliográfica integrativa por meio do método de pesquisa de


artigos científicos a fim de realizar uma análise qualitativa sobre o tema, a qual,
criteriosamente, busca aprofundar os conhecimentos. (SOUZA et al., 2010).
Assim, as buscas foram realizadas por meio das seguintes bases de dados: PubMed,
Google Acadêmico, Artmed e Scielo. Sendo escolhidas pela referência científica de tais bases,
além de contar com as seguintes palavras-chaves: “Autismo”, “Políticas Públicas”, “SUS”,
“Deficiência”, “Atenção Especial”. Os critérios de inclusão se restringiram à cronologia, na
qual os artigos deveriam ter sido produzidos até 2000, e à língua, na qual os trabalhos
deveriam estar em português ou inglês. Em relação aos critérios de exclusão, se limitam a
eliminação de artigos que abordam o autismo de forma ampla. Nesse viés, após a aplicação
dos filtros, foram selecionadas revisões de literatura, artigos científicos e teses de mestrado e
de doutorado, os quais foram reunidos e analisados pelos participantes da pesquisa. Ademais,
foram consultados sites de instituições públicas e privadas para buscar legislação e
informações sobre o tema.
Após a análise, foram selecionados 14 trabalhos, além dos textos sobre a legislação
vigente, com o fito de apresentar de forma mais clara, fiel e objetiva a relação deste com a
necessidade de políticas públicas voltadas a atender os autistas.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Pela Constituição Federal de 1988, foi promulgado perante a sociedade a construção


de um espaço baseado nos ideais de igualdade de direitos e da dignidade humana. Diante
desses objetivos, justifica-se a existência e a reiteração de diversos direitos nesse documento.

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Nesse sentido, verifica-se que o direito à igualdade repete-se nos seguintes artigos: no artigo
5º quando determina tratamento isonômico a todos os indivíduos; no artigo 150, inciso III,
que dispõe sobre a igualdade tributária; no artigo 5º, inciso VIII, que versa sobre a igualdade
jurisdicional; no artigo 7º, inciso XXXI, que prevê a proibição de qualquer forma de
discriminação em relação a salários e a contratação do trabalhador com deficiência ou ainda
do artigo 14, que disciplina a igualdade política (BRASIL, 1988).
Nesse quadro, o Estado de bem-estar-social evidenciou a urgência de o Poder
Executivo garantir condições de uma vida digna, principalmente para os cidadãos
invisibilizados pela sociedade e pelo Poder Público, a exemplo dos autistas, os quais não
possuíam uma legislação protetiva que lhes garantisse uma igualdade formal de direitos em
relação às demais pessoas, além de uma atenção relacionada à institucionalização de Políticas
Públicas que lhes assegura os direitos de educação e de saúde. (COSTA; FERNANDES,
2018)
Nesse viés, constata-se a necessidade de garantir um mínimo essencial, o qual
configura um conjunto de medidas indispensáveis que garantem a própria existência decente,
a fim de assegurar a dignidade dos deficientes. O que inclui, conjuntamente, desenvolver
Políticas Públicas de inclusão e cessar a discriminação. Dessa forma, conclui-se que o Estado
é obrigado a proteger e promover a dignidade humana, porém, todas as medidas devem ser
realizadas dentro de suas possibilidades (DUQUE, 2014).
Segundo dados do CDC (Center of Deseases Control and Prevention), órgão ligado ao
governo dos Estados Unidos, existe hoje um caso de autismo a cada 110 pessoas. Dessa
forma, estima-se que o Brasil, com seus 200 milhões de habitantes, possua cerca de 2 milhões
de autistas. Ainda assim, pelas mais diversas razões, as ações do governo especificamente
destinadas à proteção dos indivíduos com TEA se desenvolvem de forma tardia. Até o início
do século XXI os cidadãos portadores de autismo possuíam acesso a atendimentos apenas por
meio de instituições filantrópicas, como a Associação Pestalozzi e a Associação dos Pais e
Amigos dos Excepcionais (APAE), ou em instituições não governamentais. (OLIVEIRA,
B.D. C, 2017)

Nesse contexto, houve muitas mobilizações dos familiares de pessoas com TEA, as
quais levaram à aprovação de uma lei específica para os autistas, a Lei nº 12.764, a qual foi
sancionada em 27 de dezembro de 2012, que “Institui a Política Nacional de Proteção dos
Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista” (BRASIL, 2012). Além de

