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Luis Jacob
Polytechnic Institute of Santarém and Polytechnic Institute of Bragança
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Colecção: RUTIS
2
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Índice 4
Agradecimentos 7
Introdução 8
I - Fundamentos Teóricos 9
2 - Envelhecimento ativo 16
3 - A animação 19
4 - O animador 22
1 - Animação de Idosos 25
2 - O animador de idosos 30
3 - Animação em Instituições 31
2 - Material 45
3 – Avaliação
3
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
IV - Atividades
Conclusão 114
Glossário 115
Anexos 130
Autor 140
4
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Introdução
5
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
I - Fundamentos Teóricos
7
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
8
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
9
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
não satisfeita (lista de espera) nas valências para idosos, nomeadamente em Lares. “Em
lista de espera para conseguir lugar num lar estão 18 mil pessoas, afirma o presidente da
Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade” (Público, 2009).
Que os actuais CC tenderão a diminuir em quantidade. A Segurança Social há
algum tempo que não celebra novos acordos de cooperação para esta valência. Esta
valência apenas com serviços esporádicos de animação, já não corresponde às
expectativas dos actuais idosos e, como tal, a sua importância tende a esvanecer-se.
Necessidade de criar programas e respostas sociais para os idosos, que não
estando dependentes, estão sós e isolados.
O contínuo crescimento das Universidades Seniores, que correspondem aos
anseios dos idosos, no domínio da cultura, formação, convívio e aprendizagem ao longo
da vida. O número de UTIs e de alunos têm crescido gradualmente e constantemente.
O turismo sénior é outra área com enorme potencial, a par do termalismo.
Segundo Santos, 2001, “O segmento do turismo sénior tem vindo a assumir uma
importância crescente no mercado do turismo à escala mundial. É previsível que continue
em crescimento nas próximas décadas. A sua evolução será determinada por dois
factores principais. O primeiro é o progressivo envelhecimento da população idosa
mundial, que ocorrerá com especial incidência nos principais países emissores de
turistas mais velhos. O outro factor corresponde à variação da propensão para viajar da
população sénior, em resultado de mudanças de natureza económica, sociológica,
cultural, etc., que influenciarão as sociedades futuras”.
Que os CD tenderão a funcionar mais dias (fins de semana e nos meses das
férias) e em horário mais alargado. Com a crescente dependência dos utentes dos
centros de dia, estes tenderão a trabalhar mais a área da saúde e menos a de convívio.
Que o número de utentes em SAD tenderá a aumentar (esta resposta é a que
mais tem crescido nos últimos 10 anos e já é a mais importante), assim como os mesmos
tenderão a funcionar todos os dias e, inclusive, alguns também à noite. Os serviços
prestados também serão mais alargados com ênfase nos serviços de saúde, de limpeza,
de animação e pequenas reparações na casa.
Que os Lares tenderão a tornarem-se cada vez mais especializados, por exemplo
em grandes dependentes ou idosos com demências. O número de utentes por lar poderá
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
vir a aumentar de modo a criar economias de escala e dotar os serviços com mais
pessoal qualificado. Poderão surgir, cada vez mais, residências para idosos autónomos e
que queiram ainda manter uma vida independente.
Haverá um reforço e uma evolução gradual da utilização dos meios tecnológicos
e de comunicação à distância, como a tele-assistência ou a tele-medicina.
Por fim vão crescer as necessidades de pessoal técnico e não técnico mais
qualificado.
Aconselho:
IDS - Instituto para o Desenvolvimento Social (2002). Guia para a intervenção
com maiores em situação de incapacidade. Lisboa.
IDS - Instituto para o Desenvolvimento Social (2002). Prevenção da Violência
Institucional, perante pessoas idosas. Lisboa.
Moura, Claudia et al (2012), Processos e estratégias do envelhecimento,
Euedito.
Paúl, Constança; Ribeiro, Óscar (2012), Manual de gerontologia, Editora Lidel
Pereira, Fernando et al, (2012), Teoria e prática em gerontologia, Editora
Psicossoma
Vilar, Rui, et al (2010), Gestão de Organizações sem fins lucrativos, Impulso
Positivo.
www.lares.socialgest.pt – Anuário de respostas sociais para idosos
www.cartasocial.pt – Carta das respostas sociais em Portugal
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
2 - Envelhecimento Ativo
O termo “envelhecimento ativo” foi adotado pela Organização Mundial de Saúde,
no final dos anos 90, e procura transmitir uma mensagem mais abrangente do que a
designação “envelhecimento saudável”, reconhecendo que, para além dos cuidados com
a saúde, existem outros factores que afectam o modo como os indivíduos e as
populações envelhecem (Katache e Kickbush, 1997).
O conceito de envelhecimento ativo, há também quem o chame envelhecimento
positivo, aplica-se tanto a indivíduos quanto a grupos populacionais e permite que as
pessoas percebam o seu potencial para o bem-estar físico, social e mental ao longo do
curso da vida e inclui a participação activa dos mais velhos nas questões económicas,
culturais, espirituais, cívicas e na definição das políticas sociais. Para Jester (2005)
“existem dificuldades no estudo do envelhecimento ativo porque não há qualquer acordo
sobre a nomenclatura, nem na definição e critérios para este conceito”1.
Outro termo recorrente é o envelhecimento “bem sucedido”, que foi usado pela
primeira vez por Rowe e Kahn em 1987 que indicaram quatro condições para se ter um
envelhecimento ativo: Baixo risco de doença; Baixo risco de doença incapacitante; Boas
funções físicas e mentais e uma participar ativamente na vida.2
Já a MacArthur Foundation Research Network on Successful Aging definiu-o
como “aqueles indivíduos idosos que apresentam um bom desempenho em testes
funcionais de cognição e capacidade física”.
O objetivo primordial do envelhecimento ativo é aumentar a expectativa de uma
vida saudável e de qualidade de vida. Ao tentar definir o conceito de qualidade de vida
para idosos, Donald (1997) formulou cinco classes gerais, que podem servir de referência
tanto para os mais velhos como para os profissionais que os atendem:
- A primeira categoria é a do bem-estar físico, cujos elementos são: a comodidade
em termos materiais, saúde, higiene e segurança.
- As relações interpessoais são a segunda categoria, que inclui as relações com
familiares, amigos e participação na comunidade.
1
No original: “there are difficulties in studying active aging; there is no agreement on the nomenclature, let alone the definition and criteria for this
entity.”
2
No original: “ Low risk of disease, Low risk of disease related disability, High mental and physical function, Active engagement in life”
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
3 Inquérito de 1995, realizado a 2.137 indivíduos de ambos os sexos dos concelhos de Lamego, Moimenta da Beira, Almeirim, Cartaxo, Loures,
Graça (Lisboa), Serpa, Ourique e Loulé. (DGS, 1995)
4 Inquérito realizado em 1997 a 60 idosos (30 residentes no seu domicílio e 30 residentes em dois Lares) dos distritos de Lisboa e Santarém.
(Palhouto, 1997)
5 Inquérito realizado em 2000 a 230 idosos (200 residentes no seu domicílio e 30 institucionalizados) da área metropolitana de Lisboa.
(CIES/ISCTE, 2000)
6 Inquérito realizado em 2004 pela Associação Rede de Universidades da Terceira Idade a 150 seniores de Almeirim, Santarém e Lisboa
(Acessível em www.rutis.org).
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Neste sentido, consideramos que uma boa abordagem à reforma implica uma
continuidade da vida, não fazendo uma ruptura brusca com o passado nem
perspectivando um grande vazio em relação ao futuro, a continuação ou reavivamento
das relações sociais e humanas e a realização de alguma atividade útil. A perspectiva da
reforma como o fim ou o “arrumar de botas” definitivo é uma desvalorização desta fase
da nossa vida.
Era bom divulgar mais os projetos de preparação para a reforma, uma vez que
estes ajudam a preparar as pessoas para esta nova da fase da vida e alertam para
alguns dos problemas da reforma ou pré-reformas. Exemplo: Curso de preparação para a
reforma do Banco de Portugal.
Outros aspetos psicológicos que são adquiridos ao longo do curso da vida têm
uma grande influência no modo como as pessoas envelhecem, se a pessoa foi ativa e
otimista em jovem vai ser ativo e otimista em velho. Pessoas que se preparam para a
velhice e que se adaptam à mudança facilmente fazem uma vida melhor depois dos 65
anos, assim como as pessoas com mais formação académica. Aristóteles afirmou em
350 a.C. que “a cultura é o melhor conforto para a velhice”.
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Aconselho:
Chapman, Elwood, (2005), Guia para planear a reforma, Lisboa: Editora
Monitor.
Couvaneiro, Conceição; Cabrera, José (2009), Este tempo de Ser,
Concepções de espaço e tempo para um envelhecimento positivo. Instituto
Piaget.
Fonseca, A. (2012), Reforma e reformados, Livraria Almedina
Jacob, Luis; Fernandes, Helder, (2011), Ideias para um envelhecimento ativo,
RUTIS.
Jacob, Luis et al, (2012), Ideias para envelhecer bem, RUTIS.
Paúl, Constança; Ribeiro, Óscar, (2011), Manual do envelhecimento ativo,
Lidel.
www.envelhecimentoativo.pt – Site oficial do AEEASEG, 2012.
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
3 - Animação
Segundo o dicionário (Porto Editora, 2010) animação significa animar, dar vida a,
vitalização, dar movimento ao que está parado, motivar. Neste sentido a animação é dar
vida ou movimento (pôr a funcionar ou a mexer) a um objecto, pessoa ou grupo. O
animador é quem põe o processo em movimento, é quem liga a chave, quem
desencadeia as alterações necessárias para que o que estava inerte se ponha em ação,
em atividade.
A animação nos nossos dias está no centro das prioridades de todas as
estruturas de acolhimento de pessoas idosas, que tomaram consciência da sua
importância enquanto elemento determinante da qualidade de vida em estabelecimentos
e que se integra no projeto de vida de uma instituição, preservando a autonomia dos
residentes.
Ao longo destas últimas décadas, a animação evoluiu de uma dimensão
ocupacional, sem objetivos reais precisos e, essencialmente, criados dentro das
atividades manuais ou de bricolagem, propostos aos residentes para lutarem contra a
monotonia. Passou a existir um significado mais global e filosófico, dar ânimo, um sentido,
um significado à vida em colectividade. Criar um clima, um dinamismo no seio do
estabelecimento visando o melhoramento da qualidade de vida das pessoas idosas,
facilitando a sua adaptação a uma vida comunitária imposta.
A animação passa a ser um suporte de comunicação dentro do qual o aspecto
relacional é privilegiado e faz da animação um elemento determinante da qualidade de
vida da instituição.
O dinamismo da estrutura de acolhimento, a qualidade de vida e o bem-estar dos
residentes e do pessoal são atualmente os três objetivos que dominam a animação das
pessoas idosas dentro de uma instituição.
Segundo Quintas e Castaño (1998) a animação é uma atividade interdisciplinar e
intergeracional que actua em diversas áreas e que influencia a vida do indivíduo e do
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Aconselho:
Costa, Carlos (2011), Animação Sociocultural: Voluntariado e Cidadania Ativa,
LivPsic
Lopes, Marcelino (2006). Animação sociocultural em Portugal, Chaves:
Editora Intervenção.
Lopes, Marcelino; Pereira, José (2009), Animação Sociocultural na terceira
idade, Chaves, Editora Intervenção.
Trilla, J. (2004), Animação Sociocultural, Teorias, Programas e Âmbitos,
Lisboa: Instituto Piaget.
www.apdasc.com - Associação Portuguesa para o desenvolvimento da
Animação Sócio-cultural
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
4 - O Animador
O animador é aquele que realiza tarefas e atividades de animação, que é capaz
de estimular os outros para uma determinada ação. Actua como catalisador da sua
vontade, ou de terceiros, junto de um grupo ou de uma pessoa. O animador é um
mediador, um intermediário, um provocador, um gestor, um companheiro e um agente de
ligação entre um objetivo e um grupo alvo. Um animador não pode ser um homem só, ele
trabalha em e para o grupo. Para efeitos deste livro consideramos como animador não só
o técnico que teve formação específica nesta área, mas todos os técnicos profissionais
ou superiores que executam esta função.
Assim, ao animador compete criar movimento, vida e atividades. É necessário
que apresente propostas e sugestões, que seduza, que imagine, que desperte, que
suscite e que influencie, sem exercer qualquer tipo de obrigação ou criar um sentimento
de obrigatoriedade. O animador deve ser vivo, ativo, comunicador, encorajante e
destemido, entusiasta e optimista.
De referir que o trabalho de animação com idosos é substancialmente diferente
do trabalho com crianças e jovens, daí haver uma necessidade de competências
específicas por parte do animador perante o grupo etário com o qual está a trabalhar.
Os animadores podem ser:
Animadores profissionais (Formados e com diploma, que através da sua
formação desempenham a função a tempo inteiro de animador).
Animador eventual (Não tem formação específica mas exerce a atividade a
meio tempo, partilhando a função da animação com outras pessoas).
Animadores voluntários (Podem ser parentes, amigos, reformados; podem
não ter uma responsabilidade na execução das atividades, mas prestam uma ajuda
preciosa).
Animadores de passagem (Normalmente estagiários ou pessoal temporário,
que está durante pouco tempo na instituição).
Para um profissional ser competente (sobre o plano pedagógico, técnico e na
gestão de grupos, de modo a fazer progredir o seu grupo) tem que obedecer a três
condições:
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
- Tem que saber – O animador tem que saber e conhecer as técnicas, as teorias,
os instrumentos e as metodologias da animação dos idosos. Tem que ter conhecimentos
de Psicologia, Gerontologia, Animação, Motricidade, Artes Plásticas, etc.
- Tem que ter vontade – O animador tem que ter vontade de aprender, de agir, de
animar, de não se acomodar, de não ter medo da mudança, de ser ativo, de ser
persistente e de não de deixar desanimar. O técnico pode saber mas se não quiser, não
é competente.
- Tem que ter meios – O animador deve ter ao seu dispor os meios humanos,
materiais e financeiros adequados às suas funções, público-alvo (quantitativa e
qualitativamente) e objetivos.
O trabalho do animador não se pode resumir numa simples participação, numa
atividade pontual; é antes um trabalho de múltiplas facetas que o leva a exercer funções,
tanto de organizador ou de coordenador ou como guia, ou de conselheiro
Se quisermos enumerar as qualidades de um bom animador diríamos que tem
que ser:
Organizado: ter simultaneamente atenção aos detalhes e capacidade de
planeamento.
Favorável ao trabalho em equipa, discutir e exprimir as suas ideias, trocar,
debater e escutar.
Atento ao grupo: escuta activa não apenas daquilo que se diz verbalmente
mas também aquilo que transparece nas atitudes e comportamentos.
Justo: ser imparcial, não favorecer, nem desfavorecer nenhum elemento.
Compreensivo: promover a compreensão e a empatia, não fazendo juízos de
valor.
Confiante: dentro dos membros do grupo, deve-se respeitar as necessidades
e preferências de cada um.
Atento e disponível: no desenrolar das atividades sem ser omnipresente.
Responsável: levar o grupo a atingir os seus objetivos, com audácia e
perseverança.
Bom observador: ver com clareza o que se passa ao nível da vida profunda
do grupo, e evitar a formação de subgrupos.
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Aconselho:
Estatuto do Animador Cultural – Acessível em
http://www.apdasc.com/pt/downloads/estatutos_final.pdf
Código Deontológico do Animador Cultural – Acessível em
http://www.apdasc.com/pt/downloads/codigo_animador_sociocultural.pdf
Costa, Carlos (2011), Animação Sociocultural, Profissão e profissionalização
dos animadores, LivcPsic.
Galinha, Sónia; Lopes Marcelino; Loureiro, Joaquim (2010), Animação e Bem
- Estar Psicológico: Metodologias de Intervenção Sociocultural e Educativa,
LivcPsic.
IAC, (2011), Guia do Animador, Ideias práticas para criar e inovar, Editora
Silabo.
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
1 - Animação de idosos
Podemos começar por colocar a questão se existe de facto uma animação
específica para idosos, entendendo isto como atividades de animação que só possam ser
realizadas por pessoas mais velhas. Por esse prisma não há uma animação de idosos,
porque a grande maioria das atividades aqui apresentadas são aplicáveis dos 5 aos 105
anos.
Mas, por outro lado o trabalho com idosos requer uma adaptação destas
atividades no que concerne à velocidade, à duração, aos locais e às referências culturais
e sociais destas (por ex: a criança corre, enquanto o idoso anda) e nesse sentido, já
podemos afirmar que existe realmente uma animação para mais velhos.
Podemos adaptar praticamente qualquer atividade de animação a um público
mais velho, desde que tenhamos em consideração os três seguintes factores:
a) O ritmo. O ritmo com os idosos é forçosamente mais lento. Uma atividade que
leva 10 minutos a completar com um grupo de jovens pode levar 30 minutos com
pessoas de maior idade.
b) Os interesses. As atividades devem ter em conta os gostos e os interesses
deste grupo específico. Deste modo os desenhos, as músicas, os filmes, os temas em
geral devem ser do agrado do grupo que estamos animar.
c) A acessibilidade. Considerando que a maioria dos mais velhos apresenta
alguma limitação física ou cognitiva, o planeamento da atividade tem que escolher ou
adaptar os jogos, os destinos e as práticas de modo que todos possam participar sem
grande esforço.
