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Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria - Índice
Introdução
Epílogo
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria - Introdução
O poder
Alguns de vocês ao lerem estes textos perceberão, com espantosa clareza, o
impressionante e histórico poder dos ensinamentos nele contidos.
Outros não.
Alguns de vocês reconhecerão as profundas implicações da tecnologia apresentada
nas páginas que se seguirão.
Outros não.
Para muitos, estes textos desencadearão uma transformação tão profunda que
modificará a realidade de suas vidas de uma maneira que talvez não ousassem
sonhar ou imaginar.
Para outros, ele vai parecer insignificante e falacioso.
Isso não é incomum nem imprevisível, pois sempre foi assim quando a sabedoria
cabalística foi revelada.
Um antigo adágio diz: Quando o discípulo está pronto, o mestre aparece.
Encontrando o Mestre
Quando encontrei pela primeira vez meu professor, o renomado cabalista Rav.
Yehuda Brandwein, em Jerusalém, me senti como se estivesse diante de alguém
que havia sido transportado diretamente da Idade Média, embora estivéssemos no
ano de 1962.
Sua aparência, seu comportamento e seu modo de falar eram obviamente de outro
tempo.
Era meu primeiro encontro com alguém que explorava extensamente os mistérios
da Cabala.
Embora eu próprio tivesse estudado teologia, tendo sido ordenado rabino e feito
pós-graduação em estudos rabínicos avançados, a cabala tinha sido uma área de
estudos proibida para mim.
Essa proibição não me incomodava pessoalmente, pois eu não tinha nenhum
interesse pelo assunto.
No que dependesse de mim, eu tinha mais chances de voar para a lua do que
entrar nos santuários do sabedoria cabalística.
E, apesar disso, lá estava eu, pela primeira vez na minha vida, prestes a conhecer
um autêntico cabalista.
Eu não tinha a menor ideia do que esperar.
Nem certeza do que poderíamos falar.
Sabia que ele nunca havia cursado uma universidade.
Na verdade, ele provavelmente jamais havia ouvido falar de Harvard.
Nunca havia recebido qualquer tipo de educação laica.
Jamais havia estudado ciências.
Sua única educação havia sido o estudo da Torá, da Bíblia, e da Cabala.
Minha única opção era falar sobre a Bíblia.
Foi o que fizemos.
A Fusão de Opostos
Essa especificidade, essa fusão de dois opostos, é a essência de todos os
ensinamentos cabalistas.
É também a chave para se chegar à nanotecnologia, o controle da matéria no nível
molecular.
Mas, naquele momento, eu não tinha a menor ideia de que essa dicotomia me
levaria a buscar e a encontrar a realidade suprema, que é o tema destes textos.
Nos anos seguintes, vi o relacionamento entre meu professor e os membros do
Sindicato florescer incrivelmente.
Simples trabalhadores, muitos dos quais analfabetos e sem instrução, amavam e
reverenciavam meu mestre com uma devoção que eu nunca havia visto ou
vivenciado antes.
Rav Brandwein estava tão longe do mundo deles como o norte está do sul.
Contudo, eles o acolhiam com um amor e um apreço que eu nunca imaginei que
pudesse existir, mesmo entre pessoas que pensassem da mesma forma e muito
menos entre pessoas antirreligiosas e ultraortodoxas, cujo relacionamento em
Israel era tão envenenado pelo ódio.
Ficou óbvio para mim que esse homem possuía uma influência mágica que lhe dava
a capacidade de criar as condições para que dois mundos opostos se encontrassem
em solo comum a ambos.
Isso não era mera tolerância, ou um tratado de paz entre duas facções em guerra,
o que, em si, já seria louvável em um lugar como Israel.
Mas aqui havia uma abundância de amor, uma reverência que fluía entre os dois
lados.
O que eu vi entre o meu mestre e as pessoas do Sindicato dos Trabalhadores foi
um amor que transcendia o interesse próprio e as necessidades individuais; um
amor sem preocupações com questões pessoais.
Era simplesmente pura emoção fluindo incondicionalmente.
A pessoa está falando de tudo o que está recebendo — não do que está dando.
Amar significa dar de si completamente, compartilhar incondicionalmente, sem nos
preocuparmos com o que iremos receber do relacionamento.
Não se trata de como a outra pessoa faz com que você se sinta, mas, isto sim, de
como você faz a outra pessoa se sentir.
Seu cuidado, sua preocupação e seu amor pela outra pessoa são incondicionais.
Absolutos.
Sem intenções ocultas.
Sem nenhum traço de interesse próprio.
No amor genuíno, o próprio ato de amar é a fonte do nosso prazer.
A grande maioria dos casamentos, relacionamentos e parcerias se baseia em
necessidades, não em amor.
Aprendi essa profunda lição com meu professor e com os relacionamentos que ele
havia construído em sua vida.
Um Árabe e Um Judeu
Lembro-me especialmente de um incidente ocorrido em 1967, quando Rav
Brandwein e eu estávamos estudando juntos.
Antes de mais nada, é preciso que você saiba que, em 1948, o leste de Jerusalém
era território árabe e que isso mudou após a Guerra dos Seis Dias, em 1967,
quando Jerusalém passou a ser parte de Israel.
Entretanto, entre 1948 e 1967 não era permitido aos árabes viajar à cidade de Tel-
Aviv.
Pouco depois do término da Guerra dos Seis Dias, um camponês árabe viajou de
Jerusalém a Tel-Aviv com uma pequena cesta de frutas para oferecer ao meu
mestre. E eu presenciei esse gentil árabe dizer ao meu mestre que havia esperado
desde 1947 para lhe trazer aquele presente.
Havia sonhado com aquele dia durante vinte longos anos.
Assim que a guerra acabou, se pôs imediatamente a caminho para visitar o meu
mestre.
Eu estava estupefato, para dizer o mínimo.
Por que motivo um camponês árabe passaria vinte anos sonhando em rever o meu
mestre e trazer-lhe uma cesta de frutas?
Acontece que, muitos anos antes, meu mestre havia oferecido ajuda e amizade a
esse homem em um momento de necessidade.
Na época, era inconcebível que um judeu auxiliasse um árabe.
Mas o meu mestre via somente a alma da pessoa, não a sua religião ou
nacionalidade.
Superficialmente, esse foi um simples ato de bondade por parte do meu mestre.
Simples atos de bondade entre pessoas acontecem o tempo todo.
Além disso, a amizade deles havia sido breve. Portanto, apenas o gesto de Rav
Brandwein de ajudar o camponês no passado não poderia explicar o motivo pelo
qual um árabe teria tão intensos e calorosos sentimentos com relação a ele,
sobretudo se pensarmos na extrema animosidade que dividia árabes e judeus
durante aqueles longos anos de violenta hostilidade.
Então o que havia de diferente naquela situação?
O que eu testemunhei não foi apenas uma boa amizade.
Quando vi como aquele homem olhava para o meu mestre e a alegria que sentia ao
dar-lhe as frutas, eu soube que estava presenciando uma espécie de amor que
nunca tinha visto anteriormente.
Então eu fiquei sabendo o porquê.
Meu mestre dera a esse homem amizade incondicional sem querer nada em troca.
Nada.
Olhou para a alma dele e lhe ofereceu amor gratuito.
Ele o amou sem ter um motivo em particular.
Não foi a ajuda recebida que havia tocado o árabe.
Foi o amor.
Quando uma pessoa oferece amor sem um pingo de interesse próprio, esse penetra
profundamente em quem o recebe, chegando ao seu âmago, além do que se possa
imaginar.
Isso pode se dar em um breve encontro, mas é um amor eterno.
Mais uma vez, testemunhei a total remoção do espaço que potencialmente poderia
separar duas pessoas.
Espaço?
Sim, espaço.
É espaço que cria a separação entre pessoas e culturas.
Espaço é o problema.
Naquele momento eu não percebi que isto tinha acontecido: eu havia acabado de
descobrir a chave da nanotecnologia da cabala e do sonho supremo da
Humanidade: A Imortalidade.
Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 1
A Promessa da Nano
Isso é de verdade?
À primeira vista, poderia ser feita a pergunta óbvia: Cabala e nanotecnologia —
ciência e religião —, não há aí uma incompatibilidade óbvia?
E como poderia a cabala ser uma tecnologia quando ela é, supostamente, um
aspecto sagrado da religião?
Realmente, essas questões são válidas.
Primeiramente, devemos fazer algo que a maioria de nós achará difícil: deixar a
religião fora disso.
A cabala não tem nada a ver com religião.
De acordo com os antigos sábios da cabala, Deus nunca impôs uma religião
organizada à Humanidade.
A religião é uma invenção do homem.
A religião é uma adulteração do poder que a Força da Luz de Deus deu à
Humanidade há três mil e quatrocentos anos no Monte Sinai.
A cabala não é uma religião, da mesma forma que a física quântica ou a Teoria da
Relatividade de Einstein também não são uma religião.
Princípios Universais
A cabala é universal, ou seja, revela as Leis Universais que regulam os invisíveis e
não visíveis de nossa realidade. A cabala acolhe todas as ciências e todas as
doutrinas espirituais verdadeiras.
Ela abrange posições e pontos de vista opostos e não reivindica ser a única
verdade.
A cabala é uma metodologia para identificar e unir todas as disciplinas, todos os
ensinamentos e todas as crenças, com a finalidade de revelar a verdade
subjacente.
O único propósito da cabala é satisfazer o nosso desejo humano básico de
alcançarmos felicidade profunda e plena satisfação.
O que, então, a cabala e a nanotecnologia têm em comum?
O que é Nano?
A palavra nano se refere ao nanômetro.
O nanômetro é uma unidade de medida que equivale a um bilionésimo de metro.
Se a matemática não é o seu forte, pense na quase inimaginável pequenez do uni
átomo, que é o bloco de construção do Universo.
Uma única gota de água contém seis sextilhões de átomos.
A nanotecnologia consiste em reduzir e construir coisas nessa escala diminuta.
Um alfabeto cósmico
Todas as palavras da língua inglesa se originam das mesmas vinte e seis letras do
alfabeto.
Esse número limitado de letras pode ser rearranjado em incontáveis palavras com
significados totalmente diferentes.
Imagine um estoque interminável de letras do alfabeto flutuando ao seu redor.
Você poderia pegá-las a qualquer momento e formar com elas qualquer palavra.
Seria possível apanhar as letras E I U O V C L e criar a palavra veículo.
Ou as letras Ç M A A e criar a palavra maçã.
Os átomos trabalham da mesma maneira.
Os átomos são o alfabeto do nosso mundo físico, combinados para criar todos os
tipos de matéria.
Átomos configurados de certo modo criam o ar que respiramos.
Combinados diferentemente, criam lixo tóxico.
Esses mesmos átomos rearranjados ainda de outra maneira criam as flores que
amamos.
Tudo o que vemos — das estrelas no firmamento aos grãos de areia na praia — é
feito do mesmo "alfabeto atômico".
Se pudéssemos realmente agarrar os átomos, poderíamos, teoricamente, criar
qualquer coisa que desejássemos.
Mas existe um problema: espaço!
Vivemos num mundo em grande escala no qual não podemos sequer ver os
átomos, muito menos tocá-los.
Se não podemos vê-los nem tocá-los, como poderemos manipulá-los?
Entram em cena os robôs.
Nanorobôs
Para resolver esse problema de espaço, os cientistas têm em mente a criação de
nanorobôs para ajudar a cumprir a promessa da nanotecnologia.
Esses minúsculos robôs teriam o tamanho de átomos.
Seriam programados para construir produtos átomo por átomo, molécula por
molécula: imagine as possibilidades!
Os nanorobôs poderiam pegar lixo comum, quebrá-lo e dividi-lo, até que todos os
seus átomos voltassem ao seu estado puro inicial. E utilizando como matéria prima
esses mesmos átomos desagrupados seria possível programar os nanorobôs para
construírem novos produtos, tais como roupas, alimentos ou máquinas para fazer
ginástica.
Seria como pegar um avião feito de bloquinhos de Lego, desmontá-lo, e usar os
mesmos blocos para construir uma casa.
O fim do lixo
Os nanorobôs poderiam ajudar este planeta a obter o máximo na reciclagem,
dando um fim à degradação e à poluição ambiental.
Por exemplo, hoje temos grandes indústrias produzindo bens de consumo a partir
de várias matérias primas.
Durante o processo de produção, todos os tipos de resíduos, incluindo refugos
tóxicos, são lançados no meio ambiente.
Nano fábricas, ou robôs poderiam produzir os mesmos produtos a partir de átomos
puros sem criar quaisquer subprodutos residuais.
E mais, esses átomos puros (blocos de construção) poderiam vir do lixo, da grama
cortada, do jornal de ontem, ou de qualquer forma de entulho proveniente da
empresa local de gerenciamento de refugos.
Refugos tóxicos pré-existentes poderiam se tornar inofensivos, simplesmente se
nanorobôs fossem enviados para recombinar os seus átomos em uma nova
configuração segura.
Super-Humano
Existe muito espaço vazio em nossos ossos.
Alguns peritos em nanotecnologia dizem que se pudéssemos injetar fibras de
diamante puro nesses espaços vazios, a resistência dos ossos suplantaria a do aço.
Através da nanotecnologia, o restante de nosso corpo também poderia ser
impregnado com a estrutura do diamante.
Os cientistas já calcularam que esse tipo de reforço do corpo baseado na estrutura
do diamante teria uma força de tolerância como a da gravidade.
Em outras palavras, uma pessoa poderia cair do alto de um edifício e sair andando
totalmente ilesa.
Nano imunidade
Centenas de minúsculos nanorobôs com a potência de um computador de grande
porte poderiam ser inseridos dentro de uma célula humana.
Eles poderiam patrulhar o corpo como se fossem um sistema imunológico artificial,
destruindo qualquer coisa estranha ao DNA das células, incluindo HIV, varíola,
doenças respiratórias, ebola, ou qualquer outro vírus.
O bioterrorismo não seria mais uma ameaça.
Vejamos algumas outras ideias circulando no campo da nanotecnologia.
Nuvens de Glória
Cientistas da Universidade de Rutgers estão pesquisando o desenvolvimento de
uma "névoa utilitária". Essa névoa não é feita de trilhões de gotas de água, como
uma típica névoa (fog) londrina. A névoa utilitária é feita de ar contendo trilhões de
nanorobôs, chamados "foglets", do tamanho de bactérias.
Cada um desses trilhões de robôs do tamanho de um micróbio teria o poder de
processamento de um computador de grande porte.
Essa névoa poderia preencher o cômodo de sua casa e ser praticamente invisível.
Esses trilhões de pequeníssimos robôs seriam capazes de reunir átomos e
moléculas poro construir móveis, alimento ou uma grande TV de plasma.
Essa névoa poderia baixar em um vilarejo remoto atingido pela fome e transformá-
lo em um paraíso, criando bonitas casas, mobília e um interminável fornecimento
de alimentos, simplesmente pela manipulação dos ilimitados átomos do nosso
meio.
A névoa poderia se infiltrar em uma cidade atingida por um furacão, reparando
lares destruídos, imóveis comerciais, árvores e ruas, de forma rápida e de baixo
custo.
O Segredo do Átomo
Trata-se da ligação
Os átomos se agrupam criando ligações entre eles.
Em termos simples, os átomos "se dão as mãos".
Quando dois ou mais átomos se conectam, eles formam uma molécula.
As moléculas são os blocos de construção de toda a matéria física, desde os jacarés
até as abobrinhas.
Os átomos ligados uns aos outros constituem a molécula
A Promessa da Nano
Através da nanotecnologia os átomos podem ser unidos novamente de forma muito
mais eficiente.
Podemos, em teoria, construir produtos, átomo a átomo, criando materiais com
uma força extraordinária de ligação que evitará que esses produtos se desgastem.
E se os átomos não "soltarem as mãos" uns dos outros, se as ligações não se
romperem, as moléculas não morrerão.
Os nanotecnólogos nos prometem uma bola de tênis que nunca deixará de quicar,
sapatos que nunca se desgastarão, roupas que nunca se esgarçarão e corpos
humanos que poderão ser regenerados constantemente.
E se, por qualquer motivo, as ligações atômicos se romperem, os nanorobôs
poderão estar lá, reparando o dano, colhendo novos átomos do ar e usando-os para
consertar o que foi quebrado.
Os nanorobôs poderiam realizar cirurgias delicadas em um nível atômico, de
maneira milhares de vezes mais precisa do que o mais habilidoso cirurgião
manejando um bisturi.
Sem cicatrizes!
Eles poderiam regenerar fígados ou desfazer tumores perigosos, átomo a átomo.
Nanorobôs aerotransportados poderiam reconstruir a camada danificada de ozônio
ou transformar lixo atômico em novos elementos inofensivos.
Resumindo
A nanotecnologia se refere à fabricação de coisas em escala de átomos e moléculas.
Os nanorobôs manipulam os átomos e, utilizando--os em estado puro, podem criar
qualquer coisa, incluindo novas partes do corpo, camadas de ozônio e utensílios
domésticos.
Os átomos são imortais.
Eles nunca se desgastam.
Somente as ligações entre os átomos é que se rompem, causando a "morte" das
moléculas, a qual se manifesta como desgaste, envelhecimento e deterioração.
Os cabalistas nunca ficam intrigados com "De que maneira as coisas acontecem?".
Na verdade, estão treinados para perguntar "Por quê?"
Por que foi criado o mundo físico?
Por que o Big-Bang ocorreu antes de tudo?
O que existia antes de que houvesse até mesmo um Universo?
O que causou a existência do átomo?
Talvez a mais importante pergunta prática relacionada com a nanotecnologia seja:
o que faz com que os átomos deixem de se dar as mãos?
E uma vez encontrada a resposta a essa pergunta, será que poderemos encontrar
um meio para superar a morte e criar um mundo de paz e de plenitude sem fim?
Meus amigos, não existem perguntas mais importantes do que essas.
Quando o mundo souber as respostas, o significado de nossas vidas será revelado.
E em seguida a tecnologia para criar nada menos do que um mundo de paz e
imortalidade estará ao alcance da Humanidade.
Então, vamos agora viajar ao passado e descobrir o que havia antes que o Universo
sequer existisse.
Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 2
O assunto da Criação foi tratado extensamente em muitos dos livros que escrevi. Portanto,
apresentarei aqui um breve e condensado relato para fornecer o contexto para o tópico da
nanotecnologia.
Uma segunda e mais importante razão para apresentar o processo da Criação de uma
maneira simples se relaciona diretamente com uma lição que me foi ensinada por meu
mestre, Rav Brandwein.
Ele dizia que, se algo é muito complexo e difícil de se entender, é bem provável que não
seja verdadeiro.
A verdade é sempre suficientemente simples para que até uma criança pequena possa
entender.
De acordo com os antigos cabalistas, quando toda a verdade puder ser suficientemente
simples, a ponto de ser entendida por qualquer um, chegaremos à aurora de nossa
redenção.
É por isso que estou tão empolgado com estes textos.
Pela primeira vez na história, a natureza da Criação e da realidade podem ser expressas de
uma maneira simples.
Infelizmente, a maior parte do tempo, quando uma verdade simples nos é apresentada, não
conseguimos entendê-la. Estamos condicionados a complicar demais a nossa vida, a
gravitar em direção ao caos.
Fomos ensinados que, se algo é complicado, exigindo muito esforço intelectual, deve ser
verdadeiro.
Essa noção errônea se coloca entre nós e o glorioso destino que nos espera. Lembre-se: a
verdade sempre será simples.
O Começo
De acordo com a cabala, tudo começou com uma infinita força sem limites chamada Luz.
Não se trata da luz do sol ou de uma lâmpada.
É uma Luz específica, não detectável pelos cinco sentidos.
É a mais elevada e pura forma de Luz que existe.
É, em essência, uma brilhante e impressionante energia.
A cabala nos conta que essa energia esteve presente bem no princípio — antes da
existência de qualquer forma de matéria, antes até mesmo do Big-Bang e do aparecimento
do Universo.
O Zohar, o mais importante livro da cabala, explica que essa Energia da Força da Luz era
infinita, sem fim, preenchendo todos os cantos da realidade.
É conhecida como "a Causa de todas as Causas".
No princípio não havia espaço ou tempo.
Havia apenas Luz.
A Substância da Luz
Essa interminável expansão de Energia da Força da Luz é a origem e a fonte da felicidade e
da plenitude que a Humanidade vem procurando através dos séculos. Da mesma maneira
que a luz do sol contém todas as cores do arco-íris, a Luz que brilhava antes da criação
física de nosso Universo continha todas as formas de prazer e plenitude desejadas pelo
homem.
Tenha em mente que todas essas formas de felicidade não são o tipo de prazer que
experimentamos com os nossos cinco sentidos, os quais refletem apenas uma fração
microscópica da alegria original, que está além do alcance da mente humana.
Esse mundo infinito conhecido como a Realidade da Árvore da Vida incluía a imortalidade,
uma vez que a morte e a escuridão não podem coexistir com a Luz.
A Realidade da Árvore da Vida é a nossa verdadeira origem e fonte.
Por essa razão, nós, na condição de seres humanos, nos empenhamos vinte e quatro horas
por dia para adquirir felicidade e paz de espírito.
Por isso detestamos o caos e desprezamos a dor.
Sentimos saudades de nossa casa e isso nos leva a buscar a felicidade, de maneira
incansável e determinada, vida após vida.
Sir Isaac Newton disse que o grande filósofo Platão, quando escreveu sobre o Mundo das
Ideias, estava tomando emprestado essas idéias dos antigos cabalistas e da Realidade da
Árvore da Vida.
O mundo platônico e a Realidade da Árvore da Vida são semelhantes.