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reconhecer a pessoa com transtorno do espectro autista como “pessoa com deficiência, para
todos os efeitos legais” (Lei nº 12.764, § 2o), atua em diversas esferas, como: assistencial,
político/gestora, científico/acadêmica, educacional/pedagógica e nos direitos básicos
(OLIVEIRA, 2015).
Desse modo, para os ativistas, a Lei representou um marco histórico na luta pelos
direitos dos autistas, já que a inclusão no campo das deficiências garante politicamente o
acesso a direitos previstos na legislação existente para pessoas com deficiência no país, como
benefícios financeiros, garantia à educação em escolas regulares e de ingresso no mercado de
trabalho, entre outros. Além disso, consideram que esse veículo jurídico representa a condição
de acesso a atendimentos em serviços de saúde especializados, em oposição aos ofertados
pela rede de saúde mental (NUNES, 2014).
Assim, para Marli Marlene Moraes da Costa e Paulo Vanessa Fernandes, a Lei n.º
12.764/12 representa um marco paradigmático na vida de cada pessoa com autismo e
daquelas que convivem com essas pessoas, pois trouxe à tona o importante tema das Políticas
Públicas em prol desse segmento. Portanto, procurando satisfazer as necessidades dessa
minoria que por tanto tempo permaneceu invisível aos olhos do Legislativo e do Executivo e
com o propósito de superar os obstáculos que dificultam a inclusão na sociedade, a Lei
contemplou um amplo rol de direitos. (COSTA; FERNANDES, 2018)
Todavia, apesar das conquistas, a Lei n°. 12.764/12 é muito criticada por ser
superficial em relação à obrigatoriedade da presença dos tutores para o atendimento
especializado aos estudantes autistas, especialmente na rede privada de ensino, ao acesso de
crianças a creches e escolas, que é constantemente dificultado em razão do transtorno autista,
além disso, as escolas e outras instituições não possuem infraestrutura para o atendimento
dessas crianças e adolescentes, o que é fundamental para o seu desenvolvimento. (COSTA;
FERNANDES, 2018)
Diante das consequências da Lei n°. 12.764/12 e a sua relação com o SUS, em 2013,
foram lançados pelo Ministério da Saúde dois documentos que objetivavam orientar sobre o
tratamento das pessoas com TEA no SUS. O primeiro deles foi o documento denominado
"Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA)"
(BRASIL, 2014), o qual possui uma abordagem remetente ao autismo no campo das
deficiências, direcionando a terapêutica pela via da reabilitação. O segundo, a "Linha de
Cuidado para a Atenção às Pessoas com Transtornos do Espectro do Autismo e suas Famílias
na Rede de Atenção Psicossocial do Sistema Único de Saúde" (BRASIL, 2015), condiciona o
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TEA como um transtorno mental, atrelando as ações de cuidado à rede de atenção
psicossocial, com destaque para os CAPS. Sendo válido salientar o lançamento pela instância
federal do SUS de dois documentos oficiais, com orientações distintas, os quais mantém o
quadro de diferenças sobre os modos de cuidar de pessoas com autismo no SUS.
(OLIVEIRA; FELDMAN; COUTO; LIMA, 2017)
Porém, principalmente os familiares de autistas criticam o tratamento das pessoas com
o transtorno do espectro autista dentro dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), já que
tais centros são especializados na assistência a dependentes químicos e portadores de doenças
mentais- no qual o autismo não se configura, assim, falta especialização no atendimento.
Desse modo, com o intuito de corrigir essas irregularidades, tramita o Projeto de Lei n°
1.874/15. (COSTA; FERNANDES, 2018).
Nesse plano, o Ministério da Saúde à luz desses direitos e objetivando potencializar
por meio da elaboração de Políticas públicas o acesso à saúde, na data de 02 de abril de 2013,
dia mundial de conscientização do autismo, reconheceu a essa parcela da população a
participação nas ações do Programa Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Plano
Viver Sem Limite. Estabelecendo assim, que toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS), a
partir de tal data, inclua em seu sistema orientação sobre cuidados, atendimentos e prestações
relativas à saúde das pessoas com transtorno do espectro autista (COSTA; FERNANDES,
2018).
Nessa conjuntura, a Lei n° 9.394/96, a qual determina as diretrizes e bases para a
educação nacional, também faz alusão às pessoas com o transtorno em seu artigo 4°, ao
decretar que é dever do Estado “[...] atendimento educacional especializado gratuito aos
educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede
regular de ensino” (BRASIL, 1996).
Consoante ao conteúdo exposto, a Lei nº. 12.764/12 equiparou os autistas às pessoas
com deficiência, ou seja, aqueles gozam dos mesmos direitos que estas, dessa forma,
permitem-se o acesso dos autistas em todos os eixos temáticos do referido programa e não
somente nas Políticas ligadas ao âmbito da saúde. O Programa Nacional Viver sem Limite
instituído pelo Decreto nº. 7.612, foi criado em 2011 pelo Governo Federal, constituindo,
