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Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria - Índice

Introdução

Parte Um A Promessa da Nano

Parte Dois As Origens do Átomo e de Adão

Parte Três A Estrutura de Tudo

Parte Quatro A Ganância e a Lei da Atração

Parte Cinco A Consciência e a Causa da Morte

Parte Seis O Coração e a Ciência da Nanotecnologia

Parte Sete O Coração da Matéria

Parte Oito O Caminho para o Antes Impensável!

Parte Nove Os Robôs entram em Cena

Parte Dez Fale com o Átomo

Parte Onze A Bomba! (Um Paradoxo Resolvido)

Epílogo
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria - Introdução

O poder
Alguns de vocês ao lerem estes textos perceberão, com espantosa clareza, o
impressionante e histórico poder dos ensinamentos nele contidos.
Outros não.
Alguns de vocês reconhecerão as profundas implicações da tecnologia apresentada
nas páginas que se seguirão.
Outros não.
Para muitos, estes textos desencadearão uma transformação tão profunda que
modificará a realidade de suas vidas de uma maneira que talvez não ousassem
sonhar ou imaginar.
Para outros, ele vai parecer insignificante e falacioso.
Isso não é incomum nem imprevisível, pois sempre foi assim quando a sabedoria
cabalística foi revelada.
Um antigo adágio diz: Quando o discípulo está pronto, o mestre aparece.

Encontrando o Mestre
Quando encontrei pela primeira vez meu professor, o renomado cabalista Rav.
Yehuda Brandwein, em Jerusalém, me senti como se estivesse diante de alguém
que havia sido transportado diretamente da Idade Média, embora estivéssemos no
ano de 1962.
Sua aparência, seu comportamento e seu modo de falar eram obviamente de outro
tempo.
Era meu primeiro encontro com alguém que explorava extensamente os mistérios
da Cabala.
Embora eu próprio tivesse estudado teologia, tendo sido ordenado rabino e feito
pós-graduação em estudos rabínicos avançados, a cabala tinha sido uma área de
estudos proibida para mim.
Essa proibição não me incomodava pessoalmente, pois eu não tinha nenhum
interesse pelo assunto.
No que dependesse de mim, eu tinha mais chances de voar para a lua do que
entrar nos santuários do sabedoria cabalística.
E, apesar disso, lá estava eu, pela primeira vez na minha vida, prestes a conhecer
um autêntico cabalista.
Eu não tinha a menor ideia do que esperar.
Nem certeza do que poderíamos falar.
Sabia que ele nunca havia cursado uma universidade.
Na verdade, ele provavelmente jamais havia ouvido falar de Harvard.
Nunca havia recebido qualquer tipo de educação laica.
Jamais havia estudado ciências.
Sua única educação havia sido o estudo da Torá, da Bíblia, e da Cabala.
Minha única opção era falar sobre a Bíblia.
Foi o que fizemos.

Lembro-me de ter ficado extremamente surpreendido com os extensos


conhecimentos e insights de Rav Brandwein sobre assuntos bíblicos.
Ele me perguntou se eu conhecia alguma coisa sobre cabala ou sobre os grandes
cabalistas que viveram ao longo do tempo.
Respondi que não.
O único cabalista do qual eu ouvira falar era Rav Shimon, o filho de Yohai, que
viveu aproximadamente há dois mil anos e foi o autor do Zohar, o livro mais
importante da cabala.
Esse era todo o meu conhecimento sobre o assunto.

Dois Mundos em Colisão


Há alguns anos, quando a religião tradicional organizada não conseguiu responder
satisfatoriamente às perguntas realmente desafiadoras com as quais todos os
rabinos e padres se confrontam em algum momento, eu a deixei.
Fui para o negócio de seguros, tendo como clientes as prefeituras e distritos da
cidade de Nova Yorque.
Envolvi-me com empreendimentos imobiliários, política nova-iorquina e filantropia.
Tive a honra de comer comida kasher na Casa Branca, durante o governo Kennedy,
na ocasião em que foi servida ali pela primeira vez.
Não é, portanto, nenhum exagero dizer que vi, no meu primeiro encontro com o
meu mestre, uma colisão de dois mundos totalmente opostos.
De um lado, um moderno homem de negócios do mundo ocidental que havia
abandonado o meio religioso à procura de riqueza material e, do outro, um
cabalista aparentemente pinçado da antiga Jerusalém e que estava em busca de
tesouros espirituais.
Eu estava extremamente curioso a respeito desse homem por muitos motivos, mas
nenhum deles tinha algo a ver com a Cabala.
Rav Brandwein era um cabalista ultraortodoxo que vivia de acordo com um rigoroso
código de lei, muito embora fosse também o Rabino Chefe do poderoso Sindicato
dos Trabalhadores de Israel.
Para os que não estão familiarizados com a cultura de Israel, é importante
esclarecer que o Sindicato desprezava a religião.
Seus membros, mesmo vivendo bem no meio da Terra Santa, constituíam um
grupo absolutamente antirreligioso, e foi por isso que o fato de terem escolhido Rav
Brandwein me deixou tão perplexo.
Por que esse Sindicato antirreligioso escolhera um cabalista ultraortodoxo como seu
Rabino Chefe?
O paradoxo me fascinava.

Eu havia passado muito tempo em Israel.


Sem dúvida, era um país onde as linhas de demarcação eram extremamente claras
no que se referia à comunidade ortodoxa: ou você pertencia a ela ou estava fora!
Se você fosse um membro da comunidade da extrema direita ortodoxa, você teria
tolerância zero para com qualquer coisa, ou qualquer pessoa, que representasse o
judaísmo reformista ou conservador ou — Deus o livre — o mundo laico.
Da mesma maneira, se você fosse um judeu reformista haveria uma inequívoca
linha separando-o dos judeus conservadores.
Contudo, havia aqui dois extremos opostos — um milhão de membros de um
Sindicato antirreligioso e um cabalista ultraortodoxo — que escolheram construir os
seus futuros juntos.
Até mesmo seu estilo de se vestir diferia dramaticamente.
Meu futuro mestre usava roupas que lhe davam a aparência de um indivíduo
profundamente religioso, alguém que poderia ter vivido há mil anos.
As pessoas do Sindicato tinham roupas modernas, informais.
Em todos os níveis, era um casamento entre duas culturas diametralmente opostas.
Eu nunca tinha visto um relacionamento tão bizarro.
E sabia que nada semelhante existia em qualquer outra parte deste mundo.

A Fusão de Opostos
Essa especificidade, essa fusão de dois opostos, é a essência de todos os
ensinamentos cabalistas.
É também a chave para se chegar à nanotecnologia, o controle da matéria no nível
molecular.
Mas, naquele momento, eu não tinha a menor ideia de que essa dicotomia me
levaria a buscar e a encontrar a realidade suprema, que é o tema destes textos.
Nos anos seguintes, vi o relacionamento entre meu professor e os membros do
Sindicato florescer incrivelmente.
Simples trabalhadores, muitos dos quais analfabetos e sem instrução, amavam e
reverenciavam meu mestre com uma devoção que eu nunca havia visto ou
vivenciado antes.
Rav Brandwein estava tão longe do mundo deles como o norte está do sul.
Contudo, eles o acolhiam com um amor e um apreço que eu nunca imaginei que
pudesse existir, mesmo entre pessoas que pensassem da mesma forma e muito
menos entre pessoas antirreligiosas e ultraortodoxas, cujo relacionamento em
Israel era tão envenenado pelo ódio.

Ficou óbvio para mim que esse homem possuía uma influência mágica que lhe dava
a capacidade de criar as condições para que dois mundos opostos se encontrassem
em solo comum a ambos.
Isso não era mera tolerância, ou um tratado de paz entre duas facções em guerra,
o que, em si, já seria louvável em um lugar como Israel.
Mas aqui havia uma abundância de amor, uma reverência que fluía entre os dois
lados.
O que eu vi entre o meu mestre e as pessoas do Sindicato dos Trabalhadores foi
um amor que transcendia o interesse próprio e as necessidades individuais; um
amor sem preocupações com questões pessoais.
Era simplesmente pura emoção fluindo incondicionalmente.

A Diferença entre Amor e Necessidade


Se perguntarmos a alguém por que ama uma determinada pessoa, nove vezes em
dez, ouviremos o quanto essa pessoa o faz sentir-se maravilhosamente bem,
seguro e amado.
Dirá que essa pessoa o trata com respeito e gentileza.
E que lhe é leal.
De acordo com a cabala, esse não é o amor verdadeiro.

A pessoa está falando de tudo o que está recebendo — não do que está dando.
Amar significa dar de si completamente, compartilhar incondicionalmente, sem nos
preocuparmos com o que iremos receber do relacionamento.
Não se trata de como a outra pessoa faz com que você se sinta, mas, isto sim, de
como você faz a outra pessoa se sentir.
Seu cuidado, sua preocupação e seu amor pela outra pessoa são incondicionais.
Absolutos.
Sem intenções ocultas.
Sem nenhum traço de interesse próprio.
No amor genuíno, o próprio ato de amar é a fonte do nosso prazer.
A grande maioria dos casamentos, relacionamentos e parcerias se baseia em
necessidades, não em amor.
Aprendi essa profunda lição com meu professor e com os relacionamentos que ele
havia construído em sua vida.

Um Árabe e Um Judeu
Lembro-me especialmente de um incidente ocorrido em 1967, quando Rav
Brandwein e eu estávamos estudando juntos.
Antes de mais nada, é preciso que você saiba que, em 1948, o leste de Jerusalém
era território árabe e que isso mudou após a Guerra dos Seis Dias, em 1967,
quando Jerusalém passou a ser parte de Israel.
Entretanto, entre 1948 e 1967 não era permitido aos árabes viajar à cidade de Tel-
Aviv.

Pouco depois do término da Guerra dos Seis Dias, um camponês árabe viajou de
Jerusalém a Tel-Aviv com uma pequena cesta de frutas para oferecer ao meu
mestre. E eu presenciei esse gentil árabe dizer ao meu mestre que havia esperado
desde 1947 para lhe trazer aquele presente.
Havia sonhado com aquele dia durante vinte longos anos.
Assim que a guerra acabou, se pôs imediatamente a caminho para visitar o meu
mestre.
Eu estava estupefato, para dizer o mínimo.
Por que motivo um camponês árabe passaria vinte anos sonhando em rever o meu
mestre e trazer-lhe uma cesta de frutas?
Acontece que, muitos anos antes, meu mestre havia oferecido ajuda e amizade a
esse homem em um momento de necessidade.
Na época, era inconcebível que um judeu auxiliasse um árabe.
Mas o meu mestre via somente a alma da pessoa, não a sua religião ou
nacionalidade.
Superficialmente, esse foi um simples ato de bondade por parte do meu mestre.
Simples atos de bondade entre pessoas acontecem o tempo todo.
Além disso, a amizade deles havia sido breve. Portanto, apenas o gesto de Rav
Brandwein de ajudar o camponês no passado não poderia explicar o motivo pelo
qual um árabe teria tão intensos e calorosos sentimentos com relação a ele,
sobretudo se pensarmos na extrema animosidade que dividia árabes e judeus
durante aqueles longos anos de violenta hostilidade.
Então o que havia de diferente naquela situação?
O que eu testemunhei não foi apenas uma boa amizade.
Quando vi como aquele homem olhava para o meu mestre e a alegria que sentia ao
dar-lhe as frutas, eu soube que estava presenciando uma espécie de amor que
nunca tinha visto anteriormente.
Então eu fiquei sabendo o porquê.
Meu mestre dera a esse homem amizade incondicional sem querer nada em troca.
Nada.
Olhou para a alma dele e lhe ofereceu amor gratuito.
Ele o amou sem ter um motivo em particular.
Não foi a ajuda recebida que havia tocado o árabe.
Foi o amor.
Quando uma pessoa oferece amor sem um pingo de interesse próprio, esse penetra
profundamente em quem o recebe, chegando ao seu âmago, além do que se possa
imaginar.
Isso pode se dar em um breve encontro, mas é um amor eterno.

Mais uma vez, testemunhei a total remoção do espaço que potencialmente poderia
separar duas pessoas.
Espaço?
Sim, espaço.
É espaço que cria a separação entre pessoas e culturas.
Espaço é o problema.

Naquele momento eu não percebi que isto tinha acontecido: eu havia acabado de
descobrir a chave da nanotecnologia da cabala e do sonho supremo da
Humanidade: A Imortalidade.

Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 1

A Promessa da Nano

Tanto e tão rápido!


Duas tecnologias emergentes prometem transformar o nosso mundo atual por vias
que poderiam tirar o brilho dos avanços do século XX.
Uma é chamada nanotecnologia e a outra é chamada cabala.
Uma tem menos de cinquenta anos de idade, a outra tem cerca de quatro mil.
Superficialmente parecem ser disciplinas divergentes e até mesmo contraditórias.
Mas, na verdade, são espantosamente complementares.

Isso é de verdade?
À primeira vista, poderia ser feita a pergunta óbvia: Cabala e nanotecnologia —
ciência e religião —, não há aí uma incompatibilidade óbvia?
E como poderia a cabala ser uma tecnologia quando ela é, supostamente, um
aspecto sagrado da religião?
Realmente, essas questões são válidas.
Primeiramente, devemos fazer algo que a maioria de nós achará difícil: deixar a
religião fora disso.
A cabala não tem nada a ver com religião.
De acordo com os antigos sábios da cabala, Deus nunca impôs uma religião
organizada à Humanidade.
A religião é uma invenção do homem.
A religião é uma adulteração do poder que a Força da Luz de Deus deu à
Humanidade há três mil e quatrocentos anos no Monte Sinai.
A cabala não é uma religião, da mesma forma que a física quântica ou a Teoria da
Relatividade de Einstein também não são uma religião.

Hábitos antigos são difíceis de eliminar


Este ponto fundamental deveria ser evidente: a religiosidade é produzida por uma
visão estreita, derivada de um sistema particular de crenças — ou descrenças.

Princípios Universais
A cabala é universal, ou seja, revela as Leis Universais que regulam os invisíveis e
não visíveis de nossa realidade. A cabala acolhe todas as ciências e todas as
doutrinas espirituais verdadeiras.
Ela abrange posições e pontos de vista opostos e não reivindica ser a única
verdade.
A cabala é uma metodologia para identificar e unir todas as disciplinas, todos os
ensinamentos e todas as crenças, com a finalidade de revelar a verdade
subjacente.
O único propósito da cabala é satisfazer o nosso desejo humano básico de
alcançarmos felicidade profunda e plena satisfação.
O que, então, a cabala e a nanotecnologia têm em comum?

A conexão entre Cabala e Nanotecnologia


A cabala nos ensina que podemos alcançar o controle sobre o mundo físico,
incluindo as nossas próprias vidas, no nível mais fundamental da realidade.
E a alcançar e a ampliar o poder da mente sobre a matéria e a desenvolver a
capacidade de criar plenitude, alegria e felicidade, controlando tudo no nível mais
básico da existência.
A nanotecnologia oferece uma promessa semelhante.
Em um relatório apresentado à Comissão de Ciências do Congresso Americano, em
fins do século XX, a meta final da nanotecnologia foi estabelecido muito
claramente:
Completo controle da estrutura física da matéria, chegando ao nível atômico.
Através da nanotecnologia, podemos chegar a um nível onde manipularíamos o
universo dos átomos e moléculas com a finalidade de fornecer energia ilimitada ao
mundo, interminável suprimento de alimentos e alcançar o fim das doenças.
Para entender a promessa e o poder da nanotecnologia, da perspectiva da antiga
ciência da Cabala, primeiro precisamos entender um pouco mais sobre essa
fascinante nova tecnologia do ponto de vista da ciência contemporânea.

O que é Nano?
A palavra nano se refere ao nanômetro.
O nanômetro é uma unidade de medida que equivale a um bilionésimo de metro.
Se a matemática não é o seu forte, pense na quase inimaginável pequenez do uni
átomo, que é o bloco de construção do Universo.
Uma única gota de água contém seis sextilhões de átomos.
A nanotecnologia consiste em reduzir e construir coisas nessa escala diminuta.

Um alfabeto cósmico
Todas as palavras da língua inglesa se originam das mesmas vinte e seis letras do
alfabeto.
Esse número limitado de letras pode ser rearranjado em incontáveis palavras com
significados totalmente diferentes.
Imagine um estoque interminável de letras do alfabeto flutuando ao seu redor.
Você poderia pegá-las a qualquer momento e formar com elas qualquer palavra.
Seria possível apanhar as letras E I U O V C L e criar a palavra veículo.
Ou as letras Ç M A A e criar a palavra maçã.
Os átomos trabalham da mesma maneira.
Os átomos são o alfabeto do nosso mundo físico, combinados para criar todos os
tipos de matéria.
Átomos configurados de certo modo criam o ar que respiramos.
Combinados diferentemente, criam lixo tóxico.
Esses mesmos átomos rearranjados ainda de outra maneira criam as flores que
amamos.
Tudo o que vemos — das estrelas no firmamento aos grãos de areia na praia — é
feito do mesmo "alfabeto atômico".
Se pudéssemos realmente agarrar os átomos, poderíamos, teoricamente, criar
qualquer coisa que desejássemos.
Mas existe um problema: espaço!
Vivemos num mundo em grande escala no qual não podemos sequer ver os
átomos, muito menos tocá-los.
Se não podemos vê-los nem tocá-los, como poderemos manipulá-los?
Entram em cena os robôs.

Nanorobôs
Para resolver esse problema de espaço, os cientistas têm em mente a criação de
nanorobôs para ajudar a cumprir a promessa da nanotecnologia.
Esses minúsculos robôs teriam o tamanho de átomos.
Seriam programados para construir produtos átomo por átomo, molécula por
molécula: imagine as possibilidades!
Os nanorobôs poderiam pegar lixo comum, quebrá-lo e dividi-lo, até que todos os
seus átomos voltassem ao seu estado puro inicial. E utilizando como matéria prima
esses mesmos átomos desagrupados seria possível programar os nanorobôs para
construírem novos produtos, tais como roupas, alimentos ou máquinas para fazer
ginástica.
Seria como pegar um avião feito de bloquinhos de Lego, desmontá-lo, e usar os
mesmos blocos para construir uma casa.

O fim do lixo
Os nanorobôs poderiam ajudar este planeta a obter o máximo na reciclagem,
dando um fim à degradação e à poluição ambiental.
Por exemplo, hoje temos grandes indústrias produzindo bens de consumo a partir
de várias matérias primas.
Durante o processo de produção, todos os tipos de resíduos, incluindo refugos
tóxicos, são lançados no meio ambiente.
Nano fábricas, ou robôs poderiam produzir os mesmos produtos a partir de átomos
puros sem criar quaisquer subprodutos residuais.
E mais, esses átomos puros (blocos de construção) poderiam vir do lixo, da grama
cortada, do jornal de ontem, ou de qualquer forma de entulho proveniente da
empresa local de gerenciamento de refugos.
Refugos tóxicos pré-existentes poderiam se tornar inofensivos, simplesmente se
nanorobôs fossem enviados para recombinar os seus átomos em uma nova
configuração segura.

A Ressurreição dos Mortos (Tecidos Mortos)


Os cientistas preveem espantoso desenvolvimento no campo da nanomedicina.
Corações com problemas serão reconstruídos átomo a átomo simplesmente ao se
enviar um enxame de nanorobôs para dentro do corpo.
As partes envelhecidas ou deterioradas do corpo serão reconstruídas desde o início,
molécula por molécula.

Super-Humano
Existe muito espaço vazio em nossos ossos.
Alguns peritos em nanotecnologia dizem que se pudéssemos injetar fibras de
diamante puro nesses espaços vazios, a resistência dos ossos suplantaria a do aço.
Através da nanotecnologia, o restante de nosso corpo também poderia ser
impregnado com a estrutura do diamante.
Os cientistas já calcularam que esse tipo de reforço do corpo baseado na estrutura
do diamante teria uma força de tolerância como a da gravidade.
Em outras palavras, uma pessoa poderia cair do alto de um edifício e sair andando
totalmente ilesa.

Nano imunidade
Centenas de minúsculos nanorobôs com a potência de um computador de grande
porte poderiam ser inseridos dentro de uma célula humana.
Eles poderiam patrulhar o corpo como se fossem um sistema imunológico artificial,
destruindo qualquer coisa estranha ao DNA das células, incluindo HIV, varíola,
doenças respiratórias, ebola, ou qualquer outro vírus.
O bioterrorismo não seria mais uma ameaça.
Vejamos algumas outras ideias circulando no campo da nanotecnologia.

Nuvens de Glória
Cientistas da Universidade de Rutgers estão pesquisando o desenvolvimento de
uma "névoa utilitária". Essa névoa não é feita de trilhões de gotas de água, como
uma típica névoa (fog) londrina. A névoa utilitária é feita de ar contendo trilhões de
nanorobôs, chamados "foglets", do tamanho de bactérias.
Cada um desses trilhões de robôs do tamanho de um micróbio teria o poder de
processamento de um computador de grande porte.
Essa névoa poderia preencher o cômodo de sua casa e ser praticamente invisível.
Esses trilhões de pequeníssimos robôs seriam capazes de reunir átomos e
moléculas poro construir móveis, alimento ou uma grande TV de plasma.
Essa névoa poderia baixar em um vilarejo remoto atingido pela fome e transformá-
lo em um paraíso, criando bonitas casas, mobília e um interminável fornecimento
de alimentos, simplesmente pela manipulação dos ilimitados átomos do nosso
meio.
A névoa poderia se infiltrar em uma cidade atingida por um furacão, reparando
lares destruídos, imóveis comerciais, árvores e ruas, de forma rápida e de baixo
custo.

Nano fábricas Compactas


Uma fábrica compacta do tamanho de uma máquina de lavar roupa poderia ser
equipada com milhões de diminutos nanorobôs que desmontariam as moléculas de
um produto químico nela colocada e remontariam essas mesmas moléculas
formando um produto diferente. De acordo com os peritos em nanotecnologia, se
você lançar produtos químicos em estado puro no valor de vinte dólares em uma
nano fábrica, ela poderio remontar todas essas moléculas, criando duzentos
telefones celulares ou cem pares de sapatos. Poderia até mesmo construir outra
nano fábrica.
Vilarejos em regiões pobres poderiam cada um ter sua própria nano fábrica
compacta, fornecendo alimentos, roupas, mobília e outras necessidades da vida
por apenas alguns dólares.
A fome e a pobreza poderiam ser erradicadas.
O que aconteceria se ficássemos sem o suprimento de átomos e moléculas para
criar novos alimentos e casas?
Em primeiro lugar, como mencionei, podemos usar os átomos dos produtos de
refugo.
Em segundo lugar — e isto é o mais empolgante — existe um suprimento quase
interminável de moléculas bem diante de nossos olhos.

O Segredo do Átomo

A Extraordinária Qualidade de Um Simples Átomo


Os átomos têm uma característica ímpar.
Essa qualidade única está no coração dos ensinamentos cabalísticos ligados ao
conceito de imortalidade e de controle sobre o mundo físico.
Essa característica se relaciona diretamente com o que considero ser um dos
maiores segredos de todo o corpo da sabedoria cabalística.
Vamos agora olhar mais de perto essa qualidade especial e descobrir seus
benefícios práticos.

A ciência diz que os átomos são imortais e os grandes cabalistas da história


concordam entusiasticamente com essa observação.
Os átomos não se desgastam como nossas roupas ou os pneus de nossos carros.
Isso leva a uma pergunta recorrente: se nossos átomos não se desgastam, por
que, então, envelhecemos?
Por que móveis, tapetes e nossos pares de sapatos favoritos se desgastam?
Por que os carros enferrujam, se os átomos que os formam nunca se desgastam?
Mais uma vez, essas são perguntas muito importantes do ponto de vista da cabala.

Trata-se da ligação
Os átomos se agrupam criando ligações entre eles.
Em termos simples, os átomos "se dão as mãos".
Quando dois ou mais átomos se conectam, eles formam uma molécula.
As moléculas são os blocos de construção de toda a matéria física, desde os jacarés
até as abobrinhas.
Os átomos ligados uns aos outros constituem a molécula

Quando a ligação se rompe


Quando os átomos param de se dar as mãos, as moléculas se separam.
Elas começam a desaparecer, e isso, do nosso ponto de vista, é visto como
desgaste ou deterioração.
As ligações entre átomos se rompem, criando átomos individuais.
As moléculas deixam de existir

Os átomos, individualmente, porém, continuam vivos.


De fato, quando uma pessoa morre, os átomos que a constituíam continuam
tinindo, novinhos em folha, como no dia em que ela nasceu.
Os átomos da pessoa simplesmente circulam de volta para o meio ambiente.
Isso significa que os átomos que formaram o corpo de Abraham Lincoln ainda estão
entre nós.
Os átomos dos corpos de Napoleão, Alexandre Magno, Shakespeare, Isaac Newton,
Jesus e Moisés ainda circulam em nosso meio.
De fato, a ciência afirma que, com toda a probabilidade, os bilhões de átomos
dentro do seu corpo, neste exato instante, fizeram, alguma vez, parte de Mozart ou
de Joana d'Arc, do profeta Maomé ou de Buda ou de uma estrela que brilhou no
espaço há centenas de milhões de anos.
Portanto, quando o material do seu sofá desbota ou quando seu tapete se
desgasta, lembre-se de que os átomos que os constituíram permanecem novos e
fresquinhos como há bilhões de anos.
Se você quebrar alguma coisa acidentalmente ou se uma criatura viva envelhecer e
morrer, os átomos que constituíam a pessoa ou o objeto não se quebram nem se
desgastam.
Os físicos nos dizem que é apenas a ligação entre os grupos de átomos que se
quebraram.

A Promessa da Nano
Através da nanotecnologia os átomos podem ser unidos novamente de forma muito
mais eficiente.
Podemos, em teoria, construir produtos, átomo a átomo, criando materiais com
uma força extraordinária de ligação que evitará que esses produtos se desgastem.
E se os átomos não "soltarem as mãos" uns dos outros, se as ligações não se
romperem, as moléculas não morrerão.
Os nanotecnólogos nos prometem uma bola de tênis que nunca deixará de quicar,
sapatos que nunca se desgastarão, roupas que nunca se esgarçarão e corpos
humanos que poderão ser regenerados constantemente.
E se, por qualquer motivo, as ligações atômicos se romperem, os nanorobôs
poderão estar lá, reparando o dano, colhendo novos átomos do ar e usando-os para
consertar o que foi quebrado.
Os nanorobôs poderiam realizar cirurgias delicadas em um nível atômico, de
maneira milhares de vezes mais precisa do que o mais habilidoso cirurgião
manejando um bisturi.
Sem cicatrizes!
Eles poderiam regenerar fígados ou desfazer tumores perigosos, átomo a átomo.
Nanorobôs aerotransportados poderiam reconstruir a camada danificada de ozônio
ou transformar lixo atômico em novos elementos inofensivos.

Resumindo
A nanotecnologia se refere à fabricação de coisas em escala de átomos e moléculas.
Os nanorobôs manipulam os átomos e, utilizando--os em estado puro, podem criar
qualquer coisa, incluindo novas partes do corpo, camadas de ozônio e utensílios
domésticos.
Os átomos são imortais.
Eles nunca se desgastam.
Somente as ligações entre os átomos é que se rompem, causando a "morte" das
moléculas, a qual se manifesta como desgaste, envelhecimento e deterioração.
Os cabalistas nunca ficam intrigados com "De que maneira as coisas acontecem?".
Na verdade, estão treinados para perguntar "Por quê?"
Por que foi criado o mundo físico?
Por que o Big-Bang ocorreu antes de tudo?
O que existia antes de que houvesse até mesmo um Universo?
O que causou a existência do átomo?
Talvez a mais importante pergunta prática relacionada com a nanotecnologia seja:
o que faz com que os átomos deixem de se dar as mãos?
E uma vez encontrada a resposta a essa pergunta, será que poderemos encontrar
um meio para superar a morte e criar um mundo de paz e de plenitude sem fim?
Meus amigos, não existem perguntas mais importantes do que essas.
Quando o mundo souber as respostas, o significado de nossas vidas será revelado.
E em seguida a tecnologia para criar nada menos do que um mundo de paz e
imortalidade estará ao alcance da Humanidade.
Então, vamos agora viajar ao passado e descobrir o que havia antes que o Universo
sequer existisse.

Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 2

As Origens do Átomo e de Adão – Parte 1

Como tudo começou

Um físico é o modo de pensar dos átomos sobre átomos.


Anônimo

O assunto da Criação foi tratado extensamente em muitos dos livros que escrevi. Portanto,
apresentarei aqui um breve e condensado relato para fornecer o contexto para o tópico da
nanotecnologia.
Uma segunda e mais importante razão para apresentar o processo da Criação de uma
maneira simples se relaciona diretamente com uma lição que me foi ensinada por meu
mestre, Rav Brandwein.
Ele dizia que, se algo é muito complexo e difícil de se entender, é bem provável que não
seja verdadeiro.
A verdade é sempre suficientemente simples para que até uma criança pequena possa
entender.
De acordo com os antigos cabalistas, quando toda a verdade puder ser suficientemente
simples, a ponto de ser entendida por qualquer um, chegaremos à aurora de nossa
redenção.
É por isso que estou tão empolgado com estes textos.
Pela primeira vez na história, a natureza da Criação e da realidade podem ser expressas de
uma maneira simples.
Infelizmente, a maior parte do tempo, quando uma verdade simples nos é apresentada, não
conseguimos entendê-la. Estamos condicionados a complicar demais a nossa vida, a
gravitar em direção ao caos.
Fomos ensinados que, se algo é complicado, exigindo muito esforço intelectual, deve ser
verdadeiro.
Essa noção errônea se coloca entre nós e o glorioso destino que nos espera. Lembre-se: a
verdade sempre será simples.

O Começo
De acordo com a cabala, tudo começou com uma infinita força sem limites chamada Luz.
Não se trata da luz do sol ou de uma lâmpada.
É uma Luz específica, não detectável pelos cinco sentidos.
É a mais elevada e pura forma de Luz que existe.
É, em essência, uma brilhante e impressionante energia.
A cabala nos conta que essa energia esteve presente bem no princípio — antes da
existência de qualquer forma de matéria, antes até mesmo do Big-Bang e do aparecimento
do Universo.
O Zohar, o mais importante livro da cabala, explica que essa Energia da Força da Luz era
infinita, sem fim, preenchendo todos os cantos da realidade.
É conhecida como "a Causa de todas as Causas".
No princípio não havia espaço ou tempo.
Havia apenas Luz.

A Substância da Luz
Essa interminável expansão de Energia da Força da Luz é a origem e a fonte da felicidade e
da plenitude que a Humanidade vem procurando através dos séculos. Da mesma maneira
que a luz do sol contém todas as cores do arco-íris, a Luz que brilhava antes da criação
física de nosso Universo continha todas as formas de prazer e plenitude desejadas pelo
homem.
Tenha em mente que todas essas formas de felicidade não são o tipo de prazer que
experimentamos com os nossos cinco sentidos, os quais refletem apenas uma fração
microscópica da alegria original, que está além do alcance da mente humana.
Esse mundo infinito conhecido como a Realidade da Árvore da Vida incluía a imortalidade,
uma vez que a morte e a escuridão não podem coexistir com a Luz.
A Realidade da Árvore da Vida é a nossa verdadeira origem e fonte.
Por essa razão, nós, na condição de seres humanos, nos empenhamos vinte e quatro horas
por dia para adquirir felicidade e paz de espírito.
Por isso detestamos o caos e desprezamos a dor.
Sentimos saudades de nossa casa e isso nos leva a buscar a felicidade, de maneira
incansável e determinada, vida após vida.
Sir Isaac Newton disse que o grande filósofo Platão, quando escreveu sobre o Mundo das
Ideias, estava tomando emprestado essas idéias dos antigos cabalistas e da Realidade da
Árvore da Vida.
O mundo platônico e a Realidade da Árvore da Vida são semelhantes.
Em ambos, uma realidade oculta dá origem a tudo que percebemos em nosso mundo físico
e à toda conexão espiritual que nos traz felicidade.
A cabala usa a metáfora da Luz porque, da mesma maneira que a luz contém todas as cores
do espectro, a Luz da Realidade da Árvore da Vida contém toda a alegria, o conhecimento, a
sabedoria e a felicidade, que nos trazem plenitude.
Neste ponto os alunos geralmente fazem a pergunta: de onde veio a Luz?

A Origem da Luz
De acordo tanto com Einstein como com o estimado cabalista do século XVI, Ray Isaac Luria
(o Ari), o contínuo espaço-tempo é uma ilusão.
De acordo com a física moderna e com o antigo texto cabalista do Zohar, o contínuo
espaço-tempo veio a existir no momento do Big-Bang.
Antes desse evento cósmico, espaço e tempo não existiam.
Daí, não se pode fazer perguntas que incluam os conceitos de antes ou depois em se
tratando de questões que precedem a Criação física.
O contínuo espaço-tempo é um aspecto de nossa realidade física, e, como tal, não tem
lugar no mundo conhecido como Árvore da Vida.
Assim, os cabalistas nos dizem que começo ou fim não existem no Infinito Mundo da Luz.
A Luz sempre esteve lá.
A Luz está acima dos conceitos de espaço e tempo.
Uma vez que isso elimina a relevância dos termos começo, meio e fim, talvez a melhor
pergunta a fazer seja: Qual é a Fonte da Luz?
De acordo com os cabalistas, a Luz é erradiada de uma Fonte Divina que chamamos de O
Criador, ou Deus.
Os cabalistas não fazem nenhuma tentativa de discutir Deus diretamente.
Em vez disso, referem-se à Energia que emana de Deus.
A razão é lógica e simples: diz-se que a emanação de Luz é infinita.
Assim, a Luz contém toda a alegria e o conhecimento que o ser humano deseja, incluindo a
imortalidade e a felicidade infinita.
A mente humana, com sua consciência racional limitada, não pode sequer compreender
inteiramente a noção de infinito, quanto mais levantar a questão de onde o infinito possa
vir. Portanto, enquanto habitarmos nesta realidade física, com nossos corpos finitos
equipados com cérebros finitos e mentes racionais, não poderemos nos aprofundar na
natureza de um Deus que tanto transcende como emana o próprio fenômeno da infinitude.

Bronzeado ou Queimadura
Essa aparente limitação pode ser comparada à luz do sol.
A luz solar provê a todos nós de vida.
Contudo, não nos conectamos diretamente com essa verdadeira fornalha nuclear que é o
nosso sol.
Em vez disso, são os raios que dele emanam que nos dão a energia para sustentar a vida
no nosso planeta.
Não podemos tocar na fonte da luz do sol, pois seríamos obviamente queimados; nem
podemos nos aproximar dela demasiadamente, pois seríamos incinerados.
A fornalha solar é demasiado poderosa.
Mas os raios que emanam dessa bola celestial flamejante curam, acalmam, nutrem e
impregnam a Humanidade com a vida, desde que nos mantenhamos a uma distância
razoável dessa fonte.
Assim, encontramos agora nosso ponto de partida: Luz.
É Luz a fonte e a corporificação da pura plenitude e da existência.

A Natureza da Luz
A Luz que emana do Criador tem uma característica singular: compartilhar, dar, conceder
sua beneficência.
A fim de expressar essa natureza, a Luz criou o Recipiente, uma entidade cuja única
essência e natureza fundamental era a de receber.
Todas as almas que posteriormente se transformariam na Humanidade — unidas em um
único todo como as células de um corpo — formaram esse grande Recipiente, cujo único
propósito era o de receber o prazer infinito da Força da Luz.
Nesse ponto existiam apenas duas forças na Criação: a primeira é a Força positiva de Luz
fluindo para fora, que em termos científicos pode ser designada pelo símbolo (+), como
uma carga positiva ou força de repulsão.
A segunda força é a do Recipiente, a entidade recebedora, com sua carga negativa
designada pelo símbolo (-), a força de atração.
Até aqui o que emerge da descrição do Zohar sobre a Criação é o começo de um modelo
atômico que precede o da física moderna atual em cerca de vinte séculos.
A Força da Luz positiva (+) está relacionada com a carga elétrica positiva de um próton,
enquanto a força negativa do Recipiente (-) se refere à carga negativa do elétron.
Essas duas forças elementares se encontram no coração do Cosmos físico, sendo que os
cabalistas concordam que ambas permeiam também o Cosmos metafísico. Ainda há uma
terceira e misteriosa força, a partícula subatômica que a ciência ainda não compreendeu
totalmente.
Refiro-me, naturalmente, à partícula subatômica conhecida como o nêutron. Juntos, o
nêutron, o próton e elétron formam o átomo, o bloco de construção básico de nosso
Universo físico.

Consciencia
Em nossa existência física, material, tendemos a ver a energia como uma força, um
combustível e um poder motivador.
Entretanto, a energia da Força da Luz a que o Zohar se refere está também impregnada
com uma inteligência incomensurável.
De fato, consciência pura é a própria essência e a substância da energia conhecida como
Força da Luz.
A inteligência motivadora da Força de Luz é o pensamento com a intenção de compartilhar
infinita beneficência e bondade com o Recipiente.
A inteligência motivadora do Recipiente é a de receber e assim, tornar-se o recebedor dessa
Divina doação.
Portanto, a Primeira Causa absoluta em toda a Criação é consciência, especificamente a
intenção consciente de conceder plenitude sem fim incondicionalmente.
Isso levou à criação de uma segunda força, a entidade conhecida como o Recipiente, cuja
verdadeira essência e natureza fundamental é a consciência de receber absolutamente. E
isso, por sua vez, levou a um relacionamento perfeito, a Causa e o Efeito originais: a
consciência do compartilhar incondicionalmente da Luz é a Primeira Causa e a consciência
do Recipiente — a de receber e desfrutar a Luz — é o Primeiro Efeito.
Aqui temos uma relação ideal, unificado, conhecida na cabala como O Mundo sem Fim,
Mundo Infinito ou Realidade da Árvore da Vida.
A cabala descreve esse Mundo infinito repleto de plenitude como uma entidade unificado e
completa.
Vamos, agora, investigar essa unicidade por meio de uma metáfora.

Como dois tornam-se um


Imagine esculpir uma jarra em um grande bloco de gelo e, em seguida, verter água na
jarra.

A água corresponde à Luz e à consciência de compartilhar, enquanto a jarra de gelo


corresponde ao Recipiente e à consciência de receber.
Quando começamos a olhar para esse relacionamento no nível molecular, vemos apenas
moléculas de H20.
Estamos testemunhando uma única realidade, embora haja dois estados aqui, duas
inteligências opostas em ação — uma compartilhando, a outra recebendo.
No nível molecular detectamos unicidade, contudo, em outro nível de existência, no nível
macro, dois estados opostos de consciência estão se manifestando.
No nível micro, a água que flui e a jarra que a recebe são indistinguíveis uma da outra.
A inteligência positiva (+) da água e a consciência negativa (-) da jarra são impossíveis de
se diferenciar. Essa condição nos oferece um pequeno vislumbre da unidade que existia
entre a Luz e o Recipiente.
Era, para todos os efeitos, impossível diferenciá-los.
A consciência de compartilhar e a consciência de receber eram como se fossem uma coisa
só.

A alma como uma célula no Recipiente Cósmico


À essa altura, você pode estar se perguntando onde a Humanidade entra nesse esquema
cósmico das coisas.
Como foi dito anteriormente, o Recipiente é constituído de todas as almas da Humanidade.
O que inclui a sua, a dos seus vizinhos, dos seus parentes e todas as almas do mundo — no
passado, no presente e no futuro.
Todas estavam contidas no Recipiente Original.
Novamente, os conceitos e a linguagem da ciência nos permitem entender essa ideia
cabalística.
A ciência nos mostrou que o corpo humano é constituído de trilhões de células individuais.
De muitos surge o um.
Do mesmo modo, o Recipiente era constituído de trilhões de almas, cada uma atuando
como se fosse uma célula do Recipiente Original, da alma original cujo único objetivo era o
de receber a plenitude sem fim do Criador.

Questões a serem levantadas


Por que, então, a Humanidade se encontra perdida em um mundo desordenado, tomado
pelo caos, em uma existência infestada pela dor e por um sofrimento indescritíveis?
Por que nós não estamos todos nos banhando prazerosamente na Luz infinita no Mundo
sem Fim?
Por que nos encontramos em uma dimensão material que conhece apenas a deterioração e
a morte, uma realidade governada pela Lei da Entropia e pela Segunda Lei da
Termodinâmica, que afirma que tudo inevitavelmente tem que se deteriorar e sofrer
corrosão com o tempo?
O que aconteceu com aquela iluminada e plena existência inicial?
Para onde foi?
Onde se esconde?
Onde reside agora?
Onde está esse mundo luminoso de ordem perfeita, felicidade indescritível e imortalidade?

Em algum momento, ao longo do caminho, houve uma desconexão.