Uma característica da animação de idosos é que está comporta uma dimensão,
que outros grupos etários não possuem, que é o tempo. O tempo pode ser um amigo ou
um inimigo, de acordo com a utilização que se faz deste recurso. Infelizmente na maioria
das instituições, o tempo que os idosos têm desocupado é quase sempre demasiado.
Os reformados, têm mais tempo livre. Esta concepção permite perceber que o
ócio (entendendo este como o tempo livre a mais que os idosos tem) não pode ser
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
entendido como um tempo determinado (férias, fim de semana, etc.) ou uma série de
atividades concretas (ler, ir ao cinema, ver televisão, etc.), mas sim como uma
experiência pessoal e subjectiva, e é neste sentido que deve ser orientada a intervenção
pelos profissionais sociais e de saúde.
As múltiplas investigações sobre os benefícios do ócio justificam que este seja
considerado pelos profissionais como um recurso a utilizar nas intervenções com
pessoas idosas (Driver, Brown ey Peterson [1991] citados por Martínez e Gómez I. [2005,
p. 434]).
Também Vega e Bueno (2000), se referem aos benefícios das atividades de ócio
nas pessoas idosas, pois que têm muito mais tempo livre e podem desfrutar de novas
referências e significados que estas lhes proporcionam. Um trabalho realizado por Driver
y Bruns (1999) salientou os benefícios do ócio em quatro categorias: benefícios pessoais
(psicológicos e psicofisiológicos); benefícios sociais e culturais; benefícios económicos e
benefícios do meio -ambiente.
O conhecimento destas vantagens associadas ao desfrute do ócio pode
proporcionar ao profissional aspectos importantes para a sua intervenção e servir como
argumento para motivar a participação e reflexão dos indivíduos ou grupos que o
necessitem (Martínez e Gómez, I., 2005, p. 435).
O mesmo autor declara que, apesar de o ócio acarretar importantes benefícios
para as pessoas de qualquer idade melhorando a qualidade de vida e de constituir um
recurso de primeira importância no ajuste com êxito em situações vitais durante a velhice
(reforma, doença, luto, etc.), sabe-se através das estatísticas que, em geral, as práticas
de ócio são mais pobres, menos frequentes e menos variadas do que seria desejável.
Assim, o uso de atividades lúdicas e de ócio com pessoas idosas não pode ser
concebido de maneira nenhuma como um recurso para ter a pessoa entretida mas sim,
considerar o valor que têm para estimular o sujeito de várias formas, com a finalidade de
provocar o aparecimento de estados emocionais positivos e para se envolverem em
ações que mantenham a possibilidade de atividade, a integração no ambiente e que
proporcionem sentido à vida.
Importante introduzir nos programas de intervenção com idosos esta sensibilidade
para o ócio, pois que o desfrutar do ócio é um recurso fundamental para a vivência de
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
experiências positivas, óptimas, que favorecem estados afectivos positivos, que levam
por sua vez à melhoria das habilidades sociais, treino das funções cognitivas e funcionais
e estas são as bases para que a pessoa seja autónoma no treino e desenvolvimento das
suas faculdades físicas e psíquicas.
Em Portugal as atividades de lazer preferidas dos mais velhos são ver televisão,
passeios a pé, leitura, convívio com a família e amigos e ir ao café (QSP (2010) e Aga
Khan (2008)).
Gráfico 2 – Atividades de Lazer e Ocupação dos tempos livres dos idosos
Uma parte dos inquiridos (44%) incluiu nas suas atividades de lazer os trabalhos
domésticos. As atividades culturais e desportivas são apenas residuais. Apenas 18% dos
seniores tem alguma relação de associativismo, menos de 16% dedicam ao voluntariado
e 1/3 costuma ir à igreja, pelo menos uma vez por semana.
A animação representa um conjunto de passos com vista a facilitar o acesso a
uma vida mais activa e mais criativa, à melhoria nas relações e na comunicação com os
outros, para uma melhor participação na vida da comunidade de que se faz parte,
desenvolvendo a autonomia pessoal. “A importância da animação social das pessoas
mais velhas é facilitar a sua inserção na sociedade, a sua participação na vida social e,
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
7 No original: “The importance of social animation for elderly people is to facilitate their insertion into society, their participation in social life and
especially to allow them to play a role, even to reactivate social roles.” (Hervy, 2001, p. 11)
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
2 - O animador de idosos:
A especificidade do trabalho com o idoso carece de técnicos especialistas nesta
área, que por sua vez podem especializar-se em diversas áreas como:
- Animadores turísticos e culturais, animadores em educação e formação,
animadores ao domicílio ou em animadores para grandes dependentes e dementes.
A experiência na animação de idosos mostrou-nos que é preciso muito mais que
tudo o que vem escrito nos livros. De facto, só quem trabalha todos os dias no terreno
com idosos, se apercebe que ao animador (e aos funcionários e técnicos) lhes é exigido
(pelos próprios idosos) muito mais que atividades.
O animador é muitas vezes o confidente, o conselheiro, o amigo e com o decorrer
do tempo, alguém muito próximo do idoso. É necessário, de facto, os animadores terem
uma grande estabilidade afectiva e emocional para conseguirem desempenhar estas
funções. São muitas vezes, as pessoas que estão mais disponíveis e presentes na vida
do idoso e que lhes dão atenção e afecto.
Na animação em geral, fala-se muito do trabalho em grupo. Na animação de
idosos, claro que se dá importância e se trabalha em grupo, mas não é de menor
importância o idoso em si, enquanto pessoa individual. Logo, cabe ao animador
identificar o melhor método de trabalho, tendo em conta o grupo e o indivíduo com o qual
trabalha.
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Se, por exemplo, existir um único idoso numa instituição que goste muito de ler,
há que proporcionar e apoiar essa atividade. Alguns idosos gostam muito de falar, a sua
atividade preferida são as histórias antigas, as adivinhas, as anedotas, as receitas
culinárias de antigamente outros preferem a jardinagem, os passeios à praia, a pintura,
entre tantas outras atividades.
Ainda tendo em conta a nossa experiência, achamos que os propósitos da
animação de idosos só serão atingidos se o animador gostar muito do que faz e tiver
muita disponibilidade. Daí acharmos que o trabalho com idosos, apesar de ser mais
desgastante a nível psíquico do que físico, é também muito compensador. Os idosos são
uma grande fonte de sabedoria, adquirida pelas suas vivências e trabalho ao longo das
suas vidas.
Compete ao animador motivar os idosos:
Criando condições que orientem a sua vontade para a participação nas
atividades propostas.
Conhecendo muito bem todos os membros do grupo ao qual se dirige,
propondo atividades adaptadas aos desejos dos residentes.
Sendo aceite por parte dos idosos, não se mostrando superior. Devendo
estabelecer um clima de confiança, ajudando-os a vencer os medos.
Quebrando hábitos dos idosos, favorecendo o dinamismo, ajudando a renovar a
sua confiança e valorização. O animador tem, também, de perceber que a recusa de um
idoso revela muitas vezes medo ou insegurança. Porém, a partir do momento que se
sinta mais à vontade, participará com mais facilidade nas atividades.
Utilizando um vocabulário adaptado e apresentando os seus projetos e
explorando os seus conteúdos e objetivos.
Solicitando a participação. Cabe, por consequente, ao animador ir ao encontro
dos mais velhos.
3 - Animação em Instituições:
O trabalho de animação é ainda mais importante quando se trata de idosos
institucionalizados, em lares, centros de dia e centros de convívio. Uma das primeiras
funções do animador é fazer com que alguns dos idosos não se auto-excluam de viver,
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
devido às ideias pré-concebidas de que já não prestam para nada e que apenas lhes
resta a morte.
Para Golffman (citado por Santos e Encarnação, 1998, p. 239) «As instituições
totais ou permanentes (Lares ou Internatos) consistem em lugares de residência onde um
grupo numeroso de indivíduos em condições similares, levam uma vida fechada e
formalmente administrada por terceiros. Existe uma ruptura com o exterior, dado que
todos os aspectos da vida são regulados por uma única entidade».
A razão para esta situação poderá ser o reduzido número de atividades que os
idosos institucionalizados executam em relação aos que vivem em casa, o facto de
estarem sós no meio de tantos idosos e a reorganização que estes têm que fazer quando
ingressam numa instituição (Bromley, 1966).
Assistimos, mais vezes do que o desejável, a situações em que a participação do
utente na vida da instituição, e pior na sua própria vida, é quase nula dada a
omnipotência da organização sobre todos os aspectos da vida comunitária.
De acordo com Browling (1997, p. 36) os Lares e Residências de idosos são,
maioritariamente, locais depressivos, com uma vida rotineira, e uma estruturação que se
opõe às necessidades humanas de identidade, relação e afecto. Também Goffman (1961)
afirma que a monotonia, o isolamento e as regras em demasia são factores
omnipresentes, que tendem a exacerbar sintomas orgânicos e afectivos já existentes.
“A prevalência da depressão maior, em indivíduos que residem em lares de
terceira idade, é de 12-14% [Na população geriátrica, a prevalência de depressão major
varia de 1 a 4% e a de depressão menor varia de 8 a 16%], sendo que 17-35%
apresentam depressão menor ou sintomas clínicos significativos de depressão.”
(Medeiros, 2010)
Na maioria dos Lares para idosos, a vida destes é bastante pobre no que respeita
a acontecimentos de vida, pelo que uma das funções do animador ou das ajudantes de
lar passa pela elaboração e realização de programas de intervenção com o objetivo de
melhorar a qualidade de vida dos idosos institucionalizados, “ A animação em instituições
de apoio a idosos não é possível sem a existência de um projeto de vida8” (GAG, 2006).
8
No original: “L´animation dans les établissements gérontologiques n’est pas sans lien avec le projet de vie”, http://www.gag.affinitiz.com.
30
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
9 Esta rotina é necessária, mas muitas vezes impõe-se fortemente sobre a vida dos utentes.
32
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
mobilidade. Ao ter pessoas que fazem os serviços por eles, os idosos tendem a tornar-se
ociosos e dependentes. Todos nós sabemos que um idoso que “caia” numa cadeira de
rodas num lar, raramente a deixa, até porque é mais cómodo para as funcionárias
empurrarem a cadeira do que ajudar o idoso a caminhar, pesarosa e lentamente. A
animação aliada à motricidade e às artes plásticas faz como que os idosos melhorem ou
mantenham a sua autonomia e capacidade de movimento.
Indiferença – O papel dos idosos nas instituições é muito passivo e irrelevante
para a direcção ou administração. As instituições têm um formato de serviços sempre
igual, tipo “pronto-a-vestir”, que fornecem aos seus utentes, independentemente dos
gostos ou necessidades destes. Isto faz com que a participação destes na gestão dos
locais onde passam 24 ou 10 horas diárias seja nula, o que os torna indiferentes em
relação ao que os rodeia.
Algumas atividades de animação possíveis de realizar nas instituições são:
- Jornais de parede, decoração das instituições, idas ao jardim e/ou ao café,
leitura de livros, revistas ou jornais e depois comentar o que se leu, jardinagem,
pequenas tarefas da organização das instituições como ajudar na cozinha ou na
lavandaria, comemoração dos dias de aniversário e dos dias festivos, ouvir músicas ou
ver filmes, os mais aptos poderem ajudar os menos à hora das refeições e atividades
físicas, cognitivas ou de expressão (Ver capitulo IV).
O ideal seria que, em cada Lar, existisse um animador, que trabalhasse, em
colaboração com toda a equipa multidisciplinar (Direcção, médico, enfermeiro, ajudantes,
etc.) e com as próprias famílias dos idosos, no sentido de proporcionar uma vivência
digna e de qualidade a todos os seus utentes, naquela que será, muito provavelmente, a
última morada na sua passagem por esta vida.
Não podemos esquecer a animação ao domicílio, que praticamente não existe,
dado que os serviços de apoio ao domicílio centram-se no assistencialismo (alimentação,
higiene e tratamento de roupa). Quando existe um plano de animação resume-se a levar
os utentes para a instituição, para ai participarem nas atividades de animação, ou levar
estes utentes aos passeios da instituição.
33
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Era necessário criar atividades próprias para estes utentes, que têm um perfil
específico caracterizado pela dependência, pelo isolamento (parcial ou total), pela
ociosidade, pela dependência televisiva e pela desmotivação.
Apesar do serviço ao domicílio ser claramente melhor para os idosos do que a
sua institucionalização, não nos podemos esquecer que ficar em casa também causa
problemas ao utente e, é função das instituições minorar os esses problemas,
nomeadamente o isolamento dos mais dependentes.
10 No original: “Difficulties… institutions which are paralysed and dominated a single view point (care or management), insufficient training and
skills of the organisers themselves, incompatible conditions,”
34
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
grupos existentes: Não tem em conta que existem, dentro da mesma instituição, idosos
que são ainda ativos, alguns semi-dependentes e outros totalmente dependentes.
4.A “Imobilidade”: na maioria das instituições não existem pessoas com
motivação e conhecimentos capazes de modificar as práticas e pôr em execução ações
que ponham em causa a realidade concreta do meio institucional em questão. Verifica-se
um estado vegetativo e uma vivência sobre um projeto de vida parado. A resistência à
mudança leva a uma imobilidade no seio da instituição, a um trabalho rotineiro,
impossibilitando a criatividade e a dinamização do espaço.
5.Os meios de uma Instituição: a execução de um projeto de animação pontual
exige meios materiais e financeiros, que são quase tão importantes como as atividades
propostas. Para além destes problemas, existe a arquitectura dos locais que pode
condicionar a finalidade das atividades e a participação dos idosos; por exemplo: acessos
difíceis, escadas; salas com mobiliário inadequado, salas pouco acolhedoras, com
aspecto austero e impessoal; má iluminação e aquecimento, etc.
6.Em muitos casos as instituições utilizam como argumento para a não realização
de novas atividades que proporcionem bem-estar aos idosos residentes o facto de os
seus recursos financeiros serem bastante limitados. Na visão da maior parte delas, a
animação não justifica o dinheiro que se gasta.
Dificuldades ligadas aos funcionários:
A selecção dos funcionários é muito importante. A sua admissão deveria ter em
consideração o seu gosto e aptidão para trabalhar numa instituição de idosos. Deve ser-
lhes ministrada formação específica relacionada com o trato humano e, em especial, às
necessidades das pessoas idosas, bem como aos cuidados que se devem ter para com
elas.
O pessoal estático; os funcionários não devem limitar-se a uma única função,
devem estar aptos a interagir, em todas as circunstâncias, com que o que se depararem.
Há funcionários que se recusam a conviver e a interagir com os idosos, não aceitando as
novas funções, responsabilidades e investimento na formação, constituindo assim um
entrave à mudança.
Funcionários cépticos; têm pouca abertura e confiança, não acreditam nas reais
possibilidades e capacidades dos idosos, negando assim qualquer forma de animação.
35
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Funcionários “sem missão”; não acreditam nas capacidades dos idosos, nem
demonstram qualquer respeito ou afecto pelos mesmos. Condiciona todas as tentativas
por parte de outros profissionais de mudarem essa situação.
Dificuldades relacionadas com os idosos:
1) Cada vez mais velhos
A população residente de uma instituição está cada vez mais envelhecida. A
idade média de um idoso (numa instituição) passou de 70-75 anos, para os actuais 82-87
anos (DEEP, 2009).
Podemos concluir que se passou de uma população de terceira idade para uma
população de quarta idade.
O tempo de permanência é mais curto, uma vez que os idosos quando entram
para o lar já têm uma idade muito avançada.
2) Cada vez mais incapacitados
A entrada tardia dos idosos numa instituição faz com que o aparecimento de
incapacitados seja cada vez mais frequente. Este tipo de problema condiciona as
atividades propostas e pressupõe uma animação adaptada à perda de memória, das
capacidades físicas e sensoriais.
3) Cada vez mais cansados
A importância do descanso nestas idades é cada vez mais sentida, os idosos
manifestam-se quando surge uma mudança de ritmo, uma vez que têm uma acentuada
tendência sedentária. Neste sentido, o animador tem como preocupação base propor um
ritmo adaptado aos seus problemas físicos e mentais, respeitando as suas necessidades.
O cansaço é por vezes um pretexto utilizado pelos idosos para não participarem
nas atividades socioculturais.
4) Renitentes à mudança, por razões culturais de comodismo.
5) Renitentes à entrada e participação em grupos de grandes dimensões.
Demonstram falta de confiança na sua pessoa e nas suas capacidades.
6) Isolados e introspectivos
Mantêm uma atitude negativa, auto-excluindo-se do grupo ativo, fechados nos
seus pensamentos, e na perda progressiva da vontade de viver.
7) Tipos de comportamentos
36
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Considerações:
a) Intergeracionalidade
O Consórcio Internacional para os Programas Intergeracionais (ICIP) (1999),
chegou a acordo na definição do que é um programa intergeracional: “ Os programas
Intergeracionais são o veículo para o intercâmbio assertivo e contínuo de recursos e
aprendizagem entre as gerações mais velhas e mais jovens, a fim de alcançar os
benefícios individuais e sociais”. Um programa intergeracional deve ser visto muito para
além do habitual crianças-idosos, porque há intergeracionalidade entre crianças-jovens,
jovens-adultos, jovens-idosos, idosos-grandesidosos (>80 anos), etc.