resumidamente, um conjunto de ações inclusivas e de proteção das pessoas com deficiência
que depende da participação de todos os entes da federação e da sociedade para a formulação
de Políticas públicas, além de visar o acesso à educação, a inclusão social, a garantia da saúde
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e a acessibilidade de tal parcela da população (COSTA; FERNANDES, 2018).
Ainda que as políticas públicas voltadas para os indivíduos que apresentem TEA
tenham progredido consideravelmente nos últimos anos, isso é apenas o começo. É inegável
que os índices crescentes de diagnóstico de pessoas com TEA são resultado do gradual
processo de reconhecimento da importância das ações que garantam uma identificação
precoce do transtorno, além das inúmeras conquistas terapêuticas no âmbito do tratamento dos
cidadãos portadores do TEA. Entretanto, é preciso que o acesso aos serviços, aos parâmetros
de diagnósticos e modificações do mesmo ao longo do tempo, aos métodos de
reconhecimento de casos, a conscientização sobre a doença, ao diagnóstico prévio e a
necessidade de intervenções terapêuticas incessantemente sejam expandidos a todo e qualquer
cidadão independentemente da sua condição socioeconômica, da sua religião ou da sua
etnia. (TOMAZELLI, Jeane. 2021)
Nos últimos anos, inúmeros debates, englobando muitos atores sociais, foram
construídos em torno da ideia da ampla efetivação de caminhos para a introdução adequada
do autismo, por meios de políticas públicas amplas, no SUS, dado que a maior parte das leis e
cartilhas elaboradas, as quais indicam diretrizes como a da atenção integral às necessidades de
saúde da pessoa com TEA, o diagnóstico precoce, o atendimento de caráter multiprofissional,
bem como o acesso a medicamentos e nutrientes tendem a ser concretizadas somente no
papel, uma vez que uma quantidade significativa de pessoas com TEA sequer conseguem
acessar aos seus direitos, principalmente aquelas que são menos favorecidas
socioeconomicamente. Dessa forma, é preciso que o Estado brasileiro se posicione em relação
ao provimento de dispositivos clínicos, recursos financeiros, formação e capacitação de
profissionais, dentre outros elementos para que a atenção integral destinada aos autistas,
através de políticas públicas, seja eficaz. (OLIVEIRA, B. D.C, 2017)
Apesar dos progressos acima citados, os obstáculos enfrentados pelos indivíduos que
buscam acesso aos serviços de saúde para a assistência a pessoas com Autismo tem sido
indicada como um dos principais motivos que colaboram para a redução da qualidade de vida
dos autistas e dos seus encarregados, para o aumento do estresse dos cuidadores - uma vez
que esses têm que lidar com as particularidades comportamentais das pessoas com TEA,
muitas vezes, sem a instrução adequada -, para a postergação da definição diagnóstica e do
estabelecimento do tratamento adequado, configurando-se como um desafio para Saúde
Mental do portador de TEA e dos seus responsáveis. Além disso, ainda existem as
adversidades culturais e econômicas, como a dificuldade encontrada por muitos pais e
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3. Acadêmico de Medicina, FSM (iagosampa2003@gmail.com)
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6. Professora orientadora – FSM (000094@fsmead.com.br)
responsáveis de autistas na busca por escolas ou espaços que os integrem efetivamente. Em
vista disso, pode-se estimar que a demanda por informação e acesso ao tratamento seja
significativa, não sendo mais possível negligenciá-la, cabendo, portanto, ao Estado brasileiro
a criação de políticas públicas mais abrangentes, as quais possam, de fato, garantam uma vida
digna aos cidadãos portadores de TEA. (ROSSI, L. P, 2018).
Para mais, nos últimos anos, o Brasil obteve muitas conquistas no que tange ao
desenvolvimento de Políticas Públicas de assistência aos autistas, ainda que essas tenham sido
desenvolvidas de forma tardia. Entretanto, países como a Itália, por exemplo, possui, por meio
da sua lei geral para o TEA, a promoção de pesquisas relacionadas ao autismo, a fim de
compreender sua origem e buscar por tratamentos, além disso, a cada três anos, o Instituto
Nacional de Saúde fará revisão das guidelines do tratamento e inclusão do autismo no LEA
(Livelli Essenziali di Assistenza, serviço nacional de saúde). Essa ainda é uma realidade
distante para o Brasil, uma vez que,no cenário atual, as verbas destinadas para pesquisas vêm
sendo reduzidas gradativamente, por exemplo. Por esse motivo, é imprescindível que as
políticas públicas brasileiras vigentes sejam reformuladas, com o objetivo de promover a
inclusão dos indivíduos com TEA na sociedade, bem como com o intuito de viabilizar a
difusão de conhecimento sobre este transtorno para que ele se torne claro e bem elucidado
para a população em geral. Dessa forma, espera-se que os cidadãos com TEA gozem de uma
vida digna assegurada por meio de eficientes Políticas Públicas. (NICOLETTI et. al, 2020.)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir do presente estudo, pode-se concluir que a igualdade de direitos para as