A Humanidade perdeu contato com sua verdadeira origem.
Esquecemos tudo a respeito da Luz, do Mundo sem Fim e da verdadeira natureza de Deus.
Alguém, ou alguma coisa, apagou o mais profundo banco de memória no cérebro humano,
porque hoje esses conceitos são menos familiares para nós do que o tumulto das notícias no
Jornal Nacional, do que a ausência de leis em nossas ruas, do que os conflitos entre nações
e do que a ansiedade que aflige nosso cotidiano.

Quando nos voltamos para o Zohar para encontrar as respostas, ele responde de uma
forma tão chocante quanto profunda.
Nosso lapso de memória ocorreu por programação, foi planejado.
Mas não pelo Criador.
Foi nosso próprio projeto, nossa própria ideia.
O conjunto das almas da Humanidade solicitou que todas as lembranças do Mundo sem Fim
fossem apagadas de nossa memória.
E isso, querido leitor, foi precisamente o que aconteceu.
E, como qualquer um pode ver perfeitamente, funcionou.
Não temos nem a mais tênue lembrança da vida no Mundo sem Fim — exceto talvez uma.

Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 3

As Origens do Átomo e de Adão – Parte 2

Uma lembrança de nossa origem


Por que a busca de felicidade, serenidade, prazer e boa saúde é parte inerente de
nossa natureza?
Porque é uma memória.
Nós já provamos o seu gosto antes.
Suponha que em um remoto vilarejo africano exista alguém que nunca provou bolo
de chocolate "floresta negra".
Poderia essa pessoa subitamente ansiar por um pedaço desse bolo?
É evidente que não.
Precisamos adquirir o gosto de alguma coisa antes que possamos desenvolver um
desejo por ela.
O Zohar é claro neste ponto: já soubemos como a imortalidade e o paraíso eram.
É por causa disso que os contos de fadas que há séculos ouvimos ou contamos
terminam com a frase: "E foram felizes para sempre."
Do ponto de vista cabalístico, nós somos felizes para sempre; e o seremos.
Esse é, sem dúvida, nosso destino supremo, de acordo com o Zohar.
E, no fundo de nossas almas, sabemos que isso é verdade.
Entretanto, por alguma razão, a morte, a tristeza e a dúvida atroz sobre a
possibilidade de um final feliz têm dominado nossa experiência humana.
E a memória — e até mesmo a possibilidade — da felicidade eterna desapareceram
de nossa consciência.
E isso nos leva à mais importante pergunta feita pelos cabalistas através da
história: por quê?

Porque esquecemos
Numerosos volumes de manuscritos cabalísticos descrevem etapa por etapa o
processo que levou à Criação de nosso mundo, incluindo a formação de átomos,
moléculas e almas humanas.
Os cabalistas através dos séculos devotaram vidas inteiras ao estudo desses livros
para compreenderem o processo da Criação, de forma muito semelhante a dos
cientistas procurando entender as leis da física.
O mais perceptivo estudo cabalístico é conhecido como As Dez Emanações
Luminosas — o qual apresenta insights geniais do talentoso mestre cabalista Isaac
Lúria (o Ari) e de Rav Yehuda Ashlag, que foi mestre do Rav Brandwein, meu
mestre.
Esse profundo estudo descreve e define o processo completo da Criação.
Entretanto, aqui vemos uma significativa diferença entre a cabala e a ciência.
A História da Criação contada pela cabala pode ser simplificada de modo que
qualquer um, jovem ou velho, possa começar a entender o motivo de estar neste
mundo.
Em resposta à pergunta "Por que esquecemos?", os antigos textos da cabala
oferecem uma explicação simples, que revela, passo a passo, o seguinte:
- Porque o mundo físico foi criado.
- Porque estamos aqui.
- Porque há escuridão e sofrimento neste mundo.
- Porque esquecemos tudo a respeito da Luz e do Mundo sem Fim.
Embora o que segue seja apresentado de maneira simples, não se deve subestimar
a profundidade de cada conceito.
Quando tudo isso foi originalmente explicado pelos cabalistas cerca de dois mil anos
atrás, foi considerado misticismo pelos que não eram versados no assunto.
Hoje, é chamado ciência.

Herdando um gene de Deus


A ciência médica nos diz que os genes dão as condições para que os filhos herdem
as características físicas e a personalidade dos pais.
A ciência só penetrou nos mistérios do DNA na década de 1950.
Obviamente, há dois mil anos os conceitos de genes e de DNA teriam sido
impossíveis de entender, porém os antigos cabalistas já haviam nos contado que
quando o Recipiente foi criado ele herdou uma característica do seu Criador: o
Recipiente herdou a capacidade potencial de compartilhar e a ânsia de emular a
natureza positiva de compartilhar da Luz que o concebeu.

O Problema do Receber
É compreensível que enquanto o Mundo sem Fim permanecesse sem mudanças, o
Recipiente continuaria a receber e jamais teria a oportunidade de expressar e
tornar real seu potencial divino.
Sua capacidade inata de compartilhar permaneceria dormente e sua ânsia de imitar
a Luz permaneceria insatisfeita.
Enquanto o Recipiente continuasse a receber da Luz, nunca poderia alcançar
felicidade absoluta.
Essa situação também impediu a Luz de alcançar a sua meta de conceder irrestrita
bondade ao Recipiente.
Claramente, alguma coisa teria que mudar para que ambos, a Luz e o Recipiente,
pudessem atingir a felicidade perfeita e eterna.
Como dois mundos opostos, duas formas opostas de consciência — compartilhar e
receber — poderiam se juntar de maneira que ambas pudessem estar totalmente
felizes?
Como poderia o Recipiente receber e, assim, fazer a Luz feliz e, por sua vez, como
poderia o Recipiente compartilhar para tornar a si mesmo feliz?
Como esses dois objetivos opostos poderiam ser atingidos?

Resolvendo o Paradoxo: A Fusão de Opostos


Essa situação me lembra o que escrevi anteriormente sobre o relacionamento do
meu mestre com o Sindicato Trabalhista de Israel e também com o seu amigo
árabe.
O segredo do meu mestre foi que ele removeu todos os aspectos de receber de sua
natureza.
Ele só se preocupava em dar, sem nenhum interesse pessoal.
Agia assim com o Sindicato Trabalhista e também com o seu amigo árabe.
Rav Brandwein não queria nada em retribuição pelo que havia dado.
Meu mestre não tinha nenhum interesse oculto.
O Desejo de Receber não poderia ser encontrado em nenhuma parte de sua
consciência.
No seu lugar havia puro amor incondicional e amizade.
Não havia o aspecto do: O que posso ganhar com isso?
Como resultado, duas entidades aparentemente opostas — uma moderada e outra
ortodoxa, um árabe e um judeu — se uniram em pura amizade e amor.
Eu não percebi naquele momento, mas ao compartilhar apenas por compartilhar,
incondicionalmente, Rav Brandwein estava emulando o Criador.
Havia removido todos os aspectos do receber de sua natureza.
Essa foi a chave.
Ao compartilhar dessa maneira, ele canalizou o Criador diretamente na alma de
alguém que, em circunstâncias normais, seria seu inimigo de morte.
Se o meu mestre tivesse tido um pingo de interesse próprio no seu coração quando
ofereceu auxílio e amizade ao camponês árabe, teria realizado um gesto bom e
delicado. Seu amigo árabe teria ficado agradecido e esse episódio de amabilidade e
os sentimentos calorosos teriam terminado ali, naquele momento.
Mas não foi o que aconteceu.
O árabe camponês esperou vinte longos anos para fazer uma árdua jornada de
Jerusalém até Tel-Aviv simplesmente para, com todo o coração, presentear o Rav
Brandwein com uma cesta de frutas.
O amor e a alegria que esse homem sentiu ao compartilhar a sua cesta de frutas
com o meu mestre era indescritível.
O segredo é que o meu mestre removeu todos os aspectos de receber de sua
natureza primeiro.
Esse foi o pré-requisito.
E, depois, ofereceu amizade.
Foi automaticamente uma oferta incondicional e pura, porque todos os aspectos de
receber e de interesse haviam sido erradicados. Essa mesma consciência está no
coração da solução para o Recipiente, e como descobriremos, é também a chave
para a ciência da nanotecnologia.

Meus amigos, o segredo por trás do Big-Bang da Criação do Universo e a chave da


imortalidade se encontram dentro do próximo pedacinho de sabedoria cabalística.

Somente Um e Único Movimento Certo


O Recipiente só tinha uma única escolha se quisesse experimentar o prazer de
compartilhar: resistir ao Fluxo Divino da Luz.
Então, ele parou de receber!
Quando cada gota de consciência recebedora tivesse sido excluída e encerrada, o
Gene de Deus — a consciência positiva de compartilhar herdada pelo Recipiente —
automaticamente poderia expressar-se florescendo.
Novamente, o aluno de cabala precisa perguntar: por quê?
Basicamente, enquanto houver no Recipiente qualquer traço de consciência de
receber, por menor que seja, ele não pode evoluir inteiramente para o estado de
conhecer cem por cento a genuína consciência de compartilhar.
No estado em que se encontra, o Recipiente é um receptor.
A característica positiva de compartilhar existe apenas potencialmente.
Portanto, a despeito da enorme ânsia do Recipiente de emular o Criador e
compartilhar, ele não entende, realmente não alcança, a completa natureza da
consciência de compartilhar.
Desejar compartilhar e saber como compartilhar são duas coisas diferentes.
A única forma de ter o domínio da consciência do Criador é, antes do tudo, remover
a pedra no meio do caminho: a consciência de receber do Recipiente.
Com ela removida, a consciência de compartilhar do Criador irrompe do Gene de
Deus implantado no Recipiente.

Exercitando o Compartilhar
O enorme esforço e trabalho que foram exigidos do Recipiente para resistir e fazer
cessar completamente o receber libera sua herança divina.
Resistir ao receber é o método para ativar a consciência de compariilhar que ainda
não se manifestou.
Em outras palavras, se seu pai é o Michael Jordan e você herdar o talento dele para
o basquete, nem por isso você acertará uma cesta de três pontos no momento em
que sair do ventre de sua mãe.
É preciso aplicar um esforço e uma energia enormes para desenvolver e expressar
qualquer talento inato que possamos ter.
Habilidades, talentos e dádivas dadas por Deus estão sempre em estado potencial
quando somos crianças.
Devemos ativar nosso potencial interno através de um esforço monumental, de
anos de treinamento, de exercícios e de horas de práticas.
O ato do Recipiente de resistir a essa Luz — completamente - é a ginástica, o
treinamento e a prática que lhe permitirá manifestar o seu Gene de Deus: a
consciência de compartilhar.
O Nascimento de uma nova Consciência
A esta altura, o Recipiente é abençoado com uma nova forma de consciência: a
consciência divina de compartilhar incondicionalmente.
Nesse mesmo instante algo mágico acontece: os opostos se fundem e se tornam
um.
Os cabalistas explicam como essa mágica acontece. Ela tem dois estágios.
Primeiro, o Recipiente precisa encerrar totalmente a sua natureza de receber
resistindo à Luz.
Quando todos os traços de receber foram erradicados de sua natureza, o Gene de
Deus será automaticamente ativado.
A consciência de compartilhar estará plenamente desperta dentro do Recipiente.
Equipado com a recém-nascida consciência de compartilhar, o Recipiente está
agora em condições de compartilhar incondicionalmente.
Agora ele tem uma natureza idêntica à da Luz.
Conhece, tem as sensações, sente o gosto da consciência de compartilhar que
agora permeia todo o seu ser.
No entanto, há mais um obstáculo a ser transposto.
A Força da Luz de Deus ainda quer que o Recipiente receba toda a bondade que ela
deseja conceder.
Mas agora há uma solução notável para resolver o problema.
Nessa etapa, quando o Recipiente para de receber a Luz e reativa a sua natureza
de receber, ocorre algo profundamente diferente.
O Recipiente tem uma nova percepção e uma nova forma de consciência de
receber: a consciência de Deus.
Agora, quando o Recipiente recebe, é na verdade um ato de compartilhar.
O ato de receber foi transformado em uma força ativa de compartilhar.

Continua

É isso

Grande abraço e se cuidem

Marcelo
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 4

As Origens do Átomo e de Adão – Parte Final

Quando receber torna-se uma força de compartilhar


O insight do Zohar a respeito da maneira como o Receber é magicamente transformado em
Compartilhar talvez seja o ensinamento mais significativo em toda a cabala.
Equipado com essa nova consciência de dar, o Recipiente pode receber a dádiva do Criador,
mas agora ele o faz com um único propósito. Seu único objetivo é Receber Para
Compartilhar o prazer com o Criador.
Afinal, nada faz o Criador mais feliz do que dar prazer ao Recipiente.

O Mestre Compartilha Uma História


Há muitos anos, meu mestre compartilhou comigo uma história que transmite o que é
definitivamente o princípio mais vital de todo estudo cabalístico.
Apresento a seguir uma pequena variação dela.
Trata-se de uma parábola singela que explica como um ato de receber se transforma
magicamente em uma genuína força metafísica de compartilhar.
O leitor deve tentar de todas as maneiras gravar essa história profundamente em sua
consciência, pois ela contém a chave da nanotecnologia e da imortalidade biológica.

O sem-teto e o avarento
Sal Fishman era sem dúvida a pessoa mais mesquinha da cidade.
Era também muito rico e extremamente arrogante.
Uma noite, saindo do seu escritório, ele viu um sem-teto acampado na calçada.
Normalmente Sal ignoraria tal cena.
Mas nessa noite Sal Fishman, se achando muito piedoso, para seu próprio e
desavergonhado entretenimento, jogou, de forma descortês, algumas moedas para o velho
homem enquanto passava por ele.
Então, algo aconteceu que Sal nunca poderia ter previsto.
O velho devolveu-lhe as moedas.
Polidamente as recusou: "Eu prefiro ganhar a vida à minha maneira. Mas em todo caso eu
lhe agradeço."
Provavelmente pela primeira vez em sua vida Sal se sentiu desconcertado e surpreendido
pela clara dignidade do sem-teto.
Sal respondeu:"Veja, eu sou um homem rico, essas moedas significam muito mais para
você do que para mim."
Ainda assim o velho recusou: "Por favor, não leve isso para o lado pessoal. Aprecio a sua
bondade, mas eu me sinto na obrigação de resolver do meu modo esta má situação em que
me encontro. Não posso aceitar o seu dinheiro."
Envergonhado, agora, por dores de humilhação, Sal começou a transpirar.
Sentia-se desconfortável e com o orgulho ferido como nunca se sentira anteriormente.
Pegou o seu talão de cheques, e preencheu um cheque com uma grande quantia em
dinheiro, o assinou e o estendeu para o velho esfarrapado.
Suplicou-lhe que aceitasse a caridade.
Mas o homem novamente permaneceu firme em sua recusa: 'Não posso receber esse
cheque. Posso não ter dinheiro, mas tenho respeito por mim mesmo. Por favor, não tire isso
de mim. Perdoe-me, mas não posso aceitar o seu generoso presente. Eu sei que você
entenderá."
Foi quando Sal ficou verdadeiramente mortificado, como se todos os anos de seu
comportamento vergonhoso de autoindulgência explodissem na sua cara.
A dor e a angústia de Sal não passaram despercebidas pelo sem-teto.
De bom coração e perceptivo, ele subitamente sentiu que tinha o poder de eliminar o
sofrimento daquele homem rico: "Por favor, senhor, ouvindo o meu coração mudei o meu
pensamento. Vou aceitar o seu dinheiro e fico profundamente agradecido pela sua
generosidade."
Para seu próprio espanto, Sal Fishman sentiu uma irresistível sensação de alívio, seguida de
uma grande satisfação, difícil de descrever, diferente de tudo que lhe acontecera
anteriormente.
E pensar que sentia isso porque um sem-teto finalmente concordara em aceitar dele, como
presente, uma quantia apreciável de dinheiro!
Sal Fishman, maravilhado, olhou para o homem que estava na calçada, fez uma saudação
com o chapéu que usava, e foi embora respeitosamente.

Essa história nos leva a uma questão importante: quem realizou o ato de compartilhar?
Sal Fishman ou o sem-teto?
Ao receber o dinheiro, o sem-teto estava compartilhando o presente, que lhe era oferecido,
com o homem rico.
Em termos cabalísticos isso se chama Receber para Compartilhar.
Quando o ato de receber concede prazer ao doador, receber se transforma em compartilhar.
O notável é que naquele momento da doação o sem-teto também recebeu o que
necessitava.
Foi possível para ele receber o dinheiro sem perder a dignidade, porque seu ato era
genuinamente um ato de compartilhar.
Incondicional e sem interesses próprios ocultos.
Inicialmente, o desejo de Sal de compartilhar não era genuíno.
Ele não acreditava que pudesse, ele próprio, receber beneficio ao dar caridade ao pobre
homem.
Pelo contrário, Sal se achava virtuoso.
Suas ações eram frias, indiferentes, presunçosas e hipócritas.
Mas ele estava recebendo alguma coisa ao jogar as moedas para o sem-teto, pois tinha
interesses próprios ocultos.
Estava alimentando o seu ego às custas do pobre homem.
E confrontado com a resposta digna que dele recebeu, Sal perdeu a pose, tomado de
vergonha.
Repentinamente, parou de desejar alimentar seu ego.
Queria realmente dar, incondicionalmente. E quando o fez, sentiu, primeiro, o alívio da dor
que o atormentava, e em seguida a alegria de dar incondicionalmente, sendo que passou a
ter respeito por alguém que havia considerado desprezível.
Aqui se encontra o paradoxo extremo: no instante em que Sal não quis receber nada por
sua ação, tornou-se capaz de receber o que realmente precisava. Igualmente, quando o
sem-teto se dispôs a sacrificar o próprio senso de dignidade, com a finalidade de
compartilhar, ele pôde receber não apenas a satisfação por aliviar Sal de sua dor, mas
também, a significativa ajuda de um presente em dinheiro.

Um Circuito Constante de Compartilhar


O que aconteceu nessa história foi uma expressão mágica de energia da Força da Luz.
A Luz é sem fim.
A Luz é infinita.
A Luz tem continuidade e sua única característica é a de compartilhar.
Ambos, Sal e o sem-teto, emularam a Luz quando resistiram ao Desejo de Receber para
atender a seus interesses egoístas. Ambos compartilharam. E quando o fizeram, receberam,
como se fosse mágica, o que verdadeiramente necessitavam. Mais paradoxal ainda é que os
atos de receber e compartilhar se tornaram idênticos na sua natureza.
Ou seja, ambos foram considerados a perfeita expressão de um imaculado compartilhar.
A ação de dar foi de compartilhar e a ação de receber foi de compartilhar.
Isso se tornou possível no momento em que a consciência de receber havia desaparecido do
cenário.
Esse é um exemplo perfeito de um circuito de energia.
Dois opostos — compartilhar e receber — se fundem para se tornarem um quando o Desejo
de Receber, uma força negativa de atração, é totalmente desativado.
No instante em que ambos, o sem-teto e o avarento, deixaram de lado a consciência de
interesse próprio, suas ações se transformaram imediatamente em energia positiva da
Força da Luz.

Abaixo da Superfície
Como você pode constatar, não é a ação física que é o importante.
O que determina tudo é a consciência que está por trás da ação.
Fomos condicionados a focalizar unicamente o comportamento físico das coisas, no nível
superficial, ao invés da consciência por trás de uma propriedade física. Exploraremos essa
noção importante com detalhes um pouco mais adiante.

A Meta do Recipiente
Depois de remover todos os aspectos de receber do seu ser interno, o Recipiente ativa a
consciência de compartilhar.
Nessa nova consciência de compartilhar — o Desejo de Receber para Compartilhar— o
Recipiente se dá conta de que agora compartilha com o Criador quando recebe dele sua
bondade ilimitada.
E também, ao exercer um enorme esforço para resistir e remover todo o receber, o
Recipiente se torna a Causa de sua própria felicidade.
De que maneira?
O Recipiente, literalmente, faz um acordo com a Luz, dizendo: Não compartilhe nem uma
gota de felicidade comigo até que eu, Primeiro, resista e pare todo o receber.
Sob os termos desse acordo, a felicidade do Recipiente passa a depender unicamente do
seu próprio esforço e trabalho.
Se o Recipiente não remover sua natureza receptora, nunca atingirá a felicidade. Portanto,
o Recipiente torna-se a única Causa e assim, o criador de sua própria felicidade.
Além disso, quando o receber é totalmente eliminado, e o gene de compartilhar é ativado, o
Recipiente pode continuar a Receber para Compartilhar.
Ambos os desejos herdados do Recipiente são agora atendidos: o Desejo de Compartilhar e
o Desejo de Ser a Causa de sua própria felicidade.
Tudo depende da capacidade do Recipiente de parar de receber apenas para si mesmo.

Vamos agora voltar ao Mundo sem Fim, o Mundo Infinito e ao mais importante evento que
aconteceu na história do Cosmos: a tentativa do Recipiente de remover todos os aspectos
do receber de sua natureza.

O Ato de Resistência
O Recipiente sabia que deveria então cessar completamente seu Desejo de Receber.
Esse foi o primeiro passo.
E esse é o estágio seguinte no processo da Criação.
O Recipiente, literalmente, resistiu ao fluxo de Luz.
Disse: Pare!
Esse ato é chamado de RESISTÊNCIA.
O Poder da Resistência
Ao resistir à Luz, o Recipiente deixa de ser um receptor.
Desativou eficazmente o seu Desejo de Receber.
Isso significa que o Gene de Deus, de compartilhar, agora pode ser ativado e que o
Recipiente pode se unir novamente à Luz e, assim, ambas as partes ficam felizes e
satisfeitas.
É mais que óbvio, contudo, que não vivemos em um mundo de felicidade sem fim, onde a
morte não mais existe.
Ao contrário, nos encontramos em um mundo que é o oposto da realidade em que
originalmente nascemos.
A Humanidade se acha mergulhada até o pescoço em um mundo de escuridão, onde a força
da morte continua a eliminar a felicidade, a alegria e o amor de nossos relacionamentos e, é
claro, de nossas vidas.
A morte rege todas as partes de nossa existência e isso provoca a pergunta: por quê?

O Resíduo
Imagine-se despejando leite em um copo.
O leite é uma metáfora para a Luz e o copo representa o Recipiente que recebe a Luz.
Se você resistir à vontade de tomar o leite e subitamente, em vez de beber, esvaziar o
copo, vai observar algo pouco comum: um pequeno resíduo de leite permanece no copo.
Foi isso que aconteceu no Mundo Infinito.
Quando o Recipiente executou o seu ato de resistência, foi uma ação corajosa, heroica, que
bloqueou noventa e nove por cento da Luz.
Mas um pequeno resíduo permaneceu.
A única tarefa que restou para o Recipiente foi a de resistir ao remanescente um por cento,
e uma etapa a mais de resistência foi exigida.
Entretanto, depois que noventa e nove por cento da Luz havia desaparecido, essa fase final
não poderia ser realizada na divina iluminação do Mundo Infinito.
Ao retirar-se, a Luz deixou um vácuo, um espaço desocupado, um único ponto de escuridão
microscópico e circular.
O surgimento desse ponto de escuridão marca o aparecimento de nosso Universo físico há
aproximadamente quinze bilhões de anos.

A Origem do Big-Bang
Quando o Recipiente resistiu ao Divino Fluxo de Energia, a Luz se retirou.
Consequentemente, noventa e nove por cento dela desapareceu.
O que ficou foi um espaço vazio, um pequeno pontinho de escuridão em um resíduo de Luz.
Esse pontinho microscópico é o nosso vasto Universo.
O remanescente resíduo de Luz é o nosso Sol, as estrelas, as galáxias, as nebulosas, as
nuvens interestelares de poeira, o gás hidrogênio, o plasma e o fundo de radiação cósmica
que permeia o cosmos.
O ato de resistência do Recipiente e a subsequente retirada da Luz é o famoso Big-Bang,
que para a astrofísica marca o nascimento do Cosmos.

Um Novo Mundo de Caos


O Recipiente percebe a si mesmo agora em um Universo que não lhe é familiar.
Em vez de habitar em um mundo de Luz, ele vive em um mundo de escuridão, e em vez de
se ver em um mundo imortal, vive agora lado a lado com a morte.
Antes imerso em um mundo de energia, o Recipiente agora se percebe em um mundo de
matéria densa.
Após residir em um mundo de realidade atemporal, se encontra agora sob a influência do
contínuo espaço-tempo.
Nesse novo lugar, ele irá evoluir e completar a tarefa de resistir ao um por cento de
consciência negativa restante e se transformar.
Finalmente, para completar seu objetivo, o Recipiente, um todo integrado, faz algo
realmente espetacular: estilhaça a si mesmo, produzindo incontáveis centelhas que no final
formam — e ainda continuam a formar — uma procissão de almas marchando através do
tempo neste plano terrestre.

Estilhaçamento do Recipiente
O evento conhecido como o Estilhaçamento do Recipiente criou a maravilhosa ilusão da
pluralidade.
Todos os pedaços de almas espalhados poderiam, agora, interagir entre si e continuar
avançando, com a tarefa gigantesca de resistir à sua natureza inata de receber enquanto
aprendem a compartilhar.
Você e eu, e todo mundo que você conhece, somos partes individuais do Recipiente
despedaçado, que é a nossa verdadeira origem.
O trabalho de resistir e erradicar o aspecto remanescente de negatividade de nossa
natureza é um processo gradual, etapa por etapa, que acontece ao interagirmos com outras
almas e com nosso meio ambiente.
Ele ocorre em estágios crescentes e não de uma única vez, como aconteceu no primeiro ato
de resistência, porque agora nos encontramos em um mundo de tempo, espaço e
movimento.
Cada uma das incontáveis centelhas de almas em nosso mundo é agora responsável por
contribuir com a sua porção de resistência para o objetivo geral.

Como a Vida Funciona


Todas essas centelhas de luz encontrarão certas situações e se confrontarão com outras
almas que provocarão reações egoístas.
Um indivíduo agora tem duas opções: pode resistir ou não ao seu impulso egoísta. Quando
resiste, essa quantidade particular de resistência é creditada ao objetivo geral de resistir ao
um por cento final.
Também, em igual medida, a consciência de compartilhar como Deus é despertada em sua
alma, e essa pessoa recebe então uma porção de energia da Força da Luz em uma área
específica de sua vida.
Na segunda opção, se a pessoa não resistir e, em vez disso, gratificar o impulso egoísta e
receber prazer, a vida se torna um pouco mais escura.

Vamos agora examinar essa ideia um pouco mais de perto e ver como ela atua neste
mundo caótico onde nos exaurimos o tempo todo.

Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 5

A Estrutura de Tudo – Parte 1

O nascimento do Átomo
O átomo, o bloco de construção do cosmos, é um subproduto direto do Recipiente
estilhaçado.
Como discutido no texto anterior, a Luz que emana do Criador esteve sempre presente
antes do Big-Bang.
A única entidade criada ex-nihilo (do nada) foi o Recipiente.
E esse Recipiente recém-criado tinha três aspectos.
O primeiro aspecto do Recipiente é que ele incorporava a consciência de receber carregada
negativamente e conhecida como o Desejo de Receber.
O segundo é que ele herdou o DNA de Deus, a consciência carregada positivamente de
compartilhar.
E o terceiro é que ele tinha livre-arbítrio, o qual exerceu quando escolheu resistir à Luz para
interromper todo o receber.
É importante entender bem essa dinâmica de três aspectos antes de continuarmos a leitura.
Ela contêm o segredo para alcançar a imortalidade e, como descobriremos nos textos
posteriores, é a parte essencial da nanotecnologia cabalística.

A Queda do Átomo: Diversidade


Quando o Recipiente se estilhaçou e caiu no vazio que no final se tornou o nosso Universo,
esses três tipos de forças de consciência se tornaram mais densos, à medida que caíam da
realidade espiritual e chegavam a um estado mais baixo de existência.
A consciência positiva se tornou uma partícula que contém a carga positiva.
A consciência de receber se tornou uma partícula com uma carga negativa.
E o livre-arbítrio do Recipiente se tornou denso na forma de uma partícula com carga
neutra.
Essas três formas de consciência, agora existindo na forma de partículas, se tornaram os
tijolos de construção básicos de nosso Universo: o próton, o elétron e o nêutron, os quais,
por sua vez, formam o átomo.
O elétron é a forma material pura da consciência de receber do Recipiente, e é por isso que
tem carga negativa (-).
O próton, por outro lado, é a expressão do DNA da Luz, o Gene de Deus, a consciência
potencial de compartilhar herdada pelo Recipiente.
Esse é o motivo subjacente do próton ter carga positiva (+).
A partícula misteriosa conhecida por nêutron é a materialização da consciência neutra, que
pode escolher resistir à Luz com a finalidade de parar de receber, ou decidir continuar
recebendo.
Os trilhões de átomos que inundam cada centímetro cúbico de nossa realidade são as partes
individuais do Recipiente estilhaçado.
Esses três tipos de consciência encontrados no Recipiente são as forças fundamentais em
ação no cosmos.
Do ponto de vista cabalístico, nada existe em nossa realidade física exceto essas três forças
de consciência. Isso explica por que todo o Universo — em toda a sua magnífica diversidade
— é feito de átomos.
Essas três formas de consciência, que constituem o Recipiente completo, se estilhaçaram e
então preencheram o espaço vazio depois que a Força da Luz do Criador se retirou. Isso
explica por que cada pontinho de matéria — desde as estrelas distantes às microscópicas
células humanas — é composto de átomos e dos seus três componentes: o próton, o elétron
e o nêutron.
Os átomos se reorganizam de incontáveis maneiras, para produzir diversidade quase sem
fim e variedade de matéria orgânica e inorgânica, que constitui o mundo que percebemos
com os nossos cinco sentidos.
Tanto a comunidade científica como os antigos cabalistas concordam com essa visão.
A ciência apenas emprega um vocabulário diferente para descrever essas forças
fundamentais, alimentando assim a ilusão de que o Desejo de Receber e o elétron são duas
ideias distintas, quando, de fato, elas são uma única força.

A Síndrome de Babilônia
A dificuldade de conciliar a ciência com a cabala se encontra em um acontecimento
específico conhecido como a Torre de Babel, que aconteceu há muitos séculos.
A Bíblia conta que há quatro mil anos aproximadamente o mundo inteiro falava uma única
língua, o hebraico.
Essa língua compartilhada dava a todos, em todos os lugares, a capacidade de se
comunicarem uns com os outros, e assim perceberem e compreenderem a realidade
verdadeira em cada nível da existência, incluindo o mundo subatômico e o plano metafísico.
Do ponto de vista cabalístico, isso significa que as pessoas com a mente voltada para a
ciência, para a espiritualidade e para a filosofia falavam a "mesma língua", e assim
compreendiam — profunda e claramente — as verdades encontradas em cada uma dessas
disciplinas.
Criavam harmonia entre essas formas de sabedoria, o que as tornou capazes de controlar
todos os níveis do mundo, tanto o natural quanto o metafísico.
A Bíblia nos conta que as pessoas na Terra se rebelaram contra o Criador.
Elas decidiram construir uma cidade (Babilônia) e uma torre que poderia atingir o Céu, para
lhes permitir manipular o domínio da realidade, tanto o material como o espiritual.
A única grande força dessas pessoas era a sua absoluta unidade, tão intensa que Deus não
teve como evitar que construíssem a torre que poderia atingir o Céu.
O único recurso de Deus foi quebrar essa unidade, e ele o fez confundindo a língua delas,
criando outras setenta línguas. Esse evento deu origem aos vários idiomas falados em
nossos dias.

A Raiz do Conflito entre Ciência e Espiritualidade


De acordo com a cabala, a história da Torre de Babel da Bíblia não se refere a algo físico.
A Torre é uma metáfora para uma tecnologia metafísica — incluindo letras hebraicas e
métodos cabalísticos — que poderia dar às pessoas a capacidade de controlar tanto a
realidade física como a espiritual.
Entretanto, ao tornar o idioma com que aquelas pessoas se comunicavam incompreensível,
Deus estava tomando providências para que não houvesse comunicação efetiva entre elas,
que ninguém conseguisse entender o que os outros diziam.
Essa confusão causou uma súbita parada no progresso humano e tecnológico.
As repercussões da Torre de Babel podem ser sentidas até os dias de hoje.
A ciência fala uma língua, a cabala outra.
O Corão, o Novo Testamento e a Torá têm o seu próprio vocabulário sagrado. Todos esses
ensinamentos, incluindo as disciplinas da ciência e as doutrinas da espiritualidade, contêm
verdade, mas as diferentes linguagens e terminologias provocam confusão, conflito e
desentendimento.
Se todos falassem a mesma língua, descobririam a profunda verdade subjacente a todos os
ensinamentos espirituais e científicos do mundo.
Infelizmente essa confusão persiste.

A Física Descobre o Recipiente


Por exemplo, no campo da ciência, os físicos encontraram o ponto onde a consciência
negativa de receber do Recipiente se materializa em nossa realidade física. Mas, em vez de
chamá-la Desejo de Receber, ou consciência de receber, eles a denominam elétron, e daí
surge a confusão.
Parece que estamos falando de duas entidades distintas e não de palavras diferentes para
descrever a mesma coisa.
O resultado é uma falsa separação entre a cabala e a ciência.
Da perspectiva da cabala, o elétron em si é de fato um mito.
É apenas um termo dado em 1894 por G. Johnstone Stoney, que foi o primeiro a determinar
a sua existência.
De acordo com a cabala, o que a ciência detectou é, na verdade, a consciência conhecida
como o Desejo de Receber.
Essa consciência de receber negativamente carregada é que é real.
O elétron descrito pela ciência não inclui qualquer aspecto de inteligência ou consciência,
portanto, a ciência está fornecendo um quadro incompleto do mundo subatômico.

A Cabala Descobre o Elétron


O Zohar, no volume 7, seção 83, desenvolve a ideia do elétron ou da consciência de
receber, dizendo que essa força começa inicialmente como uma onda no mundo
subatômico, metafísico, microcósmico, etéreo.

"O Mundo Vindouro, Binah (Mundo Superior) é chamado "Ondas", pois tudo já existe nele.
Mas a forma com que se expressa em Malchut (Mundo Físico) é como o movimento das
ondas do mar — que vão e voltam.
Por isso Malchut é chamada de "Filha das Ondas."

À medida que a onda se aproxima da escala da realidade física, o macrocosmo, ela começa
a assumir uma natureza mais material, possuindo uma carga negativa ou receptiva, dando
origem à matéria física.
(A forma como essa transformação de onda em partícula acontece e o papel da consciência
humana nesse processo são temas que estão além do objetivo destes textos.)
O Zohar descreve, então, essa força de consciência de receber negativa como a filha das
ondas.
Filha se refere ao feminino, indicando a carga negativa receptiva de um elétron. Além disso,
filha representa o nascimento da materialidade, a mãe dando à luz uma filha.
Assim, a expressão filha das ondas refere-se ao momento em que a onda se torna uma
partícula negativamente carregada.
Os físicos nos apresentam o mesmo modelo do elétron, conhecido como a dualidade onda-
partícula.
Isso se refere à descoberta de que um elétron se comporta tanto como onda quanto como
partícula, espelhando a descrição do Zohar do aspecto de receber do Recipiente que
constitui parte do nosso Universo.
Mais uma vez temos duas descrições de um único fenômeno, criando assim uma separação
entre a ciência e a cabala.

Natureza Humana
O modelo Recipiente-átomo é também modelo de um ser humano em um nível espiritual e
comportamental.
O ser humano é composto de três elementos ou três aspectos da consciência:
1. O corpo físico/ego, cuja natureza egoísta é a de receber — o aspecto dominante de nossa
consciência.
2. A essência espiritual/alma, cuja natureza é a de compartilhar — o aspecto
potencialmente divino de nossa natureza, oculto, não manifestado.
3. O livre-arbítrio para escolher resistência e compartilhar no lugar de receber.
Alguns de nós estamos familiarizados com a ideia de uma Segunda Voz que ataca a nossa
mente racional, influenciando esse terceiro componente — o livre-arbítrio. Essa voz algumas
vezes parece ter completo controle sobre nossos pensamentos e impulsos, tornando difícil,
se não impossível, escolhermos a resistência.
Muitos confundem essa Segunda Voz com a própria voz, pois sequer sabem que essa
Segunda Voz existe, e portanto, permitem que ela sabote suas vidas.
Infelizmente, todos nós experimentamos isso diariamente em nossa vida. Repetidamente,
sabemos que certa atividade ou comportamento é prejudicial ao nosso bem-estar, porém a
Segunda Voz nos compele a buscar essa negatividade de qualquer maneira, frequentemente
contra os nossos próprios desejos.
Ou então, prometemos para nós mesmos fazer algo que sem dúvida alguma terá um efeito
positivo, benéfico em nossa vida. E é um compromisso genuíno, verdadeiro, com nós
mesmos. Porém, a Segunda Voz assume o controle sobre a nossa mente racional e nos
convence a não cumpri-lo.
Os cabalistas, profundamente cientes dessa característica única da consciência humana,
escreveram muito a esse respeito.

O Distúrbio da Segunda Voz


A Segunda Voz não é parte de nossa consciência original, muito embora acreditemos
erroneamente que seja.
Na verdade ela é uma ilusão.
Ela não é você, mas um truque da mente, uma enganação habilidosa.
No momento em que você acredita na ilusão, ela se torna você.
Então, você acaba sabotando todo o esforço que fez para adquirir uma vida melhor e mais
plena para si mesmo e para os que ama.
Você quebra as promessas que fez a si mesmo.
Dá um tiro no seu próprio pé.
Diz coisas que depois se arrepende de ter dito.
Pisa em outras pessoas quando galga a escada do sucesso.
Come coisas que sabe que não deveria comer e faz coisas que sabe que não deveria fazer.
Mas, por alguma razão, você não consegue parar.
A compulsão é esmagadora.
Quando você finalmente chega ao seu limite e não aguenta mais, dá um jeito de arranjar
bastante força de vontade para vencer a Segunda Voz.
Infelizmente, isso dura apenas alguns dias ou alguns meses, na melhor das hipóteses.
Então, você retoma os hábitos anteriores.
Os comportamentos antigos vão retornando à medida que a Segunda Voz reassume o
controle.
Ela provoca inveja em você quando seus amigos, conhecidos e inimigos alcançam o
sucesso.
Bloqueia todas as outras opiniões, exceto a sua própria.
Por que a Segunda Voz existe, quem a criou e qual é o seu objetivo final?
Talvez, e mais importante, seria melhor perguntar: por que não nos damos conta de que a
Segunda Voz sequer nos pertence?

Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 6

A Estrutura de Tudo – Parte 2

Trajando Máscaras
Quando o Recipiente se estilhaçou em pedaços, essa fragmentação criou outras entidades,
ou centelhas, com as quais poderia interagir.
Mas ele não estava desinformado.
É obvio que ele sabia que estaria interagindo consigo mesmo.
Assim, para não reconhecer as outras centelhas criadas pela fragmentação como partes de
si mesmo, cada uma dessas faíscas recebeu um disfarce para usar, um traje, a fim de criar
a ilusão de indivíduos distintos e separados.
Esse disfarce é chamado ego.
É a consciência do ego que faz com que você e eu tenhamos a impressão de estarmos
separados, de sermos distintos dos demais.
É uma máscara projetada para nos impedir de reconhecer a nós mesmos em todos os que
encontramos.
Se reconhecêssemos, seria fácil resistirmos ao um por cento final do receber, e passarmos a
compartilhar.
Mas isso apresentaria um tremendo problema pelas seguintes razões:

Desenvolvendo o talento dado por Deus


Suponhamos que duas pessoas tenham o mesmo sonho de se tornarem astro do futebol
mundial.
Ambas possuem o necessário talento natural para atingir esse objetivo.
Uma delas pratica esse esporte durante seis meses chutando para um gol sem ninguém
entre as traves, enquanto a outra faz o mesmo, mas tendo um goleiro muito bem treinado
defendendo as bolas.
Qual dos dois tem a possibilidade de se tornar o jogador de maior sucesso?
A resposta é óbvia.
Somente quando temos um oponente, atingimos o pleno potencial de nossos talentos e
habilidades.
Na ausência de um oponente não conseguimos desenvolvê-los ao máximo.
Por essa razão, a Luz criou outra força de consciência, denominada ego, o qual tente
dominar o nosso verdadeiro ser.
Isso nos dá condições de lutar contra a atração gravitacional que ela exerce e, ao fazê-lo,
nos tornarmos a Causa da alegria e da felicidade que nos espera no final desse jogo.
O ego tem uma natureza singular: um implacável e cruel Desejo de Receber para Si Mesmo!
O DNA metafísico do ego é o receber egoísta, insaciável.

