12 cog. P.! Conoco Dev Agee en Stead Alfredo Bosi CEU, INFERNO Enitos decriica irersizeeligiea tia FR ier cases editoralli34Maso de Andrade (193-1945) om bre pons sea po as Sealer 1927, um ao es da pulse ‘oromace Mato rl em nxt conte Situagdo de Macunafna “Oy, doc: amiga, ecco que seos flues [Nasusenca dene alumitoo Ball. io de Andee, “Poe daa” O nome da tapaiia & Macunsine, mes no «8 Ma canefma. Mério de Andrade quis dizer slguma coisa do seu prongonisae aereseneou ao telo um atributo parsdoxal «herd som neninancariter. No eplogo volta intengao de qualifii-o:"{.J eu bovei a boca no mundo cantando aa fala impara as frases © os casos de Macunaime, herdi de nirainie dan eR pleto fundamental, O nome, Macunafma,cenco darap- sédia, O epitero, fer A diferenca esti na cauda de cada proposigio: no comeyo, rt nerbum candter, a0 Bi, de rosie gente (que se pode infers, analsando as citacbes, 6 pre- seaga viva, no autos deduas motivagérs to Fores que se converteram em molis da compnicso da obra: 4) porum lado, o dejo de eanrarecancar episidios em como de uma figura lendita qe o fscinara plos diversas motives que trazia em ios aviburos do herd. caxzndidy no sense mils lato pose deur sereace hu wcn que desempenhs cero paps, vaiembusa, ddeuum bern esencial, arnt petigos, sole mucangas ex- ‘eaordinarias,enfim vence ou malogr..; para tanto. é ne io compor “se fans «a8 casos", 5) por otto lado, o desejo ado menos imperioso de peasat 0 povobrasleio, nas gente percorrendaas elas “cruzodis ou superpestar da sua cxnéacia sevager, colo. tale modem procura de uma idenidade que. de io plural que é. bei a urpeeia e « indetrmin noi sem uealium citer. Compreender Mactnamad sondseambas as moti Sera de noes que £ Lidiea © cette, a de inverprea, ue ehistricae ideologea So dois proerot qu se charnam ese incerpenctram. Mas cada ur em sus enigtncias propras 03 Seas mo- dds de apareer na rapsédia. Esa combinagSo seré res. ponsével por ums siquccade formas eigpifcados que ain- a hoje desafica cle © propSsito dette eniaio no ¢fae mais un leicua de Macuntine; bast-me rettero ler a és obras do maior valor que tentam, por vie diversas, decfar 0 enig sma dose sentido imancnte: ow de Macintioa de Cx Valeant Proensa; Moyflegaa do Macwsatma de Haroléo de Campos; Onupies alatida de Gilda de Mello «Souza Remeso igualmente, admire edigo erica preparada por Tae Tone Anca Lope, cifo eco sgo em tees eanscrisbe * Caran Peco, Aor de Wien So Paula Aner: bi, 1995; Hatldede Campos, Moy do Macanaima, So Paw. 4o, Pessina, 172 Gilda de Mello «Sno, typed Stagae de Maceoains © que importa aqui ésituar Macunatma no r0%ciro eetico ¢ ideol6gicn de Mévio ¢,sinds que sumariamen- te, no contexto de signos e valores dominantes na Reps- bili Vel, que, a0 sir Lu 0 limo, wivia 0s seus Ulimos O discurso sobre aguelas motivagbus basics, 0 concer o laterprear, pode serve de fin condluror. Peimeicamence, hie Maruncint um ratamento nace rativo da matdria e urna estilzagic ds linguagem que nae- «cram decertas opyves arcisticas impensiveis sem arefertn- cia deta 3s poétcas da vanguarda modernists Nestor Vicios por certo 0 melhor talent citco dage- ‘age simbolista, a qual sobreviveu, percebia no “fusurisme daobra reeém-publieads de Miriovara rendénciade levie sokimo gra o