Em ambos, uma realidade oculta dá origem a tudo que percebemos em nosso mundo físico
e à toda conexão espiritual que nos traz felicidade.
A cabala usa a metáfora da Luz porque, da mesma maneira que a luz contém todas as cores
do espectro, a Luz da Realidade da Árvore da Vida contém toda a alegria, o conhecimento, a
sabedoria e a felicidade, que nos trazem plenitude.
Neste ponto os alunos geralmente fazem a pergunta: de onde veio a Luz?
A Origem da Luz
De acordo tanto com Einstein como com o estimado cabalista do século XVI, Ray Isaac Luria
(o Ari), o contínuo espaço-tempo é uma ilusão.
De acordo com a física moderna e com o antigo texto cabalista do Zohar, o contínuo
espaço-tempo veio a existir no momento do Big-Bang.
Antes desse evento cósmico, espaço e tempo não existiam.
Daí, não se pode fazer perguntas que incluam os conceitos de antes ou depois em se
tratando de questões que precedem a Criação física.
O contínuo espaço-tempo é um aspecto de nossa realidade física, e, como tal, não tem
lugar no mundo conhecido como Árvore da Vida.
Assim, os cabalistas nos dizem que começo ou fim não existem no Infinito Mundo da Luz.
A Luz sempre esteve lá.
A Luz está acima dos conceitos de espaço e tempo.
Uma vez que isso elimina a relevância dos termos começo, meio e fim, talvez a melhor
pergunta a fazer seja: Qual é a Fonte da Luz?
De acordo com os cabalistas, a Luz é erradiada de uma Fonte Divina que chamamos de O
Criador, ou Deus.
Os cabalistas não fazem nenhuma tentativa de discutir Deus diretamente.
Em vez disso, referem-se à Energia que emana de Deus.
A razão é lógica e simples: diz-se que a emanação de Luz é infinita.
Assim, a Luz contém toda a alegria e o conhecimento que o ser humano deseja, incluindo a
imortalidade e a felicidade infinita.
A mente humana, com sua consciência racional limitada, não pode sequer compreender
inteiramente a noção de infinito, quanto mais levantar a questão de onde o infinito possa
vir. Portanto, enquanto habitarmos nesta realidade física, com nossos corpos finitos
equipados com cérebros finitos e mentes racionais, não poderemos nos aprofundar na
natureza de um Deus que tanto transcende como emana o próprio fenômeno da infinitude.
Bronzeado ou Queimadura
Essa aparente limitação pode ser comparada à luz do sol.
A luz solar provê a todos nós de vida.
Contudo, não nos conectamos diretamente com essa verdadeira fornalha nuclear que é o
nosso sol.
Em vez disso, são os raios que dele emanam que nos dão a energia para sustentar a vida
no nosso planeta.
Não podemos tocar na fonte da luz do sol, pois seríamos obviamente queimados; nem
podemos nos aproximar dela demasiadamente, pois seríamos incinerados.
A fornalha solar é demasiado poderosa.
Mas os raios que emanam dessa bola celestial flamejante curam, acalmam, nutrem e
impregnam a Humanidade com a vida, desde que nos mantenhamos a uma distância
razoável dessa fonte.
Assim, encontramos agora nosso ponto de partida: Luz.
É Luz a fonte e a corporificação da pura plenitude e da existência.
A Natureza da Luz
A Luz que emana do Criador tem uma característica singular: compartilhar, dar, conceder
sua beneficência.
A fim de expressar essa natureza, a Luz criou o Recipiente, uma entidade cuja única
essência e natureza fundamental era a de receber.
Todas as almas que posteriormente se transformariam na Humanidade — unidas em um
único todo como as células de um corpo — formaram esse grande Recipiente, cujo único
propósito era o de receber o prazer infinito da Força da Luz.
Nesse ponto existiam apenas duas forças na Criação: a primeira é a Força positiva de Luz
fluindo para fora, que em termos científicos pode ser designada pelo símbolo (+), como
uma carga positiva ou força de repulsão.
A segunda força é a do Recipiente, a entidade recebedora, com sua carga negativa
designada pelo símbolo (-), a força de atração.
Até aqui o que emerge da descrição do Zohar sobre a Criação é o começo de um modelo
atômico que precede o da física moderna atual em cerca de vinte séculos.
A Força da Luz positiva (+) está relacionada com a carga elétrica positiva de um próton,
enquanto a força negativa do Recipiente (-) se refere à carga negativa do elétron.
Essas duas forças elementares se encontram no coração do Cosmos físico, sendo que os
cabalistas concordam que ambas permeiam também o Cosmos metafísico. Ainda há uma
terceira e misteriosa força, a partícula subatômica que a ciência ainda não compreendeu
totalmente.
Refiro-me, naturalmente, à partícula subatômica conhecida como o nêutron. Juntos, o
nêutron, o próton e elétron formam o átomo, o bloco de construção básico de nosso
Universo físico.
Consciencia
Em nossa existência física, material, tendemos a ver a energia como uma força, um
combustível e um poder motivador.
Entretanto, a energia da Força da Luz a que o Zohar se refere está também impregnada
com uma inteligência incomensurável.
De fato, consciência pura é a própria essência e a substância da energia conhecida como
Força da Luz.
A inteligência motivadora da Força de Luz é o pensamento com a intenção de compartilhar
infinita beneficência e bondade com o Recipiente.
A inteligência motivadora do Recipiente é a de receber e assim, tornar-se o recebedor dessa
Divina doação.
Portanto, a Primeira Causa absoluta em toda a Criação é consciência, especificamente a
intenção consciente de conceder plenitude sem fim incondicionalmente.
Isso levou à criação de uma segunda força, a entidade conhecida como o Recipiente, cuja
verdadeira essência e natureza fundamental é a consciência de receber absolutamente. E
isso, por sua vez, levou a um relacionamento perfeito, a Causa e o Efeito originais: a
consciência do compartilhar incondicionalmente da Luz é a Primeira Causa e a consciência
do Recipiente — a de receber e desfrutar a Luz — é o Primeiro Efeito.
Aqui temos uma relação ideal, unificado, conhecida na cabala como O Mundo sem Fim,
Mundo Infinito ou Realidade da Árvore da Vida.
A cabala descreve esse Mundo infinito repleto de plenitude como uma entidade unificado e
completa.
Vamos, agora, investigar essa unicidade por meio de uma metáfora.
Quando nos voltamos para o Zohar para encontrar as respostas, ele responde de uma
forma tão chocante quanto profunda.
Nosso lapso de memória ocorreu por programação, foi planejado.
Mas não pelo Criador.
Foi nosso próprio projeto, nossa própria ideia.
O conjunto das almas da Humanidade solicitou que todas as lembranças do Mundo sem Fim
fossem apagadas de nossa memória.
E isso, querido leitor, foi precisamente o que aconteceu.
E, como qualquer um pode ver perfeitamente, funcionou.
Não temos nem a mais tênue lembrança da vida no Mundo sem Fim — exceto talvez uma.
Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 3
Porque esquecemos
Numerosos volumes de manuscritos cabalísticos descrevem etapa por etapa o
processo que levou à Criação de nosso mundo, incluindo a formação de átomos,
moléculas e almas humanas.
Os cabalistas através dos séculos devotaram vidas inteiras ao estudo desses livros
para compreenderem o processo da Criação, de forma muito semelhante a dos
cientistas procurando entender as leis da física.
O mais perceptivo estudo cabalístico é conhecido como As Dez Emanações
Luminosas — o qual apresenta insights geniais do talentoso mestre cabalista Isaac
Lúria (o Ari) e de Rav Yehuda Ashlag, que foi mestre do Rav Brandwein, meu
mestre.
Esse profundo estudo descreve e define o processo completo da Criação.
Entretanto, aqui vemos uma significativa diferença entre a cabala e a ciência.
A História da Criação contada pela cabala pode ser simplificada de modo que
qualquer um, jovem ou velho, possa começar a entender o motivo de estar neste
mundo.
Em resposta à pergunta "Por que esquecemos?", os antigos textos da cabala
oferecem uma explicação simples, que revela, passo a passo, o seguinte:
- Porque o mundo físico foi criado.
- Porque estamos aqui.
- Porque há escuridão e sofrimento neste mundo.
- Porque esquecemos tudo a respeito da Luz e do Mundo sem Fim.
Embora o que segue seja apresentado de maneira simples, não se deve subestimar
a profundidade de cada conceito.
Quando tudo isso foi originalmente explicado pelos cabalistas cerca de dois mil anos
atrás, foi considerado misticismo pelos que não eram versados no assunto.
Hoje, é chamado ciência.
O Problema do Receber
É compreensível que enquanto o Mundo sem Fim permanecesse sem mudanças, o
Recipiente continuaria a receber e jamais teria a oportunidade de expressar e
tornar real seu potencial divino.
Sua capacidade inata de compartilhar permaneceria dormente e sua ânsia de imitar
a Luz permaneceria insatisfeita.
Enquanto o Recipiente continuasse a receber da Luz, nunca poderia alcançar
felicidade absoluta.
Essa situação também impediu a Luz de alcançar a sua meta de conceder irrestrita
bondade ao Recipiente.
Claramente, alguma coisa teria que mudar para que ambos, a Luz e o Recipiente,
pudessem atingir a felicidade perfeita e eterna.
Como dois mundos opostos, duas formas opostas de consciência — compartilhar e
receber — poderiam se juntar de maneira que ambas pudessem estar totalmente
felizes?
Como poderia o Recipiente receber e, assim, fazer a Luz feliz e, por sua vez, como
poderia o Recipiente compartilhar para tornar a si mesmo feliz?
Como esses dois objetivos opostos poderiam ser atingidos?
Exercitando o Compartilhar
O enorme esforço e trabalho que foram exigidos do Recipiente para resistir e fazer
cessar completamente o receber libera sua herança divina.
Resistir ao receber é o método para ativar a consciência de compariilhar que ainda
não se manifestou.
Em outras palavras, se seu pai é o Michael Jordan e você herdar o talento dele para
o basquete, nem por isso você acertará uma cesta de três pontos no momento em
que sair do ventre de sua mãe.
É preciso aplicar um esforço e uma energia enormes para desenvolver e expressar
qualquer talento inato que possamos ter.
Habilidades, talentos e dádivas dadas por Deus estão sempre em estado potencial
quando somos crianças.
Devemos ativar nosso potencial interno através de um esforço monumental, de
anos de treinamento, de exercícios e de horas de práticas.
O ato do Recipiente de resistir a essa Luz — completamente - é a ginástica, o
treinamento e a prática que lhe permitirá manifestar o seu Gene de Deus: a
consciência de compartilhar.
O Nascimento de uma nova Consciência
A esta altura, o Recipiente é abençoado com uma nova forma de consciência: a
consciência divina de compartilhar incondicionalmente.
Nesse mesmo instante algo mágico acontece: os opostos se fundem e se tornam
um.
Os cabalistas explicam como essa mágica acontece. Ela tem dois estágios.
Primeiro, o Recipiente precisa encerrar totalmente a sua natureza de receber
resistindo à Luz.
Quando todos os traços de receber foram erradicados de sua natureza, o Gene de
Deus será automaticamente ativado.
A consciência de compartilhar estará plenamente desperta dentro do Recipiente.
Equipado com a recém-nascida consciência de compartilhar, o Recipiente está
agora em condições de compartilhar incondicionalmente.
Agora ele tem uma natureza idêntica à da Luz.
Conhece, tem as sensações, sente o gosto da consciência de compartilhar que
agora permeia todo o seu ser.
No entanto, há mais um obstáculo a ser transposto.
A Força da Luz de Deus ainda quer que o Recipiente receba toda a bondade que ela
deseja conceder.
Mas agora há uma solução notável para resolver o problema.
Nessa etapa, quando o Recipiente para de receber a Luz e reativa a sua natureza
de receber, ocorre algo profundamente diferente.
O Recipiente tem uma nova percepção e uma nova forma de consciência de
receber: a consciência de Deus.
Agora, quando o Recipiente recebe, é na verdade um ato de compartilhar.
O ato de receber foi transformado em uma força ativa de compartilhar.
Continua
É isso
Marcelo
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 4
O sem-teto e o avarento
Sal Fishman era sem dúvida a pessoa mais mesquinha da cidade.
Era também muito rico e extremamente arrogante.
Uma noite, saindo do seu escritório, ele viu um sem-teto acampado na calçada.
Normalmente Sal ignoraria tal cena.
Mas nessa noite Sal Fishman, se achando muito piedoso, para seu próprio e
desavergonhado entretenimento, jogou, de forma descortês, algumas moedas para o velho
homem enquanto passava por ele.
Então, algo aconteceu que Sal nunca poderia ter previsto.
O velho devolveu-lhe as moedas.
Polidamente as recusou: "Eu prefiro ganhar a vida à minha maneira. Mas em todo caso eu
lhe agradeço."
Provavelmente pela primeira vez em sua vida Sal se sentiu desconcertado e surpreendido
pela clara dignidade do sem-teto.
Sal respondeu:"Veja, eu sou um homem rico, essas moedas significam muito mais para
você do que para mim."
Ainda assim o velho recusou: "Por favor, não leve isso para o lado pessoal. Aprecio a sua
bondade, mas eu me sinto na obrigação de resolver do meu modo esta má situação em que
me encontro. Não posso aceitar o seu dinheiro."
Envergonhado, agora, por dores de humilhação, Sal começou a transpirar.
Sentia-se desconfortável e com o orgulho ferido como nunca se sentira anteriormente.
Pegou o seu talão de cheques, e preencheu um cheque com uma grande quantia em
dinheiro, o assinou e o estendeu para o velho esfarrapado.
Suplicou-lhe que aceitasse a caridade.
Mas o homem novamente permaneceu firme em sua recusa: 'Não posso receber esse
cheque. Posso não ter dinheiro, mas tenho respeito por mim mesmo. Por favor, não tire isso
de mim. Perdoe-me, mas não posso aceitar o seu generoso presente. Eu sei que você
entenderá."
Foi quando Sal ficou verdadeiramente mortificado, como se todos os anos de seu
comportamento vergonhoso de autoindulgência explodissem na sua cara.
A dor e a angústia de Sal não passaram despercebidas pelo sem-teto.
De bom coração e perceptivo, ele subitamente sentiu que tinha o poder de eliminar o
sofrimento daquele homem rico: "Por favor, senhor, ouvindo o meu coração mudei o meu
pensamento. Vou aceitar o seu dinheiro e fico profundamente agradecido pela sua
generosidade."
Para seu próprio espanto, Sal Fishman sentiu uma irresistível sensação de alívio, seguida de
uma grande satisfação, difícil de descrever, diferente de tudo que lhe acontecera
anteriormente.
E pensar que sentia isso porque um sem-teto finalmente concordara em aceitar dele, como
presente, uma quantia apreciável de dinheiro!
Sal Fishman, maravilhado, olhou para o homem que estava na calçada, fez uma saudação
com o chapéu que usava, e foi embora respeitosamente.
Essa história nos leva a uma questão importante: quem realizou o ato de compartilhar?
Sal Fishman ou o sem-teto?
Ao receber o dinheiro, o sem-teto estava compartilhando o presente, que lhe era oferecido,
com o homem rico.
Em termos cabalísticos isso se chama Receber para Compartilhar.
Quando o ato de receber concede prazer ao doador, receber se transforma em compartilhar.
O notável é que naquele momento da doação o sem-teto também recebeu o que
necessitava.
Foi possível para ele receber o dinheiro sem perder a dignidade, porque seu ato era
genuinamente um ato de compartilhar.
Incondicional e sem interesses próprios ocultos.
Inicialmente, o desejo de Sal de compartilhar não era genuíno.
Ele não acreditava que pudesse, ele próprio, receber beneficio ao dar caridade ao pobre
homem.
Pelo contrário, Sal se achava virtuoso.
Suas ações eram frias, indiferentes, presunçosas e hipócritas.
Mas ele estava recebendo alguma coisa ao jogar as moedas para o sem-teto, pois tinha
interesses próprios ocultos.
Estava alimentando o seu ego às custas do pobre homem.
E confrontado com a resposta digna que dele recebeu, Sal perdeu a pose, tomado de
vergonha.
Repentinamente, parou de desejar alimentar seu ego.
Queria realmente dar, incondicionalmente. E quando o fez, sentiu, primeiro, o alívio da dor
que o atormentava, e em seguida a alegria de dar incondicionalmente, sendo que passou a
ter respeito por alguém que havia considerado desprezível.
Aqui se encontra o paradoxo extremo: no instante em que Sal não quis receber nada por
sua ação, tornou-se capaz de receber o que realmente precisava. Igualmente, quando o
sem-teto se dispôs a sacrificar o próprio senso de dignidade, com a finalidade de
compartilhar, ele pôde receber não apenas a satisfação por aliviar Sal de sua dor, mas
também, a significativa ajuda de um presente em dinheiro.
Abaixo da Superfície
Como você pode constatar, não é a ação física que é o importante.
O que determina tudo é a consciência que está por trás da ação.
Fomos condicionados a focalizar unicamente o comportamento físico das coisas, no nível
superficial, ao invés da consciência por trás de uma propriedade física. Exploraremos essa
noção importante com detalhes um pouco mais adiante.
A Meta do Recipiente
Depois de remover todos os aspectos de receber do seu ser interno, o Recipiente ativa a
consciência de compartilhar.
Nessa nova consciência de compartilhar — o Desejo de Receber para Compartilhar— o
Recipiente se dá conta de que agora compartilha com o Criador quando recebe dele sua
bondade ilimitada.
E também, ao exercer um enorme esforço para resistir e remover todo o receber, o
Recipiente se torna a Causa de sua própria felicidade.
De que maneira?
O Recipiente, literalmente, faz um acordo com a Luz, dizendo: Não compartilhe nem uma
gota de felicidade comigo até que eu, Primeiro, resista e pare todo o receber.
Sob os termos desse acordo, a felicidade do Recipiente passa a depender unicamente do
seu próprio esforço e trabalho.
Se o Recipiente não remover sua natureza receptora, nunca atingirá a felicidade. Portanto,
o Recipiente torna-se a única Causa e assim, o criador de sua própria felicidade.
Além disso, quando o receber é totalmente eliminado, e o gene de compartilhar é ativado, o
Recipiente pode continuar a Receber para Compartilhar.
Ambos os desejos herdados do Recipiente são agora atendidos: o Desejo de Compartilhar e
o Desejo de Ser a Causa de sua própria felicidade.
Tudo depende da capacidade do Recipiente de parar de receber apenas para si mesmo.
Vamos agora voltar ao Mundo sem Fim, o Mundo Infinito e ao mais importante evento que
aconteceu na história do Cosmos: a tentativa do Recipiente de remover todos os aspectos
do receber de sua natureza.
O Ato de Resistência
O Recipiente sabia que deveria então cessar completamente seu Desejo de Receber.
Esse foi o primeiro passo.
E esse é o estágio seguinte no processo da Criação.
O Recipiente, literalmente, resistiu ao fluxo de Luz.
Disse: Pare!
Esse ato é chamado de RESISTÊNCIA.
O Poder da Resistência
Ao resistir à Luz, o Recipiente deixa de ser um receptor.
Desativou eficazmente o seu Desejo de Receber.
Isso significa que o Gene de Deus, de compartilhar, agora pode ser ativado e que o
Recipiente pode se unir novamente à Luz e, assim, ambas as partes ficam felizes e
satisfeitas.
É mais que óbvio, contudo, que não vivemos em um mundo de felicidade sem fim, onde a
morte não mais existe.
Ao contrário, nos encontramos em um mundo que é o oposto da realidade em que
originalmente nascemos.
A Humanidade se acha mergulhada até o pescoço em um mundo de escuridão, onde a força
da morte continua a eliminar a felicidade, a alegria e o amor de nossos relacionamentos e, é
claro, de nossas vidas.
A morte rege todas as partes de nossa existência e isso provoca a pergunta: por quê?
O Resíduo
Imagine-se despejando leite em um copo.
O leite é uma metáfora para a Luz e o copo representa o Recipiente que recebe a Luz.
Se você resistir à vontade de tomar o leite e subitamente, em vez de beber, esvaziar o
copo, vai observar algo pouco comum: um pequeno resíduo de leite permanece no copo.
Foi isso que aconteceu no Mundo Infinito.
Quando o Recipiente executou o seu ato de resistência, foi uma ação corajosa, heroica, que
bloqueou noventa e nove por cento da Luz.
Mas um pequeno resíduo permaneceu.
A única tarefa que restou para o Recipiente foi a de resistir ao remanescente um por cento,
e uma etapa a mais de resistência foi exigida.
Entretanto, depois que noventa e nove por cento da Luz havia desaparecido, essa fase final
não poderia ser realizada na divina iluminação do Mundo Infinito.
Ao retirar-se, a Luz deixou um vácuo, um espaço desocupado, um único ponto de escuridão
microscópico e circular.
O surgimento desse ponto de escuridão marca o aparecimento de nosso Universo físico há
aproximadamente quinze bilhões de anos.
A Origem do Big-Bang
Quando o Recipiente resistiu ao Divino Fluxo de Energia, a Luz se retirou.
Consequentemente, noventa e nove por cento dela desapareceu.
O que ficou foi um espaço vazio, um pequeno pontinho de escuridão em um resíduo de Luz.
Esse pontinho microscópico é o nosso vasto Universo.
O remanescente resíduo de Luz é o nosso Sol, as estrelas, as galáxias, as nebulosas, as
nuvens interestelares de poeira, o gás hidrogênio, o plasma e o fundo de radiação cósmica
que permeia o cosmos.
O ato de resistência do Recipiente e a subsequente retirada da Luz é o famoso Big-Bang,
que para a astrofísica marca o nascimento do Cosmos.