O Adversário
Saber e vivenciar o que significa compartilhar da maneira como o Criador o faz é algo que
precisa ser conquistado, merecido.
E para isso, precisamos jogar contra um adversário de porte.
No jogo do resistir e do compartilhar não dá para roubar.
O risco de perder campeonato após campeonato, vida após vida, tem que ser real — até
mesmo se incluir a própria morte.
Assim, a Luz fez o ego — uma entidade poderosa, totalmente egoísta, corrupta,
autocentrada — que pode nos oferecer um desafio enorme neste jogo chamado vida.
A cabala se refere a essa força egocêntrico como O Adversário, um termo que apareceu
originalmente nas páginas da Bíblia, especificamente no Antigo Testamento, na Torá.
Adversário é a tradução da palavra Satan no hebraico original.
Do ponto de vista da cabala, Satan não é a criatura demoníaco retratada no mito religioso e
no folclore.
É o que está implícito no seu nome: um adversário, projetado para desafiar a espécie
humana no nível de sua consciência.
O Adversário é a força consciente, inteligente, que se manifesta especificamente como o
ego humano.
E foi trazido à existência com o único propósito de nos testar, desafiar e enganar, de tal
modo que resistir à sua influência seja uma tarefa difícil, quase impossível. Cada
pensamento, cada emoção humana, cada sentimento que nos consome todos os dias é
causado pela consciência dominante do Adversário.

O Gene Egoísta
O nascimento do Adversário na consciência do Recipiente é a raiz do muito comentado e
controvertido conceito científico conhecido como o Gene Egoísta, postulado em 1970 por
Richard Dawkins em seu best seller com o mesmo nome. Dawkins diz que os genes são
inerentemente egoístas, servindo aos seus próprios interesses e que o corpo humano é
meramente o instrumento deles para assegurar a sua própria sobrevivência.
A cabala não é contra esse ponto de vista, porém vai mais além, considerando o gene como
um efeito e não como a suprema Causa.
Para tanto, a cabala aborda o mundo da consciência.
Assim, de uma perspectiva, o gene é simplesmente o meio do Adversário assegurar a sua
existência contínua e propagar mais egoísmo no mundo, de pleno acordo com o seu papel
de desafiar a consciência da alma humana.
Da mesma maneira, o corpo humano é simplesmente um veículo para a consciência do
Recipiente cumprir a sua meta de superar o egoísmo.
De acordo com o Zohar, a existência do corpo permite aos aspectos altruísticos de nossa
consciência combaterem a consciência egoísta do Adversário em um campo de jogo
compacto: o corpo humano.

A Alma Distraída
Foi o Adversário que nos levou ao esquecimento de nossas origens, e é o poder dele de
superar a nossa consciência que nos impede de, sequer, detectar a sua existência.
Essa situação se agrava com as nossas próprias dúvidas e com a desconfiança que sentimos
em relação à possível existência do Adversário.
Ironicamente isso também é um resultado direto da enorme influência que ele exerce sobre
nossas vidas e sobre toda a realidade física.
Ele bloqueia a Luz e a verdade a respeito de sua existência, da mesma forma que uma
cortina em uma sala bloqueia a luz do sol.
Todas essas condutas questionáveis e enganosas são parte do jogo do livre-arbítrio, o que,
é claro, significa que temos também o livre-arbítrio de rejeitar todas as ideias acima.
A suprema verdade sobre o Adversário se encontra unicamente em nosso ser mais
profundo.
Enquanto você lê estas palavras, a lógica da cabala é filtrada através do ego, a primeira
linha de defesa. E isso geralmente constrói uma barragem de dúvidas e incertezas que
serve para impedir que você detecte a verdade, a qual permanece oculta atrás de sua
consciência do ego.
Por esse motivo, muitos de nós conduzimos um debate interno cada vez que somos
apresentados a um novo princípio cabalístico.
Uma parte de nós reconhece o poder e a sabedoria de cada ideia, outra parte expressa
dúvidas e ceticismo.

Definindo o ego humano


Infelizmente, o conceito de ego é totalmente mal-entendido pela maioria das pessoas.
Muitos de nós acreditamos que o ego se refere àquela parte da psique que nos leva a um
comportamento pretensioso, convencido, autocentrado, demasiadamente confiante,
arrogante, ostentoso.
E, na verdade, isso acontece.
Mas o ego também se manifesta como baixa autoestima.
O ego pode fazer com que você se sinta sem valor, deprimido, inseguro, tímido, medroso e
insignificante.
Existe um tema fundamental em todos os sentimentos descritos acima: pensar unicamente
em si mesmo e em suas próprias necessidades.
É assim que se define realmente o ego: Receber para Si Mesmo.
Em outras palavras: o ego significa que tudo tem a ver comigo, independente de as notícias
serem boas ou más.

A Consciência Reativa
Outro modo de definir o ego é Consciência Reativa, a fonte do comportamento reativo.
O comportamento reativo pode vir em resposta a coisas positivas ou negativas que
acontecem em nossa vida.
Talvez você tenha reagido a um insulto perdendo a compostura.
Ou, quem sabe, tenha reagido a um elogio sentindo-se subitamente muito bem acerca de si
mesmo.
Em ambas as circunstâncias seus sentimentos não foram gerados dentro de sua própria
consciência, pois a verdadeira consciência de sua alma foi subjugado pela consciência do
seu ego, que compeliu você a reagir a uma força externa, seja essa força externa outra
pessoa ou um conjunto de circunstâncias.
Falando claramente, quando você age em nome do ego, você sempre é o Efeito, nunca a
Causa.

Comportamento Reativo e o Significado da Vida


Reagir a qualquer coisa equivale a receber.
Isso deve ser entendido antes que você continue a leitura.
Reagir pode ser definido como a consciência negativa de receber.
Já sabemos que viemos a esta realidade física para resistir e fazer cessar Toda forma de
receber.
Se reagir e receber são a mesma coisa, poderíamos agora escolher outra forma de definir
nosso objetivo na vida e afirmar que viemos a este mundo com a finalidade de parar todas
as nossas reações.
Do ponto de vista cabalístico é esse o significado de nossa existência.
Há vinte séculos os filósofos vêm dedicando suas vidas à busca desse significado de difícil
compreensão.
Surpreendentemente um aluno de cabala é capaz de descobrir o único propósito da vida
depois de ler apenas uns poucos capítulos de um livro.
Não se engane: o significado da vida humana é simples.
Entretanto, sabemos que existe uma enorme diferença entre simples e fácil.
Na verdade, o objetivo final de parar nossas reações egocêntricas é extremamente difícil de
ser atingido.
Imagine um dia em que muitas pessoas lhe fazem enormes elogios.
O resultado é você começar a se sentir bem com relação a si mesmo.
Mas, perto do final do dia, uma pessoa que está meio mal-humorada faz um comentário
desagradável a seu respeito.
Mais uma vez você reage, mas dessa vez você fica zangado.
Não tem mais nenhuma importância quantas pessoas tenham dito coisas boas a seu
respeito naquele dia. Agora você reage a essa única pessoa que lhe disse algo ofensivo.
Ao reagir a eventos externos, você abandona o controle sobre a sua vida.
Todas as reações são deflagradas pela consciência de seu ego, que se sobrepõe à
consciência de sua alma.

Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 7

A Estrutura de Tudo – Parte Final

O Propósito da Vida
Minha afirmação anterior de que as almas da Humanidade vêm a esta realidade
física para resistir ao um por cento restante de desejo de receber significa, em um
nível mais prático, que viemos para resistir aos impulsos reativos do nosso ego.
Cada um de nós que caminha por este mundo físico tem uma missão específica;
cada um de nós tem reações egocêntricas às quais precisa resistir e tem que
controlar.
Todos os acontecimentos em nossas vidas — bons ou maus — são simples gatilhos
que podem ser ativados por nosso ego e nos levar a uma reação.
Se reagimos, perdemos uma valiosa oportunidade de resistir.
Se reagimos, as influências metafísicos do Adversário e os poderes de manipulação
do ego tornam-se mais fortes.
O resultado é que o trabalho que viemos fazer aqui se torna muito mais difícil de se
realizar.
Nossa vida fica um pouco mais escura quando as forças do caos se tornam mais
fortes.
E o fim do jogo, a remoção do caos deste mundo, é adiado.
Se, entretanto, aprendermos a resistir ao ego, permitindo que ele morra pouco a
pouco devido à dor que sentimos ao não reagir, nos tornaremos proativos.
E, assim, chegaremos mais perto do objetivo de eliminar o um por cento restante
da consciência reativa de nossa natureza.
Isso significa que nos aproximaremos — assim como o mundo inteiro — da Luz e
dessas metas de tão difícil compreensão: a nanotecnologia e a imortalidade.
Tudo em nossas vidas, todas as pessoas (família, amigos, inclusive inimigos), todas
as oportunidades perdidas, todas as ocasiões de boa sorte inesperada, são todas
partes intrincadas de um grande obstáculo projetado para provocar o ego e nos
estimular a reagir.
Tudo serve para atender a esse amplo objetivo.
A tarefa iminente do Adversário — nossa consciência egocêntrico reativa — é
impedir que reconheçamos a verdade, é esconder de nós o significado da
existência, de tal maneira que nosso sangue continue a ser derramado e nossas
lágrimas continuem a ser vertidas.

Simples Demais para Ser Verdade?


No Universo cabalístico a meta é superarmos ao máximo o egoísmo
e nos esforçarmos para nos tornarmos pessoas mais positivas, que compartilham,
que abraçam a ideia de dar aos outros incondicionalmente.
Para a maioria, isso parece simples demais para ser a solução dos problemas que
afligem este mundo; bom demais para ser verdade.
Porém, no final das contas, tudo se resume no seguinte: o egoísmo e o
comportamento reativo são a única fonte das forças negativas, caóticas, que
devastam o planeta e nossa vida pessoal.

Relatividade
A cabala não está de forma alguma pedindo que todos nós nos transformemos em
um Gandhi, em um Moisés, em uma Madre Tereza de Calcutá, ou em qualquer
outra alma santa que se dedicou a viver em benefício dos outros.
Tais expectativas irrealistas não se coadunam com a cabala.
Em vez disso, os cabalistas afirmam que cada um de nós veio a este mundo com
uma tarefa específica, uma certa dose de resistência (baseada em nossa situação
pessoal e débitos cármicos anteriores) que pode ser aplicada contra nossos
impulsos egoístas.
Isso é conhecido na linguagem da cabala como Tikun, que significa correção dos
efeitos e das sementes de nossos comportamentos egocêntricos anteriores.
Cada um de nós precisa alcançar uma determinada medida de mudança de caráter.
Cada um de nós tem uma dose específica de consciência egoísta, uma quantidade
particular de egoísmo que deve constatar e erradicar.

Fim do Jogo
O objetivo do ego, por outro lado, é expandir nosso egoísmo e aumentar sua
influência sobre nossas vidas.
Assim, a vida serve a um grande propósito: nos opormos ao ego e removermos
tanto egoísmo e interesse próprio quanto possível em nosso cotidiano.
Quando uma massa crítica de mudança for atingida, teremos cumprido o nosso
objetivo na vida, e então nossa existência se tornará uma satisfação sem fim.
E mais, o Zohar nos diz que quando certo limiar for atingido em escala global, a
tarefa suprema de remover o um por cento da consciência de receber (egoísmo)
que restou será finalmente concretizada.
A imortalidade e a felicidade eterna se tornarão a nova realidade nesta dimensão
física.

O Poder da Resistência
O Zohar oferece ao praticante da cabala uma técnica poderosa para desativar a
reatividade.
Chama-se resistência.
O Recipiente originalmente aplicou essa técnica quando resistiu à Luz no Mundo
Infinito, alcançando assim noventa e nove por cento do seu obletivo.
Estamos aqui para completar o saldo do trabalho, o que, na prática, significa
resistir aos nossos desejos egoístas e reações impulsivas.
O ego não é quem realmente somos.
É uma ilusão perpetuada pelo Adversário para ocultar sua presença em nossa vida.
É uma ilusão tão poderosa, que nos motiva a trapacear, roubar, apunhalar pelas
costas, brigar, machucar, lutar e matar nossos próprios vizinhos, os quais, na
realidade, representam outras partes de nossa alma, pois somos todos nós
descendentes do Recipiente Único.

O Mecanismo do Compartilhar
Existe um meio particularmente poderoso de exercermos resistência ao longo de
nossa vida: realizar atos genuínos, desconfortáveis, de compartilhar.
Por que uma ação de compartilhar é considerada um ato de resistência?
Receber é nosso estado natural e o estado natural do Recipiente.
Entretanto, a consciência inata de receber foi amplificado pela existência do
Adversário, o gene egoísta.
Quando forçamos nosso corpo a mudar a sintonia e a entrar no modo de
compartilhar, estamos resistindo a cada impulso, a cada desejo de reagir, a cada
anseio impulsivo que tipicamente o governa.
Essa é uma das razões pelas quais a cabala defende as ações de compartilhar.
Isso não tem nada a ver com moralidade, ou ética, ou com qualquer outro ideal
nobre.
Compartilhar genuinamente requer um ato de resistência, e cada ato de resistência
é um passo a mais para se completar a tarefa de atingir os cem por cento de
resistência. Compartilhar é apenas uma ferramenta, um meio para um fim.
Compartilhando com outros, estamos chegando mais perto de atingir nossa própria
felicidade eterna.
Novamente nos confrontamos com o supremo paradoxo: quanto mais nos
preocuparmos com o bem-estar dos outros, mais rapidamente receberemos as
respostas para as nossas próprias orações e a plenitude que nos trará felicidade
duradoura.
A Arte de Compartilhar
A consciência conhecida como ego está constantemente focada em seu próprio
interior, pensando em apenas uma coisa: O que eu posso lucrar com isso?
Portanto, compartilhar com outra pessoa se torna um desafio quase impossível.
Como acabamos de ver, é enfrentando esse desafio que fazemos evoluir o gene de
compartilhar que herdamos de nosso Criador.
Compartilhar é muito difícil e extremamente desconfortável, e isso atende ao
valioso propósito de garantir que o ato positivo seja derivado de um autêntico ato
de resistência.
De acordo com a cabala, se você por acaso achar o compartilhar uma tarefa fácil,
tudo indica que é o seu ego que provavelmente está motivando esse seu
comportamento positivo, não a sua alma.
Para saber se isso está mesmo acontecendo, aqui está uma pista: se os seus atos
de compartilhar lhe trazem elogios, uma melhor reputação, um jantar em sua
honra, uma placa em sua homenagem, ou seu nome numa ala de um hospital, esse
não é o verdadeiro compartilhar.
Um ato verdadeiro de compartilhar acontece somente quando subjugamos nosso
egoísmo e nossa ganância, quando o doador sente desconforto e quando nenhuma
outra parte, incluindo amigos e colegas, sabe que praticamos a ação positiva.
É preciso primeiro, antes de mais nada, nos darmos conta de que nosso foco está
totalmente dirigido apenas para nós mesmos e para nossos próprios interesses,
para que então possamos rejeitá-los e, assim, escolher compartilhar independente
do que nosso ego está nos dizendo.
Essa é a origem do antigo ditado: "Deves ser generoso até doer."
Não se trata, aqui, de um código moral.
Pelo contrário, é uma tecnologia muito avançada, de ponta, como veremos adiante.

A tecnologia da Luz
A Luz é definida como a toda felicidade que buscamos em nossas vidas.
A Luz está em todo lugar, impregnando cada centímetro de nosso Cosmos, desde
as regiões mais distantes das profundezas do espaço até as profundezas internas
de nossas almas.
Toda vez que você prova uma refeição de um gourmet, toma um cafezinho, ouve
sua música favorita, brinca com os seus filhos, se envolve em uma relação de
amor, tem o prazer de assistir a um bom filme, fecha um bom negócio, recebe uma
promoção, come um bom chocolate suíço, toma um gostoso banho de sol tropical,
passeia no parque, cheira uma flor, mergulha em água fresquinha num dia quente,
diverte-se com amigos, tira uma soneca numa rede, inventa algo útil, compõe uma
linda canção, pinta um quadro, aumenta seu conhecimento, deleita--se com uma
ópera, dança, bebe, ou simplesmente tem prazer com qualquer uma das coisas
simples da vida, você encontra a Luz.
Todas essas sensações agradáveis são expressões da Força da Luz de Deus.
O que pode surpreendê-lo é que você também pode encontrar a Luz sempre que
você recriminar o seu filho, fraudar o seu sócio em um negócio, se vingar de um
inimigo, fizer fofoca sobre seus amigos, reagir com raiva, enganar sua esposa, ou
der troco a menos para um cliente.
Se alguém roubar um banco e tiver prazer com isso, esse prazer também é definido
como Luz, por mais controverso que possa parecer.
Esse é o ponto de partida, o ponto específico onde a cabala difere de outros
ensinamentos espirituais.

Um Mundo sem Moral


Não existe moral ou códigos de ética no Mundo sem Fim ou nos ensinamentos da
sabedoria da cabala.
O conceito de certo ou errado não é encontrado nem no Mundo sem Fim nem nas
páginas do Zohar.
No Mundo Infinito existe apenas a Luz, não há regras, rituais ou dogmas.
A cabala representa a tecnologia que faz com que a Luz seja ativada em nossas
vidas.
Antes de você ficar confuso ou zangado com essa ideia de um Universo sem moral,
pense na eletricidade.
Utilizamos a eletricidade em hospitais, casas, ruas e cidades para trazer conforto e
proteção às pessoas.
Mas também podemos colocar o dedo em uma tomada de luz e sermos
eletrocutados.
Nos dois casos a natureza da eletricidade é a mesma.
Algo semelhante acontece com a impressionante Força da Luz do Criador.
Cada um de nós que caminha por essa dimensão material tem o livre-arbítrio para
escolher como se conectar com essa força suprema.
Tanto podemos nos conectar de forma segura com a Realidade da Árvore da Vida
como nos eletrocutar.
Não existe dilema moral.
Se usarmos a tecnologia errada para nos conectarmos com essa força
impressionante, a energia da Luz é perigosa.
Se utilizarmos a tecnologia apropriada, a Luz enriquecerá nossa vida
ilimitadamente.
Além da ética e da moral não desempenharem papel algum nesse assunto, existe
uma característica humana que é crítica para a nossa tecnologia.
Chama-se ganância.
Surpreendentemente, a velha e boa característica humana da pura ganância pode
nos fornecer um meio poderoso para trazer as bênçãos do Criador para nossa vida.
De fato, de acordo com a sabedoria cabalística, a ganância deveria ser a única
motivação por trás do nosso comportamento.
Vamos, então, explorar um pouco mais essa noção radical.

O Cabalista Que Adora Roubar


Pode ter certeza de que ninguém é mais ganancioso do que eu.
Ninguém roubaria ou furtaria mais do que eu.
E saiba que não estou sendo satírico ou depreciando a mim mesmo.
Pelo contrário, estou falando sério, absolutamente.
Se eu tivesse um jeito de não ser pego, não pense, nem por um minuto, que eu
não adoraria entrar em um banco sem ser detectado e sair com dez milhões de
dólares em dinheiro vivo.
Já fui acusado em minha vida por outros rabinos e críticos de muitas coisas,
inclusive de ser charlatão e de vender gato por lebre.
A ironia é que eles não entenderam direito.
O que estou vendendo de porta em porta não é gato por lebre.
É a sabedoria sagrada e autêntica da cabala, como me foi ensinada pelo meu
mestre e professor.
Entretanto, se tivessem me acusado de ser um homem que sonhou muitas vezes
em roubar o Forte Knox, (a fortaleza onde o Tesouro americano guarda suas
reservas de ouro), eu não teria como refutar essa alegação.
Você pode ter certeza de que se roubar valesse a pena, se nos proporcionasse o
que estamos realmente buscando, os cabalistas ao longo do tempo estariam
roubando bancos, assaltando caminhões da Brinks e sendo receptadores de
mercadoria roubada vinte e quatro horas por dia.
Afinal de contas, a premissa básica da cabala é a de que fomos todos criados para
receber a plenitude e a alegria eternas que são a Força da Luz de Deus.
Deus compartilha plenitude sem fim.
Isso é tudo.
O desejo de Deus de compartilhar satisfação com a Humanidade é a quintessência
da verdadeira realidade.
Mas a verdade é que o roubo e a desonestidade não nos proporcionam o que
buscamos.
Não devido à moralidade, mas por causa da tecnologia.
De acordo com a tecnologia da cabala, ou das Leis Universais da natureza, roubar
simplesmente não funciona.

Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 8

A Ganância e a Lei da Atração – Parte 1

A Lei da Atração
O conceito da cabala conhecido como a Lei da Atração foi discutido pela primeira
vez em textos cabalísticos há cerca de quatro mil anos.
A partir de então, vem sendo descrito com frequência e o encontramos desde o
século XVII, nos trabalhos de Isaac Newton, até os dias de ho¡e nos livros que
constam das listas dos mais vendidos.
Mas há muitos mal-entendidos em relação à dinâmica dessa Lei Universal.
O Rav Yehuda Ashlag, professor do meu mestre, escreveu muito sobre a Lei da
Atração e os perigos associados a não entendê-la realmente.
De fato, esse grande cabalista nos diz que, enquanto não entendermos as
implicações da Lei da Atração, não teremos o domínio da sabedoria da cabala.
A Lei da Atração é a chave para destrancar os segredos da cabala e o código para
se entender seus ensinamentos.
O Rav Ashlag explica a Lei da Atração da seguinte maneira: quando duas coisas são
semelhantes, elas são consideradas próximas.
Quanto mais semelhantes forem, mais próximas estarão.
Quando elas são idênticas na forma, isso resulta em completa unidade entre as
duas.
Da mesma forma, quanto mais duas entidades forem diferentes, maior é a distância
entre elas.
A separação existente entre a Luz e o Recipiente (Deus e a Humanidade) é uma
consequência direto de suas naturezas diametralmente opostas.
A Luz compartilha enquanto o Recipiente recebe.
Deus dá bênçãos, enquanto as almas da Humanidade procuram recebê-las.
A Força da Luz é uma forma positivamente carregada da consciência de
compartilhar, enquanto o Recipiente é uma forma negativamente carregada da
consciência de receber.
Assim, fica imediatamente claro que o único meio de se remover o espaço entre a
Humanidade e a Força da Luz do Criador é remover, antes de tudo, a única
característica que produz essa separação.
E essa única característica é o receber.
Descobrimos agora uma razão mais ampla e profunda pela qual o Recipiente
precisa deste mundo físico para remover de sua consciência o restante um por
cento do aspecto de receber.
Uma vez que ele for removido, o Recipiente estabelecerá automaticamente
afinidade, conexão e unidade com a Força da Luz do Criador devido à Lei da
Atração.

Quando é bom ter ganância


Os cabalistas são um bando de gente gananciosa.
Fazem os executivos de Wall Street parecerem escoteiros em comparação.
Mas há uma diferença muito profunda no tipo de ganância que apresentam.
A ganância dos cabalistas é pela eterna Força da Luz do Criador, a essência da
plenitude sem fim.
Eu chamo isso de Ganância Iluminada.
Tradicionalmente, os cabalistas sempre foram investidores sagazes no Jogo da
Vida.
Não são, de forma alguma, jogadores morais ou éticos em um mundo submerso em
conflitos.
O cabalista nunca se contenta com menos, ele quer tudo.
Ele não quer se conformar com alguns poucos bons anos de plenitude seguidos de
vários anos de caos.
O cabalista deseja subir continuamente na escada da felicidade, não quer uma
montanha russa feita de dor e prazer, estresse e serenidade.
O Jogo da Vida consiste em aprender a receber um fluxo interminável de plenitude.
Esse é o pensamento por trás da Criação.
E encontramos essa verdade oculta na própria palavra que descreve esses
ensinamentos universais: cabala, que significa "receber".
O mero fato da palavra cabala significar receber é um paradoxo à luz da
metodologia que ela defende para nos ajudar a receber satisfação infinita em nossa
vida.
De acordo com a cabala, recebemos não recebendo, pois recebemos fazendo o
oposto, ou seja, compartilhando.

Ganância Iluminada versus Ganância sem Sentido


Existem duas maneiras de receber satisfação na vida e ambas se baseiam na
ganância.
Primeiramente existe a que eu caracterizo de ganância sem sentido.
Essa forma de ganância é motivada exclusivamente pela entidade metafísica
conhecida como o Adversário, ou o Ego, ou a consciência recebedora.
Essa forma de ganância serve para gratificar o ego à custa da alma; é uma forma
de ganância sem sentido, pois inevitavelmente nos desconecta da Força da Luz, da
Realidade da Árvore da Vida, nos subornando com gratificações de curto prazo.
Por quê?
Porque, quando recebemos, estamos agindo de forma oposta à da Luz.
Assim, de acordo com a Lei da Atração, estamos criando uma distância maior entre
nós e a Luz.
Para impedi-lo de detectar a vasta distância entre você e a Força da Luz que o seu
comportamento criou, o Adversário lhe concede uma recompensa temporária na
forma de uma gratificação do ego.
Entretanto, assim que ela se esgota você inevitavelmente se dará conta de que
acabou caindo sob influências negativas devido à sua separação da Luz.
Ficará evidente que essa distância cria um espaço onde você terá que lidar com o
caos.
A ganância que chamamos de Ganância Iluminada serve a um único propósito, que
é o de preencher a alma com um fluxo constante de plenitude, à custa do ego.
Ao contrário da ganância sem sentido, a Ganância Iluminada traz uma dor
temporária para o seu ego, mas logo em seguida fornece uma conexão com a
Realidade da Árvore da Vida.
A infusão de energia que acompanha tal conexão serve para diminuir o caos e a
negatividade era nossa vida.
Os resultados são duradouros, e portanto essa é uma escolha de vida bem mais
sagaz e lucrativa.
Ganância Iluminada significa que compartilhamos, resistimos ao egoísmo e
resistimos a receber.
Significa que emulamos a Luz do Criador de tal modo que, devido à Lei de Atração,
nossas almas ficam mais próximas da Energia Divina que preenche a Realidade da
Árvore da Vida.
Para o estudante de cabala, tudo isso pode ser resumido em ganância sem sentido
versus Ganância Iluminada, ou em receber versus compartilhar.

Encontrando nosso Livre-Arbítrio


Contrariando séculos de debate e especulações filosóficas, o livre-arbítrio da
Humanidade se encontra exclusivamente na interseção dessas duas formas de
ganância.
Tanto o caos que experimentamos, como as bênçãos que nos são concedidas,
derivam unicamente de nossa capacidade de escolher a que forma de ganância
servir.
O que necessita ser incutido em nossa consciência — e é exatamente o que a
consciência do ego que nos domina procura evitar — é que qualquer forma de
ganância motivada pelo ego seguramente nos trará dois resultados.
Inicialmente, teremos prazer e gratificação imediata, que é genuinamente
inebriante, mas temporário; e depois, devido à distância que passa a existir entre
nós e a Luz, uma repercussão negativa de longo prazo nos golpeará quando e onde
menos esperarmos.
Se essa verdade estivesse presente em nossas mentes em cada instante do dia,
faríamos escolhas mais sábias e lucrativas em nossas vidas.
Só conseguiremos isso se, em vez de permitirmos que a nossa consciência egoísta
suplante a nossa alma, vencermos o impulso do ego de receber egoisticamente, ou
seja, se escolhermos o compartilhar como a opção mais sensata.
É a ganância da alma que nos move quando escolhemos de vontade própria
abraçar a dor temporária, indo contra o ego, não por razões morais, mas por que
isso nos traz uma plenitude que nunca nos deixará.
Infelizmente, conheço muita gente que não entendeu as implicações de cada um
dos princípios acima, mesmo depois de décadas de estudos cabalísticos.
E se é difícil para um aluno de cabala aceitar e viver essas verdades, imagine então
o quanto é maior a dificuldade dos bilhões de pessoas que nunca tiveram
intimidade alguma com esses inestimáveis ensinamentos.
Essa é a razão pela qual o mundo vem sendo engolfado por conflitos, guerras,
derramamento de sangue e dor há mais de vinte séculos.

Ganância não é um problema


Para os que ainda se sentem desconfortáveis com a palavra ganância no mesmo
contexto que espiritualidade — ou cabala em particular — o Zohar nos relembra
que o Criador pensou a existência do Recipiente com um único objetivo:
compartilhar plenitude infinita com ele.
Assim, a natureza essencial do Recipiente é o desejo.
Esse desejo infinito é direcionado para a plenitude e a felicidade infinitas que a Luz
naturalmente emana.
A cabala chama essa natureza fundamental do Recipiente de Desejo de Receber ou,
em linguagem contemporânea, de ganância.
Ao desejar tudo, estamos atendendo ao desejo de Deus, que é o de compartilhar
tudo.
Quando deixamos de desejar a Luz, impedimos a Luz de Deus de entrar em nossas
vidas, pois o Criador não nos coagirá a receber ou a nos sentirmos felizes.
Coerção e espiritualidade são ideias mutuamente excludentes.
Se você forçar alguém a ser feliz, como isso pode ser definido como a verdadeira
felicidade?
Se você forçar algo sobre alguém, como é possível considerar tal coisa como um
compartilhar autêntico?
Deus não nos concederá a Sua bênção, a menos que, primeiro, a desejemos.
O desejo precisa ser ativado, senão o Recipiente permanecerá vazio.
Quando não desejamos a Luz do Criador com todo o coração, isso dói mais ao
Criador do que a nós mesmos, porque não há nada que ele possa fazer para aliviar
nosso sofrimento e escuridão, enquanto não despertarmos em nós mesmos o
desejo de receber ajuda.

O problema real é a falta de ganância


Perambulamos na escuridão sobre esta superfície terrestre por uma única razão: a
falta de ganância.
Quando desejamos e ansiamos por algo, recebemos uma forma específica de
felicidade que satisfaz esse desejo específico.
E a Luz de Deus é, então, compartilhada.
Há um momento de perfeição no Universo.
A Luz está compartilhando e o Recipiente está recebendo.
Já sabemos, entretanto, que o único meio de receber continuamente a felicidade
corporificada na Luz é primeiro parar de receber e no lugar de receber começar a
compartilhar.
Essa ação nos fornece uma conexão durável com a Luz, porque assim nossa
natureza (de compartilhar) e a natureza do Criador (de compartilhar) passam a ter
formas idênticas.
A ganância baseada unicamente no Desejo de Receber para Si Mesmo é, de fato, a
mais limitada forma de ganância, pois no final nos desconecta da Fonte de Todas as
Fontes.
Recebemos um pequeno e único pagamento em lugar de infindáveis dividendos.
Se fôssemos pessoas mais gananciosas, desativaríamos nossa consciência de
receber, e passaríamos a compartilhar incondicionalmente, a despeito da dor, da
dúvida e do ceticismo que o nosso Adversário implanta dentro de nós.
Isso asseguraria nossa constante conexão com a Luz, porque estaríamos emulando
o Criador.
Isso parece tão simples que é quase inconcebível que a Humanidade continue a ser
governada pela ganância sem sentido e pela consciência do ego após tantos séculos
de derramamento de sangue e sofrimento.
Mas selamos justos: o mundo ainda não está ciente da existência do Adversário, ou
dos ensinamentos da cabala, devido em grande parte ao próprio Adversário.
É meu desejo, de todo o coração, que estes textos resolvam esse problema de uma
vez por todas.
A simplicidade da Lei da Atração e da Ganância Iluminada me faz lembrar de um
pensamento que, certa vez, um estudante compartilhou comigo.
A chave para colocar o compartilhar em primeiro lugar é nos esforçarmos para
torná-lo incondicional.
Em outras palavras, quanto mais compartilhamos sem esperar nada em troca, mais
assumimos uma forma semelhante à da Luz do Criador.
E isso nos aproxima mais da Luz, permitindo que felicidade e bênçãos fluam em
nossa vida.
Apenas a ganância pequena nos impede de alcançar tudo.

Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 9

A Ganância e a Lei da Atração – Parte Final

Contentando-se com menos


A diferença entre uma pessoa que tem um patrimônio de duzentos dólares e outra
de vinte mil dólares é simplesmente o grau de ganância delas, os níveis dos seus
Desejos de Receber riqueza.
A pessoa com maior desejo, naturalmente, trabalhará mais e por mais tempo para
saciar o seu desejo.
Não se deterá enquanto não atingir o seu objetivo, enquanto seu desejo não for
saciado.
O que emerge dos ensinamentos do Zohar é que cada vez que nos contentamos
com o prazer associado ao ego estamos, de fato, nos contentando com menos.
Pensamos que estamos sendo inteligentes, mas na verdade estamos sendo
incrivelmente tolos.
Estamos comprando terras pantanosas em um lugar remoto do interior, em vez de
investir em uma propriedade praiana em uma região turística.
Por quê?
Porque o Adversário lança um ataque em larga escala sobre nossa consciência, nos
fazendo acreditar que somos jogadores brilhantes no Jogo da Vida.
A consciência egoísta nos cega completamente e não vemos os custos exorbitantes
associados a alimentar e nutrir nossos impulsos egoístas.
Como resultado da influência negativa do ego, e por ele enganar nossa consciência
racional, acreditamos que o fim da morte e o controle completo sobre o mundo
físico, material, são inatingíveis.
Fomos levados a acreditar que a felicidade eterna e o Paraíso na Terra são coisas
de contos de fadas e da religião.
Mas não é nisso que realmente acreditamos no âmago de nossos corações.
Bem no fundo, sabemos que estamos nos contentando com pouco, devido à nossa
falta de ganância, à nossa falta de desejo.
Ceticismo e contos de fadas justificam nossa forma de pensar pequeno e nossa
consciência limitada.
O "x" da questão é que nós simplesmente não pensamos suficientemente grande.
Não estabelecemos metas suficientemente elevadas.
Devemos ser honestos com nossa situação e reconhecer que esse é o problema
básico que a Humanidade enfrenta, se é que esperamos algum dia mudar esse
quadro.
A história está cheia de provas de nossa forma de pensar limitada.
Se você dissesse há mil anos às pessoas daquela geração que poderíamos um dia
construir máquinas para transportar pelo ar centenas de pessoas em volta da terra,
elas veriam sua afirmação da mesma maneira que agora vemos a possibilidade da
imortalidade e da existência da Realidade da Árvore da Vida.
Naquele ponto da história não tínhamos ainda a capacidade, ou a habilidade, para
pensar tão grande, para sonhar, conceber e acreditar que máquinas voadoras
estivessem dentro dos domínios da possibilidade.
Igualmente, hoje não somos suficientemente gananciosos quando se trata de ideias
como o fim da morte e o domínio da mente sobre a matéria.
Nosso pensamento pequeno é resultado direto dos esforços do Adversário.

Os ventos da mudança
Os nanotecnólogos de nossos dias estão desafiando essa tendência, desafiando o
pensamento convencional ao conceber uma realidade onde a nanotecnologia pode
liberar as forças da imortalidade e da transformação física.
Os ventos da mudança parecem estar varrendo nosso planeta, à medida que novas
ideias e objetivos elevados começam a aparecer em campos como a medicina, a
biotecnologia, a nanotecnologia e outras ciências.
Como descobriremos nos textos a seguir, a cabala nos fornece os ingredientes
necessários, as peças que faltam nesse quebra cabeças e que tornarão a
nanotecnologia um instrumento seguro, prático e uma realidade autêntica em
nosso tempo.
Mas para alcançar isso, precisamos confrontar o nosso velho antagonista, pois ele
não se renderá sem luta.
Astutamente, o Adversário nos dará bastante gratificação egoística para nos
subornar e nos impedir de desejar algo muito melhor do aquilo que as lojas de
departamentos, a Bolsa de Valores, os vendedores de automóveis e as imobiliárias
nos podem oferecer.
Esse antigo oponente estimula nosso ego, de modo que nos sentimos inteligentes e
bem-sucedidos sempre que acabamos nos contentando com menos.
Enquanto isso, o mundo continua o mesmo.
Nos conformamos com a ganância do ego e agarramos o que podemos, aceitando
uma vida curta, cheia de caos, em vez de escolher a ganância da alma e ter como
meta a alegria sem fim, a felicidade e a imortalidade.

O bilionário que pensa pequeno


Um empresário com um patrimônio de setenta e cinco bilhões de dólares é, na
verdade, alguém que pensa pequeno quando comparado aos cabalistas da história
da Humanidade.
Acredite ou não, é relativamente fácil para um bilionário estar absolutamente certo
de sua capacidade de acumular riquezas.
Mas será que esse mesmo bilionário teria a coragem e a visão para sonhar com a
imortalidade, para estabelecer objetivos muito mais altos e tornar a meta suprema,
felicidade infinita, disponível a toda e qualquer pessoa?
Será que ele conseguiria fazer isso sem precisar se preocupar em nenhum
momento com a fortuna dos outros, pois, por maior que ela fosse, jamais faria com
que a dele se tornasse menor?
Essa é uma tarefa muito difícil, uma mudança total de paradigma dentro da
consciência humana.
É preciso ser extremamente ganancioso para pensar tão grande e fazer esse tipo de
ajuste drástico em nossa forma de pensar.

Não se trata de desistir de tudo


Muitas doutrinas espirituais pregam a autonegação.
Ensinam a abnegação.
Nos dizem para desistir do mundo material e de nossos desejos terrenos em troca
de tesouros espirituais.
Somos encorajados a eliminar nossos desejos mundanos.
Nada poderia estar mais longe da verdade, de acordo com a cabala.
Nós, os cabalistas, não anulamos os nossos desejos.
Não nos divorciamos do mundo material.
Não negamos, erradicamos ou abdicamos de nossos anseios, o que estaria em
oposição direta ao Pensamento Original da Criação, que é conceder prazer infinito
ao Recipiente.
Em vez de erradicar nossos desejos, nós os convertemos.
Nós os transformamos, para receber o que realmente precisamos para nos fazer
felizes.
O Desejo de Receber, ou ganância, deve ser convertido, passando de alimentador
do nosso ego a alimentador das necessidades dos outros, o que paradoxalmente
acabará alimentando nossa própria alma e beneficiando o mundo inteiro também.
Em outras palavras, quanto mais compartilhamos, mais recebemos.
Você se lembra da história de Sal Fishman e do velho sem-teto?
Quando nossa consciência estiver sintonizada com essa dinâmica, todas as nossas
necessidades serão atendidas pelo Universo, como é demonstrado pela seguinte
analogia.
O auditório no escuro
Imagine que você se encontra em um auditório no qual as luzes foram apagadas, e
existem obstáculos espalhados por todo o local.
Há objetos grandes em que você pode bater de frente, objetos menores para você
passar por cima, e objetos agudos que podem ferir ou arranhar.
Imagine que centenas de pessoas estão trancados dentro do auditório com você.
Cada pessoa no salão porta uma vela apagada.
Claro, uma vela assim não tem utilidade.
Portanto, ao andarem na escuridão, todos tropeçam, caem e se machucam ao
colidir com os obstáculos.
Todos, com exceção de você.
Acontece que a sua vela está acesa. Pode ser que ela não ilumine o bastante, mas
o ajuda a não colidir com a maioria dos objetos agudos que você encontra ao andar
pelo local.
Algumas vezes você tropeça, mas a sua situação é bem melhor que a dos demais.
Naturalmente você não deseja se desfazer de sua vela.
Porém, tendo acabado de ler um livro de cabala, você se dá canta de que deve
resistir ao seu egoísmo. Assim, você acende a vela de outra pessoa com a sua.
Então, você percebe algo inusitado.
Você ainda mantém a sua vela.
Compartilhando a sua chama, ela não diminuiu.
Essa percepção motiva-o a compartilhar mais algumas vezes.
E então, você nota algo ainda mais impressionante.
A luz das outras velas o ajuda a ver melhor, cada vez melhor, a medida que mais
velas iluminam o auditório.
As pessoas com as quais você compartilhou a sua chama logo reconhecem o
benefício de compartilhar as velas acesas.
Subitamente, as pessoas com velas acesas estão andando pelo local acendendo as
velas ainda apagadas de outras pessoas.
Quanto mais luz for compartilhada, mais luz aparecerá no auditório.
O ato de compartilhar praticado por outras pessoas gera mais luz para você.
Antes que você o perceba, existe tanta luz no auditório que todos aqueles
desagradáveis obstáculos tornam-se completamente visíveis.
Nesse momento, todos param de tropeçar, de cair e de se ferir
O caos no auditório transformou-se em ordem através dos inúmeros atos de
compartilhar
Quanto mais você compartilha, mais Luz há para você e para os outros.
Os obstáculos da vida agora se tornam visíveis.
Isso é vida!
A lição é evidente por si mesma.
E não se deixe enganar pela simplicidade desse exemplo.
Quanto mais compartilhamos, mais Nós nos beneficiamos.
Nesse sentido, não precisamos ser motivados por moralidade, códigos de ética, ou
autoridades religiosas.
Podemos ser motivados pela Ganância Iluminada.
Podemos nos inspirar no nosso próprio e genuíno desejo pela Luz da Força do
Criador.
Resistir ao egoísmo cria Luz, pois nos permite compartilhar.
O compartilhar cria Luz — para outros e para nós mesmos.
Isso é tecnologia pura e simples e não se baseia, absolutamente, na ideia de um
comportamento nobre (que é muito fácil para o Adversário subverter).
Ao contrário, resistir e compartilhar é um comportamento astuto.
Quando realmente percebermos isso, teremos encontrado o segredo de um mundo
de paz sem fim.
Então, por que tendemos a ignorar todas as oportunidades de exercer resistência e
praticar atos de compartilhar aleatoriamente, se esse é o nosso propósito na vida?
Se compartilhar e resistir são o caminho mais rápido para a felicidade sem fim, por
que achamos tão difícil nos lembrarmos dessa verdade?
Por que precisamos de textos sobre cabala e nanotecnologia para nos lembrar do
significado da vida?
Fiz exatamente essa mesma pergunta ao meu mestre há quarenta anos.
Ele respondeu contando uma história.