proces ania, tipo de pensament> prépsi & crianca como 4 gente primicia’, E continuava: *ComonéssonhamosAncies, asim vver or seue penonagensde da. Tad cn corae dese inginados eres sarho esonko. Com eles jareceque se resi quar dimensio eurpricaa plossirecinianon. suc 1b em que pode ser que vivam o7 epritos art cae fauna spasarente humans 9 epaja eo tempo em Taulo, Duss Cidads, 1979. edo extcs de Marnosima: ler sm nenhurs art. orgaizade poe Tal Peet Arcos Lape. a pole TC, Ri de arte, 1578Cla.intrna qe vives sis no exten. Deu estan pars nto oes wanaportam adintosa ote” le ‘Teds as grandes avencuras terrissempreendidas na Europa desdeo inci do sdeulo XX iam nexadiresao: een ceadero digo dito "ealisa’, oumelhos, positivist, jade- caido a clich@de estilo ea esteredripa de personage, Fur turismo, Dadiltmo, Sarrealismo, Expresionismo propu- iara-s a caper a imagens de uma nova er da técnica © davelocidade,ouentio de um exernoincoossiente, sem pret dé-las nas catgorias de tempo e espaco ta] como as con “A narrative de Maciralna, enguanco “fantasia est ‘ural’, para retomar a frmula bem achada de Haroléo de (Campos, seguir leis peculiaes aos contos matavillasos. 2 Nuzor Vitor, “Marni em Ose be gr do mic mente rodents Sio Paul, Modan, 1998. 0 tao su pect rama an O Gib, S/L0I1928. Aped T°. A. Lape od ta de hacincone,cep. 342 siaap dodo Macename produridos pela cultura popula: no mundo soo, ms 46 encontrvds em esta pro nas tlogas dos pors era- fos. Em pespectiva vert, mera eambém velads para apreender a chave formal da obra Gilda de Melo e Sona apontounna buses da muiraguil uma vero camavalisada da Deronda de Sante Graak De qualquer modo, ness ou Daqula ekura, opuradgme éum modalidade clea de fgao,anceror ao romance eA nanela de costumes. ‘Ora, 0 Modeznisme brasero assum, nosis da dé- cada de 20, uma fegzoprimitivsa muito nia, A pre- sengs fortes de Tylor, Per, Lexy Diu Freud, ale do inaito de tcaras maize de ur maginirio “nosso, me- diame invengio aves, dram forma eo tom 4 ese pesto fecund da ivdac ers de Miro de Andrx de. Baé mesmo o seu pose nacionlisma rusia 66 seus aloesde enajamanto — que o norreuare 204 an68 de 30 nos tempasescures da Segunda Gueraa— ndo compreenderiam bem sem o confote com a etapa que culminou na redagao de Masinaima ( quesechara*primitviemoestcce" do periodo em ques esau rsdn em asia ua reviwvola nos process de miei lzerdi. & busca intense do sentido intern e dis motvagdes erage recaladas, que or se do, ora escondzm na mscara ds arose dat palavas, & comum psicantse lequeé meres eidents na cone teuplo de Amar, verbo inmeltnd, a Surealsnoc20 Ex. pressionismo, Um fstio das eslizcOcsbilhateseafera dae quepovoaram acenada bell equrtm comocorreleto asondagem do mundo entico individual e, em mais am plaesera.oencontro maravlhado com imagens eros slesculucsndo-europtes. Eo momen date, da artgre, logo depois, do ax afrocamericano. Na América Latina «hong € de redescobrie as fons pré-colombianss A civilzagdo mais requineada conhece, ence os dois tercveis conto interimpeidists,o encanto dos ituais simbélicos mais remoros, dos mitos ¢ das manifestagbes foleiricasmais ‘esrantas". Do pensamento seragem, en- fim, batzad na época de “mentalidade primitive ‘Algo ds comum ou, mais precsamence, de