Os programas Intergeracionais são programas que envolvem várias gerações e
que tem de ter um conjunto de características essenciais e que se passam a descrever:
Demonstrar benefícios mútuos para os participantes;
Estabelecer novos papéis sociais e /ou novas perspectivas para as crianças,
jovens e idosos implicados;
Envolver várias gerações, incluindo pelo menos duas gerações, não
adjacentes e sem laços familiares;
Promover maior conhecimento e compreensão entre as gerações mais jovens
e as mais idosas, bem como o aumento da auto-estima para ambas as
gerações;
Ocupar-se dos problemas sociais e das políticas mais apropriadas para as
gerações implicadas;
Incluir os elementos necessários para uma boa planificação do programa;
Proporcionar o desenvolvimento de relações intergeracionais.
Na nossa opinião os programas intergeracionais devem ter em conta os ritmos e
motivações dos idosos e dos jovens, assim como a duração que não deve ultrapassar
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
duas/três horas, caso contrário uma boa experiência pode-se tornar numa má
experiência. Por norma a relação mais forte com os netos é com a avó materna.
Aconselho:
António, Stella (2010), Avós e netos, ISCSP/UTL
MATES – Mainstreaming Solidariedade Intergeracional, (2009), Guia de
Ideias para Planear e Implementar Projectos Intergeracionais.
c) Animais:
Um aspecto que convém realçar é a permissão ou não, de animais de estimação
nas instituições. Recorro à nossa experiência pessoal para sugerir que um animal
(essencialmente um gato ou um cão) pode fazer muito bem aos idosos, quer no aspeto
afetivo, social e cognitivo, quer como companhia ou como estímulo para o exercício físico.
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Há obviamente que ter sempre em atenção os cuidados com a higiene e saúde do animal,
nomeadamente com a vacinação e contraceção.
Os estudos mais recentes têm demonstrado que existem vários benefícios dos
animais de companhia no desenvolvimento psicológico, social e na qualidade de vida das
pessoas. Verificaram-se níveis de solidão, depressão e ansiedade mais baixos em
pessoas idosas que cuidam de animais de companhia, “…durante estes três anos,
verificou-se que a presença dos animais no lar e a sua relação com os idosos estimulou e
modificou diferentes aspetos afetivos, comunicativos e inclusivamente, em alguns casos,
cognitivos”11. Esta constatação levou ao aparecimento da AAA (Atividade Assistida por
Animais) que consiste num conceito que envolve a visita, recreação e distração por meio
do contacto dos animais com pessoas e da TAA (Terapia Assistida por Animais) que é
um método interventivo e/ou terapêutico em que se utiliza o animal (cão, gato, cavalo,
golfinhos) como objeto de terapia.
.
d) Animação para idosos com demência
Sobre a animação com idosos que tenham algum tipo de demência (senil,
Alzheimer ou Parkinson) podemos indicar que o mais importante é saber qual o grau da
doença e a partir dai estabelecer um plano de ação, porque é muito diferente trabalhar
com uma pessoa na fase inicial ou na fase terminal da doença. Sabemos que a
estimulação cognitiva e psicomotora é fundamental, não para curar a demência mas para
atenuar os seus efeitos. As ações apresentadas são desenvolvidas no capítulo IV.
Para simplificar podemos dividir os utentes em três grupos:
a) Fase inicial: Neste caso as atividades a desenvolver devem ser de estimulação
cognitiva (treino de memória, atenção, cálculo, percursos de obstáculos, etc.,) e
Atividades de Vida Diária (AVD) (recordar o nome das pessoas da família, fazer compras,
escolher a roupa que veste, preparar uma pequena refeição, etc.) Ver Fundação Maria
Wolff em Madrid
b) Fase intermédia: As atividades a desenvolver devem ser essencialmente
dirigidas para as AVD (saber que dia é, vestir a roupa, abrir e fechar portas ou torneiras,
11 Laura Anzizu i Furest, et al (2001) Avaliação de uma terapia assistida por animais de companhia (TAAC) em idosos institucionalizados a partir
da análise do seu discurso.
40
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
saber o seu nome e onde está). Pode ser utilizado ainda a musicoterapia, a arte terapia e
os jardins terapêuticos.
c) Fase final: Quando a pessoa já está com um nível muito grande de demência
as melhores atividades são as de estimulação sensorial, como o snozelen.
O animador deve trabalhar essencialmente a estimulação cognitiva como forma
de prevenção, dado que a reabilitação cognitiva 12 terá que ser feita por técnicos
especializados. Exemplo: Cogweb, ferramenta validada cientificamente para o treino e
estimulação de pessoas com dificuldades cognitivas desenvolvida em Portugal.
.
e) Animação no Serviço de Apoio Domiciliário:
A animação em SAD pode ser feita de duas formas, no próprio domicílio do idoso
ou levando o idoso para uma instituição para participar em atividades de animação
juntamente com os outros idosos.
Na prática quase todas as atividades que estão referenciadas no capítulo IV
podem ser feitas no domicílio do utente, exceto claro aqueles que necessitam de um
grupo ou de equipamento base como piscinas ou ginásio, para isto basta arranjar uma
mala com os principais materiais e levar a animação a casa dos utentes.
Este tipo de animação tem dois contratempos: A falta de pessoal e o isolamento
da atividade.
- São poucas as instituições que podem disponibilizar um técnico para fazer
animação ao domicilio dado que é um serviço individualizado e no qual se “perde” muito
tempo com as deslocações. Ou seja apesar de ser um serviço necessário, torna-se caro
para a maioria das instituições. Uma forma de tornear esta situação é contar com o
apoio de voluntários, de vizinhos ou dos familiares.
- Ao fazer a animação em casa do idoso, numa relação utente-técnico, perde-se a
componente social da animação e reforça-se o isolamento do idoso.
Mesmo com estas condições, é importante que haja algum tipo de animação para
os utentes do SAD, para que o serviço não se resuma ao cuidado e á alimentação.
f) Animação ao ar livre
12
Programas de reabilitação neuropsicologia e cognitiva: Sohlberg e Matter (1993) ou Von Cramon.
41
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Social: jogar é sentir o prazer em partilhar uma atividade comum que conviria
prolongar, além do espaço lúdico.
A maioria dos jogos que indicamos não pertencem apenas a uma categoria, o
usual é que as atividades juntem a componente motora com a cognitiva, ou a social com
a cognitiva ou até as três. De forma a simplificar nós optámos por classificar as atividades
de acordo com a componente principal do jogo.
Podemos dar um sentido mais competitivo, com prémios ou classificações, aos
jogos de forma a estimular a participação ou interesse dos idosos ou optar por uma
atitude mais solidária com os jogos cooperativos. Segundo Brotto (2001, p.27)
“cooperação: é um processo onde os objetivos são comuns, as ações são
compartilhadas e os resultados são benéficos a todos e Competição é um processo onde
os objetivos são mutuamente exclusivos, as ações são individualistas e somente alguns
se beneficiam dos resultados”
De seguida indicamos algumas diferentes entre jogos individuais, jogos
cooperativos e jogos de competição.
Perceção OMISSÃO COOPERAÇÃO COMPETIÇÃO
/ Ação (Individualismo) (Encontro) (Confronto)
Visão do jogo - Insuficiência. - Suficiência. - Abundância X
- É impossível. - Possível para Escassez.
- Separação. todos. - Parece possível só
- Inclusão. para um.
- Exclusão.
Objetivo - Ganhar sozinho. - Ganhar...juntos. - Ganhar...do outro.
“Tanto faz"
O outro - "Quem?" - Parceiro, amigo. - Adversário,
inimigo.
Relação - Independência. - Interdependência. - Dependência,
- “Cada um na sua” - Parceria e rivalidade e
Confiança. - Desconfiança
Ação - Jogar sozinho. - Jogar COM. - Jogar CONTRA
- Não jogar. - Troca e - Ataque e Defesa.
- “Ser jogado”. criatividade. - Habilidades de
- Habilidades de rendimento
relacionamento
Clima do Jogo - Monótono. - Ativação, atenção - Tensão, stress e
- Denso e descontração. contração.
- Leve. - Pesado.
Resultado - Ilusão de vitória - Sucesso - Vitória às custas
individual. Compartilhado dos outros.
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Adaptado de Brotto, Fábio (2001), Jogos cooperativos nas organizações. São Paulo:
SESC.
2 - Material
Para as atividades de animação é
necessário dois tipos de material. O material base que
serve para todas as atividades (pode ser comprado ou
manufaturado) e o material de desgaste diário (Lãs,
tecidos, trapilho e desperdícios como garrafas de água
de plástico, balões, copos de iogurte, tampas, revistas,
etc.).
O material base é o seguinte:
Tesouras, pincéis, canetas, x-ato, agulhas, etc.
Triângulos ou cones.
Bolas (de diferentes tamanhos e materiais,
algumas com “picos”).
Cordas (para saltar com 1,5 m e de puxar com 3
a 5 m).
Paraquedas coloridos (1,5 m a 6 m de diâmetro)
Arcos (de plásticos, de diferentes tamanhos).
Bastões (de madeira ou de plástico)
45
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Exemplo 1
Público-alvo Dependência Número Sexo Idades
Utentes do centro de dia Autónomos 9 2 Homens 64-78
(Grupo A) 7 Mulheres
Nomes: Carolina, André, António, Maria Celeste, Adosinda, Céu, Rosa, Lurdes e
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Elisa.
Obs: A D. Elisa entrou ontem no Centro de Dia. A D. Céu faz hoje 71 anos.
Exemplo 2
Público-alvo Dependência Número Sexo Idades
Utentes do centro de dia Semi- 7 3 Homens 72-81
A (Grupo B) autónomos 4 Mulheres
Nomes: Luís, Ramiro, Garcia, Ana, Maria do Amparo, Natércia e Amélia
Obs: O Sr. Ramiro veio do hospital no Domingo. A D. Amélia tem tido muitas
dificuldades em mexer a mão direita.
50
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Exemplo 3
Atividade Descrição Objetivo Material Tempo Hora
Roda Em pé, em roda, Motricidade das Bola 15 m 15 - 15.15
os jogadores mãos e dos
passam a bola braços
uns aos outros e Agilidade mental
dizem nomes de
alimentos
Corrida de Em grupos de 2, Motricidade das - Fio 30 m 15.15 -
Garrafas os idosos mãos e dos -Garrafas 15.45
puxam, através pulsos com água
de uma corda, ou areia
as garrafas. (Ver
Jogos)
Ou abreviando:
Atividade Descrição Objetivo Material Tempo
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Ou
Aconselho:
Manuais de Gestão da Qualidade das Respostas Sociais desenvolvidos pelo
Instituto da Segurança Social
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
IV – Atividades
1 - Animação física
Nota: Algumas atividades sugeridas neste capítulo estão muito relacionadas com
procedimentos terapêuticos e/ou de reabilitação e como tal devem ser executadas
por técnicos habilitados. No entanto, estas na sua forma mais simples e como são
apresentadas neste livro podem ser consideradas como atividades de animação.
O nosso corpo é, entre outras coisas, um veículo de sensações. É através dele
que vamos adquirindo a sensibilidade proprioceptiva, ou seja, a noção da nossa
colocação no espaço (ex: quando nos sentamos, sabemos sem olhar onde está a
cadeira).
Com a idade estas capacidades vão-se perdendo, chegando ao ponto de se
perder o próprio esquema corporal, assim como a quantidade de gordura aumenta e a
quantidade de músculos diminui É possível ajudar o idoso a readquirir estas
competências e a prevenir o seu declínio, com exercícios psicomotores, assim como com
atividades de estimulação sensorial.
Comprovadamente podemos diminuir a deterioração física (e, consequentemente,
os seus sinais e sintomas) através de medidas de prevenção de acidentes e da
manutenção da saúde e da realização de atividades mentais e físicas.
A manutenção da atividade física (e mental) representa um desafio e quase um
dever para todos. O exercício físico regular pode aumentar a força muscular e a
resistência muscular; aumentar a flexibilidade; aumentar o fluxo sanguíneo para os
músculos; diminuir lesões musculares; melhorar a coordenação e o equilíbrio, a digestão
e a excreção e, ainda, promover o convívio. Indivíduos com mais de 90 anos podem
conseguir ganhos de força durante um período de treino de 8 semanas (Fiatarone et
al.,1990).
O aumento da força e da capacidade funcional podem melhorar a qualidade de
vida até mesmo de indivíduos com doenças crónicas. Além da perda da força muscular, a
habilidade do músculo para exercer força rapidamente (potência) parece diminuir com a
54
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
idade, esta capacidade é vital e pode servir como um mecanismo protector, por exemplo,
nas quedas. De acordo com o American College of Sports Medicine (1998), a
musculação moderada tem sido prescrita como a atividade mais adequada à terceira
idade, fortalecendo integralmente músculos e ossos.
Para o desenvolvimento das capacidades físicas pode-se aplicar um esquema de
exercícios que visem o desenvolvimento da psicomotricidade. Esta está relacionada com
o processo evolutivo, sendo o corpo a origem das aprendizagens cognitivas, biológicas e
afectivas. É um processo relacional inteligível entre a situação e a ação, entre o estímulo
e a resposta, entre o movimento global e a motricidade fina.
A psicomotricidade, enquanto área de estudo do homem através do seu corpo em
movimento e na sua relação com o mundo, visa essencialmente:
Mobilizar e reorganizar as funções mentais.
Aperfeiçoar a conduta consciente e o acto mental.
Elevar as sensações e percepções a níveis de consciencialização,
simbolização e conceptualização.
Maximizar o potencial motor, afectivo-relacional e cognitivo.
Fazer do corpo uma síntese integradora da personalidade.
55
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Existem já em muitas das nossas cidades e vilas os parques seniores, que são
espaços com equipamentos de exterior para os mais velhos fazerem ginástica e
exercícios de manutenção.
Outra atividade que alia o exercício físico ao contacto com a natureza é a
jardinagem e a agricultura.
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Metodologia:
Fazer passar o arco por todo o corpo, entrando pelos pés, subindo pelas pernas e saindo
pela cabeça. Pode-se fazer em círculo com vários participantes e vários arcos.
Variantes:
Pode-se fazer rodar o arco ou
passá-lo a um amigo.
2 - Jogo do pau
Objetivo: Motor (Desenvolver a motricidade global e a agilidade)
Material: Sim (Pau, bastão ou vassoura)
Autonomia: Autónomos
Grupo: Em grupo ou individual
Metodologia:
Colocar o pau apoiado em dois suportes, passar por cima, saltando ou passando uma
perna de cada vez. A partir de uma certa altura pode-se passar por baixo (jogo do limbo).
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Metodologia:
Encher duas ou mais garrafas com água ou areia e fechá-
las. Atar uma ponta do cordel, com um mínimo de 2
metros, na parte de cima da garrafa e atar a outra parte a
um pequeno pau com 30 cm (pode ser uma régua ou uma
colher de pau). Colocar duas pessoas lado a lado e as
garrafas no chão a dois metros de distância. Começar a
enrolar o cordel com os pulsos, de modo a puxar as garrafas. Ganha quem conseguir
puxar a garrafa primeiro. Pode-se aumentar a dificuldade aumentando a distância ou o
peso das garrafas.
Metodologia:
Atirar a bola, na tentativa de derrubar o maior número possível de garrafas ou latas, que
estão colocadas a uma distância de alguns metros, no chão (tipo bowling) ou em cima de
uma mesa. Pode-se tentar o mesmo com uma fisga.
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
5 – Petanca
Objetivo: Motor (Desenvolver a coordenação óculo-manual, Desenvolver a
concentração)
Material: Sim (Bolas especificas para o jogo)
Autonomia: Autónomos ou semi-autónomos
Grupo: Em grupo
Metodologia:
A petanca é um jogo de origem francesa, criado no princípio do século XX. O seu nome
deriva da expressão “pieds tanqués”, que significa pés juntos. Jogada um pouco por toda
a Europa, a petanca foi trazida para Portugal na década de 1980 pelos emigrantes.
É uma atividade de grupo, que se pratica em equipas de número variável de jogadores,
triplas (3x3, com 2 bolas cada um) e duplas (2x2, com 3 bolas cada um) ou
individualmente (1x1, com 3 bolas cada um). O jogo consiste no lançamento de uma
série de bolas metálicas, com o objetivo de ficar o mais próximo possível de uma
pequena bola de madeira (cochonette), lançada previamente por um jogador.
5 – Boccia
Objetivo: Motor (Desenvolver a coordenação óculo-manual, Desenvolver a
concentração)
Material: Sim (Bolas especificas para o jogo e rampa)
Autonomia: Autónomos ou semi-autónomos
Grupo: Em grupo
O Boccia é um desporto misto (para homens e mulheres), que pode ser jogado
individualmente, por pares ou por equipas de três
jogadores. É praticado em cadeira de rodas e jogado
principalmente por deficientes ou pessoas com
grandes limitações. Este desporto requer dos
jogadores muita concentração, coordenação,
precisão, trabalho de equipa e estratégia.
61
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
7 - Basquete
Objetivo: Motor (Desenvolver a coordenação óculo-manual e a motricidade
global)
Material: Sim (Bola e cesto)
Autonomia: Autónomos e semi-autónomos
Grupo: Em grupo ou individual
Metodologia:
Atirar uma bola para dentro do cesto, que está colocado a uma distância razoável do
chão, de modo a entrar neste. Pode-se jogar sentado ou em pé.