O homem que fazia velas


Há muito tempo, numa pequena vila, vivia um indivíduo de nome Dusty.
Ele não conseguia dar uma vida decente para a sua família.
Sua mulher e sete filhos raramente tinham comida e roupas suficientes.
A vida era uma luta constante.
Dusty era um fabricante de velas.
Ganhava seu escasso pão andando pelas ruas da vila, mascateando suas velas.
O problema era que a vila estava cheia de fabricantes de velas, e assim, elas
custavam dez centavos a dúzia.
Todo dia Dusty andava quilômetros, desde o amanhecer até o pôr do sol, juntando
umas poucas moedas.
Toda noite ele vinha para casa e sua mulher o censurava pela vida difícil que
levavam, pedindo-lhe que procurasse outra ocupação.
Mas fabricar velas era tudo que o pobre Dusty sabia fazer.
Um dia, quando Dusty estava vendendo suas mercadorias, surgiu à sua frente uma
fantástica carruagem com formosos cavalos, que ele nunca tinha visto antes.
Um cavalheiro de aparência próspera abriu a porta da carruagem querendo
comprar algumas velas.
Dusty não conseguiu se conter e olhou para dentro daquela maravilhosa e suntuosa
carruagem.
O interior era acarpetado com o mais fino veludo. Travesseiros cobertos de joias
adornavam a cabine. O cavalheiro viu que Dusty estava impressionado.
Viu também que Dusty não o tinha reconhecido.
"Dusty, sou eu, Moe! Você não se lembra de mim? Eu fui, por muitos anos, o
carregador de água nesta vila."
Dusly ficou espantado.
"Moe, o que lhe aconteceu? Algum parente rico lembrou-se de você no seu
testamento?"
"Deus não o permita", disse Moe. "Fiz minha fortuna em diamantes, e você pode
fazer o mesmo!"
E Moe contou ao seu velho amigo Dusty tudo a respeito da Terra dos Diamantes,
uma pequena ilha localizada do outro lado do mundo.
A ilha, de acordo com Moe, tinha um excesso de diamantes.
Diamantes lá eram tão comum como o lixo na vila de Dusty.
"Moe, por favor, eu lhe peço", suplicou Dusty. "Diga-me, como eu chego a essa
ilha?"
Bem, essa era a parte mais difícil.
Como Moe explicou, havia somente uma única embarcação que ia para lá, e a
viagem demorava um ano para ir e outro para voltar, fazendo um intervalo de dois
anos entre cada viagem. O que significava que Dusty deveria ficar ausente de casa
por quatro anos.
Como era de se esperar, a mulher de Dusty não criou problemas quanto a isso.
Os longos anos de penúria lhe haviam custado muito mais.
Uma vida de riquezas bem que valia uns poucos anos de solidão.
Assim, ela incentivou o marido para que fosse naquele barco para trazer as
riquezas.
Dusty fez como lhe foi dito.
Embarcou no navio, que levou doze meses em alto-mar e finalmente chegou à
Terra dos Diamantes.
De modo algum ele estava preparado para o que viu.
Havia diamantes em todos os lugares.
De todos os tamanhos.
De todas as formas.
Dusty pensou que estivesse sonhando.
As ruas eram literalmente pavimentadas com diamantes.
Quando finalmente se tranquilizou, começou a encher os seus bolsos, as sacolas e
as malas com reluzentes diamantes. Dirigiu-se, então, a uma loja para comprar
mais malas para encher com mais diamantes. Foi quando teve uma surpresa
inesperada.
Quando tentou pagar as novas malas com um dos seus diamantes, o dono da loja
riu.
"Diamantes aqui não valem nada, meu amigo." Dusty compreendeu imediatamente
e também começou a rir. "Claro, diamantes aqui valem dez centavos a dúzia!"
Então Dusty começou a se preocupar.
Rapidamente percebeu que não tinha dinheiro para pagar as malas.
Não tinha dinheiro nem para comprar a comida de que precisaria durante os dois
anos que o barco levaria para voltar à vila.
Tinha gastado todo o seu dinheiro com a passagem de ida e volta para a Terra dos
Diamantes.
Dusty entrou em pânico.
Quando a noite chegou ele ainda não sabia o que fazer. Estava ficando com fome e
não tinha dinheiro.
Foi quando notou algo estranho na Terra dos Diamantes: assim que o sol se pôs, o
local ficou completamente às escuras. Não havia lanternas de rua. Não havia uma
única vela acesa na ilha.
Ninguém sabia fabricar velas.
Seria verdade? Que oportunidade.
Dusty imediatamente começou a fazer velas. A boa gente da Terra dos Diamantes
olhava para as velas do mesmo modo como Dusly olhava para os diamantes.
E comprava as velas furiosamente.
Mas, rapidamente, ele se deu conta de que não conseguiria satisfazer a demanda.
Assim, abriu uma pequena fábrica, contratou algumas pessoas e treinou-as na arte
de fabricar velas. Nos dois anos seguintes o negócio de Dusty cresceu num vasto
império. Tornou-se o homem mais rico e honrado da ilha.
Todos gostavam dele.
Todos os cidadãos o respeitavam. Começou até a exportar velas para as ilhas
próximas, que também não tinham luz.
Com o dinheiro que fez na produção de velas Dusty investiu no comércio de
exportação, de modo que também podia auferir lucros pela exportação de velas
para outros lugares mais distantes.
Investiu o dinheiro das velas e da exportação na produção de madeira, de modo
que podia obter lucro de todas as árvores usadas na construção dos navios que
levavam as velas para as outras ilhas.
Seu império de velas e os negócios subsidiários continuavam a crescer.
Finalmente, após vinte e quatro meses, o barco que ia à sua vila do outro lado do
mundo chegou. Assim, Dusty juntou todas as suas riquezas.
A festa de despedida parecia a de um rei. Embarcou no navio para retornar aos
seus entes queridos e navegou pelos mares por outros doze meses.
Quando Dusty finalmente chegou ao porto de sua vila, estava muito excitado.
Sua esposa e filhos correram para abraçá-lo.
Porém, quando viram Dusty e o na-vio cheio com as suas riquezas quase
desmaiaram.
Por quê?
Dusty retornara com o barco carregado de velas!
Havia velas em toda parte, nos seus bolsos, nas suas centenas de malas, em
enormes contêineres. Deve ter trazido para casa cerca de um milhão de velas.
Claro, essas veios valiam bilhões do outro lado do mundo. Mas, aqui, de volta ao
seu lar, elas não valiam nada!
Dusty Rhodes ficou tão absorvido naquele mundo temporário que esqueceu por
completo a razão pela qual viajara para lá.
Esqueceu o que era verdadeiramente valioso para si e para sua família.
E se você acha que a mulher de Dusty o recriminou antes desse incidente, imagine
então como ela o repreendeu pelo resto de sua pobre e aflitiva vida!

Nosso mundo é a Terra dos Diamantes. E da mesma forma que Dusty, nos
esquecemos por que viemos aqui, que é resistir ao nosso deseio egoísta, identificar
e erradicar todas as nossas características negativas reativas, matar o ego de
inanição e compartilhar.
Toda vez que recebemos algo só para receber, acabamos com uma vela sem valor
nas mãos. Toda vez que compartilhamos, ganhamos um diamante.
Você poderá se surpreender ao ouvir que cada traço negativo que possuímos é um
diamante valioso. E que cada traço positivo é uma vela sem valor.
Por quê?
As nossas características negativas nos dão a oportunidade de resistir e, assim,
concluir a tarefa que viemos realizar neste mundo.
Esquecemos o motivo de estarmos aqui. E, então, o que fazemos a vida inteira?
Procuramos elogios e honrarias para nossas características positivas.
Buscamos atenção para todos os nossos bons atributos e os exibimos
orgulhosamente a todos.
Ignoramos e negamos todas as nossas características negativas egocêntricas, sem
perceber que elas são cortinas que escondem a verdadeira riqueza que pode nos
satisfazer além de nossos mais ousados sonhos.
Exaltamos nossas virtudes para todos os que encontramos. "Olhe o bem o que fiz!";
"Eu sou uma pessoa tão boa."; "Sou tão bom com os outros."; "Veja como sou
inteligente."
Não somos muito bons negociantes neste Jogo da Vida.
Em vez de agarrar diamantes preciosos e encher nossos bolsos com eles,
apanhamos a cera sem valor.
Talvez, finalmente, possamos nos tornar mais sábios e perceber que está na hora
de sermos mais gananciosos.
Desativar nosso ego e resistir a todas as nossas reações é a maior forma de
ganância que existe.

Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 10

A Consciência e a Causa da Morte

Definindo Compartilhar
Como já vimos, compartilhar verdadeiramente quer dizer que primeiro somos
egoístas.
Ou seja, significa que inicialmente desprezamos o pensamento de dar algo a outra
pessoa. Mas no momento em que resistimos a essa consciência egoísta
predominante e apesar de tudo darmos algo a alguém, estamos praticando um
verdadeiro ato de compartilhar e assim removendo uma parcela do um por cento
restante de consciência reativa de nossa natureza.
O Zohar nos diz claramente que compartilhar é uma tarefa difícil.
Para que seja um compartilhar genuíno, tem que ser desconfortável e incluir uma
autêntica mudança de natureza.

Uma Segunda e Mais Significativa Maneira de Compartilhar


Toda vez que identificamos e admitimos um de nossos traços egoístas — e temos
que repetir, isso é muito difícil para nós — é também um profundo ato de
compartilhar.
Quando admitimos nosso ciúme, nossa inveja, nossa insegurança e nosso egoísmo,
nos colocamos automaticamente em um estado de consciência de compartilhar, um
estado proativo.
Esse esforço é considerado uma contribuição enorme para se alcançar a meta geral
de completar o ato final de resistência.
Portanto, quando os cabalistas nos dizem que devemos aprender a compartilhar,
não se referem apenas a dar dinheiro, tempo, dedicação a uma causa nobre ou a
um amigo em necessidade.
Trata-se de algo muito mais difícil.
Significa admitir aos nossos melhores amigos e aos nossos inimigos que morremos
de inveja de sua boa sorte. E ao fazer isso removemos uma parte de nosso ego;
eliminamos uma parcela do um por cento restante da consciência de receber e,
assim, damos um passo que nos aproxima da promessa da imortalidade.

A Causa da Morte
De acordo com o Zohar, a morte é o apogeu de uma vida reativa e a serviço do
ego.
Entretanto, com amplas evidências apontando o câncer, os ataques cardíacos, os
acidentes de trânsito e os assassinatos como os culpados, como poderíamos aceitar
a explicação aparentemente simplista da cabala?
Além disso, de que maneira o ego torna-se o causador da morte?
Essa é uma noção tão radical, uma transformação tão grande de consciência, que
será difícil inicialmente para a mente racional nela penetrar, devido em grande
parte ao nosso Adversário.
Assim, vamos ver mais de perto a dinâmica da morte.

A Lei da Atração e o Anjo da Morte


Uma das maneiras de entender por que a morte ocorre é através da Lei da Atração.
Nosso mundo inteiro — desde as menores partículas subatômicas que se originam
nos mais poderosos aceleradores de partículas até as pessoas que povoam o nosso
planeta — é sustentado pela Força da Luz, a energia não visível que emana do
Criador.
Toda vez que reagimos, toda vez que recebemos algo simplesmente por receber,
estamos agindo de forma oposta à da Fonte de toda vida e nos desconectando e
nos distanciando da Fonte de toda existência.
No final, a distância se torna tão grande que chegamos a um ponto onde a nossa
desconexão é total.
Isso é a morte.
Assim, poderia ser adequado dar ao Anjo da Morte um outro nome, o de Anjo da
Desconexão, pois essa é a causa fundamental da morte.
Doenças, ataques de coração, acidentes de carro são apenas manifestações físicas,
expressões externas de nossa desconexão da Fonte de Toda Vida.
Nossa desconexão espiritual é a Causa; a morte física, não importa em que
circunstâncias, é apenas o Efeito.
Agora vamos começar a revelar uma ilusão a respeito do que acontece com a Luz
quando morremos.

A Energia Permanece
Embora a desconexão da Luz resulte na morte, a Luz do Criador, a fonte de nossa
força vital, brilha constantemente.
Pense na eletricidade, que está sempre presente em nossa casa, mesmo quando a
luz de uma luminária estiver apagada porque retiramos o fio da tomada.
E a Força da Luz nunca muda, mesmo que nossas vidas pareçam se consumir
firmemente em cada vez mais caos e escuridão.
É exatamente isso que há séculos a Humanidade não consegue compreender.
As pessoas lamentam, choram e perguntam em voz alta: Onde está Deus?
A verdade é que Deus nunca partiu.
A Luz nunca mudou; ela continua a brilhar da perspectiva da Realidade da Árvore
da Vida.
É apenas em nosso mundo, devido à distância que criamos entre nós e a Fonte da
Luz, que somos vítimas da ilusão de mudança.
Essa distância — causada pelo nosso contínuo comportamento, que é o oposto ao
da Luz — pode ser comparada a uma série de cortinas.
Se uma cortina é colocada em frente à fonte de luz, o quarto fica mais escuro.
Cortinas adicionais tornam o lugar cada vez mais escuro.
E se no final acrescentarmos ainda mais cortinas, o local ficará completamente
escuro.
Isso é a morte.
Mas a fonte de Luz permanece constante.
Somente de nossa perspectiva é que o quarto parece escuro.

Reconectando-se com fonte de energia


O caminho óbvio para aumentar a quantidade de luz em nosso quarto escuro é
acabar com as cortinas.
Aqui se encontra o “X” da nossa questão.
Nossa tendência natural é perseguir a Luz, a plenitude, a felicidade e até mesmo a
própria vida, quando somos abatidos por uma doença fatal.
Mas estamos na verdade perseguindo as coisas erradas.
A Luz, a felicidade, a cura e a força da vida estão sempre presentes.
São as cortinas que erguemos que bloqueiam essas qualidades intangíveis e as
impedem de entrar em nossa vida.
Em vez de perseguir a Luz, devemos achar e identificar todas as cortinas que a
ocultam, pois ela está sempre presente.
Devemos transformar as características responsáveis por criar distância.
Essas características são encontradas dentro da consciência egoísta reativa da
Humanidade, cortinas que causam o envelhecimento, a doença, a enfermidade e
finalmente a morte.
Não conseguimos encontrar felicidade perene e imortalidade porque estamos indo
na direção errada, no caminho errado.

Ganância iluminada sendo uma ferramenta de transformação


Como disse anteriormente, é por pura ganância que um cabalista se recusa a ser
egoísta, a reagir.
Ele sabe que quando somos reativos, uma medida de energia de morte — uma
cortina — bloqueia a Luz do Criador, aumentando a distância entre Deus e nós.
Cada ação e cada reação aumentam essa separação.
O cabalista, entretanto, quer o máximo e sabe que apenas a Luz pode oferecer
tudo.
Portanto, devota a vida inteira a se aproximar mais da Luz, imitando-a ao longo de
sua existência.
Essa se torna a única motivação de um cabalista para ter um comportamento bom
e proativo, para admitir todas as suas falhas e qualidades negativas sem se
importar quão vergonhoso ou doloroso isso possa ser. Pois, cada vez que
identificamos e admitimos um traço egoísta, nos aproximamos mais da Luz.

O Caminho do Cabalista
Ao longo dos séculos, os cabalistas e seus alunos diariamente passavam horas
apontando os defeitos uns dos outros.
Cada aluno se comprometia a aceitar — incondicionalmente — as censuras, as
farpas, os insultos, as críticas dos seus colegas, amigos e especialmente dos seus
rivais.
Se as censuras eram ou não justificadas não fazia diferença.
Era apenas para enfraquecer e diminuir o ego, o primeiro obstáculo para uma vida
livre do caos e da morte.
Um verdadeiro mestre cabalista sabe quais teclas pressionar para despertar o ego
dos seus discípulos.
Um amigo amoroso e instruído sabe exatamente o que fará disparar um
comportamento reativo no seu querido companheiro. E o que o mestre e os
discípulos praticavam era uma arte precisa, pois se fosse provocada uma reação
muito forte, se o ego fosse ferido além de certo ponto, o aluno iria embora da aula
e do caminho de seu mestre.
Tocar o ego puro, bruto, causa muito mais dor do que um dentista ao perfurar com
a sua broca um nervo vivo infeccionado.
Os alunos de cabala devotavam todo o seu dia a servir ao seu mestre, a servir uns
aos outro e a realizar atos extraordinários de compartilhar.
Submetiam a si mesmos a uma rotina de compartilhar continuamente de uma
forma que lhes causasse desconforto, movidos por pura Ganância iluminada.
Buscavam o maior dos tesouros — a imortalidade.
Entendiam que tudo no Universo dependia de como se comportavam uns com o
outros.
Sabiam que o Anjo da Morte — que em breve vamos desmascarar — não poderia
tocá-los, a menos que o deixassem entrar em suas vidas.
Os alunos de cabala não necessitavam de um código de ética para motivá-los a
Amar o Próximo. Tinham uma firme compreensão da natureza da realidade.
Entendiam a nanotecnologia.
Viam como a vida e a morte funcionavam e enxergavam o que ninguém mais
conseguia ver: a mão do Adversário por trás dos atos da Humanidade.
Esses praticantes da cabala sabiam que o único propósito do Adversário era nos
convencer de que os ensinamentos da cabala não eram verdadeiros.
Afinal, é muito mais fácil extirpar um tumor do que cortar um traço negativo de
caráter.
Com isso em mente, vamos revelar agora exatamente o que os grandes mestres e
seus alunos de cabala entendiam a respeito da vida, da morte, da imortalidade e da
nanotecnologia.
Graças aos mais recentes progressos da ciência, temos atualmente uma linguagem
e os meios com os quais explicar a metodologia para se alcançar a imortalidade
através da nanotecnologia cabalística.

Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 11

O Coração e a Ciência da Nanotecnologia – Parte 1

Uma recapitulação concisa da Cosmologia Cabalística


Passamos um bom tempo entendendo a criação do mundo e o significado da vida
da maneira como foram tratados pelos mestres cabalistas do passado.
Nosso intuito foi estabelecer uma base de entendimento para que possamos
começar a compreender a dinâmica da nanotecnologia através dos olhos dos
cabalistas e descobrir, assim, uma tecnologia que acarrete o fim da morte.
Com esse objetivo, permita-me recapitular o que aprendemos nos textos
anteriores, pois sem um firme e claro entendimento dessas ideias, será difícil
compreender a profunda conexão entre Cabala e Nanotecnologia.

Era Uma Vez


No começo havia Luz.
Não uma luz física, mas uma Força de Energia positivamente carregada, uma
Consciência Divina, preenchida com infinita felicidade e uma incalculável soma de
conhecimento, emanando de uma fonte escondida e que não pode ser conhecida
chamada Deus.
O Zohar explica que a única essência da Luz era o compartilhar incondicional, e
assim, a Luz criou uma segunda forma de consciência, um receptor perfeito, para
ser o Recipiente que deseja e se regozija com a felicidade infinita.
Portanto, a Criação — anterior ao Big-Bang — consistia de duas forças inteligentes
exclusivas: uma Força de Energia Positiva (a Luz de Deus) e uma Força de Energia
Negativa (o Desejo do Recipiente de Receber a Luz).
Descobrimos que esse Recipiente — embora fosse uma força de consciência pura de
receber— herdou o DNA do seu Criador, o Gene de Deus. Por isso, o Recipiente se
sentia infeliz. Ele queria compartilhar como o Criador, ao invés de apenas receber.
Queria dar ao invés de pegar.
Queria transformar a consciência que recebera de Deus em um estado oposto: o
positivo ao invés do negativo, uma consciência de compartilhar ao invés de uma
consciência de receber.
Isso apresentava um problema que parecia insuperável, pois a Luz queria que o
Recipiente recebesse, mas ele queria unicamente compartilhar.
Felizmente, o Recipiente descobriu um meio para sair desse dilema.

Nascimento de um Cosmos
O primeiro passo para encontrar uma solução envolveu um poderoso ato de
resistência por parte do Recipiente: parar de receber a Luz.
Depois que o Recipiente rejeitou os raios de Luz carregados positivamente, a
Energia Divina desapareceu, deixando um espaço vazio, permitindo que
acontecesse o Big-Bang, que deu origem ao nosso Universo.
Restou ainda, contudo, um resíduo de Luz dentro do Recipiente, o qual ficou com a
tarefa de desativar todo e qualquer traço de receber de sua consciência e completar
o um por cento final do seu ato de resistência.

O Nascimento da Consciência Positiva com Base na Luz


Quando o último um por cento de resistência contra a consciência de receber for
completado, a consciência positiva herdada da Luz (DNA) automaticamente se
manifestará no Recipiente.
Nesse estágio, o Recipiente estará em condições de reativar sua consciência
receptora, mas haverá então uma profunda diferença.
O ato consciente do Recipiente de receber terá sido completamente transformado
numa força consciente de compartilhar.
À primeira vista isso parece um paradoxo, pois, como poderia uma consciência de
receber ser considerada uma consciência de compartilhar?
Como uma carga negativa poderia ser também considerada positiva?
Como um menos (-) se torna um mais (+)?

A solução do um por cento


Podemos entender a solução desse paradoxo retornando à história do sem-teto e
do avarento, Sal Fishman.
Como você irá se lembrar, o ato do sem-teto de receber o dinheiro do homem rico
foi transformado, deixando de ser uma ação de receber e se tornando uma ação de
compartilhar, pois concedeu alívio a Sal, que procurava desesperadamente livrar-se
da enorme vergonha que sentia.
Assim, nessa situação específica, a ação de receber transformou-se em um
verdadeiro ato de compartilhar.

O Processo de Compartilhar Continua


Por sua vez, ao compartilhar com Sal Fishman, o sem-teto também recebeu a
ajuda financeira de que precisava.
Ele a conseguiu, colocando o foco não em receber, mas em Receber para
Compartilhar com Sal.
A consciência do sem-teto foi direcionada exclusivamente pelo desejo de aliviar o
sofrimento de Sal Fishman, e, por esse motivo, foi capaz de compartilhar e, ao
mesmo tempo, receber ajuda financeira, conservando intacta a sua dignidade.
E quando Sal realmente deu o dinheiro do fundo de seu coração, recebeu de volta
conforto, alívio e dignidade, porque proporcionou enorme prazer e alegria ao sem-
teto, o qual por sua vez, queria aliviar o sofrimento de Sal.
Assim, Sal deu o dinheiro ao sem-teto e ao mesmo tempo recebeu conforto e alívio.

Um Loop sem Fim


Como vimos, temos aqui um loop sem fim de compartilhar, um circuito contínuo de
energia positiva, uma vez que a força negativa de receber literalmente desapareceu
devido à avassaladora consciência de compartilhar e à benevolente atitude mental
de ambos, o doador e o receptor.
Embora houvesse dois envolvidos realizando duas ações distintas e opostas —
compartilhar e receber — de fato, ocorreu uma única ação, a de compartilhar.
Assim é que dois opostos se unem para criar uma única ligação e remover a
distância entre eles.
Na linguagem da cabala, esse fenômeno extraordinário de um circuito sem fim se
traduz no ditado Ame o Próximo como a Si Mesmo.
Quando você ama o próximo dessa maneira, não existe um ato consciente de
receber ou pegar, ambos os lados estão compartilhando e emulando a perfeição da
Luz do Criador.
É assim que duas pessoas se unem, de acordo com a cabalística Lei da Atração, a
qual dita que os semelhantes se atraem e os opostos se repelem.
Todos compartilham e, como em um passe de mágica, todos recebem o que
verdadeiramente necessitam.

Uma história sobre átomos


Meu mestre compartilhou comigo a história sobre o sem-teto e o avarento há cerca
de quatro décadas — não para me ensinar a moralidade do compartilhar ou a
decência da caridade, mas para me preparar para a missão da qual ele me
incumbiu tanto tempo atrás em Jerusalém.
Essa missão envolvia levar os segredos cabalísticos da imortalidade para o mundo.
A história do relacionamento entre Sal Fishman e o sem-teto era na verdade um
código, uma metáfora cabalística das ligações químicas que existem entre todos os
átomos de nosso Universo, incluindo — o que é mais importante — os que
constituem o corpo humano.
Além disso, continha o segredo de como unir o nosso mundo físico com a dimensão
espiritual, que não se vê, a Realidade da Árvore da Vida, a fonte máxima de
incomensurável felicidade e incalculável soma de todo o conhecimento.
Fiquei perplexo com essa revelação e comecei a apreciar as profundas, atordoantes
implicações do que a cabala poderia oferecer à Humanidade.
Entretanto, somente com o advento da nanotecnologia na comunidade científica é
que todas as peças do quebra-cabeça se encaixaram, fornecendo a linguagem e o
contexto para que o maior de todos os ensinamentos cabalísticos fosse
compartilhado.

As ligações da Imortalidade
Baseados em pesquisas científicas, sabemos que os átomos são efetivamente
imortais.
Eles não se deterioram, nunca envelhecem nem se decompõem.
É incrível mas os átomos presentes no Big-Bang — há cerca de quinze bilhões de
anos — ainda estão entre nós, tão imaculados e perfeitos quanto no dia em que
nasceram.
Os únicos elementos de nosso Universo que desaparecem são as moléculas.
Quando dois átomos se dão as mãos, eles passam a ser uma molécula.
Isso é semelhante ao que acontece com o alfabeto.
Quando as letras do alfabeto se juntam, passam a se chamar palavras.
Quando as palavras se ¡untam, passam a se chamar sentenças.
Entretanto, no momento em que um espaço é introduzido no sistema e separa seus
elementos básicos — neste caso as letras — os significados das palavras e das
sentenças desaparecem.
Os significados e as estruturas somem.
Todavia, os componentes básicos, os tijolos do sistema — as letras — ainda
existem.
Igualmente, quando os átomos deixam de se dar as mãos, a molécula morre, mas
os átomos continuam a viver.
Quando os átomos se ligam, eles formam moléculas, as quais se unem para criar
matéria física.
Nossos corações, fígados, cérebros, músculos, tecidos e ossos são todos feitos de
moléculas. Quando as moléculas morrem, os órgãos de nosso corpo começam a se
deteriorar e a envelhecer. Mas os átomos que criaram as moléculas que formam os
órgãos de nossos corpos vivem para sempre.
Daí, do ponto de vista da cabala, não existe morte verdadeira.
A Morte é uma ilusão causada pelo espaço.

O Espaço: A Última Fronteira


Anteriormente demos ao Anjo da Morte um novo nome, o de Anjo da Desconexão.
Permita-me modificar e refinar ainda mais esse nome, em um esforço para
expressar mais precisamente a perspectiva cabalístíca da morte.
Um termo mais específico seria Anjo do Espaço!
O vazio que definimos como espaço é, no final, o que leva o ser humano a deixar
de existir, um tópico que abordaremos mais adiante.
Do ponto de vista cabalístico, é a noção de espaço que, no fim, separa os átomos
uns dos outros, causando o desaparecimento do corpo humano.
Quando o corpo humano passa pelo processo da morte, todos os átomos que
originalmente o formavam são separados por espaço.
Contudo, os próprios átomos gozam de excelente saúde.
Permanecem imortais depois que o corpo se decompõe e simplesmente voltam a
circular no meio ambiente.
Hipoteticamente, se os átomos fossem reconstituídos, readquirindo suas ligações e
padrões anteriores, o corpo reapareceria.
Que tipos de forças caóticas impedem os átomos de assumir as conexões anteriores
as quais formavam um corpo perfeitamente saudável?
Que forças cessam a reciclagem e a reconexão dos átomos, os quais continuariam
ano após ano a formar a estrutura definida que é um corpo humano?
Que influência mantém os átomos separados em uma expansão de tempo e
espaço, criando assim a ilusão de que o corpo não mais existe, quando de fato ele
existe, pelo menos em termos dos átomos que o constituíram?
A ciência nos diz que a Segunda Lei da Termodinâmica, à qual me referirei como a
Segunda Lei a partir de agora, desempenha um papel-chave.
Resumindo, a Segunda Lei descreve como a energia gradualmente se dissipa, como
as moléculas se separam e se afastam cada vez mais e como o Universo tende a
caminhar em direção a uma aparente desordem.
Por que a Segunda Lei existe, de acordo com a Cabala?

Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 12

O Coração e a Ciência da Nanotecnologia – Parte 2

O Paradoxo de Loschmidt

A história sempre se repete.


Provérbio

Em 5 de setembro de 1906, o grande físico austríaco Ludwig Boltzmann cometeu


suicídio.
Aconteceu quando estava em suas férias de verão.
A depressão havia tomado conta do renomado cientista, hoje considerado uma
eminência no mundo científico.
Ironicamente, um dos fatores que contribuíram para a sua depressão foi o fato de o
meio científico não estar disposto a aceitar suas ideias.
Os colegas de Boltzmann na área da física não concordavam com a sua visão de
que a matéria era constituída de moléculas e átomos.
Claramente, Boltzmann era um homem à frente de seu tempo.
Ludwig Boltzmann foi colega e amigo íntimo de Johann Josef Loschmidt, outro
notável cientista austríaco.
Através do trabalho conjunto dos dois na área da química e física, juntamente com
a contribuição de Henri Poincaré, emergiu um desnorteante paradoxo que se tornou
conhecido como o Paradoxo de Loschmidt.
Eles descobriram que em nosso mundo dos cinco sentidos, o mundo que tocamos e
observamos, a Segunda Lei e a direção da linha do tempo nos dão a sensação de
que a matéria e a energia se deterioram ao longo do tempo e que essa deterioração
ocorre sempre no sentido para frente.
Percebemos esse efeito todos os dias.
O café quente se torna frio quando o calor/energia das moléculas se dissipa.
Já o contrário, por alguma razão, não ocorre: um copo de café frio nunca fica
quente por si próprio.
Uma janela se quebra, mas o contrário, ou seja, subitamente todos os seus átomos
se recombinarem e voltarem ao seu estado original, nunca ocorre.
Entretanto, Henri Poincaré demonstrou que, se lhe fosse dado tempo suficiente, um
sistema molecular poderia, no final, retornar ao seu estado original.
Isso poderia levar trilhões de anos, mas aconteceria.
É o tempo que cria a ilusão de irreversibilidade, e, portanto, a ilusão de que as
coisas tendem a se mover em direção à entropia, à desintegração e à deterioração.
Hoje em dia, simples modelos computacionais confirmam as teorias de Poincaré.
Com apenas um punhado de moléculas simuladas, não precisamos de trilhões de
anos para testemunhar o retorno de uma estrutura molecular ao seu estado
original.
Acontece em menos de um minuto.
A questão é a seguinte: por que tanto tempo tem que transcorrer no mundo
macroscópico para esse fenômeno acontecer, quando no mundo microscópico o
oposto da entropia pode ocorrer tão rapidamente?

O Incêndio na Floresta
Por exemplo, em um incêndio em uma floresta, todos os átomos e moléculas das
árvores são dispersados no ar devido ao calor gerado pelo fogo, de acordo com a
Segunda Lei.
E assim, a floresta desaparece.
Seguindo a linha de pensamento de Loschmidt e Poincaré, poderíamos perguntar:
por que as moléculas e os átomos não podem, de repente, reverter o seu
movimento e se unir novamente, fazendo surgir uma floresta viçosa e verde?
Ou, no meio do incêndio, quando os átomos das árvores são dispersados e
transformados em fumaça e cinza, por que não podem eles se ¡untarem
novamente, de maneira que a fumaça e as cinzas produzam uma floresta?
Afinal de contas, ambos são feitos dos mesmos átomos puros.
É concebível que isso aconteça.
Mais uma vez, a visão tradicional da ciência, de acordo com a Segunda Lei, é a de
que o fluxo de átomos e moléculas — das árvores para a fumaça, para a cinza e
para o caos aparente — não poderia ser revertido e tenderia, assim, à separação e
à deterioração de matéria/energia.
Mas de acordo com o Paradoxo de Loschmidt, o conceito de irreversibilidade (que
significa que as moléculas não podem ser revertidas) não é consistente com as leis
da física, que fazem outra afirmação.
No nível microscópico, o movimento molecular poderia na verdade ser revertido,
permitindo assim às moléculas retornarem ao seu estado original, possibilitando
que a floresta reaparecesse do nada.

O Coração do Paradoxo
No nível microcósmico — o mundo dos átomos e das moléculas — o tempo
realmente flui nas duas direções.
As moléculas podem ser revertidas.
Já em nosso mundo dos cinco sentidos, de nossa experiência diária, isso nunca
acontece, o que nos leva a uma questão paradoxal: como um sistema onde a
reversão do tempo é uma realidade constante pode dar origem a um sistema onde
a reversibilidade é uma ocorrência estatisticamente improvável?
Falando de maneira simples, nosso mundo é feito de moléculas e átomos.
Se as moléculas e átomos que nos constituem podem ser revertidos no tempo, por
que nós não podemos?
Em algum lugar ao longo do caminho — do mundo dos átomos ao mundo das
pessoas — aparece uma ilusão de que o tempo não pode ser revertido.
Ninguém foi capaz de fazer uma ponte (e uma ligação) entre as duas realidades.

Parte da Solução
De acordo com a prática cabalística, darei inicialmente uma resposta parcial sobre
por que motivo essa ilusão é necessária.
Uma razão simples pela qual o Universo foi criado assim, sob a ilusão da existência
do contínuo espaço-tempo, é que estatisticamente falando os seres humanos não
seriam capazes de testemunhar o reaparecimento de florestas a partir de cinzas e
fumaça ou de parentes mortos há muito tempo materializando-se a partir das
moléculas e átomos do ar em um lindo e ensolarado dia de verão.
Tempo e espaço, como sabemos, criam a ilusão de irreversibilidade e da quase
impossibilidade de se testemunhar a volta a um estado molecular anterior.
Isso nos dá o livre-arbítrio de tentar completar a tarefa de resistir e de lutar contra
as forças evidentes da desordem, de aprender a criar a nossa própria ordem a
partir do caos e de expressarmos, assim, o Gene de Deus que herdamos do
Criador.
Em vez de fazer a Humanidade receber o Paraíso de bandeja, sem esforço, o
Recipiente queria tornar-se ele próprio a Causa e o criador de sua plenitude.
O fluxo do tempo em uma única direção é necessário para o livre-arbítrio.
Explicarei mais adiante como o tempo e a Segunda Lei são responsáveis pelo livre-
arbítrio.
Além disso, revelarei a elegante e desconcertante solução para a questão do
microcosmo e do nosso conhecido mundo material macroscópico exibirem, ambos,
propriedades opostas em relação ao fluxo unidirecional do tempo.
E abordarei também a questão do movimento em direção à desordem versus o
fluxo bidirecional do tempo em um estado de crescente ordem.
Vamos voltar, agora, à ideia de espaço como o principal culpado da morte.
A Causa, não o Efeito
Embora a seguinte perspectiva cabalística possa ser contraria à nossa intuição, é
preciso que tomemos conhecimento de que o espaço existente entre os átomos não
é o resultado do rompimento de suas ligações, não é uma consequência de eles não
se darem as mãos.
Ao contrário, o espaço (que logo definiremos) é a Causa subjacente dos átomos se
afastarem uns dos outros.
Por mais estranho que possa parecer, o espaço é a Causa, e a ligação rompida é o
Efeito.
A lógica convencional dita que, se dois átomos que estão de mãos dadas
subitamente soltarem as mãos, haverá uma ruptura na ligação entre eles e o
resultado será uma lacuna, uma separação entre eles.
Entretanto, o que emerge do Zohar é o ponto de vista exatamente oposto.
O que surge primeiro é o espaço — a inteligência de separação — e essa
inteligência é a Causa subjacente dos átomos soltarem as mãos.
Essa mudança de paradigma é fundamental para se compreender e aplicar a
nanotecnologia.

Espaço e Separação têm origem na Consciência


A injeção de espaço entre dois átomos ocorre primeiro no domínio da consciência.
É a consciência que enfraquece e acaba quebrando as ligações entre os átomos.
Isso é algo que poderíamos chamar de Consciência de Separação, que nada mais é
do que consciência de receber ou consciência egoísta.
É ela que quebra o ritmo da dança cósmica e da interação dinâmica que
naturalmente existe entre todos os átomos do nosso Universo.
Antes de nos aprofundarmos nessa noção cabalística bem exótica, devemos
adquirir algum entendimento sobre as ligações químicas que unem átomos
individuais.
Estes textos não tem o intuito de serem textos científicos dirigidos a físicos ou a
leitores com a mente orientada para a ciência.
Ao contrário, foram escritos para leitores leigos, para aqueles que buscam a
remoção da dor e do sofrimento da paisagem humana.
Portanto, eu não entrarei em detalhes ao explicar as ligações entre os átomos e os
pontos de vista da cabala sobre esse fenômeno.

Duas Ligações Básicas


A ciência nos diz que os átomos formam duas espécies de ligações — uma chamada
ligação iônica e a outra, ligação covalente.

Ligações Iônicas
Examinemos primeiro as ligações iônicas.
Todos os átomos querem ser felizes.
Esse é o termo escolhido pelos cientistas, embora um cabalista dissesse que não é
coincidência a ciência usar felicidade para descrever o funcionamento interno dos
mundos atômico e molecular.
Basta dizer que os átomos querem ser felizes.
Desejam se tornar estáveis.
Como?
Os átomos têm uma camada externa de elétrons que orbitam (geralmente aos
pares) em torno do seu núcleo. Suponhamos que um determinado átomo, para ser
estável, necessite ter em sua camada externa oito elétrons, mas tenha apenas seis.
Esse átomo não estará feliz, porque lhe faltam dois elétrons.
Suponhamos que exista um outro átomo que também precise de oito elétrons para
ser feliz, mas esse átomo possui dez elétrons na sua camada externa.
Temos, assim, um átomo com falta de dois elétrons, e outro com excesso de dois.

Compartilhando e Recebendo Elétrons


De acordo com a ciência, esses dois átomos irão se procurar e uma troca
acontecerá.
O átomo que tem dois elétrons a mais irá compartilhá-los com o átomo que tem
dois elétrons a menos.
Após esse processo de dar e receber, ambos os átomos terão oito elétrons e tanto
um como o outro ficarão felizes.
Mas algo acontece.
Esses átomos se unem para formar uma molécula, fazendo uma troca denominada
ligação iônica.
Superficialmente, houve uma troca — um dando e o outro pegando, um
compartilhando e o outro recebendo e isso levou a uma ligação entre os átomos,
produzindo um molécula.

Opostos se Atraem ou se Repelem?


Esses dois átomos permanecem ligados depois dessa troca devido às suas
respectivas cargas elétricas.
De acordo com a ciência que estudamos quando crianças, os opostos se atraem.
À primeira vista, esse parece ser o caso dos nossos dois átomos.
Quando nosso segundo átomo com dois elétrons a mais os compartilha com o
primeiro átomo, que tinha dois elétrons a menos, esse segundo átomo torna-se
eletricamente positivo.
O primeiro átomo que recebeu os dois elétrons adicionais agora se torna
eletricamente negativo.
Assim, de acordo com a ciência, os opostos negativo (-) e positivo (+), estão se
atraindo e por esse motivo os átomos se unem.
Essa interpretação científica convencional da atração dos opostos parece violar a
Lei da Atração da Cabala, que dita que os semelhantes se atraem e os opostos se
repelem.
Se os antigos mestres da cabala nos dizem que os semelhantes se atraem, como
explicariam eles a ligação entre dois átomos, um positivo e o outro negativo?

Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 13

O Coração e a Ciência da Nanotecnologia – Parte 3

Solução
Na realidade, a Cabala está de acordo com a ciência quando afirma que
percebemos um efeito onde os opostos se atraem.
Entretanto, o efeito da atração dos opostos é apenas isto: um Efeito.
A ciência focaliza o Efeito neste mundo físico e não a Causa subjacente,
fundamental.
No nosso mundo físico, de efeitos, os opostos se atraem.
Mas em uma realidade mais elevada, na realidade mais elementar, os semelhantes
se atraem.