Estilhaçamento do Recipiente
O evento conhecido como o Estilhaçamento do Recipiente criou a maravilhosa ilusão da
pluralidade.
Todos os pedaços de almas espalhados poderiam, agora, interagir entre si e continuar
avançando, com a tarefa gigantesca de resistir à sua natureza inata de receber enquanto
aprendem a compartilhar.
Você e eu, e todo mundo que você conhece, somos partes individuais do Recipiente
despedaçado, que é a nossa verdadeira origem.
O trabalho de resistir e erradicar o aspecto remanescente de negatividade de nossa
natureza é um processo gradual, etapa por etapa, que acontece ao interagirmos com outras
almas e com nosso meio ambiente.
Ele ocorre em estágios crescentes e não de uma única vez, como aconteceu no primeiro ato
de resistência, porque agora nos encontramos em um mundo de tempo, espaço e
movimento.
Cada uma das incontáveis centelhas de almas em nosso mundo é agora responsável por
contribuir com a sua porção de resistência para o objetivo geral.
Vamos agora examinar essa ideia um pouco mais de perto e ver como ela atua neste
mundo caótico onde nos exaurimos o tempo todo.
Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 5
O nascimento do Átomo
O átomo, o bloco de construção do cosmos, é um subproduto direto do Recipiente
estilhaçado.
Como discutido no texto anterior, a Luz que emana do Criador esteve sempre presente
antes do Big-Bang.
A única entidade criada ex-nihilo (do nada) foi o Recipiente.
E esse Recipiente recém-criado tinha três aspectos.
O primeiro aspecto do Recipiente é que ele incorporava a consciência de receber carregada
negativamente e conhecida como o Desejo de Receber.
O segundo é que ele herdou o DNA de Deus, a consciência carregada positivamente de
compartilhar.
E o terceiro é que ele tinha livre-arbítrio, o qual exerceu quando escolheu resistir à Luz para
interromper todo o receber.
É importante entender bem essa dinâmica de três aspectos antes de continuarmos a leitura.
Ela contêm o segredo para alcançar a imortalidade e, como descobriremos nos textos
posteriores, é a parte essencial da nanotecnologia cabalística.
A Síndrome de Babilônia
A dificuldade de conciliar a ciência com a cabala se encontra em um acontecimento
específico conhecido como a Torre de Babel, que aconteceu há muitos séculos.
A Bíblia conta que há quatro mil anos aproximadamente o mundo inteiro falava uma única
língua, o hebraico.
Essa língua compartilhada dava a todos, em todos os lugares, a capacidade de se
comunicarem uns com os outros, e assim perceberem e compreenderem a realidade
verdadeira em cada nível da existência, incluindo o mundo subatômico e o plano metafísico.
Do ponto de vista cabalístico, isso significa que as pessoas com a mente voltada para a
ciência, para a espiritualidade e para a filosofia falavam a "mesma língua", e assim
compreendiam — profunda e claramente — as verdades encontradas em cada uma dessas
disciplinas.
Criavam harmonia entre essas formas de sabedoria, o que as tornou capazes de controlar
todos os níveis do mundo, tanto o natural quanto o metafísico.
A Bíblia nos conta que as pessoas na Terra se rebelaram contra o Criador.
Elas decidiram construir uma cidade (Babilônia) e uma torre que poderia atingir o Céu, para
lhes permitir manipular o domínio da realidade, tanto o material como o espiritual.
A única grande força dessas pessoas era a sua absoluta unidade, tão intensa que Deus não
teve como evitar que construíssem a torre que poderia atingir o Céu.
O único recurso de Deus foi quebrar essa unidade, e ele o fez confundindo a língua delas,
criando outras setenta línguas. Esse evento deu origem aos vários idiomas falados em
nossos dias.
"O Mundo Vindouro, Binah (Mundo Superior) é chamado "Ondas", pois tudo já existe nele.
Mas a forma com que se expressa em Malchut (Mundo Físico) é como o movimento das
ondas do mar — que vão e voltam.
Por isso Malchut é chamada de "Filha das Ondas."
À medida que a onda se aproxima da escala da realidade física, o macrocosmo, ela começa
a assumir uma natureza mais material, possuindo uma carga negativa ou receptiva, dando
origem à matéria física.
(A forma como essa transformação de onda em partícula acontece e o papel da consciência
humana nesse processo são temas que estão além do objetivo destes textos.)
O Zohar descreve, então, essa força de consciência de receber negativa como a filha das
ondas.
Filha se refere ao feminino, indicando a carga negativa receptiva de um elétron. Além disso,
filha representa o nascimento da materialidade, a mãe dando à luz uma filha.
Assim, a expressão filha das ondas refere-se ao momento em que a onda se torna uma
partícula negativamente carregada.
Os físicos nos apresentam o mesmo modelo do elétron, conhecido como a dualidade onda-
partícula.
Isso se refere à descoberta de que um elétron se comporta tanto como onda quanto como
partícula, espelhando a descrição do Zohar do aspecto de receber do Recipiente que
constitui parte do nosso Universo.
Mais uma vez temos duas descrições de um único fenômeno, criando assim uma separação
entre a ciência e a cabala.
Natureza Humana
O modelo Recipiente-átomo é também modelo de um ser humano em um nível espiritual e
comportamental.
O ser humano é composto de três elementos ou três aspectos da consciência:
1. O corpo físico/ego, cuja natureza egoísta é a de receber — o aspecto dominante de nossa
consciência.
2. A essência espiritual/alma, cuja natureza é a de compartilhar — o aspecto
potencialmente divino de nossa natureza, oculto, não manifestado.
3. O livre-arbítrio para escolher resistência e compartilhar no lugar de receber.
Alguns de nós estamos familiarizados com a ideia de uma Segunda Voz que ataca a nossa
mente racional, influenciando esse terceiro componente — o livre-arbítrio. Essa voz algumas
vezes parece ter completo controle sobre nossos pensamentos e impulsos, tornando difícil,
se não impossível, escolhermos a resistência.
Muitos confundem essa Segunda Voz com a própria voz, pois sequer sabem que essa
Segunda Voz existe, e portanto, permitem que ela sabote suas vidas.
Infelizmente, todos nós experimentamos isso diariamente em nossa vida. Repetidamente,
sabemos que certa atividade ou comportamento é prejudicial ao nosso bem-estar, porém a
Segunda Voz nos compele a buscar essa negatividade de qualquer maneira, frequentemente
contra os nossos próprios desejos.
Ou então, prometemos para nós mesmos fazer algo que sem dúvida alguma terá um efeito
positivo, benéfico em nossa vida. E é um compromisso genuíno, verdadeiro, com nós
mesmos. Porém, a Segunda Voz assume o controle sobre a nossa mente racional e nos
convence a não cumpri-lo.
Os cabalistas, profundamente cientes dessa característica única da consciência humana,
escreveram muito a esse respeito.
Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 6
Trajando Máscaras
Quando o Recipiente se estilhaçou em pedaços, essa fragmentação criou outras entidades,
ou centelhas, com as quais poderia interagir.
Mas ele não estava desinformado.
É obvio que ele sabia que estaria interagindo consigo mesmo.
Assim, para não reconhecer as outras centelhas criadas pela fragmentação como partes de
si mesmo, cada uma dessas faíscas recebeu um disfarce para usar, um traje, a fim de criar
a ilusão de indivíduos distintos e separados.
Esse disfarce é chamado ego.
É a consciência do ego que faz com que você e eu tenhamos a impressão de estarmos
separados, de sermos distintos dos demais.
É uma máscara projetada para nos impedir de reconhecer a nós mesmos em todos os que
encontramos.
Se reconhecêssemos, seria fácil resistirmos ao um por cento final do receber, e passarmos a
compartilhar.
Mas isso apresentaria um tremendo problema pelas seguintes razões:
O Adversário
Saber e vivenciar o que significa compartilhar da maneira como o Criador o faz é algo que
precisa ser conquistado, merecido.
E para isso, precisamos jogar contra um adversário de porte.
No jogo do resistir e do compartilhar não dá para roubar.
O risco de perder campeonato após campeonato, vida após vida, tem que ser real — até
mesmo se incluir a própria morte.
Assim, a Luz fez o ego — uma entidade poderosa, totalmente egoísta, corrupta,
autocentrada — que pode nos oferecer um desafio enorme neste jogo chamado vida.
A cabala se refere a essa força egocêntrico como O Adversário, um termo que apareceu
originalmente nas páginas da Bíblia, especificamente no Antigo Testamento, na Torá.
Adversário é a tradução da palavra Satan no hebraico original.
Do ponto de vista da cabala, Satan não é a criatura demoníaco retratada no mito religioso e
no folclore.
É o que está implícito no seu nome: um adversário, projetado para desafiar a espécie
humana no nível de sua consciência.
O Adversário é a força consciente, inteligente, que se manifesta especificamente como o
ego humano.
E foi trazido à existência com o único propósito de nos testar, desafiar e enganar, de tal
modo que resistir à sua influência seja uma tarefa difícil, quase impossível. Cada
pensamento, cada emoção humana, cada sentimento que nos consome todos os dias é
causado pela consciência dominante do Adversário.
O Gene Egoísta
O nascimento do Adversário na consciência do Recipiente é a raiz do muito comentado e
controvertido conceito científico conhecido como o Gene Egoísta, postulado em 1970 por
Richard Dawkins em seu best seller com o mesmo nome. Dawkins diz que os genes são
inerentemente egoístas, servindo aos seus próprios interesses e que o corpo humano é
meramente o instrumento deles para assegurar a sua própria sobrevivência.
A cabala não é contra esse ponto de vista, porém vai mais além, considerando o gene como
um efeito e não como a suprema Causa.
Para tanto, a cabala aborda o mundo da consciência.
Assim, de uma perspectiva, o gene é simplesmente o meio do Adversário assegurar a sua
existência contínua e propagar mais egoísmo no mundo, de pleno acordo com o seu papel
de desafiar a consciência da alma humana.
Da mesma maneira, o corpo humano é simplesmente um veículo para a consciência do
Recipiente cumprir a sua meta de superar o egoísmo.
De acordo com o Zohar, a existência do corpo permite aos aspectos altruísticos de nossa
consciência combaterem a consciência egoísta do Adversário em um campo de jogo
compacto: o corpo humano.
A Alma Distraída
Foi o Adversário que nos levou ao esquecimento de nossas origens, e é o poder dele de
superar a nossa consciência que nos impede de, sequer, detectar a sua existência.
Essa situação se agrava com as nossas próprias dúvidas e com a desconfiança que sentimos
em relação à possível existência do Adversário.
Ironicamente isso também é um resultado direto da enorme influência que ele exerce sobre
nossas vidas e sobre toda a realidade física.
Ele bloqueia a Luz e a verdade a respeito de sua existência, da mesma forma que uma
cortina em uma sala bloqueia a luz do sol.
Todas essas condutas questionáveis e enganosas são parte do jogo do livre-arbítrio, o que,
é claro, significa que temos também o livre-arbítrio de rejeitar todas as ideias acima.
A suprema verdade sobre o Adversário se encontra unicamente em nosso ser mais
profundo.
Enquanto você lê estas palavras, a lógica da cabala é filtrada através do ego, a primeira
linha de defesa. E isso geralmente constrói uma barragem de dúvidas e incertezas que
serve para impedir que você detecte a verdade, a qual permanece oculta atrás de sua
consciência do ego.
Por esse motivo, muitos de nós conduzimos um debate interno cada vez que somos
apresentados a um novo princípio cabalístico.
Uma parte de nós reconhece o poder e a sabedoria de cada ideia, outra parte expressa
dúvidas e ceticismo.
A Consciência Reativa
Outro modo de definir o ego é Consciência Reativa, a fonte do comportamento reativo.
O comportamento reativo pode vir em resposta a coisas positivas ou negativas que
acontecem em nossa vida.
Talvez você tenha reagido a um insulto perdendo a compostura.
Ou, quem sabe, tenha reagido a um elogio sentindo-se subitamente muito bem acerca de si
mesmo.
Em ambas as circunstâncias seus sentimentos não foram gerados dentro de sua própria
consciência, pois a verdadeira consciência de sua alma foi subjugado pela consciência do
seu ego, que compeliu você a reagir a uma força externa, seja essa força externa outra
pessoa ou um conjunto de circunstâncias.
Falando claramente, quando você age em nome do ego, você sempre é o Efeito, nunca a
Causa.
Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 7
O Propósito da Vida
Minha afirmação anterior de que as almas da Humanidade vêm a esta realidade
física para resistir ao um por cento restante de desejo de receber significa, em um
nível mais prático, que viemos para resistir aos impulsos reativos do nosso ego.
Cada um de nós que caminha por este mundo físico tem uma missão específica;
cada um de nós tem reações egocêntricas às quais precisa resistir e tem que
controlar.
Todos os acontecimentos em nossas vidas — bons ou maus — são simples gatilhos
que podem ser ativados por nosso ego e nos levar a uma reação.
Se reagimos, perdemos uma valiosa oportunidade de resistir.
Se reagimos, as influências metafísicos do Adversário e os poderes de manipulação
do ego tornam-se mais fortes.
O resultado é que o trabalho que viemos fazer aqui se torna muito mais difícil de se
realizar.
Nossa vida fica um pouco mais escura quando as forças do caos se tornam mais
fortes.
E o fim do jogo, a remoção do caos deste mundo, é adiado.
Se, entretanto, aprendermos a resistir ao ego, permitindo que ele morra pouco a
pouco devido à dor que sentimos ao não reagir, nos tornaremos proativos.
E, assim, chegaremos mais perto do objetivo de eliminar o um por cento restante
da consciência reativa de nossa natureza.
Isso significa que nos aproximaremos — assim como o mundo inteiro — da Luz e
dessas metas de tão difícil compreensão: a nanotecnologia e a imortalidade.
Tudo em nossas vidas, todas as pessoas (família, amigos, inclusive inimigos), todas
as oportunidades perdidas, todas as ocasiões de boa sorte inesperada, são todas
partes intrincadas de um grande obstáculo projetado para provocar o ego e nos
estimular a reagir.
Tudo serve para atender a esse amplo objetivo.
A tarefa iminente do Adversário — nossa consciência egocêntrico reativa — é
impedir que reconheçamos a verdade, é esconder de nós o significado da
existência, de tal maneira que nosso sangue continue a ser derramado e nossas
lágrimas continuem a ser vertidas.
Relatividade
A cabala não está de forma alguma pedindo que todos nós nos transformemos em
um Gandhi, em um Moisés, em uma Madre Tereza de Calcutá, ou em qualquer
outra alma santa que se dedicou a viver em benefício dos outros.
Tais expectativas irrealistas não se coadunam com a cabala.
Em vez disso, os cabalistas afirmam que cada um de nós veio a este mundo com
uma tarefa específica, uma certa dose de resistência (baseada em nossa situação
pessoal e débitos cármicos anteriores) que pode ser aplicada contra nossos
impulsos egoístas.
Isso é conhecido na linguagem da cabala como Tikun, que significa correção dos
efeitos e das sementes de nossos comportamentos egocêntricos anteriores.
Cada um de nós precisa alcançar uma determinada medida de mudança de caráter.
Cada um de nós tem uma dose específica de consciência egoísta, uma quantidade
particular de egoísmo que deve constatar e erradicar.
Fim do Jogo
O objetivo do ego, por outro lado, é expandir nosso egoísmo e aumentar sua
influência sobre nossas vidas.
Assim, a vida serve a um grande propósito: nos opormos ao ego e removermos
tanto egoísmo e interesse próprio quanto possível em nosso cotidiano.
Quando uma massa crítica de mudança for atingida, teremos cumprido o nosso
objetivo na vida, e então nossa existência se tornará uma satisfação sem fim.
E mais, o Zohar nos diz que quando certo limiar for atingido em escala global, a
tarefa suprema de remover o um por cento da consciência de receber (egoísmo)
que restou será finalmente concretizada.
A imortalidade e a felicidade eterna se tornarão a nova realidade nesta dimensão
física.
O Poder da Resistência
O Zohar oferece ao praticante da cabala uma técnica poderosa para desativar a
reatividade.
Chama-se resistência.
O Recipiente originalmente aplicou essa técnica quando resistiu à Luz no Mundo
Infinito, alcançando assim noventa e nove por cento do seu obletivo.
Estamos aqui para completar o saldo do trabalho, o que, na prática, significa
resistir aos nossos desejos egoístas e reações impulsivas.
O ego não é quem realmente somos.
É uma ilusão perpetuada pelo Adversário para ocultar sua presença em nossa vida.
É uma ilusão tão poderosa, que nos motiva a trapacear, roubar, apunhalar pelas
costas, brigar, machucar, lutar e matar nossos próprios vizinhos, os quais, na
realidade, representam outras partes de nossa alma, pois somos todos nós
descendentes do Recipiente Único.
O Mecanismo do Compartilhar
Existe um meio particularmente poderoso de exercermos resistência ao longo de
nossa vida: realizar atos genuínos, desconfortáveis, de compartilhar.
Por que uma ação de compartilhar é considerada um ato de resistência?
Receber é nosso estado natural e o estado natural do Recipiente.
Entretanto, a consciência inata de receber foi amplificado pela existência do
Adversário, o gene egoísta.
Quando forçamos nosso corpo a mudar a sintonia e a entrar no modo de
compartilhar, estamos resistindo a cada impulso, a cada desejo de reagir, a cada
anseio impulsivo que tipicamente o governa.
Essa é uma das razões pelas quais a cabala defende as ações de compartilhar.
Isso não tem nada a ver com moralidade, ou ética, ou com qualquer outro ideal
nobre.
Compartilhar genuinamente requer um ato de resistência, e cada ato de resistência
é um passo a mais para se completar a tarefa de atingir os cem por cento de
resistência. Compartilhar é apenas uma ferramenta, um meio para um fim.
Compartilhando com outros, estamos chegando mais perto de atingir nossa própria
felicidade eterna.
Novamente nos confrontamos com o supremo paradoxo: quanto mais nos
preocuparmos com o bem-estar dos outros, mais rapidamente receberemos as
respostas para as nossas próprias orações e a plenitude que nos trará felicidade
duradoura.
A Arte de Compartilhar
A consciência conhecida como ego está constantemente focada em seu próprio
interior, pensando em apenas uma coisa: O que eu posso lucrar com isso?
Portanto, compartilhar com outra pessoa se torna um desafio quase impossível.
Como acabamos de ver, é enfrentando esse desafio que fazemos evoluir o gene de
compartilhar que herdamos de nosso Criador.
Compartilhar é muito difícil e extremamente desconfortável, e isso atende ao
valioso propósito de garantir que o ato positivo seja derivado de um autêntico ato
de resistência.
De acordo com a cabala, se você por acaso achar o compartilhar uma tarefa fácil,
tudo indica que é o seu ego que provavelmente está motivando esse seu
comportamento positivo, não a sua alma.
Para saber se isso está mesmo acontecendo, aqui está uma pista: se os seus atos
de compartilhar lhe trazem elogios, uma melhor reputação, um jantar em sua
honra, uma placa em sua homenagem, ou seu nome numa ala de um hospital, esse
não é o verdadeiro compartilhar.
Um ato verdadeiro de compartilhar acontece somente quando subjugamos nosso
egoísmo e nossa ganância, quando o doador sente desconforto e quando nenhuma
outra parte, incluindo amigos e colegas, sabe que praticamos a ação positiva.
É preciso primeiro, antes de mais nada, nos darmos conta de que nosso foco está
totalmente dirigido apenas para nós mesmos e para nossos próprios interesses,
para que então possamos rejeitá-los e, assim, escolher compartilhar independente
do que nosso ego está nos dizendo.
Essa é a origem do antigo ditado: "Deves ser generoso até doer."
Não se trata, aqui, de um código moral.
Pelo contrário, é uma tecnologia muito avançada, de ponta, como veremos adiante.
A tecnologia da Luz
A Luz é definida como a toda felicidade que buscamos em nossas vidas.
A Luz está em todo lugar, impregnando cada centímetro de nosso Cosmos, desde
as regiões mais distantes das profundezas do espaço até as profundezas internas
de nossas almas.
Toda vez que você prova uma refeição de um gourmet, toma um cafezinho, ouve
sua música favorita, brinca com os seus filhos, se envolve em uma relação de
amor, tem o prazer de assistir a um bom filme, fecha um bom negócio, recebe uma
promoção, come um bom chocolate suíço, toma um gostoso banho de sol tropical,
passeia no parque, cheira uma flor, mergulha em água fresquinha num dia quente,
diverte-se com amigos, tira uma soneca numa rede, inventa algo útil, compõe uma
linda canção, pinta um quadro, aumenta seu conhecimento, deleita--se com uma
ópera, dança, bebe, ou simplesmente tem prazer com qualquer uma das coisas
simples da vida, você encontra a Luz.
Todas essas sensações agradáveis são expressões da Força da Luz de Deus.
O que pode surpreendê-lo é que você também pode encontrar a Luz sempre que
você recriminar o seu filho, fraudar o seu sócio em um negócio, se vingar de um
inimigo, fizer fofoca sobre seus amigos, reagir com raiva, enganar sua esposa, ou
der troco a menos para um cliente.
Se alguém roubar um banco e tiver prazer com isso, esse prazer também é definido
como Luz, por mais controverso que possa parecer.
Esse é o ponto de partida, o ponto específico onde a cabala difere de outros
ensinamentos espirituais.
Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 8
A Lei da Atração
O conceito da cabala conhecido como a Lei da Atração foi discutido pela primeira
vez em textos cabalísticos há cerca de quatro mil anos.
A partir de então, vem sendo descrito com frequência e o encontramos desde o
século XVII, nos trabalhos de Isaac Newton, até os dias de ho¡e nos livros que
constam das listas dos mais vendidos.