8 - Baliza
Objetivo: Motor (Desenvolver a coordenação óculo-manual e a motricidade
global)
Material: Sim (Bola e baliza, própria ou improvisada)
Autonomia: Autónomos
Grupo: Em grupo ou individual
Metodologia:
Atirar a bola para dentro da baliza de modo a entrar. Pode-se jogar sentado ou de pé,
com os pés ou com as mãos e com ou sem guarda-redes.
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
9 - Saltar à corda
Objetivo: Motor (Desenvolver a coordenação e a capacidade respiratória)
Material: Sim (Corda com um 1,5m)
Autonomia: Autónomos
Grupo: Individual
Metodologia:
Pegar nas pontas da corda com cada uma das mãos e tentar saltar fazendo a corda
passar por debaixo dos pés. Prender as pontas da corda a uma cadeira e saltar de um
lado para o outro.
Metodologia:
Criar com os arcos, paus, cordas, bolas, uma pista de obstáculos que levem a pessoa a
fazer vários exercícios motores e ou cognitivos, como passar por cima dos paus, atirar
uma bola, saltar a corda, contornar uma cadeira, responder a perguntas, etc.
Este jogo pode ser utilizado de duas formas, com percursos lúdicos ou com percursos de
atividades de vida diária. Os percursos lúdicos têm por objetivo o desenvolvimento
psicomotor com tarefas divertidas, ou percursos de AVD têm como objetivo treinar ou
melhor as capacidades dos mais velhos em atividades do dia-a-dia como vestir, sair de
casa, fazer compras, abrir portas, subir escadas, etc.
Exemplos:
Percursos lúdicos: Percursos de AVD:
Inicio: Inicio:
1 – Seguir uma linha direita desenhada ou 1 – Levantar de uma cadeira
fita adesiva no chão 2 – Escrever/dizer num papel os
63
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
11 – Pegar o bastão
Objetivo: Motor
Material: Sim (Bastão)
Autonomia: Autónomos e semi-autónomos
Grupo: Em grupo ou individual
Metodologia:
Duas pessoas uma em frente á outra com um mão no topo do bastão e a base deste no
chão. À ordem do animador, cada idoso larga o seu bastão e tenta apanhar o bastão do
colega.
12 - Uma mão
Objetivo: Identificação das diferentes partes do corpo. Reconhecer o esquema
corporal.
Material: Não
Autonomia: Autónomos e semi-autónomos
Grupo: Em grupo ou individual
Metodologia:
64
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Em pé, com a mão direita tocar na nuca, na testa, no nariz, no ombro, no peito, no
cotovelo, na anca, no joelho e no pé. Repetir com a mão esquerda.
Segundo as ordens do animador os idosos devem tocar em si ou nos outros.
- Tocar no nariz
- Tocar no olho esquerdo com a mão direita
- Tocar no joelho direito com o cotovelo esquerdo
- Puxar a orelha esquerda com a mão esquerda
- Tocar com o pulso direito na nuca
etc.
13 - Malha
Objetivo: Motor (Desenvolver a coordenação óculo-manual, Desenvolver a
concentração)
Material: Sim (Malhas de ferro ou plástico ou madeira, base de madeira e pino)
Autonomia: Autónomos
Grupo: Em grupo
Metodologia:
As regras da Malha (ou Chinquilho, Petisca ou Fito conforme a região), variam um pouco
de local para local. Aliás a grande dispersão regional de regras e materiais usados no
jogo tem dificultado a realização de torneios nacionais. Aqui apresentamos um exemplo
de regras simplificadas.
Cada equipa será constituída por duas ou mais pessoas. As malhas são normalmente de
ferro, mas podem ser de madeira ou pedra, e devem ter um diâmetro de 10,5 cm e um
peso de 320/330 gramas. Os pinos (ou bintes, chinos, fintos ou mecos) são de madeira e
devem ter uma altura de 20 cm. A distância entre os pinos deve ser de 25 metros. Para
jogar, os parceiros colocam-se cada um junto ao seu pino, de modo a ficarem lado a lado
dois adversários. Os dois primeiros jogadores (adversários) a iniciarem cada partida,
terão cada um duas malhas que lançarão alternadamente procurando derrubar o pino da
outra cabeceira e deixar a malha o mais próximo possível e assim sucessivamente.
Sempre que o pino é derrubado são contados 3 pontos. Depois das quatro malhas
65
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
jogadas, a que ficar mais próximo do pino ganha um ponto. A equipa que primeiro
concluir 20 pontos ganha a partida.
14 - Passar a bola
Objetivo: Motor (Desenvolver a coordenação óculo-manual e mental)
Material: Sim (bola)
Autonomia: Autónomos e semi-autónomos
Grupo: Em grupo
Metodologia:
Uma bola para todo o grupo. O animador joga a bola, diz o seu nome (ou um país, um
fruto, etc.) e, depois, passa a bola com a mão para um colega. Assim, sucessivamente,
cada pessoa joga a bola, diz o seu nome e a passa. Quem deixar cair a bola ou não
disser um nome, perde. Uma variante é atirar a bola ao ar, dizer um nome, a seguir outro
nome, e tentar apanhar.
66
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Metodologia:
Formar duas filas de pessoas sentadas no chão ou numa cadeira. Entregar ao primeiro
de cada fila um rolo de papel higiénico. Este passa-o por cima da cabeça, e os demais
levantam os braços. Os participantes devem ir desenrolando o papel, até que sobre
apenas o rolo de cartão, que servirá como prova. A fila que terminar primeiro vence.
16 - Fitas de papel
Objetivo: Motor (Desenvolver a motricidade global e a agilidade)
Material: Sim (fitas de papel de sede)
Autonomia: Autónomos e semi-autónomos
Grupo: Em grupo ou individual
Metodologia:
Sentados em círculo é dada aos idosos uma fita de papel. De seguida é-lhes pedido que
façam algumas coreografias. Abanar os braços e as fitas com se fossem ramos de
árvores; irem ao centro do círculo (os que puderem) e dar uma volta; fazer uma onda
(levanta-se um idoso de cada vez, à medida que a onda percorre o circulo); etc.
Metodologia:
Cinco grupos. Fitas de papel de seda no centro da sala.
Quatro grupos ocupam os cantos da sala, e o último grupo coloca-se no centro. As pes-
soas deslocam-se em bloco, segurando-se pelos ombros e não pelas mãos. No início do
jogo os grupos estão todos no centro. Ao sinal do animador, cada grupo tenta andar para
67
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
um canto. O grupo que não conseguir deve posicionar-se no meio, e a cada pessoa do
grupo que ganhou oferece-se um colar ou outra prenda.
18 - Jogo da onda
Objetivo: Motor (Desenvolver a motricidade global e a agilidade)
Material: Sim (fitas de papel de seda)
Autonomia: Autónomos
Grupo: Em grupo ou individual
Metodologia:
Duplas de frente, formando duas filas. Fitas de papel de cor azul ou branca (pode-se ter
vários tons de azul), simulando o mar. Duas fitas por dupla. Cada participante segura
uma ponta da fita e compartilha-a com o seu par, que se posiciona no outro extremo da
sala. As fitas ficam estendidas, formando "um pequeno oceano".
Fazem-se diferentes coreografias.
Balanço.
Marejada: sacudir as fitas, movimentos enérgicos.
Maremoto: marulho, desenhar todo um círculo, mantendo a distância original
entre ambos os extremos, para a direita ou esquerda (amplitude de movimentos).
A "onda": subir as fitas, uma a uma, de um extremo ao outro.
Atirar-se na água: os participantes mantêm as fitas presas por cima da cabeça;
a partir de uma das pontas, as duplas passam por debaixo delas, sucessivamente,
colocando-se no outro extremo da sala.
Metodologia:
68
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Metodologia:
Em duplas: Jogo de espelhos com o leque. Combinar movimentos com os leques
fechados, como se fossem varas, e os outros membros do par com os leques abertos.
Em duplas, com os leques abertos. Fazer passos aeróbicos simples com os leques.
Com o grupo em círculo. O primeiro faz uma proposta, o segundo copia e, depois, todo o
grupo.
Outra alternativa é manter o leque aberto na frente do rosto, mostrar a mão por cima
deste e fazer, com ela, propostas de movimento, como:
- Jogos de mímica.
- Acompanhar uma música divertida.
- Acompanhar sons ou ruídos gravados previamente.
21 - Jogo do anel
Objetivo: Motor (Desenvolver a motricidade global)
Material: Sim (Anel e fio com 5 m)
Autonomia: Autónomos
Grupo: Em grupo
69
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Metodologia:
Pega-se num anel e enfia-se no fio que utilizaremos para realizar o jogo.
Uma vez passado o anel, unem-se os dois extremos do fio com um nó, de modo a formar
um círculo suficientemente grande para que todos os participantes possam pegar nela
comodamente com as mãos.
Sorteia-se quem será o jogador que ficará no centro do círculo. Uma vez escolhido, este
ocupa o seu lugar e tapa os olhos, enquanto os restantes fazem deslizar o anel pelo fio.
Depois de fazer o anel deslizar e de o ocultar na mão de um dos jogadores, avisa-se o
companheiro do centro de que pode abrir os olhos.
O jogador que está no centro tentará adivinhar quem oculta o anel. Quando disser
«passem-no», todos fazem movimentos como se o estivessem a passar de uma mão
para a seguinte, contando o compasso até três.
Este jogador pode ordenar que se passe o anel no máximo três vezes, enquanto vigia
para ver quem o tem nesse momento. A cada passagem, pode tentar adivinhar uma vez
quem tem o anel.
Metodologia:
Pegamos numa garrafa, de preferência de vidro grosso, e colocamo-la no solo. Em
seguida, atamos 1 m de cordel a um lápis. O jogador deve atar o cordel à cintura, de
modo que o lápis fique pendurado nas suas costas, à altura dos joelhos. A um sinal do
animador, o jogador tenta meter o lápis na garrafa, sem usar as mãos. Dispõe de dois
minutos para o fazer.
O jogador ganha um ponto cada vez que o conseguir no tempo fixado.
70
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
23 - Pé mágico
Objetivo: Motor (Desenvolver a motricidade dos membros inferiores)
Material: Sim (livro, caneta, pincel)
Autonomia: Autónomos
Grupo: Em grupo ou individual
Metodologia:
Tentar com o pé virar a páginas de um livro ou tentar escrever ou
pintar.
24 - Mãos adivinhas
Objetivo: Motor (Desenvolver a sensibilidade motora)
Material: Não
Autonomia: Autónomos e semi-autónomos
Grupo: Em grupo
Metodologia:
Colocar os 3 ou mais idosos em fila, de mãos estendidas. Depois um idoso toca nas
mãos dos colegas e tenta fixar os detalhes de cada mão. Em seguida, de olhos fechados
volta a tocar nas mãos dos colegas, que entretanto mudaram de posição, e tenta
adivinhar de quem são aquelas mãos.
25 – Hidroginástica
Objetivo: Motor (Desenvolver a sensibilidade e coordenação motora)
Material: Sim (Piscina, bolas e arcos)
Autonomia: Autónomos e semi-autónomos
Grupo: Em grupo
Metodologia:
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Numa piscina, com 1,5 de altura de água, podem-se fazer vários jogos, com as bolas e
com arcos de modo a exercitar os músculos e a coordenação motora; dançar, fazer
ginástica e ainda andar de bicicleta (hidrobike). A água é um meio excelente para os mais
velhos uma vez que dar uma grande sensação de leveza e permite realizar exercícios
que seriam difíceis no solo.
Hidrobike
26 – Balões
Objetivo: Motor (Desenvolver a coordenação e a capacidade respiratória)
Material: Sim (balões e bomba de ar)
Autonomia: Autónomos e semi-autónomos
Grupo: Em grupo ou individualmente
Metodologia:
Primeiro encher os balões e posteriormente atá-los. Com os balões cheios pode-se fazer
inúmeros jogos tais como: Mexer nos balões com os pés descalços, rodar os balões nas
mãos, passar o balão por debaixo da perna, do braço ou tronco, rodar os pulsos sem
deixar cair os balões, etc. Pode ainda fazer modelagem de balões, com balões especiais
para o efeito.
27 – Força
Objetivo: Motor (Desenvolver a força motora)
Material: Sim (pesos, elásticos, garrafas de água ou areia)
Autonomia: Autónomos e semi-autónomos
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Metodologia:
Fazer exercícios de treino de força com ou sem pesos e/ou através de repetições
(levantar/sentar numa cadeira, flexão das pernas, puxar elásticos, levantar os braços e
mantê-los assim durante um tempo). Estes exercícios podem ser feitos sentados ou em
pé.
Elevação Lateral dos Membros Extensão de Cotovelo
Superiores (força) (força)
1. Sente-se numa cadeira; 1. Sente-se numa cadeira;
2. Mantenha os pés em total contacto 2. Mantenha os pés totalmente apoiados no
com o chão e afastados na largura dos cão, separados na largura do ombro;
ombros; 3. Levante um braço com o cotovelo curvado,
3. Os braços devem estar estendidos até este ficar apontando para o teto (e a mão
ao lado do corpo; deve estar próxima ao ombro);
4. Eleve os braços lateralmente até a 4. Apoie a mão do braço oposto logo abaixo
altura dos ombros; do cotovelo para dar suporte para o exercício;
5. Mantenha a posição um pouco; 5. Estenda o cotovelo lentamente;
6. Lentamente retorne à posição 6. Mantenha a posição um pouco;
inicial. 7. Flexione o cotovelo lentamente, voltando à
posição inicial;
8. Repita o exercício com o outro braço após
terminar as séries;
28 – Dentro e fora
Objetivo: Motor (Desenvolver a força motora)
Material: Sim (giz)
Autonomia: Autónomos
Grupo: Individualmente
Metodologia:
Com um giz o animador deve desenhar no chão um quadrado, um círculo, uma linha e
um triângulo de modo que cada figura geométrica acolha todos os idosos. Os idosos
colocam-se atrás da linha e quando o animador dizer “dentro do triângulo” todos vão para
73
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
o triângulo. Pode dividir as pessoas em grupos, “os mais altos para dentro do círculo e os
outros para dentro do quadrado” ou “os mais altos fora do quadrado e os outros dentro”.
29 – Equilibro
Objetivo: Motor (Desenvolver o equilibro)
Material: Sim (diverso)
Autonomia: Autónomos
Grupo: Individualmente
Metodologia:
Flexão plantar: Mantenha o corpo ereto, segurando-se num apoio para manter o
equilíbrio; Lentamente fique nas pontas dos pés, o mais alto que conseguir (expirando);
Mantenha a posição um pouco; Lentamente desça os calcanhares até o chão
(inspirando).
Percurso do equilíbrio: Montar um percurso com vários obstáculos de equilibro,
exemplos: Andar em cima de colchões, subir escadas sem apoio, andar num trave,
“saltitar” entre espaços (podem ser desenhados no chão ou com arcos), andar sobre
pequenas andas, andar sobre uma linha, fazer o “quatro”, equilibrar-se nas pontas dos
pés, equilibrar-se de cócoras, equilibrar-se num joelho, equilibrar-se num banco baixo,
saltar sobre uma corda ou bastão com 30 cm de altura, etc.
Alguns destes exercícios podem ser feitos de olhos fechados.
30 – Palhinhas
Objetivo: Motor (Desenvolver a coordenação e a respiração)
Material: Sim (Palhinhas)
Autonomia: Autónomos e semi-autónomos
Grupo: Individualmente
Metodologia:
A soprar nas palhinhas pode fazer os seguintes jogos:
- Soprar um balão no ar para não cair.
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
31 – Fazer nós
Objetivo: Motor (Desenvolver a motricidade fina)
Material: Sim (cordéis)
Autonomia: Autónomos e semi-autónomos
Grupo: Individualmente
Metodologia:
Com cordéis ou fios tentar fazer diversos tipos de nós:
Nó corrediço Nó volta-redonda Nó direito
32 – Tocar
Objetivo: Motor (Desenvolver a coordenação)
Material: Não
Autonomia: Autónomos e semi-autónomos
Grupo: Individualmente ou em grupo
Metodologia:
Aconselho:
Hermógenes, (2002), Saúde na terceira idade, Brasil, Pergaminho
Lorda, Raul (2001). Recreação na Terceira Idade, Brasil: Editora Sprint.
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
13 Estudo realizado entre 1994 e 2001 a 801 idosos, divididos em 40 grupos, nos EUA.
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
auditiva. Uma parte importante da estimulação cognitiva é o treino das Atividades de Vida
Diária que pode ajudar o idoso na execução das tarefas diárias em que tem mais
dificuldade.
Metodologia:
Diga qual seria a combinação lógica para completar a sequência
ABOP CDQR EFST _____ IJXZ
34D12 45F20 56H30 67J42 ____
2 - Contagem de fonemas
Objetivo: Cognitivo (Desenvolver a agilidade mental e o vocabulário)
Material: Não
Metodologia:
Conta as sílabas das frases. Faça isto de cabeça, sem usar os dedos, em menos de 45
segundos.
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Metodologia:
Resolva estas 10 equações em 45 segundos, sem escrever ou usar a máquina de
calcular.
4x6 15-6 8+3 2-8 6:3 7x3 14-8 12:4 9+5 10-3
4 - Triângulo matemático
Objetivo: Cognitivo (Desenvolver o raciocínio abstracto)
Material: Não
Metodologia:
Some o primeiro e o segundo número, e depois o segundo e o terceiro. Some os dois
resultados.