O Mundo Dentro de Um Átomo


A ciência, aceitando o conceito de que os opostos se atraem, nos diz que o elétron
em um átomo é atraído pelo próton do segundo átomo, e é por isso que dois
átomos diferentes se ligam.
A cabala assume a posição de que, embora esse seja o efeito evidente no nível
físico, no nível da consciência o efeito é o oposto: os semelhantes se atraem.
Então a pergunta óbvia a fazer agora é: por que o elétron de um átomo não atrai o
próton desse mesmo átomo?
Ou seja:
De acordo com a ciência, dois átomos se ligam porque o elétron de um átomo é
atraído pelo próton do outro átomo.
Por que, então, o elétron de um átomo não é atraído pelo próton desse mesmo
átomo, se os opostos se atraem?
Em outras palavras, se a ciência alega que a lei de atração dos opostos opera entre
dois átomos distintos, por que essa mesma lei não funciona dentro de um único
átomo?
O que mantém o elétron separado do próton dentro núcleo?
Eu acredito que a cabala explica esse fenômeno usando os seus insights sobre as
leis que governam a realidade verdadeira.
No nível mais profundo de consciência, o elétron é repelido pelo próton do núcleo
do átomo em que ambos habitam devido às suas naturezas opostas.
A Lei da Atração é a única força que faz com que os átomos não implodam.

Um Microcosmo da Criação
Além disso, a distância entre o elétron e o próton em um único átomo espelha a
nossa distância da Luz no Mundo Infinito.
É um reflexo da relação entre Luz e Recipiente, agora separados em virtude dos
seus modos opostos de consciência, compartilhar e receber.
O Recipiente fragmentou-se em incontáveis partículas, caindo no vácuo, que é o
nosso Universo, para interagir com outros estilhaços dessa fragmentação, tendo
como único objetivo anular sua consciência de receber e transformá-la em uma
consciência de compartilhar.
Assim, um único átomo é um microcosmo dessa condição.
O elétron em um átomo não tentará conscientemente ligar-se ao próton do mesmo
átomo, nem poderia, por causa de sua carga oposta.
Na verdade, um átomo interage apenas com outros átomos — pequenos pedaços
de consciência — aprendendo a compartilhar e a receber, com o objetivo final de
utilizar a força de receber (um elétron) unicamente com o propósito de
compartilhar.
Isso espelha o comportamento e o objetivo da consciência ao nível macro, o
indivíduo.
É assim que as pessoas criam vínculos umas com as outras.
A Consequência da Falha
Quando um indivíduo é consumido por extrema consciência egoísta e agudo
comportamento negativo, a distância entre o elétron e o próton no próprio átomo
se tornará tão grande que o elétron se soltará do átomo.
Essa condição cria o que a ciência médica chama de radical livre, responsável por
consideráveis danos ao corpo.
Você encontrará mais informações a respeito de radicais livres um pouco mais
adiante.

A Arte da Ligação Atômica


O Zohar diz que estamos aqui para transformar nosso Desejo de Receber em
Desejo de Receber para Compartilhar (onde o receber torna-se uma força de
compartilhar, como no caso do sem-teto).
Em uma escala atômica, o elétron é meramente uma força de consciência que a
cabala denomina de Deseja de Receber.
Quando um átomo compartilha um elétron, a força conhecida como Desejo de
Receber está sendo usada com o propósito de compartilhar.
Na linguagem da ciência, o elétron está sendo usado com a finalidade de
compartilhar com outro átomo.

A Segunda Opção
Existe, entretanto, outro meio para os átomos trocarem elétrons.
Um átomo pode despejar o seu elétron sobre outro átomo, com o
objetivo de tornar a si mesmo feliz.
O que é oposto à consciência de compartilhar um eletron e ajudar o átomo vizinho
a tornar-se feliz e estável.
Há uma profunda diferença entre os dois tipos de troca.
O que faz a diferença são a consciência e o pensamento.
Nossos atos ou servem a nós mesmos (Desejo de Receber) ou servem aos outros
(Desejo de Receber para Compartilhar).
Em ambos os casos estamos lidando com elétrons, a carga negativa (-) conhecida
como desejo de receber.

Ligações: Fracas ou Fortes


Se um átomo compartilha um elétron com o propósito de satisfazer as necessidade
do átomo vizinho, significa que aconteceu uma transformação do Desejo de
Receber em Desejo de Receber para Compartilhar. Mas, se o átomo se desfaz de
um elétron, despejando-o para satisfazer o seu próprio desejo, não aconteceu a
transformação.
Ainda é Desejo de Receber.

Receber Torna-se Compartilhar


Essa fórmula também se aplica ao segundo átomo que recebe um elétron.
Existem duas maneiras de receber.
Uma delas é Receber para Compartilhar, em que o átomo que recebe está ajudando
o átomo doador a alcançar o seu próprio equilíbrio.
A outra forma é aquela em que o átomo, ao qual falta um elétron, resolve roubar o
elétron de um átomo vizinho.
A ação é a mesma, porém partindo de dois estados de consciência muito diferentes.
Curiosamente, quando examinamos livros ou sites na internet que descrevem
métodos de ligações atômicos, alguns informam que os átomos perdem, roubam ou
lutam por elétrons.
Outros livros e sites informam que os átomos compartilham ou alegremente
recebem elétrons.
Esses termos não foram escolhidos por coincidência.
Os átomos são feitos de consciência, a mesma que cunhou essas descrições.
Não Existe o Átomo Real
Um átomo rouba um elétron do átomo vizinho
Os átomos espelham nossa consciência porque eles são a nossa consciência.
Não estão isolados.
Aqui só há uma noção, uma única entidade em discussão: consciência.
Cada átomo em nosso corpo trabalha de forma uníssona com a nossa consciência e
nosso comportamento, seja quando compartilhamos para ajudar os outros, seja
quando resistimos aos nossos impulsos egoístas (o que também é um ato de
compartilhar).
O primeiro átomo compartilha seu elétron para satisfazer a necessidade do seu
vizinho, ao qual falta um elétron.
O segundo átomo recebe um elétron do primeiro para ajuda-lo, pois o primeiro tem
elétrons em excesso.
Ambos estão expressando a mesma força positiva de compartilhar, e, portanto,
através do mecanismo conhecido como semelhante atrai semelhante, eles
estabelecem uma ligação poderosa.
Se a consciência de ambos for apenas atender às suas próprias necessidades, a
ligação entre eles será fraca e mais vulnerável às influências externas.

O Comportamento Controla Nossos Átomos


O comportamento nasce da consciência.
Quando somos reativos e egoístas na vida, nossa macroforça de consciência
reativa, egoísta, entra em ressonância com os incontáveis átomos que constituem o
nosso corpo.
Essa consciência, então, sustenta e influencia um grande número de ligações
químicas em nosso corpo.
Da mesma maneira que nossa consciência muda durante o dia devido aos nossos
atos, as ligações entre os átomos também se modificam.
A condição de cada ligação química depende exclusivamente de nosso
comportamento: reativo versus proativo, egoísta versus altruísta, egocêntrico
versus humilde, zangado versus calmo, vítima versus responsável pelo que
acontece.
Esse é, sem dúvida, um momento revolucionário em nosso entendimento de como
funciona o corpo humano.

A Origens das Doenças


Nossa consciência, que se expressa através de nossos comportamentos e ações,
determina a qualidade e a força das ligações de cada átomo em nosso ser.
A consciência egocêntrico e egoísta abala as ligações, rompe a reciclagem saudável
dos átomos em nosso corpo e nos torna vulneráveis às influências ambientais de
doenças e de envelhecimento.
Falando bem simplesmente, quando somos reativos, vivendo uma vida governada
por nossos interesses pessoais, nossos átomos entram em ressonância com essa
mesma inteligência.
Eles tendem a querer despelar (ao invés de compartilhar) sua carga negativa (de
elétrons) nos átomos próximos para se tornarem, eles mesmos, felizes e estáveis.
Quando a consciência negativa de um grupo de átomos é o oposto da consciência
de compartilhar dos átomos vizinhos, suas ligações atômicos são fracas.
As suas naturezas opostas se repelem, levando inevitavelmente à separação e ao
espaço entre átomos no nível físico.
Tanto Em Cima, Quanto Embaixo
A mais importante mudança que pode ocorrer na conscientização e no
entendimento humano é nos darmos conta de que, assim como o espaço surge
entre as pessoas, ele também aparece entre nossos átomos.
O modo como interagimos com os outros reflete como nossos átomos interagem
uns com os outros abaixo da superfície de nossos órgãos, tecidos e células.
Nosso comportamento e o comportamento de nossos átomos são regidos e
motivados por um único fluxo de consciência.

O Poder de Ame o Próximo


Se fôssemos capazes de amar o nosso próximo como a nós mesmos,
completamente e sem egoísmo, com todo o nosso coração e toda a nossa alma, os
átomos ficariam ligados e dançariam para sempre e nossos corpos nunca
envelheceriam ou morreriam.
Agora começamos a perceber por que os grandes mestres da Cabala nos dizem que
Amar o Próximo é uma tecnologia.
Isso se baseia no entendimento de que é a nossa consciência que controla a
interatividade, a interação, a ligação e a reciclagem dos átomos em nossos corpos,
o que significa que nossa consciência determina a qualidade de nossa saúde e de
nossa existência.

Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 14

O Coração e a Ciência da Nanotecnologia – Parte 4

A Ligação Covalente
A principal característica da água é que seus átomos se ligam através de um
processo chamado de ligação covalente.
Nesse cenário, os átomos compartilham seus elétrons com os átomos vizinhos.
Essa é a suprema expressão do Ame o Próximo como a Si Mesmo e ajuda a explicar
cabalisticamente as propriedades incomuns da água.
Ou seja, na ligação covalente, dois átomos compartilham os seus elétrons fazendo,
assim, com que ambos se sintam felizes e estáveis.

Com certeza, você bebeu um copo de água hoje.


Mas ao fazê-lo, talvez não soubesse que engoliu uma bebida com três bilhões de
anos de idade.
Se por acaso já aconteceu de você ter bebido acidentalmente um grande gole de
leite com o prazo de validade expirado apenas alguns dias, poderá valorizar a
profundidade desse fato.
A água que bebemos não foi processada em uma fábrica e não tem prazo de
validade a expirar.
Esse líquido com a idade de muitos bilhões de anos nunca se estraga.
Ele tem outras propriedades que o tornam o líquido mais singular do Universo e são
essas misteriosas propriedades as responsáveis pela existência da vida.
O Zohar diz que a água é a substância da Terra mais próxima da Luz irradiada pelo
Criador.
Na verdade quando o Velho Testamento e o Zohar falam de água, frequente%ente
usam essa palavra como uma metáfora para a Força da Luz do Criador.
Do ponto de vista cabalístico, tudo isso se deve à consciência da água, refletida nas
ligações covalentes entre seus átomos.
A ciência confirma que as ligações covalentes são as mais fortes ligações.

Divina Reflexão
A ligação covalente espelha o objetivo máximo da vida, que é compartilhar
incondicionalmente uns com os outros, onde a força de receber (elétron) de cada
pessoa (átomo) é perpetuamente utilizada com o único propósito de compartilhar.
Em outras palavras, cada um de nós, nessa situação ideal, estará usando a sua
ambição e seu ímpeto para o sucesso inato (ímpeto esse que é o elétron), para
satisfazer as necessidades de outras pessoas.
E já que o resto do mundo terá como objetivo satisfazer as nossas necessidades
pessoais, não teremos mais que nos preocupar em satisfazê-las.
Compartilhar se tornará a única realidade.
Isso é imortalidade.
Quando tivermos domínio sobre as ligações covalentes, falando espiritualmente, a
morte acabará, não haverá mais datas de validade a expirar, graças ao poder único
da ligação covalente.
Assim, da perspectiva cósmica, passará a existir uma perfeita afinidade entre a Luz
e o Recipiente.
De acordo com a lei semelhante atrai semelhante, nosso mundo permanecerá
ligado e eternamente conectado à Realidade da Árvore da Vida.
Por que, então, o mundo todo não começa a compartilhar neste mesmo instante?
Por que não podemos nos comprometer neste minuto a usar todos os nossos
talentos, dons, ambições, impulsos e desejos (todas características do elétron) com
a finalidade de ajudar os outros a tornarem-se felizes?
Isso não criaria uma ligação covalente cósmica entre o mundo físico e o espiritual?
Isso não traria a imortalidade?
É Simples, Mas Não É Fácil
A resposta é simples: sim, traria a imortalidade. Entretanto, ela não é tão
facilmente alcançável pela seguinte razão: há uma segunda força de consciência à
espreita dentro de nós.
É o Adversário, cuja intenção é nos convencer de que o egoísmo compensa e de
que essa segunda força não existe. E, além disso, ele também torna difícil para a
nossa mente assimilar tudo o que acabamos de ler.
Assim, temos que trabalhar primeiro para derrotá-lo, e aí reside o maior desafio da
Humanidade: resistência.
Essa é a razão para resistirmos ao nosso interesse próprio, ao ciúme e à raiva e
passarmos a nos preocupar com os outros.
Por isso o ensinamento fundamental da Torá, do Novo Testamento e do Alcorão é:
Ame o Próximo.
O único inimigo de quem a Torá, o Novo Testamento e o Corão falam quando nos
conclamam a destruir um inimigo é o Adversário, o inimigo dentro de nós, o ego
que só pensa em si mesmo.
Mas o Adversário nos levou a interpretar mal essas instruções bíblicas e, assim,
temos lutado contra inimigos externos.
É por isso que a morte ainda está entre nós em todas as suas diferentes
manifestações.
O espaço entre as pessoas, as nações e as diferentes crenças cria espaço entre os
próprios átomos que dão origem à nossa existência e sustentam as nossas vidas.

Como surgem os problemas e o Caos


É obrigação da raça humana — que é a parte maior do Recipiente estilhaçado —
cumprir a tarefa final de resistir aos traços restantes de consciência de receber.
De acordo com o Zohar, quando nos recusamos a aceitar essa obrigação, damos à
nossa consciência — devido ao tamanho de nosso Recipiente interno — a
capacidade de sobrepor-se ao Universo inteiro e afetar os reinos inanimado, vegetal
e animal no nível subatômico.
Assim, são nossas ações que causam a deterioração, o declínio e a morte no resto
do mundo.

Os Radicais Livres e a Consciência Reativa


Já há algum tempo, os radicais livres e os antioxidantes têm sido temas muito
populares quando se trata de envelhecimento e doenças.
Cabalisticamente, os radicais livres e os antioxidantes são simples manifestações de
nossa consciência reativa (radicais livres) e da consciência para compartilhar
(antioxidantes) no nível atômico.
Vejamos como isso funciona.

O Radical Livre
A ciência define um radical livre como um átomo que perdeu um elétron, deixando-
o com um elétron sem par (os elétrons são mais felizes e estáveis quando em pares
no átomo).
O átomo com o elétron sem par, o radical livre, é muito reativo e roubará um
elétron de um átomo vizinho.
Eles lutarão pelo elétron, mas geralmente o radical livre ganha.
O átomo que perdeu um elétron se tornará um radical livre e surrupiará um elétron
de outro átomo vizinho. Isso provocará uma reação em cadeia, criando milhões de
radicais livres e as coisas começarão a sair cada vez mais fora de controle.
Os radicais livres danificam tudo o que tocam, incluindo tecidos, células e até
mesmo o DNA, ocasionando danos ao material genético.
Esses danos causam o envelhecimento, muitas das principais doenças, incluindo as
do coração, certos cânceres, artrite reumatoide e é claro, no final, a morte.

Os Antioxidantes
Os antioxidantes são átomos e moléculas felizes, estáveis, que podem parar o
perigoso efeito dominó causado pelos vorazes radicais livres.
Como?
Ao contrário de outros átomos, os antioxidantes não se tornam reativos quando os
radicais livres roubam seus elétrons.
Os antioxidantes permanecem estáveis mesmo quando perdem um elétron.
Portanto, se nossos corpos têm antioxidantes suficientes para compartilhar os seus
elétrons com os radicais livres, a perigosa reação em cadeia não vai em frente.
Todos ficam felizes.
O problema surge quando nossos corpos sofrem um desequilíbrio significativo —
uma superabundância de radicais livres em relação aos antioxidantes.
Nesse caso, os radicais livres têm liberdade para sair por aí roubando elétrons,
causando toda espécie de danos ao corpo, sem uma força contrária para fazer
cessar o caos. Esse é o motivo do corpo envelhecer e cair vítima de doenças.

Nunca deixa de me surpreender com o fato de que o Efeito da Torre de Babel


continua até hoje a causar confusão, nos forçando a não dar a devida atenção à
grande simplicidade do que realmente acontece.
Em vez de usar palavras complexas, como radical livre (que é simplesmente um
átomo instável com um apetite voraz por elétrons de outros átomos) e antioxidante
(que é um átomo estável, feliz em compartilhar seu elétron), pode-se articular a
situação da seguinte maneira:
Era uma vez, numa esplendida vizinhança, um átomo ganancioso e reativo que
invadiu a casa de um dos seus vizinhos e lhe roubou seu elétron.
O vizinho vitimado tornou-se reativo e também roubou um elétron de outro vizinho.
Esse terceiro átomo vitimado reagiu mal à situação.
Surrupiou um elétron de outro seu vizinho que só se preocupava com a sua própria
vida.
Em pouco tempo, todos estavam reagindo do mesmo modo, todos roubando de
todos.
Toda a vizinhança rapidamente se deteriorou.
Parques e edifícios de utilidade pública foram sendo devastados quando os átomos
cobiçosos tornaram-se desordeiros e foram destruindo tudo em seu caminho.
Todos entendiam que os seus comportamentos eram autodestrutivos, arruinando a
vizinhança em que viviam.
Porém eles não conseguiam parar aquele comportamento.
Continuavam a roubar uns dos outros.
Tentaram a hipnose, livros de autoajuda, mudaram a dieta, mas nada funcionava.
Até que um dia chegou um átomo com uma consciência diferente.
Ao invés de roubar elétrons, ele compartilhou alegremente o seu com um dos
átomos cobiçosos. Subitamente o átomo cobiçoso estava feliz e o átomo que
compartilhava também estava feliz.
Mais e mais átomos que compartilhavam vieram para a vizinhança e começaram a
compartilhar os seus elétrons com os vizinhos.
Subitamente o roubo cessou.
Inesperadamente.
Logo a vizinhança foi restaurada ao seu antigo esplendor, assim que todos os
átomos reconheceram o valor da mudança de sua resposta aos átomos cobiçosos.
Em vez de reagirem, decidiram compartilhar seus elétrons com qualquer átomo que
os desejasse. Viveram, assim, felizes— e não reativamente — para sempre.
O que emerge dessa simples história dos Radicais Livres e dos Antioxidantes na
vizinhança é a razão pela qual tanto nossa sociedade quanto nosso corpo entram
em decadência.
Nossa consciência e nosso comportamento em relação aos outros são o que nos
mata.
Radicais Livres não existem.
É apenas a consciência egoísta de receber sendo manifestada no nível mais
elementar da realidade de nosso corpo.
Essa forma de consciência negativa, quando se manifesta em nossas mentes e se
expressa através do nosso comportamento, destrói nossas vizinhanças, cidades,
países e o mundo.
Não há uma infinidade de causas por trás dos problemas internos e externos que
nos assolam em escala pessoal, social e global.
Há apenas uma, afirma a Cabala.
A única causa é a consciência.
A consciência cria radicais livres e antioxidantes em todos os níveis da existência.
Isso pode explicar por que alguns estudos sugeriram que a teoria dos radicais livres
e dos antioxidantes é imperfeita, enquanto a vasta maioria dos estudos científicos a
confirma.
Veiamos essa contradição — e como podemos resolvê-la.

Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 15

O Coração e a Ciência da Nanotecnologia – Parte Final

Não É o Alimento Que Comemos e É o Alimento que Comemos


Quase todos os estudos científicos nas últimas décadas confirmam os perigos dos
radicais livres e os benefícios dos antioxidantes.
Mas alguns estudos sugerem que houve pequena mudança quando a quantidade de
antioxidantes foi aumentada na dieta de um paciente.
Como seria possível que as pessoas que se alimentavam de alimentos com alto teor
de antioxidantes ainda morressem de câncer ou de doenças cardíacas?
De acordo com a cabala, é porque as suas consciências não mudaram.
Os cabalistas nunca comem somente o alimento.
Quando comem, consomem energia, ou consciência, para fortalecer ou alterar a
sua própria consciência.
Eles usam várias técnicas (tais como as bênçãos) para despertar a consciência e a
energia Divina contidas em tudo que comemos.
Por exemplo, dizem que a amora é um dos mais poderosos antioxidantes.
Cabalisticamente isso significa que as amoras, como qualquer outra coisa no
Universo, são parte do Recipiente estilhaçado.
Como vimos, o Recipiente tem três formas de consciência: Compartilhar, Receber e
Livre-Arbítrio. O Zohar explica que quando o Recipiente se estilhaçou em
incontáveis partes, cada uma delas continha uma mistura particular desses três
níveis de consciência, dependendo do lugar no Recipiente de onde elas se
originaram.
Algumas vieram do primeiro aspecto, ou seja, da consciência de compartilhar do
Recipiente. Outras derivaram da parte central do Recipiente, e assim, continham
uma medida mais equilibrada de consciência de compartilhar e de receber.
E há partes que vieram predominantemente do lado negativo de receber do
Recipiente. Independentemente de qual parte do Recipiente é originária, toda
matéria física — das amoras até as zebras — é parte do Recipiente estilhaçado.
Assim, se as amoras são antioxidantes poderosos, isso significa que seus átomos
(que representam sua consciência interna) tiveram origem predominantemente no
aspecto de compartilhar (positivo) do Recipiente.
Daí, as amoras têm alta concentração de energia de consciência positiva, que se
traduz em altos índices de antioxidantes ou átomos que compartilham.
Ou seja, energia de consciência positiva, antioxidantes e átomos que compartilham
são a mesma coisa.
Cogumelos venenosos, como qualquer comida prejudicial à nossa saúde, são
simples pedaços do Recipiente originários das suas partes mais concentradas de
consciência negativa de receber.
Há milhares de anos, os grandes mestres cabalistas compuseram as chamadas
bênçãos que aparecem em antigos textos bíblicos especificamente para despertar e
ativar a energia consciente dos alimentos que ingerimos, liberando assim, essas
forças de consciência dentro do alimento e, por sua vez, em nós mesmos.
Talvez uma palavra melhor do que bênção — que contém uma conotação religiosa
— seja ativador.
De fato, o Adversário sagazmente adulterou essa metodologia de ativação e
transformou a noção de bênção em palavras sagradas de louvor e culto ao Criador,
como se uma Força onipotente e bondosa necessitasse, ou desejasse, nosso louvor
e adoração.
Imagine um pai colocando o pão na mesa de seus amados esposa e filhos e
exigindo louvor e adoração de sua família antes de comerem!

Você É o Que Come e Você Pensa o Que Come


Todavia, quando não sabemos que é consciência que na realidade estamos
ingerindo e se não pronunciarmos o ativador cabalístico que ativa a consciência da
amora, não obteremos os nutrientes espirituais desse alimento.
Estaremos capturando apenas um por cento dos nutrientes físicos disponíveis,
obtendo combustível físico e nada mais.
Da mesma forma, se ingerirmos enormes quantidades de antioxidantes, mas não
estivermos cientes da consciência desses alimentos, e se continuarmos reativos e
autocentrados, esses antioxidantes não farão efeito porque não existirão para nós.
Antioxidantes são forças da consciência positiva de compartilhar, e se a
desativarmos e em seu lugar colocarmos consciência negativa, estaremos liberando
radicais livres.
Podemos comer amoras e devorar antioxidantes à vontade, mas eles não farão
efeito. Como Karen, minha esposa, alma gêmea e professora, sempre diz: Não é o
que entra na sua boca que importa, o que importa é aquilo que sai de sua boca.
Ao comer frutos como amoras, se você compreender o seu conteúdo consciente e
seu valor nutritivo espiritual, sua meta deveria ser comê-los para reforçar a sua
capacidade de resistir ao egoísmo.
O alimento é um presente do Criador para nos nutrir fisicamente e, sobretudo,
espiritualmente.
É um meio de transferir a consciência do Criador para dentro de nosso ser, de
modo que possamos desenvolver a capacidade de resistir ao comportamento
reativo e passar a compartilhar, emulando assim a Força da Luz que irradia de
Deus.
Quanto mais emulamos a Luz, mais a atraímos.
É a Lei da Atração!

Causa Versus Sintoma


Se ingerirmos um alimento para capturar a sua consciência, e desse modo
aprimorar a nossa própria consciência, estaremos tratando da causa de nossos
problemas.
Se comermos o alimento apenas para influenciar o estado de nossos corpos físicos,
estaremos tratando só dos sintomas e não haverá um genuíno bem-estar.
Se uma mudança realmente ocorrer é porque fomos, de algum modo, motivados a
mudar o nosso comportamento ao mesmo tempo em que decidimos mudar a nossa
dieta, o que frequentemente acontece quando as pessoas decidem mudar o seu
estilo de vida.

O Poder da Água
Vamos, agora, considerar a ligação covalente como um exemplo da importância da
consciência.
A Cabala nos diz que antes do dilúvio e da história de Noé, a água na Terra tinha
propriedades divinas. A água não apenas nutria como também curava e
ressuscitava tecidos e células danificados ou mortos, simplesmente impregnando
com sua consciência de compartilhar a consciência dos átomos do corpo das
pessoas que a bebiam.
Por isso os primeiros personagens bíblicos do Velho Testamento viveram duzentos,
trezentos anos, sendo que Matusalém viveu mais de novecentos.
O segredo dessa longevidade estava no poder da água.
Entretanto, quando o Adversário (a consciência do ego) assumiu o controle sobre
as pessoas, isso afetou a consciência da água.
Após o dilúvio, a consciência das águas foi adulterada e permanece assim até os
nossos dias.
A ligação covalente ainda está presente, mas a consciência por trás dela mudou.
O estado divino, natural de uma ligação covalente, tem esse aspecto:
No nível físico, os dois átomos estão unidos por compartilharem elétrons.
Ambos atingem a estabilidade e a felicidade, exclusivamente através do ato
consciente de compartilhar. Cada átomo oferece o seu elétron ao outro e ambos
ficam com dois elétrons e, portanto, felizes.
Na água adulterada pela consciência humana, a ligação covalente funciona da
seguinte maneira:
No nível físico, os dois átomos estão ligados por compartilharem os seus elétrons.
Em um nível mais elevado de realidade, no nível da consciência, a intenção de
ambos os átomos é roubar um elétron do vizinho.
Nenhum lado ganha o cabo de guerra, de modo que os dois elétrons ficam pairando
entre os dois átomos. Essa é a natureza da ligação deles.

Ou seja: Os átomos lutam um pelo elétron do outro, atingindo um impasse e


produzindo uma ligação covalente baseada em negatividade

Muitos estudos científicos demonstraram que nossos pensamentos conscientes


podem influenciar a água. Quando nos damos conta de que mais de setenta por
cento do nosso corpo é constituído de água, podemos começar a entender como a
consciência pode ser a causa de todas as enfermidades e doenças.
As ligações covalentes, as ligações entre átomos de hidrogênio e água
desempenham um papel decisivo em nosso DNA.
Se nossas ligações forem fracas, surgirá uma abertura para a possibilidade de
adulteração de nosso código de DNA.
A consciência determina se as ligações são fortes ou fracas.
Se reconhecermos que essa é a única coisa que determina nossa saúde e bem-
estar, estaremos a caminho de alcançar a nanotecnologia e, por sua vez, a
imortalidade.

Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 16

O Coração da Matéria – Parte 1

Viciados na Matéria
A ciência em sua interminável busca para entender o nível fundamental da
realidade — desde a matéria física até as moléculas, os átomos, os elétrons, os
quarks, os léptons e os fótons — parou antes de chegar à suprema fonte.
E isso não se deve a uma falha sua como um todo, mas ao incansável trabalho do
Adversário que ativa o medo, a ansiedade e a hesitação na comunidade científica
quando ela se aproxima do nível de realidade que leva diretamente à consciência.
Parece que a ciência sempre se sente desconfortável de caminhar além do domínio
da realidade física, muito embora suas descobertas nos séculos XX e XXI nos
tenham afastado cada vez mais de um mundo constituído de matéria fixa e nos
levado para um universo feito de probabilidades.
É o Adversário que mantém os cientistas e os leigos viciados na matéria.

O Medo de Abrir Mão


A ciência e a tecnologia foram partícipes do fenômeno do encolhimento da matéria
física, liberando mais e mais energia através de pacotes cada vez menores.
Os laptops de hoje têm muito mais capacidade de armazenamento que os
computadores de grande porte de algumas décadas atrás que ocupavam salas
inteiras.
Grandes redes de cabos telefônicos foram substituídas por fios de fibra ótica com a
espessura de uma lâmina de barbear. A ciência se agarra a unidades cada vez
menores da assim chamada matéria, e continua a reduzir entidades físicas a partes
constituintes cada vez mais diminutas (de moléculas a átomos, a prótons, a quarks
etc.), encontrando no processo um arranjo quase sem fim de novas e exóticas
partículas subatômicas.
Mas a ciência ainda não está pronta para cruzar a proverbial linha na areia e pisar
nos domínios da consciência.
Ironicamente, o meio científico parece "religioso" em sua reverência às leis da
física, a despeito dos paradoxos contra intuitivos que emergem do campo da física
quântica.
Da mesma maneira que o medo e pressão dos colegas mantém intacta a ordem no
mundo dogmático e ritualístico da religião, os Cientistas conservam sua devoção às
leis da física. Mas quando a verdade estiver pronta para ser abraçada, a
imortalidade estará disponível para todos nós.
E isso poderia acontecer ainda nesta vida.

A Busca da Verdade
De acordo com a cabala, enquanto a ciência continuar esmagando átomos em sua
busca para descobrir a Primeira Causa, a Suprema Fonte da existência, ela
continuará procurando para sempre.
O Zohar é claro quanto a isto: a jornada a partir da consciência pura (O Mundo sem
Fim) até a ilusão da matéria física (nosso Universo material) contém infinitos
estágios.
Portanto, a única forma prática de alcançar a Suprema Fonte é dar um salto
quântico e descobrir o que os cabalistas demonstraram há mais de vinte séculos: a
consciência é a base de tudo o que percebemos e de tudo que existe; ela é a fonte
e a raiz suprema da realidade.
A consciência é o Recipiente estilhaçado em um número incalculável de Partículas
que povoam todo o mundo subatômico.
A consciência é quem nós somos.
Poderia ser mera coincidência que as três forças de consciência que residem no
interior do Recipiente sejam idêntica às três forças que residem dentro do átomo?
Como Encontrar a Verdade
A consciência é a base de todas as coisas físicas.
Porém, a encontramos apenas quando nós fazemos a escolha de encontrá-la,
somente quando a escolhemos.
É a nossa própria consciência individual que precisamos utilizar para encontrar a
consciência que está na raiz de toda a existência.
O que significa utilizar a nossa própria consciência?
Para responder, devemos perguntar o que é consciência.
E essa é uma questão que os filósofos e cientistas têm explorado e debatido por
milênios, e os cabalistas não são exceção.

Definindo Consciência
Para encontrar a verdade, devemos nos colocar acima da influência do Adversário,
que incorpora a dúvida e o ceticismo.
Elevar-se acima da dúvida, reconhecendo a existência do Adversário, é parte da
consciência.
E procedermos de maneira oposta à do Adversário é um meio de se atingir um
estado mais elevado de consciência, o estado elevado do amor incondicional, de um
compartilhar inequívoco e de um cuidado e atenção absolutos com os interesses
dos outros.
É a mais elevada forma de consciência, pois ela é idêntica à consciência da Luz, a
Fonte de toda a consciência.
Não reconhecer a existência do Adversário ou a influência que ele exerce é ser
controlado por ele e esse não é um comportamento consciente: é um
comportamento robótico, reativo.
O comportamento reativo não impede que haja inteligência e a inteligência não é
consciência.
Inteligência é conhecimento.
Consciência é amor incondicional.
É possível ser ao mesmo tempo inteligente e não nutrir amor pelos demais.
O amor incondicional imita a consciência da Luz e cria, assim, unificação.
A Luz é a fonte de toda a consciência.
Portanto, quando a nossa consciência é como a da Luz, atingimos o mais alto nível
de consciência possível, infinita em todos os aspectos.
Ela inclui plenitude infinita e a soma de todo o conhecimento.

O Caminho para Elevar a Consciência


Consciência é estar ciente e ciente de si mesmo.
Portanto, se não estivermos cientes da existência da Força da Luz do Criador (a
Fonte de toda inteligência e consciência) e da presença do Adversário, não
estaremos cientes de nosso ser completo, inteiro; nos faltará consciência.
Você pode ser um gênio, intelectualmente falando, mas lhe faltar consciência...
Podemos ser inteligentes e infelizes e podemos ter uma inteligência mediana e
sermos felizes e dotados de uma plenitude sem limites.
Quanto mais cientes estivermos da existência do Adversário e quanto mais
separarmos os nossos atos e pensamentos dos dele, mais elevada será a nossa
consciência.
Resumindo, a Luz é a fonte de toda a consciência.
Somos apenas um Recipiente com a capacidade de receber e conter essa
consciência.
O objetivo do Adversário é nos impedir de trazer a Luz (consciência) para o nosso
ser, convencendo-nos de que ela não existe.
Qual é a natureza da consciência da Luz?
Compartilhar, dar incondicionalmente e se doar aos outros.
Qual é a natureza do Adversário?
Interesse próprio e comportamento reativo.
Quanto mais nosso comportamento emular a Luz, mais elevada será a nossa
consciência.
O Adversário, nosso ego, nos faz sentir astutos, inteligentes e arrogantes, de
maneira que ele possa aprisionar nossas vidas em suas garras de aço.
Ele permite que usemos a nossa inteligência para saciar nossos desejos, de modo
que não tenhamos vontade de procurar a consciência, ou detectar a existência dele,
o Adversário, pois isso o levaria à extinção.
Quando despertarmos e reconhecermos de forma genuína que a consciência é a
raiz da realidade, teremos nos elevado acima do Adversário.
É nesse momento que encontraremos a verdade absoluta.

O Segredo para Encontrar a Verdade


A Cabala revela que viemos a este mundo para nos tornarmos mais puros, para
compartilharmos mais e para sermos mais incondicionais em nosso cuidado e
atenção com os interesses dos outros.
E que não viemos ao mundo paro nos tornarmos mais inteligentes ou
intelectualmente mais astutos.
A verdadeira consciência é compartilhar e cuidar dos interesses dos outros
incondicionalmente.
Essa é a fórmula que leva à nanotecnologia e à imortalidade.

O Ardil da Dúvida
Os cabalistas nos dizem que o Adversário incorpora o próprio DNA da dúvida.
Pois a própria natureza da dúvida é duvidar de sua própria existência.
Em outras palavras, temos uma disposição inata de apresentar argumentos
intelectuais que reduzem o valor das verdades que nos são apresentadas —
incluindo o fato de que temos dúvidas!
Não percebemos que a dúvida está na base de todos os aspectos de nossa
argumentação.
O máximo que podemos descobrir por esse caminho é informação inteligente,
lúcida, convincente, que se relaciona somente com o Efeito, nunca comi a Causa
subjacente, fundamental.

O Supremo Portal da Verdade


A Causa de Todas as Causas, a mais elevada de todas as verdades, só é encontrada
quando transcendemos nossos próprios interesses, destronamos o Adversário,
utilizamos nossas almas e permitimos que nossa atenção e nosso cuidado com os
outros se tornem a nossa única motivação.
Acredite ou não, isso pode ser alcançado agora, neste momento, com urna simples
mudança de consciência.
Se pudermos nos abrir e admitir por um momento que tudo que fizemos em nossas
vidas até agora foi baseado em nosso próprio interesse, se simplesmente
admitirmos a possibilidade da existência do Adversário, esse único e simples, mas
difícil, passo se tornará um gigantesco salto quântico em direção ao mundo da
verdade.
É aí que uma porta se escancara.
É aí que a estrutura do espaço-tempo se abre diante dos nossos olhos e fitamos
então o ponto central, o coração da realidade, para descobrir... a consciência nos
encarando de volta.
Nesse momento glorioso a consciência acaba de encontrar a consciência.
Abençoados com essa consciência pura, reforçamos a nossa compreensão de que
compartilhar totalmente é o caminho de casa, o caminho para a Luz, a rota para a
imortalidade.
Resistimos ao Adversário para chegarmos a esse ponto, onde agora escolhemos
compartilhar cem por cento (Ame o Próximo como a Si Mesmo), pois agora
sabemos o que isso nos trará.
Estamos emulando a consciência da Luz à perfeição.
E quando nos ligamos completamente à Luz, a morte encontra a sua extinção
quase suavemente.
Aqui está o supremo significado da expressão: Elevar a nossa consciência.
Antes desse momento na história, o caminho para a verdade era para ser
percorrido passo a passo, em um processo gradual, onde a consciência de que um
Adversário de fato existe ia crescendo aos poucos.
Tínhamos que fazer uma escolha entre dor ou iluminação através da transformação
espiritual.
A história nos mostra que a Humanidade tem escolhido constantemente o caminho
da dor e se recusado a aprender a lição necessária.
Mas agora podemos escolher a transformação interna simplesmente alterando a
nossa consciência.
E aqui está a maneira de fazê-lo: inicialmente devemos encontrar uma forma de
escalar o caminho que nos leva para fora do abismo da dúvida que nos oprime.
Essa é uma tremenda tarefa, mas é justamente o que estes textos lhe permitirão
realizar.
Uma vez que o difícil primeiro passo for dado, você subirá uma escada de crescente
certeza até alcançar o nível de conhecimento absoluto. E isso pode acontecer tão
rapidamente quanto você o permitir.
Toda vez que resistimos ao pessimismo e ao egoísmo, subimos mais um degrau em
direção a um nível mais alto de consciência.
Esse é o motivo pelo qual o cabalista vive uma vida corporificada em resistência.
Ele busca verdade suprema e contato com a verdadeira realidade.
Quando alcançamos cem por cento daquela esquiva consciência de que existe um
Adversário, passamos a resistir a ele cem por cento.
E iremos abraçar o compartilhar total e compreender o mistério de Ame o Próximo.
Nesse elevado nível de consciência, a imortalidade física e espiritual será
concretizada para toda a Humanidade.
Reconhecer e ter contínua consciência da existência do Adversário e da Lei da
Atração provarão serem as peças finais do quebra--cabeças para se alcançar o que
é inquestionavelmente o Santo Graal da ciência: a realização de uma Grande Teoria
Unificada, conhecida também como A Teoria de Tudo.

Continua
Tecnologia para a Alma – Parte 17

O Coração da Matéria – Parte Final

A Semente de Nossos Vícios.


Eu mesmo venho me perguntando com frequência o que teria levado a ciência e
toda a Humanidade a ser viciada na matéria.
Meu mestre me deu há quatro décadas uma resposta que me abalou até as
próprias bases de minha alma.
Hoje, após cerca de quarenta anos, a sua resposta continua a ressoar fundo dentro
de mim quando faço a pergunta que todos os leitores deveriam estar se fazendo
agora: por que os nanotecnólogos ainda estão fazendo trabalho de funilaria no
átomo, se ele não é a raiz básica da tecnologia?
Por que a atração que a matéria exerce é tão forte, a sua fascinação é tão
esplendida e a tentação de seguir o caminho da inteligência é tão magnética?
A resposta do meu mestre a essas questões vitais se encontra em um evento que
aconteceu há cerca de três mil e quatrocentos anos e envolveu a primeira pessoa
da história da civilização que verdadeiramente aplicou a nanotecnologia.

O Primeiro Simpósio de Nanotecnologia

"E ele tomou o ouro das mãos deles e o trabalhou com o buril, e fez um bezerro
fundido."
Êxodo 32:4

Há cerca de três mil e quatrocentos anos encontramos o primeiro nanotecnólogo da


história em pessoa.
O seu nome era Moisés e ele realizou o primeiro simpósio de nanotecnologia em um
famoso local bíblico conhecido como Monte Sinai.
De acordo com o Zohar, a história de Moisés e da Revelação é talvez a mais
adulterada e mal interpretada história de todos os tempos.
A religião tradicional organizada nos diz que Moisés recebeu dez mandamentos
inscritos em duas tábuas de pedra.
A revelação desses mandamentos aconteceu quando Moisés se encontrava no alto
do Monte Sinai e os israelitas estavam acampados no sopé desse monte.
Nos foi dito que enquanto Moisés se encontrava no alto do Monte Sinai, os israelitas
ficaram impacientes de esperar pela sua volta e começaram a se engajar em todo
tipo de mau comportamento, incluindo devassidão sexual.
A impaciência e a dúvida os levou a construir um Bezerro de Ouro para ser
venerado no lugar do único Deus verdadeiro.
Depois de ter recebido as tábuas de pedra, Moisés retornou e viu o Bezerro de Ouro
e todo o comportamento decadente que estava acontecendo.
Furioso, quebrou as tábuas, que se partiram em inúmeros pedaços levando o
evento da Revelação a um trágico final.
O Zohar, universalmente reconhecido como o livro de maior autoridade sobre a
sabedoria da cabala, afirma de maneira inequívoca que quem ler literalmente essa
história é um completo idiota.
Inicialmente essa afirmação pode parecer um tanto ofensiva, mas o Zohar continua
e explica que toda a história de Moisés no Monte Sinai é na verdade uma
mensagem codificada.