Mas há muitos mal-entendidos em relação à dinâmica dessa Lei Universal.
O Rav Yehuda Ashlag, professor do meu mestre, escreveu muito sobre a Lei da
Atração e os perigos associados a não entendê-la realmente.
De fato, esse grande cabalista nos diz que, enquanto não entendermos as
implicações da Lei da Atração, não teremos o domínio da sabedoria da cabala.
A Lei da Atração é a chave para destrancar os segredos da cabala e o código para
se entender seus ensinamentos.
O Rav Ashlag explica a Lei da Atração da seguinte maneira: quando duas coisas são
semelhantes, elas são consideradas próximas.
Quanto mais semelhantes forem, mais próximas estarão.
Quando elas são idênticas na forma, isso resulta em completa unidade entre as
duas.
Da mesma forma, quanto mais duas entidades forem diferentes, maior é a distância
entre elas.
A separação existente entre a Luz e o Recipiente (Deus e a Humanidade) é uma
consequência direto de suas naturezas diametralmente opostas.
A Luz compartilha enquanto o Recipiente recebe.
Deus dá bênçãos, enquanto as almas da Humanidade procuram recebê-las.
A Força da Luz é uma forma positivamente carregada da consciência de
compartilhar, enquanto o Recipiente é uma forma negativamente carregada da
consciência de receber.
Assim, fica imediatamente claro que o único meio de se remover o espaço entre a
Humanidade e a Força da Luz do Criador é remover, antes de tudo, a única
característica que produz essa separação.
E essa única característica é o receber.
Descobrimos agora uma razão mais ampla e profunda pela qual o Recipiente
precisa deste mundo físico para remover de sua consciência o restante um por
cento do aspecto de receber.
Uma vez que ele for removido, o Recipiente estabelecerá automaticamente
afinidade, conexão e unidade com a Força da Luz do Criador devido à Lei da
Atração.
Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 9
Os ventos da mudança
Os nanotecnólogos de nossos dias estão desafiando essa tendência, desafiando o
pensamento convencional ao conceber uma realidade onde a nanotecnologia pode
liberar as forças da imortalidade e da transformação física.
Os ventos da mudança parecem estar varrendo nosso planeta, à medida que novas
ideias e objetivos elevados começam a aparecer em campos como a medicina, a
biotecnologia, a nanotecnologia e outras ciências.
Como descobriremos nos textos a seguir, a cabala nos fornece os ingredientes
necessários, as peças que faltam nesse quebra cabeças e que tornarão a
nanotecnologia um instrumento seguro, prático e uma realidade autêntica em
nosso tempo.
Mas para alcançar isso, precisamos confrontar o nosso velho antagonista, pois ele
não se renderá sem luta.
Astutamente, o Adversário nos dará bastante gratificação egoística para nos
subornar e nos impedir de desejar algo muito melhor do aquilo que as lojas de
departamentos, a Bolsa de Valores, os vendedores de automóveis e as imobiliárias
nos podem oferecer.
Esse antigo oponente estimula nosso ego, de modo que nos sentimos inteligentes e
bem-sucedidos sempre que acabamos nos contentando com menos.
Enquanto isso, o mundo continua o mesmo.
Nos conformamos com a ganância do ego e agarramos o que podemos, aceitando
uma vida curta, cheia de caos, em vez de escolher a ganância da alma e ter como
meta a alegria sem fim, a felicidade e a imortalidade.
Nosso mundo é a Terra dos Diamantes. E da mesma forma que Dusty, nos
esquecemos por que viemos aqui, que é resistir ao nosso deseio egoísta, identificar
e erradicar todas as nossas características negativas reativas, matar o ego de
inanição e compartilhar.
Toda vez que recebemos algo só para receber, acabamos com uma vela sem valor
nas mãos. Toda vez que compartilhamos, ganhamos um diamante.
Você poderá se surpreender ao ouvir que cada traço negativo que possuímos é um
diamante valioso. E que cada traço positivo é uma vela sem valor.
Por quê?
As nossas características negativas nos dão a oportunidade de resistir e, assim,
concluir a tarefa que viemos realizar neste mundo.
Esquecemos o motivo de estarmos aqui. E, então, o que fazemos a vida inteira?
Procuramos elogios e honrarias para nossas características positivas.
Buscamos atenção para todos os nossos bons atributos e os exibimos
orgulhosamente a todos.
Ignoramos e negamos todas as nossas características negativas egocêntricas, sem
perceber que elas são cortinas que escondem a verdadeira riqueza que pode nos
satisfazer além de nossos mais ousados sonhos.
Exaltamos nossas virtudes para todos os que encontramos. "Olhe o bem o que fiz!";
"Eu sou uma pessoa tão boa."; "Sou tão bom com os outros."; "Veja como sou
inteligente."
Não somos muito bons negociantes neste Jogo da Vida.
Em vez de agarrar diamantes preciosos e encher nossos bolsos com eles,
apanhamos a cera sem valor.
Talvez, finalmente, possamos nos tornar mais sábios e perceber que está na hora
de sermos mais gananciosos.
Desativar nosso ego e resistir a todas as nossas reações é a maior forma de
ganância que existe.
Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 10
Definindo Compartilhar
Como já vimos, compartilhar verdadeiramente quer dizer que primeiro somos
egoístas.
Ou seja, significa que inicialmente desprezamos o pensamento de dar algo a outra
pessoa. Mas no momento em que resistimos a essa consciência egoísta
predominante e apesar de tudo darmos algo a alguém, estamos praticando um
verdadeiro ato de compartilhar e assim removendo uma parcela do um por cento
restante de consciência reativa de nossa natureza.
O Zohar nos diz claramente que compartilhar é uma tarefa difícil.
Para que seja um compartilhar genuíno, tem que ser desconfortável e incluir uma
autêntica mudança de natureza.
A Causa da Morte
De acordo com o Zohar, a morte é o apogeu de uma vida reativa e a serviço do
ego.
Entretanto, com amplas evidências apontando o câncer, os ataques cardíacos, os
acidentes de trânsito e os assassinatos como os culpados, como poderíamos aceitar
a explicação aparentemente simplista da cabala?
Além disso, de que maneira o ego torna-se o causador da morte?
Essa é uma noção tão radical, uma transformação tão grande de consciência, que
será difícil inicialmente para a mente racional nela penetrar, devido em grande
parte ao nosso Adversário.
Assim, vamos ver mais de perto a dinâmica da morte.
A Energia Permanece
Embora a desconexão da Luz resulte na morte, a Luz do Criador, a fonte de nossa
força vital, brilha constantemente.
Pense na eletricidade, que está sempre presente em nossa casa, mesmo quando a
luz de uma luminária estiver apagada porque retiramos o fio da tomada.
E a Força da Luz nunca muda, mesmo que nossas vidas pareçam se consumir
firmemente em cada vez mais caos e escuridão.
É exatamente isso que há séculos a Humanidade não consegue compreender.
As pessoas lamentam, choram e perguntam em voz alta: Onde está Deus?
A verdade é que Deus nunca partiu.
A Luz nunca mudou; ela continua a brilhar da perspectiva da Realidade da Árvore
da Vida.
É apenas em nosso mundo, devido à distância que criamos entre nós e a Fonte da
Luz, que somos vítimas da ilusão de mudança.
Essa distância — causada pelo nosso contínuo comportamento, que é o oposto ao
da Luz — pode ser comparada a uma série de cortinas.
Se uma cortina é colocada em frente à fonte de luz, o quarto fica mais escuro.
Cortinas adicionais tornam o lugar cada vez mais escuro.
E se no final acrescentarmos ainda mais cortinas, o local ficará completamente
escuro.
Isso é a morte.
Mas a fonte de Luz permanece constante.
Somente de nossa perspectiva é que o quarto parece escuro.
O Caminho do Cabalista
Ao longo dos séculos, os cabalistas e seus alunos diariamente passavam horas
apontando os defeitos uns dos outros.
Cada aluno se comprometia a aceitar — incondicionalmente — as censuras, as
farpas, os insultos, as críticas dos seus colegas, amigos e especialmente dos seus
rivais.
Se as censuras eram ou não justificadas não fazia diferença.
Era apenas para enfraquecer e diminuir o ego, o primeiro obstáculo para uma vida
livre do caos e da morte.
Um verdadeiro mestre cabalista sabe quais teclas pressionar para despertar o ego
dos seus discípulos.
Um amigo amoroso e instruído sabe exatamente o que fará disparar um
comportamento reativo no seu querido companheiro. E o que o mestre e os
discípulos praticavam era uma arte precisa, pois se fosse provocada uma reação
muito forte, se o ego fosse ferido além de certo ponto, o aluno iria embora da aula
e do caminho de seu mestre.
Tocar o ego puro, bruto, causa muito mais dor do que um dentista ao perfurar com
a sua broca um nervo vivo infeccionado.
Os alunos de cabala devotavam todo o seu dia a servir ao seu mestre, a servir uns
aos outro e a realizar atos extraordinários de compartilhar.
Submetiam a si mesmos a uma rotina de compartilhar continuamente de uma
forma que lhes causasse desconforto, movidos por pura Ganância iluminada.
Buscavam o maior dos tesouros — a imortalidade.
Entendiam que tudo no Universo dependia de como se comportavam uns com o
outros.
Sabiam que o Anjo da Morte — que em breve vamos desmascarar — não poderia
tocá-los, a menos que o deixassem entrar em suas vidas.
Os alunos de cabala não necessitavam de um código de ética para motivá-los a
Amar o Próximo. Tinham uma firme compreensão da natureza da realidade.
Entendiam a nanotecnologia.
Viam como a vida e a morte funcionavam e enxergavam o que ninguém mais
conseguia ver: a mão do Adversário por trás dos atos da Humanidade.
Esses praticantes da cabala sabiam que o único propósito do Adversário era nos
convencer de que os ensinamentos da cabala não eram verdadeiros.
Afinal, é muito mais fácil extirpar um tumor do que cortar um traço negativo de
caráter.
Com isso em mente, vamos revelar agora exatamente o que os grandes mestres e
seus alunos de cabala entendiam a respeito da vida, da morte, da imortalidade e da
nanotecnologia.
Graças aos mais recentes progressos da ciência, temos atualmente uma linguagem
e os meios com os quais explicar a metodologia para se alcançar a imortalidade
através da nanotecnologia cabalística.
Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 11
Nascimento de um Cosmos
O primeiro passo para encontrar uma solução envolveu um poderoso ato de
resistência por parte do Recipiente: parar de receber a Luz.
Depois que o Recipiente rejeitou os raios de Luz carregados positivamente, a
Energia Divina desapareceu, deixando um espaço vazio, permitindo que
acontecesse o Big-Bang, que deu origem ao nosso Universo.
Restou ainda, contudo, um resíduo de Luz dentro do Recipiente, o qual ficou com a
tarefa de desativar todo e qualquer traço de receber de sua consciência e completar
o um por cento final do seu ato de resistência.
As ligações da Imortalidade
Baseados em pesquisas científicas, sabemos que os átomos são efetivamente
imortais.
Eles não se deterioram, nunca envelhecem nem se decompõem.
É incrível mas os átomos presentes no Big-Bang — há cerca de quinze bilhões de
anos — ainda estão entre nós, tão imaculados e perfeitos quanto no dia em que
nasceram.
Os únicos elementos de nosso Universo que desaparecem são as moléculas.
Quando dois átomos se dão as mãos, eles passam a ser uma molécula.
Isso é semelhante ao que acontece com o alfabeto.
Quando as letras do alfabeto se juntam, passam a se chamar palavras.
Quando as palavras se ¡untam, passam a se chamar sentenças.
Entretanto, no momento em que um espaço é introduzido no sistema e separa seus
elementos básicos — neste caso as letras — os significados das palavras e das
sentenças desaparecem.
Os significados e as estruturas somem.
Todavia, os componentes básicos, os tijolos do sistema — as letras — ainda
existem.
Igualmente, quando os átomos deixam de se dar as mãos, a molécula morre, mas
os átomos continuam a viver.
Quando os átomos se ligam, eles formam moléculas, as quais se unem para criar
matéria física.
Nossos corações, fígados, cérebros, músculos, tecidos e ossos são todos feitos de
moléculas. Quando as moléculas morrem, os órgãos de nosso corpo começam a se
deteriorar e a envelhecer. Mas os átomos que criaram as moléculas que formam os
órgãos de nossos corpos vivem para sempre.
Daí, do ponto de vista da cabala, não existe morte verdadeira.
A Morte é uma ilusão causada pelo espaço.
Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 12
O Paradoxo de Loschmidt
O Incêndio na Floresta
Por exemplo, em um incêndio em uma floresta, todos os átomos e moléculas das
árvores são dispersados no ar devido ao calor gerado pelo fogo, de acordo com a
Segunda Lei.
E assim, a floresta desaparece.
Seguindo a linha de pensamento de Loschmidt e Poincaré, poderíamos perguntar:
por que as moléculas e os átomos não podem, de repente, reverter o seu
movimento e se unir novamente, fazendo surgir uma floresta viçosa e verde?
Ou, no meio do incêndio, quando os átomos das árvores são dispersados e
transformados em fumaça e cinza, por que não podem eles se ¡untarem
novamente, de maneira que a fumaça e as cinzas produzam uma floresta?
Afinal de contas, ambos são feitos dos mesmos átomos puros.
É concebível que isso aconteça.
Mais uma vez, a visão tradicional da ciência, de acordo com a Segunda Lei, é a de
que o fluxo de átomos e moléculas — das árvores para a fumaça, para a cinza e
para o caos aparente — não poderia ser revertido e tenderia, assim, à separação e
à deterioração de matéria/energia.
Mas de acordo com o Paradoxo de Loschmidt, o conceito de irreversibilidade (que
significa que as moléculas não podem ser revertidas) não é consistente com as leis
da física, que fazem outra afirmação.
No nível microscópico, o movimento molecular poderia na verdade ser revertido,
permitindo assim às moléculas retornarem ao seu estado original, possibilitando
que a floresta reaparecesse do nada.
O Coração do Paradoxo
No nível microcósmico — o mundo dos átomos e das moléculas — o tempo
realmente flui nas duas direções.
As moléculas podem ser revertidas.
Já em nosso mundo dos cinco sentidos, de nossa experiência diária, isso nunca
acontece, o que nos leva a uma questão paradoxal: como um sistema onde a
reversão do tempo é uma realidade constante pode dar origem a um sistema onde
a reversibilidade é uma ocorrência estatisticamente improvável?
Falando de maneira simples, nosso mundo é feito de moléculas e átomos.
Se as moléculas e átomos que nos constituem podem ser revertidos no tempo, por
que nós não podemos?
Em algum lugar ao longo do caminho — do mundo dos átomos ao mundo das
pessoas — aparece uma ilusão de que o tempo não pode ser revertido.
Ninguém foi capaz de fazer uma ponte (e uma ligação) entre as duas realidades.
Parte da Solução
De acordo com a prática cabalística, darei inicialmente uma resposta parcial sobre
por que motivo essa ilusão é necessária.
Uma razão simples pela qual o Universo foi criado assim, sob a ilusão da existência
do contínuo espaço-tempo, é que estatisticamente falando os seres humanos não
seriam capazes de testemunhar o reaparecimento de florestas a partir de cinzas e
fumaça ou de parentes mortos há muito tempo materializando-se a partir das
moléculas e átomos do ar em um lindo e ensolarado dia de verão.
Tempo e espaço, como sabemos, criam a ilusão de irreversibilidade e da quase
impossibilidade de se testemunhar a volta a um estado molecular anterior.
Isso nos dá o livre-arbítrio de tentar completar a tarefa de resistir e de lutar contra
as forças evidentes da desordem, de aprender a criar a nossa própria ordem a
partir do caos e de expressarmos, assim, o Gene de Deus que herdamos do
Criador.
Em vez de fazer a Humanidade receber o Paraíso de bandeja, sem esforço, o
Recipiente queria tornar-se ele próprio a Causa e o criador de sua plenitude.
O fluxo do tempo em uma única direção é necessário para o livre-arbítrio.
Explicarei mais adiante como o tempo e a Segunda Lei são responsáveis pelo livre-
arbítrio.
Além disso, revelarei a elegante e desconcertante solução para a questão do
microcosmo e do nosso conhecido mundo material macroscópico exibirem, ambos,
propriedades opostas em relação ao fluxo unidirecional do tempo.
E abordarei também a questão do movimento em direção à desordem versus o
fluxo bidirecional do tempo em um estado de crescente ordem.
Vamos voltar, agora, à ideia de espaço como o principal culpado da morte.
A Causa, não o Efeito
Embora a seguinte perspectiva cabalística possa ser contraria à nossa intuição, é
preciso que tomemos conhecimento de que o espaço existente entre os átomos não
é o resultado do rompimento de suas ligações, não é uma consequência de eles não
se darem as mãos.
Ao contrário, o espaço (que logo definiremos) é a Causa subjacente dos átomos se
afastarem uns dos outros.
Por mais estranho que possa parecer, o espaço é a Causa, e a ligação rompida é o
Efeito.
A lógica convencional dita que, se dois átomos que estão de mãos dadas
subitamente soltarem as mãos, haverá uma ruptura na ligação entre eles e o
resultado será uma lacuna, uma separação entre eles.
Entretanto, o que emerge do Zohar é o ponto de vista exatamente oposto.
O que surge primeiro é o espaço — a inteligência de separação — e essa
inteligência é a Causa subjacente dos átomos soltarem as mãos.
Essa mudança de paradigma é fundamental para se compreender e aplicar a
nanotecnologia.
Ligações Iônicas
Examinemos primeiro as ligações iônicas.
Todos os átomos querem ser felizes.
Esse é o termo escolhido pelos cientistas, embora um cabalista dissesse que não é
coincidência a ciência usar felicidade para descrever o funcionamento interno dos
mundos atômico e molecular.
Basta dizer que os átomos querem ser felizes.
Desejam se tornar estáveis.
Como?
Os átomos têm uma camada externa de elétrons que orbitam (geralmente aos
pares) em torno do seu núcleo. Suponhamos que um determinado átomo, para ser
estável, necessite ter em sua camada externa oito elétrons, mas tenha apenas seis.
Esse átomo não estará feliz, porque lhe faltam dois elétrons.
Suponhamos que exista um outro átomo que também precise de oito elétrons para
ser feliz, mas esse átomo possui dez elétrons na sua camada externa.
Temos, assim, um átomo com falta de dois elétrons, e outro com excesso de dois.
Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 13
Solução
Na realidade, a Cabala está de acordo com a ciência quando afirma que
percebemos um efeito onde os opostos se atraem.
Entretanto, o efeito da atração dos opostos é apenas isto: um Efeito.
A ciência focaliza o Efeito neste mundo físico e não a Causa subjacente,
fundamental.
No nosso mundo físico, de efeitos, os opostos se atraem.
Mas em uma realidade mais elevada, na realidade mais elementar, os semelhantes
se atraem.
Um Microcosmo da Criação
Além disso, a distância entre o elétron e o próton em um único átomo espelha a
nossa distância da Luz no Mundo Infinito.
É um reflexo da relação entre Luz e Recipiente, agora separados em virtude dos
seus modos opostos de consciência, compartilhar e receber.
O Recipiente fragmentou-se em incontáveis partículas, caindo no vácuo, que é o
nosso Universo, para interagir com outros estilhaços dessa fragmentação, tendo
como único objetivo anular sua consciência de receber e transformá-la em uma
consciência de compartilhar.
Assim, um único átomo é um microcosmo dessa condição.
O elétron em um átomo não tentará conscientemente ligar-se ao próton do mesmo
átomo, nem poderia, por causa de sua carga oposta.
Na verdade, um átomo interage apenas com outros átomos — pequenos pedaços
de consciência — aprendendo a compartilhar e a receber, com o objetivo final de
utilizar a força de receber (um elétron) unicamente com o propósito de
compartilhar.
Isso espelha o comportamento e o objetivo da consciência ao nível macro, o
indivíduo.
É assim que as pessoas criam vínculos umas com as outras.
A Consequência da Falha
Quando um indivíduo é consumido por extrema consciência egoísta e agudo
comportamento negativo, a distância entre o elétron e o próton no próprio átomo
se tornará tão grande que o elétron se soltará do átomo.
Essa condição cria o que a ciência médica chama de radical livre, responsável por
consideráveis danos ao corpo.
Você encontrará mais informações a respeito de radicais livres um pouco mais
adiante.
A Segunda Opção
Existe, entretanto, outro meio para os átomos trocarem elétrons.
Um átomo pode despejar o seu elétron sobre outro átomo, com o
objetivo de tornar a si mesmo feliz.
O que é oposto à consciência de compartilhar um eletron e ajudar o átomo vizinho
a tornar-se feliz e estável.
Há uma profunda diferença entre os dois tipos de troca.
O que faz a diferença são a consciência e o pensamento.
Nossos atos ou servem a nós mesmos (Desejo de Receber) ou servem aos outros
(Desejo de Receber para Compartilhar).
Em ambos os casos estamos lidando com elétrons, a carga negativa (-) conhecida
como desejo de receber.
Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 14
A Ligação Covalente
A principal característica da água é que seus átomos se ligam através de um
processo chamado de ligação covalente.
Nesse cenário, os átomos compartilham seus elétrons com os átomos vizinhos.
Essa é a suprema expressão do Ame o Próximo como a Si Mesmo e ajuda a explicar
cabalisticamente as propriedades incomuns da água.
Ou seja, na ligação covalente, dois átomos compartilham os seus elétrons fazendo,
assim, com que ambos se sintam felizes e estáveis.
