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SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

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CRITÉRIO DE PROJETO PARA SISTEMA DE DETECÇÃO, CP - R - 535
REV.
ALARME E COMBATE A INCÊNDIO
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REVISÕES
TE: TIPO A - PRELIMINAR C - PARA CONHECIMENTO E - PARA CONSTRUÇÃO G - CONFORME CONSTRUÍDO
EMISSÃO B - PARA APROVAÇÃO D - PARA COTAÇÃO F - CONFORME COMPRADO H - CANCELADO

Rev. TE Descrição Por Ver. Apr. Aut. Data


EMISSÃO INICIAL
0 C JMT GGG MB GJ 03/12/13
CANCELA E SUBSTITUI A EG-M-463
1 C REVISÃO ITENS 4.0 E 8.0 JMT TFL JR LO 14/06/16
REVISÃO ITENS 3.0, 4.0 E 8.0 E
2 C JMT PRC PRC GCC 04/05/20
INCLUSÃO ITEM 9.0 (Ref. PNR)
REVISÃO ITENS 3.0, 4.0, 7.0, 8.0, 8.5.2,
3 C JMT PRC PRC GMS 23/06/21
8.5.4, 8.5.6 E 9.0

Este documento tem o objetivo de orientar e estabelecer diretrizes para o desenvolvimento dos Projetos da Vale. A sua aplicação e adequação é de
responsabilidade da Equipe do Projeto, considerados os princípios de segurança e de maximização de valor para a Vale.
Soluções alternativas, que venham a ser propostas pelas projetistas contratadas, devem ser encaminhadas para a Equipe do Projeto da Vale com
as devidas justificativas para aprovação.

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ÍNDICE

ITEM DESCRIÇÃO PÁGINA

1.0 OBJETIVO 3

2.0 APLICAÇÃO 3

3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 3


4.0 CÓDIGOS E NORMAS 4

5.0 DEFINIÇÕES 5

6.0 CÓDIGO DE FONTE 5

7.0 REQUISITOS GERAIS 6


8.0 REQUISITOS ESPECÍFICOS 6

8.1 PLANEJAMENTO DO PROJETO 6

8.2 PROCESSO DE OBTENÇÃO DO AUTO DE VISTORIA DO CORPO DE


BOMBEIROS (AVCB) 8

8.3 CARACTERÍSTICAS GERAIS 9

8.4 SISTEMAS DE DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO E GÁS (SDAIG) 10


8.5 SISTEMA DE COMBATE A INCÊNDIO 15

9.0 ATENDIMENTO A PADRÕES NORMATIVOS DA VALE 22

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1.0 OBJETIVO

Estabelecer os requisitos técnicos para elaboração de projeto do sistema de detecção,


alarme e combate a incêndio a ser elaborado para as instalações da Vale.

2.0 APLICAÇÃO

Aplica-se a todas as áreas de empreendimento Vale.

3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

Os documentos relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste documento ou


contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na sua revisão
mais recente.

PNR-000015 Sistema de Prevenção e Combate a Incêndio (SPCI)-Geral


PNR-000016 Sistema de Prevenção e combate a Incêndio (SPCI) – Tanques –
Líquidos Inflamáveis/Combustíveis
PNR-000017 Sistema de Prevenção e Combate a Incêndio (SPCI) -
Transportadores
PNR-000036 Manuseio de Produtos Perigosos - Geral
PNR-000041 Sistemas de Detecção e Alarme - Incêndio e Gás
PNR-000090 Sistemas de Proteção e combate a Incêndio (SPCI) - Armazéns
PNR-000105 Sistemas de Proteção e Combate a Incêndio (SPCI) -
Subestações
CP-A-501 Critérios de Projeto para Arquitetura
CP-A-516 Critério de Projeto para Canteiro de Obra
CP-E-501 Critérios de Projeto de Elétrica
EG-M-402 Especificação Geral para Tratamento de Superfície e Pintura de
Proteção e Acabamento
EG-T-401 Especificação Geral para Material de Tubulação
ET-E-458 Especificação Técnica para Sistema de Detecção e Combate a
Incêndio em Salas Elétricas
GU-E-400 Glossário de Termos e Siglas utilizados nos Empreendimentos

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4.0 CÓDIGOS E NORMAS

Os códigos e/ou normas relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste


documento ou contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na
sua revisão mais recente

• ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

NBR 5419 Proteção de Estruturas contra Descargas Atmosféricas


NBR 5647-1/2/3/4 Sistema de adução e distribuição de água- Tubo e conexões de
PVC 6,3 com junta plástica com diâmetro nominais até DN 100
NBR 6135 Chuveiros Automáticos para Extinção de Incêndio –
Especificação
NBR 6493 Cores Fundamentais para Canalizações Industriais
NBR 6925 Conexão de ferro fundido maleável de classe 150 e 300 com
rosca NPT para Tubulação
NBR 6943 Conexões de ferro fundido maleável com rosca NBR NM-ISO 7-1
NBR 9077 Saída de emergência em edifícios
NBR 10897 Proteção Contra Incêndio com Chuveiro Automático – Requisitos
NBR 10898 Sistema de Iluminação de Emergência
NBR 11742 Porta corta-fogo para saída de emergência - Especificação
NBR 12615 Sistema de Combate a Incêndio por Espuma – Procedimento
NBR 12693 Sistema de Proteção para Extintores de Incêndio
NBR 13434 Sinalização de Segurança Contra Incêndio e Pânico
NBR 13714 Sistema de Hidrantes e de Mangotinhos para Combate a
Incêndio
NBR13792 Proteção contra incêndio, por sistema de chuveiros automáticos,
para áreas de armazenamento em geral – Procedimento
NBR 14100 Proteção Contra Incêndio – Símbolos Gráficos para Projeto
NBR 14432 Exigência de resistência ao fogo de elementos construtivos de
edificações – Procedimentos
NBR 17240 Sistemas de detecção e alarme de incêndio – Projeto, instalação,
comissionamento e manutenção de sistemas de detecção e
alarme de incêndio – Requisitos
NBR 17505-7 Armazenamento de Líquidos Inflamáveis e Combustíveis: Parte
7- Proteção contra Incêndio para Parques de Armazenamento
com Tanques Estacionários