Decifrando o Código do Monte Sinai


De acordo com o Zohar, a Força bondosa conhecida como a Luz do Criador nunca
ordena ou pune.
Além do mais, o próprio conceito de Dez Mandamentos é uma interpretação
enganosa do que as tábuas verdadeiramente significavam.
Esse engano tem levado à intolerância, conflitos e derramamento de sangue entre
as próprias pessoas destinadas a cumprir os assim chamados Dez Mandamentos.
Meu mestre me contou com muita clareza que eles não tinham nada a ver com leis,
obrigações ou diretivas Divinas e, muito menos, com Mandamentos.
E revelou para mim que o número dez refere-se verdadeiramente às dez dimensões
as quais compõem a realidade atemporal verdadeira.
Imagine o choque e a perplexidade das pessoas há centenas ou milhares de anos
ao tomarem conhecimento da existência de dez dimensões da realidade!
Toda a ideia de outras dimensões só se tornou parte da consciência da física
moderna no século XX.
No entanto, o cabalista Rav Shimon Bar Yohai já havia falado aos seus
companheiros sobre o Universo com dez dimensões há dois mil anos durante uma
sessão de estudos à meia noite numa caverna na região da Galileia.
Não foi isso entretanto, o que me atordoou — vou chegar a esse ponto logo
adiante.
O Zohar nos diz que Moisés, usando a ciência e a tecnologia da cabala, estabeleceu
uma conexão e ligou nossa dimensão física às nove outras dimensões restantes.
Essas outras nove dimensões ocultas, não observáveis, compõem A Realidade da
Árvore da Vida, a fonte de toda a sabedoria e plenitude que temos discutido ao
longo destes textos.
Essas nove dimensões, imperceptíveis aos cinco sentidos, transbordam de Energia
Divina, conhecimento infinito, alegria ou, em uma palavra, Luz. Mas o que significa
em termos práticos a conexão com essa realidade oculta?
O que significa Moisés ter ligado nosso mundo à Realidade da Árvore da Vida?

Extinguindo a Escuridão
Devo admitir que, quando meu mestre me ensinou pela primeira vez a verdade
sobre o evento da Revelação no Sinai, caí de costas. Foi um choque; fiquei mesmo
perplexo.
Essencialmente, toda a história do Sinai se resume a uma única ideia: a
imortalidade!
Não houve os assim chamados dez mandamentos.
Nem a entrega de uma religião, ou o nascimento de uma tradição judaica.
A revelação do Monte Sinai ativou e descarregou totalmente a Força da Luz de
Deus, a partir do Mundo sem Fim (do Infinito), passando pelas nove dimensões, até
chegar à décima dimensão, que é o nosso Universo.
Quando Moisés ligou este mundo físico à realidade espiritual conhecida como
Árvore da Vida, a infusão de Luz e Energia foi tão poderosa que literalmente
erradicou a escuridão e a morte do cenário da civilização.
Imortalidade era o que o evento no Sinai significava.
O que eu não entendi no início foi que essa imortalidade não se limitava ao corpo
humano, como agora iremos descobrir.

Definindo Morte
Quando ficamos entediados com a vida, isso quer dizer que nossa felicidade
morreu; a morte apagou um raio específico de Luz conhecido como felicidade.
Quando problemas de dinheiro surgem, significa que a morte abateu a nossa
prosperidade; nossa fonte de sustento morreu.
Quando qualquer forma de caos nos aflige, significa que a ordem morreu.
O assim chamado Anjo da Morte (ou o Anjo do Espaço) é o único culpado de toda a
nossa infelicidade em toda e qualquer área concebível da atividade humana.
Seja o que for que não dê certo neste mundo ou em nossas vidas, a causa é
sempre a mesma: de alguma forma a força da morte ali se infiltrou.
A queda nas vendas não é a causa dos problemas financeiros de uma empresa.
Na verdade é a força da morte que impregnou a empresa e é o motivo da queda
nas vendas e da ausência de lucro.
A ordem dá lugar ao caos, porque existe uma abertura, uma fratura em algum
lugar de nossa vida; e a força da morte, oculta como a escuridão da noite, está
sempre pronta a se infiltrar, causando confusão e destruição.

Espaço é Morte
Num texto anterior, chegamos a entender que não existe realmente um Anjo da
Morte, mas um Anjo do Espaço. Isso significa que quando nossa felicidade morre,
nós realmente nos desconectamos da fonte de toda a felicidade: a Realidade da
Árvore da Vida.
Significa que existe um espaço entre nós e aquele mundo transcendente, sublime.
Sempre que o caos nos atinge, é uma consequência direta da nossa desconexão, de
termos criado um espaço entre nós e as dimensões ocultas, onde a Luz flui e a
alegria absoluta é abundante.
O espaço causa a morte em todas as áreas de nossa vida.

Definindo Imortalidade
A imortalidade, segundo a cabala, não inclui apenas o fim da morte biológica, mas,
também, a presença de alegria sem fim, sabedoria, felicidade, empolgação, paixão
e plenitude, além do que as nossas mentes racionais podem conceber.
Era isso que o evento no Monte Sinai significava; foi isso que Moisés alcançou.
A Imortalidade!
Não somente para os israelitas, mas para toda a Humanidade.
Incluía atender a todo e qualquer desejo que um ser humano pudesse conceber —
e mais!
A Imortalidade se refere a um nível de felicidade, de êxtase, que nunca nos deixa,
nunca morre.
Tédio, solidão, doença, ansiedade, medo e preocupação deixam de existir nesse
nível, pois são subprodutos da morte.
Do ponto de vista cabalístico, o que, em essência, todos os seres humanos desejam
da vida é a imortalidade em todas as suas infinitas manifestações.
Perguntei ao meu mestre o que tinha acontecido.
Para onde tinha ido essa energia chamada imortalidade?
Por que a morte ainda é uma característica dominante em nosso mundo?
Ele me respondeu que Moisés, ao remover completamente de sua natureza o seu
próprio ego, conectou o mundo com a Realidade da Árvore da Vida.
Ele concluiu pessoalmente a tarefa de resistir ao um por cento final de ego.
Alcançou um estado semelhante ao da Luz.
Ele compartilhou e deu incondicionalmente e assim através da Lei da Atração
(semelhante atrai semelhante) alinhou e uniu todas as dez dimensões em um todo
unificado.
Dessa maneira, devido unicamente ao seu mérito, o mundo alcançou a unidade
com a Realidade da Árvore da Vida.
Mas essa condição não iria durar muito tempo.
Como vimos no início deste texto, o mundo da Árvore da Vida só pode ser acessado
através da consciência, especificamente pela elevação da consciência ao erradicar
todo o ego, e todas as formas de egoísmo.
Moisés alcançou essa condição.
Ele se uniu à Força da Luz que permeia a Realidade da Árvore da Vida porque não
estava voltado para si mesmo.
Ele não era santo. Não era um homem profundamente religioso.
Ele era desprovido de Ego.
O Ego - o Adversário - foi banido de sua essência.
O poder de Moisés resultou da purificação, da limpeza de sua consciência do
negativo Desejo de Receber para Si Mesmo, o qual foi substituído pela consciência
de compartilhar, que coloca incondicionalmente, com humildade genuína, as
necessidades dos outros em primeiro lugar.
Moisés não erradicou noventa e nove por cento do seu ego, nem amou os outros
com noventa e nove por cento do seu coração e de sua alma. Se o tivesse feito,
nunca teria acontecido a união entre o mundo físico e o mundo metafísico da Luz.
Moisés fez tudo o que tinha que fazer integralmente, cem por cento, e isso lhe deu
o direito de portar as "Tábuas da Imortalidade."

O Que Deu Errado


Infelizmente, os israelitas não tinham a mesma consciência que Moisés.
Na mente deles havia apenas: "O que posso lucrar com isso?"
A consciência deles criava espaço.
A história dos israelitas construindo o Bezerro de Ouro é, na verdade, um código da
utilização do ego, do intelecto e de um intermediário físico como interface entre
este mundo e o Realidade da Árvore da Vida.
O conceito de Bezerro de Ouro é um código que oculta uma verdade mais
profunda: os israelitas ainda não estavam preparados para receber a completa
Força da Luz do Criador.
A transformação de sua consciência não havia acontecido.
Em vez disso, cederam o controle a um ídolo, ao mundo da realidade física, ao
mundo do espaço.
A resistência deles à influência do Adversário era incompleta.
Tudo isso se resume no fato que eles não queriam abrir mão do ego e optar por
amar o próximo incondicionalmente.

A Luz Foi Perdida


Assim, o poder da imortalidade foi perdido.
A ligação foi rompida e uma separação aconteceu.
Esse é o significado da quebra das Tábuas.
As Tábuas e os seus "Dez Mandamentos" significam a ligação entre todas as dez
dimensões em um todo completo, a união dos noventa e nove por cento com o um
por cento.
A quebra das Tábuas se refere ao espaço que é criado quando uma ligação se
rompe, quando acontece a desconexão.
E a Morte renasceu com esse espaço.

Talvez Outro Dia


Em uma caverna, no topo do Monte Sinai, um segundo conjunto de Tábuas foi
então criado por Moisés.
Esse segundo conjunto, de acordo com o Zohar, contém a sabedoria, a tecnologia e
o poder puro da cabala, assim como o do Zohar.
Os antigos cabalistas nos dizem que os pedaços das tábuas da imortalidade e o
segundo conjunto de Tábuas foram colocados no interior da Arca da Aliança.
Isso significa que a possibilidade de se consertar as tábuas quebradas e remover o
espaço que nos separa da Realidade da Árvore da Vida também está presente na
Arca.
Ela contém tanto o problema como a cura.
Descobrimos aqui a razão fundamental do fascínio que a busca da Arca da Aliança
exerce sobre o mundo há milênios.
Em um nível subconsciente, da alma, todos nós sabemos o que o conteúdo da Arca
oferece à Humanidade: a oportunidade de reparar o que se quebrou, de remover o
espaço entre nossos átomos e entre pessoas, assim como a distância entre a
realidade física e o mundo de Energia Divina e Luz.
Meu mestre me contou que haveria uma nova janela de oportunidade para que as
forças da imortalidade fossem novamente estabelecidos no mundo e a Luz e a
Força da Energia perdidas no Sinai fossem restauradas.
Os ensinamentos da cabala seriam colocados à disposição do mundo inteiro, e
quando isso acontecesse, não haveria equívocos.
Evidentemente chegamos a esse extraordinário momento histórico graças ao meu
mestre, Rav Brandwein, e ao professor dele, Rav Ashlag, que abriram as portas da
cabala aos leigos pela primeira vez na história da Humanidade.
Entretanto, essa abertura inicial se limitava a alguns poucos seletos na Terra Santa.
Mas meu mestre — e o mestre dele — tinham algo mais ambicioso em mente.

A Resposta Que Me Abalou Profundamente


Nesse ponto de meus estudos, Rav Brandwein revelou para mim um insight que me
abalou profundamente, até as fundações da minha alma.
Ele me disse que deveria ser eu quem pela primeira vez na história da Humanidade
disseminaria o Zohar — o qual em épocas anteriores havia sido proibido — e os
segredos da imortalidade no mundo.
Nem em um milhão de anos eu poderia ter sequer sonhado que os antigos cofres
de sabedoria cabalística, que se mantiveram selados por dois mil anos, seriam
abertos sob a minha supervisão.
O mestre me disse que sem dúvida eu enfrentaria uma dor e uma pressão
inimagináveis por parte daqueles que lutaram longa e duramente através dos
séculos para manter a cabala em segredo.
Ele estava certo, e esse é o motivo pelo qual levei quase quarenta anos para
escrever os textos que você está lendo.
Embora meu caminho até este momento tenha sido preenchido com mais
sofrimento do que eu seja capaz de transmitir apenas pela palavra escrita, eu
rogaria ao Criador que me permitisse trilhá-lo novamente.
Pois as dificuldades por que passei em minha jornada são pálidas em comparação
com a incomensurável plenitude que experimentei.
Uma hora com o meu mestre faria com que dez longas vidas cheias de dor
valessem a pena.
Muitas situações e memórias veem à minha mente de imediato, mas eu estaria
sendo omisso se não falasse daquela que trouxe o maior sofrimento à minha família
— à Karen, minha mulher, parceira, amiga, alma gêmea e aos meus dois filhos
Yehuda e Michael.
Não é uma ironia que eu, que fui chamado de cabalista pelo meu amado mestre e
pelos meus devotados alunos, e cuja missão era compartilhar uma antiga fonte de
sabedoria e de poder que aliviaria todo o sofrimento, incluindo o flagelo da própria
morte, tenha vivenciado em mim mesmo o que a comunidade médica diagnostica
como sendo um derrame?
De fato, não é nada irônico.
Talvez apenas aqueles cuja linhagem inclui cabalistas, aqueles aos quais foram
confiados antigos segredos cabalísticos, poderiam entender isso.
É um conceito semelhante à noção de que, para vencer uma luta contra um
campeão de pesos pesados, ambos, tanto o desafiante como o campeão, precisam
entrar no ringue.
Eu me perguntava com frequência se essa seria a razão pela qual por quatro mil
anos a cabala foi entregue apenas a uns poucos escolhidos e privilegiados, pessoas
preparadas para entrar no ringue. Seria por isso que muitos, ao longo do tempo,
uma vez expostos a esse caminho simplesmente o abandonaram quando as águas
ficavam mais turbulentas?
Meu mestre me ensinou uma lição que seu mestre lhe havia ensinado: só se pode
compartilhar aquilo que se possui.
Tendo sofrido esse derrame e conseguido continuar a trabalhar nestes textos a
partir de outro nível de consciência — para grande consternação da ciência médica
e dos hospitais e universidades mais respeitados do mundo —, posso agora
compartilhar com outros o que significa resistir ao Adversário, mesmo quando ir
adiante se torna muito difícil.
E, assim, o trabalho continua.
Todavia, nunca se passa um momento em que eu deixe de apreciar o fato de que
tive o mérito e a boa sorte de permanecer vigilante durante este período histórico
— embora eu admita não entender o porquê.

O Último Passo
Reconheço que o choque devido à responsabilidade a mim confiada pelo meu
mestre jamais teria passado se não fosse pela força, coragem e determinação de
Karen, minha alma gêmea, que tomou a ousada e histórica decisão de permitir a
todos, homens, mulheres e crianças — sejam eles israelitas, muçulmanos, cristãos,
budistas ou ateus — estudar o Zohar e beber de sua fonte ilimitada de sabedoria.
Quando Karen chegou a essa conclusão, primeiro eu soube sem dúvida alguma que
as nossas vidas estariam em perigo e em constante tumulto.
Devo confessar que sem Karen meu plano teria sido limitar o estudo da cabala
àqueles que já tinham se aprofundado na sabedoria bíblica.
Meu amado professor e mestre previu a presença de Karen em minha vida.
Ele deixou este mundo antes que Karen e eu nos casássemos, mas um cabalista
verdadeiro nunca fica limitado nem é governado pela Lei da Causa e Efeito ou pelo
tempo e espaço. Meu mestre permanece comigo até o dia de hoje, não apenas em
minha memória, mas de um modo tangível, o que é absolutamente possível.
E eu rezo fervorosamente para que o resto do mundo venha a finalmente entender
que esse tipo de contato pode acontecer.
Sou incomensuravelmente abençoado por ser capaz de compartilhar essa sabedoria
com o mundo e de desempenhar juntamente com a minha alma gêmea uma parte
ativo no que agora será a aurora da imortalidade.
Diante de nós se apresenta uma oportunidade para a revelação final da Luz e da
Divina Energia que levarão o nosso mundo de volta ao estado permanente de
imortalidade e felicidade sem fim.
O Zohar, entretanto, nos alerta dizendo que a oportunidade de repetirmos os
mesmos erros que cometemos no Monte Sinai estará sempre presente durante esse
tempo.
O Adversário tentará um último ataque contra nós.
No próximo texto é minha intenção apresentar a fórmula para alcançar a
imortalidade através de um método de autêntica nanotecnologia, e identificar, ao
mesmo tempo, as perigosas armadilhas e ciladas que despontam no horizonte.

Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 18

O Caminho para o Antes Impensável – Parte 1

Dois caminhos que levam ao "felizes para sempre"


A Humanidade tem duas opções oferecidas por Deus para chegar à imortalidade:
1. O Caminho do Sofrimento.
2. O Caminho da Nanotecnologia cabalística.
O sangue que derramamos e nosso sofrimento em guerras, em divórcios, nos
negócios ou devido a problemas de saúde removem uma camada do ego.
A dor purifica parte da consciência reativa de nossa natureza.
No final, ao longo de várias vidas, teremos passado por sofrimento suficiente para
que o ego seja banido de nossa paisagem.
Quando todos os traços de ego se forem, o gene de compartilhar herdado de Deus
será ativado para a vida e seremos capazes de Receber para Compartilhar.
E alcançaremos a imortalidade.
No Monte Sinai a Força Divina que a Humanidade chama de Deus deu a Moisés uma
rota alternativa para atingir o objetivo de evitar que o corpo e a alma sofressem ao
longo do caminho: a nanotecnologia cabalística. (Não nos surpreende que os
grandes pensadores da história, de Isaac Newton a Wilhelm Leibniz, de Platão a
Pitágoras, concordassem que Moisés recebeu a cabala no Sinai e não os
fundamentos de alguma religião organizada).
Nesse caminho extraordinário, é apenas o ego que experimenta o sofrimento.
É apenas o ego que é necessário para experimentarmos qualquer tipo de
sofrimento.
E, por fim, será apenas o ego que terá que experimentar a morte.
Sem dúvida, esse é um meio mais agradável de alcançarmos o nosso destino do
que o caminho do sofrimento.
Entretanto, o Adversário estará sempre lá com o intuito de nos dirigir para o
caminho do sofrimento do corpo e da alma.
Ele lhe dirá que Moisés recebeu no Monte Sinai uma religião, não uma tecnologia.
Ou então, lhe contará como as leis físicas do Universo funcionam, mas não por que
as coisas são como são. Assim, ele estará limitando você, dando-lhe apenas
condições de tratar os sintomas e nunca a Causa.
Felizmente, o livre-arbítrio nos dá a capacidade de rejeitar o Adversário.

O Pensamento da Criação
Da perspectiva de Deus, o resultado de trilharmos qualquer um dos dois caminhos
mostrados há pouco é certo e inevitável.
O desejo de Deus é compartilhar felicidade sem fim com o Recipiente — as almas
da Humanidade — eternamente.
A vida é simples.
Chegar lá é um pouco mais complicado.
Todavia, tudo que acontece no Universo — desde um seixo rolando montanha
abaixo em algum lugar na Nova Zelândia, até as convulsões sociais e econômicos
que ecoam através dos continentes; desde os movimentos das marés até as leis da
física de partículas — tudo, a cada instante, se move em direção a esse objetivo
supremo.
Seremos felizes e imortais, quer acreditemos ou não.
Toda a Humanidade participará da redenção e da plenitude infinita, incluindo os
ateus e os céticos.
A nossa livre escolha determinará, apenas, como chegaremos ao nosso destino
supremo.
Uma pessoa poderá escolher a rota com a paisagem mais bonita e prazerosa, ou o
caminho turbulento e doloroso.
Para o Universo é indiferente, porque um resultado feliz está garantido qualquer
que seja a escolha.
Cabe a nós decidir que caminho trilhar.
Está em nossas mãos, como tem estado desde o evento do Monte Sinai há três mil
e quatrocentos anos.
Vamos examinar agora com mais detalhes as duas rotas para a imortalidade.

Cabala versus Ciência


Ray Kurzweil, renomado cientista, escritor e inventor, foi agraciado com a Medalha
Nacional de Tecnologia pelo presidente Bill Clinton, na Casa Branca.
Chamado de "Edison dos tempos modernos", foi honrado com a inscrição de seu
nome no Hall of Fame dos inventores, em 2002.
De acordo com Kurzweil, atingiremos a imortalidade através da nanotecnologia
dentro dos próximos vinte anos.
Ele prevê três pontes que devem ser atravessadas para atingirmos esse objetivo e
as descreve da seguinte maneiro:
A Ponte Um refere-se a aproveitar ao máximo o conhecimento da biologia atual
para frear expressivamente o processo de envelhecimento e as doenças.
Isso nos capacitará a estar, tanto quanto possível, em boa forma para quando as
tecnologias da Ponte Dois estiverem disponíveis.
A Ponte Dois é a revolução na biotecnologia, que nos fornecerá as ferramentas para
reprogramar nossa biologia e os processos de informações bioquímicas
fundamentais em nossa biologia. Já estamos nos primórdios dessa revolução, mas,
em quinze anos, teremos adquirido, em grande medida, o domínio sobre a nossa
biologia.
E isso nos levará à Ponte Três, ou seja, à revolução da nanotecnologia, onde
poderemos reconstruir nossos corpos e cérebros no nível molecular.
O que, por sua vez, nos capacitará a resolver os problemas restantes — difíceis de
abordar dentro dos limites da biologia de hoje — e ir além de todas as limitações da
biologia.
Assim, a ideia é atravessar a Ponte Um agora, para estarmos vivos e saudáveis
quando as revoluções da biotecnologia e da nanotecnologia puderem ser
usufruídas.
Nosso objetivo é viver o bastante para viver para sempre.

Na revista Enlightenment Magazine foi publicado um artigo intitulado Chasing an


interview with Ray Kurtzweil (Perseguindo a Imortalidade, uma entrevista com Ray
Kurtzweil) escrito por Craig Hamilton.
Nele Kurtzweil prevê a criação de nanorobôs do tamanho das células sanguíneas
inundando o corpo humano, reparando artérias, células cerebrais, ossos e
músculos.
Esses robôs microscópicos destruirão doenças e reconstruirão nossos órgãos.
Ele prevê que será possível baixar pela internet modificações no DNA.
Kurtzweil chega ao ponto de prever que, um dia, os seres humanos não precisarão
de um coração para viver.
Kurtzweil lhe parece um maluco excêntrico?

Além das impressionantes credenciais dele, a capacidade de Kurtzweil de apontar


tendências científicas foi bem estabelecido no seu primeiro livro, The Age of
Intelligent Machines (A Era das Máquinas Inteligentes) publicado em 1990.
Ele previu que uma rede global de computadores emergiria em um futuro próximo.
Levou uns três anos para que a vasta rede mundial (world wide web ou www) e a
internet transformassem o nosso mundo, confirmando a sua previsão.
Ele também previu que um computador poderia derrotar um campeão de xadrez
por volta de 1999. E foi em 1997 que o grande mestre de xadrez Gerry Kasparov
foi derrotado pelo supercomputador da IBM chamado Deep Blue.
Então podemos nos perguntar para que precisamos da cabala, se temos Kurtzweil?
Se a ciência vai realizar o truque da imortalidade, por que perder tempo com uma
antiga tecnologia que põe a ênfase no comportamento humano e não em máquinas
inteligentes e robôs microscópicos que farão tudo por nós?
Em outras palavras, se posso usar nanorobôs para construir TVs e vídeos gigantes,
aparelhos de DVD, carros esporte e piscinas, e programá-los para fabricar comida
para comunidades carentes pelo mundo, assim como reconstruir todos os órgãos do
corpo humano, para que necessitamos da cabala?
Qual a diferença entre a nanotecnologia científica e a cabalística?
A resposta envolve dois aspectos.

O primeiro se encontra em um conceito cabalístico de quatro mil anos de idade,


conhecido como As Quatro Fases.

As quatro fases
As Quatro Fases, de acordo com os antigos cabalistas, operam em todos os níveis
da existência.
Não há nada em nosso mundo que não passe por elas antes de manifestar-se na
forma física.
As Quatro Fases são as seguintes:
Fase Um: O potencial do potencial.
Fase Dois: A concretização do potencial.
Fase Três: O potencial da concretização.
Fase Quatro: A concretização da concretização.
Como exemplo de como funcionam As Quatro Fases, vejamos como se constrói um
edifício.

A construção de um edifício
Fase um: O potencial do potencial
Um investidor resolve construir um grande prédio de escritórios em Manhattan.
Embora ele veja em sua mente o edifício já construído, o prédio só existe na
consciência, no estado não físico de puro pensamento.
Esse é o nível de puro potencial.

Fase dois: A concretização do potencial


O investidor começa a dar início e a desenvolver seu conceito original.
Contrata um arquiteto para desenhar as plantas para a construção do edifício.
As informações nas plantas do edifício ainda representam a consciência, a fase do
edifício no nível de pensamento.
Entretanto, o pensamento está evoluindo.
Seu potencial está sendo expresso e concretizado no papel.
O pensamento agora existe em duas dimensões — na consciência e na planta física.

Fase três: O potencial da concretização


Assim que as plantas para a construção do edifício estiverem prontas, toda a
matéria-prima para a construção do prédio é comprada e enviada para o local da
construção.
Isso inclui as vigas de ferro, concreto, fiação, encanamentos, argamassa, tijolos,
vidros, janelas etc.
Todos esses elementos físicos aparecerão ao final na concretização do prédio.
O conceito de um edifício pronto está agora no estado de potencial físico, oposto ao
estado de potencial mental.

Fase quatro: A concretização da concretização


O prédio está pronto.
O investidor dá uma entrevista coletiva à imprensa e apresenta ao mundo a torre
de escritórios construída.

Tudo em nosso mundo físico passa por essas Quatro Fases.


O que inclui a criação de um negócio florescente, ou um casamento bem-sucedido,
ou a produção de um filme de Hollywood de grande sucesso de bilheteria.
As Quatro Fases também são visíveis na falência de um negócio, no fim de um
casamento e no fracasso de um filme de Hollywood.
Surge, então, uma questão óbvia: O que determina que a Fase Quatro seja um
sucesso, um fracasso ou alguma coisa entre os dois?
A resposta a essa pergunta se encontra na Fase Um.

Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 19

O Caminho para o Antes Impensável – Parte 2

O Poder da Fase Um
Pelo fato de a Fase Um conter tanto o germe original do pensamento como também
a sua manifestação final, ela contém dentro de si todas as outras fases, ou seja, as
Fases Dois, Três e Quatro!
O pensamento original do investidor não era o de criar uma planta na Fase Dois.
Nem era o de comprar as toneladas de concreto e quilômetros de fios e
encanamentos da Fase Três.
O pensamento original do investidor era uma imagem do edifício pronto e ocupado
por inquilinos de alto nível financeiro, pagando aluguel pela ocupação do espaço
disponível.
Isso nos leva a um grande princípio da Cabala:
O fim está sempre contido no início ou
A causa sempre contém o efeito
A Causa no caso da construção do prédio foi o pensamento inicial do investidor.
Da mesma forma, o Efeito — o prédio pronto — estava também presente na
consciência do investidor.
Quando observamos a maneira como as coisas funcionam na natureza, podemos
começar a compreender o seguinte conceito cabalístico: a semente de uma maçã
contém a raiz, o tronco, os galhos e a fruta final da árvore completa.
Mas por que esse princípio é tão importante?
Existem duas razões criticamente importantes pelas quais esse processo deveria
ser compreendido:
1. A Fase Um determina se a Fase Quatro será um grande sucesso ou um tremendo
fracasso.
2. Para que a nanotecnologia cabalística funcione, devemos cessar a Fase Um se
quisermos modificar as fases subsequentes e obter um novo resultado na Fase
Quatro.
Se um jardineiro plantar uma semente de maçã defeituosa, o resultado será uma
árvore inevitavelmente defeituosa.
Isso é simplesmente Causa e Efeito.
Se o jardineiro plantar uma semente saudável, pode-se esperar que nasça uma
árvore saudável.
O aluno de cabala, praticante da nanotecnologia cabalística, deve ter sempre em
mente que é a Fase Um que determina o sucesso ou o fracasso.
Todo o restante que vier a emergir nas fases subsequentes é meramente o Efeito
da semente da Fase Um.

O Segredo da Fase Um
Quando se altera um galho de uma árvore, só ele é afetado. Mas se modificarmos
uma semente, tudo é afetado: a raiz, o tronco, o galho, a folha e o fruto final!
Isso é o máximo de controle.
É o único meio para efetuarmos uma mudança genuína em nosso mundo e em
nossa vida.
E do ponto de vista do Zohar, o nível máximo, o da semente, a Fase Um, nunca é
encontrado no nosso mundo físico.
Tudo o que é físico começa primeiro no estado conhecido como consciência.
A Fase Um é pura consciência.
Antes que os irmãos Wright inventassem e produzissem o primeiro avião, ele já
existia na forma de pensamento. Antes que N. J. Conte inventasse o lápis, em
1795, ele ¡á era uma ideia na cabeça dele.
O mesmo aconteceu com Willis Carrier, que construiu o primeiro aparelho de ar-
condicionado, em 1902, o qual surgiu primeiro em sua mente como um conceito.
Os sucrilhos da Kellogg's não apareceram magicamente numa tigela de leite.
A ideia dessa marca de cereal surgiu como uma inspiração na cabeça de William
Kellogg, em 1906.
Arthur Wynne de Liverpool sonhou primeiro com a ideia das palavras cruzadas,
antes que a sua invenção surgisse concretamente num jornal, em 21 de dezembro
de 1913.
A consciência é sempre a semente e a Causa por trás das manifestações físicas.
Qualquer aparição física é apenas o Efeito.
Tudo começa com a consciência, no mundo do imaterial.
Essa verdade está bem diante de nossos olhos, mas estamos cegos a ela.

O "X" da Questão
Aqui se encontra a limitação crítica da versão científica da nanotecnologia.
A nanotecnologia científica, ao contrário da cabala, não leva em consideração a
Fase Um.
E a cabala nos mostra, como aprendemos nestes textos, que o próprio átomo é
composto de consciência.
E desejo e elétron em nosso corpo são uma única e mesma coisa, como dissemos
repetidas vezes ao longo destes textos.
São simplesmente dois nomes diferentes dados a uma única força.
A partícula subatômica que chamamos elétron é simplesmente a consciência
receptora na forma física.
Pense nela como "consciência congelada".
A versão científica dos nanorobôs, que são capazes de efetuar reparos, lida com o
elétron na Fase Dois ou com o átomo na Fase Três.
Mas, se lidarmos com a consciência não física, que é a Causa por trás do elétron,
estabeleceremos controle sobre todo o mundo físico, e poderemos, assim,
determinar os Efeitos que se manifestam em nossa realidade física.

O Problema da Fase Um
Como já discutimos, noventa e nove por cento do tempo nossos atos têm origem
no ego e nos comportamentos reativos.
Não estamos sequer cientes da existência do Adversário.
Acreditamos que as influências do Adversário são nossos próprios pensamentos.
Assumimos a propriedade desses pensamentos e desejos porque não estamos
cientes da presença independente do ego em nossas vidas.
Assim é que todas as nossas atividades são motivadas por interesse próprio.
Algumas vezes isso é o óbvio ululante, mas na maior parte do tempo, é tão sutil
que nos engana.
Desse modo, cada ação que praticamos, cada empreendimento que começamos,
seja em um relacionamento pessoal ou profissional, está enraizada no ego e no
interesse próprio.
O ego se infiltra na Fase Um.
E o ego não produz Luz; ao contrário, produz separação.
Dessa maneira, em algum lugar mais adiante, nas Fases Dois, Três ou Quatro,
fracasso ou caos se materializarão em nossas vidas.

Doença e Enfermidade: O Espaço como Culpado e a Consciência como


Causa
De acordo com o Zohar, a doença em um corpo ou em um negócio ou em um
relacionamento pessoal, é causada pela consciência — e por nada mais.
Ou seja, a origem se encontra na Fase Um.
Foi a consciência negativa egoísta que criou cigarros, radiação nuclear e lixo tóxico.
E é a consciência negativa que enfraquece o nosso sistema imunológico e nos torna
vulneráveis às fontes externas de negatividade.
Quando tratamos uma questão de saúde apenas nas Fases Dois, Três e Quatro,
estamos simplesmente deslocando e, de modo nenhum, curando o problema.
E o fazemos porque não conseguimos cortar o mal pela raiz.
Instituímos um mecanismo para lidar com a doença, mas não curamos o nosso
mundo das doenças que trazem tanta dor à nossa vida.

A promessa da Nano Cabalistica


As maravilhas da nanotecnologia serão alcançadas através do poder de nossos
pensamentos.
Quando nossa consciência estiver completamente livre do Adversário, quando
tivermos erradicado completamente o egoísmo de nosso ser, nosso pensamento e
nossa consciência penetrarão livremente na matéria e poderão motivá-la.
Nossa consciência irá interagir e se comunicar instantaneamente com cada átomo
em cada objeto.
Faremos parar o processo de deterioração com o poder de nosso pensamento,
porque ele é a suprema fonte da realidade.
Removeremos o espaço entre os átomos em nossos corpos, e garantiremos que
eles se mantenham de mãos dadas para sempre.
Nossos pensamentos consertarão nossos rins.
Irão regenerar os nossos corações.
Desencadearemos o poder total de nossos cérebros.
Teremos a capacidade de usar nossos pensamentos para ¡untar os átomos em
moléculas no ar e formar alimentos, carros ou qualquer outra coisa que
desejarmos, porque será simplesmente uma forma congelada de consciência.
Entretanto, esse poder de manifestar os pensamentos de forma física só se
materializará quando o Adversário for removido cem por cento de nossa consciência
e não antes.
Quando nossos pensamentos e nossa consciência estiverem realmente interessados
apenas em servir ao próximo e atender aos interesses dos outros, esse poder será
liberado dentro de nós.
Ame o Próximo é o pré-requisito único para permitir que o gene de Deus, a
consciência de "Deus", floresça dentro de nós.

A Suprema Válvula de Segurança


Nunca precisaremos nos preocupar com pessoas abusando do ilimitado poder da
nanotecnologia cabalística para criar armas de destruição em massa.
As pessoas não abusarão desse poder para obter riqueza material para si próprios e
dominar os outros, porque o poder total da consciência humana só será liberado
quando todo e qualquer sinal de egoísmo e de natureza reativa forem erradicados
de nosso ser.
Essa mudança dramática na consciência humana precisa ocorrer primeiro.
É por esse motivo que até agora a Humanidade não descobriu esse poder.
Desenvolveremos o poder da mente sobre a matéria, assim como a nanotecnologia
cabalística, na proporção direto da quantidade de transformação que realizarmos
em nossa vida.
Conforme afirmei no início destes textos, quando, neste mundo, o Recipiente
remover de si mesmo cada grama de egoísmo, cada traço de ego de sua natureza,
o Gene de Deus será ativado para a vida.
Nesse momento entenderemos, apreciaremos, valorizaremos e reconheceremos a
ilimitada alegria e o poder que o verdadeiro compartilhar proporciona. Então,
ofereceremos amor e amizade incondicionais, porque saberemos (não apenas
acreditaremos) que isso nos dará controle total sobre cada elétron, próton e
nêutron em nossos corpos e no Universo.
Quando o corpo (Desejo de Receber) estiver em um estado constante de
compartilhar, os átomos que o formam, ao compartilharem seus elétrons,
estabelecerão um estado constante de ligação.
Os átomos permanecerão ligados para sempre, continuando uma dança que nunca
terminará.
A dança de compartilhar elétrons dará origem à dança sem fim da vida.
Infelizmente a grande maioria das pessoas não tem a menor ideia de que essa
transformação é o propósito da vida.
Noventa e nove por cento do mundo não tem consciência de que aprender a
compartilhar e cuidar uns dos outros, vencendo nossos interesses pessoais e o ego,
é a própria razão de nossa existência.
O mundo até agora não conseguiu se conscientizar de que amarmos
incondicionalmente os demais e nos comportamos de maneira gentil com eles libera
o impressionante poder da consciência e da nanotecnologia cabalística. E talvez o
mais surpreendente é que não tenhamos ainda conseguido entender a ideia de que
Ganância Iluminada deve ser a única motivação por trás de nossos atos de
tolerância e dignidade humana.

A Arma do Tempo
Astutamente, o Adversário vem nos ludibriando através dos séculos, escondendo de
nós essas extraordinárias verdades.
Inteligentemente, ele associou a ideia de moral, ética e religião organizada ao
comportamento de compartilhar.
E o que vimos?
Pessoas corruptas lucrando e as honestas perdendo.
Mas esse também era um truque.
O Adversário simplesmente usou o conceito de tempo para criar a ilusão de que o
bom comportamento não vale a pena.
O tempo separa a Causa do Efeito. Cria distância entre o crime e sua consequência.
Produz um atraso no recebimento do prêmio pela resistência efetuado, coloca uma
venda em nossos olhos e nos faz acreditar que o egocentrismo leva ao sucesso e
que a bondade leva a um beco sem saída.

Ligando os Pontos
O Adversário elaborou muito bem todo o seu plano de ação.
Nos cegou, impedindo-nos que víssemos como a vida realmente funciona.
Em outras palavras, quando reagimos, não vemos as repercussões imediatas de
nossas ações.
Em vez disso, nosso ego recebe uma infusão agradável de energia, oferecida a nós
pelo Adversário.
Ou ganhamos algum prêmio material.
É assim que nosso hábil Adversário nos impede de ver que há um carma negativo
vindo em nossa direção como resultado de nosso comportamento reativo, o qual
criou mais separação entre a Luz e nós.
Infelizmente, não detectamos de imediato essa escuridão a mais, porque o
Adversário nos dá alguma Luz temporária para nos desequilibrar.
Usa o tempo para atrasar a chegada da escuridão.
Pode levar alguns meses ou vários anos, mas, depois de agirmos reativamente, a
escuridão e o caos, de alguma forma, chegarão às nossas portas inevitavelmente.
Quando esse momento surgir, a maioria das pessoas não saberá ligar os pontos e
entender a relação entre a súbita chegada do caos e os seus comportamentos
egocêntricos precedentes.
Assim, acreditamos erroneamente que a vida é moldada por forças aleatórias como
o caos e a pura sorte.
Pensamos que tudo em nossa existência se trata de ciclos e de chegar a um algum
acordo com relação ao que a vida nos pode oferecer.
Em alguns anos de nossas vidas experimentamos boa sorte; em outros, os ciclos
mudam e passamos por distúrbios e conflitos.
Acreditamos, então, que a vida é assim mesmo e nos tornamos ainda mais
indulgentes com nós mesmos em outras áreas de nossa vida, para compensar o
caos.
A vida, dessa forma, passa a ser um círculo vicioso do qual não podemos mais
escapar.
Quando esse caos se torna sério demais, tentamos colocar nossa vida em ordem.
Infelizmente fomos condicionados a nos ocuparmos à toa com as Fases Dois, Três e
Quatro.
Terminamos culpando os outros por circunstâncias que estão "fora de nosso
controle", vendo a nós mesmos como vítimas indefesas, simplesmente porque não
conseguimos perceber que a nossa consciência da Fase Um é a causa fundamental
de toda nossa desgraça.
Meu mestre sempre me dizia que a coisa mais difícil é assumir a responsabilidade
pelo nosso próprio caos.
O Adversário sempre nos fará apontar o dedo para todos e para tudo, exceto para
nós mesmos.
Tanto um ativista verde como alguém que polui o planeta têm a mesma consciência
reativa inerente. O fato de que um possua boas intenções e outro não, nada tem a
ver com isso.
Como diz o ditado: O caminho para o inferno está cheio de boas intenções.
Quando um deles, ou ambos, puderem admitir que o Adversário existe, passarão
no teste da verdadeira consciência.
Se eles se comprometerem a trabalhar para remover o Adversário de suas
naturezas, erradicando o interesse próprio e o ego de todas as suas ações ao longo
do caminho, estarão mudando o mundo, por estarem mudando a si mesmos.

Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 20

O Caminho para o Antes Impensável – Parte Final

A Bala Mágica
A ciência sonha com uma bala mágica, um tiro certo, que possa atingir
especificamente uma célula cancerosa sem causar danos às outras células do
corpo.
A cabala já dispõe dessa bala.
Chama-se assumir a responsabilidade pelo que acontece!
Quando nos responsabilizamos por cada pedaço de caos em nossa vida,
reconhecemos que nossa consciência é a causa de nossa má sorte, ou até de nossa
boa sorte, ou seja, que tudo depende de nós.
Uma vez que tenhamos assumido essa consciência de responsabilidade, no lugar de
sofrer emocionalmente ou fisicamente, estaremos operando na Fase Um.
Quanto mais nos responsabilizarmos e quanto mais focados estivermos em nosso
alvo, maiores serão as nossas chances de obtermos uma cura verdadeira.
É claro, tudo isso é mais fácil de dizer que de fazer.
O Adversário lhe dirá que a chave da vida que você leva está na comida que você
come, ou no ar que você respira, ou em algum fator genético.
Ele provavelmente lhe dará mil e uma razões pelas quais a solução não pode ser
algo tão simples quanto a sua própria consciência: pensar dessa maneira é
simplesmente fácil demais, simples demais; é ingenuidade, falta de praticidade e
irresponsabilidade.
Claro, é tentador aceitar esse argumento, pois ele sagazmente nos isenta de toda a
responsabilidade.
A consciência de ser vítima nos livra de repreensões.
Ser vítima é muito mais fácil, pois nos permite conservar nosso ego.