pessoas com transtorno do espectro autista no Brasil não é efetivada, apesar de ser garantida
pela Carta Magna do país. Nesse sentido, por meio da revisão das literaturas e das opiniões
dos autores é possível afirmar que essa parcela da população é carente de Políticas Públicas
que se adequem às necessidades especiais dos diferentes tipos de autismo, o que não ocorre de
maneira plena hoje por conta da falta de especificidade da legislação vigente.

É verdade que diversos avanços foram conquistados ao decorrer da última década no


que tange os direitos dos pacientes com TEA no Brasil. A criação de leis que asseguram
condições mínimas para as necessidades desses cidadãos demonstra vitórias para essa
população na busca da isonomia pregada pela Constituição. Inclusive, o aumento do
diagnóstico de pacientes com TEA nos últimos anos demonstra que a população tem tomado

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ciência dessa condição e tem buscado cada vez mais os serviços de saúde, o que favorece o
diagnóstico precoce e promove um melhor prognóstico para essas pessoas. No entanto,
apesar dos crescentes avanços ainda há muito a se fazer pelos autistas no Brasil, tanto no
âmbito da saúde pública, quanto no âmbito da educação e de outros direitos sociais básicos.
Portanto, é evidente a necessidade de mais atenção por parte do Poder Público para
esse contingente da população por meio da criação e da manutenção de políticas públicas
eficazes para as pessoas com TEA. Sendo assim, esse trabalho visa incentivar pesquisas
futuras sobre o tema, para que por meio do conhecimento científico o assunto possa ser
debatido em sociedade e a importância da garantia dos direitos desse grupo seja assegurada.
Assim, tais direitos sairiam do papel e seriam de fato efetivados em sociedade.

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DERMATITE ATÓPICA: UM ECZEMA DE CAUSA DESCONHECIDA

Hemily Pessoa de Abreu Silva 1


Jurandir Alves de Freitas Filho 2
Lara Kauanny Gonçalves de Abreu 3
Macerlane Lira Silva 4

INTRODUÇÃO

A dermatite atópica (DA) é uma manifestação cutânea que através de critérios clínicos
e etiopatogênicos se classifica como um tipo de eczema. As dermatites eczematosas são um
agrupamento de patologias que se inserem na mesma classe pela presença de alguns achados,
como: eritema, edema, vesiculação, secreção, formação de crostas, escamas e liquenificação,
podendo ainda serem acompanhadas de prurido. Essas lesões podem se suceder ou se
associar, formando os aspectos do eczema, ainda, pode ser classificada em aguda, subaguda
ou crônica (RIVITTI, 2014).
A DA, também denominado eczema atópico ou neurodermite disseminada, é uma
patologia de curso crônico, com causa desconhecida, todavia, existem diversos fatores que
podem levar ao seu aparecimento, como: fatores genéticos; mecanismos imunológicos e não
imunológicos, aliados a interação de fatores ambientais e constitucionais (RIVITTI, 2014).
Os pacientes afetados pela dermatite atópica apresentam o limiar de reatividade alterado
em relação aos indivíduos normais, ou seja, reagem anormalmente a diversos estímulos,
sejam eles de contato, de ingestão, de inalação ou injetáveis (KANTOR; SILVERBERG,
2017).
O diagnóstico da dermatite atópica é basicamente clínico, somado, muitas vezes, com
histórico familiar de atopia, eosinofilia, e aumento da IgE circulante. Os principais achados
são: prurido, edema, eritema, presença de crostas, xerodermia e liquenificação (ANTUNES et
al., 2017).
Diversos fatores contribuem no surgimento de crises, corroborando, assim, para agravar
ou desencadear o eczema atópico, como: aparecimento da dentição na infância, infecções,
distúrbios emocionais, alterações ambientais, imunização e alimentos como ovo, castanha,
leite, peixe, soja, galinha e aditivos alimentares (AZULAY, 2017).
A dermatite atópica é mais comum na infância e em geral surge entre 3 e 6 meses de
vida com áreas eritematocrostosas. Ao final do segundo ano de vida, nota-se a resolução