4 + 5 + 3 10 + 12 + 6 8 + 10 + 4
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
5 - Diferenças
Objetivo: Cognitivo (Desenvolver a agilidade mental e perceptiva)
Material: Sim (figuras)
Metodologia:
Descubra as cinco diferenças entre estes dois desenhos:
Resposta: Tamanho dos apoios, desenho na parte da frente, pega, fumo das torradas e
riscos na parte lateral.
6 - Labirinto
Objetivo: Cognitiva (Desenvolver a percepção espacial)
Material: Sim (papel)
Metodologia:
Descubra o caminho mais rápido para sair do labirinto.
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
7 - Contar formas
Objetivo: Cognitivo (Desenvolver a agilidade mental)
Material: Sim (figuras)
Metodologia:
Conte em 20 segundos o número de quadrados na figura.
Resposta: 9
8 - Descobrir a cidade
Objetivo: Cognitivo (Desenvolver a percepção espacial)
Material: Sim (papel)
Metodologia:
Escolha as letras que estão na junção das palavras e descubra o nome de uma cidade
europeia.
M
S A L A T E N A S
80
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
U C
T I R O S A
S A C
B O L O
Ã
O
Resposta: Lisboa
9 - Palavras ao contrário
Objetivo: Cognitivo (Desenvolver a agilidade mental e o vocabulário)
Material: Sim (papel)
Metodologia:
Descubra quais são as seguintes palavras, que estão escritas ao contrário:
Olemram, Etsixe; Oãiva, Atsinipla, Arbmioc, Rotcart
Resposta: Marmelo, Existe, Avião, Alpinista, Coimbra, Tractor.
10 - Texto em falta
Objetivo: Cognitivo (Desenvolver a memória)
Material: Sim (papel)
Metodologia:
Leia o texto e passados dois minutos tente completar o texto.
Texto integral: “No dia seguinte, na estação de Santa Apolónia, Ega, que viera
cedo com o Vilaça, acabava de despachar a sua bagagem para o Douro, quando avistou
Maria, que entrava trazendo Rosa pela mão. Vinha toda envolta numa grande peliça
escura, com um véu dobrado, espesso como uma máscara: e a mesma gaze de luto
escondia o rostozinho da pequena, fazendo-lhe um laço sobre a touca. Miss Sara, numa
ulster clara de quadrados, sobraçava um maço de livros.
81
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Texto com espaços: “No dia seguinte, na estação de Santa Apolónia, Ega, que
viera cedo com o _________, acabava de despachar a sua bagagem para o Douro,
quando avistou Maria, que entrava trazendo Rosa pela mão. Vinha toda envolta numa
grande peliça escura, com um véu dobrado, espesso como uma máscara: e a mesma
gaze de luto escondia o rostozinho da pequena, fazendo-lhe um laço sobre a touca. Miss
Sara, numa ulster clara de quadrados, sobraçava um maço de ________.
Atrás o Domingos, com os ________ muito vermelhos, segurava um rolo de
mantas, ao lado de Melanie carregada de preto, que levava "Niniche" ao colo. Ega correu
para ________ Eduarda, conduziu-a pelo braço, em silêncio, ao vagão, que tinha todas
as cortinas cerradas. Junto do estribo ela tirou devagar a luva. E muda, estendeu-lhe a
mão: - Ainda nos vemos no ____________ - murmurou Ega. - Eu sigo também para o
Norte.
Alguns sujeitos pararam, com curiosidade, ao ver sumir-se naquela carruagem de
luxo, fechada, misteriosa, uma senhora que parecia tão bela, de ar tão triste, coberta de
negro. E apenas Ega fechou a portinhola, o Neves, o d' "A Tarde" e do Tribunal
________, rompeu de entre um rancho, arrebatou-lhe o braço com sofreguidão!” in Os
Maias de Eça de Queiroz.
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Metodologia:
Distribua o texto pelas pessoas e a seguir faça os sons para que as pessoas consigam
completar o texto.
Texto para o idoso: “Chegou a casa de ____________. A _________ abriu-se e
a Sr. Emília colocou o saco de compras em __________. Pegou numa faca e começou a
_________ os legumes para o jantar, mas deixou cair a ________ e perdeu-se o jantar.
Ficou triste.
De repente, ____________, era a sua amiga Ana a convidá-la para jantar. Que
sorte. Vai para a casa de banho e ____________ . Toma banho.
Desce as escadas e ouve uma ___________. Sai de casa e vai ter com a amiga,
quando se lembra que deixou a ____________ ligada. Volta atrás apaga a luz e dás
umas festinhas no ____________ e finalmente vai jantar.”
Texto para o animador: “Chegou a casa de (som de um carro). A (som da porta)
abriu-se e a Sr. Emília colocou o saco de compras em (cima da bancada). Pegou numa
faca e começou a (cortar) os legumes para o jantar, mas deixou cair a (panela) e perdeu-
se o jantar. Ficou triste.
De repente, (toca o telefone), era a sua amiga Ana a convidá-la para jantar. Que
sorte. Vai para a casa de banho e (som da água). Toma banho.
Desce as escadas e ouve uma (buzina). Sai de casa e vai ter com a amiga,
quando se lembra que deixou a (televisão) ligada. Volta atrás apaga a luz e dás umas
festinhas no (gato) e finalmente vai jantar.”
12 - Escola de música
Objetivo: Cognitiva (Desenvolver o raciocínio abstracto e a memória)
Material: Sim (papel)
Metodologia:
83
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Atribua um som (ex: palmas) ou música a um símbolo, por exemplo: um triângulo (). E,
depois, outro som (sino) a outro símbolo, um circulo () e, de seguida, outro som (Piu-
piu) a outro símbolo, cruz (X) e assim sucessivamente.
Depois escreva, no quadro ou num papel uma “música” com os símbolos, ex:
XXX. Os idosos devem tentar ler a música e reproduzir os sons. Pode
também fazer o jogo ao contrário. O animador faz os sons e os idosos tentam escrever
os símbolos, de imediato ou após 2 minutos.
13 - Carta de amor
Objetivo: Cognitivo (Desenvolver o vocabulário)
Material: Sim (papel)
Metodologia:
Escreva uma carta de amor sem utilizar as seguintes palavras ou palavras da mesma
família:
- Amor, paixão, coração, emoção, saudade, sexo, sentimento, enamorado, amantes,
namorados, peito, corpo, fantasia, sensual, mulher, homem, rapaz, rapariga, alma, desejo,
prazer, ilusão, alegria, doce, doçura, querida, felicidade, carinho, afecto, querido e
tristeza.
Variante: Escrever uma pequena história, 10 linhas, que contenha algumas palavras
obrigatoriamente. Por exemplo, uma carta sobre o mar que tenha as palavras: Motor,
açúcar, maçãs, ternura e impressora.
14 - Memorizar a roupa
Objetivo: Cognitivo (Desenvolver a memória visual)
Material: Não
Metodologia:
84
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Coloque dois idosos (ou quatro, seis, etc.) frente a frente. Cada um deve observar bem o
outro, a seguir vire-os costas com costas, de modo que não possam ver-se e faça-lhe
perguntas sobre a roupa (de que cor é a camisa, se tem cinto ou não, se tem brincos, se
tem atacadores, etc.). Ganha o que acertar mais perguntas.
15 - Sudoko
Objetivo: Cognitivo (Desenvolver o raciocínio abstracto)
Material: Sim (papel)
Metodologia:
Jogo de origem japonesa. Deve preencher todos os quadrados da grelha fazendo com
que cada fila, cada coluna e cada um dos quadrados de três casas por três contenha
todos os números de 1 a 9, sem repetições ou omissões.
9 1 3 7 8 5
7 1 2 8 3
8 6 3 9 7 2 1
7 5 6 3 1 4
1 7 4 5 2
9 4 5 1 8 3
4 6 7 2 1 8
8 6 1 5
2 9 4 8 5 6 7
Resposta:
9 4 2 1 3 6 7 8 5
5 7 1 2 4 8 3 9 6
8 6 3 9 5 7 4 2 1
7 2 5 8 6 3 1 4 9
1 3 8 7 9 4 5 6 2
6 9 4 5 2 1 8 7 3
4 5 6 3 7 2 9 1 8
85
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
3 8 7 6 1 9 2 5 4
2 1 9 4 8 5 6 3 7
16 - Palavras cruzadas
Objetivo: Cognitivo (Desenvolver o raciocínio abstracto e o vocabulário)
Material: Sim (papel)
Metodologia:
As palavras cruzadas foram inventadas no século XIX e publicadas pela primeira vez,
num jornal, a 21 de Dezembro de 1913 no New York World (EUA). Descubra as letras e
palavras que faltam no quadro, de acordo com as sugestões indicadas:
1 2 3 4 5 6
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
Resposta:
86
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
1 2 3 4 5 6
C A M A S 1
A U O 2
L A N O 3
O S O 4
S O A R 5
C A M A 6
P I A M 7
A R R A S A 8
G A D O I 9
A D I A R 10
O S S O S 11
17 - Sopa de letras
Objetivo: Cognitiva (Desenvolver a agilidade mental)
Material: Sim (papel)
Metodologia:
Procure e marque na diagonal, horizontal ou vertical as seguintes palavras:
- Avestruz, Leão, Pato, Formiga, Rato, Asa, Gaio.
A T Y A B U I O J L
T A V E S T R U Z E
D F A F E A H D U A
L O P E C L X S A M
I E N F O R M I G A
A R Ã D E A U A A I
O G C O C T A O I S
P O P A T O C P O B
Resposta:
87
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
A T Y A B U I O J L
T A V E S T R U Z E
D F A F E A H D U A
L O P E C L X S A M
I E N F O R M I G A
A R Ã D E A U A A I
O G C O C T A O I S
P O P A T O C P O B
18 - Stop
Objetivo: Cognitiva (Desenvolver a memória e o vocabulário)
Material: Sim (papel)
Metodologia:
Descubra, antes dos outros, nomes ou objectos dos seguintes itens, que se iniciam todos
pela mesma letra. Cada jogador ou equipa deve ter um quadro igual. O animador vai
dizendo a letra pela qual começa o jogo. Quando a primeira equipa terminar o jogo, este
acaba para todos. Quem acertar recebe 10 pontos, quem tiver o mesmo nome que outro
jogador recebe só 5 pontos e se só um jogador ou equipa acertar num item ganha 20
pontos. A equipa que após algumas sessões tiver mais pontos ganha.
19 - Sinónimos
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Metodologia:
Dê uma lista de palavras e os idosos têm que dizer outras palavras sinónimas ou opostas.
Variante:
Dê aos idosos algumas palavras menos frequentes (ex: Debelar, Expedir, Cingel, Pecúlio)
e peça para escreverem um pequeno texto. No fim revele o verdadeiro significado das
palavras (ex: Combater, Enviar, Junta de Bois, Poupança) e leia os textos.
20 - Fila de objectos
Objetivo: Cognitivo (Desenvolver a memória visual)
Material: Sim (vários)
Metodologia:
Coloque em cima da mesa, vários objectos (ex: livro, maça, vaso, chapéu, relógio, etc.).
Deixe os idosos observarem bem a disposição destes. Depois sem eles verem mude a
ordem dos objectos ou retire alguns e pergunte qual a diferença.
21 – Fotocópia / Espelho
Objetivo: Cognitivo (Desenvolver a memória visual)
Material: Sim (papel e caneta)
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
a)Peça a uma pessoa para descrever o desenho e os outros desenham de acordo com
as pistas.
b) Um idoso faz um gesto e o(s) outro(s) imitam-no. Pode-se jogar com objetos como
livros, balões ou bolas.
22 - Mapa
Objetivo: Cognitivo (Desenvolver a percepção espacial)
Material: Sim (Mapas)
23 - Nim
Objetivo: Cognitivo (Desenvolver a agilidade mental)
Material: Não
Faça diversas perguntas a uma pessoa, num determinado período de tempo, e durante
este tempo ela não pode responder nem sim nem não.
24 - Puzzle
Objetivo: Cognitivo (Desenvolver a agilidade mental e a percepção espacial )
Material: Sim (Cartões, puzzles, jogos de encaixe 1 ou 2 Tangram)
90
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
25 – Estórias loucas
Objetivo: Cognitivo (Desenvolver a criatividade e vocabulário)
Material: Não
Comece a contar uma estória e peça a cada idoso para a continuar, oralmente ou por
escrito, de modo a que todos participem na construção do conto.
Variante: Escolha uma letra e invente uma estória em que tudo começa por essa letra. Ex:
C – O Carlos, que era cantor, vivia em Cascais e era casado com a Carla e tinham um
carro Citroën castanho.
26 – Desenhos criativos
Objetivo: Cognitivo (Desenvolver a criatividade e o desenho)
Material: Sim (Papel)
Faça uns rabiscos numa folha e peça aos idosos para que a partir desse desenho façam
uma figura livre ou relacionada com um tema (Ex: de dois riscos fazer uma mapa).
91
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Os jardins sempre foram um local de eleição para passear, descansar, estar em contacto
com a natureza e realizar atividades lúdicas ou desportivas. Ultimamente tem surgido
jardins e parques com fins terapêuticos para ajudar doentes e/ou idosos.
As principais características desses espaços são os pisos serem antiderrapantes, lisos e
fáceis de caminhar e os passeios largos e com espaço para caminhar lado-a-lado.
Também devem ter pontos para descanso ou meditação, de preferência perto de uma
fonte ou outro lugar de água corrente. Devem conter uma mistura de plantas medicinais,
aromáticas e ornamentais, assim como áreas de atração para pequenos animais
(pássaros, borboletas, abelhas, peixes, etc.). O objetivo é desenhar um ambiente capaz
de despertar os sentidos, onde o canto dos pássaros e o som da água corrente,
despertem a visão, a audição e o olfato, provocando o que os especialistas chamam de
distração positiva. A ideia de criar estes espaços surgiu da observação de que a saúde
física e mental é influenciada por aspetos do ambiente físico, como sua luz natural,
espaço ou som. Podem ter outros equipamentos e ornamentos.
Podemos elencar alguns desses tipos de jardim:
- Parques seniores: São constituídos por um conjunto de
equipamentos de exterior para uso lúdico e desportivo,
semelhantes aos parques infantis, adaptados para adultos e que
permitem o seu uso durante todo o ano. Costumam estar
colocados em jardins ou parque públicos. Ver foto.
- Jardins urbanos ou de casa: Pequenos jardins ou hortas que
são criados em vasos ou outro recipientes em pequenos espaços
urbanos (pátios, varandas, marquises), que mesmo sendo
limitados no espaço podem produzir muitas flores, ervas aromáticas ou legumes. Podem
servir como espaços de convívio, de decoração ou para alimentação.
- Jardim geriátrico: Jardim,
normalmente situado num lar ou centro
de dia, onde os idosos podem andar á
vontade e usufruir da natureza do
espaço. Normalmente estão equipados
com equipamento de terapia ou
92
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
28 - Animação sensorial
Objetivo: Cognitivo (Desenvolver os sentidos do tacto, audição e olfacto)
Material: Sim (Vários)
Autonomia: Semi-autónomos
Grupo: Em grupo ou individualmente
Metodologia:
93
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
94
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
95
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
96
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
A animação pela cor pode ser realizada através de lâmpadas coloridas, roupas ou
desenhos e pinturas com determinadas cores.
14
Documentário “Alive inside” de Michael Rossato-Bennett (2012) in
www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Saude/Interior.aspx?content_id=2416297&page=-1
97
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Algumas atividades que podem ser desenvolvidas na musicoterapia são Ritmos com
instrumentos; Improvisações rítmicas, Repetições rítmicas; Memorização rítmica; Sons e
voz.
Simplesmente ouvir música é uma excelente forma de estimulação cognitiva e pode ser
associado ainda á educação musical se o animador for apresentado aos idosos diversos
tipos de música com os quais eles não estão familiarizados.
Aconselho:
Jacob, Luis et al (2012), Estimulação cognitiva para idosos, RUTIS.
Martins, Amélia (2011), Snoezelen com idosos, Sitio do Livro
Nunes, Belina; Pais, Joana (2007), Doença de Alzheimer, I e II. Exercícios de
estimulação, Lidel.
Poncin, Monique (2005). Ginástica cerebral para um cérebro novo, Arte de
Viver, Mem Martins: Editora Europa-América.
Ricci, M. (2010). 1000 Testes e jogos de inteligência, Sintra: Editora Girrasol.
Vários, (2010), Treina o teu cérebro, Livraria Civilização Editora
Revistas de jogos e quebra-cabeças que se podem encontrar em qualquer
livraria ou quiosque.
Conjunto de três caixas de Jogos Seniores (Só
por gestos, Cubos Lógicos e Quem sabe, sabe) de Rita
Teles produzido pela Majora.
www.snoezelen-idosos.com
98
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Exemplos de atividades:
3.1 - Escultura
Objetivo: Expressão
Material: Sim (Barro, plasticina, gesso, madeira, pasta de papel*, massa de
biscuit**, massas polímeras e instrumentos)
Autonomia: Autónomos e semi-autónomos
Grupo: Em grupo ou individualmente
Metodologia:
Utilizando estes materiais deve-se começar por ensinar aos idosos alguns cuidados e
técnicas básicas do uso destes, de seguida os “artistas” começam a trabalhar livremente
ou seguindo um plano estabelecido pelo animador. O trabalho em barro ou em cerâmica
tem, por vezes necessidade de ser cozido num forno ou numa mufla.