O Engano do Pensamento Positivo


Não se deixe enganar pelo senso comum e atraente do poder do pensar
positivamente quando falamos do papel da consciência em criar e controlar a nossa
realidade.
Não são os pensamentos negativos os causadores de nossos problemas.
São os pensamentos egoístas.
Você pode ter pensamentos positivos o dia todo sobre todas as coisas maravilhosas
que quer receber da vida. Isso também é perigoso.
Por quê?
Porque você está operando no modo receptor: tudo tem a ver comigo!
Pensar positivamente em realizar os nossos desejos autocentrados representa o
lado escuro da Lei da Atração.
Se direcionarmos nossos pensamentos positivos para Receber Apenas para Nós
Mesmos, receberemos itens materiais, mas a sua fonte será o Adversário, pois
teremos atingido uma forma semelhante à dele.
Ao mesmo tempo, essa consciência terá criado espaço entre nós e a verdadeira
Fonte de felicidade — a Luz do Criador —, porque teremos nos colocado em
oposição à Força positiva de compartilhar.
Estaremos apenas recebendo.
Inevitavelmente, cedo ou tarde, o caos reaparecerá em cena.
A Lei da Atração pode ser usada para os nossos próprios fins ou pode ser usada
com o único objetivo de servir às necessidades e aos desejos do próximo.
Uma abordagem conduz à morte, a outra à imortalidade.
Uma abordagem é governada pela ganância sem sentido e a outra pela Ganância
Iluminada.

As Ligações do Compartilhar
Quando enfrentamos um problema e nosso pensamento é: "Que sofrimento terei
causado à outra pessoa para que esse meu problema se manifestasse?", chegamos
à Fase Um.
Encontramos o nível impalpável, imaterial, da Causa de todas as causas físicas.
Do mesmo modo, quando dizemos: "Quero remover todo o sofrimento que causei a
outra pessoa, para eu receber mais Luz em minha própria vida", estamos utilizando
a Ganância Iluminada para a Alma.
Estamos colocando as necessidades da outra pessoa à frente das nossas.
A cabala diz que podemos ter qualquer coisa e pedir qualquer coisa ao Criador —
desde que coloquemos o bem-estar das outras pessoas à frente do nosso.
Quando colocamos o foco na eliminação de nossas próprias características
negativas, a tecnologia da cabala é ativada totalmente.
Passa a operar a todo o vapor em sua capacidade máxima, corrigindo em primeiro
lugar a nossa consciência e removendo as características egocêntricas que nos
levaram a sermos gananciosos a serviço do ego.
Quando esse aspecto de nossa consciência tiver sido corrigido, o problema deve se
dissolver e desaparecer.
Isso deve acontecer e acontecerá.

O poder de remover espaço


O espaço é o único problema, de acordo com as doutrinas do Zohar.
Quando vi o poder do meu mestre e a sua capacidade de remover todo o espaço
entre ele e seu amigo árabe, oferecendo-lhe bondade incondicional, eu mal sabia
que esse ato de amor era a tecnologia mais profunda à disposição da Humanidade.
Contudo, ela continua sendo a mais difícil de entender e aplicar.

O Supremo Poder do Ame o Próximo

A Ligação Covalente: O Ladrão de Maçãs e o Comerciante

Era uma vez um rei que governava o seu reino com mão de ferro.
Ele tinha boas razões para isso.
A grande maioria dos seus súditos era formada por patifes.
Era uma existência tipo "mundo cão' e cada um por si.
Um dia, um homem de nome Natanael foi apanhado roubando uma maçã.
Ele não era, realmente, má pessoa.
Não era de sua natureza roubar de qualquer um.
Porém, após viver tantos anos entre tantos vilões, ele cedeu ao seu instinto egoísta
essa única vez.
Infelizmente, não foi um bom momento para cometer esse seu primeiro erro.
O Rei resolveu fazer do pobre Natanael um exemplo, para enviar uma mensagem
ao resto do povo.
Natanael foi condenado à morte pelo Rei.
Ele aceitou o seu destino sem nenhuma objeção.
Não tinha a quem culpar a não ser a si mesmo.
O Rei lhe perguntou se ele tinha algum último pedido a fazer.
Ele tinha.
Perguntou se podia ter três dias para acertar uns assuntos em sua vida.
Ele tinha que pagar alguns débitos, devia favores especiais a outras pessoas e
queria se despedir dos seus amados.
Achava que em três dias poderia pôr tudo em ordem.
O Rei, impressionado com a simplicidade com que Natanael aceitou o seu destino e
também com seu senso de responsabilidade, sentiu vontade de satisfazer o último
pedido.
Mas havia um problema óbvio.
O Rei lhe disse: "Se eu garantir a você o adiamento da pena, não terei certeza de
que você volte para cumprir a sua sentença".
Natanael entendeu o dilema do Rei e contestou: "Eu tenho uma ideia. Suponhamos
que eu arranje um bom amigo que fique no meu lugar até eu retornar. Se eu me
demorar, você pode executá-lo no meu lugar."
O Rei achou graça: "Se você encontrar alguém que tome o seu lugar eu lhe garanto
os três dias. Mas se você se atrasar um minuto que seja — eu o enforco".
Natanael pediu ao seu melhor amigo, um comerciante de nome Simão, para ficar
em seu lugar.
Simão conhecia Natanael desde que eram meninos. Ele o amava como a um irmão
e o respeitava muito.
Disse que se sentia honrado para ficar em custódia pelo amigo.
Simão foi algemado e detido, enquanto Natanael se apressava para liquidar seus
negócios.
"Lembre-se", — o Rei gritava — "um minuto de atraso e o seu amigo será
executado'.
Passou-se um dia... mais dois, e Natanael não voltava.
O Rei mandou Simão para a forca.
O carrasco pôs o laço em torno do seu pescoço.
Apertou bem e colocou um capuz sobre sua cabeça.
Subitamente ouviu-se uma voz distante gritando: 'Pare! Pare! Eu voltei."
Era Natanael. "Por favor, eu lhe peço, — suplicou ao Rei. — Tire o laço do meu
amigo. Esse não é o destino dele".
O Rei replicou: "Mas você está uma hora atrasado".
Natanael estava com tanta falta de ar que mal podia replicar: "Deixe-me explicar,
Vossa Majestade. Meu cavalo ficou aleijado. Tive que correr todo o caminho de
volta. Por isso cheguei tarde. Sou eu quem deve morrer e não o meu querido
amigo!"
Simão começou a implorar.
O carrasco removeu o capuz de sua cabeça: "Isso não é verdade. Eu sou o único
que deve morrer hoje. Fizemos um acordo. Além disso, não poderia permanecer
aqui e ver você, meu melhor amigo, morrer diante dos meus olhos, nem poderia
suportar viver sem você. Você se atrasou, portanto sou eu que deve morrer".
Os olhos de Natanael se encheram de lágrimas: "Eu lhe peço, Majestade. Não o
ouça. Não deixe que o meu melhor amigo morra. Fui eu, em primeiro lugar, o
sentenciado à morte, não Simão. Se Vossa Majestade o matar, não serei capaz de
viver com a dor de ver meu melhor amigo partindo desta terra. Eu lhe imploro,
leve-me".
Natanael e Simão continuaram a discutir sem parar sobre quem deveria morrer
nesse dia.
Surpreso, o Rei hesitava.
Numa terra cheia de desordeiros, não estava acostumado a presenciar tais atos de
amizade incondicional. Todavia, uma decisão devia ser tomada.
O Rei podia ser um governante severo, mas era justo, e a justiça tinha que ser
cumprida de acordo com as leis do reino.
"Cheguei a um veredito final", disse o Rei. "Hoje nenhum dos dois morrerá. Percebi
que não importa qual dos dois morresse, estaria matando dois homens.
A sentença original era para um único homem. Sou assim forçado a libertar os
dois".

O segredo codificado nessa narrativa cabalística revela por que se deve amar o
próximo, por que um indivíduo deve colocar os interesses de outro à frente dos
seus próprios: Interesse Próprio Iluminado!
Com base nas leis daquele reino, Natanael estava destinado a morrer.
Quando retornou atrasado, Simão, seu melhor amigo, já se encontrava no patíbulo.
Ambos receberam sentenças de morte, mas ambos evitaram seus destinos ao abrir
mão de todas as inclinações egoístas.
Não havia um único traço de interesse próprio nos seus corações.
Rejeitaram o egoísmo e consideraram apenas o bem-estar do outro,
incondicionalmente, sem segundas intenções ocultas.
Ambos ofereceram os seus próprios corpos (os elétrons) em favor do outro.
E assim, como em uma ligação covalente, os dois homens se tornaram um.
Vendo isso, o Rei percebeu que não poderia matar um sem matar o outro.
Os dois amigos removeram qualquer espaço que pudesse haver entre eles.

Derrubando a Morte
Essa parábola da cabala nos conta algo extraordinário: podemos desafiar as leis da
Terra, incluindo as leis da física e até o destino de morrer, ao compartilhar amor
incondicional, ao remover o espaço que possa existir entre nós e os outros.
Colocar verdadeiramente o bem-estar dos outros à frente do nosso próprio atende
aos nossos próprios interesses.

A Ilusão
O nosso Adversário tem apenas uma função: convencer-nos de que a história acima
é uma agradável narrativa sobre valores morais e éticos, mas que não possui
nenhuma tecnologia que poderia ser aplicada em nossas vidas.
E se você for completamente honesto consigo mesmo, perceberá que dúvidas,
medo e ceticismo podem estar lutando com você neste exato instante.
O Adversário é um ilusionista tão brilhante e inteligente, que nos faz realmente crer
que somos impotentes e incapazes de controlar os átomos com nossas
consciências.
Ame o Próximo não era para ser um preceito religioso ou um mandamento
motivado por um código religioso ou ético.
Nunca foi.
A semente da religião obviamente foi adulterada, porque repetidamente os frutos
da religião têm sido derramamento de sangue, guerras, intolerância e conflitos
entre as pessoas que habitam este planeta.
Mais sangue foi derramado em nome da religião do que por qualquer outra causa
na história da Humanidade.
Com frequência me pergunto quantas vezes uma pessoa precisa continuar a
apostar num cavalo perdedor até ficar esperta.
Mas agora o Adversário responde e protesta, nos dizendo que a religião nos oferece
esperança, o que é verdade: tínhamos esperança de que as coisas mudassem, mas
por alguma razão, não mudaram.
E assim submetemos nosso destino ao meio religioso que há dois mil anos não
consegue erradicar a dor o sofrimento da paisagem humana.
Nos disseram que o Senhor Todo Poderoso trabalha por caminhos misteriosos, e
assim, quando não conseguimos curar as misteriosas doenças em nossos corpos,
ou em nossos negócios, a esperança oferecida pela religião nos permite ir
administrando a nossa dor.
Mas os cabalistas perguntam: Será que isso é vida?
Será que ir administrando a dor, aguardando, esperando encontrar algum alívio,
mas sofrendo durante todo esse tempo, faz parte da intenção original do Criador?
É aí que está o problema com a consciência conhecida como religião organizada.
Ela está baseada em lidar com a dor, administrá-la.
Nos oferece esperança, mas não fornece soluções claras que deem resultados
claros.
Se a "consciência religiosa" pudesse trazer milagres autênticos, teria trazido a paz
mundial há muito tempo. E mais: o milagre não deveria ser como um jogo de
dados, ou seja, algumas vezes recebemos um milagre, outras não.
De acordo com a cabala, ninguém pode fazer um milagre ou realizar uma cura em
você em seu lugar, só você mesmo.
Essa capacidade é um dom que Deus lhe deu, e a responsabilidade por ele é sua.
É a sua herança e o seu destino.
Como aumentar a sua ganância
Quando você perceber que comportamento motivado por consciência é a causa
primária tanto dos seus problemas quanto da sua boa sorte, sua ganância por
felicidade aumentará.
Você estará motivado a se engajar em comportamentos de compartilhar, porque
sabe que vale a pena.
Se não fosse assim, os cabalistas não trabalhariam dia e noite erradicando o
próprio ego e compartilhando com os outros.
A seguinte história pode lançar alguma luz sobre as Leis Universais da vida, e
explicar por que a ganância é a chave para mudar o nosso comportamento.

O rapaz que se tornou rei

Era uma vez um grande rei cuja mulher não podia ter filhos.
A despeito dessa situação infeliz, o casal real vivia uma boa vida.
Governavam o seu Reino com grande compaixão, tratando os seus súditos como
membros de sua própria família.
Quando o Rei envelheceu, sabia que era tempo de preparar um sucessor de valor
para o seu trono.
Assim, ofereceu a todos os jovens do reino uma chance para se tornar o seu filho
adotivo e herdar a coroa real.
Centenas de famílias distintas nas aldeias vizinhas inscreveram seus filhos como
candidatos potenciais.
O Rei sabia o quanto era importante que o jovem possuísse um caráter e um
talento especiais.
Assim, armou um plano pelo qual poderia escolher a pessoa certa para a adoção.
O Rei deu sementes de flores idênticas a cada jovem, com potes de barro de quinze
centímetros, nos quais deveriam fazer crescer rosas em miniatura.
O rapaz que obtivesse o mais lindo buquê de rosas seria o escolhido para ser o
futuro Rei.
Havia um moço de uma família muito pobre que entrou na competição.
Seu nome era Ariel.
Esse pequeno maltrapilho nunca aprendeu a ler ou a escrever, porque sua família
não tinha meios para mantê-lo na escola.
O jovem rapaz tinha que trabalhar dia e noite para auxiliar o seu pai a alimentar a
sua família. Ariel estava realmente empolgado pela competição real.
Agora teria uma oportunidade igual para atingir o maior sonho de todos — tornar-
se Rei.
Ariel deu o melhor de si.
Colocou no pote a terra mais fina e adequada.
Adicionou nutrientes especiais. Regava as sementes com a água mais pura que
podia obter. Banhava-as no sol quente todo o dia.
Mas, infelizmente, nada acontecia.
Ariel ficou perturbado.
Suas sementes não conseguiram brotar.
Nem uma simples haste surgiu no pote com a sua terra preta rica em nutrientes.
Ariel ficou ainda mais perturbado quando visitou outros rapazes na vila.
Todos tinham os seus potes cheios das mais belas rosas vermelhas em miniatura,
em completa florescência. Ariel ficou com o coração partido.
Chegou o momento para julgar o vencedor.
O Rei convocou todos os rapazes ao seu palácio.
Todos os potes com as plantas deveriam ser colocados à vista do público nos
Jardins Reais.
Milhares de pessoas se reuniram para ver quem ganharia a competição.
Em meio ao mar de flores vermelhas flamejantes, o pote de Ariel, para o seu
embaraço, se erguia como um polegar machucado.
O Rei cuidadosamente examinou todas as plantas.
Meticulosamente examinou cada haste, cada ramo e cada pétala.
Subitamente, para completa surpresa de todos — especialmente para Ariel —, o Rei
selecionou o pote vazio!
Como você pode imaginar, os outros rapazes ficaram chocados.
E a multidão, atordoada.
Cochichos e gritos sufocados inundaram os Jardins Reais, mas o Rei levantou a sua
mão para silenciar os seus súditos.
Sorriu e explicou a razão por ter escolhido o pote vazio.
"Propositadamente dei a todos os rapazes sementes defeituosas. De nenhuma das
sementes que eu forneci poderia ter brotado uma única folha. Vi então, um único
rapaz entre vocês, que teve a integridade e a coragem de mostrar a verdade. Essa
é a espécie de valor que é exigida para governar um grande Reino".
Foi assim que Ariel e sua família tornaram-se membros adotados da família real.
E ninguém se surpreendeu quando Ariel tornou-se um sucessor digno de um velho
e sábio Rei.
A vida nos oferecerá tentações e oportunidades sem fim para sermos ásperos,
enganadores ou centrados em nós mesmos.
Se, como Ariel, resistirmos a esses impulsos, ativaremos o poder da
nanotecnologia.
É a nossa consciência que conecta e controla os elétrons, os prótons e os nêutrons
que formam o átomo. Esse é o verdadeiro domínio da mente sobre a matéria.

Uma batalha perdida


Agora, suponha que a sua ganância se expandiu a tal ponto que você se
comprometeu a resistir ao seu ego e abraçar a tecnologia conhecida como Ame o
Próximo. Você leu estes textos e aceita os princípios que ele adota.
Porque, então, ainda é difícil praticar uma ação de resistência?
Por que o Adversário ainda é uma força poderosa e dominante em nossa vida?
Bem, todos podemos ter conhecimento de que seguir uma dieta saudável exerce
um impacto maravilhoso na maneira como nos sentimos diariamente.
Contudo, com frequência, escolhemos alimentos com calorias sem nenhum valor
nutritivo, ou que vão contra um estilo de vida saudável.
Algumas vezes a tentação é simplesmente tão forte que acabamos sucumbindo a
ela.
Saber com certeza que uma tecnologia funciona não é o bastante.
Há ainda alguma coisa faltando.
Como você reúne a resistência e a força de vontade para derrotar o Adversário?
Como obter acesso às profundezas do seu ser para combater o Adversário cara a
cara no próprio terreno dele?
Esse nosso inimigo nos combate no nível da consciência.
Como levar a batalha para esse campo?
Mais uma vez, a nanotecnologia fornece um meio para nos ajudar a entender essa
questão.

Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 21

Os Robôs entram em Cena

Os Nanorobôs
A ciência compreende o problema associado a obtermos acesso ao nível mais profundo do
mundo material, o mundo dos átomos.
É claro que os cientistas não podem tocar ou manipular um átomo com as mãos, ou mesmo
com os instrumentos mais sofisticados.
Assim, eles conceberam a criação de nanorobôs do tamanho de átomos, contendo um
software programado para dirigi-los e guia-los para executar várias funções.
Os cabalistas revelaram um Alfabeto Divino, uma sequência de vinte e duas letras,
semelhantes às do DNA, criadas há quatro mil anos para ajudar toda a Humanidade.
Elas incluem uma tecnologia chamada Os Nomes de Deus.
É claro que Deus não tem realmente vários nomes.
Esses nomes na verdade são códigos, os quais transferem a consciência de Deus para o
nosso mundo físico, da mesma forma que um escritor transfere seus pensamentos e ideias
a outras pessoas ao escrever um livro.
Esses nomes específicos de Deus são como nanorobôs que lutam por nós no nível da
consciência.
Esses vários códigos alfabéticos e fórmulas, ao penetrar no domínio da nossa consciência,
têm o poder de penetrar no mundo de nossos átomos, nos permitindo, assim, combater o
nosso Adversário.
Eles nos ajudam a derrubar o Adversário, enfraquecendo-o e gradualmente eliminando sua
influência negativa sobre nossa consciência.
Claro, essa é uma tarefa difícil e desafiadora, que exige séria meditação, esforço constante
e muita persistência.
De fato, isso é precisamente o que a oração devia cumprir.
Orar, do ponto de vista do Zohar, é uma arma, não um apelo a Deus.
Orar é uma espada, não uma súplica.
É uma arma para ser utilizada na única guerra que realmente importa — a guerra contra
nosso Adversário.
As letras do alfabeto aramaico nos ajudam a erradicar a reatividade.
Toda vez que fazemos um contato visual com um nome divino, simplesmente percorrendo-o
com os olhos ou recitando um verso cabaIístico específico, enfraquecemos o ego.
Os Nomes de Deus expulsam o egoísmo.
Eles ativam a consciência da certeza e da convicção.
Eles nos fornecem a força para resistir e completar a grande tarefa de atingir os cem por
cento de resistência.
Os cabalistas são muito enfáticos sobre o fato de que nunca conquistaremos o Adversário e
nem nos tornaremos capazes de Amar o Próximo, sem essa tecnologia.

Os Nanorobôs de Manipulação e Transformação


Inquestionavelmente, a sequência mais poderosa de letras aramaicas para combater a
consciência reativa do ser humano é a do sagrado Zohar.
De acordo com os antigos cabalistas, o Zohar é a arma mais poderosa que a Humanidade
possui para derrotar o Adversário e elevar a consciência humana.
O Zohar encorpara a oculta Luz da Imortalidade, perdida no Monte Sinai depois do pecado
do Bezerro de Ouro.

O Poder do Zohar
Como abordei anteriormente, Moisés criou um segundo conjunto de tábuas depois que as
primeiras foram quebradas.
Essas segundas tábuas serviam como o Recipiente da energia da imortalidade até o
momento em que a Humanidade merecesse outra oportunidade para atingir o sonho
supremo.
Os cabalistas nos contam que o próprio Zohar é essa oportunidade.
Em suas letras, palavras e versos encontram-se a manifestação física dessa energia de
imortalidade.
O Zohar não é diferente de uma enciclopédia eletrônico armazenada on-line em um domínio
não físico.
A enciclopédia pode aparecer no vídeo do seu computador, ou pode ser impressa em papel.
Em formato de papel pode ocupar cerca de vinte e seis volumes, mas não é o papel que é
valioso para nós; é a informação que ele transmite à nossa mente devido às letras e
palavras impressas em suas páginas.
Não é a tinta líquida que é valiosa, mas o conhecimento que é transferido para a mente do
leitor através das formas produzidas com a tinta.
Se quisermos estudar química ou biologia, a leitura das várias formas em tinta nas páginas
dos livros transferirá para a nossa mente o conhecimento e as informações sobre esses
assuntos.
Esse conhecimento transcende o formato físico das letras impressas com tinta.
Não se trata da tinta.
Nem do papel.
Trata-se de informação não física que é transferida para a nossa mente através do papel e
da tinta.
Tinta e papel são meros cabos de conexão que transferem quantidades sem fim de
informação e conhecimento.
O Zohar funciona como a enciclopédia do exemplo acima, com uma diferença significativa.
Em vez de conter informação e conhecimento, ele contém a Luz e a Energia metafísicas da
Realidade da Árvore da Vida, incluindo a suprema força de energia conhecida como
imortalidade.
A sabedoria no Zohar é apenas o meio de transferência, exatamente como a tinta e o papel
da enciclopédia.
Um Divino Fluxo de Energia é transferido para o leitor em virtude das letras, palavras,
versos e histórias impressos no Zohar.

Os Olhos como Janelas da Alma


O Zohar diz que quando meditamos ou estabelecemos uma conexão visual com as letras de
seus textos, forças de energia inimaginável penetram fundo no núcleo de nosso ser.
Mesmo que não saibamos ler aramaico ou não entendamos o sentido literal do texto.
Os cabalistas históricos — Rav Eliezer Papo e o Rav Chaim Josef David Azulay, neto do Rav
Avraham Azulay — nos contam que um efeito profundo é atingido quando simplesmente
estabelecemos contato visual com o Zohar.
Naturalmente, captar o conhecimento do Zohar nos ajuda a despertar as impressionantes
Forças da Criação.
Contudo, mesmo que você não consiga ler uma única palavra, a simples meditação sobre o
texto gera um fluxo de energia em sua consciência em um nível além de todas as suas
expectativas.
A energia da imortalidade eleva nossa consciência para fora do âmbito onde o Adversário
domina.
Destrói o Adversário, acabando com as suas características reativas profundamente
enterradas na mente subconsciente.
Do ponto de vista tecnológico, não existe outro modo seguro ou exequível de afetarmos os
átomos em nosso corpo.
Dirigindo-se ao nosso ser no nível da consciência, o Zohar e os Nomes de Deus
automaticamente afetam cada átomo, cada molécula e cada célula do corpo, porque a
consciência e os átomos são uma única coisa, a mesma coisa.
Assim, os Nomes de Deus e as palavras impressas nas páginas do antigo Zohar são os
nanorobôs de consciência que, sem dúvida alguma, conduzirão a Humanidade ao seu
supremo destino: a remoção do caos e da morte da existência humana.

O Zohar na História
Infelizmente pouco se sabe a respeito da influência do Zohar através da história. Sir Isaac
Newton o estudou e nele encontrou a fonte de sua grande descoberta: que todas as cores
do arco-íris estão contidas na luz branca.
O Papa Paulo IV autorizou a primeira impressão do Zohar em 1558.
Os muçulmanos do Marrocos, incluindo o finado Rei Hassan II (com quem estudei),
recorreram ao Zohar para ajudá-los a alcançar estabilidade, minimizar o número de vítimas
e chegar a um rápido fim da primeira Guerra do Golfo.
O honorável Reverendo Ezra Stiles, clérigo do Congresso norte-americano, teólogo e
presidente da Universidade Yale de 1778 até 1795, que se correspondia com Thomas
Jefferson e Benjamim Franklin, dedicava diariamente um tempo para estudar os textos do
Zohar, como ele próprio anotou em seu diário.
O reconhecimento do poder metafísico do Zohar vem tanto de cientistas como de
acadêmicos, místicos, filósofos judeus, muçulmanos e cristãos.
Espero com todo o coração que estes textos que você está lendo agora venham finalmente
ajudar a trazer à luz essa verdade para toda a Humanidade.

Os 72 Nomes de Deus

Os 72 Nomes de Deus não são "nomes" no sentido comum da palavra, são uma tecnologia
de ponta.
Tocam profundamente a alma humana e são a chave para nos livrarmos de depressão,
estresse, estagnação, raiva e muitos outros problemas físicos e emocionais.
Os Nomes representam uma conexão com a corrente espiritual infinita que flui através do
Universo.
Quando reunimos corretamente essas fontes de poder, nos tornamos capazes de alcançar o
controle sobre nossa vida e transformá-la para melhor.
Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 22

Fale com o Átomo – Parte 1

O lado escuro dos Nanorobôs convencionais


A própria ciência admite que a versão de nanorobôs por ela apresentada traz
muitos riscos para a Humanidade.
A razão é clara quando vista através das lentes do Zohar.
Os Nanorobôs concebidos pela ciência são apenas o Bezerro de Ouro reaparecendo
em nosso mundo de hoje.
Em outras palavras, esses robôs minúsculos estão sendo programados para
manipular átomos a fim de ajudar a Humanidade a tornar a imortalidade uma
realidade, da mesma forma como os antigos israelitas confiaram no Bezerro de
Ouro para atingir o mesmo objetivo.
Sem dúvida, as duas abordagens — a dos antigos israelitas e a dos nanotecnólogos
contemporâneos — eximem o praticante de qualquer responsabilidade de
transformar a consciência humana e de modificar, assim, a nossa forma de nos
comportar e tratar o próximo.
Um nanotecnólogo brilhante mas motivado pelo interesse em servir a si próprio,
indubitavelmente, estará cometendo o mesmo erro que os israelitas no Monte
Sinai.
Estará, portanto, condenado a falhar, de acordo com a cabala.

Um nanorobô de ouro
Os antigos israelitas não eram tolos.
Ao contrário, eram muito avançados em matéria de tecnologia espiritual, tanto
quanto o somos hoje no campo da tecnologia de computadores.
Assim como uma pessoa há mil anos não tinha como imaginar computadores,
celulares, filmes, HDTV e tecnologias biomédicas, hoje nós não podemos nem de
longe imaginar as tecnologias espirituais existentes no tempo de Moisés.
Os israelitas não eram tão ingênuos a ponto de acreditar que venerar um Bezerro
de Ouro pudesse trazer os mesmos resultados que a revelação de Deus através das
tábuas sagradas.
O Zohar diz que ler essa história da Bíblia literalmente é um absurdo.
O Bezerro de Ouro, da perspectiva do Zohar, não era de modo algum um ídolo.
Era um instrumento altamente complexo, muito mais sofisticado e poderoso do que
mil supercomputadores integrados em um só.
O problema com os israelitas não era a sua tecnologia.
Era a sua falta de vontade de abrir mão da materialidade, de abrir mão da interface
(o Bezerro) que faria, em nome deles, o trabalho de gerar a imortalidade.
Por não fazer o seu trabalho no nível da consciência, o Bezerro de Ouro não era um
"Nanorobô" cabalístico.
Os israelitas queriam fazer uma omelete sem quebrar os ovos.
Ou seja, queriam atingir a imortalidade para atender apenas a seus próprios
interesses, sem assumirem a responsabilidade por seus comportamentos e
interesses egoístas.
Não havia laços de amor incondicional entre os israelitas, não havia a consciência
de cuidar do próximo e compartilhar com ele.
Era o Adversário que estava no controle.
Por essa razão, as Tábuas sagradas foram quebradas, a imortalidade foi perdida e o
flagelo da morte voltou ao cenário da Humanidade.
Se os nanotecnólogos de nossos dias não estiverem motivados para erradicar seu
ego ou para desenvolver cuidado e atenção incondicionais com o próximo, se eles
estiverem motivados somente por buscas intelectuais, lucros corporativos,
interesses próprios, a própria sobrevivência, honra, legado, e um Prêmio Nobel,
então esse modo de consciência nunca conseguirá atingir a imortalidade no
Universo. Estaremos procurando os mesmos atalhos que os antigos israelitas
buscaram.
O Tempo É Agora
O aspecto positivo desse cenário é que se tornou evidente que chegamos ao
momento há muito esperado na história em que a janela da imortalidade se abre
mais uma vez.
Da mesma maneira que a abordagem de Moisés — que era livrar-se do ego — batia
de frente com a abordagem dos israelitas—que queriam manter o ego e utilizar um
intermediário material —, esse mesmo cenário se repete em nossos dias.
O mesmo ceticismo que os israelitas tinham em relação a Moisés afeta os cientistas
— e a todos nós — quando se trata de acreditar que nossa consciência e nosso
comportamento são realmente uma tecnologia de ponta.
A Humanidade não entendeu isso naquela época, e hoje corremos o risco de,
novamente, não entender.
A cabala defende a abordagem de Moisés para a imortalidade — que envolve o
emprego da tecnologia conhecida como Ame o Próximo — porque esse
comportamento é espelhado no mundo atômico e subatômico em cada átomo de
nosso corpo.
Tanto os israelitas como Moisés entenderam que a imortalidade podia ser atingida.
Eles simplesmente utilizaram tecnologias rivais, sendo que uma delas não tinha
qualquer chance de sucesso, ao passo que a outra tinha o seu sucesso escrito no
projeto da Criação.

Então é agora
Hoje, o mesmo conjunto de circunstâncias se apresenta bem diante de nossos
olhos.
Os cientistas abraçaram uma questão que antes era considerada tabu: eles
desenvolveram uma tecnologia para alcançar o fim da morte.
Igualmente, a cabala mais uma vez chega ao cenário mundial, após estar oculta
por milhares de anos, também nos prometendo uma tecnologia que pode ocasionar
a morte da morte.
Poderíamos pensar que a notícia do fim da morte, sendo o objetivo destas duas
tecnologias rivais, a nanotecnologia convencional e a nanotecnologia kabalística,
estaria causando enorme reboliço no mundo inteiro.
Ela deveria estar se espalhando através da mídia mundial, gerando uma excitação e
esperança incontidas. Mas não é assim, graças à eficiência do Adversário.
E infelizmente, até agora os nanotecnólogos vêm trilhando o caminho do Bezerro
de Ouro, trabalhando na criação de robôs para manipular os átomos, em vez de
transformarem as suas próprias consciências.

Nanorobôs fora de controle


A ciência postula que um Nanorobô deve estar equipado com a capacidade de fazer
uma réplica de si mesmo, auto duplicar-se. Isso é necessário devido ao número
inconcebível de átomos em cada centímetro quadrado de nosso corpo.
Trilhões de Nanorobôs seriam necessários apenas para manipular todas as
moléculas e átomos de uma pequena área do corpo humano.
A ciência não tem tempo, ou recursos suficientes, para construir trilhões de
Nanorobôs e acabou chegando à solução engenhosa, mas perigosa, da
autoduplicação.
Ao criar um Nanorobô com a capacidade de fazer uma réplica de si mesmo,
poderíamos rapidamente transformar um em dois e, daí em diante, em quatro,
oito, dezesseis, trinta e dois, sessenta e quatro etc. em questão de minutos e essa
duplicação exponencial criaria bilhões de Nanorobôs. E aí está o risco e o perigo.
Imagine que algo dê errado com o programa de computador dentro desses
Nanorobôs, que o software quebre ou funcione mal.
Esses Nanorobôs teoricamente poderiam continuar a se autoduplicar a ponto de
assolar a Terra, cobrindo-a com o que os cientistas chamam de ecofagia ou "grey
goo".
É um cenário de fim de mundo horrível, que pode acontecer.
O jornalista Philip Bali, especializado em assuntos de ciência, explica a palavra
ecofagia em um artigo publicado no número 2386 da revista New Scientist, de 15
de março de 2003, na página 50:
"Eies a chamam de 'ecofagia global'. Isso significa comer toda a Terra, até você e
eu. Os rumores se referem ao que as nanoestruturas que se duplicam e multiplicam
poderiam fazer, e de acordo com uma estimativa, elas conseguiriam engolir todo o
planeta em apenas três horas".
Imagine os Nanorobôs se duplicando tão velozmente que em apenas cento e
oitenta minutos eles literalmente engoliriam toda a Terra!
Cientistas e políticos levantam a questão óbvia: O que aconteceria se a
nanotecnologia caísse nas mãos de terroristas?
Claramente existe um lado mau na versão científica da nanotecnologia.
Esse lado existe porque a ciência está se voltando unicamente à Fase Dois.
Ela procura a meta final da imortalidade empregando a tecnologia errada.
A Fase Dois se volta apenas para o mundo físico, controlado pelo Adversário.
No mundo do Adversário, o mundo da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal,
cada lado positivo tem também um lado negativo.
Por isso a nanotecnologia apresenta uma promessa tão grande e um perigo
igualmente grande.
Mas no mundo não físico da Realidade da Árvore da Vida, o mundo da consciência,
existe só o lado positivo.
Se controlamos o nível da consciência — a Fase Um — controlamos todo o mundo
físico e consequentemente controlamos o Adversário.
É nesse ponto que se encontra o poder do Zohar e da versão que a cabala dá à
nanotecnologia.

Continua
Tecnologia para a Alma – Parte 23

Fale com o Átomo – Parte Final

Fale

"E fale à rocha diante dos olhos deles e ele dará a sua água... E levantou Moisés a
sua mão e golpeou a rocha duas vezes com seu cajado e saiu muita água, e a
congregação e os seus animais beberam".
Números 20:8, 11

Para aqueles não familiarizados com esse trecho da Bíblia, ele diz respeito ao
evento que aconteceu depois da Revelação no Monte Sinai.
A imortalidade já estava perdida e os israelitas estavam perambulando pelo deserto
suplicando por água.
Deus instrui Moisés a falar a uma rocha diante de todos os israelitas, fazendo com
que a água fluísse dela.
Surpreendentemente, Moisés não obedeceu.
Ao invés de falar à rocha, ele a golpeou duas vezes com o seu cajado.
Então, a água começou a jorrar.
É dito que Deus então puniu Moisés por desobedecer ao Seu comando.
A punição era a de que ele não poderia entrar na Terra de Israel.
E assim, no final, Moisés morre e é enterrado em um túmulo desconhecido, fora da
Terra Santa.
O Zohar decodifica essa história, dizendo que a água nunca fluiu da rocha.
A Bíblia, em um nível mais profundo, não estava de modo algum se referindo à
água de beber.
A água é uma metáfora da sabedoria, da energia divina e da tecnologia da cabala.
O Zohar afirma:
"Da rocha, ao segundo golpe, as gotas de água começaram a sair. Essas gotas de
água são os sinais da sabedoria, sinais da sabedoria da cabala."
Zohar, vol. 22, 16:73

Não era água que estava fluindo da rocha, era, na verdade, a impressionante
energia e o poder da cabala.
O Zohar continua, explicando que da rocha saíram gotas de água e não uma onda.
Por quê?

A segunda chance no paraíso


Os mestres cabalistas da história nos contam que Moisés, na verdade, não
desobedeceu a Deus.
E Deus na verdade não puniu Moisés, impedindo-o de entrar na Terra Santa.
Moisés representa Zeir Anpin ou a Realidade da Árvore da Vida.
A expressão Terra de Israel é um código para o mundo físico ou a dimensão de
Malchut.
O significado interno dessa história incomum diz respeito ao nosso mundo físico e à
sua incapacidade de se conectar com a Realidade da Árvore da Vida para chegar à
imortalidade (o que é representado por Moisés não conseguindo entrar na Terra
Santa).
A questão a ser levantada é:
Por quê?
Por que Moisés não conseguiu entrar na Terra Santa?
Por que nossa Terra física é ainda incapaz de se conectar com a Força da Luz do
Criador?
A resposta a essa pergunta pode ser encontrada nos atos de Moisés.
Deus disse a Moisés para falar à rocha. Moisés preferiu golpeá-la.
Esse ato é um reflexo da consciência dos israelitas — não da consciência de Moisés.
Falar à rocha não é uma ação física.
Falar é um subproduto da consciência, é o pensamento se expressando por
palavras.
Deus disse a Moisés para usar o poder da consciência para conectar este Universo
com a Força da Luz da Árvore da Vida.
Mas os israelitas se recusavam ainda a abrir mão da consciência do ego.
Então, Moisés usou a ação física — golpeando a rocha com o seu cajado — para
fazer surgir a Luz da Imortalidade (gotas de água saindo da rocha).

Fale. Não golpeie


A cabala nos convoca a falar com o átomo e não a golpeá-lo.
Os nanorobôs convencionais são projetados para atingir o átomo diretamente, para
manipulá-lo com o objetivo de reconstruir tecidos do corpo, células e órgãos.
Mas essa espécie de consciência física nunca atingirá o objetivo supremo. Devemos
falar ao átomo através do poder de nossa consciência.
Falamos ao átomo ao transformarmos nossa consciência de receber centrado em
nós mesmos em simples compartilhar.
Usando o Zohar e os Nomes de Deus, podemos ativar nada menos do que a
impressionante Força da Luz do Criador em nossa consciência, nosso corpo e nossa
alma.
E então, a nossa consciência passa a falar com todo e qualquer átomo, porque a
nossa consciência e os nossos átomos são a mesma coisa, uma única coisa.
Cada vez que abrimos uma página do Zohar ou meditamos sobre os Nomes de
Deus, usamos a consciência para literalmente penetrar em cada átomo (partícula
de consciência) que permeia o nosso ser e, dessa maneira, enfraquecer o poder do
Adversário.

Com os Olhos
Para aqueles que não sabem ler ou falar a língua do Zohar, a meditação visual é
semelhante ao ato de falar com os átomos.
Sabemos que esse é um grande e poderoso segredo, porque o encontramos
confirmado tanto pelo Zohar quanto pela Bíblia no que diz respeito à Revelação que
aconteceu no Monte Sinai.
A Bíblia nos diz que os israelitas que testemunharam esse grande evento realmente
enxergaram os sons associados com a Revelação Divina:
"E todo o povo viu os sons."
Êxodo 20:18
O Zohor desenvolve esse conceito radical ainda mais.
O Zohar diz que enquanto a energia divina fluía das Tábuas depois de percorrer
todas as dez dimensões, as palavras proferidas por Deus produziram um som
trovejante que realmente poderia ser visto pelos Israelitas.
"O som foi dividido em setenta sons, todos eles iluminados e cintilantes aos olhos
de todos os israelitas, que viram o Seu esplendor com seus olhos."
Zohar, vol. 11, 33:368
Aqui se encontra um dos grandes segredos por trás da ideia de apenas
escanearmos, ou seja, simplesmente passarmos os olhos sobre os textos bíblicos e
cabalísticos, em particular o Zohar, conhecido como o Livro do Esplendor.
Nossos olhos têm o poder de ver sons, perceber as ondas energéticas e as
vibrações criadas pelas próprias letras e palavras utilizadas para formar um som.
Enxergar os Nomes Divinos e os textos sagrados do Zohar é também falar,
pronunciar os seus sons.
Assim, cada um de nós deve falar aos nossos átomos — e não golpeá-los — ao
tentar restaurar nossos corpos e almas ao seu estado natural de bem-estar.
Toda vez que nos comportamos com consciência egocêntrico, estamos golpeando
nossos átomos, enfraquecendo as suas ligações e tornando-os mais suscetíveis às
influências negativas de nosso ambiente: o ar tóxico que respiramos, os alimentos
não saudáveis que comemos e as águas contaminadas que bebemos.
Toda vez que tratamos um sintoma, estamos golpeando o átomo.
Desse modo, estamos apenas liberando gotas de energia em vez de um constante
fluxo de Luz.
Fale ao átomo — não o golpeie!
Através da tecnologia de Ame o Próximo e utilizando ferramentas como o Zohar,
podemos recuperar o controle sobre nossos pensamentos e, por sua vez, sobre
nossos corpos e almas.