1.Hemily Pessoa de Abreu Silva, Graduando do curso de Medicina, FSM (20211056027@fsmead.com.br)


2. Jurandir Alves de Freitas Filho, Graduando do curso de Medicina, FSM (20211056037@fsmead.com.br)
3. Lara Kauanny Gonçalves de Abreu, Graduando do curso de Medicina, FSM (20211056031@fsmead.com.br)
4. Macerlane Lira Silva, Professor da Faculdade Santa Maria – FSM (macerlane@hotmail.com)
espontânea em cerca de 50% das crianças. Na maioria, as lesões tornam-se menos pustulosas,
mais papulosas e com tendência a liquenificação, comprometendo principalmente as dobras
antecubitais e poplíteas, punhos, pálpebras, face e pescoço.; na adolescência as lesões se tornam
papulodescamativas e, mais caracteristicamente liquenificadas, sujeitas a surtos de agudização. Após os
30 anos de idade é rara a persistência dos achados cutâneos (RIVITTI, 2014).
Nos últimos anos a DA tem crescido em todo o mundo, apresentando variações de prevalência
em função da localização geográfica, condições climáticas, nível socioeconômico e de poluição. No
Brasil a porcentagem da população afetada por essa dermatite pode chegar até 15%. Ainda, atinge entre
15 a 20% das crianças e 2 a 3% dos adultos, os casos que iniciam na infância e perduram até a vida
adulta são cerca de 10 a 30% do total (ANTUNES et al., 2017).
A dermatite atópica, ainda, está intimamente relacionada com quadros de asma e rinite alérgica,
por um processo conhecido como “marcha atópica”. A marcha atópica pode ser caracterizada como a
história natural das manifestações alérgicas, a partir de uma sequência de progressão de indicativos
clínicos de doença atópica, essas manifestações cutâneas são porta de entrada para o aparecimento de
patologias alérgicas, porque os pacientes podem ter um limiar menor para prurido e uma propensão
hereditária para o desdobramento de respostas de hipersensibilidade imediata do tipo I e IV
(ANTUNES et al., 2017).
As alterações que giram em torno da fisiopatologia da dermatite atópica seguem desconhecidas,
porém, existem alguns fatores que fazem parte do complexo mecanismo que ronda em torno desse
eczema. Com as atuais tecnologias e estudos na área, essa patologia passou a ter aspecto multifatorial,
tendo as alterações cutâneas e imunológicas um lugar de destaque (AZULAY, 2017).

OBJETIVO

Identificar os fatores que predispõe a dermatite atópica.

MÉTODO

O presente estudo se trata de uma pesquisa bibliográfica feita através do uso de livros
que abordam a respeito do tema, e artigos científicos disponíveis nas bases de dados: Google
Scholar, Scientif Eletronic Library Online (SCIELO) e PUBMED. Sendo executada uma
revisão de cunho qualitativo e quantitativo. Empregou-se para busca do material científico os
descritores com as seguintes palavras-chave: dermatite atópica, causas, eczema,
manifestação cutânea, sistema imunológico.
A iniciativa tem como propósito retratar sobre a dermatite atópica e os fatores que