99
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
** Fazer Massa de biscuit, esta massa é também conhecida por porcelana fria (pelo
facto de secar muito rápido em contacto com o ar e não precisar de ser cozida no forno)
é usada geralmente para a confecção de jóias, brindes e artesanato em geral.
Procedimento: 2 chávenas de chá de amido de milho; 1 chávena de chá de cola branca;
1 colher de sopa de vaselina líquida ou óleo de cozinha; 1 colher de sopa de sumo de
limão ou vinagre branco; 1 colher de sopa de creme para as mãos (não gorduroso).
Misture tudo e está pronto. Use o creme de mãos para amassar a massa. Durabilidade
da massa: 1 mês num saco plástico sem ar.
3.2 - Pintura
Objetivo: Expressão
Material: Sim (Tintas, papel, canetas, tela, pincéis, modelos, etc.)
Autonomia: Autónomos e semi-autónomos
Grupo: Em grupo ou individual
Metodologia:
A pintura pode ser realizada com e em diversos meios:
- Em tela com pincéis e tintas de óleo, acrílicas ou de esmalte.
- Em parede ou muros com pincéis e tintas plásticas ou de água.
- Em tecido com pincéis e tintas para têxteis.
- Em vidro, com tintas e pigmentos próprios para vitrais.
- Em azulejo com pincéis e tinta para cerâmica.
- Em papel ou tela com pincéis, canetas ou lápis de carvão ou cera.
- Em papel seguindo um molde (Pintura por números)
- Em modelos de barro, gesso, pasta de papel, madeira, etc. com pincéis e tintas.
100
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Metodologia:
A tapeçaria e os bordados podem ser executados com diversos materiais:
- Com lãs, de diferentes tamanhos e cores, agulhas, tecidos (Sarja, lã, sintéticos) e com
ou sem tear. O trabalho mais frequente é a tapeçaria tipo de “Arraiolos”.
- Para os bordados e rendas podem-se utilizar bastantes técnicas (Ponto cruz, de Nisa,
de Castelo Branco, com 3 ou 5 agulhas, etc.).
- Pode-se também fazer vários trabalhos como sacos, bolsas ou tapetes com “trapilho”.
- O feltro é uma material fácil de utilizar e que permite várias aplicações e efeitos,
inclusive existem vários modelos pré-recortados que podem utilizados.
Este tipo de atividade deve ser feito em locais bem iluminados.
Metodologia:
As colagens podem ser realizadas com os vários materiais e superfícies, tendo em conta
que cada cola tem uma finalidade própria (cola de madeira, cola branca, cola super-forte,
etc):
- Colagens com recortes de revistas, livros e jornais.
- Colagens com massas alimentícias secas e leguminosas cruas (feijão, grão, etc.).
- Colagens com restos de madeira, botões, serradura, lãs, tecidos, etc.
- Colagens com guardanapos / Découpage
- Stickers (imagens em vinil autocolantes) ou stencil (moldes ou estampas de imagens)
101
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Metodologia:
Todos nos lembramos de fazer “aviõezinhos” ou “barquinhos” de papel, que não eram
mais do que dobragens em folhas de papel. Esta atividade é semelhante e permite
realizar várias figuras apenas com papel e dobras, sem cola ou agrafos. Podem-se fazer
figuras muito simples até verdadeiras obras de arte.
Origami (do japonês “oru” - "dobrar", e “kami” - "papel") é a arte tradicional e secular
japonesa de dobrar o papel, criando representações de determinados seres ou objectos
com as dobras geométricas de uma peça de papel, sem cortá-la ou colá-la.
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Fonte: www.coracaodeovelha.net
Aconselho:
Ferraz, Marcelli et al (2009), Terapias expressivas integradas, Tuttirév.
Ferraz, Marcelli et al (2011), Educação Expressiva, Tuttirév.
Revistas de artes decorativas, bricolagem, artesanato ou artes, como a “Faça
Fácil”, “Belas ideias”, “Crochet” ou “Arte Nova” todas da Tuttirev Editorial; “Passo
a Passo” de Paula Mendes; “Artes decorativas” da Editorial Nascimentos, “Mãos à
arte” da Escola Editora ou “Pinceladas” e “Cortar&coser” da Magnaterra.
4.1 - Dança
Objetivo: Expressão corporal
Material: Sim (Instrumentos musicais ou de reprodução, adereços)
Autonomia: Autónomos
Grupo: Em grupo ou individual
A dança é uma forma de animação que pode e deve ser desenvolvida com os mais
velhos, uma vez que para estes a dança está muitas vezes associada a memórias e
experiências importantes na sua vida.
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
A expressão dramática pode-se traduzir pela reprodução, verbal e/ou não verbal, de
diferentes emoções ou situações do dia, tais como:
- Exprimir individualmente sentimentos como a tristeza, alegria, felicidade, fúria, etc., com
o corpo todo ou com apenas a face.
- Exprimir, com o grupo, sentimentos como a indiferença, a alegria, agressão, mágoa,
luto, etc.
- Reproduzir situações diárias como o trabalho, os jogos, o lazer, a família, o lar, a vida
no campo ou no mar, etc.
- Reproduzir comportamentos e/ou sons de outras pessoas ou de animais.
- Imitar um animal, uma profissão, um filme com gestos para os colegas adivinharem.
- Pegar num objecto (Ex. chapéu, jornal) e mostrar várias utilizações para o mesmo.
- Declamar ou ler um texto com diferentes entoações (alta, baixo, nervoso, excitado,
formal, a rir, a chorar, etc.)
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Aconselho:
APPC, (2003), Expressão Dramática e Atividades Teatrais
Costa, Elisabeth, (2005), Gerontodrama - A Velhice em Cena, Estudos
clínicos e psicodramáticos sobre o envelhecimento e a terceira idade, Ágora
Editora
4.3 - Teatro
Objetivo: Expressão corporal, facial, vocal, memorização e orientação espacial.
Material: Sim (cenário e adereços)
Autonomia: Autónomos e semi-autónomos
Grupo: Em grupo
cenários precisos, assim como estabelecer prazos e horários para os ensaios; Na quarta
fase treinam-se as falas, as posturas, as posições, a interação entre as
personagens/atores, os tempos, a utilização dos adereços, etc; por fim, na quinta e última
fase, é a estreia da peça e posteriores (ou não) sessões. Nesta fase é importante o grupo
conhecer previamente o local onde vai decorrer a peça para saber onde colocar e utilizar
todo o material necessário, assim como antever a relação público/actores.
Existem no mercado vários livros com peças de teatro, mais ou menos elaboradas.
4.4 - Música
Objetivo: Expressão
Material: Sim (instrumentos e equipamento de reprodução)
Autonomia: Autónomos e semi-autónomos
Grupo: Em grupo e individualmente
A música acompanha o homem desde a origem dos tempos e desde os primeiros dias da
vida de cada pessoa.
Tal como no teatro para realizar um grupo musical ou de cantares, existem cinco fases:
1. Escolher o grupo de músicos/cantores e o maestro.
2. Seleccionar o tema e a obra a apresentar.
3. Criar a estrutura organizativa.
4. Fazer os ensaios.
5. Estrear.
Na primeira fase compete escolher as pessoas que querem tocar e/ou cantar no grupo e
quem as vai orientar; Na segunda fase deve-se escolher o reportório de músicas e/ou
canções que o grupo irá apresentar (este processo deve ter em conta a composição do
grupo, a duração da atuação, os objetivos desta atividade, o público a quem se destina,
os meios existentes, etc,); Na terceira fase é necessário distribuir os instrumentos ou tons
(baixo, contrabaixo, tenor, etc.), assim como estabelecer prazos e horários para os
ensaios; Na quarta fase tocam-se os instrumentos e/ou canta-se até se atingir um nível
que possa ser apresentado ao público; por fim, na quinta e última fase, é a estreia da
obra e posteriores (ou não) sessões. Nesta fase é importante o grupo conhecer
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
previamente o local onde vai decorrer a peça para saber a acústica do local, assim como
antever a relação público/actores.
Existem no mercado vários livros com letras (cancioneiros) e músicas de vários estilos.
Da música ao canto as atividades que se podem fazer dentro da animação
musical são muito variadas. A saber:
- Canto - É a forma mais simples de expressar as emoções através da música. O
canto pode ser espontâneo ou organizado, individual ou em grupo, com ou sem música.
O animador deve adaptar as letras e as vozes ao grupo que tem disponível.
- Instrumentos - Aprender a tocar um instrumento é um exercício que demora
muito tempo e necessita de muita prática. No entanto a utilização de instrumentos mais
simples e que requerem menos tempo de aprendizagem, como os ferrinhos, pandeireta,
sinos, caixa-de-ressonância, guizos, apitos, pratos, reco-recos, marracas, cavaquinhos,
pode proporcionar igualmente excelentes momentos de diversão e convívio.
Jogos musicais: Existe uma possibilidade grande de realizar jogos a partir da
música, como: Passar músicas e perguntar o nome do cantor e/ou da música ou que
acontecimento está relacionado com esta; Pôr o som de um instrumento e perguntar qual
é; Associar uma música ou canção a um período da história (anos 50, 20 ou 80); Tocar
vários instrumentos e perguntar quais são os mais graves ou mais agudos; Inventar
novos instrumentos como o Tijelofone.
Aconselho:
Storms, Jerry (2004). 101 Jogos musicais, Porto: Editora Asa.
Vilão, João (2010), Expressão musical, Impala
4.5 - Fotografia
Objetivo: Expressão
Material: Sim (máquina fotográfica e impressora)
Autonomia: Autónomos
Grupo: Em grupo ou individual
Metodologia:
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Embora não seja uma atividade muito usual, depois de comprar o material base (+/- por
150 euros) e apreender as técnicas básicas, pode ser uma excelente forma de animação
para idosos devido aos resultados que apresenta, pela oportunidade de ver o mundo
através da lente e pela técnica que é necessária alcançar e apurar.
Duas atividades simples que se podem fazer é simplesmente dar aos idosos a máquina
fotográfica e pedir que tirem fotos ao que mais gostarem (após algumas fotos, consegue-
se descobrir um padrão e saber o que ele mais gosta de fotografar) ou dar um tema e
pedir que representem esse tema como uma foto.
Inclusive com os resultados finais pode-se fazer uma exposição de fotografias.
Metodologia:
É uma técnica mental que ensina a recuperar a nossa capacidade inata de rir e ser
felizes e é uma fonte inesgotável de saúde e bem-estar. Na verdade a risoterapia como
método terapêutico, já existe há muitos anos e nasceu na Índia, com Madan Kataria, mas
só agora chegou ao nosso país.
Uma sessão começa normalmente com alongamentos, exercícios de respiração e
exercícios de simulação do som da gargalhada: a gargalhada do macaco, a gargalhada
da pulga, a gargalhada do “passou-bem”… Por vezes incluem-se jogos, dança,
percussão, adereços... No início, os participantes só precisam de emitir o som do riso,
mas gradual e espontaneamente, o riso natural começa a aflorar. Depois o contágio é
inevitável. Todos circulam pela sala repetindo os diferentes tipos de gargalhadas que o
líder exemplifica e o riso vai-se aprofundando cada vez mais, até ao ponto de o grupo
chegar em conjunto à catarse desejada. A sessão termina com outros exercícios de
descontração.
109
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Aconselho:
Banana, Ana (2010), Ria agora, Editora Ariana
www.escoladoriso.com - Risoterapia
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Pedir a cada elemento do grupo para apresentar uma meta ou objetivo pessoal
a curto prazo em poucas palavras: "Que coisas querem e podem fazer agora ou
daqui a um mês?". Dar um minuto para as pessoas pensarem.
Depois de escutar as metas de todas as pessoas dividir, os idosos em grupos, em
função dos assuntos escolhidos (por ex., família, amigos, atividades, etc.) e colocá-los a
partilhar as suas experiências.
Jogo 4 - Os outros
Pede-se aos membros do grupo que andem pela sala e tomem consciência
de como se sentem neste momento na sua vida. Depois devem formar uma roda e
pedir a um dos idosos para caminhar da forma com se sente (descontraído,
preocupado, agitado, etc.), os outros devem observar. Quando este termina de
caminhar, todos imitam o seu andar colocando-se na pele daquela pessoa enquanto
esta, por sua vez, está parada a observar. Após a observação, escutar as
impressões dos outros elementos do grupo sobre o que sentiram ao andar como ela.
É importante que todos caminhem e façam a sua observação. No fim, o elemento
que foi imitado deve dizer o que sentiu ao ver os outros a andar como ele.
Estes jogos são utilizados, usualmente, na génese do grupo para os membros do grupo
se identificarem e conhecerem melhor os restantes elementos. Também são muito
utilizadas quando se pretende que o grupo seja mais unido.
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
B) Gostos e Desgostos
- Os membros do grupo dizem o que gostam e não gostam (Eu gosto da cor azul, mar e
viajar. Não gosto de andar de avião, de acordar cedo nem do Inverno).
C) Objecto
- Cada elemento escolhe um objecto ou animal e diz qual foi e uma característica deste.
Em seguida diz o seu nome e adapta a característica do objecto ou animal a si mesmo.
(Eu escolhi uma pedra, que é dura. Eu sou o Nuno e sou duro; Eu sou uma galinha e
ponho ovos. Eu sou a Carla e ponho ovos).
D) Apresentação mútua
- Dois elementos apresentam-se reciprocamente e depois contam o que descobriram do
outro ao grupo (Ele é o Rui e faz ... . Ela é a Ana, tem 79 anos e gosta de ... .)
E) Novelo de lã
- Forma-se uma roda, um elemento passa um novelo de lã para outro, sem largar a ponta,
e assim, sucessivamente até passar por todos. Quando lançam o novelo dizem o nome
próprio e uma característica pessoal. Quando o novelo tiver passado por todos, a última
pessoa que ficou com este deve lançá-lo para a pessoa que o mandou até o novelo ficar
como no início.
F) Gestos
- Cada indivíduo faz um gesto enquanto passeia pela sala com os restantes membros.
Depois estes têm que tentar dizer os gestos dos outros (O Pedro punha a mão na cabeça
enquanto andava, a Teresa dava passos pequenos, a Rita tinha as mãos ao peito,...)
Estes jogos servem para escolher algumas pessoas para uma atividade ou para dividir
um grupo grande em grupos mais pequenos.
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
A) Escolhas pré-definidas.
A1 - Pergunta-se quem quer participar (Há um voluntário para...?) .
A2 - Escolhem-se as pessoas desejadas (O Carlos que avance).
A3 - Escolhem-se as pessoas segundo a altura, a idade, os gostos.
(Quero todas as pessoas com mais de 1,70 m para uma tarefa).
A4 - Pede-se a um elemento para escolher o(s) voluntário(s).
(Ernesto escolha três pessoas).
B) Subgrupos
B1 - As pessoas circulam na sala e pede-se que façam grupos com um número variável
de elementos até se atingir os subgrupos pretendidos (Façam grupos de quatro
elementos. Agora de seis. Agora de dois. ...)
B2 - As pessoas circulam na sala e pede-se que escolham um de quatro (depende do
número de grupos que queremos) frutos (cores, números, países, etc.). Assim vão-se
formar alguns grupos.
A) Segredos
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
B) Obstáculos
- Uma pessoa irá conduzir outra através de obstáculos. A pessoa que for conduzida pelo
colega fica com os olhos fechados. Quem conduzir coloca os seus braços sobre o ombro
do colega e durante alguns minutos conduzirá, em silêncio o seu parceiro, por entre os
obstáculos previamente colocados na sala. Decorrido um certo tempo revezam os papéis
e o exercício prossegue.
Aconselho:
Carvalho, Noeme (2010), Dinâmicas para Idosos, 125 jogos e brincadeiras
adaptados. Brasil. Editora Vozes.
Lima, Margarida (2005). Posso participar? Atividades de desenvolvimento
pessoal para idosos, Coleção Idade do Saber, Porto: Âmbar
Miranda, S. (2003). Novas dinâmicas para grupos. A aprendência do conviver.
Edições ASA.
Ribeiro, Oliveira; Ferreira, Randdy, Lima, Margarida (2012) Positividade –
Intervenção com Pessoas Idosas, Positivagenda
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
acontecer após a morte. Existe nesta fase um surgimento da fé, em pessoas que
nunca se sentiram atraídas pela religião anteriormente e um incrementar da fé ou de
um outro credo em pessoas que já tinham esse sentimento. A procura de algum
conforto ou de explicações, uma maior disponibilidade interior e de tempo são as
principais razões para o desenvolvimento espiritual e religioso nos idosos. Há
também espaço para aprofundar a logoterapia, que é um sistema teórico – prático da
psicologia e que significa "cuidar do sentido". Sentido como significado, meta ou
finalidade, sendo esta a principal força motivadora no ser humano. Assim, a logoterapia
baseia-se no confronto da pessoa com o sentido de sua vida e o reorienta para o mesmo.