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NBR ISO 7240 Sistemas de detecção e alarme de incêndio
NFPA 2001 Standard on Clean Agent Fire Extinguishin

• ITs – Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar Local


• ISO - International Organization for Standardization
• NFPA - National Fire Protection Association
SEPRT – Secretaria Especial de Previdência e Trabalho

A Vale exige o atendimento integral às Normas Regulamentadoras – NRs da Consolidação


das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do trabalho, conforme portaria 3214,
de 08/06/1978 e suas atualizações, e o atendimento integral aos requisitos de saúde e
segurança da legislação local vigente.

Os requisitos legais têm sempre prevalência sobre os requisitos constantes neste


documento, com exceção de situações em que estes sejam mais restritivos.

5.0 DEFINIÇÕES

As definições de caráter geral, comuns ao universo de implantação de projetos, podem ser


encontradas no GU-E-400.

6.0 CÓDIGO DE FONTE

O código em letras listado abaixo para cada critério refere-se à fonte de informação utilizada
na execução deste documento. Em determinados casos podem ser citadas duas (2) fontes
de informação. Um determinado código junto ao título significa que todo o item possui o
mesmo código.

Código Descrição

A Critério fornecido pela Vale


B Prática Industrial
C Recomendação da Projetista
D Critério do Fornecedor
E Critério de Cálculo de Processo
F Código ou norma
G Dado Assumido (com aprovação da Vale)
H Critério fornecido pelo Detentor da Tecnologia
J Regulamento Federal, Estadual ou Municipal

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7.0 REQUISITOS GERAIS

Código de Fonte
A,J

O projeto do sistema de Detecção, Alarme e Combate a Incêndio (DACI) deve estar


harmonizado com o projeto arquitetônico, estrutural e demais projetos (ver CP-A-501, CP-A-
516 e CP-E-501), observando a não interferência entre elementos dos diversos sistemas, a
fim de obter uma solução mais econômica e funcional.

O sistema DACI deve estar em conformidade com a classificação de ocupação das


edificações e áreas de risco, em conformidade com o descrito nas Instruções de Trabalho do
Corpo de Bombeiros local, e com as normas da ABNT.

O projeto deve consistir na definição, dimensionamento e representação do sistema de


prevenção e combate a incêndio, incluindo a localização dos componentes, características
técnicas dos equipamentos, demanda de água, bem como as indicações necessárias à
execução das instalações (memoriais, desenhos e especificações), atendendo aos requisitos
mínimos contidos no PNR-000090 e a documentação para aprovação pelo Corpo de
Bombeiros.

Para Subestações o Sistema de Proteção e Combate a Incêndio (SPCI) deve atender os


requisitos mínimos necessários contidos no PNR-000105.

8.0 REQUISITOS ESPECÍFICOS

Código de Fonte
B, F, J
8.1 PLANEJAMENTO DO PROJETO

8.1.1 Documentação

Devem ser reunidas todas as informações necessárias para o planejamento do sistema de


detecção de incêndio e alarme de incêndio, sendo consideradas as seguintes
documentações:

• Plantas da edificação (planta baixa, cortes, etc.);


• Carga de incêndio;
• Levantamento das condições ambientais, tais como:
- Temperatura;
- Umidade;

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- Atmosferas corrosivas, agressivas ou poluídas;
- Influências eletromagnéticas;
- Número de trocas de ar para ambientes com ventilação;
- Nível de ruído, visibilidade;
- População fixa e flutuante;
- Descrição da infraestrutura do ambiente (por exemplo: sistema de
controle de fumaça, pressurização de escadas, ventilação, ar-
condicionado, comunicação, eletricidade, rota de fuga, controle de
elevadores, etc.);
- Normas ou códigos específicos pertinentes ao projeto a ser
desenvolvido.

O fabricante deve fornecer os dados dos componentes e seus respectivos funcionamentos


devidamente comprovados por meio de ensaios realizados por organismos nacionais
acreditados ou internacionalmente reconhecidos, utilizando métodos de ensaio conforme
descritos na norma NBR 17240.

8.1.2 Conteúdo do Projeto

O projeto executivo deve conter, no mínimo, as seguintes informações:

• Desenho indicando a localização de todos os equipamentos do sistema e o


seu esquema típico de instalação. Todos os equipamentos devem possuir
numeração de circuito e sua identificação dentro do sistema. Devem ser
utilizados os símbolos conforme NBR 17240 e NBR-14100;
• Especificação dos equipamentos e as características dos materiais de
instalação;
• Trajeto dos condutores elétricos de todas as áreas, com identificação do
material combustível do ambiente a ser protegido, diâmetros dos eletrodutos,
caixas e identificação dos bornes de ligação de todos os equipamentos
envolvidos;
• O projeto do sistema de Proteção contra descarga atmosférica deverá
atender aos requisitos da NBR-5419.
• Diagrama multifilar típico, mostrando uma interligação entre todos os
equipamentos dos circuitos de detecção, alarme e comando, e entre estes e
a central;
• Lista completa de equipamentos, contendo descrição, modelo, fabricante e
quantidades;
• Cálculo de fontes de alimentação e baterias, em conformidade com a NBR
17240;
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• Quadro resumo da instalação, contendo no mínimo:


- Número de circuitos de detecção e sua respectiva área, local ou
pavimento;
- Quantidade e tipo de detectores, acionadores manuais e módulos
eletrônicos correspondentes a cada circuito, consumo elétrico e os
respectivos locais de instalação;
- Quantidade e tipos de equipamentos a serem atuados em cada circuito
de comando, consumo e os respectivos locais de instalação;
- Tabela da lógica dos acionadores automáticos e manuais, alarmes
sonoros e visuais, sinalizações de rota de fuga e de saídas de
emergência, temporizações, para abandono do local, em conformidade
com o plano de emergência da edificação;
- Manuais de operação, manutenção preventiva e corretiva do sistema,
com instruções completas de todas as operações, comandos e
ferramentas necessárias.
- As portas de saídas de emergência, as quais serão definidas por
fazerem parte de rotas de fuga, deverão ser bem localizadas e possuir
dispositivos antipânico, conforme os requisitos das normas NR 23 e
NBR 11742.
- Toda instalação, edificação ou plataforma deverá possuir rota de fuga
devidamente sinalizada e iluminação de emergência, para situações de
emergência e/ou corte no fornecimento de energia, conforme NR 26,
NBR 9077, NBR 10898.

8.2 PROCESSO DE OBTENÇÃO DO AUTO DE VISTORIA DO CORPO DE


BOMBEIROS (AVCB)

Código de Fonte
J

O AVCB é um documento oficial, emitido pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar,


atestando que o projeto está em conformidade legal, e indicando que a edificação possui
condições de segurança contra incêndio, aos seus ocupantes.

Esse documento é obrigatório por lei para prédios residenciais, comerciais e industriais.
Normalmente é um dos principais documentos verificados pelas seguradoras, antes de
fecharem um contrato, ou pelos órgãos de fiscalização, antes de liberarem e fornecerem o
alvará para funcionamento de um negócio.

A não obtenção ou vencimento do AVCB pode invalidar apólices de seguro, ocasionar o


fechamento do imóvel, gerar multas, entre outras complicações.

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O primeiro passo é o desenvolvimento de um Projeto de Segurança Contra Incêndio, onde
constam todos os equipamentos de segurança que o imóvel terá, incluindo iluminação de
emergência, porta corta fogo, extintores, rota de fuga e sinalização de saídas de
emergência, dentre outros.

Após a elaboração do projeto, ele é encaminhado ao departamento de análise do Corpo de


Bombeiros, que emite um protocolo de entrada e, em um determinado prazo, emite sua
aprovação, ou o devolve indicando alterações a serem realizadas. O projeto pode ser
devolvido até que esteja de acordo com sua necessidade e uso.

Depois de aprovado, a próxima etapa é a execução, ou seja, a instalação de todos os itens


constantes no projeto. Nessa etapa serão implantados todos os equipamentos especificados
para a edificação (extintores, central de alarme, hidrantes, detectores de fumaça, etc.).

Após a instalação e teste de todo sistema, uma vistoria final deverá ser solicitada ao Corpo
de Bombeiros, a fim de constatar se todos os equipamentos, propostos em projeto foram
instalados e se estão em perfeito funcionamento.

Qualquer detalhe em desacordo, ou o não funcionamento de algum equipamento, será


reprovado pelo Corpo de Bombeiros, e nova vistoria deverá ser agendada após as
adequações.

8.3 CARACTERÍSTICAS GERAIS

Código de Fonte
F

8.3.1 Classificação dos Riscos das Edificações

O risco de ocorrência de um incêndio é determinado por fatores inerentes a cada


construção, e a segurança desejável da edificação está diretamente relacionada às
categorias de riscos e aos objetivos da segurança contra incêndio, bem como aos requisitos
funcionais atendidos pela edificação em estudo.

Os fatores que contribuem para a definição do risco de incêndio são basicamente quatro:

• Características da população;
• Tipo de ocupação;
• Características construtivas do edifício;
• Tipos e quantidades dos materiais;
• Localização do edifício.

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A avaliação dos materiais com relação ao seu comportamento diante do fogo, mostra-se
necessária e de grande valia, pois envolve variáveis que estão diretamente associadas aos
fatores que definem o risco de incêndio. Por meio dessa avaliação, torna-se possível atuar
de maneira preventiva durante o processo produtivo do edifício, reduzindo-se os riscos
causados pelo incêndio.

O risco de incêndio é determinado pela carga de incêndio, expresso em MJ/m², ou seja, é a


quantidade de material combustível por área de piso do ambiente ou, ainda, é a quantidade
de calor que pode ser liberada, no caso de incêndio, por unidade de área do piso.

O cálculo da carga de incêndio deve estar em conformidade com a NBR 14432.

São consideradas três classes de risco em função da carga de incêndio, conforme tabela a
seguir:

Tabela 8.1 - Classes de risco de incêndio

RISCO CARGA DE INCÊNDIO MJ/m 2


Baixo Até 300 MJ/m2
Médio Entre 300 e 1.200 MJ/m 2
Alto Acima de 1.200 MJ/m 2

8.4 SISTEMAS DE DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO E GÁS (SDAIG)

Código de Fonte
F, J

O sistema de detecção e alarme de incêndio e Gás (SDAIG) tem como principal função
detectar o fogo e presença de gás em seu estágio inicial, a fim de possibilitar o abandono
rápido e seguro dos ocupantes da edificação e iniciar as ações de combate ao fogo.