Divina Reflexão
A ligação covalente espelha o objetivo máximo da vida, que é compartilhar
incondicionalmente uns com os outros, onde a força de receber (elétron) de cada
pessoa (átomo) é perpetuamente utilizada com o único propósito de compartilhar.
Em outras palavras, cada um de nós, nessa situação ideal, estará usando a sua
ambição e seu ímpeto para o sucesso inato (ímpeto esse que é o elétron), para
satisfazer as necessidades de outras pessoas.
E já que o resto do mundo terá como objetivo satisfazer as nossas necessidades
pessoais, não teremos mais que nos preocupar em satisfazê-las.
Compartilhar se tornará a única realidade.
Isso é imortalidade.
Quando tivermos domínio sobre as ligações covalentes, falando espiritualmente, a
morte acabará, não haverá mais datas de validade a expirar, graças ao poder único
da ligação covalente.
Assim, da perspectiva cósmica, passará a existir uma perfeita afinidade entre a Luz
e o Recipiente.
De acordo com a lei semelhante atrai semelhante, nosso mundo permanecerá
ligado e eternamente conectado à Realidade da Árvore da Vida.
Por que, então, o mundo todo não começa a compartilhar neste mesmo instante?
Por que não podemos nos comprometer neste minuto a usar todos os nossos
talentos, dons, ambições, impulsos e desejos (todas características do elétron) com
a finalidade de ajudar os outros a tornarem-se felizes?
Isso não criaria uma ligação covalente cósmica entre o mundo físico e o espiritual?
Isso não traria a imortalidade?
É Simples, Mas Não É Fácil
A resposta é simples: sim, traria a imortalidade. Entretanto, ela não é tão
facilmente alcançável pela seguinte razão: há uma segunda força de consciência à
espreita dentro de nós.
É o Adversário, cuja intenção é nos convencer de que o egoísmo compensa e de
que essa segunda força não existe. E, além disso, ele também torna difícil para a
nossa mente assimilar tudo o que acabamos de ler.
Assim, temos que trabalhar primeiro para derrotá-lo, e aí reside o maior desafio da
Humanidade: resistência.
Essa é a razão para resistirmos ao nosso interesse próprio, ao ciúme e à raiva e
passarmos a nos preocupar com os outros.
Por isso o ensinamento fundamental da Torá, do Novo Testamento e do Alcorão é:
Ame o Próximo.
O único inimigo de quem a Torá, o Novo Testamento e o Corão falam quando nos
conclamam a destruir um inimigo é o Adversário, o inimigo dentro de nós, o ego
que só pensa em si mesmo.
Mas o Adversário nos levou a interpretar mal essas instruções bíblicas e, assim,
temos lutado contra inimigos externos.
É por isso que a morte ainda está entre nós em todas as suas diferentes
manifestações.
O espaço entre as pessoas, as nações e as diferentes crenças cria espaço entre os
próprios átomos que dão origem à nossa existência e sustentam as nossas vidas.
O Radical Livre
A ciência define um radical livre como um átomo que perdeu um elétron, deixando-
o com um elétron sem par (os elétrons são mais felizes e estáveis quando em pares
no átomo).
O átomo com o elétron sem par, o radical livre, é muito reativo e roubará um
elétron de um átomo vizinho.
Eles lutarão pelo elétron, mas geralmente o radical livre ganha.
O átomo que perdeu um elétron se tornará um radical livre e surrupiará um elétron
de outro átomo vizinho. Isso provocará uma reação em cadeia, criando milhões de
radicais livres e as coisas começarão a sair cada vez mais fora de controle.
Os radicais livres danificam tudo o que tocam, incluindo tecidos, células e até
mesmo o DNA, ocasionando danos ao material genético.
Esses danos causam o envelhecimento, muitas das principais doenças, incluindo as
do coração, certos cânceres, artrite reumatoide e é claro, no final, a morte.
Os Antioxidantes
Os antioxidantes são átomos e moléculas felizes, estáveis, que podem parar o
perigoso efeito dominó causado pelos vorazes radicais livres.
Como?
Ao contrário de outros átomos, os antioxidantes não se tornam reativos quando os
radicais livres roubam seus elétrons.
Os antioxidantes permanecem estáveis mesmo quando perdem um elétron.
Portanto, se nossos corpos têm antioxidantes suficientes para compartilhar os seus
elétrons com os radicais livres, a perigosa reação em cadeia não vai em frente.
Todos ficam felizes.
O problema surge quando nossos corpos sofrem um desequilíbrio significativo —
uma superabundância de radicais livres em relação aos antioxidantes.
Nesse caso, os radicais livres têm liberdade para sair por aí roubando elétrons,
causando toda espécie de danos ao corpo, sem uma força contrária para fazer
cessar o caos. Esse é o motivo do corpo envelhecer e cair vítima de doenças.
Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 15
O Poder da Água
Vamos, agora, considerar a ligação covalente como um exemplo da importância da
consciência.
A Cabala nos diz que antes do dilúvio e da história de Noé, a água na Terra tinha
propriedades divinas. A água não apenas nutria como também curava e
ressuscitava tecidos e células danificados ou mortos, simplesmente impregnando
com sua consciência de compartilhar a consciência dos átomos do corpo das
pessoas que a bebiam.
Por isso os primeiros personagens bíblicos do Velho Testamento viveram duzentos,
trezentos anos, sendo que Matusalém viveu mais de novecentos.
O segredo dessa longevidade estava no poder da água.
Entretanto, quando o Adversário (a consciência do ego) assumiu o controle sobre
as pessoas, isso afetou a consciência da água.
Após o dilúvio, a consciência das águas foi adulterada e permanece assim até os
nossos dias.
A ligação covalente ainda está presente, mas a consciência por trás dela mudou.
O estado divino, natural de uma ligação covalente, tem esse aspecto:
No nível físico, os dois átomos estão unidos por compartilharem elétrons.
Ambos atingem a estabilidade e a felicidade, exclusivamente através do ato
consciente de compartilhar. Cada átomo oferece o seu elétron ao outro e ambos
ficam com dois elétrons e, portanto, felizes.
Na água adulterada pela consciência humana, a ligação covalente funciona da
seguinte maneira:
No nível físico, os dois átomos estão ligados por compartilharem os seus elétrons.
Em um nível mais elevado de realidade, no nível da consciência, a intenção de
ambos os átomos é roubar um elétron do vizinho.
Nenhum lado ganha o cabo de guerra, de modo que os dois elétrons ficam pairando
entre os dois átomos. Essa é a natureza da ligação deles.
Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 16
Viciados na Matéria
A ciência em sua interminável busca para entender o nível fundamental da
realidade — desde a matéria física até as moléculas, os átomos, os elétrons, os
quarks, os léptons e os fótons — parou antes de chegar à suprema fonte.
E isso não se deve a uma falha sua como um todo, mas ao incansável trabalho do
Adversário que ativa o medo, a ansiedade e a hesitação na comunidade científica
quando ela se aproxima do nível de realidade que leva diretamente à consciência.
Parece que a ciência sempre se sente desconfortável de caminhar além do domínio
da realidade física, muito embora suas descobertas nos séculos XX e XXI nos
tenham afastado cada vez mais de um mundo constituído de matéria fixa e nos
levado para um universo feito de probabilidades.
É o Adversário que mantém os cientistas e os leigos viciados na matéria.
A Busca da Verdade
De acordo com a cabala, enquanto a ciência continuar esmagando átomos em sua
busca para descobrir a Primeira Causa, a Suprema Fonte da existência, ela
continuará procurando para sempre.
O Zohar é claro quanto a isto: a jornada a partir da consciência pura (O Mundo sem
Fim) até a ilusão da matéria física (nosso Universo material) contém infinitos
estágios.
Portanto, a única forma prática de alcançar a Suprema Fonte é dar um salto
quântico e descobrir o que os cabalistas demonstraram há mais de vinte séculos: a
consciência é a base de tudo o que percebemos e de tudo que existe; ela é a fonte
e a raiz suprema da realidade.
A consciência é o Recipiente estilhaçado em um número incalculável de Partículas
que povoam todo o mundo subatômico.
A consciência é quem nós somos.
Poderia ser mera coincidência que as três forças de consciência que residem no
interior do Recipiente sejam idêntica às três forças que residem dentro do átomo?
Como Encontrar a Verdade
A consciência é a base de todas as coisas físicas.
Porém, a encontramos apenas quando nós fazemos a escolha de encontrá-la,
somente quando a escolhemos.
É a nossa própria consciência individual que precisamos utilizar para encontrar a
consciência que está na raiz de toda a existência.
O que significa utilizar a nossa própria consciência?
Para responder, devemos perguntar o que é consciência.
E essa é uma questão que os filósofos e cientistas têm explorado e debatido por
milênios, e os cabalistas não são exceção.
Definindo Consciência
Para encontrar a verdade, devemos nos colocar acima da influência do Adversário,
que incorpora a dúvida e o ceticismo.
Elevar-se acima da dúvida, reconhecendo a existência do Adversário, é parte da
consciência.
E procedermos de maneira oposta à do Adversário é um meio de se atingir um
estado mais elevado de consciência, o estado elevado do amor incondicional, de um
compartilhar inequívoco e de um cuidado e atenção absolutos com os interesses
dos outros.
É a mais elevada forma de consciência, pois ela é idêntica à consciência da Luz, a
Fonte de toda a consciência.
Não reconhecer a existência do Adversário ou a influência que ele exerce é ser
controlado por ele e esse não é um comportamento consciente: é um
comportamento robótico, reativo.
O comportamento reativo não impede que haja inteligência e a inteligência não é
consciência.
Inteligência é conhecimento.
Consciência é amor incondicional.
É possível ser ao mesmo tempo inteligente e não nutrir amor pelos demais.
O amor incondicional imita a consciência da Luz e cria, assim, unificação.
A Luz é a fonte de toda a consciência.
Portanto, quando a nossa consciência é como a da Luz, atingimos o mais alto nível
de consciência possível, infinita em todos os aspectos.
Ela inclui plenitude infinita e a soma de todo o conhecimento.
O Ardil da Dúvida
Os cabalistas nos dizem que o Adversário incorpora o próprio DNA da dúvida.
Pois a própria natureza da dúvida é duvidar de sua própria existência.
Em outras palavras, temos uma disposição inata de apresentar argumentos
intelectuais que reduzem o valor das verdades que nos são apresentadas —
incluindo o fato de que temos dúvidas!
Não percebemos que a dúvida está na base de todos os aspectos de nossa
argumentação.
O máximo que podemos descobrir por esse caminho é informação inteligente,
lúcida, convincente, que se relaciona somente com o Efeito, nunca comi a Causa
subjacente, fundamental.
Continua
Tecnologia para a Alma – Parte 17
"E ele tomou o ouro das mãos deles e o trabalhou com o buril, e fez um bezerro
fundido."
Êxodo 32:4
Extinguindo a Escuridão
Devo admitir que, quando meu mestre me ensinou pela primeira vez a verdade
sobre o evento da Revelação no Sinai, caí de costas. Foi um choque; fiquei mesmo
perplexo.
Essencialmente, toda a história do Sinai se resume a uma única ideia: a
imortalidade!
Não houve os assim chamados dez mandamentos.
Nem a entrega de uma religião, ou o nascimento de uma tradição judaica.
A revelação do Monte Sinai ativou e descarregou totalmente a Força da Luz de
Deus, a partir do Mundo sem Fim (do Infinito), passando pelas nove dimensões, até
chegar à décima dimensão, que é o nosso Universo.
Quando Moisés ligou este mundo físico à realidade espiritual conhecida como
Árvore da Vida, a infusão de Luz e Energia foi tão poderosa que literalmente
erradicou a escuridão e a morte do cenário da civilização.
Imortalidade era o que o evento no Sinai significava.
O que eu não entendi no início foi que essa imortalidade não se limitava ao corpo
humano, como agora iremos descobrir.
Definindo Morte
Quando ficamos entediados com a vida, isso quer dizer que nossa felicidade
morreu; a morte apagou um raio específico de Luz conhecido como felicidade.
Quando problemas de dinheiro surgem, significa que a morte abateu a nossa
prosperidade; nossa fonte de sustento morreu.
Quando qualquer forma de caos nos aflige, significa que a ordem morreu.
O assim chamado Anjo da Morte (ou o Anjo do Espaço) é o único culpado de toda a
nossa infelicidade em toda e qualquer área concebível da atividade humana.
Seja o que for que não dê certo neste mundo ou em nossas vidas, a causa é
sempre a mesma: de alguma forma a força da morte ali se infiltrou.
A queda nas vendas não é a causa dos problemas financeiros de uma empresa.
Na verdade é a força da morte que impregnou a empresa e é o motivo da queda
nas vendas e da ausência de lucro.
A ordem dá lugar ao caos, porque existe uma abertura, uma fratura em algum
lugar de nossa vida; e a força da morte, oculta como a escuridão da noite, está
sempre pronta a se infiltrar, causando confusão e destruição.
Espaço é Morte
Num texto anterior, chegamos a entender que não existe realmente um Anjo da
Morte, mas um Anjo do Espaço. Isso significa que quando nossa felicidade morre,
nós realmente nos desconectamos da fonte de toda a felicidade: a Realidade da
Árvore da Vida.
Significa que existe um espaço entre nós e aquele mundo transcendente, sublime.
Sempre que o caos nos atinge, é uma consequência direta da nossa desconexão, de
termos criado um espaço entre nós e as dimensões ocultas, onde a Luz flui e a
alegria absoluta é abundante.
O espaço causa a morte em todas as áreas de nossa vida.
Definindo Imortalidade
A imortalidade, segundo a cabala, não inclui apenas o fim da morte biológica, mas,
também, a presença de alegria sem fim, sabedoria, felicidade, empolgação, paixão
e plenitude, além do que as nossas mentes racionais podem conceber.
Era isso que o evento no Monte Sinai significava; foi isso que Moisés alcançou.
A Imortalidade!
Não somente para os israelitas, mas para toda a Humanidade.
Incluía atender a todo e qualquer desejo que um ser humano pudesse conceber —
e mais!
A Imortalidade se refere a um nível de felicidade, de êxtase, que nunca nos deixa,
nunca morre.
Tédio, solidão, doença, ansiedade, medo e preocupação deixam de existir nesse
nível, pois são subprodutos da morte.
Do ponto de vista cabalístico, o que, em essência, todos os seres humanos desejam
da vida é a imortalidade em todas as suas infinitas manifestações.
Perguntei ao meu mestre o que tinha acontecido.
Para onde tinha ido essa energia chamada imortalidade?
Por que a morte ainda é uma característica dominante em nosso mundo?
Ele me respondeu que Moisés, ao remover completamente de sua natureza o seu
próprio ego, conectou o mundo com a Realidade da Árvore da Vida.
Ele concluiu pessoalmente a tarefa de resistir ao um por cento final de ego.
Alcançou um estado semelhante ao da Luz.
Ele compartilhou e deu incondicionalmente e assim através da Lei da Atração
(semelhante atrai semelhante) alinhou e uniu todas as dez dimensões em um todo
unificado.
Dessa maneira, devido unicamente ao seu mérito, o mundo alcançou a unidade
com a Realidade da Árvore da Vida.
Mas essa condição não iria durar muito tempo.
Como vimos no início deste texto, o mundo da Árvore da Vida só pode ser acessado
através da consciência, especificamente pela elevação da consciência ao erradicar
todo o ego, e todas as formas de egoísmo.
Moisés alcançou essa condição.
Ele se uniu à Força da Luz que permeia a Realidade da Árvore da Vida porque não
estava voltado para si mesmo.
Ele não era santo. Não era um homem profundamente religioso.
Ele era desprovido de Ego.
O Ego - o Adversário - foi banido de sua essência.
O poder de Moisés resultou da purificação, da limpeza de sua consciência do
negativo Desejo de Receber para Si Mesmo, o qual foi substituído pela consciência
de compartilhar, que coloca incondicionalmente, com humildade genuína, as
necessidades dos outros em primeiro lugar.
Moisés não erradicou noventa e nove por cento do seu ego, nem amou os outros
com noventa e nove por cento do seu coração e de sua alma. Se o tivesse feito,
nunca teria acontecido a união entre o mundo físico e o mundo metafísico da Luz.
Moisés fez tudo o que tinha que fazer integralmente, cem por cento, e isso lhe deu
o direito de portar as "Tábuas da Imortalidade."
O Último Passo
Reconheço que o choque devido à responsabilidade a mim confiada pelo meu
mestre jamais teria passado se não fosse pela força, coragem e determinação de
Karen, minha alma gêmea, que tomou a ousada e histórica decisão de permitir a
todos, homens, mulheres e crianças — sejam eles israelitas, muçulmanos, cristãos,
budistas ou ateus — estudar o Zohar e beber de sua fonte ilimitada de sabedoria.
Quando Karen chegou a essa conclusão, primeiro eu soube sem dúvida alguma que
as nossas vidas estariam em perigo e em constante tumulto.
Devo confessar que sem Karen meu plano teria sido limitar o estudo da cabala
àqueles que já tinham se aprofundado na sabedoria bíblica.
Meu amado professor e mestre previu a presença de Karen em minha vida.
Ele deixou este mundo antes que Karen e eu nos casássemos, mas um cabalista
verdadeiro nunca fica limitado nem é governado pela Lei da Causa e Efeito ou pelo
tempo e espaço. Meu mestre permanece comigo até o dia de hoje, não apenas em
minha memória, mas de um modo tangível, o que é absolutamente possível.
E eu rezo fervorosamente para que o resto do mundo venha a finalmente entender
que esse tipo de contato pode acontecer.
Sou incomensuravelmente abençoado por ser capaz de compartilhar essa sabedoria
com o mundo e de desempenhar juntamente com a minha alma gêmea uma parte
ativo no que agora será a aurora da imortalidade.
Diante de nós se apresenta uma oportunidade para a revelação final da Luz e da
Divina Energia que levarão o nosso mundo de volta ao estado permanente de
imortalidade e felicidade sem fim.
O Zohar, entretanto, nos alerta dizendo que a oportunidade de repetirmos os
mesmos erros que cometemos no Monte Sinai estará sempre presente durante esse
tempo.
O Adversário tentará um último ataque contra nós.
No próximo texto é minha intenção apresentar a fórmula para alcançar a
imortalidade através de um método de autêntica nanotecnologia, e identificar, ao
mesmo tempo, as perigosas armadilhas e ciladas que despontam no horizonte.
Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 18
O Pensamento da Criação
Da perspectiva de Deus, o resultado de trilharmos qualquer um dos dois caminhos
mostrados há pouco é certo e inevitável.
O desejo de Deus é compartilhar felicidade sem fim com o Recipiente — as almas
da Humanidade — eternamente.
A vida é simples.
Chegar lá é um pouco mais complicado.
Todavia, tudo que acontece no Universo — desde um seixo rolando montanha
abaixo em algum lugar na Nova Zelândia, até as convulsões sociais e econômicos
que ecoam através dos continentes; desde os movimentos das marés até as leis da
física de partículas — tudo, a cada instante, se move em direção a esse objetivo
supremo.
Seremos felizes e imortais, quer acreditemos ou não.
Toda a Humanidade participará da redenção e da plenitude infinita, incluindo os
ateus e os céticos.
A nossa livre escolha determinará, apenas, como chegaremos ao nosso destino
supremo.
Uma pessoa poderá escolher a rota com a paisagem mais bonita e prazerosa, ou o
caminho turbulento e doloroso.
Para o Universo é indiferente, porque um resultado feliz está garantido qualquer
que seja a escolha.
Cabe a nós decidir que caminho trilhar.
Está em nossas mãos, como tem estado desde o evento do Monte Sinai há três mil
e quatrocentos anos.
Vamos examinar agora com mais detalhes as duas rotas para a imortalidade.
As quatro fases
As Quatro Fases, de acordo com os antigos cabalistas, operam em todos os níveis
da existência.
Não há nada em nosso mundo que não passe por elas antes de manifestar-se na
forma física.
As Quatro Fases são as seguintes:
Fase Um: O potencial do potencial.
Fase Dois: A concretização do potencial.
Fase Três: O potencial da concretização.
Fase Quatro: A concretização da concretização.
Como exemplo de como funcionam As Quatro Fases, vejamos como se constrói um
edifício.
A construção de um edifício
Fase um: O potencial do potencial
Um investidor resolve construir um grande prédio de escritórios em Manhattan.
Embora ele veja em sua mente o edifício já construído, o prédio só existe na
consciência, no estado não físico de puro pensamento.
Esse é o nível de puro potencial.
Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 19
O Poder da Fase Um
Pelo fato de a Fase Um conter tanto o germe original do pensamento como também
a sua manifestação final, ela contém dentro de si todas as outras fases, ou seja, as
Fases Dois, Três e Quatro!
O pensamento original do investidor não era o de criar uma planta na Fase Dois.
Nem era o de comprar as toneladas de concreto e quilômetros de fios e
encanamentos da Fase Três.
O pensamento original do investidor era uma imagem do edifício pronto e ocupado
por inquilinos de alto nível financeiro, pagando aluguel pela ocupação do espaço
disponível.
Isso nos leva a um grande princípio da Cabala:
O fim está sempre contido no início ou
A causa sempre contém o efeito
A Causa no caso da construção do prédio foi o pensamento inicial do investidor.
Da mesma forma, o Efeito — o prédio pronto — estava também presente na
consciência do investidor.
Quando observamos a maneira como as coisas funcionam na natureza, podemos
começar a compreender o seguinte conceito cabalístico: a semente de uma maçã
contém a raiz, o tronco, os galhos e a fruta final da árvore completa.
Mas por que esse princípio é tão importante?
Existem duas razões criticamente importantes pelas quais esse processo deveria
ser compreendido:
1. A Fase Um determina se a Fase Quatro será um grande sucesso ou um tremendo
fracasso.