analog. vai-s articikendo ence ee anivero, colenizade coptini- do haviasézuls, eas nora estticas cup horzonte ce cn Tido eta a denegacto da mente racionalzadora imposta 30 planets intro desde que se consolidara o modo de vvere pensar captalista, Nessa ree de afinidades encende-1e 0 ‘cio neorndianistae neofolelético do Modersismo bias Icio. E também a hegemenia do poetico sobre ous for= mas de expres que carcerioto movimento na sua fae inigil ¢ police: Paula desea, Pen-Brcl, Ritmo sisoluto, Lsangocigui, lado jeburi. Marti Cee, Co- bra Nera, A mensagem piiiivo-modernista (0 paradoxo €sg- ailfcative) parecia nfo aber nos cédigos de prose herds- dos da tradiggo naturalista menor edo regionalisao tip oda Replica Velha das Letras. F por iso que os textcr ‘em prosa mais mordentes do pesiodo foram, sstermaica- mente, destios diquele esilo convencional, Tras das Memérias sesimentass de odo Miramar, de Serefio Pome Grande (esbas de Oswald de Andrade) e de Hci. ‘As duas primeins obras desarticulam exquemss romance: «os jébados, operando um usp consientedaserntagcan «da para. Quanto 2 diceto complera de Mario, reso. 1a processor de eomposigio¢ de linguagem da narrative ovalindigen on acco popula Com um pouco ded-von tale imerpretativo, odes clzn“porteliamo”, no pri- ico caso: “peé-realisma”, no segunda. Em ambor disse a recuse de reed a auneira cio docimettaly cio or= rnamenta, que ji 2quel acura mensia ao gosto ¢ 2 cons- ncia critica do eervor moderno.? Hissoriamewe ea perp da inatualidae de umn os skmbols do incnscene Maio de Andrade, nes de ero.ctiadoe de Macs ina fio por vanguard de Paulie availa dee da iovelectualOseseudos mais penetrance escrito sobre pecsa de Maio de Andrade trouxeram ut forgas contaditras ‘que aconstiiram. dardodhe, rca vent, un patho: dra sic, Paint arleyuinada, de Victor Kl, ¢ Fira 4 intinidade de Joao Li Lake, trabalbam, cm rgistios ceticns divers, 0 tema nuclear da dviio solid, pa fenre ou macarada — que see no melhor Mario, quer pel expresso do cx quer pela visio do soc 9 Pars Micunaime, aem a cidade represerea um pata a selva, nem asta para cidade. O sentido pts; e der plo pause Nem &feliz.o winds smacénico (cronimia de um veto Brasil que vive fore da ciizacio modern), porque nele 04 embates conta a ievempéies, 4 pragas € & pests, or menstioa ees epitis rngad ‘es, pocem levr& mingua ¢ mort (era ‘angoloman- {gole ra tribe Tapanumna eo flhos dela ve acabaram de tum em am"; nem a vida urbana, mal europeizaca € jd seminamericanivada consegue dar 8 nasa gent um hebitse scolhedor: “iakaninhos’ so “escnados a alimentarem as flbvess deurespoteniados, ea servite seraves.0 des cansoaromdsco dos Creo, E por toda paseo que se vé 2mdquina hos, a poltica rstia eo intel: "0 car cultom vitae é civlitagio, + gue hoje Fazemoe ponto de hhonra cm pessnezmnos, a “Maca tha ese... Tighers agrsiva, Pra wl Agpao afl anc em Tabating "© Vitor Kl, Paco arena So Paulo, Hui, 1985 Jose Li Laie, Face da mide So Paul, Maris Fon. es 1986, ‘Stuagaode macanaina Male egucia um pajf enelocomodives Eo fordeasuss os anes lemosdo Anbangiera” (Tabacingesa’, em Lasoo capa) ‘Obrasieio seria um hemem desavindo consigo mes- imo, io encontrande lagar proprio nem na mata nem na ‘meudpole, nem no Utaricoeia nem na Paulie, ele padece