Todas as edificações de armazenamento devem possuir SDAIG selecionados e


dimensionados conforme as mercadorias armazenadas e demais requisitos contidos no
PNR-000090.

O SDAIG possui três elementos básicos dentro do conceito operacional do sistema.

O primeiro elemento (detecção) é a parte do sistema que “percebe” (detecta) o incêndio ou


gás.

O segundo elemento envolve o processamento do sinal do detector de incêndio ou gás ou


acionador manual, enviado do local do fogo ou gás até a central de processamento ou
central de alarme.

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Por último, o sistema de processamento da central ativa o aviso por meio de sinalização
visual e/ou sonora, com o objetivo de alertar os ocupantes e também de acionar dispositivos
auxiliares para operação de outros sistemas (como por exemplo: sistema de controle de
fumaça, pressurização das escadas, abertura e fechamento de portas ou dampers,
acionamento de elevadores ao piso de descarga, etc.).

Os sinalizadores devem ser instalados, em quantidades suficientes, em locais que permitam


sua visualização e/ou audição em qualquer ponto do ambiente no qual estejam instalados,
nas condições normais de trabalho desse ambiente.

O projeto deve prever um sistema de detecção, alarme de fumaça ou incêndio ou gás e/ou
de combate automático em conformidade com o PNR-000041 e com as normas NBR 7240 e
17240.

O SDAIG é constituído basicamente pelos seguintes componentes:

• Detectores automáticos de incêndio e gás;


• Acionadores manuais;
• Painel de controle (processamento);
• Meios de aviso (sinalização);
• Fontes de alimentação elétrica;
• Caixas de Relés;
• Condutores;
• Infraestrutura (eletrodutos e circuitos elétricos).

A central SDAIG deve ser localizada em área de fácil acesso, e possuir vigilância humana
constante (portarias principais de edifícios, salas de bombeiros ou segurança etc.).

8.4.1 Detectores

Os detectores devem ser resistentes a possíveis mudanças normais de temperatura, a


umidade e corrosão, e a vibração mecânica. Deve possuir identificação de seu fabricante,
tipo, temperatura (em graus Celsius), faixa e/ou parâmetros para atuação, e ano de
fabricação convenientemente impressa em seu corpo.

Adicionalmente o fabricante deve informar oficialmente a temperatura fixa de disparo dos


detectores de temperatura, o gradiente e temperatura fixa de atuação dos detectores
termovelocimétricos, e a intensidade da fonte radioativa de cada detector de fumaça, quando
providos de câmaras de ionização.

A instalação, localização e definição do tipo de detectores de incêndio e gás devem ser


conforme especificado no PNR-000041.
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8.4.1.1 Detector Iônico

Sensível à fumaça e à emanação de gases através de suas câmaras de ionização ligadas a


um circuito eletrônico. Quando a alteração de voltagem excede um limiar pré-determinado, é
sinalizado um alarme para a unidade de controle.

8.4.1.2 Detector Térmico

Os detectores de temperatura de série 60 são ajustáveis e operam usando um par calibrado


de termistores. Um termistor deverá estar exposto à temperatura ambiente, e o outro deverá
estar selado. Em condições normais, os 02 termistores registram temperaturas similares,
mas no desenvolvimento do fogo, a temperatura registrada pelo termistor exposto
aumentará rapidamente, resultando num desbalanceamento entre os 2 termistores, o que
levará o detector ao estado de alarme.

A termovelocimetria deverá estar calibrada para detectar o fogo assim que a temperatura
aumentar rapidamente, mas também existe um limite máximo fixo, a partir do qual o detector
passará ao estado de alarme, mesmo que o aumento de temperatura tenha sido lento.

Os detectores de temperatura fixa só passam para o estado de alarme com temperatura pré-
estabelecida. Externamente, os detectores de temperatura são diferenciáveis dos de fumaça
por terem aberturas largas, que permitem um bom movimento do ar ao redor termistor
externo.

8.4.1.3 Detector Óptico

Incorporam um led pulsante, localizado no labirinto dentro da cobertura do detector. O


labirinto deverá ser desenhado para excluir qualquer luz de origem externa. No ângulo do
led existe um fotodiodo que normalmente não registra a coluna de luz emitida pelo led.

Caso entre fumaça no labirinto, o impulso da luz do led se dispersa, sendo registrado pelo
fotodiodo. Se o fotodiodo “vir” a fumaça nos dois impulsos seguintes, o detector muda ao
estado de alarme e o led indicador acende.

8.4.1.4 Acionadores Manuais

Os acionadores manuais deverão ter as seguintes características:

• Corpo de material rígido;


• Botão de comando protegido por tampa de vidro, juntamente com
instrumento para quebra desse vidro;
• Instruções de operação impressas em português, no próprio corpo, de forma
clara e em lugar facilmente visível;

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• Indicação visual de operação.

8.4.1.5 Painel de Controle

O quadro de alarmes deverá ter porta de acesso frontal fechada com chave, display de
cristal líquido incorporado às portas, com intuito de monitorar o sistema, e chave para
ligar/desligar o sistema. As ligações, instrumentos e controles devem permitir somente
acesso frontal.

Deverá possuir circuitos individuais destinados a receber e analisar os sinais provenientes


de cada dispositivo, e circuitos de supervisão e controle contínuo de toda a instalação. A
indicação de alarme de incêndio e alarme de defeito deve ser realizado por meio de circuitos
individuais e separados. Também deve possuir chaves para isolar individualmente cada
circuito e/ou comutá-lo para posição de teste, e chave para a inibição dos alarmes sonoros,
sinalizando, em ambos os casos o evento.