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4. Macerlane Lira Silva, Professor da Faculdade Santa Maria – FSM (macerlane@hotmail.com)
motivam o surgimento desse tipo de eczema. A procura foi realizada no período de maio de
2022, a partir da seleção e inclusão de publicações entre o ano de 2017 à 2022. Para o
desempenho do seguinte estudo, foram adotados critérios de exclusão, sendo descartados
resumos simples, monografias, dissertações e teses; trabalhos que não estavam disponíveis
de forma gratuita; e publicações que fugissem do tema trabalhado. Para os critérios de
inclusão foram observados artigos em português e inglês que tratavam a respeito da temática;
além de artigos disponíveis de forma completa e gratuita.
Logo, foram selecionados dois artigos no Google Scholar dentre um total de 12.600
que tratavam sobre a dermatite atópica. No PUBMED foram encontrados 9.140, já no Scielo
66, porém foram descartados pelos critérios utilizados. Além de dois livros de dermatologia
clínica para aporte teórico e engrandecimento do trabalho.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Embora ainda não haja uma causa totalmente definida para origem da DA, alguns
achados se tornam importantes para o entendimento dessa patologia, ocorrendo, em grande
parte, um desequilíbrio na interação entre a imunidade humoral e a celular, e alterações na
barreira cutânea.
De acordo com Kantor e Silverberg (2017) uma possível causa seria os níveis de
AMP- cíclico (AMPc) intracelulares baixos nos macrófagos, basófilos e linfócitos, resultado
de defeito associado ao aumento da atividade da enzima fosfodiesterase que degrada AMPc,
trazendo algumas consequências, como a maior liberação de PGE2 e IL-10, estimulando a
produção de IL-4, que atua sobre as células B, ativando a produção de IgE, que resulta nos
processos inflamatórios locais. Ainda, foi observado uma alteração no metabolismo do ácido
araquidônico, ocorrendo um aumento nos metabólitos tanto da via lipo-oxigenase quanto da
ciclo-oxigenase, contribuindo para a persistência da inflamação.
Na imunidade humoral, ocorre um aumento dos níveis séricos de IgE, produzidos a
partir dos linfócitos B, são observados em 80% dos indivíduos com DA, provavelmente,
apresentam correlação com a gravidade da doença e outros processos que fazem parte da
marcha atópica, como a asma e rinite alérgica. Além disso, alguns pacientes apresentam
aumento de IgG4 específica para B-lactoglobulina, uma proteína pequena encontrada no leite
de alguns mamíferos e em produtos proteicos (AZULAY, 2017).
Em relação a imunidade celular, os pacientes com DA possuem respostas de
hipersensibilidade retardada, relacionando-se inversamente com os níveis séricos de IgE,

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ainda, nota-se diminuição dos linfócitos T circulantes, especialmente os LT supressores,
modificando a proporção CD4/CD8, deixando em maior número o CD4. Ocorre ainda,
diminuição da resposta dos linfócitos a antígenos microbianos e do número e atividade dos
linfócitos natural killer (AZULAY, 2017).
Segundo Rivitti (2014), acontece um distúrbio entre a imunidade celular e humoral, pois
os linfócitos T têm grande papel na manutenção de lesões eczematosas, logo as células T são
ativadas em resposta a antígenos e produzem padrões de defesa através dos seus subtipos de
interesse, Th1 e Th2, ainda, para um funcionamento adequado do organismo é importante
que elas estejam em equilíbrio.
Os linfócitos Th1 secretam IFN-γ e IL-2 a partir da sua ativação por IL-12, e está
relacionado com a imunidade celular; já os linfócitos do subtipo Th2 são diferenciados
através da IL-4 e ausência de IL-12, produzindo IL-4, IL-5, IL-10 e IL-13, estando
relacionado com a imunidade humoral. Por conseguinte, o Th2 acaba produzindo IL-4 que
inibe a produção de IFN-γ pelo Th1, o que poderia explicar a maior suscetibilidade às
infecções que atópicos podem apresentar, uma vez que, os linfócitos Th1 ativam macrófagos
(ANTUNES et al., 2017).
Ainda, o aumento de IL-4 diminui a expressão de genes que regulam a barreira
epidérmica, assim, os queratinócitos expressam menos filagrina (uma proteína importante
para a estrutura do envelope cornificado e crucial para o alinhamento da queratina, sendo um
hidratante natural), ocasionando problemas na integridade da pele, como a perda excessiva de
água (KANTOR; SILVERBERG, 2017).
Azulay (2017) traz uma perspectiva sobre o desenvolvimento das lesões de pele na DA,
relatando que seria explicado pela ativação sequencial de células Th1 e Th2. A fase de
iniciação da DA é induzida por citocinas (IL-4, IL-5) derivadas das células Th2 alérgeno-
específicas ativadas. Na pele, macrófagos e eosinófilos ativados pelo Th2 produzem IL-12
que ativa as células Th1, assim, produzem IFN-γ que leva a cronicidade da dermatite atópica
e determina a gravidade da patologia.
Kantor e Silverberg (2017) abordam que o Th17 tem relevância na dermatite atópica,
uma vez que, eles regulam a produção de peptídeo antimicrobiano (componente da
imunidade inata) em queratinócitos, e a regulação negativa pode contribuir para infecções de
pele em pacientes com a DA.
Para Rivitti (2014), no eczema atópico ocorre a degranulação intermitente dos
mastócitos que liberam mediadores como, histamina, PGD2, leucotrienos C4, D4 e E4, que

