Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
C~*.,A
**r
% * • !
**?
Jait
^#X ■fcML
b S*
T y p o g r a j )1 »ia
s«: ■
a@l
to £3*
-f
s
-V;"-'-
■■■■<
■ : " •
.-.' \
.\
». ' ■ , * } .
i w ••• '
*^ïe^&^JZ-^
v
^ r "o
Á,
Õk //,
e Li 'i.Yj
9 -° ■ r
y
HISTORIA
DO
DIREITO NACIONAL
POR
PARTE GERAL
PARTE ESPECIAL
Epocha embryogenica
Rio d e Janeira
T y p o g t a p h i a da E M P R E Z A D E M O C R Á T I C A E D I T O R A
149 - Rua do Hospício - 149
1885
Ce n'est pas seulement dans la suite des
faits, des événements, que consiste l'histoire
d'un peuple ; mais encore, mais surtout,
dans le développement de ses institutions et
de ses lois.
GlNOULHiAC:— Histoire générale du
Droit français.
PARTE GERAL
CAPITULO I
(1) H. Ahrens: Encyclopedia Jurídica; vol. 2' pag. 277 da trad, franc.
de Chauffard.
(2) Cit. Fragmentos Jurid.-Phil. pags. 67 a 72.
98
38
(I) Ginoulhiae diz á pag. 567 de sua obra: «Cette dernière collection
(as Extravagantes communs) avec les trois recueils officiels de Grégoire 9.%
de Boniface 8. e et de Clement 5. e , plus le Concile de Trente, forment
l'ensemble du Corpus Juris Canonici.^
Não nos parece perfeito este quadro ; preferimos o que deixamos traça-
do, inda que saibamos considerarem muitos autores como componentes do
Corpo de Direito Canonico as Constituições ou Decretaes de João 22 em
1325 e mesmo as dos pontífices seguintes até Sixto 4." Fundamo-nos em o
facto de não terem, geralmente, autoridade as Extravagantes de João 22 e
as Communs. Quanto ao Bularium, isto é, ás Decretaes que vieram de
Sixto 5.* por deante, não é preciso dizer que estão fora de questão, isto é
que não tem valor canonico reconhecido.
44
_
49
(1) Vid. C. Calisse, ob. cit; 1." vol. pag 231, e C. Cantu; ob. e vol.
cit. pag. 376.
50
bklo que a Lusitânia fez parte, logo após a invasão moura, do reino de
Oviedo ou de Leão fundado pelo godo Pelagio com o primitivo nome d e
Reino das Asturias. E. conforme observa Coelho da Rocha, os reis de Leão
j u n t a m e n t e com o sangue dos godos. conservaram os mesmos princípios
de governo, as mesmas leis e os mesmos costumes, com p e q u e n a s v a r i a -
ções. E' certo que autores diversos, e entre os portuguezes T h . Braga,
tém-se esforçado em salientar a influencia mosarabe na H e s p a n h a a t t i i -
buindo aos mouros a acção synthetisadora do civilismo romano com a inde-
pendência germânica. Mas a verdade é que Alexandre H e r c u l a n o , aliás s u s -
tentador do mosarabistno, excepciona da pretendida assimilação dos insti-
tutos sarracenos e hispano-godos a religião e a jurisprudência civil. ' H i s t ,
de P o r t . , tomo 3 a . pag. 195.) Julio de Vilhena, por sua vez. affirma q u e «o
predomínio arabe foi nullo no direito civil da p e n í n s u l a * embora deixasse
fundos vestígios em outros ramos da actividade hispano-gothiea. P a r e e e - n « s
ser esta a inilludivel v e r d a d e .
52
(1) Convém aqui reclamar a attenção dos que estudam sobre o seguinte:
Costumam os escriptores chamar Código Wisigothico. codex legum ou lex
xoisigotJiornm a collecção das leis barbaras desde Eurico até Mágica. Como
conseqüência le-se -freqüentemente que o Fuero Ju;go foi o código wisigothico
traduzido em hespanhol. (Víd. Coelho da Rocha, ob. cit. pag. 22 da 6 a . ed;
e Midosi, estudo publicado no Bulletin de la Société de Legislation Com-
parée, tom. I o pag. 162). Não ha duvida que é essa a verdade; mas cumpre
não confundir o Codex Legum ou wisigothico com o Corpus Legum ou Lex
romana wisigothorum, que, como ficou visto, designam o Código Alariciano
ou Breviano de Aniano—compilação que nada tem de commun) com o
Fiiero Ju;go. Xão é, pois, á Lex Romana Wisigothorum. mas sim á Lex
Wisigothorum ou Codex Legum, de Leovigildo, Reccaredo, Chindeswindo,
Receswindo e iEgica, que se podem applicar as palavras e conceitos de
Coelho da Rocha, quando aprecia a legislação goda na Hespanha.