Deve possuir ainda os seguintes dispositivos e funções:

• Dispositivos que permitam ligar automaticamente os retornos de todos os


circuitos de detecção, de modo a manter em operação todos os seus
elementos, mesmo que esses circuitos estejam interrompidos, durante todo
o tempo que a falha subsistir;
• Dispositivos destinados a comandar a operação dos dampers em caso de
incêndio, quando aplicável;
• Instrumentos destinados ao controle de corrente contínua;
• Dispositivos destinados a acionar toda a indicação sonora, setorizada e
geral;
• Indicação de fuga a terra;
• Indicação visual e sonora de falta de alimentação em corrente alternada e
contínua;
• Indicações sonoras de defeitos e incêndio distintas entre si, com prioridade
de indicação de defeitos;
• Memorização de todas as indicações visuais de incêndio, com a
possibilidade de reposição manual do sistema;
• Possibilidade de instalação de indicadores sonoros, visuais e comandos
auxiliares;
• Supervisão dos laços de detecção contra a interrupção de linha e curto-
circuito, sinalizando o defeito;
• Supervisão dos circuitos de alarme e comandos auxiliares contra interrupção
de linha;

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• Dispositivos de testes de funcionamento da central e do Sistema.

8.4.2 Meios de Aviso (sinalização)

Os meios de sinalização devem ter as seguintes características:

8.4.2.1 Sinalizações Sonoras

Os alarmes sonoros devem ter características de audibilidade compatíveis com os


ambientes em que são instalados, devendo estar sempre próximo aos acionadores. O local
de instalação deve garantir que o sistema possa ser ouvido em qualquer ponto do ambiente
de instalação.

O volume acústico do som dos sinalizadores não poderá ser tal, que possa inibir a
comunicação verbal. No caso de falta de intensidade de som em um ponto distante deverá
ser aumentada a quantidade de equipamentos.

8.4.2.2 Sinalizações Visuais

As sinalizações visuais devem, a exemplo das sinalizações sonoras, estar instaladas sempre
junto aos acionadores de modo a garantir a visibilidade (Ver NBR 13434 para sinalização de
segurança).

8.4.2.3 Fonte de Alimentação/Baterias

Recomenda-se que a fonte de alimentação seja composta por unidade retificadora e bateria
de acumuladores elétricos. A unidade retificadora deverá ter tensão monofásica de
127/220V, e frequência de 60 Hz, devendo estas características adequadas a aspectos
regionais. Deverá ter ainda bateria do tipo selada com autonomia de 24 horas de
funcionamento em regime de supervisão e cinco minutos em regime de alarme de fogo.

8.4.2.4 Caixas de Relés

Os relés de controle devem estar preferencialmente instalados dentro do próprio quadro de


alarmes. Os relés a serem utilizados nas caixas devem ser próprios para operação em
corrente contínua, e devem ter contatos normalmente abertos e normalmente fechados, em
quantidades e características adequadas aos comandos a que serão destinados.

8.4.2.5 Condutores

Os condutores devem ter bitolas adequadas a cada caso, de acordo com a corrente e queda
de tensão admissível, e isolação antichamas compatível com a tensão a que estarão
submetidos. Todos os condutores devem ser convenientemente identificados.

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8.4.2.6 Infraestrutura (eletrodutos e circuitos elétricos)

Toda tubulação aparente dever ser em ferro galvanizado. A bitola dos dutos e dimensões
das caixas de passagem deve ser adequada ao número de condutores presentes nos
eletrodutos. As caixas de ligação devem ser de liga de alumínio fundido, com entradas
rosqueadas e tampas de vedação fixadas por parafusos.

8.5 SISTEMA DE COMBATE A INCÊNDIO

Código de Fonte
F, J

Os equipamentos de combate a incêndios são dispositivos manuais ou automáticos, fixos ou


móveis, ativos ou passivos, empregados em controle ou combate ao princípio de incêndio.

São responsáveis pela extinção de incêndios, proteção da vida e proteção do patrimônio, e


visam a combater o incêndio a fim de diminuir consideravelmente os danos diretos e
indiretos do fogo.

8.5.1 Extintores Portáteis e Sobre Rodas

Os extintores são dispositivos de combate a princípio de incêndio carregados com agentes


extintores.

O tipo de extintor deve ser determinado de acordo com o material a proteger. A quantidade
de unidades extintoras deve obedecer aos parâmetros recomendados pelas normas, que,
em princípio, dependem:

• Da área máxima a ser protegida em cada unidade extintora;


• Da distância máxima para o alcance do usuário.

Inicialmente deve-se atender ao regulamento oficial do Corpo de Bombeiros local e, na falta


deste, deve-se utilizar como padrão a NBR 12693.

A localização adequada dos extintores permite uma rápida intervenção para cessar o
processo de evolução do incêndio.

Ao posicionar os extintores de incêndio deve-se garantir:

• Que o acesso aos extintores seja fácil, levando-se em conta a portabilidade;


• Que sua localização seja bem distribuída para cobrir a área protegida;
• Que não haja obstáculos até o local de utilização;
• Que eles estejam próximos aos locais de entrada e saída.
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• Que eles não sejam localizados atrás de portas de rotas de fuga;


• Que estejam protegidos de intempéries e de ambientes agressivos com
excesso de calor, atmosferas corrosivas, maresias, vento e poluição.

A seleção correta desses equipamentos de proteção contra incêndio será responsabilidade


do projetista.