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provoca eritema, edema, vasopermeabilidade e quimiotaxia de leucócitos, havendo liberação
de enzimas proteolíticos e lisossômicos promotores de destruições tissulares, ainda liberam
IL- 4 e IFN-γ, essas citoquinas liberadas expressam moléculas de adesão como ICAM-1, que
colaboram no recrutamento de leucócitos nas lesões da dermatite atópica, contribuindo para
os fenômenos inflamatórios.
As lesões eczematosas geralmente são acentuadas em áreas de grande potencial de
exposição a antígenos (face e mãos), em áreas de aumento de vascularização (face e dobras) e
em áreas de pele fina e/ou cobertas, nas quais a penetração percutânea pode ser aumentada
(dobras antecubitais e poplíteas). Essas lesões nos portadores de eczema atópico são
induzidas pelos aeroalergênicos que podem penetrar na pele após contato direto com a
epiderme, devido a uma disfunção da barreira epidérmica. Já os alergênicos ambientais
podem atingir e sensibilizar a pele pela circulação, após inalação ou por contato direto com a
pele (AZULAY, 2017).
Os indivíduos atópicos também têm exacerbação das lesões, associada à infecção da
pele, em alguns casos, pelo S. pyogenes, e, principalmente, pelo S. aureus, que pode
estimular um processo inflamatório através da ativação dos linfócitos T, liberando
superantígenos (proteínas de alto peso molecular) como a enterotoxinas estafilocócicas A, B,
C (SEA, SEB, SEC), agravando o processo eczematoso inicial. Ainda, os neutrófilos
apresentam baixa capacidade fagocitária. Esses fenômenos favorecem extremamente a
colonização cutânea pelos estafilococos (AZULAY, 2017).
Em indivíduos atópicos, há alterações no estrato córneo da epiderme, tanto na pele
lesada, quanto na pele aparentemente não comprometida, assim, trata que houve uma
diminuição notável dos níveis de ceramidas nesse estrato. Ainda, é apresentado um
desequilíbrio estrutural da matriz lipídica extracelular, o que poderia contribuir para uma
maior perda de água transepidérmica, resultando em xerodermia (ANTUNES et al, 2017).
O limiar ao prurido é baixo se comparado aos indivíduos normais, causando um prurido
mais intenso em razão de estímulos. O suor é um fator que desencadeia o prurido em
atópicos, por conta da retenção de suor ou eliminação de alérgenos. Tendo nessas
características possibilidades de aumento das respostas inflamatórias (AZULAY, 2017).

A disfunção da barreira cutânea pode ser adquirida através de irritações e perturbações


mecânicas, como substâncias alcalinas que alteram o PH cutâneo, tornando-o básico; fricção
exagerada; banhos aquecidos que prejudicam a pele, logo, acabam por romper a barreira
composta pelos corneócitos, diminuindo os componentes de natureza lipídica facilitando a
1.Hemily Pessoa de Abreu Silva, Graduando do curso de Medicina, FSM (20211056027@fsmead.com.br)
2. Jurandir Alves de Freitas Filho, Graduando do curso de Medicina, FSM (20211056037@fsmead.com.br)
3. Lara Kauanny Gonçalves de Abreu, Graduando do curso de Medicina, FSM (20211056031@fsmead.com.br)
4. Macerlane Lira Silva, Professor da Faculdade Santa Maria – FSM (macerlane@hotmail.com)
colonização por patógenos (KANTOR; SILVERBERG, 2017).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A dermatite atópica (DA) é uma patologia crônica de alta prevalência na população


brasileira, e das mais frequentes na infância, manifestando-se, muitas vezes, nos primeiros
anos de vida, porém pode acometer também adultos e costuma ocorrer entre pessoas da
mesma família.
Diversos fatores têm sido associados ao aumento do risco de DA, como o componente
genético, alterações ambientais, fatores psicológicos, infecções, imunização e fatores
alimentares. Sua patogênese inclui alterações na função da barreira cutânea, resposta imune
modificada, sensibilização a alérgenos, aumento dos níveis de IgE, tendo os linfócitos T e B
papel de destaque.
É importante frisar que a DA pode estar associada a outras manifestações, como a
asma e a rinite alérgicas, as quais ocorrem com maior frequência nos pacientes com DA
grave ou de difícil controle.
Dessa forma, apesar da dermatite atópica ainda não ter uma causa exata conhecida, ela
apresenta origem multifatorial importante que a torna um dos tipos mais comuns de eczemas.
Apesar de não ter cura, o tratamento pode ser bastante eficaz e os cuidados devem ser
seguidos ao longo da vida.