10
(I) Releva notar que nesta divisão não foi, nem podia ser, nosso pen-
samento fazer crer no exclusivismo successivo das duas modalidades legis-
lativas. Entenda-se portanto que achámos o critério da nossa divisão na
predominância, e não na vigência exclusiva, de uma e outra daquellas
modalidades. Não podíamos esquecer que as leis geraes coexistiram desde
o século 13 com os foraes, e que estes atravessaram, mais ou menos modi-
ficados, toda a legislaçãs portugueia até quasi meiados do século actual.
76
foraes per bona pace et per bona voluntate, como o foral de Guimarães, dado
por D. Affonso Henriques; 2—Confirmação de costumes locaes em lei pro-
pria e independente, cartas de bono foro et de bona consuetudine, como o de
Viseu: «.Plaçait mihi ut facerem illis firmitati scripturamde bono foro et de
bona, consuetudine. etc». Taes eram as cartas de fir mi dam; 3—Foraes obtidos
por uma revolta communal, ou por compra como o foral de Cevadi: 4—Foraes
dados pela munificencia real como o foral de Santarém : Hoc facto vobis
propter servitium bonum quod mini fecistis et adhuc facietis ; 5—Foraes dados
por uma rivalidade e competência da jurisdicção senhorial, como o foral de
Cernancelhe dado por Egas Gundesendir o de Numão dado por Fernando
Menendiz: 6—Foraes em que se concedem privilégios a uma certa classe,
como o foral dos mouros forros de Lisboa, Alipada e Palmella, dado por
D . Affonso Henriques e D . Sancho; 7— Foraes adqueridos por uma ficção
da extensão das honras, como os foraes denominados de Amadigo : 8— Fo-
raes estabelecidos por contracto emphyteutico susceptives de remissão, como
todos os posteriores á reforma mandada fazer por D. Manoel.» {Hist, do Di-
reito Português, I a parte, cap. 3*, pags. 44 e 45.)
83
(1) As Cortes convocadas para Coimbra por Affonso 2* são as mais anti-
gas de que se tem noticia certa em Portugal. As assembléas que tinham esse
nome eram uma espécie de parlamento, chamado por vezes Consilium Gene-
rale, que se compunha de prelados, de nobres e de dois homens bons {boni-
homines] procuradores de certas cidades e villas e representantes portanto
H-
(!) No seu Ens. sobre a hist, do gov. e leg. de Port, o illustre profes-
sor coimbrão (que apenas leva suas explanações até 1842) divide a historia
externa do Direito Portuguez em 8 epochas : I a tempos primitivos até a re-
ducção da Hespanha a província romana ; 2a desde a occupação romana até a
invasão dos bárbaros ; 3 a — desde a invasão dos bárbaros do norte até a dos
sarracenos ou mouros ; 4a— desde a dominação moura até a fundação da mo~
narchia portuguesa ; 5a— desde a fundação do reino até a extincção da i' dy-
nastia portuguesa ; 6a--desde a eleição de D. João i° até a morte de D. Hen-
108
(2) Vid. Coelho da Rocha, ob. cit. e Mello Freire, Hist. Jur. que aliás
considera o Repertório obra de pouco merecimento.
"ill
(1) Ens. sobre a hist, do gov. e da. leg. de Port. 6a ed. pags. 180 e 185.
I
112
SECÇÃO 1*
EPOCHA EMBRYOGENICA
1500—*8«2
CAPITULO I
O Brazil : protoplasmia ethnico-juridica. — Peregri-
nismo do Direito Nacional
(1) Vid. cit. Rev. do Inst. Histórico e Geog; pags. 394 e 395.
(2) Vamaghen (Hist. Geral, 2. a éd. tom. t.° sec. 4. a ) falla eru
jurisprudência indiana quando se refere ás relações de familia e ás func-
ções dos morubi-chabs (chefes guerreiros) e dos Nhemongaba (conselhos
ou assemblèas) entre os tupis. Declarando, porem, que «a jurisprudência
indiana—si assim lhe pode chamar—reduzia-se a mui poucos principios>
não estende nem aprofunda a materia.
Id
146
(1) Glasson vae mais adeante, porque assevera que «lorsque les tribus
en guerre concluaient une trêve ou un traité de paix, elles donnaient et re-
cevaient des otages»—o que leva a crer que além do formalismo das decla-
ções de guerra e paz, outros actos que cabem na alçada do Direito das Gen-
tes eram praticados pelos selvagens.
148