A palavra "espírito" deriva do hebraico ruah, que significa "sopro". Sopro está associada
com vida; assim, literalmente, espiritualidade é "o sopro de vida". De um ponto de vista
existencial, espírito é o que nos move para fora de nós mesmos para encontrar sentido
de vida. Espiritualidade é definida como uma tendência inata em direção a Deus ou a
urna força Superior. É um termo muito mais amplo que "religiosidade”, esta deriva da
palavra latina religare, significando "religar", e diz respeito a determinadas tradições
espirituais, enquanto ganham expressão concreta em ritos e celebrações codificadas,
cultural e historicamente.
“No final, a busca por um sentido diante de uma doença muito grave ou da
morte e subsequente perda é algo critico. Alguns idosos verão as suas
preocupações fortalecidas e reafirmadas. Outros podem ser incapazes de
encontrar sentido, caminhado para um duro sentimento de desespero. Tal
resultado lembra-nos que uma espiritualidade não-desenvolvida pode ser um
fator crítico quando lutamos com uma doença terminal. O não ter refletido
sobre os mistérios da vida, pelo menos ainda que num nível básico, deixa a
pessoa despreparada para enfrentar a morte. Mas para outras pessoas esse
momento é um evento transformador que lhes oferece um novo sentido para
compreender a vida, doença e morte. Essas redescobertas, ou
reconstituições de sentidos, permitem aos idosos, mesmo no meio de uma
crise devastadora e perante uma consciência alarmante da própria
mortalidade, experimentar novas descobertas, encontrar forças renovadas e
115
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
116
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Atualmente já são várias as soluções que os seniores e idosos têm para utilizar e
partilhar os seus saberes.
Destas destacamos:
Aconselho:
Jacob, Luis (2012), A educação sénior em Portugal, RUTIS.
Associação Direito a apreender
117
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
AIBO, o cão robot da Sony e idosos japoneses a brincarem com o PARO, o robot foca.
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
computador Sénior Virtual criado pela RUTIS, pela Inforlândia e pela Microsoft
exclusivamente para os seniores portugueses15.
Ultimamente tem-se assistido à utilização de videojogos para a animação com os
idosos, com bons resultados, nomeadamente com a Wii da Nintendo. Estes jogos
“podem melhorar o equilíbrio dos idosos e ajudá-los a evitar quedas”, segundo
investigadores da Universidade de Essex, na Grã-Bretanha 16 ou uma pesquisa do
Instituto Sam e Rose Stein para a pesquisa do envelhecimento da Universidade da
Califórnia revelou que os videojogos que combinam jogos com exercícios podem
diminuir bastante os sintomas de depressão em pessoas idosas 17.
Aconselho:
www.espacosinternet.pt – A rede nacional de espaços de internet ou pode
apreender informática ou consultar a internet
www.seniorvirtual.net – Universidade Sénior Virtual
www.acessibilidade.net
15
http://pcvirtual.inforlandia.pt/FrontOffice/index.php?page=FrontOffice/MainPage.php
16
http://www1.ionline.pt/conteudo/51194-wii-pode-ajudar-idosos-evitar-quedas
17
http://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/noticias/wii-diminui-depressao-em-idosos-20100225.html
120
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
A vida sexual das pessoas nem sempre é igual durante a vida, embora seja
ponto assente que a sexualidade está presente desde o nascimento até à velhice,
«Enquanto o homem viver, seja qual for a sua idade, é capaz de sentir impulsos eróticos
não existindo nenhuma idade em que a atividade sexual, os pensamentos sobre sexo ou
o desejo acabem» (Lopes, 1993).
Na idade maior, o desejo sexual não desaparece, apenas há uma menor
vitalidade física do indivíduo que o impede de ser tão ativo sexualmente. A frequência
das atividades sexuais é menor e menos intensa, mas mais sensível. Passa-se do
domínio essencialmente físico para um domínio mais afetivo. E ao contrário do senso
comum os idosos mantêm uma atividade sexual regular.
Um dos grandes tabus ainda é a sexualidade dos idosos nas instituições, onde
grosso modo é fortemente castrada e castigada. Estamos ainda muito distantes de
países como a Dinamarca ou Nova Zelândia onde a sexualidade faz parte do programa
de atividades das instituições de idosos.
De modo geral a afetividade e a intimidade é fundamental para o bem estar das
pessoas, independente da idade, e o melhor que o animador pode fazer é encarar as
situações que possam surgir neste domínio com naturalidade.
Aconselho:
Jacob, Luis (2012), Sexualidade Sénior, RUTIS
Associação Sentidos e sensações
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
6.1 - Desporto
A animação desportiva engloba as atividades físicas que pressupõem a aceitação de
regras e normas específicas desse desporto e que pode ser praticado em equipa ou
individualmente, com ou sem fins competitivos. Para os idosos os desportos mais
aconselháveis são o atletismo, os jogos tradicionais como a malha ou a petanca, a
natação, o ténis, a pesca, o golfe e a marcha. Existem torneios ou escalões desportivos
específicos para os mais velhos, alguns denominados de torneios de veteranos,
nomeadamente de futebol, de ténis, de atletismo e de golfe. Como exemplo temos a
Associação Nacional de Atletismo Veterano.
Dado o tempo de ócio que a maioria dos idosos tem o turismo e as visitas culturais
impõe-se naturalmente como uma das principais formas de animação lúdica. A animação
turística sénior deve ser entendida como “um conjunto de atividades, que transformam o
ver em envolver, o viver no conviver, desafiando o turista numa estratégia de
desenvolvimento pessoal e humano numa determinada fase do seu percurso de vida”
(Peres, 2003, in Lopes, 2006, p. 334).
Quando se planeia uma viagem com idosos devemos ter em conta se o local para onde
vamos e onde vamos ficar instalados está preparado para acolher pessoas com
dificuldades de locomoção. Podemos incluir no turismo sénior também as colónias de
férias e o termalismo.
Com idosos que estão institucionalizados há o (bom) hábito de organizar viagens a sítios
de interesse que normalmente são afastados do equipamento sede. Mas também é bom
organizar viagens mais curtas a locais que os idosos conheceram e viveram, mas que
por via de estarem institucionalizados, já não os podem visitar como a sua antiga casa, a
122
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
praça principal da vila, a antiga escola primária ou a novas atratividades como o centro
comercial, o museu local ou o pavilhão desportivo.
6.3 - Gastronomia
Objetivo: Aprender e ensinar as técnicas da culinária.
Material: Vários
Autonomia: Autónomos e semi-autónomos
Grupo: Em grupo e individualmente
A gastronomia assume na vida dos mais velhos um papel primordial, quer como
consumidores, quer como executantes. Relembremo-nos que o paladar é o sentido que
os idosos conservam durante mais tempo.
Na arte culinária é possível:
- Apreender a distinguir ervas aromáticas, bebidas, molhos, no fundo cheiros e
sabores.
- Estimular a criatividade na preparação dos alimentos.
- Manter e transmitir receitas ancestrais e tradicionais, como doces, licores,
compotas, enchidos, pães, etc.
- Aproveitar e reutilizar diversos alimentos.
Aconselho também a levar os idosos a experimentarem novos sabores, como
comida chinesa, pizzas ou hambúrgueres. Mesmo que não gostem, sempre provam os
sabores que os jovens apreciam.
Não sendo uma forma muito vulgar de animação de idosos, as atividades de ciência
podem proporcionar momentos muito interessantes e didácticos. Muitas vezes ao
123
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
124
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
O álcool etílico é mais leve do que a água. Ao adicionar o álcool, este forma uma
fase distinta que flutua na água. Por sua vez, o óleo ao ser adicionado deposita-se na
superfície que separa o álcool e a água, isto porque se trata de um líquido mais leve do
que a água e mais pesado do que o álcool.
Aconselho:
Arnold, Nick (2005), O Enorme Livro dos Jogos, Testes e Atividades de
Ciência. Europa-américa.
125
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Os jogos de magia são outra forma de animação, não muito usual, mas que a exemplo
da anterior pode proporcionar bons momentos de entretenimento. Existem truques muito
simples com cartas, cordas ou moedas, que qualquer idoso pode aprender para
posteriormente apresentar aos colegas numa festa ou num passeio.
Número mágico
Escrever num papel o resultado duma soma, sem que ninguém veja. De seguida
dobrar o papel, que entrega a um dos espectadores para que o guarde. Depois disto
pedir a outro amigo para escrever noutro papel, uma quantidade de três algarismos
diferentes. Por baixo, pede-lhe que inverta os mesmos algarismos. Em seguida, pedir
que subtraia a parcela menor pela parcela maior.
Exemplo:
Depois do colaborador efetuar esta subtração, pedir-lhe que volte a escrever o resultado
e que o inverta.
EXEMPLO:
É muito importante que durante estas operações, esteja de costas para o colaborador,
para que se torne mais real o adivinhar da soma. Depois da soma encontrada, pedir á
pessoa que tinha guardado o papel com a sua previsão da soma), que o desdobre e que
leia o resultado em voz alta. E eis que, perante a admiração de todos, o resultado é: 1089
126
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Carta Escondida
Um idoso escolhe uma carta de um baralho e coloca-a no topo do baralho. O
animador descobre a carta.
Truque: Deve-se baralhar as cartas normalmente. Antes de dar as cartas para o
idoso tirar, o animador deve olhar para a última carta sem que ninguém veja. Depois, a
pessoa escolhe uma carta e coloca-a em cima do baralho e logo de seguida parte o
baralho. Como localizar a carta? É muito simples, virar as cartas todas para cima e agora
procurar a carta que o animador viu em baixo, a carta escolhida pelo idoso é a que está à
frente dessa (ou seja, a que está por baixo dessa que o animador viu).
127
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Telepatia
Peça a um idoso para pensar num número de 1 a 5. De seguida diga que vai
adivinhar o número em que ele pensou. Depois peça para ele dizer o número que pensou
(5). Diga que já sabia e que escreveu esse número. Peça para ele ir ver o que está
debaixo da sua cadeira. O idoso retira um papel com o nº 5 escrito.
Truque: Escreva em cinco papéis, os números de 1 a 5 e coloque-os antes da
sessão em vários sítios da sala. Assim quando o idoso disser o número e só dizer para
ele ir buscar o número.
Existem à venda alguns utensílios de magia (cartas, cordas, caixas, etc.), de
baixo custo, que podem ajudar nesta animação.
Aconselho:
Eldin, P. (2002). O Livro dos truques de magia, Lisboa: Editora Presença.
Vários, (2011), Truques de magia, Porto Editora
As atividades recreativas são aquelas, que realizadas em e para o grupo, têm por
objetivo o recreio, o convívio, a solidificação das relações sociais e o desenvolvimento
comunitário. São exemplos os bailes (como os de Carnaval, de final de ano, da “pinha”,
etc.), os torneios de jogos de cartas (essencialmente de ”sueca” ou de “bridge”), os
desfiles de moda, as marchas populares, as festas de aniversário e dos santos populares,
as procissões, os jornais de parede, os piqueniques, a feitura de doces e enchidos, a
decoração de casas ou ruas com flores e outros adereços de papel, concursos de poesia,
prosa ou fotografia, “rally papers”, concursos de talentos, etc.
128
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
1 - Jogos
As damas, o Pictionary® (Jogo em que é necessário adivinhar uma palavra
através de desenhos), o dominó, o xadrez, o Monopólio® (jogo em que o objetivo é
ganhar dinheiro através da compra e venda de imóveis), o Mastermind® (jogo em que
tem que se adivinhar uma combinação de cores), o Trivial Pursuit® (jogo de cultura geral),
o Scrablle® (jogo de construção de palavras), o Galo ou 3 em Linha, e todos os jogos de
cartas (dos quais destaco o jogo com cartas de UNO® pela sua simplicidade e
emotividade).
2 - As rábulas e paródias
Nestas atividades incluímos o contar de anedotas e de histórias; Pequenos actos
teatrais; A mímica para adivinhar palavras ou conceitos; Truques e partidas divertidas;
Dizer o início de provérbios para os colegas os terminarem, etc.
3 – Jogos de cooperação
O conceito de jogos cooperativos tem como elementos primordiais a cooperação, a
aceitação, o envolvimento e a diversão. Nos jogos cooperativos o confronto é eliminado e
joga-se uns COM os outros, ao inverso de uns CONTRA outros. A comunicação e a
criatividade são estimuladas. Neste tipo de jogos existe cooperação, que significa agir em
conjunto para superar um desafio ou alcançar uma meta,
Exemplos:
Levantar balões
Depois de encher um conjunto de balões, pede-se aos participantes para formarem um
grupo de três elementos. O objetivo é que os jogadores mantenham fora do chão o maior
número possível de balões quando soar uma campainha (2 ou 3 minutos depois do jogo
começar). A estratégia pode ser dinâmica, tocando continuamente nos balões para que
se mantenham no ar, ou mais estática, encontrando uma forma de os segurar entre os
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
participantes.
Nós humanos
Todos os participantes formam um círc ulo dando as mãos. Cada um verifica quem está à
sua direita e à sua esquerda. Isto é muito importante! Peça que cada um fale alto
para si e para os outros: "António está à minha direita e Adelaide, à minha esquerda", etc
Diga para soltarem as mãos e caminharem pelo espaço, aleatoriamente, até ouvirem um
sinal (palma ou assobio). Ao ouvi-lo, todos param onde estão. Sem sair de suas posições,
deverão dar sua mão direita para quem estava à sua direita e sua mão esquerda para
quem estava à esquerda. Vai se formar um nó de pessoas que deverá ser desfeito,
voltando o círculo à posição inicial, sem que ninguém solte as mãos.
Faz como eu
Divida as pessoas em grupos de cinco, colocando-os sentadas no chão ou em cadeiras.
Cada grupo terá como tarefa desenhar um barco utilizando uma folha de papel e um lápis,
sendo que cada idoso só poderá fazer uma ação de cada vez, passando em seguida o
lápis para outro participante. Os idosos terão também de obedecer as seguintes
características individuais:
· Membro 1 - é cego e só tem o braço direito;
· Membro 2 - é cego e só tem o braço esquerdo;
· Membro 3 - é cego e surdo;
· Membro 4 - é cego e mudo;
· Membro 5 - não tem os braços.
A tarefa de desenhar o barco deve ser feita em cinco minutos. Após o jogo o grupo deve
debater as dificuldades encontradas, os desafios superados e as formas de cooperação
utilizadas.
Atravessar a ponte
Colocar uma tábua de 35 cm de largura com 4 ou 5 metros de comprimento a pouco
centímetros do chão, apoiada em bocados de madeira ou tijolos. Distribuir os 4 ou 6
idosos de pé sobre a tábua. Dividi-los ao meio em dois grupos: os do lado direito e os do
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
lado esquerdo da ponte. Pedir para que, sem pôr os pés no chão, os idosos se
desloquem sobre a ponte de modo a que, os que estão no lado esquerdo passem a
ocupar o lado direito e vice-versa.
Paraquedas (pano redondo colorido em nylon que vai do 1,5 m aos 6 m de diâmetro)
Colocam-se as pessoas á volta do paraquedas, cada uma segurando uma parte.
a) Atira-se uma bola para o centro do
paraquedas e tenta-se atirar a bola o mais alto
possível.
b) Levanta-se o balão ao ar e determinadas
pessoas (os homens, as mulheres, os mais
velhos) correm para debaixo do paraquedas
antes que este caia e dão um abraço em grupo.
c) Num circulo com 2 m de diâmetro, o grupo ao
mesmo tempo levanta o paraquedas e depois dá cinco passos à frente e segura o
paraquedas como se fosse uma grande boa.
Aconselho:
Jares, Xerús, (2007), Técnicas e jogos cooperativos para todas as idades,
Editora ASA.
Lamas, Sónia (2009), Jogos e atividades para idosos, Editora Livpsic.
Lamas, Sónia (2010), Livro dos jogos educativos, Editora Livpsic.
Soler, Reinaldo (2009), 210 novos jogos cooperativos para todas as idades,
Sprint.
7 - Animação Comunitária
A animação comunitária é aquela em que o idoso participa activamente no seio
da comunidade como elemento válido, ativo e útil. Esta animação destina-se
essencialmente a idosos autónomos que ainda querem e podem ter uma voz activa na
comunidade onde vivem.
131
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Nesta área o voluntariado assume um papel principal, visto que a grande maioria
das atividades executadas pelos idosos na comunidade é embutida de um espírito
voluntário.
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Conclusão
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Glossário
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
negativa no contexto social da pessoa por ela afectada” referido no artigo nº 3 da Lei
101/2006 de 6 de Junho da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.
Domicílio - “É a residência particular, o estabelecimento ou a instituição onde
habitualmente reside a pessoa em situação de dependência” referido no artigo nº 3 da
Lei 101/2006 de 6 de Junho da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.
Economia social - Sumariamente é a economia desenvolvida pelas
organizações privadas sem fins lucrativos, também chamada de Terceiro Sector (Luís
Jacob, 2006).
Envelhecimento - “O envelhecimento é considerado um processo, universal
lento e gradual que ocorre em diferentes ritmos para diferentes pessoas e grupos
conforme actuam sobre essas pessoas e grupos as influências genéticas, sociais,
históricas e psicológicas do curso de vida” (Vitta, 2000, p. 18).
Envelhecimento ativo - “É o processo de maximização das oportunidades que
surgem para a saúde, educação, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a
qualidade de vida à medida que as pessoas envelhecem” (Direcção Geral de Saúde,
2004, p. 6).
Envelhecimento demográfico - “É o processo caracterizado pelo crescimento
ténue da população, pela concentração humana nos espaços urbanos, e pelo baixo nível
de mortalidade e natalidade” (Machado, 1993, p. 24).