REFERÊNCIAS

ANTUNES, Adriana A; et al. Guia prático de atualização em dermatite atópica-Parte I:


etiopatogenia, clínica e diagnóstico. Disponível em: http://aaai-
asbai.org.br/detalhe_artigo.asp?id=772. Acesso em: 15 maio. 2022.

AZULAY, Rubem David. Dermatologia. 7ª ed. RIO DE JANEIRO: Guanabara Koogan


S.A, 2017.

KANTOR, R.; SILVERBERG, J. Environmental risk factors and their role in the
management of atopic dermatitis. Disponível em:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5216178/. Acesso em: 14 maio. 2022.

RIVITTI, Evandro A. Manual de dermatologia clínica de Sampaio e Rivitti. São Paulo:


Artes Médicas, 2014.

1.Hemily Pessoa de Abreu Silva, Graduando do curso de Medicina, FSM (20211056027@fsmead.com.br)


2. Jurandir Alves de Freitas Filho, Graduando do curso de Medicina, FSM (20211056037@fsmead.com.br)
3. Lara Kauanny Gonçalves de Abreu, Graduando do curso de Medicina, FSM (20211056031@fsmead.com.br)
4. Macerlane Lira Silva, Professor da Faculdade Santa Maria – FSM (macerlane@hotmail.com)
CARACTERIZAÇÃO DA FEBRE CHIKUNGUNYA E A SUA
RELAÇÃO COM AS DORES ARTICULARES

Lucas Martins Oliveira1


Nuara Iaponira Gomes do Nascimento2
Mylena Pinheiro Lôbo 3
Marinaldo Formiga Alves Júnior4
Marta Lígia Vieira Melo5

INTRODUÇÃO

A Febre Chikungunya (FC) é uma arbovirose causada por alfavirus com elevada
incidência em áreas tropicais, mais favoráveis ao desenvolvimento do Aedes aegypti e do Aedes
albopictus, espécies de mosquito cuja picada da fêmea é responsável pela transmissão da
doença. No Brasil, observa-se que a dispersão desses vetores acompanha amplo fluxo de
pessoas e população mais suscetível, sendo localizado o Aedes aegypti em mais de 4.000
municípios, e o Aedes albopictus, em aproximadamente 3.285 (DA SILVA, et al, 2018).
Sua fisiopatologia pode ser compreendida em duas fases: uma aguda, com curto
período de duração, de até 3 meses, caracterizada por sintomas inespecíficos como febre,
dores articulares e musculares, cefaleia, náusea, fadiga e exantema; e uma fase crônica com
dor e poli artralgia debilitantes que podem durar anos (GOMES; AMORIM, 2021).
Nos últimos 10 anos, sua incidência tem mostrado uma prevalência de sintomas
persistentes no primeiro ano após a infecção aguda, estima-se que o número de acometidos
por essa incapacitação de longa duração seja de 1 a 2 milhões de indivíduos (DE CASTRO;
LIMA; NASCIMENTO, 2016).
O acometimento articular crônico da FC pode ser persistente ou redicivante, com dor
nas articulações, podendo ter ou não edema, limitação da movimentação, deformidades e
ausência de eritema. Normalmente ocorrem de forma simétrica, mas também pode ser
assimétrico e monoarticular. Ademais, há casos relatados de dores nas regiões cervical,
lombossacral e sacroilíaca e artropatia destrutiva, com características que remetem às da
artrite reumatoide ou psoriática. Inclui-se aqui o fator reumatoide positivo e erosões nas
radiografias (BRASIL, 2015). É evidente que as sequelas do Chikungunya (CHKIV) causam
grandes impactos na qualidade de vida. Os acometidos pela doença apresentam limitações
correspondentes a, pelo menos, 50% do considerado normal, sobretudo nos domínios de

1. Lucas Martins Oliveira (Medicina), FSM (20212056018@fsmead.com.br)


2. Nuara Iaponira Gomes do Nascimento, FSM (20212056006@fsmea