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neurociencia-a-favor-da-aprendizagem

Publicado em NOVA ESCOLA Edição 320, 01 de Março | 2019

Cara Educadora

A neurociência a favor da
aprendizagem
As descobertas desse campo científico podem ajudar a
entender como aprendemos e de que forma o ensino
pode ser mais eficiente
Lívia Perozim

Enquanto seus olhos estão


percorrendo estas linhas, o
seu cérebro está realizando
um silencioso trabalho de
decodificar, processar e dar
significados às palavras
aqui escritas. Uma série de
ligações neuronais está
sendo ativada em
diferentes regiões desse
órgão composto de sangue e água e movido a impulsos elétricos. Mas você
só irá, de fato, aprender algo novo se reler alguns trechos da edição que se
apresenta nas páginas a seguir, comentar com um colega sobre o que leu e,
principalmente, se as reportagens e artigos que preparamos ao longo do
último mês fizerem algum sentido para a sua prática em sala de aula ou para
a sua busca como educadora.

Essa aprendizagem significativa, presente na obra do norte-americano David


Ausubel (1918 - 2008), se provou também um dos pilares da neurociência,
que pesquisa o funcionamento
do cérebro humano. Suas descobertas não implicam, necessariamente, uma
nova forma de aprender. Mas nos ajudam a compreender melhor teorias de
aprendizagem e a buscar novos caminhos.

Portanto, se você quer saber como o cérebro do seu aluno aprende e


entender como as suas decisões podem instigar ou atrapalhar esse processo,
nossa reportagem de capa irá botar, literalmente, os seus neurônios para
trabalhar. Buscamos reunir, em dez páginas, os principais avanços da
neurociência que podem ser usados em sala de aula.

Descobertas como a posição dos alunos em sala de aula, a sintonia entre o


cérebro do professor e dos educandos e os efeitos das emoções e de
punições no processo de aprendizagem, por exemplo, são bons pontos para
pensar em estratégias para educar a atenção, dar mais significado ao
aprendizado e rever o que está ou não funcionando.

Como explicam os neurocientistas, nosso cérebro se desenvolveu com a


capacidade que temos de aprender novos comportamentos e de resolver
problemas, o que nos deu maiores chances de adaptação e sobrevivência.
Por que não trabalhá-lo com o mesmo objetivo, a favor da aprendizagem?

Lívia Perozim é editora da revista NOVA ESCOLA livia@novaescola.org.br


Foto: Lucas Magalhães/NOVA ESCOLA

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