Para essa seleção, devem-se considerar os fatores a seguir:

• Classe de fogo que com mais frequência possa ocorrer no local a ser
protegido pelo extintor;
• Tamanho do princípio de incêndio que possa ocorrer e seu desenvolvimento
de calor e fumaça. Este último é um fator importante para a escolha de
extintor de maior capacidade extintora e alcance do agente extintor;
• Tipo de risco da edificação que é classificado em baixo, médio ou alto.

A tabela 8.2 abaixo mostra os tipos de agentes extintores e as classes de fogo a que se
aplicam.

Tabela 8.2 - Classes de fogo e agentes extintores

Agente Extintor
Classe de
Fogo Espuma Dióxido de Pó Pó
Água Halogenados
Mecânica Carbono BC ABC

A (A) (A) (NR) (NR) (A) (A)

B (P) (A) (A) (A) (A) (A)

C (P) (P) (A) (A) (A) (A)

D Deve ser verificada a compatibilidade entre o metal combustível e o agente extintor

(A) Apropriado à classe de fogo (NR) Não Recomendado à classe de fogo (P) Proibido à classe de fogo

8.5.1.1 Recomendações

Para combater princípios de incêndio em líquidos sob pressão ou gases, há extintores


específicos quanto à descarga do agente extintor. Recomenda-se extintor de pó de 4,5 kg de
massa e vazão de 0,450 kg/s, no mínimo.

Para combater princípio de incêndio em locais com obstáculo ao agente extintor, é


necessária a descarga simultânea de mais de um extintor acionado de pontos distintos a fim
de atingir o foco de fogo.
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8.5.2 Hidrantes e Canhões Monitores

São sistemas fixos e integrados, constituídos por reservatórios de água, bombas,


mangueiras, esguichos e conexões.

Os hidrantes devem ser colocados em pontos de livre acesso, de preferência próximos às


ruas. Caso necessário, devem ser estendidas derivações para hidrantes, a partir da rede de
incêndio, até aos pontos de fácil acesso.
As tubulações das redes de hidrantes devem atender os requisitos contidos no PNR-000090.

As unidades de processo devem ser protegidas por meio de hidrantes e canhões-monitores


fixos.

Deve ser prevista a aplicação de água para resfriamento das casas de compressores e
bombas, por meio de hidrantes e canhões, na área correspondente à projeção horizontal da
área destinada aos equipamentos.

8.5.2.1 Reservatório/Rede de Água para Combate a Incêndio

O projeto de reservatório de água destinada ao sistema de prevenção e combate de


incêndio deve seguir a especificação mais restrita, no sentido de garantir a segurança,
conforme diretrizes das normas NBR 13714, NBR 17505-7 e da Instrução Normativa do
Corpo de Bombeiros local.

Quando o reservatório atender a outras finalidades de abastecimento, suas tomadas de


água devem ser instaladas de modo a garantir o volume que reserve a capacidade efetiva
para o combate a incêndio. A saída da tubulação de água de combate a incêndio deve ser
feita pelo fundo do reservatório. A água de consumo deve ser tomada pela lateral, ou pelo
fundo, em uma altura superior ao nível de reserva técnica de água de combate a incêndio
desse reservatório.

A Reserva Técnica de Incêndio (RTI) deve ser calculada levando-se em conta a carga de
incêndio e a área do sistema de combate a incêndio, além do tempo de resposta do Corpo
de Bombeiros local ou mais próximo.

O suprimento de água para combate a incêndio deverá garantir o fornecimento de água por
três horas, conforme previsto na NBR 17505-7, para unidades de consumidores de gás
natural (GN), ou outra instalação de processo afastada de outros riscos, e por uma hora,
para estações de bombeamento de combustíveis líquidos sem tancagem.

A capacidade efetiva deve ser mantida permanentemente. Não é permitida a utilização da


reserva de incêndio pelo emprego conjugado de reservatórios subterrâneos e elevados.

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A construção do reservatório deve ser em concreto armado ou estrutura metálica. Os
reservatórios construídos em fibra devem ser totalmente protegidos por parede resistente ao
fogo.

Os reservatórios devem ser providos de sistemas de drenagem e ladrão convenientemente


dimensionados e independentes.

Quando o abastecimento é feito somente pela ação da gravidade, o reservatório elevado


deve estar à altura suficiente para fornecer as vazões e pressões mínimas requeridas para
cada sistema.

Quando o abastecimento for feito por bombas fixas de acionamento automático, estas
deverão estar ligadas a reservatórios ao nível do chão com a capacidade (Volume) mínima
de água, permanente e exclusivamente reservadas para o sistema de hidrantes, conforme a
exigência da legislação local (Municipal, Estadual ou Federal) devendo ser adotados os
requisitos mais restritos.

A rede de incêndio deve ser independente de outras redes de água e abranger toda a área
industrial, com ramais que atinjam pontos convenientes das áreas administrativas. Conforme
previsto na NBR 6493, a rede deve ser pintada de vermelho em toda sua extensão (ver EG-
M-402 para definição da pintura das tubulações e demais componentes)

8.5.2.2 Bombas de Incêndio

A bomba de incêndio deve ser do tipo centrífuga, e deve ser acionada por motor elétrico ou
combustão.

As bombas de incêndio devem ser utilizadas somente para este fim. Devem ser protegidas
contra danos mecânicos, intempéries e agentes químicos.

A bomba de combate a incêndio deve ser instalada em local seguro e afastada da área de
processo. Deve ser prevista partida manual, do local, ou remotamente, da sala de operação.