2. Para que a nanotecnologia cabalística funcione, devemos cessar a Fase Um se
quisermos modificar as fases subsequentes e obter um novo resultado na Fase
Quatro.
Se um jardineiro plantar uma semente de maçã defeituosa, o resultado será uma
árvore inevitavelmente defeituosa.
Isso é simplesmente Causa e Efeito.
Se o jardineiro plantar uma semente saudável, pode-se esperar que nasça uma
árvore saudável.
O aluno de cabala, praticante da nanotecnologia cabalística, deve ter sempre em
mente que é a Fase Um que determina o sucesso ou o fracasso.
Todo o restante que vier a emergir nas fases subsequentes é meramente o Efeito
da semente da Fase Um.
O Segredo da Fase Um
Quando se altera um galho de uma árvore, só ele é afetado. Mas se modificarmos
uma semente, tudo é afetado: a raiz, o tronco, o galho, a folha e o fruto final!
Isso é o máximo de controle.
É o único meio para efetuarmos uma mudança genuína em nosso mundo e em
nossa vida.
E do ponto de vista do Zohar, o nível máximo, o da semente, a Fase Um, nunca é
encontrado no nosso mundo físico.
Tudo o que é físico começa primeiro no estado conhecido como consciência.
A Fase Um é pura consciência.
Antes que os irmãos Wright inventassem e produzissem o primeiro avião, ele já
existia na forma de pensamento. Antes que N. J. Conte inventasse o lápis, em
1795, ele ¡á era uma ideia na cabeça dele.
O mesmo aconteceu com Willis Carrier, que construiu o primeiro aparelho de ar-
condicionado, em 1902, o qual surgiu primeiro em sua mente como um conceito.
Os sucrilhos da Kellogg's não apareceram magicamente numa tigela de leite.
A ideia dessa marca de cereal surgiu como uma inspiração na cabeça de William
Kellogg, em 1906.
Arthur Wynne de Liverpool sonhou primeiro com a ideia das palavras cruzadas,
antes que a sua invenção surgisse concretamente num jornal, em 21 de dezembro
de 1913.
A consciência é sempre a semente e a Causa por trás das manifestações físicas.
Qualquer aparição física é apenas o Efeito.
Tudo começa com a consciência, no mundo do imaterial.
Essa verdade está bem diante de nossos olhos, mas estamos cegos a ela.
O "X" da Questão
Aqui se encontra a limitação crítica da versão científica da nanotecnologia.
A nanotecnologia científica, ao contrário da cabala, não leva em consideração a
Fase Um.
E a cabala nos mostra, como aprendemos nestes textos, que o próprio átomo é
composto de consciência.
E desejo e elétron em nosso corpo são uma única e mesma coisa, como dissemos
repetidas vezes ao longo destes textos.
São simplesmente dois nomes diferentes dados a uma única força.
A partícula subatômica que chamamos elétron é simplesmente a consciência
receptora na forma física.
Pense nela como "consciência congelada".
A versão científica dos nanorobôs, que são capazes de efetuar reparos, lida com o
elétron na Fase Dois ou com o átomo na Fase Três.
Mas, se lidarmos com a consciência não física, que é a Causa por trás do elétron,
estabeleceremos controle sobre todo o mundo físico, e poderemos, assim,
determinar os Efeitos que se manifestam em nossa realidade física.
O Problema da Fase Um
Como já discutimos, noventa e nove por cento do tempo nossos atos têm origem
no ego e nos comportamentos reativos.
Não estamos sequer cientes da existência do Adversário.
Acreditamos que as influências do Adversário são nossos próprios pensamentos.
Assumimos a propriedade desses pensamentos e desejos porque não estamos
cientes da presença independente do ego em nossas vidas.
Assim é que todas as nossas atividades são motivadas por interesse próprio.
Algumas vezes isso é o óbvio ululante, mas na maior parte do tempo, é tão sutil
que nos engana.
Desse modo, cada ação que praticamos, cada empreendimento que começamos,
seja em um relacionamento pessoal ou profissional, está enraizada no ego e no
interesse próprio.
O ego se infiltra na Fase Um.
E o ego não produz Luz; ao contrário, produz separação.
Dessa maneira, em algum lugar mais adiante, nas Fases Dois, Três ou Quatro,
fracasso ou caos se materializarão em nossas vidas.
A Arma do Tempo
Astutamente, o Adversário vem nos ludibriando através dos séculos, escondendo de
nós essas extraordinárias verdades.
Inteligentemente, ele associou a ideia de moral, ética e religião organizada ao
comportamento de compartilhar.
E o que vimos?
Pessoas corruptas lucrando e as honestas perdendo.
Mas esse também era um truque.
O Adversário simplesmente usou o conceito de tempo para criar a ilusão de que o
bom comportamento não vale a pena.
O tempo separa a Causa do Efeito. Cria distância entre o crime e sua consequência.
Produz um atraso no recebimento do prêmio pela resistência efetuado, coloca uma
venda em nossos olhos e nos faz acreditar que o egocentrismo leva ao sucesso e
que a bondade leva a um beco sem saída.
Ligando os Pontos
O Adversário elaborou muito bem todo o seu plano de ação.
Nos cegou, impedindo-nos que víssemos como a vida realmente funciona.
Em outras palavras, quando reagimos, não vemos as repercussões imediatas de
nossas ações.
Em vez disso, nosso ego recebe uma infusão agradável de energia, oferecida a nós
pelo Adversário.
Ou ganhamos algum prêmio material.
É assim que nosso hábil Adversário nos impede de ver que há um carma negativo
vindo em nossa direção como resultado de nosso comportamento reativo, o qual
criou mais separação entre a Luz e nós.
Infelizmente, não detectamos de imediato essa escuridão a mais, porque o
Adversário nos dá alguma Luz temporária para nos desequilibrar.
Usa o tempo para atrasar a chegada da escuridão.
Pode levar alguns meses ou vários anos, mas, depois de agirmos reativamente, a
escuridão e o caos, de alguma forma, chegarão às nossas portas inevitavelmente.
Quando esse momento surgir, a maioria das pessoas não saberá ligar os pontos e
entender a relação entre a súbita chegada do caos e os seus comportamentos
egocêntricos precedentes.
Assim, acreditamos erroneamente que a vida é moldada por forças aleatórias como
o caos e a pura sorte.
Pensamos que tudo em nossa existência se trata de ciclos e de chegar a um algum
acordo com relação ao que a vida nos pode oferecer.
Em alguns anos de nossas vidas experimentamos boa sorte; em outros, os ciclos
mudam e passamos por distúrbios e conflitos.
Acreditamos, então, que a vida é assim mesmo e nos tornamos ainda mais
indulgentes com nós mesmos em outras áreas de nossa vida, para compensar o
caos.
A vida, dessa forma, passa a ser um círculo vicioso do qual não podemos mais
escapar.
Quando esse caos se torna sério demais, tentamos colocar nossa vida em ordem.
Infelizmente fomos condicionados a nos ocuparmos à toa com as Fases Dois, Três e
Quatro.
Terminamos culpando os outros por circunstâncias que estão "fora de nosso
controle", vendo a nós mesmos como vítimas indefesas, simplesmente porque não
conseguimos perceber que a nossa consciência da Fase Um é a causa fundamental
de toda nossa desgraça.
Meu mestre sempre me dizia que a coisa mais difícil é assumir a responsabilidade
pelo nosso próprio caos.
O Adversário sempre nos fará apontar o dedo para todos e para tudo, exceto para
nós mesmos.
Tanto um ativista verde como alguém que polui o planeta têm a mesma consciência
reativa inerente. O fato de que um possua boas intenções e outro não, nada tem a
ver com isso.
Como diz o ditado: O caminho para o inferno está cheio de boas intenções.
Quando um deles, ou ambos, puderem admitir que o Adversário existe, passarão
no teste da verdadeira consciência.
Se eles se comprometerem a trabalhar para remover o Adversário de suas
naturezas, erradicando o interesse próprio e o ego de todas as suas ações ao longo
do caminho, estarão mudando o mundo, por estarem mudando a si mesmos.
Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 20
A Bala Mágica
A ciência sonha com uma bala mágica, um tiro certo, que possa atingir
especificamente uma célula cancerosa sem causar danos às outras células do
corpo.
A cabala já dispõe dessa bala.
Chama-se assumir a responsabilidade pelo que acontece!
Quando nos responsabilizamos por cada pedaço de caos em nossa vida,
reconhecemos que nossa consciência é a causa de nossa má sorte, ou até de nossa
boa sorte, ou seja, que tudo depende de nós.
Uma vez que tenhamos assumido essa consciência de responsabilidade, no lugar de
sofrer emocionalmente ou fisicamente, estaremos operando na Fase Um.
Quanto mais nos responsabilizarmos e quanto mais focados estivermos em nosso
alvo, maiores serão as nossas chances de obtermos uma cura verdadeira.
É claro, tudo isso é mais fácil de dizer que de fazer.
O Adversário lhe dirá que a chave da vida que você leva está na comida que você
come, ou no ar que você respira, ou em algum fator genético.
Ele provavelmente lhe dará mil e uma razões pelas quais a solução não pode ser
algo tão simples quanto a sua própria consciência: pensar dessa maneira é
simplesmente fácil demais, simples demais; é ingenuidade, falta de praticidade e
irresponsabilidade.
Claro, é tentador aceitar esse argumento, pois ele sagazmente nos isenta de toda a
responsabilidade.
A consciência de ser vítima nos livra de repreensões.
Ser vítima é muito mais fácil, pois nos permite conservar nosso ego.
As Ligações do Compartilhar
Quando enfrentamos um problema e nosso pensamento é: "Que sofrimento terei
causado à outra pessoa para que esse meu problema se manifestasse?", chegamos
à Fase Um.
Encontramos o nível impalpável, imaterial, da Causa de todas as causas físicas.
Do mesmo modo, quando dizemos: "Quero remover todo o sofrimento que causei a
outra pessoa, para eu receber mais Luz em minha própria vida", estamos utilizando
a Ganância Iluminada para a Alma.
Estamos colocando as necessidades da outra pessoa à frente das nossas.
A cabala diz que podemos ter qualquer coisa e pedir qualquer coisa ao Criador —
desde que coloquemos o bem-estar das outras pessoas à frente do nosso.
Quando colocamos o foco na eliminação de nossas próprias características
negativas, a tecnologia da cabala é ativada totalmente.
Passa a operar a todo o vapor em sua capacidade máxima, corrigindo em primeiro
lugar a nossa consciência e removendo as características egocêntricas que nos
levaram a sermos gananciosos a serviço do ego.
Quando esse aspecto de nossa consciência tiver sido corrigido, o problema deve se
dissolver e desaparecer.
Isso deve acontecer e acontecerá.
Era uma vez um rei que governava o seu reino com mão de ferro.
Ele tinha boas razões para isso.
A grande maioria dos seus súditos era formada por patifes.
Era uma existência tipo "mundo cão' e cada um por si.
Um dia, um homem de nome Natanael foi apanhado roubando uma maçã.
Ele não era, realmente, má pessoa.
Não era de sua natureza roubar de qualquer um.
Porém, após viver tantos anos entre tantos vilões, ele cedeu ao seu instinto egoísta
essa única vez.
Infelizmente, não foi um bom momento para cometer esse seu primeiro erro.
O Rei resolveu fazer do pobre Natanael um exemplo, para enviar uma mensagem
ao resto do povo.
Natanael foi condenado à morte pelo Rei.
Ele aceitou o seu destino sem nenhuma objeção.
Não tinha a quem culpar a não ser a si mesmo.
O Rei lhe perguntou se ele tinha algum último pedido a fazer.
Ele tinha.
Perguntou se podia ter três dias para acertar uns assuntos em sua vida.
Ele tinha que pagar alguns débitos, devia favores especiais a outras pessoas e
queria se despedir dos seus amados.
Achava que em três dias poderia pôr tudo em ordem.
O Rei, impressionado com a simplicidade com que Natanael aceitou o seu destino e
também com seu senso de responsabilidade, sentiu vontade de satisfazer o último
pedido.
Mas havia um problema óbvio.
O Rei lhe disse: "Se eu garantir a você o adiamento da pena, não terei certeza de
que você volte para cumprir a sua sentença".
Natanael entendeu o dilema do Rei e contestou: "Eu tenho uma ideia. Suponhamos
que eu arranje um bom amigo que fique no meu lugar até eu retornar. Se eu me
demorar, você pode executá-lo no meu lugar."
O Rei achou graça: "Se você encontrar alguém que tome o seu lugar eu lhe garanto
os três dias. Mas se você se atrasar um minuto que seja — eu o enforco".
Natanael pediu ao seu melhor amigo, um comerciante de nome Simão, para ficar
em seu lugar.
Simão conhecia Natanael desde que eram meninos. Ele o amava como a um irmão
e o respeitava muito.
Disse que se sentia honrado para ficar em custódia pelo amigo.
Simão foi algemado e detido, enquanto Natanael se apressava para liquidar seus
negócios.
"Lembre-se", — o Rei gritava — "um minuto de atraso e o seu amigo será
executado'.
Passou-se um dia... mais dois, e Natanael não voltava.
O Rei mandou Simão para a forca.
O carrasco pôs o laço em torno do seu pescoço.
Apertou bem e colocou um capuz sobre sua cabeça.
Subitamente ouviu-se uma voz distante gritando: 'Pare! Pare! Eu voltei."
Era Natanael. "Por favor, eu lhe peço, — suplicou ao Rei. — Tire o laço do meu
amigo. Esse não é o destino dele".
O Rei replicou: "Mas você está uma hora atrasado".
Natanael estava com tanta falta de ar que mal podia replicar: "Deixe-me explicar,
Vossa Majestade. Meu cavalo ficou aleijado. Tive que correr todo o caminho de
volta. Por isso cheguei tarde. Sou eu quem deve morrer e não o meu querido
amigo!"
Simão começou a implorar.
O carrasco removeu o capuz de sua cabeça: "Isso não é verdade. Eu sou o único
que deve morrer hoje. Fizemos um acordo. Além disso, não poderia permanecer
aqui e ver você, meu melhor amigo, morrer diante dos meus olhos, nem poderia
suportar viver sem você. Você se atrasou, portanto sou eu que deve morrer".
Os olhos de Natanael se encheram de lágrimas: "Eu lhe peço, Majestade. Não o
ouça. Não deixe que o meu melhor amigo morra. Fui eu, em primeiro lugar, o
sentenciado à morte, não Simão. Se Vossa Majestade o matar, não serei capaz de
viver com a dor de ver meu melhor amigo partindo desta terra. Eu lhe imploro,
leve-me".
Natanael e Simão continuaram a discutir sem parar sobre quem deveria morrer
nesse dia.
Surpreso, o Rei hesitava.
Numa terra cheia de desordeiros, não estava acostumado a presenciar tais atos de
amizade incondicional. Todavia, uma decisão devia ser tomada.
O Rei podia ser um governante severo, mas era justo, e a justiça tinha que ser
cumprida de acordo com as leis do reino.
"Cheguei a um veredito final", disse o Rei. "Hoje nenhum dos dois morrerá. Percebi
que não importa qual dos dois morresse, estaria matando dois homens.
A sentença original era para um único homem. Sou assim forçado a libertar os
dois".
O segredo codificado nessa narrativa cabalística revela por que se deve amar o
próximo, por que um indivíduo deve colocar os interesses de outro à frente dos
seus próprios: Interesse Próprio Iluminado!
Com base nas leis daquele reino, Natanael estava destinado a morrer.
Quando retornou atrasado, Simão, seu melhor amigo, já se encontrava no patíbulo.
Ambos receberam sentenças de morte, mas ambos evitaram seus destinos ao abrir
mão de todas as inclinações egoístas.
Não havia um único traço de interesse próprio nos seus corações.
Rejeitaram o egoísmo e consideraram apenas o bem-estar do outro,
incondicionalmente, sem segundas intenções ocultas.
Ambos ofereceram os seus próprios corpos (os elétrons) em favor do outro.
E assim, como em uma ligação covalente, os dois homens se tornaram um.
Vendo isso, o Rei percebeu que não poderia matar um sem matar o outro.
Os dois amigos removeram qualquer espaço que pudesse haver entre eles.
Derrubando a Morte
Essa parábola da cabala nos conta algo extraordinário: podemos desafiar as leis da
Terra, incluindo as leis da física e até o destino de morrer, ao compartilhar amor
incondicional, ao remover o espaço que possa existir entre nós e os outros.
Colocar verdadeiramente o bem-estar dos outros à frente do nosso próprio atende
aos nossos próprios interesses.
A Ilusão
O nosso Adversário tem apenas uma função: convencer-nos de que a história acima
é uma agradável narrativa sobre valores morais e éticos, mas que não possui
nenhuma tecnologia que poderia ser aplicada em nossas vidas.
E se você for completamente honesto consigo mesmo, perceberá que dúvidas,
medo e ceticismo podem estar lutando com você neste exato instante.
O Adversário é um ilusionista tão brilhante e inteligente, que nos faz realmente crer
que somos impotentes e incapazes de controlar os átomos com nossas
consciências.
Ame o Próximo não era para ser um preceito religioso ou um mandamento
motivado por um código religioso ou ético.
Nunca foi.
A semente da religião obviamente foi adulterada, porque repetidamente os frutos
da religião têm sido derramamento de sangue, guerras, intolerância e conflitos
entre as pessoas que habitam este planeta.
Mais sangue foi derramado em nome da religião do que por qualquer outra causa
na história da Humanidade.
Com frequência me pergunto quantas vezes uma pessoa precisa continuar a
apostar num cavalo perdedor até ficar esperta.
Mas agora o Adversário responde e protesta, nos dizendo que a religião nos oferece
esperança, o que é verdade: tínhamos esperança de que as coisas mudassem, mas
por alguma razão, não mudaram.
E assim submetemos nosso destino ao meio religioso que há dois mil anos não
consegue erradicar a dor o sofrimento da paisagem humana.
Nos disseram que o Senhor Todo Poderoso trabalha por caminhos misteriosos, e
assim, quando não conseguimos curar as misteriosas doenças em nossos corpos,
ou em nossos negócios, a esperança oferecida pela religião nos permite ir
administrando a nossa dor.
Mas os cabalistas perguntam: Será que isso é vida?
Será que ir administrando a dor, aguardando, esperando encontrar algum alívio,
mas sofrendo durante todo esse tempo, faz parte da intenção original do Criador?
É aí que está o problema com a consciência conhecida como religião organizada.
Ela está baseada em lidar com a dor, administrá-la.
Nos oferece esperança, mas não fornece soluções claras que deem resultados
claros.
Se a "consciência religiosa" pudesse trazer milagres autênticos, teria trazido a paz
mundial há muito tempo. E mais: o milagre não deveria ser como um jogo de
dados, ou seja, algumas vezes recebemos um milagre, outras não.
De acordo com a cabala, ninguém pode fazer um milagre ou realizar uma cura em
você em seu lugar, só você mesmo.
Essa capacidade é um dom que Deus lhe deu, e a responsabilidade por ele é sua.
É a sua herança e o seu destino.
Como aumentar a sua ganância
Quando você perceber que comportamento motivado por consciência é a causa
primária tanto dos seus problemas quanto da sua boa sorte, sua ganância por
felicidade aumentará.
Você estará motivado a se engajar em comportamentos de compartilhar, porque
sabe que vale a pena.
Se não fosse assim, os cabalistas não trabalhariam dia e noite erradicando o
próprio ego e compartilhando com os outros.
A seguinte história pode lançar alguma luz sobre as Leis Universais da vida, e
explicar por que a ganância é a chave para mudar o nosso comportamento.
Era uma vez um grande rei cuja mulher não podia ter filhos.
A despeito dessa situação infeliz, o casal real vivia uma boa vida.
Governavam o seu Reino com grande compaixão, tratando os seus súditos como
membros de sua própria família.
Quando o Rei envelheceu, sabia que era tempo de preparar um sucessor de valor
para o seu trono.
Assim, ofereceu a todos os jovens do reino uma chance para se tornar o seu filho
adotivo e herdar a coroa real.
Centenas de famílias distintas nas aldeias vizinhas inscreveram seus filhos como
candidatos potenciais.
O Rei sabia o quanto era importante que o jovem possuísse um caráter e um
talento especiais.
Assim, armou um plano pelo qual poderia escolher a pessoa certa para a adoção.
O Rei deu sementes de flores idênticas a cada jovem, com potes de barro de quinze
centímetros, nos quais deveriam fazer crescer rosas em miniatura.
O rapaz que obtivesse o mais lindo buquê de rosas seria o escolhido para ser o
futuro Rei.
Havia um moço de uma família muito pobre que entrou na competição.
Seu nome era Ariel.
Esse pequeno maltrapilho nunca aprendeu a ler ou a escrever, porque sua família
não tinha meios para mantê-lo na escola.
O jovem rapaz tinha que trabalhar dia e noite para auxiliar o seu pai a alimentar a
sua família. Ariel estava realmente empolgado pela competição real.
Agora teria uma oportunidade igual para atingir o maior sonho de todos — tornar-
se Rei.
Ariel deu o melhor de si.
Colocou no pote a terra mais fina e adequada.
Adicionou nutrientes especiais. Regava as sementes com a água mais pura que
podia obter. Banhava-as no sol quente todo o dia.
Mas, infelizmente, nada acontecia.
Ariel ficou perturbado.
Suas sementes não conseguiram brotar.
Nem uma simples haste surgiu no pote com a sua terra preta rica em nutrientes.
Ariel ficou ainda mais perturbado quando visitou outros rapazes na vila.
Todos tinham os seus potes cheios das mais belas rosas vermelhas em miniatura,
em completa florescência. Ariel ficou com o coração partido.