Equipamentos sociais - Edifícios onde se alojam as valências sociais, tenham
estas uma natureza residencial, ambulatória ou mista (DEEP, 2004, p. 10).
Expressão dramática - “É uma prática que põe em ação a totalidade da pessoa
no espaço-tempo e no grupo e que tanto solicita o físico como a afectividade ou o
intelecto, que recorre a todas as formas de expressão alternadas, cruzadas ou
integradas” (Landier, 1994, p. 52).
Família - É a conjunto alargado de parentes (que podem ser de sangue, de
direito, de aliança ou de facto) com quem o idoso mantém ligações intensas (Luís Jacob,
2006).
Funcionalidade - “É a capacidade que uma pessoa possui, em cada momento,
para realizar tarefas de subsistência, para se relacionar com o meio envolvente e para
138
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
desde que não sejam administradas pelo Estado ou por um corpo autárquico” referido no
artigo nº 1 do Decreto-Lei nº 119/83 de 25 de Fevereiro.
Jogo - É uma atividade fictícia de lazer, com regras próprias, obrigatórias e
aceites livremente por todos, que visa divertir, educar e estreitar relações pessoais e
sociais (Luís Jacob, 2006).
Jogos cooperativos – São jogos onde os objetivos são comuns, as ações são
compartilhados e os resultados são benéficos a todos (Brotto, 2001). O contrário de jogos
de competição.
Lares para idosos - “São estabelecimentos em que são desenvolvidas
atividades de apoio social a pessoas idosas através do alojamento colectivo, de utilização
temporária ou permanente, fornecimento de alimentação, cuidados de saúde, higiene,
conforto, fomentando o convívio e a ocupação dos tempos livres dos utentes” (DEEP,
2004, p. 48).
Psicomotricidade - “É a ciência que tem por objeto o estudo do homem através
do seu corpo em movimento, nas relações com o seu mundo interno e externo,
reflectindo sobre a organização neurológica que serve de base a todas as
aprendizagens” (Referido em http://www.psicomotricidade.com.br/apsicomotricidade.htm,
acedido a 18 de Julho de 2006).
Programa de Desenvolvimento Individual – É um instrumento que propõe que
os serviços prestados ao cliente, desenvolvam a sua autonomia e qualidade de vida,
respeitando o projeto de vida, hábitos, gostos, confidencialidade e privacidade da pessoa.
É um dos processos-chave do 4º critério dos manuais de gestão da qualidade.
Programas Intergeracionais: São o veículo para o intercâmbio assertivo e
contínuo de recursos e aprendizagem entre as gerações mais velhas e mais jovens, a fim
de alcançar os benefícios individuais e sociais. Consórcio Internacional para os
Programas Intergeracionais (1999),
Qualidade de vida - “É o nível óptimo de funcionamento físico, mental, social e
de desempenho, incluindo as relações sociais, percepções da saúde, bom nível de
condição física e satisfação com a vida e bem-estar” (Bowling, 1995, p. 3).
Reformados - “São as pessoas que foram afastadas do circuito de produção
onde estavam envolvidas” (Guillemard, 1972, p. 72).
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Bibliografia
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7. Autocolantes em vinyl - www.magic-stickers.com
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Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
154
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Anexo 1
2. Viagens
Viaja sozinho (3)
Viaja exclusivamente acompanhado (2)
Incapaz de viajar (1)
3. Compras
Faz compras, se fornecido transporte (3)
Faz compras acompanhado (2)
Incapaz de fazer compras (1)
4. Preparo de refeições
Planeja e cozinha refeições completas (3)
Prepara só pequenas refeições (2)
Incapaz (1)
5. Trabalho Doméstico
Tarefas pesadas (3)
Tarefas leves, com ajuda nas pesadas (2)
Incapaz (1)
6. Medicações
Toma remédios sem assistência (3)
Necessita de lembretes ou de assistência (2)
Incapaz de tomar sozinho (1)
7. Dinheiro
Preenche cheques e paga contas (3)
155
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Evacuar
0 = Incontinente (ou precisa que lhe façam um enema);
1 = Acidente Ocasional (uma vez por semana);
2 = Continente
Urinar
0 = Incontinente ou cateterizado e incapacitado para o fazer
1 = Acidente Ocasional (máximo uma vez em 24 horas);
2 = Continente (por mais de 7 dias)
Higiene Pessoal
0 = Necessita de ajuda com o cuidado pessoal
1 = Independente no barbear, dentes, rosto e cabelo (utensílios fornecidos)
Ir à casa de banho
0 = Dependente
1 = Precisa de ajuda mas consegue fazer algumas coisas sozinho
2 = Independente
Alimentar-se
0 = Incapaz
1 = Precisa de ajuda para cortar, barrar a manteiga, etc..
2 = Independente ( a comida é providenciada)
Deslocações
0 = Incapaz – não tem equilíbrio ao sentar-se
1 = Grande ajuda física ( uma ou duas pessoas), mas consegue sentar-se
2 = Pequena ajuda (verbal ou física)
3 = Independente
Mobilidade
0 = Imobilizado
156
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Classificação:
0 - 04 – Muito Grave
05 -09 – Grave
10-14 – Moderado
15-19 – Ligeiro
20 - Independente
A escala de Barthel foi validada e adaptada á população portuguesa, em 1995 e 1998, pelos
Fisioterapeuta Paulo Lima e pelo Fisioterapeuta Ricardo Loução, respetivamente (Alcoitão).
157
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Orientação – 10 pontos
Identificar:
Ano/ Estação do Ano/ Dia da Semana ou Mês / Dia do Mês/ Local
Registo – 3 pontos
Memorizar : “copo, mala, carro”
Linguagem
Nomear “lápis e relógio” – 2 pontos
Repetir : “nem aqui, nem ali, nem lá” – 1 ponto
Seguir comando em 3 etapas: “pegue este papel com a mão direita, dobre ao meio, e
ponha no chão” – 3 pontos
Seguir comando escrito: “feche os olhos” – 1 ponto
Escrever sentença com sujeito, verbo e predicado – 1 ponto
Copiar o desenho – 1 ponto
158
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Máximo de 30 pontos.
Adaptado de: Folstein, M. et al. J. Psychiat. Res. 1975; 12:189-198.
Responda Sim ou Não consoante se tem sentido de há uma semana para cá:
Yesavage e tal (1983) “Development and validation of geriatric depression scale´ J. Psychiatric
Res. 17:37-49
159
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
160
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Exemplo de um PDI
Nome do Utente: António Cunha Tratar o utente por: Sr. António
Colaborador de referência: Ana Idade: 80 anos Data de aniversário: 15-12-1932
Resultados atingidos
Objectivos gerais da Data de Indicador(es)
Diagnóstico* Domínios Datas de monitorização
atividade definição
Definição Fonte ----/ --/ -- ---/ ---/
Taxa de execução semestral da Livro de ocorrências Médico e
Garantir, semestralmente
1. 18-01-2011 prestação de consultas de Registos Médicos
Ajudar a esposa a consultas de oftalmologia
Habilidades sensoriais oftalmologia
se deslocar
2.
Garantir, semanalmente, a
Taxa de execução semanal da Livro de ocorrências
4. prestação de cuidados de 18-01-2011
prestação de cuidados de higiene Folhas de registo do banho
Necessita de ajuda higiene
para o banho e para Autonomia Garantir, diariamente a tarefa Taxa de execução diária da tarefa
5. 18-01-2011 Contacto Verbal
calçar as meias de calçar as meias. de calçar as meias
6.
Garantir, diariamente o
respeito mútuo entre Taxa de execução diária do Contactos Verbal e Visual
Atividades passadas, 7. 18-01-2011
Medo de não ser colaboradores, utentes e respeito mútuo Livro de Ocorrências
presentes e futuras
respeitado visitas
8.
Garantir, diariamente o Taxa de execução diária do Contactos Verbal e Visual
10. 18-01-2011
Estar com a contacto com o exterior contacto com o exterior Livro de Ocorrências
família, sair do lar Participação Social Contactos Verbal e Visual
Garantir, semanalmente o Taxa de execução semanal do
em atividades 11. 18-01-2011 Livro de Ocorrências
contacto com os familiares contacto com os familiares
161
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Resultados atingidos
Objectivos gerais da Data de Indicador(es)
Diagnóstico* Domínios Datas de monitorização
atividade definição
Definição Fonte ----/ --/ -- ---/ ---/ -
Garantir, diariamente o apoio
Taxa de execução diária da
Medo da própria espiritual através da recitação Contactos Verbal e Visual
12. 18-01-2011 recitação do terço e semanal da
morte e da morte Conclusão do Ciclo de do terço e semanalmente da
celebração Eucarística
dos familiares mais Vida celebração Eucarística.
próximos Garantir, semanalmente o Taxa de execução semanal do Contactos Verbal e Visual
13. 18-01-2011
contacto com os familiares contacto com os familiares
Garantir, diariamente Taxa de execução diária da Contactos Verbal e Visual
14. 18-01-2011
Atividade sexual privacidade com a esposa privacidade com a esposa
Intimidade
activa
15.
*Necessidades, expectativas, serviços contratualizados, competências e potencialidades do Utente
162
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Indicadore(s) de
Atividades tipo Assinalar as atividades de desenvolvimento a implementar Objetivos) específicos) Indicador(es)
avaliação
Julh
Ago
Mar
Fev
Mai
Jan
Jun
Abr
Set
Implicar, o utente diariamente
Taxa de execução Livro de ocorrências,
nas atividades de higiene
Higiene Pessoal Lavar-se, tomar banho, desfazer a barba e cortar o cabelo diária da higiene Contactos Verbal e Visual X X X X X X
pessoal e imagem, ao longo do
pessoal e de imagem
1º semestre
Implicar, o utente diariamente
nas atividades de escolha de Taxa de execução Livro de ocorrências,
Vestir-se em conformidade com a estação do ano, manter-se limpo
Imagem Pessoal roupa e na forma como se diária da forma como o Contactos Verbal e Visual X X X X X X
e arranjado
apresenta, ao longo do 1º utente se arranja
semestre
Implicar, o utente diariamente Taxa de execução Livro de ocorrências,
Pequeno-Almoço, Almoço, Lanche, Jantar e Ceia
Refeições nas refeições, ao longo do 1º diária da forma como o Contactos Verbal e Visual X X X X X X
semestre utente se alimenta
Taxa de execução
Implicar, o utente diariamente Livro de ocorrências,
Assistência diária da forma como o
na toma dos medicamentos ao Contactos Verbal e Visual X X X X X X
Medicamentosa Administração da medicação nos horários prescritos utente toma a
longo do 1º semestre
medicação
Implicar, o utente diariamente Ficha de Registo da
Taxa de execução
na muda de roupa interior e Lavandaria, Livro de
diária e semanal da
Tratamento de Roupa Lavagem adequada dos diferentes tipos de roupa semanalmente na muda de ocorrências, Contactos X X X X X X
forma como o utente se
roupa exterior, ao longo do 1º Verbal e Visual
veste
semestre
Reabilitação
Taxa de execução
Ações de promoção e apoio ao efetivo acesso a direitos, bens e Implicar, o utente e familiares
semestral na
serviços; semestralmente nas ações de Livro de ocorrências,
participação de ações
Apoio Psicossocial Ações de informação, orientação e formação ao utente e promoção, informação, Contactos Verbal e Visual X X X X X X
de promoção,
familiares, no sentido de se adaptarem e compreenderem a nova orientação e formação, ao
informação, orientação
situação do utente longo do 1º semestre
e formação
Taxa de execução
Implicar, o utente diariamente diária e semanal da
na prática de trabalhos forma como utente Livro de ocorrências,
Lúdico-recreativas Trabalhos Manuais, Jogos e atividades Recreativas manuais, jogos e atividades participa na execução Contactos Verbal e Visual X X X X X X
recreativas ao longo do 1º de trabalhos manuais,
semestre jogos e atividades
recreativas
Implicar, o utente Taxa de execução
semanalmente na prática de diária e semanal da Livro de ocorrências,
Desportivas Prática de exercício físico X X X X X X
exercício físico ao longo do 1º forma como o utente se Contactos Verbal e Visual
semestre veste
163
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Intelectuais/formativas
Taxa de execução
Implicar, o utente diariamente
diária da forma como o
no auxílio das deslocações da Livro de ocorrências,
Quotidianas Acompanhamento da esposa nas deslocações para o refeitório utente se auxilia a X X X X X X
esposa, ao longo do 1º Contactos Verbal e Visual
esposa nas suas
semestre
deslocações
Taxa de execução
Implicar, o utente diariamente e
diária e semanal da
Recitar o terço diário através da rádio e assistir á missa dominical semanalmente nos cultos
Espirituais/religiosas forma como o utente Contactos Verbal e Visual X X X X X X
através da televisão religiosos, ao longo do 1º
participa nos cultos
semestre
religiosos
Taxa de execução
Auxiliar, o utente nas saídas diária e semanal para
Livro de ocorrências,
Transportes Transportar o utente para diversos locais sempre que necessário sempre que necessário, ao que o utente se posse X X X X X X
Contactos Verbal e Visual
longo do 1º semestre deslocar sempre que
necessário
Implicar, o utente diariamente Taxa de execução
Acompanhamento ao nas saídas e acompanhá-lo diária de forma a que o
Acompanhar o utente ao exterior sempre que a situação o Livro de ocorrências,
exterior sempre que a situação o utente se sinta X X X X X X
justifique Contactos Verbal e Visual
justifique, ao longo do 1º acompanhado nas suas
semestre saídas para o exterior
Taxa de execução
diária de forma a que o
Implicar, o utente diariamente
Apoio na aquisição de utente se sinta
na aquisição e escolha de bens Livro de ocorrências,
bens e serviços Acompanhar o utente e apoiá-lo na aquisição de bens ou serviços acompanhado na X X X X X X
e serviços, ao longo do 1º Contactos Verbal e Visual
tomada de decisões
semestre
referentes a aquisição
de bens ou serviços.
Implicar, o utente diariamente Taxa de execução
na organização e manutenção diária de forma a que o Registo de Higienização
Organização e higiene
Organizar e manter limpo o espaço individual do utente da limpeza do espaço utente sinta se útil na de quartos X X X X X X
do espaço individual
individual, ao longo do 1º organização e limpeza Contactos Verbal e Visual
semestre do seu próprio espaço.
164
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
I - REFERENCIAL DE ATIVIDADES
165
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
166
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Saberes
trabalho.
V - ELEMENTOS DE PROSPECTIVA
Cenário: Um cenário implica o crescimento deste emprego, bem como uma
menor polivalência e maior especialização por público-alvo de intervenção, ou
por tipo de intervenção (lúdica, desportiva ou turística) nas competências
relacionadas com a qualidade, o direito dos clientes/utilizadores o trabalho em
equipa.
Fonte: INOFOR (2005)
169
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Anexo 3
INDEPENDÊNCIA
1. Ter acesso à alimentação, à água, à habitação, ao vestuário, à saúde, a ter apoio
familiar e comunitário.
2. Ter oportunidade de trabalhar ou ter acesso a outras formas de geração de
rendimentos.
3. Poder determinar em que momento se deve afastar do mercado de trabalho.
4. Ter acesso à educação permanente e a programas de qualificação e requalificação
profissional.
5. Poder viver em ambientes seguros adaptáveis à sua preferência pessoal, que sejam
passíveis de mudanças.
6. Poder viver em sua casa pelo tempo que for viável.
PARTICIPAÇÃO
7. Permanecer integrado na sociedade, participar activamente na formulação e
implementação de políticas que afectam directamente o seu bem-estar e transmitir
aos mais jovens conhecimentos e habilidades.
8. Aproveitar as oportunidades para prestar serviços à comunidade, trabalhando como
voluntário, de acordo com seus interesses e capacidades.
9. Poder formar movimentos ou associações de idosos.
ASSISTÊNCIA
10. Beneficiar da assistência e protecção da família e da comunidade, de acordo com os
seus valores culturais.
11. Ter acesso à assistência médica para manter ou adquirir o bem-estar físico, mental e
emocional, prevenindo a incidência de doenças.
12. Ter acesso a meios apropriados de atenção institucional que lhe proporcionem
protecção, reabilitação, estimulação mental e desenvolvimento social, num ambiente
humano e seguro.
13. Ter acesso a serviços sociais e jurídicos que lhe assegurem melhores níveis de
autonomia, protecção e assistência
14. Desfrutar os direitos e liberdades fundamentais, quando residente em instituições que
lhe proporcionem os cuidados necessários, respeitando-o na sua dignidade, crença e
intimidade. Deve desfrutar ainda do direito de tomar decisões quanto à assistência
170
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
AUTO-REALIZAÇÃO
15. Aproveitar as oportunidades para o total desenvolvimento de suas potencialidades.
16. Ter acesso aos recursos educacionais, culturais, espirituais e de lazer da sociedade.
DIGNIDADE
17. Poder viver com dignidade e segurança, sem ser objecto de exploração e maus-tratos
físicos e/ou mentais.
18. Ser tratado com justiça, independentemente da idade, sexo, raça, etnia, deficiências,
condições económicas ou outros factores .
171
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
Anexo 4
Os 12 mandamentos da Geriatria
De Hugonot de Grenoble, 1968, adaptado por Luís Jacob
172
Atividades de Animação de Idosos II de Luis Jacob
173