Quando a bomba de incêndio for automatizada, deve ser previsto pelo menos um ponto de
acionamento manual para a mesma, instalado em local seguro da edificação e que permita
fácil acesso, podendo ser na própria casa de bomba.

Devem existir válvulas de bloqueio localizadas de tal maneira que pelo menos dois lados de
uma malha que envolva quadras de processamento ou armazenamento possam ficar em
operação no caso de rompimento ou bloqueio de um dos outros dois. As válvulas de
bloqueio devem ficar em condições de rápido e fácil acesso para sua operação, inspeção e
manutenção.

O funcionamento automático deve ser indicado pela simples abertura de qualquer ponto de
hidrante da instalação.

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As bombas devem atingir pleno regime em aproximadamente 30 segundos após a sua
partida.

Devem ser instaladas, preferencialmente, em condição de sucção positiva.

Quando for necessário, a rede do sistema de hidrantes ou de mangotinhos deve ser mantida
devidamente pressurizada em uma faixa pré-estabelecida e, para compensar pequenas
perdas de pressão, uma bomba de pressurização (jockey) deve ser instalada, a qual deverá
ter vazão máxima de 20 litros/min.

As bombas principais devem ser instaladas preferencialmente em condições de sucção


positiva, e devem ser dotadas de manômetros para determinação da pressão em sua
descarga. Quando forem instaladas em condições de sucção negativa, deverão também ser
dotadas de manovacuômetro para determinação de pressão de sucção.

Nas edificações que tenham áreas de risco destinadas a produção, manipulação,


armazenamento, transferência e distribuição de gases e líquidos inflamáveis ou
combustíveis, e nas quais a bomba de incêndio dos hidrantes atenda aos sistemas de
resfriamento de líquidos e gases combustíveis ou inflamáveis e/ou sistemas de proteção por
espuma, é obrigatória a instalação de duas bombas de incêndio, sendo uma elétrica e a
outra movida com motor à explosão (não sujeita à automatização). Ambas as bombas
deverão possuir as mesmas características de vazão e pressão.

8.5.2.3 Tubulações e Conexões

A tubulação do sistema não deve ter diâmetro nominal inferior a DN65 (2 ½”).

Os tubos e conexões devem estar em conformidade com a EG-T-401, especificação C1F.

As conexões de ferro maleável devem estar em conformidade com a NBR 6925 ou a NBR
6943.

Os materiais termoplásticos na forma de tubos, conexões e acessórios somente devem ser


utilizados enterrados e fora da projeção da planta da edificação, satisfazendo os requisitos
de resistência à pressão e esforços mecânicos necessários ao funcionamento da instalação.

As instalações de PVC devem estar em conformidade com a NBR 5647-1/2/3/4.

8.5.3 Sistema de Espuma

Nas áreas de estocagem de líquidos e gases combustíveis e inflamáveis, são obrigatórios


sistemas de combate de incêndio com Líquido Gerador de Espuma (LGE) (Ver NBR-12615).
O princípio é o mesmo do sistema de sprinklers automáticos com adição de espuma. A partir
do acionamento de um ou mais bicos de sprinkler, a válvula libera água para o
abastecimento da rede. O diferencial, é que através de um proporcionador, uma espuma de
isolação de combustível é adicionada à água, aumentando a performance do sistema.

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8.5.4 Aspersores de água para incêndio (sprinklers)

A instalação de um sistema de sprinklers consiste basicamente de uma rede de bicos de


sprinklers adequadamente distribuídos e interligados por tubulações aéreas e conexões. A
rede deve ser fixada com suportes em quantidade suficiente, conf orme determinação das
normas NBR 10897 e NBR 13792.
A instalação de sprinklers deve atender as condições técnicas mínimas contidas na NBR-
6135.

O objetivo do sprinkler é extinguir um incêndio de maneira rápida e automática logo no


princípio, antes que o fogo se propague e provoque maiores danos. O sistema de sprinklers
automáticos atua na extinção do fogo na área, pela pronta e contínua descarga de água
diretamente sobre o material em combustão.

Os sprinklers são projetados na rede com espaçamentos regulamentados para cada tipo de
risco a ser protegido. Cada instalação, com um determinado número de sprinklers, é
controlada por uma válvula de governo e alarme.

Os componentes básicos dos bicos de sprinklers são: orifício de entrada, ampola (elemento
sensor) e o defletor.

O elemento sensível dos sprinklers é a ampola de vidro transparente, caracterizada pela sua
resistência e rigidez. Essa ampola e seu conteúdo são de natureza permanente e invariável,
e não sofrem alteração com a passagem do tempo ou condições atmosféricas. A ampola de
vidro é hermeticamente fechada e selada e contém um líquido altamente expansível e
sensível ao calor, capaz de exercer uma força de rompimento elevada. No caso de a
temperatura se elevar acima de um limite pré-determinado, a pressão criada pela expansão
do líquido rompe a ampola, dando passagem à água que se espalha ao chocar-se contra o
defletor, sendo espargida em forma de chuva sobre o foco de incêndio. Existem ainda, os
modelos de sprinklers nos quais o elemento sensor é constituído de um elo fusível metálico,
em substituição à ampola de vidro.

Os sistemas de sprinklers devem ser automáticos e possibilitar o seu acionamento via sala
de controle, além de possuir alarme local em áreas que tenham presença contínua de
pessoas.

Nenhuma tubulação de processo ou de outro equipamento deve ser interligada à tubulação


do sistema de sprinkler. Os sprinklers nunca devem ser pintados.