Chegou o momento para julgar o vencedor.
O Rei convocou todos os rapazes ao seu palácio.
Todos os potes com as plantas deveriam ser colocados à vista do público nos
Jardins Reais.
Milhares de pessoas se reuniram para ver quem ganharia a competição.
Em meio ao mar de flores vermelhas flamejantes, o pote de Ariel, para o seu
embaraço, se erguia como um polegar machucado.
O Rei cuidadosamente examinou todas as plantas.
Meticulosamente examinou cada haste, cada ramo e cada pétala.
Subitamente, para completa surpresa de todos — especialmente para Ariel —, o Rei
selecionou o pote vazio!
Como você pode imaginar, os outros rapazes ficaram chocados.
E a multidão, atordoada.
Cochichos e gritos sufocados inundaram os Jardins Reais, mas o Rei levantou a sua
mão para silenciar os seus súditos.
Sorriu e explicou a razão por ter escolhido o pote vazio.
"Propositadamente dei a todos os rapazes sementes defeituosas. De nenhuma das
sementes que eu forneci poderia ter brotado uma única folha. Vi então, um único
rapaz entre vocês, que teve a integridade e a coragem de mostrar a verdade. Essa
é a espécie de valor que é exigida para governar um grande Reino".
Foi assim que Ariel e sua família tornaram-se membros adotados da família real.
E ninguém se surpreendeu quando Ariel tornou-se um sucessor digno de um velho
e sábio Rei.
A vida nos oferecerá tentações e oportunidades sem fim para sermos ásperos,
enganadores ou centrados em nós mesmos.
Se, como Ariel, resistirmos a esses impulsos, ativaremos o poder da
nanotecnologia.
É a nossa consciência que conecta e controla os elétrons, os prótons e os nêutrons
que formam o átomo. Esse é o verdadeiro domínio da mente sobre a matéria.
Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 21
Os Nanorobôs
A ciência compreende o problema associado a obtermos acesso ao nível mais profundo do
mundo material, o mundo dos átomos.
É claro que os cientistas não podem tocar ou manipular um átomo com as mãos, ou mesmo
com os instrumentos mais sofisticados.
Assim, eles conceberam a criação de nanorobôs do tamanho de átomos, contendo um
software programado para dirigi-los e guia-los para executar várias funções.
Os cabalistas revelaram um Alfabeto Divino, uma sequência de vinte e duas letras,
semelhantes às do DNA, criadas há quatro mil anos para ajudar toda a Humanidade.
Elas incluem uma tecnologia chamada Os Nomes de Deus.
É claro que Deus não tem realmente vários nomes.
Esses nomes na verdade são códigos, os quais transferem a consciência de Deus para o
nosso mundo físico, da mesma forma que um escritor transfere seus pensamentos e ideias
a outras pessoas ao escrever um livro.
Esses nomes específicos de Deus são como nanorobôs que lutam por nós no nível da
consciência.
Esses vários códigos alfabéticos e fórmulas, ao penetrar no domínio da nossa consciência,
têm o poder de penetrar no mundo de nossos átomos, nos permitindo, assim, combater o
nosso Adversário.
Eles nos ajudam a derrubar o Adversário, enfraquecendo-o e gradualmente eliminando sua
influência negativa sobre nossa consciência.
Claro, essa é uma tarefa difícil e desafiadora, que exige séria meditação, esforço constante
e muita persistência.
De fato, isso é precisamente o que a oração devia cumprir.
Orar, do ponto de vista do Zohar, é uma arma, não um apelo a Deus.
Orar é uma espada, não uma súplica.
É uma arma para ser utilizada na única guerra que realmente importa — a guerra contra
nosso Adversário.
As letras do alfabeto aramaico nos ajudam a erradicar a reatividade.
Toda vez que fazemos um contato visual com um nome divino, simplesmente percorrendo-o
com os olhos ou recitando um verso cabaIístico específico, enfraquecemos o ego.
Os Nomes de Deus expulsam o egoísmo.
Eles ativam a consciência da certeza e da convicção.
Eles nos fornecem a força para resistir e completar a grande tarefa de atingir os cem por
cento de resistência.
Os cabalistas são muito enfáticos sobre o fato de que nunca conquistaremos o Adversário e
nem nos tornaremos capazes de Amar o Próximo, sem essa tecnologia.
O Poder do Zohar
Como abordei anteriormente, Moisés criou um segundo conjunto de tábuas depois que as
primeiras foram quebradas.
Essas segundas tábuas serviam como o Recipiente da energia da imortalidade até o
momento em que a Humanidade merecesse outra oportunidade para atingir o sonho
supremo.
Os cabalistas nos contam que o próprio Zohar é essa oportunidade.
Em suas letras, palavras e versos encontram-se a manifestação física dessa energia de
imortalidade.
O Zohar não é diferente de uma enciclopédia eletrônico armazenada on-line em um domínio
não físico.
A enciclopédia pode aparecer no vídeo do seu computador, ou pode ser impressa em papel.
Em formato de papel pode ocupar cerca de vinte e seis volumes, mas não é o papel que é
valioso para nós; é a informação que ele transmite à nossa mente devido às letras e
palavras impressas em suas páginas.
Não é a tinta líquida que é valiosa, mas o conhecimento que é transferido para a mente do
leitor através das formas produzidas com a tinta.
Se quisermos estudar química ou biologia, a leitura das várias formas em tinta nas páginas
dos livros transferirá para a nossa mente o conhecimento e as informações sobre esses
assuntos.
Esse conhecimento transcende o formato físico das letras impressas com tinta.
Não se trata da tinta.
Nem do papel.
Trata-se de informação não física que é transferida para a nossa mente através do papel e
da tinta.
Tinta e papel são meros cabos de conexão que transferem quantidades sem fim de
informação e conhecimento.
O Zohar funciona como a enciclopédia do exemplo acima, com uma diferença significativa.
Em vez de conter informação e conhecimento, ele contém a Luz e a Energia metafísicas da
Realidade da Árvore da Vida, incluindo a suprema força de energia conhecida como
imortalidade.
A sabedoria no Zohar é apenas o meio de transferência, exatamente como a tinta e o papel
da enciclopédia.
Um Divino Fluxo de Energia é transferido para o leitor em virtude das letras, palavras,
versos e histórias impressos no Zohar.
O Zohar na História
Infelizmente pouco se sabe a respeito da influência do Zohar através da história. Sir Isaac
Newton o estudou e nele encontrou a fonte de sua grande descoberta: que todas as cores
do arco-íris estão contidas na luz branca.
O Papa Paulo IV autorizou a primeira impressão do Zohar em 1558.
Os muçulmanos do Marrocos, incluindo o finado Rei Hassan II (com quem estudei),
recorreram ao Zohar para ajudá-los a alcançar estabilidade, minimizar o número de vítimas
e chegar a um rápido fim da primeira Guerra do Golfo.
O honorável Reverendo Ezra Stiles, clérigo do Congresso norte-americano, teólogo e
presidente da Universidade Yale de 1778 até 1795, que se correspondia com Thomas
Jefferson e Benjamim Franklin, dedicava diariamente um tempo para estudar os textos do
Zohar, como ele próprio anotou em seu diário.
O reconhecimento do poder metafísico do Zohar vem tanto de cientistas como de
acadêmicos, místicos, filósofos judeus, muçulmanos e cristãos.
Espero com todo o coração que estes textos que você está lendo agora venham finalmente
ajudar a trazer à luz essa verdade para toda a Humanidade.
Os 72 Nomes de Deus
Os 72 Nomes de Deus não são "nomes" no sentido comum da palavra, são uma tecnologia
de ponta.
Tocam profundamente a alma humana e são a chave para nos livrarmos de depressão,
estresse, estagnação, raiva e muitos outros problemas físicos e emocionais.
Os Nomes representam uma conexão com a corrente espiritual infinita que flui através do
Universo.
Quando reunimos corretamente essas fontes de poder, nos tornamos capazes de alcançar o
controle sobre nossa vida e transformá-la para melhor.
Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 22
Um nanorobô de ouro
Os antigos israelitas não eram tolos.
Ao contrário, eram muito avançados em matéria de tecnologia espiritual, tanto
quanto o somos hoje no campo da tecnologia de computadores.
Assim como uma pessoa há mil anos não tinha como imaginar computadores,
celulares, filmes, HDTV e tecnologias biomédicas, hoje nós não podemos nem de
longe imaginar as tecnologias espirituais existentes no tempo de Moisés.
Os israelitas não eram tão ingênuos a ponto de acreditar que venerar um Bezerro
de Ouro pudesse trazer os mesmos resultados que a revelação de Deus através das
tábuas sagradas.
O Zohar diz que ler essa história da Bíblia literalmente é um absurdo.
O Bezerro de Ouro, da perspectiva do Zohar, não era de modo algum um ídolo.
Era um instrumento altamente complexo, muito mais sofisticado e poderoso do que
mil supercomputadores integrados em um só.
O problema com os israelitas não era a sua tecnologia.
Era a sua falta de vontade de abrir mão da materialidade, de abrir mão da interface
(o Bezerro) que faria, em nome deles, o trabalho de gerar a imortalidade.
Por não fazer o seu trabalho no nível da consciência, o Bezerro de Ouro não era um
"Nanorobô" cabalístico.
Os israelitas queriam fazer uma omelete sem quebrar os ovos.
Ou seja, queriam atingir a imortalidade para atender apenas a seus próprios
interesses, sem assumirem a responsabilidade por seus comportamentos e
interesses egoístas.
Não havia laços de amor incondicional entre os israelitas, não havia a consciência
de cuidar do próximo e compartilhar com ele.
Era o Adversário que estava no controle.
Por essa razão, as Tábuas sagradas foram quebradas, a imortalidade foi perdida e o
flagelo da morte voltou ao cenário da Humanidade.
Se os nanotecnólogos de nossos dias não estiverem motivados para erradicar seu
ego ou para desenvolver cuidado e atenção incondicionais com o próximo, se eles
estiverem motivados somente por buscas intelectuais, lucros corporativos,
interesses próprios, a própria sobrevivência, honra, legado, e um Prêmio Nobel,
então esse modo de consciência nunca conseguirá atingir a imortalidade no
Universo. Estaremos procurando os mesmos atalhos que os antigos israelitas
buscaram.
O Tempo É Agora
O aspecto positivo desse cenário é que se tornou evidente que chegamos ao
momento há muito esperado na história em que a janela da imortalidade se abre
mais uma vez.
Da mesma maneira que a abordagem de Moisés — que era livrar-se do ego — batia
de frente com a abordagem dos israelitas—que queriam manter o ego e utilizar um
intermediário material —, esse mesmo cenário se repete em nossos dias.
O mesmo ceticismo que os israelitas tinham em relação a Moisés afeta os cientistas
— e a todos nós — quando se trata de acreditar que nossa consciência e nosso
comportamento são realmente uma tecnologia de ponta.
A Humanidade não entendeu isso naquela época, e hoje corremos o risco de,
novamente, não entender.
A cabala defende a abordagem de Moisés para a imortalidade — que envolve o
emprego da tecnologia conhecida como Ame o Próximo — porque esse
comportamento é espelhado no mundo atômico e subatômico em cada átomo de
nosso corpo.
Tanto os israelitas como Moisés entenderam que a imortalidade podia ser atingida.
Eles simplesmente utilizaram tecnologias rivais, sendo que uma delas não tinha
qualquer chance de sucesso, ao passo que a outra tinha o seu sucesso escrito no
projeto da Criação.
Então é agora
Hoje, o mesmo conjunto de circunstâncias se apresenta bem diante de nossos
olhos.
Os cientistas abraçaram uma questão que antes era considerada tabu: eles
desenvolveram uma tecnologia para alcançar o fim da morte.
Igualmente, a cabala mais uma vez chega ao cenário mundial, após estar oculta
por milhares de anos, também nos prometendo uma tecnologia que pode ocasionar
a morte da morte.
Poderíamos pensar que a notícia do fim da morte, sendo o objetivo destas duas
tecnologias rivais, a nanotecnologia convencional e a nanotecnologia kabalística,
estaria causando enorme reboliço no mundo inteiro.
Ela deveria estar se espalhando através da mídia mundial, gerando uma excitação e
esperança incontidas. Mas não é assim, graças à eficiência do Adversário.
E infelizmente, até agora os nanotecnólogos vêm trilhando o caminho do Bezerro
de Ouro, trabalhando na criação de robôs para manipular os átomos, em vez de
transformarem as suas próprias consciências.
Continua
Tecnologia para a Alma – Parte 23
Fale
"E fale à rocha diante dos olhos deles e ele dará a sua água... E levantou Moisés a
sua mão e golpeou a rocha duas vezes com seu cajado e saiu muita água, e a
congregação e os seus animais beberam".
Números 20:8, 11
Para aqueles não familiarizados com esse trecho da Bíblia, ele diz respeito ao
evento que aconteceu depois da Revelação no Monte Sinai.
A imortalidade já estava perdida e os israelitas estavam perambulando pelo deserto
suplicando por água.
Deus instrui Moisés a falar a uma rocha diante de todos os israelitas, fazendo com
que a água fluísse dela.
Surpreendentemente, Moisés não obedeceu.
Ao invés de falar à rocha, ele a golpeou duas vezes com o seu cajado.
Então, a água começou a jorrar.
É dito que Deus então puniu Moisés por desobedecer ao Seu comando.
A punição era a de que ele não poderia entrar na Terra de Israel.
E assim, no final, Moisés morre e é enterrado em um túmulo desconhecido, fora da
Terra Santa.
O Zohar decodifica essa história, dizendo que a água nunca fluiu da rocha.
A Bíblia, em um nível mais profundo, não estava de modo algum se referindo à
água de beber.
A água é uma metáfora da sabedoria, da energia divina e da tecnologia da cabala.
O Zohar afirma:
"Da rocha, ao segundo golpe, as gotas de água começaram a sair. Essas gotas de
água são os sinais da sabedoria, sinais da sabedoria da cabala."
Zohar, vol. 22, 16:73
Não era água que estava fluindo da rocha, era, na verdade, a impressionante
energia e o poder da cabala.
O Zohar continua, explicando que da rocha saíram gotas de água e não uma onda.
Por quê?
Com os Olhos
Para aqueles que não sabem ler ou falar a língua do Zohar, a meditação visual é
semelhante ao ato de falar com os átomos.
Sabemos que esse é um grande e poderoso segredo, porque o encontramos
confirmado tanto pelo Zohar quanto pela Bíblia no que diz respeito à Revelação que
aconteceu no Monte Sinai.
A Bíblia nos diz que os israelitas que testemunharam esse grande evento realmente
enxergaram os sons associados com a Revelação Divina:
"E todo o povo viu os sons."
Êxodo 20:18
O Zohor desenvolve esse conceito radical ainda mais.
O Zohar diz que enquanto a energia divina fluía das Tábuas depois de percorrer
todas as dez dimensões, as palavras proferidas por Deus produziram um som
trovejante que realmente poderia ser visto pelos Israelitas.
"O som foi dividido em setenta sons, todos eles iluminados e cintilantes aos olhos
de todos os israelitas, que viram o Seu esplendor com seus olhos."
Zohar, vol. 11, 33:368
Aqui se encontra um dos grandes segredos por trás da ideia de apenas
escanearmos, ou seja, simplesmente passarmos os olhos sobre os textos bíblicos e
cabalísticos, em particular o Zohar, conhecido como o Livro do Esplendor.
Nossos olhos têm o poder de ver sons, perceber as ondas energéticas e as
vibrações criadas pelas próprias letras e palavras utilizadas para formar um som.
Enxergar os Nomes Divinos e os textos sagrados do Zohar é também falar,
pronunciar os seus sons.
Assim, cada um de nós deve falar aos nossos átomos — e não golpeá-los — ao
tentar restaurar nossos corpos e almas ao seu estado natural de bem-estar.
Toda vez que nos comportamos com consciência egocêntrico, estamos golpeando
nossos átomos, enfraquecendo as suas ligações e tornando-os mais suscetíveis às
influências negativas de nosso ambiente: o ar tóxico que respiramos, os alimentos
não saudáveis que comemos e as águas contaminadas que bebemos.
Toda vez que tratamos um sintoma, estamos golpeando o átomo.
Desse modo, estamos apenas liberando gotas de energia em vez de um constante
fluxo de Luz.
Fale ao átomo — não o golpeie!
Através da tecnologia de Ame o Próximo e utilizando ferramentas como o Zohar,
podemos recuperar o controle sobre nossos pensamentos e, por sua vez, sobre
nossos corpos e almas.
Falando Praticamente
Resistir a um mero ato de egoísmo a cada dia de nossa vida é falar aos nossos
átomos nos níveis mais simples. Resistir a um impulso de gritar com um ser
amado. Resistir ao reflexo natural de praguejar contra aqueles que nos ofendem ou
machucam. Resistir a perder a cabeça, mesmo que seja justificado fazê-lo.
E, mais importante, falar aos nossos átomos significa reconhecer a existência e a
influência do Adversário.
Isso é extremamente difícil para o ego.
Essa é a pista que indica que conseguimos identificar o verdadeiro culpado.
É assim que elevamos a nossa consciência.
Isso é consciência.
Ela se eleva à medida que nos forçamos a pensar nos outros, a ter consideração
por eles, embora cada impulso em nosso corpo nos diga para fazer o contrário.
Se pudermos perceber o ego em nossos atos, questionar nossos motivos, ver nosso
interesse pessoal oculto e, pelo menos, nos empenharmos em mudar nosso
comportamento em pequenas porções a cada dia, estaremos dando gigantescos
saltos quânticos.
Em vez de colocar nosso foco em sermos mais espertos, ou termos mais razão
numa briga ou discussão, nosso objetivo passa a ser identificar nossa resposta
voltada para nossos próprios interesses.
Afinal de contas, nosso objetivo na vida não é ganhar a discussão ou ter razão.
É revelar a Luz por meio da resistência.
Uma Escolha
Simplificando, exercer o nosso livre-arbítrio significa escolher um dos dois caminhos
para o destino final: o caminho do sofrimento para o ego e do amor ao próximo,
ou, então, o caminho da gratificação do ego, acompanhado por um longo período
de caos e sofrimento.
A escolha é nossa.
Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 24
A solução na semente
Estou propositadamente tentando emular o espírito da ciência na tentativa que faço
a seguir de reduzir a sabedoria da cabala aos seus elementos mais simples.
Se eu for bem-sucedido, isso deverá dar início a nada menos do que um tremendo
movimento popular cujo único objetivo será o de nos levar à derrocada inequívoca
da morte, ao fim de toda infelicidade e ao advento da imortalidade.
Pois, se você fizer uma tentativa sincera de compreender as verdades simples da
cabala aqui resumidas — provas lógicas que conciliam a ciência com a cabala — a
Causa e o propósito de toda a realidade se tornarão evidentes por si mesmos.
Origens
Sempre houve, ao longo da história da Humanidade, um ardente e contínuo debate
a respeito da verdadeira natureza da realidade.
Atualmente, muitos físicos sustentam que no coração do Universo encontram-se
partículas subatômicas exóticas, ou cordas em vibração.
Outros, como o matemático e astrônomo Sir James Jeans, têm uma visão
diferente:
"O Universo começa a parecer mais com um grande pensamento do que com uma
grande máquina."
Iremos agora empregar o raciocínio cabalístico para descobrir a causa suprema da
realidade, e desse modo responder à pergunta mais importante já feita em todos os
tempos e que tem obcecado a Humanidade desde épocas imemoriais.
O Pensamento da Criação
A cabala tem sido frequentemente descrita como a mais abrangente ciência de
Causa e Efeito conhecida pelo homem.
Empregando a antiga regra cabalística de Causa e Efeito, vamos desvendar de uma
só vez os mistérios em torno da natureza da realidade e a causa de toda a
existência.
Tragicamente, quando se considera a quantidade de sangue derramado, de
conflitos e de dor que esse tópico tem causado, a simplicidade da lógica por trás da
resposta é realmente desconcertante.
E esteve diante de nossos olhos o tempo todo.
A regra primária da Ciência da Causa e do Efeito estabelece o seguinte:
A Semente da Imortalidade
"Depois que essa luz foi criada, ela foi ocultada e encerrada dentro daquele pacto
que entrou na rosa e a frutificou. Isto é formulado pelas palavras "a árvore que
contém o fruto cuja semente está dentro dele".
Zohar, vol. 1, Prólogo, A Rosa
Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 25
Três Conceitos
Não há nada que apareça na civilização humana atual que não comece primeiro no domínio
da consciência.
A consciência sempre precede a expressão física, infalivelmente.
Tudo, da arte à literatura, da ciência à tecnologia, todas as manifestações físicas
emergentes de todos os campos da atividade humana começaram primeiro como uma ideia.
Uma ideia ou um pensamento são definidos como partes do domínio da consciência.
O mesmo princípio também é válido para os átomos, prótons e elétrons.
Eles são apenas manifestações da consciência.
A consciência é o único fio que tece toda a Criação.
Esse é o primeiro conceito.
Os dois últimos conceitos para entendermos o mundo natural se relacionam diretamente
com a natureza da consciência.
Especificamente, existe uma só lei que governa o domínio da consciência, e há apenas uma
força que influencia a consciência.
Já examinamos ambas no decorrer destes textos.
No momento em que entendermos verdadeiramente essa única lei e essa única força, todos
os paradoxos da física se reconciliarão e todos os conflitos desaparecerão.
A Única Lei
Essa única lei dita que no domínio da consciência os semelhantes se atraem e os opostos se
repelem.
Isso é tudo que precisamos saber.
Tudo o que ocorre na nossa realidade flui a partir dessa única lei.