emt ambos. Nao par scaso Macunima desste de viver na sua terra. Mas fugir para onde? Para o céu, onde é pessvel mora como esta e bri- thar de wm “belho il” "A.Una Muioré Masurafina. Bmcame ohessi capenga que de oto penarna tars sem sade com nan eases, ee akomecen de rade, fc embora e bana soltrio no campo visto do céa." A flosoia de preguiga copia se espiricualiza evita inden eublmada Seakancarmos ler correamente bela imagem de fe cho, teremoscondigies de melhor sara bra no proceso ‘nico idcoligice de Mario de Andradz-O tom derradeiro, em verde sigeir wna “aporense” (a palav é do autor e {bi dice em mais de uma sesso), parece afinaco por um, canto om dcrestende.& am decane qu Sse ouvira ent as potas do Reeto do Brae que s tornart + modular tm umm paso aacligice de Rel de Bras “Sorce sin da boje uns destercados era nosse st. Aleitura que Mic fer do epic, em cares a Alvae so Lins reforgaa impeessio de un. uiste eli cain:Con. intena “Vein “caso de Macuaaim, J Pouce impos 12, i muito cord ecrcrcedo «sts pigines do live import mais, pelo menos pra mim mesmo, lena Ue quindoa heridesiste doe combarae de er te solve ivi‘ bilo inkl das ese’ eu chore ‘Tudo, 20: capitulo ins fi excita uma como;f0 enorme, numa ses, or win vers seni os lie lmidecidos, porque cu nao queria que Fosse asi! E Até hoje (€0lvro meu que sxnca pego, no porque sche run, mas porque dees senuimentlmente ce) 2 duas ou ts veaes que reli ese Final, & mena eo mogio,« mesma reer, omcimo dejo anatso de que nao fase asim, me cenvulbienaram.”!" A confito no podria tsido mas franca nem mals patties A eraso magica queselao lwo és meson. plo de sprotetamento ry cave stead uate aaa mmiologic € muliplcidade do ser és aur anv do “eu vou werent’, benlim «inwabiidade samara co Poca ae heidi que tet por eto» rendnca ats seis ‘modorde usr pasdas ou recenrs Macunciena prde a muaiagut, pee a pooryie de Ci Mae do Mao ade \Veia Sol, amulhers-se com umaportuguet. mss nem por isi adr uvaiencade fa, brane “ceoads sau destne ais, em ase precamente scr nioasunie snenhuma idenidade conan, © que ea perchisa oe ‘Mario como ui néangustcnte < levaya acontetira rap "Care 711942, ema yg Fernand (org), Maro arene ft aber pp 434 séiis ea0 seu quase contempordineo Cli do jabnrio signi- ficado de fim de ma evapa"* Essaltima afirnagio, ember: feitaa propéito de um rio individual, vale também pura o movimento deideias «formas dalceratura brasileira posterior co climax do mo- denismo pailista O chamado romance de 30, neo-realista «social, no seguiu as pegadas de Macumadmaa nem se e- ddusou com seus lampejos pendidas no Firmamento. Pro- ‘curou, ao conttico, eariza Gortements af suas hiseriase os seus perioaagens em espagos ¢ tmpos bem circunscri- tos, extraindo de sinasgées cukursit picasa sua visio do Basil Foi o romance do engeabo eda fabrca, do agreste ‘do pamps, Romance que letore critica Maria de An- drade acompanhow com admirasso. Macunaira ficou bumando “intilmente” como astro solisitie no percacsor da Regis mtopotics braless, até {qu pasos quaerts etantosancs, Tepicalsno o one templou de novo, tanspondo-o com encuszsmo para Ginema €o tate no espirivo eoueacutual de 68. Ex 1974 serv de argumento pars o smbe-enredo da Escola de Samba Poveda "2 Carn Sous de Sie sid . 66