Deve ser instalado Sistema de Sprinkler para áreas de armazenamento de mercadorias em


geral atendendo aos requisitos contidos no PNR-000090.

As válvulas de governo são projetadas para atuar como um dispositivo de alarme de fluxo de
água em sistemas de sprinkler. Quando a água flui no sistema de sprinkler por causa da
operação de um ou mais sprinklers de incêndio automático, a válvula de verificação de

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alarme se abre, permitindo o fluxo contínuo da água no sistema, e a transmissão de um
alarme, tanto elétrica quanto mecanicamente.

8.5.5 Sistema de Água Super Nebulizada

É um sistema em que 99% do volume total de água são compostos por gotas de diâmetros
menores que 1.000 mícron, na pressão mínima de operação.
Também denominado “Water mist system”, caracteriza-se por aplicar a água sob a
forma de uma neblina muito fina e sem os danos usuais dos sistemas convencionais que
utilizam a água como agente extintor.

É projetado para manter uma nuvem de água em torno do equipamento protegido,


propiciando resfriamento e abafamento das chamas. Dessa forma, pode controlar a
combustão evitando, por um determinado período, que o calor no equipamento em chamas
danifique os equipamentos vizinhos, sem extinguir o incêndio ou fazendo a extinção no caso
de incêndios de pequenas proporções.

São adequados para as seguintes aplicações, entre outras turbinas a gás, reservatórios de
líquidos inflamáveis e cozinhas industriais.

8.5.6 Sistemas de Combate por Gases

São gases tidos como agentes limpos. Considerados como alternativos ao hálon, esses
gases apresentam as características de serem secos, incolores, não condutores de
eletricidade, além de não reagir ou alterar as propriedades dos materiais com seu contato.

Tendo em vista essas características, são utilizados para suprimir incêndios em ambientes
fechados tais como: Centro de Processamento de Dados – CPD; salas de equipamentos;
salas de controle; sala de servidores; salas de painéis elétricos, salas de testes de motores,
sites de Telecomunicação; salas de TI. O projeto de detecção, alarme e combate de
incêndio para salas elétricas de subestações deverá seguir as recomendações da ET-E-458
e do PNR-00015.

Os sistemas de combate por gases são realizados por meio da injeção de gases em um
recinto, fazendo com que o oxigênio seja reduzido, o ambiente resfriado e o incêndio extinto.

Os agentes limpos incluem os gases inertes Inergen e Argonite.

8.5.6.1 Gases Sintéticos - HFC-125

O agente extintor FE 25 faz parte da família de gases denominados agentes limpos,


conhecido comercialmente como: FE-25, Ecaro-25, NAF S 125 - nome químico:
pentafluoroetano. Ele é listado na norma americana NFPA-2001.

São adequados ao combate a incêndio em ambientes ocupados por pessoas e alto nível de
tecnologia, que não podem sofrer interrupção na sua rotina diária.
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O FE 25 é um agente químico com grande poder de extinção do princípio de incêndio e alta


performance hidráulica, o que ocasiona uma redução sensível na quantidade requerida do
gás e nos diâmetros das tubulações, proporcionando uma rede hidráulica com maior
flexibilidade de adequação aos layouts a serem protegidos.

A vantagem comercial do FE 25 será observada para a proteção de ambientes com grandes


volumes.

O FE 25 também é recomendado para a realização de retrofit em sistema de hálon 1301


existente. Nesse caso, pode ser aproveitada parte da estrutura existente, mediante a
realização de um novo cálculo hidráulico e a substituição dos difusores existentes.

8.5.6.2 Gases Sintéticos - FK-5-1-12

Conhecido comercialmente como: Novec 1230 (Nome químico: Fluoroketone - Listado pela
norma: NFPA – National Fire Protection Association;
Quimicamente o NOVEC™1230, também conhecido como FK-5-1-12, é uma fluorocetona,
que nas condições normais é um liquido pressurizado e armazenado com nitrogênio, incolor,
inodoro, não condutor de eletricidade e por não deixar resíduos é considerado um agente
“limpo”.

Efetua a extinção do fogo através do efeito de resfriamento, o fluido Novec 1230 trabalha
como um gás, ainda que seja líquido à temperatura ambiente. O fluido Novec 1230 é fácil de
manusear e transportar, pois não é armazenado ou transportado em cilindros pressurizados
ao sair da fábrica. Os sistemas com Novec 1230 permitem uma utilização mais eficiente de
espaço, quando comparados aos sistemas de gás inerte.

O Novec 1230 é um fluido de combate a incêndio altamente eficiente que pode ser usado
para aplicações de inundação em sistemas fixos de supressão de fogo.

Este gás é recomendado para salas elétricas.

9.0 ATENDIMENTO A PADRÕES NORMATIVOS DA VALE

Os ativos, componentes e diretrizes relacionados ao objeto deste documento deverão seguir


integralmente os padrões normativos de gestão, meio ambiente, segurança e integridade de
ativos da Vale (PNR). Caso eventualmente ocorra alguma divergência entre requisitos
estabelecidos neste documento e no PNR, este último deverá prevalecer.

Para este fornecimento, o fornecedor deverá atender os requisitos estabelecidos nos PNR-
000015, PNR-000016, PNR-000017, PNR-000036, PNR-000041, PNR-000090 e PNR-
000105.

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DÚVIDAS, CRÍTICAS OU SUGESTÕES


Para dúvidas, críticas ou sugestões relacionadas ao SPE, acesse a central online SPE Responde,
disponível no Portal de Projetos, ou utilize o endereço eletrônico spe@vale.com

Sua participação é fundamental nos processos de melhoria e manutenção do acervo do SPE.

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