A Única Força
A única força que influencia a consciência é uma força de oposição, uma força contrária, que
usa aquela única lei sobre a qual acabamos de falar para se ocultar e impulsionar este
mundo para um caos crescente.
Essa força única se chama Satan.
Como já descobrimos, essa palavra, Satan, é a mais adulterada e mal-entendida da
linguagem humana. Traduzida adequadamente do hebraico, significa Adversário.
O Adversário se refere a uma força que incansavelmente impulsiona este mundo — e a
nossos seres individuais — para longe da Fonte da verdadeira realidade.
Uma vez que a verdadeira realidade é a ordem perfeita, quanto mais nos afastarmos dela,
quanto maiores forem a distância
e o espaço dessa separação, mais alto será o nível de desordem.
Assim, o Adversário é a Causa da crescente desordem que ocorre no mundo físico. No nível
individual, o Adversário nos compele a receber em vez de compartilhar e esse ato de
receber, é o que nos distancia da Fonte da ordem e da felicidade perfeitas.
Vamos agora abordar o Paradoxo de Loschmidt, e descobrir como um mundo subatômico,
onde o tempo e as moléculas caminham tanto para frente como para trás, dá origem a uma
realidade na qual o tempo e as moléculas se movem em uma única direção, rumo ao que
parece ser o caos crescente, como estabelecido pela Segunda Lei.
Verdadeira Realidade
Verdadeira realidade é o mundo da Luz.
A Luz é consciência pura, ilimitada e abrange uma incalculável e inexaurível felicidade.
A Luz criou um Recipiente — as almas da Humanidade — para lhe conceder essa felicidade
para sempre através da união de dois opostos: Compartilhar e Receber, Luz e Recipiente.
Entretanto, no mundo da consciência é impossível unificar opostos, devido à lei que
estabelece que os opostos se repelem.
Daí, surge o primeiro paradoxo: Como Deus compartilha felicidade com a Humanidade, se o
Desejo de Receber da Humanidade é o verdadeiro culpado pela separação dessas duas
formas de consciência?
A resposta foi revelada na história do homem rico e avarento, Sal Fishman, e do sem-teto.
O ato físico de receber do sem-teto foi realmente um ato de compartilhar.
Ele recebeu algo no nível físico, mas compartilhou no nível da consciência.
Essa história revela a chave para unificar a Luz e o Recipiente: o Recipiente deve receber
fisicamente com a finalidade de compartilhar no nível da consciência.
A Resposta Interna
Ficamos sabendo que o DNA de Deus foi implantado no interior do Recipiente.
O DNA é realmente uma espécie de buraco de minhoca da física, um atalho através do
espaço e tempo, uma passagem preenchida de Luz para o Mundo sem Fim.
O Recipiente não pode se conectar com a Luz Divina que existe dentro dele por causa da Lei
da Atração, que dita que os opostos se repelem.
Portanto, o Recipiente não tem como voltar para casa — falando figurativa e literalmente —
e reunir-se com Deus.
O mesmo acontece no interior do átomo, onde o elétron não consegue se conectar com o
próton do mesmo átomo:
A Única Solução
A conexão com a Força da Luz do Criador é feita de uma única maneira: o indivíduo deve
emular a consciência de Deus e as ações de Deus, o que significa compartilhar e amar os
demais incondicionalmente.
É assim que chegamos mais perto de Deus, nos conectamos com ele e o vivenciamos
internamente.
Essa é a lei que estabelece que semelhante atrai semelhante.
Quando fazemos isso no mundo da consciência, podemos dirigir a maneira dos opostos se
atraírem em nossa realidade física.
Se tivermos caos, atrairemos o oposto: a perfeita ordem.
Se tivermos doença, atrairemos a cura.
Se tivermos pobreza, atrairemos o sustento.
Se tivermos ciúme, atrairemos a segurança interna.
Se tivermos uma pergunta, atrairemos a resposta verdadeira.
Não há outra metodologia para recebermos as bênçãos e a Luz do Criador.
Não importa o quanto estivermos bem-intencionados, ou quão fortemente oremos. Não
podemos nos conectar ao Deus interno se nossos corpos e consciências estão no estado
oposto, de receber.
Essa é razão pela qual o Recipiente foi forçado a se fragmentar em muitos pedaços.
Somente interagindo com os outros, especificamente através do ato de compartilhar e ao
aprender a amar incondicionalmente, é que poderemos algum dia fazer contato com o
Criador interno e alcançar o propósito da Criação: imortalidade e prazer eternos.
Essa é a razão para a existência do corpo.
Ele existe temporariamente para nos dar a oportunidade de transformar a consciência de
Receber (o gene egoísta) dele em consciência de Receber para Compartilhar (o Gene
altruísta de Deus).
A imortalidade foi colocada em compasso de espera dentro do esperma e do óvulo até que
essa transformação se complete.
O Mundo Importa
O Zohar diz que tudo em nosso Universo — dos objetos inanimados aos reinos vegetal e
animal — está sob a influência direta da Luz do Criador e da Divina Consciência.
Assim, cada átomo se liga a outro através da familiar lei física segundo a qual os opostos se
atraem e os iguais se repelem.
Mas esse é o Efeito físico.
A consciência do átomo é compartilhar um elétron para satisfazer o outro átomo ao qual
falta um elétron.
E a consciência do átomo que recebe é aceitar elétrons para ajudar o átomo doador a obter
sua própria estabilidade e felicidade.
Essa interação no nível físico faz com que o primeiro átomo seja positivo e o segundo
negativo, como resultado de ter mais elétrons que o primeiro.
Mas nesse mesmo cenário ambos os átomos apresentam uma consciência de compartilhar
e, portanto, os iguais se atraem.
Por outro lado, ambos os átomos se ligam através dos efeitos físicos da atração dos
opostos.
Como podemos entender agora, existem duas forças em ação — os iguais se atraem e os
opostos se atraem!
A primeira dá origem à segunda.
A ciência está absolutamente correta quando diz que os opostos se atraem.
A cabala também está correta quando diz que os opostos se repelem.
Os dois mundos são conciliados quando se inclui a consciência como fator.
Divisão de Continentes
Existe um vasto abismo entre o Deus interior e nossos corpos físicos.
Por isso é tão difícil para nós encontrar Divindade e experimentar bênçãos constantes.
O único meio de fazermos esse contato e encontrar a verdade é primeiramente remover o
abismo, renunciar ao interesse próprio e abraçar a ausência de egoísmo. Mas achamos que
isso é impossível de ser feito.
Somos engolfados pelo ceticismo e pela dúvida, porque não reconhecemos a existência do
Adversário.
Entretanto, uma vez que atravessemos essa linha, no momento em que reduzimos nosso
ego e alteramos nosso sistema de crenças, mesmo que temporariamente, para pelo menos
considerar a possibilidade de que essa força oponente realmente exista, começamos a
perceber o cintilar das luzes da verdade à distância.
Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 26
O Segredo
O único meio de fazer contato com o Gene de Deus interno é compartilhar uns com
os outros.
Cada ato externo de compartilhar nos aproxima de Deus, porque semelhante atrai
semelhante.
Quando o compartilhar é visto dessa maneira, entenderemos o que significa
realmente a Ganância Iluminada, e ela se tornará a motivação por trás de todos os
nossos atos de compartilhar e de resistência.
Dor é pagamento
Qualquer dor, qualquer caos em nossa vida, é o resultado direto do espaço que
criamos nos longos anos em que só recebemos.
Pegamos emprestado do Universo e deixamos um buraco negro.
Esse buraco cresce e se alarga cada vez que satisfazemos o nosso ego e recebemos
em vez de compartilhar.
Negócios, indústria, educação, governo têm por base o receber em vez do
compartilhar.
É por isso que a sociedade declina enquanto nós permanecemos cegos, sem
enxergar a causa subjacente à degradação da vida humana, da civilização e do
ambiente global.
Essas são apenas manifestações visíveis do espaço negativo que criamos com o
nosso simples comportamento humano.
Esse tem sido o caminho da história.
A Arte de Enganar
Sem os ensinamentos da cabala, esse espaço negativo nos engana quando
realizamos um ato de compartilhar.
Ficamos nos perguntando por quê.
Apesar do nosso ato de compartilhar, parece não ter havido um benefício
verdadeiro para nós.
A situação torna-se perigosa quando cometemos aquele erro muito comum de nos
queixarmos de que o compartilhar não traz recompensa, porque reclamar significa
que estamos sob a influência do Adversário.
Mesmo que o nosso ato original tenha sido puro, nossa queixa é uma forma de
receber, permitindo que o espaço retorne.
Nosso mundo acaba parecendo sem esperança e, então, ficamos ainda mais
desesperados para preencher o vazio, e o ciclo vicioso se perpetua.
O Adversário é quem nos convence de que compartilhar não compensa e de que
perder o ego é uma ideia aterradora demais para ser levada em consideração.
Além disso, ele nos concede um alívio temporário e assim não nos sentimos
motivados para saldar a nossa dívida.
Ao contrário, nós a tornamos ainda maior.
Pagando o Empréstimo
Se abraçarmos a oportunidade e a reconhecermos pelo que ela é, o espaço se
preencherá rapidamente e poderemos modificar a nossa vida mudando a nossa
consciência.
Quando esses espaços forem preenchidos, nossos atos de compartilhar nos trarão
incomensuráveis bênçãos, com a mesma rapidez com que adquirimos nossa dívida.
Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 27
Luz é misericórdia
Os alunos de cabala perguntam com frequência se existe um meio para reduzir a dor que
nos é devida como resultado do espaço que nós mesmos criamos.
A resposta é um enfático sim.
Moisés recebeu no Monte Sinai a tecnologia da cabala e ela pode nos proporcionar a força, a
sabedoria e a vontade de compartilhar e resistir ao ego.
O Plano do Sinai
A tecnologia revelada no Sinai foi projetada para nos permitir pagar o nosso débito de uma
maneira que nos desse condições de também gozar a vida graças às amizades, às
parcerias, aos casamentos e aos filhos, ou seja, aos relacionamentos. Se valorizarmos isso
e usarmos a Luz para extirpar o nosso ego, apenas o ego sofrerá, não o corpo ou a alma e
nem certamente o mundo à nossa volta.
Mais ainda, a Luz que estaríamos gerando dividiria os nossos pagamentos em pequenas
prestações, que poderiam ser administradas com mais facilidade.
Vou explicar agora como isso funciona.
Um Elétron
Na verdadeira realidade sem fim há de fato um único elétron, mas do outro lado do espelho
ele aparece como um número incontável de elétrons.
Quando um físico observa um elétron, ele está olhando em um espelho.
O que ele vê são as sementes de sua própria consciência.
Especificamente, a consciência está encarando a consciência.
Mas um físico usando o intelecto só pode atingir a verdadeira realidade até esse ponto, não
pode atravessar o espelho para o outro lado sem abrir mão do seu ego. Ego e Luz se
repelem mutuamente, portanto eles nunca podem se conectar.
Essa é uma Lei Universal de nosso Cosmos.
Há dois mil anos o Zohar disse que o assim chamado ponto intermediário é o mundo que dá
origem à nossa realidade física, ele é o cadinho do mundo material. Ao falar das dimensões
ocultas e da energia que reside ali, o Zohar afirma:
"... Tudo se encontra nele como as ondas do oceano, que vão e voltam..."
Zohar, vol. 7:83
O Efeito Próton
De um lado do espelho há uma infinita Consciência de Luz Positiva; no nosso lado da
realidade isso é chamado de próton.
Os prótons oferecem um desafio ao físico que estuda partículas: se partículas semelhantes
se repelem, como é que dois ou mais prótons podem habitar o núcleo de um átomo?
Como podem permanecer lado a lado?
A física afirma que a resposta se encontra no fenômeno conhecido como força forte, que
supera a tendência dos prótons de se repelir, forçando-os a ficar juntos no núcleo.
É interessante notar que quando os cientistas tentaram reduzir o próton a partículas ainda
menores, encontraram algo surpreendente: dentro do próton não havia quase nada.
Ao lado do próton havia uma partícula sem massa com propriedades pegajosas, que eles
apelidaram de glúon. Os físicos dizem que o glúon é o responsável pela força que mantém
os prótons juntos no núcleo do átomo.
Mais uma vez, temos aí o Efeito Torre de Babel causando confusão.
De acordo com a cabala, o glúon não é uma partícula. O glúon é simplesmente o Efeito que
surge quando duas partículas de consciência de compartilhar, positiva, exibem a realidade
mais profunda de que semelhante atrai semelhante.
Ou seja, dois prótons permanecem ¡untos porque compartilham a mesma consciência.
Enquanto o elétron se comporta de um modo que o aproxima da nossa realidade física, o
próton está mais perto da realidade de consciência da Luz.
É por isso que, no nível da física de partículas o princípio que diz que semelhante atrai
semelhante sobrepuja o que afirma que iguais se repelem.
Os cientistas concordam com isso, pelo menos na medida em que não conseguem detectar
nada físico no glúon.
Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte Final
Um Final Simples
Não sabíamos de nada disso até agora devido ao Adversário, que promoveu o
comportamento egocêntrico para criar espaço entre as pessoas e a verdade.
Esse é o jogo cósmico de esconde-esconde no qual entramos quando viemos a este
mundo.
A Chave Suprema
Agora irei lhe entregar a chave que o meu venerado mestre, Rav Brandwein, me
entregou há tantos anos.
Essa chave tem o poder de unir opostos e remover o espaço entre muçulmanos,
judeus e cristãos.
Ela pode remover o espaço entre nossos átomos e o espaço entre o nosso desejo
de felicidade e a obtenção dessa felicidade.
Observei com os meus próprios olhos quando o meu mestre exerceu o seu poder
para unir opostos, remover o espaço entre árabes e judeus e entre judeus
conservadores e moderados.
Quando cheguei em Israel pela primeira vez, eu era um homem de negócios de
Nova York, sem nenhum interesse em qualquer coisa espiritual ou cabalística.
Contudo, através do poder do amor do meu mestre e da Luz que irradiava de sua
essência, fui atraído para um mundo que mudou o curso de toda a minha vida.
Meu mestre usava o amor para construir uma ponte sobre a linha divisória entre ele
e um camponês árabe, que se supunha ser seu inimigo mortal.
E meu mestre continua a fazer isso hoje, estando presente enquanto escrevo este
texto final, ligando os mundos opostos de nossa dimensão física com a verdadeira
realidade invisível.
A chave de nossa transformação e da transformação do mundo é o conceito de
compartilhar, conhecido também como Ame o Próximo como a Si Mesmo.
O segredo de Amar o Próximo se encontra na Segunda Lei.
Durante décadas, a ciência alega que a Segunda Lei é a razão pela qual morremos
e por que o mundo da matéria fica cada vez mais desordenado quando a energia e
as moléculas se espalham pelo espaço.
E a Segunda Lei também afeta o Sol, esse corpo estelar que nos dá a vida.
Cabalisticamente, a consciência primária do Sol (seu objetivo essencial e sua
função) é compartilhar a sua luz.
Do nosso ponto de vista, o Sol faz isso incondicionalmente dia e noite.
No caso do Sol, que compartilha a luz, a Segunda Lei realmente explica a criação
da vida, pois a energia do Sol se espalhando através do espaço fica cada vez menos
organizada, mas nesse processo ilumina o nosso planeta, causando a fotossíntese e
as condições para a própria vida, onde, em contraste, a Segunda Lei funciona sob
condições induzidas por interesses pessoais e pelo desejo de receber (o Adversário)
e que leva diretamente ao caos.
Quando emularmos a consciência do Sol, quando agirmos como a Consciência
Divina do Criador e compartilharmos, atravessaremos o espelho desse Universo
finito em direção ao infinito da realidade verdadeira.
Amar os outros é a maneira de acessar a verdadeira realidade e afetar cada átomo
do Universo.
Essa é a nanotecnologia.
Esse é o projeto da imortalidade.
E o seu tempo é agora.
Lembro-me de uma famosa história que tem um significado totalmente novo à luz
da tecnologia apresentada nestes textos.
Um aluno certa vez pediu a um grande sábio que lhe ensinasse da forma mais
simples possível todos os mistérios da Bíblia e toda a sabedoria encontrada nos
antigos comentários bíblicos. O sábio olhou para ele afetuosamente, sorriu e
respondeu: "Ame o Próximo como ama a si mesmo. Todo o resto é comentário.
Agora vá e estude."
Infelizmente, passados dois mil anos, a Humanidade ainda não aprendeu essa lição.
A razão de se amar o próximo incondicionalmente a essa altura já devia ter se
tornado clara.
Levará este mundo para dentro do mundo de Luz sem fim e desse modo dará ao
nosso próximo o dom da imortalidade.
Isso inclui felicidade sem fim, serenidade e prazer.
Esse é o segredo oculto por muito tempo que os cabalistas transmitiram a alguns
seletos alunos através das gerações.
Os cabalistas recebiam o segredo da imortalidade (Cabala significa "receber") dos
seus mestres e o transmitiam aos seus alunos. E o segredo da imortalidade é o
ensinamento e a energia que está no Zohar.
A chave da imortalidade está sendo revelada nestes textos:
Quando amamos outro ser humano completamente, quando compartilhamos cem
por cento, então automaticamente nos conectamos com a Luz, porque os
semelhantes se atraem.
A única força que impede um cabalista de chegar à imortalidade é o Adversário.
O caminho da Cabala foi originalmente projetado para apagar o Adversário da
consciência de quem a pratica.
Uma vez erradicado o Adversário, o discípulo seria capaz de compartilhar
incondicionalmente.
O Adversário, entretanto, penetrou no mundo e assim a oportunidade de se obter
acesso aos segredos da Cabala nunca foi oferecida às pessoas.
Somente alguns cabalistas em cada geração o conseguiram.
Aqueles que atingiram esse nível de existência sem morte não são vistos em nosso
meio com os nossos cinco sentidos, embora eles caminhem entre nós diariamente.
Um dia nós estaremos entre eles.
Entretanto, até que esse dia chegue, a consciência centrada em nós mesmos
mantém uma cortina sobre nossos olhos, impedindo-nos de ver a completa
realidade.
A Realidade da Imortalidade
Há dois mil anos calculou-se que, se a meta da obtenção da imortalidade global não
tivesse sido atingida quando a Humanidade chegasse aos dias de hoje, o Zohar
seria revelado ao mundo para assegurar uma transição suave e bondosa para a
indescritível plenitude da nova realidade.
Praticando um pouco de resistência a cada dia e compartilhando o Zohar com outro
ser humano, podemos ajudar a alcançar esse objetivo.
O único requisito é que admitamos ter entregue nosso poder ao nosso próprio ego.
Isso significa reconhecer que o Adversário, na verdade, existe dentro de nós —
assim como a Luz de Deus — portanto, ninguém pode ser acusado pelo caos em
que vivemos, exceto nós mesmos.
Mudar drasticamente nossa consciência e compartilhar o Zohar são a chave.
E agora, à medida que o Zohar começa chegar ao mundo era números cada vez
maiores e que mantemos os nossos egos sob controle, a Luz da Imortalidade
começará a brilhar em pequenos bolsões, depois em grandes reservatórios, logo
em seguida em grandes lagos e, finalmente em oceanos cada vez maiores,
inundando a todos nós com a consciência de Ame o Próximo.
E a força da morte se retirará de nossa existência para sempre.
Epílogo
A Vida é um Filme
Quando assistimos a um filme, a luz emana de uma tela e entra por nossos olhos.
Estamos vendo um reflexo da luz, não olhando para ela diretamente.
As imagens e a atividade que vemos na tela não são reais.
São apenas uma ilusão criada pelo movimento rápido de um conjunto de imagens
individuais, fixas.
Nosso mundo funciona do mesmo modo.
Nunca vemos a luz do Sol diretamente.
A luz direto do Sol é invisível.
Só a vemos depois que ela atinge um objeto e se reflete em nossos olhos.
O mundo é a nossa tela de cinema e todos em torno de nós são parte do nosso
filme.
O projetor de nosso filme é a consciência, pois a verdadeira realidade é silenciosa e
sem movimento.
É a nossa consciência que cria a ilusão de movimento.
Cada um de nós é responsável por criar o filme que é o nosso mundo.
Cada um de nós projeta uma frequência específica de luz na tela da realidade
consensual.
O mundo em geral e o nosso mundo pessoal, constituído de família e amigos, se
apresentam com base na soma total de nossas interações e de nossos estados de
consciência. Podemos criar e alterar o nosso próprio filme compartilhando o Zohar e
amando incondicionalmente.
E através de nossas ações podemos ensinar os outros a compartilhar a Luz e a criar
um filme melhor. Quando o mundo inteiro tiver alinhado sua consciência no sentido
de compartilhar, o filme da existência humana continuará para sempre.
Esse filme, que nunca chegará a um fim, terá um único tipo de surpresa e de
suspense: ficaremos nos perguntando como o próximo instante poderá ser ainda
mais sereno, prazeroso, mágico e repleto de alegria do que o presente momento.
Esse é o nosso destino.
Ele se encontra aqui, para nós, neste exato momento.
Temos apenas que escolhê-lo.
De acordo com a cabala, o sofrimento pelo qual a Humanidade vem passando ao
longo de incontáveis séculos terminou no ano de 5760 do calendário cabalístico,
que corresponde ao ano 2000.
As histórias dolorosas, de profundo sofrimento e pesar, acabaram.
Tudo o que temos a fazer agora é resistir a um pouco de ego, nos tornarmos
responsáveis pelo nosso próprio caos, e compartilhar a Luz do Zohar com outros.
Todas as histórias que estavam destinadas ocorreram ao longo da existência
humana.
A história final agora é conosco
Resta apenas uma história para ser contada e vivida: aquela que começa com a
palavra viveram, e continua com a expressão felizes para sempre