Falando Praticamente
Resistir a um mero ato de egoísmo a cada dia de nossa vida é falar aos nossos
átomos nos níveis mais simples. Resistir a um impulso de gritar com um ser
amado. Resistir ao reflexo natural de praguejar contra aqueles que nos ofendem ou
machucam. Resistir a perder a cabeça, mesmo que seja justificado fazê-lo.
E, mais importante, falar aos nossos átomos significa reconhecer a existência e a
influência do Adversário.
Isso é extremamente difícil para o ego.
Essa é a pista que indica que conseguimos identificar o verdadeiro culpado.
É assim que elevamos a nossa consciência.
Isso é consciência.
Ela se eleva à medida que nos forçamos a pensar nos outros, a ter consideração
por eles, embora cada impulso em nosso corpo nos diga para fazer o contrário.
Se pudermos perceber o ego em nossos atos, questionar nossos motivos, ver nosso
interesse pessoal oculto e, pelo menos, nos empenharmos em mudar nosso
comportamento em pequenas porções a cada dia, estaremos dando gigantescos
saltos quânticos.
Em vez de colocar nosso foco em sermos mais espertos, ou termos mais razão
numa briga ou discussão, nosso objetivo passa a ser identificar nossa resposta
voltada para nossos próprios interesses.
Afinal de contas, nosso objetivo na vida não é ganhar a discussão ou ter razão.
É revelar a Luz por meio da resistência.

O fruto contém a semente


Não tenha dúvida de que a meta final de felicidade eterna será atingida
independentemente de nosso comportamento.
No momento em que o Criador decidiu conceder felicidade sem fim ao Recipiente, o
fato estava consumado.
O resultado final já estava presente no Pensamento Original.
Apenas o tempo cria a ilusão de que não chegamos ainda a esse momento
predestinado.
O tempo existe para nos dar o livre-arbítrio, o qual nos permite ganhar um mérito
que só nos é creditado quando cumprimos uma tarefa com nosso próprio esforço.
Atingiremos nosso destino, seja através de sofrimento inexprimível, como estamos
fazendo há milhares de anos, seja dirigindo a luta para dentro de nós mesmos,
combatendo os nossos próprios impulsos egoístas, por meio da autêntica
nanotecnologia, um caminho cheio de incontáveis bênçãos.
No final das contas, ambos levam ao mesmo destino.

Uma Escolha
Simplificando, exercer o nosso livre-arbítrio significa escolher um dos dois caminhos
para o destino final: o caminho do sofrimento para o ego e do amor ao próximo,
ou, então, o caminho da gratificação do ego, acompanhado por um longo período
de caos e sofrimento.
A escolha é nossa.

A chance da imortalidade biológica


Admito estar tremendamente empolgado com os impressionantes
desenvolvimentos que acontecem no campo da nanotecnologia convencional, pois é
um sinal de que estamos à beira de atingir a suprema meta.
A ciência está agora discutindo aberta e seriamente o tópico da imortalidade e
considerando que ela seja possível dentro dos próximos vinte ou cinquenta anos.
Claramente, a ciência está entrando em sintonia com forças metafísicas
imperceptíveis circulando no cosmos, confirmando o que meu mestre já sabia ser
verdade há quarenta anos: que as forças da imortalidade e a revelação da potência
total da Força de Luz estão ao nosso alcance.
Para tornar essa oportunidade manifesta, recebemos a dádiva da cabala, uma
ciência e uma tecnologia antigas que podem nos auxiliar a recuperar o que Moisés
atingiu: a tecnologia para nos conectar à Realidade da Árvore da Vida, e desta vez,
para sempre.
A Bíblia e o Zohar nos dizem, ambos, que no Fim dos Dias, quando a Redenção
Final estiver pronta para se manifestar, todas as pessoas, jovens e velhos,
entenderão o segredo do Ame o Próximo e os mistérios da vida.
O conhecimento e os insights apresentados nestes textos nos fornecem essa
oportunidade.
Pela primeira vez na história da Humanidade o leigo poderá descobrir de onde
viemos, de onde veio o átomo, por que ocorre a morte e como a imortalidade pode
ser atingida através das ligações químicas entre os átomos.
E você é uma prova viva dessa afirmação, pois acaba de descobrir tudo isso.
Inquestionavelmente, chegamos ao momento de nossa Redenção Final.
A imortalidade está aqui, agora.
E o poder está absolutamente em suas mãos.
Se você não sente isso no fundo de sua alma, talvez você deva ler estes textos
mais uma vez.
Se você percebe o poder e os segredos por trás do que acabou de ler, então, tudo o
que tenho a lhe dizer é: o Próximo está à sua espera.

O cumprimento de uma promessa


Antes, nestes textos, prometi compartilhar a solução cabalística para o paradoxo
que exasperou os cientistas Loschmidt e Boltzmann.
Esse é o cerne do nosso texto conclusivo, que é talvez, o mais importante de todos.

Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 24

A Bomba (Um Paradoxo Resolvido) – Parte 1

A solução na semente
Estou propositadamente tentando emular o espírito da ciência na tentativa que faço
a seguir de reduzir a sabedoria da cabala aos seus elementos mais simples.
Se eu for bem-sucedido, isso deverá dar início a nada menos do que um tremendo
movimento popular cujo único objetivo será o de nos levar à derrocada inequívoca
da morte, ao fim de toda infelicidade e ao advento da imortalidade.
Pois, se você fizer uma tentativa sincera de compreender as verdades simples da
cabala aqui resumidas — provas lógicas que conciliam a ciência com a cabala — a
Causa e o propósito de toda a realidade se tornarão evidentes por si mesmos.

Origens
Sempre houve, ao longo da história da Humanidade, um ardente e contínuo debate
a respeito da verdadeira natureza da realidade.
Atualmente, muitos físicos sustentam que no coração do Universo encontram-se
partículas subatômicas exóticas, ou cordas em vibração.
Outros, como o matemático e astrônomo Sir James Jeans, têm uma visão
diferente:
"O Universo começa a parecer mais com um grande pensamento do que com uma
grande máquina."
Iremos agora empregar o raciocínio cabalístico para descobrir a causa suprema da
realidade, e desse modo responder à pergunta mais importante já feita em todos os
tempos e que tem obcecado a Humanidade desde épocas imemoriais.

O Pensamento da Criação
A cabala tem sido frequentemente descrita como a mais abrangente ciência de
Causa e Efeito conhecida pelo homem.
Empregando a antiga regra cabalística de Causa e Efeito, vamos desvendar de uma
só vez os mistérios em torno da natureza da realidade e a causa de toda a
existência.
Tragicamente, quando se considera a quantidade de sangue derramado, de
conflitos e de dor que esse tópico tem causado, a simplicidade da lógica por trás da
resposta é realmente desconcertante.
E esteve diante de nossos olhos o tempo todo.
A regra primária da Ciência da Causa e do Efeito estabelece o seguinte:

A Causa sempre contém o Efeito, e o Efeito sempre contém a Causa.

Vamos examinar mais de perto o primeiro aspecto dessa regra.


Uma semente de maçã —a Causa —sempre contém no seu interior toda a árvore: o
Efeito.
Não conseguimos ver o Efeito Final observando a Semente Original, muito embora
a árvore completa esteja nela contida.
Vamos examinar agora o segundo aspecto dessa regra.
O Efeito sempre contém a Causa.
O estado final de uma árvore de maçã é, inevitavelmente, a maçã que pende de um
galho. Dentro da maçã encontramos o Efeito Final: outra semente de maçã.
Daí, o Efeito Final (a semente de maçã) contém a Causa Original (a semente
original da maçã).

O Desaparecimento da Semente Original


A Causa original da árvore — a semente — desaparece quando a
árvore se materializa.
Não percebemos mais a Semente Original (a Causa) com nossos cinco sentidos.
Entretanto, é possível encontrar a Causa dentro do Efeito Final.
E veja só o que acontece!
Outra semente de maçã está contida dentro da maçã!
Portanto, estudando o Efeito Final é possível caminharmos para trás no tempo para
encontrar a Causa Original do Efeito.
Resumindo: uma semente é plantada na terra. Uma macieira surge.
A Semente Original agora está invisível, mas nós a encontramos novamente no
Efeito Final — a semente dentro da maçã.
Assim, a Causa pode ser extrapolada simplesmente ao se investigar o Efeito.
A Humanidade pode, portanto, encontrar a Causa Original de toda a sua existência
observando o Efeito Final.

A Causa de Toda a Existência


O ser humano pode ser comparado à maçã.
Dentro do homem encontramos a percepção de si mesmo e a consciência que é o
Efeito Final e o mais elevado da existência.
Por quê?
É a consciência que nos permite reconhecer e ponderar sobre a nossa própria
existência.
E se a consciência é o Efeito Final, uma Força Original de consciência é, portanto, a
Causa de toda existência.
Deduzimos, assim, nossa resposta.
A consciência criou o Universo e tudo que há dentro dele.

A Semente de Uma Maçã, a Semente do Homem


A analogia da semente da maçã pode ser estendida.
Podemos perguntar:
Qual é a consciência da semente da maçã, ou qual é o propósito genético da maçã?
A resposta é óbvia: criar uma árvore de maçãs, uma macieira.
Se uma semente de maçã é o Efeito Final em uma maçã, então nos seres humanos
o esperma do homem e o óvulo da mulher são o Efeito Final.
O que é então a consciência do esperma masculino e do óvulo da mulher?
Mais uma vez a resposta é clara: unirem-se e tornarem-se um só em um ato de
criação corporificado por prazer infinito e êxtase.
Assim, a Causa original e a consciência por trás de toda a existência é o ato de
Criação em si mesmo, que consiste em compartilhar e experimentar uma alegria
indescritível.
Assim, fizemos um giro completo e voltamos ao princípio da história da Criação,
contada anteriormente nestes textos, confirmando o Pensamento Original da
Criação: Deus emanou Luz tendo um grande objetivo: criar o Recipiente e, em
seguida, preenchê-lo com prazer infinito.
Esse é, de acordo com o Zohar, o propósito da Criação.
Entendemos, agora, que a consciência é a Causa de toda a existência e o seu
propósito é compartilhar prazer infinito com as almas da Humanidade.

A Semente da Imortalidade

"Depois que essa luz foi criada, ela foi ocultada e encerrada dentro daquele pacto
que entrou na rosa e a frutificou. Isto é formulado pelas palavras "a árvore que
contém o fruto cuja semente está dentro dele".
Zohar, vol. 1, Prólogo, A Rosa

Quando estudamos o Efeito, emerge um insight mais definitivo e irresistível a


respeito do propósito final da Criação.
O esperma e o óvulo são inegavelmente imortais, de acordo com a biologia.
Os biólogos atualmente entendem que eles são feitos de células germinais que
nunca morrem, em oposição ao resto do nosso corpo que é composto de células
somáticas.
Todas as células somáticas acabam envelhecendo e cometem inevitavelmente
suicídio virtual.
Por esse motivo o corpo morre, de acordo com a ciência médica.
Isso nos diz que a imortalidade é também encontrada no Efeito Supremo e nos leva
à conclusão de que a imortalidade deve ser também o propósito supremo de toda a
existência.
Este é o segredo da citação do Zohar acima, que diz que a Luz foi ocultada e
encerrada dentro do Pacto (órgãos reprodutores), onde entrou na rosa (órgão
reprodutor feminino) e a frutificou.
A imortalidade foi relegada, temporariamente, a essa região específica da anatomia
humana e se expressa na cadeia imortal da existência humana e em nossos genes.
Nenhum ser humano (por enquanto) vive para sempre, mas a cadeia continua
através do conceito conhecido como uma árvore gerando o fruto cuja semente está
dentro dele.
Esse é o segredo que foi passado pelos cabalistas aos seus alunos mais próximos e
de maior mérito através das gerações.
Os cabalistas, através da sabedoria da Cabala, possuem a fórmula para libertar as
forças da imortalidade que residem dentro do esperma e do óvulo, de tal modo que
o corpo e o mundo inteiro possam atingir a imortalidade.

Por Que a Morte?


A cabala e a ciência nos dizem que nosso corpo físico atual — ao nível celular —
está projetado para ser temporário.
A Biologia afirma que nosso corpo se mantém vivo o tempo suficiente para
assegurar a transmissão e a continuação de nossos genes imortais, que são
transmitidos através das células que criam o esperma e os óvulos.
Uma vez alcançado esse objetivo, o corpo perde a sua utilidade, começa a
envelhecer e morre.
Entretanto, do ponto de vista cabalístico, há um valioso segredo oculto nesse
processo.
O segredo é que a própria morte, também, deve ser um fenômeno temporário,
porque o Efeito contém a Causa.
Assim, se o corpo é temporário, a morte também deve ser temporária.
Cabalisticamente, o corpo no seu estado atual é apenas um meio transitório para
ocasionar o Efeito Final: prazer eterno alcançado através da união de dois opostos
— nesse caso o masculino e o feminino — em um estado eterno de felicidade.
A questão óbvia é: Quando?
Quando a morte finalmente acabará e começará a imortalidade?
Como interromper o ciclo temporário da morte do corpo?
Por que esse ciclo continua a se repetir?
Por que continuamos a morrer enquanto nossos genes e células germinais
permanecem imortais?
Como liberar a imortalidade contida no esperma e no óvulo para que ela permeie
todo o corpo e toda a existência?
De acordo com a cabala, o corpo é um elétron.
Ele incorpora a consciência do Desejo de Receber egoísta com sua incansável carga
negativa.
O elétron cria a ilusão de matéria física em virtude do seu movimento e de sua
carga negativa.
Assim como as hélices de um ventilador rodopiam com uma velocidade tal que
produzem a ilusão de que não há espaço entre elas, o movimento dos elétrons cria
a ilusão de matéria sólida.
Estamos aqui para, ao compartilharmos com os outros, transformar gradualmente o
nosso corpo.
Esse é o motivo pelo qual o corpo existe.
O Desejo de Receber é o que causa a morte, pois ele nos desconecta da Fonte da
Vida em virtude de sua oposição ao estado de Luz.
Nossa existência física e a enorme quantidade de pessoas em nosso planeta nos
dão a oportunidade de efetuar uma transformação, quando resistimos ao egoísmo e
aprendemos a compartilhar incondicionalmente com os outros membros (corpos)
da sociedade.
Até que essa transformação se complete, a morte permanecerá como parte da
existência humana, e a imortalidade permanecerá oculta dentro da corrente
reprodutiva da existência humana.

Do Gene Egoísta ao Gene Altruísta


Richard Dawkins, o brilhante biólogo e escritor de ciências, reconhece que o
egoísmo está por trás da propagação de nossos genes.
Ele diz que o corpo é apenas um meio para alcançar esse fim e não serve para
outro propósito.
Os cabalistas concordam plenamente com ele, sendo que o Zohar declarou essa
verdade científica há dois mil anos.
Dawkins, ironicamente, também confirmou a solução cabalística para o fim da
morte, embora ele mesmo não tenha percebido a extraordinária profundidade de
suas ideias.

O Poder da Ciência da Cabala


Especificamente, poderiam ser extrapolados da Cabala três conceitos-chave, os
quais têm o poder de desencadear uma transformação na física e na biologia além
de tudo que se imagina atualmente.

Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 25

A Bomba (Um Paradoxo Resolvido) – Parte 2

Três Conceitos
Não há nada que apareça na civilização humana atual que não comece primeiro no domínio
da consciência.
A consciência sempre precede a expressão física, infalivelmente.
Tudo, da arte à literatura, da ciência à tecnologia, todas as manifestações físicas
emergentes de todos os campos da atividade humana começaram primeiro como uma ideia.
Uma ideia ou um pensamento são definidos como partes do domínio da consciência.
O mesmo princípio também é válido para os átomos, prótons e elétrons.
Eles são apenas manifestações da consciência.
A consciência é o único fio que tece toda a Criação.
Esse é o primeiro conceito.
Os dois últimos conceitos para entendermos o mundo natural se relacionam diretamente
com a natureza da consciência.
Especificamente, existe uma só lei que governa o domínio da consciência, e há apenas uma
força que influencia a consciência.
Já examinamos ambas no decorrer destes textos.
No momento em que entendermos verdadeiramente essa única lei e essa única força, todos
os paradoxos da física se reconciliarão e todos os conflitos desaparecerão.

A Única Lei
Essa única lei dita que no domínio da consciência os semelhantes se atraem e os opostos se
repelem.
Isso é tudo que precisamos saber.
Tudo o que ocorre na nossa realidade flui a partir dessa única lei.

A Única Força
A única força que influencia a consciência é uma força de oposição, uma força contrária, que
usa aquela única lei sobre a qual acabamos de falar para se ocultar e impulsionar este
mundo para um caos crescente.
Essa força única se chama Satan.
Como já descobrimos, essa palavra, Satan, é a mais adulterada e mal-entendida da
linguagem humana. Traduzida adequadamente do hebraico, significa Adversário.
O Adversário se refere a uma força que incansavelmente impulsiona este mundo — e a
nossos seres individuais — para longe da Fonte da verdadeira realidade.
Uma vez que a verdadeira realidade é a ordem perfeita, quanto mais nos afastarmos dela,
quanto maiores forem a distância
e o espaço dessa separação, mais alto será o nível de desordem.
Assim, o Adversário é a Causa da crescente desordem que ocorre no mundo físico. No nível
individual, o Adversário nos compele a receber em vez de compartilhar e esse ato de
receber, é o que nos distancia da Fonte da ordem e da felicidade perfeitas.
Vamos agora abordar o Paradoxo de Loschmidt, e descobrir como um mundo subatômico,
onde o tempo e as moléculas caminham tanto para frente como para trás, dá origem a uma
realidade na qual o tempo e as moléculas se movem em uma única direção, rumo ao que
parece ser o caos crescente, como estabelecido pela Segunda Lei.

Verdadeira Realidade
Verdadeira realidade é o mundo da Luz.
A Luz é consciência pura, ilimitada e abrange uma incalculável e inexaurível felicidade.
A Luz criou um Recipiente — as almas da Humanidade — para lhe conceder essa felicidade
para sempre através da união de dois opostos: Compartilhar e Receber, Luz e Recipiente.
Entretanto, no mundo da consciência é impossível unificar opostos, devido à lei que
estabelece que os opostos se repelem.
Daí, surge o primeiro paradoxo: Como Deus compartilha felicidade com a Humanidade, se o
Desejo de Receber da Humanidade é o verdadeiro culpado pela separação dessas duas
formas de consciência?
A resposta foi revelada na história do homem rico e avarento, Sal Fishman, e do sem-teto.
O ato físico de receber do sem-teto foi realmente um ato de compartilhar.
Ele recebeu algo no nível físico, mas compartilhou no nível da consciência.
Essa história revela a chave para unificar a Luz e o Recipiente: o Recipiente deve receber
fisicamente com a finalidade de compartilhar no nível da consciência.

A Resposta Interna
Ficamos sabendo que o DNA de Deus foi implantado no interior do Recipiente.
O DNA é realmente uma espécie de buraco de minhoca da física, um atalho através do
espaço e tempo, uma passagem preenchida de Luz para o Mundo sem Fim.
O Recipiente não pode se conectar com a Luz Divina que existe dentro dele por causa da Lei
da Atração, que dita que os opostos se repelem.
Portanto, o Recipiente não tem como voltar para casa — falando figurativa e literalmente —
e reunir-se com Deus.
O mesmo acontece no interior do átomo, onde o elétron não consegue se conectar com o
próton do mesmo átomo:

O Elétron e o Corpo são Um


A Luz Divina e o Próton são Um
O corpo não pode se conectar à Luz Divina, assim como o elétron não pode se conectar ao
próton, porque os opostos se repelem.
O único meio de reduzir o espaço é emulando a Luz.
Assim, precisamos de outras pessoas (e nossos átomos precisam de outros átomos) para
cruzar o abismo entre a escuridão e a Luz, entre a morte e a imortalidade. Enquanto
semelhante atrai semelhante ao nível da consciência, os opostos se atraem no mundo físico.
Fugindo um pouco do assunto, podemos agora começar a entender a origem dessas bem
conhecidas expressões: A Felicidade está dentro de você; Deus está dentro de você; Cada
pessoa é uma centelha do Divino.
Embora esses sentimentos sejam aparentemente verdadeiros, a magnitude total dessas
ideias não foi ainda compreendida pela Humanidade.

Localizando o criador âutentico


De acordo com a cabala, se continuarmos a dividir as partículas subatômicas até chegarmos
finalmente à Fonte Suprema, alcançaremos um mundo infinito e brilhante de energia pura e
luminosa, uma dimensão sem fim de consciência impressionante, divina, radiante,
infinitamente mais autêntica que a nossa realidade física.
Olhar para dentro a fim de encontrar a felicidade não é apenas uma abstrata pérola de
sabedoria.
É tecnologia, pura e simples.
O Deus que cada um procura, a suprema verdade que todos nós procuramos, reside
literalmente no espaço interno da realidade.
A cabala diz que há dez dimensões internas que devem ser atravessadas para se chegar ao
Mundo sem Fim que está dentro de nós.
Dificilmente seria uma coincidência o fato de a Teoria das Supercordas da física precisar de
dez dimensões para conciliar o nosso mundo macroscópico com o mundo quântico
subatômico.
A cabala e a física descrevem, ambas, a mesma realidade, mas a ciência para por aí.
A ciência encontrou o elétron, mas não encontrou a sua essência — a consciência — muito
embora ela esteja encarando a ciência bem de frente.
Como, então, o físico e o leigo podem encontrar a suprema verdade?
Como podemos nós, fragmentos do Recipiente, voltar para casa?
Como o Recipiente pode encontrar a felicidade e a imortalidade, se não lhe é possível
chegar ao Deus interno devido às suas naturezas opostas?

A Única Solução
A conexão com a Força da Luz do Criador é feita de uma única maneira: o indivíduo deve
emular a consciência de Deus e as ações de Deus, o que significa compartilhar e amar os
demais incondicionalmente.
É assim que chegamos mais perto de Deus, nos conectamos com ele e o vivenciamos
internamente.
Essa é a lei que estabelece que semelhante atrai semelhante.
Quando fazemos isso no mundo da consciência, podemos dirigir a maneira dos opostos se
atraírem em nossa realidade física.
Se tivermos caos, atrairemos o oposto: a perfeita ordem.
Se tivermos doença, atrairemos a cura.
Se tivermos pobreza, atrairemos o sustento.
Se tivermos ciúme, atrairemos a segurança interna.
Se tivermos uma pergunta, atrairemos a resposta verdadeira.
Não há outra metodologia para recebermos as bênçãos e a Luz do Criador.
Não importa o quanto estivermos bem-intencionados, ou quão fortemente oremos. Não
podemos nos conectar ao Deus interno se nossos corpos e consciências estão no estado
oposto, de receber.
Essa é razão pela qual o Recipiente foi forçado a se fragmentar em muitos pedaços.
Somente interagindo com os outros, especificamente através do ato de compartilhar e ao
aprender a amar incondicionalmente, é que poderemos algum dia fazer contato com o
Criador interno e alcançar o propósito da Criação: imortalidade e prazer eternos.
Essa é a razão para a existência do corpo.
Ele existe temporariamente para nos dar a oportunidade de transformar a consciência de
Receber (o gene egoísta) dele em consciência de Receber para Compartilhar (o Gene
altruísta de Deus).
A imortalidade foi colocada em compasso de espera dentro do esperma e do óvulo até que
essa transformação se complete.

O Mundo Importa
O Zohar diz que tudo em nosso Universo — dos objetos inanimados aos reinos vegetal e
animal — está sob a influência direta da Luz do Criador e da Divina Consciência.
Assim, cada átomo se liga a outro através da familiar lei física segundo a qual os opostos se
atraem e os iguais se repelem.
Mas esse é o Efeito físico.
A consciência do átomo é compartilhar um elétron para satisfazer o outro átomo ao qual
falta um elétron.
E a consciência do átomo que recebe é aceitar elétrons para ajudar o átomo doador a obter
sua própria estabilidade e felicidade.
Essa interação no nível físico faz com que o primeiro átomo seja positivo e o segundo
negativo, como resultado de ter mais elétrons que o primeiro.
Mas nesse mesmo cenário ambos os átomos apresentam uma consciência de compartilhar
e, portanto, os iguais se atraem.
Por outro lado, ambos os átomos se ligam através dos efeitos físicos da atração dos
opostos.

Átomo 1 (+) Átomo 2 (-)


Consciência: O átomo 1 compartilha um elétron. O átomo 2 recebe com o intuito de
compartilhar, causando a atração dos iguais
Fisicamente: O átomo 1 compartilha um elétron com o átomo 2, causando a atração de
opostos

Como podemos entender agora, existem duas forças em ação — os iguais se atraem e os
opostos se atraem!
A primeira dá origem à segunda.
A ciência está absolutamente correta quando diz que os opostos se atraem.
A cabala também está correta quando diz que os opostos se repelem.
Os dois mundos são conciliados quando se inclui a consciência como fator.

Divisão de Continentes
Existe um vasto abismo entre o Deus interior e nossos corpos físicos.
Por isso é tão difícil para nós encontrar Divindade e experimentar bênçãos constantes.
O único meio de fazermos esse contato e encontrar a verdade é primeiramente remover o
abismo, renunciar ao interesse próprio e abraçar a ausência de egoísmo. Mas achamos que
isso é impossível de ser feito.
Somos engolfados pelo ceticismo e pela dúvida, porque não reconhecemos a existência do
Adversário.
Entretanto, uma vez que atravessemos essa linha, no momento em que reduzimos nosso
ego e alteramos nosso sistema de crenças, mesmo que temporariamente, para pelo menos
considerar a possibilidade de que essa força oponente realmente exista, começamos a
perceber o cintilar das luzes da verdade à distância.

Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 26

A Bomba (Um Paradoxo Resolvido) – Parte 3

O Segredo
O único meio de fazer contato com o Gene de Deus interno é compartilhar uns com
os outros.
Cada ato externo de compartilhar nos aproxima de Deus, porque semelhante atrai
semelhante.
Quando o compartilhar é visto dessa maneira, entenderemos o que significa
realmente a Ganância Iluminada, e ela se tornará a motivação por trás de todos os
nossos atos de compartilhar e de resistência.

O Estado do Mundo é um Estado Mental


Se o nosso mundo inteiro — do ponto de vista ambiental ou social — caminha para
mais perto da Luz ou dá passos em direção à escuridão, é algo que será
determinado somente pela soma total de nossas interações uns com os outros.
O estado coletivo da consciência humana determina o estado do mundo.
Não existe insight relativo a toda história da Humanidade mais profundo do que
esse.

Por que Resistir é Compartilhar


Quando os fótons do Sol percorrem cento e cinquenta milhões de quilômetros para
atingir a Terra, o espaço permanece negro, embora a luz do Sol esteja fluindo
através dele em direção ao nosso planeta.
Esse estranho efeito de luz negra do Sol é devido à falta de resistência do espaço.
O espaço é um vácuo e, portanto, não há nada que possa resistir e refletir os
fótons.
Mas quando fótons invisíveis irradiados pelo Sol atingem o nosso planeta, a Terra
resiste a eles.
Magicamente a luz aparece.
O mesmo princípio é válido para a Luz Divina.
Quando resistimos a ela, nós a refletimos para fora, e assim a Luz se torna visível
em nossa vida e percebemos as verdades internas ocultas.
Entretanto, quando somos governados pelo ego e pelo interesse próprio, não há
resistência e então não conseguimos encontrar verdade no que se refere à
consciência sendo a Fonte de toda a realidade.
Não conseguimos encontrar a felicidade, pois estamos cambaleando na escuridão
espiritual.
A solução é resistir ao ego.

Tudo tem a ver com o Adversário


Se conseguirmos admitir que o nosso comportamento é motivado pelo interesse
próprio, se conseguirmos admitir que existe uma força chamada Adversário,
estaremos sendo proativos em vez de reativos, compartilhando em vez de receber.
Para impedir que isso aconteça, o Adversário usa uma força incansável.
Você saberá se atingiu a resistência guando conseguir ver a mão do Adversário em
ação.
Esse é o teste que o identifica.
Se você resistir, com certeza receberá Luz em sua vida e começará a perceber
verdades que nunca notou antes. Mas você tem que experimentar para ver que
funciona.
Na cabala não existe fé cega.
Resultados genuínos são o que importa.

Realidade, Cartões de Crédito e Vida


Imagine uma pessoa chamada Bob que está com a sua conta bancária zerada.
O que ele precisaria fazer é simples: Bob teria que colocar tanto dinheiro em sua
conta quanto possível.
A forma mais simples de nosso amigo Bob resolver a questão seria pedir
emprestado R$ 20 mil a uma empresa de cartões de crédito.
A curto prazo, Bob conseguiria ter dinheiro disponível.
Entretanto, ele estaria em débito com a empresa de crédito devido à substancial
taxa de juros que lhe seria cobrada. Se Bob mantivesse essa situação, o próprio
dinheiro que ele levantou o levaria à falência.
Ficaria sem dinheiro e sem ter onde morar.
Bob tem outra alternativa.
Em vez de primeiro receber dinheiro, ele poderia decidir investir o seu tempo e
devotar a sua energia para construir alguma coisa.
A recompensa não seria imediata, uma vez que primeiro teria havido um esforço.
Mas, depois de algum tempo, o dinheiro começaria a chegar e Bob poderia
depositá-lo no banco.

A Vida é simples assim


Embora esses dois cenários pareçam simplistas, a verdade que eles enfatizam é
assustadoramente real.
Nesse exemplo o dinheiro é a Luz do Criador.
No momento em que começamos a tomar em vez de compartilhar, acumulamos
felicidade imediata e ao mesmo tempo aumentamos o nosso débito.
Esse débito é espaço.
Espaço negativo.
Se continuarmos a tomar sem compartilhar, o próprio prazer que gozamos ao
receber acaba nos matando.
Pensamos que somos espertos.
Não somos.
Não existe Anjo da Morte.
Há apenas espaço.
O espaço é criado quando recebemos em vez de compartilharmos, quando
satisfazemos o nosso ego em vez de resistir a ele.
No final, criamos tanto espaço dentro de nós que perdemos completamente o
contato com a Força de Deus interna (com frequência chamada de alma humana) e
a ligação entre nossas moléculas se rompe.

Dor é pagamento
Qualquer dor, qualquer caos em nossa vida, é o resultado direto do espaço que
criamos nos longos anos em que só recebemos.
Pegamos emprestado do Universo e deixamos um buraco negro.
Esse buraco cresce e se alarga cada vez que satisfazemos o nosso ego e recebemos
em vez de compartilhar.
Negócios, indústria, educação, governo têm por base o receber em vez do
compartilhar.
É por isso que a sociedade declina enquanto nós permanecemos cegos, sem
enxergar a causa subjacente à degradação da vida humana, da civilização e do
ambiente global.
Essas são apenas manifestações visíveis do espaço negativo que criamos com o
nosso simples comportamento humano.
Esse tem sido o caminho da história.

A Arte de Enganar
Sem os ensinamentos da cabala, esse espaço negativo nos engana quando
realizamos um ato de compartilhar.
Ficamos nos perguntando por quê.
Apesar do nosso ato de compartilhar, parece não ter havido um benefício
verdadeiro para nós.
A situação torna-se perigosa quando cometemos aquele erro muito comum de nos
queixarmos de que o compartilhar não traz recompensa, porque reclamar significa
que estamos sob a influência do Adversário.
Mesmo que o nosso ato original tenha sido puro, nossa queixa é uma forma de
receber, permitindo que o espaço retorne.
Nosso mundo acaba parecendo sem esperança e, então, ficamos ainda mais
desesperados para preencher o vazio, e o ciclo vicioso se perpetua.
O Adversário é quem nos convence de que compartilhar não compensa e de que
perder o ego é uma ideia aterradora demais para ser levada em consideração.
Além disso, ele nos concede um alívio temporário e assim não nos sentimos
motivados para saldar a nossa dívida.
Ao contrário, nós a tornamos ainda maior.

Pagando o Empréstimo
Se abraçarmos a oportunidade e a reconhecermos pelo que ela é, o espaço se
preencherá rapidamente e poderemos modificar a nossa vida mudando a nossa
consciência.
Quando esses espaços forem preenchidos, nossos atos de compartilhar nos trarão
incomensuráveis bênçãos, com a mesma rapidez com que adquirimos nossa dívida.

Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte 27

A Bomba (Um Paradoxo Resolvido) – Parte 4

Luz é misericórdia
Os alunos de cabala perguntam com frequência se existe um meio para reduzir a dor que
nos é devida como resultado do espaço que nós mesmos criamos.
A resposta é um enfático sim.
Moisés recebeu no Monte Sinai a tecnologia da cabala e ela pode nos proporcionar a força, a
sabedoria e a vontade de compartilhar e resistir ao ego.

O Plano do Sinai
A tecnologia revelada no Sinai foi projetada para nos permitir pagar o nosso débito de uma
maneira que nos desse condições de também gozar a vida graças às amizades, às
parcerias, aos casamentos e aos filhos, ou seja, aos relacionamentos. Se valorizarmos isso
e usarmos a Luz para extirpar o nosso ego, apenas o ego sofrerá, não o corpo ou a alma e
nem certamente o mundo à nossa volta.
Mais ainda, a Luz que estaríamos gerando dividiria os nossos pagamentos em pequenas
prestações, que poderiam ser administradas com mais facilidade.
Vou explicar agora como isso funciona.

Julgamento Amenizado por Misericórdia


Suponhamos que uma pessoa por toda a sua vida tenha apontado um dedo acusador contra
outros, julgando-os.
Além disso, através de difamações e calúnias pelas costas, ela também apontava seu dedo
contra os outros.
Esse indivíduo criou uma medida específica de espaço com esse dedo.
Suponhamos que agora chegou o momento do pagamento.
Digamos que a pena a ser paga pelo dedo é ficar por cinco minutos sobre a chama de uma
vela acesa.
O calor do fogo criará espaço entre as moléculas causando uma queimadura nesse dedo.
Entretanto, se essa pessoa decidir usar o caminho da cabala para pagar o seu débito,
funcionaria da seguinte maneira: em vez de o tempo trabalhar contra o indivíduo à maneira
dos justiceiros, mantendo o dedo na chama por cinco minutos, ele poderia fazer o trabalho
a favor do indivíduo.
A intervenção da Luz permitiria ao dedo permanecer na chama por apenas dois segundos de
cada vez, alternando-os com pausas de trinta segundos de Luz.
Assim, o tempo estaria ajudando o indivíduo em vez de lhe fazer mal, como aconteceu com
a floresta consumida pelo fogo no texto "O coração e a ciência da nanotecnologia".
O padrão continuaria até que, de dois em dois segundos saldando a dívida, os cinco minutos
seriam completados.
A Lei Universal de Causa e Efeito e o sistema cósmico de justiça estariam satisfeitos.
E durante os trinta segundos de intervalo, o indivíduo teria tido a chance de desfrutar da
convivência com sua família, com seus amigos e com o mundo.
O caminho da pessoa para a redenção do seu dedo teria sido preenchido com bênçãos e
apreço, motivado por um desejo sincero de mudar sua consciência para sempre.
É assim que a Luz e os atos de compartilhar fazem com que o tempo seja empregado de
uma maneira misericordiosa.
Essa forma de pagamento de dívida está disponível a todos aqueles cujo coração for sincero
e cuja intenção de fazer esse pagamento for genuína.

O maior de todos os Segredos


Palavras não podem expressar a minha apreciação pelo segredo que compartilho nestas
páginas.
Esse é o segredo transmitido de cabalista a cabalista desde a época de Moisés, no Monte
Sinai.
Rezo para que o mundo todo entenda imediatamente o poder do que estou prestes a
revelar.
Tal segredo foi guardado firmemente até a chegada do cabalista Rav Yehuda Ashlag. Seu
amado e santo discípulo Rav Yehuda Brandwein, meu mestre, criou um ambiente no qual
pudéssemos nos aprontar para a revelação desse segredo.
E a mim juntamente com Karen, minha parceira de corpo e alma, foi dada a tarefa de
compartilhá-lo com o mundo.
O Zohar é a Luz da Imortalidade perdida no Monte Sinai.
Como pode um livro conter a energia metafísica ou a Luz intangível?
Como pode um livro conter a imortalidade?
Porque a imortalidade é um estado de consciência.
Quando tivermos a consciência correta, nós a obteremos.
O Zohar revela as ações que levam uma pessoa a alcançar a imortalidade.
Quando essas ações forem praticadas, motivadas pela consciência correta, a imortalidade
acontecerá por si mesma.
Com doçura.
Com bondade.
Com suavidade.
Com esperança.
Com alegria.
Com plenitude além das palavras.
Sem qualquer morte física ou medo.
É assim que funciona.
Essa Luz foi infundida no Zohar, onde permaneceria até o momento em que a Humanidade
pagasse o seu débito e removesse todo o espaço.
Os antigos cabalistas nos dizem que o fato do Zohar emergir para o público em geral é um
sinal de que a Luz do Criador (a Luz interna em cada um de nós) está pronta para
resplandecer eternamente.
Houve uma janela dessa natureza durante a Idade Média.
Infelizmente, as pessoas não estavam prontas para sacrificar os seus egos.
A religião organizada, em particular o meio rabínico, fez um enorme esforço para ocultar o
Zohar e suprimir a verdade sobre o que havia sido descoberto.
As autoridades religiosas acusaram os cabalistas de charlatões, ladrões e mentirosos.
Alguns até começaram uma campa-nha difamadora, chamando o Zohar de fraude e de
falsificação. Tudo isso aconteceu tendo como pano de fundo a brutalidade, em um tempo
em que muçulmanos, cristãos e judeus foram massacrados.
O espaço, materializando-se na morte de milhões, dominou o panorama.
Outra janela de oportunidades se abre agora para nós, amplamente.
Hoje o Zohar está chegando a milhões de pessoas pela primeira vez na história da
Humanidade.
O Zohar, através de sua simples presença, está injetando Luz metafísica em nossa
existência.

Uma lição a ser aprendida


Se você absorver apenas uma ideia destes textos, só uma única lição, e se ela abrir o seu
coração e sua mente para a grande dádiva que está à nossa frente, então deixe que o
entendimento do poder do Zohar erradique a dor e o espaço de sua vida.
Quanto mais a Luz do Zohar iluminar o nosso mundo, mais baniremos a escuridão e mais
agradável se tornará o nosso caminho para a transformação.
Esse é o segredo.
Escuridão e Luz não podem coexistir.
Se você acender uma vela em um quarto escuro, a escuridão desaparece.
A Luz do Zohar ilumina a escuridão deste mundo.
Compartilhar o Zohar com outro ser humano é indubitavelmente o maior ato de
compartilhar que podemos alcançar nesta realidade física.
Se emularmos a Luz, alcançaremos unidade com ela, e assim os medos, as guerras e as
maquinações de nossas mentes simplesmente deixarão de se materializar.

O Efeito País das Maravilhas


Devido ao fato de que éramos recebedores, criamos distância entre o nosso ser e a ordem
perfeita da realidade sem tempo, sem movimento e plena de Luz.
Essa distância criada era tão grande, que acabamos em uma realidade oposta. Entramos no
proverbial espelho de Alice no País das Maravilhas, como resultado da consciência
recebedora, e acabamos em um vasto Universo escuro onde as leis da física são opostas à
verdadeira realidade.
Essa distância gerou as forças do tempo, espaço e movimento e crescente desordem,
características direta e indiretamente relacionadas com a Segunda Lei.

O efeito país das maravilhas:


Nosso Universo é um espelho da verdadeira realidade.
Em vez de Luz, há escuridão.
Em vez de ausência de tempo, há o tempo.
Em vez de ordem, há o caos.
De um lado do espelho, a força original única de receber, ou a consciência negativa, é
energia pura.
Do outro lado do espelho, encontramos o oposto, quando ela se condensa em incontáveis
partículas de matéria que a ciência denomina elétron.

Dois lados do espelho


Vamos examinar os Universos de dois espelhos:

De um lado do espelho há energia.


Do outro lado há o estado oposto, que é a matéria.
De um lado do espelho essa energia é feita de pura consciência.
Do outro lado aparece como matéria sem sentido.
De um lado do espelho encontramos Luz.
Do outro lado há escuridão.
De um lado do espelho não há espaço ou tempo.
Do outro lado encontramos o contínuo espaço tempo.
De um lado do espelho a realidade está impregnada de propósito.
Do outro lado, as forças da natureza e da existência humana parecem sem rumo.
De um lado do espelho encontramos a perfeita ordem.
Do outro lado do espelho encontramos extremo caos.
De um lado do espelho encontramos unicidade.
Do outro lado encontramos uma multidão de forças e partículas subatômicas.
De um lado do espelho encontramos felicidade e prazer.
Do outro lado encontramos tristeza e sofrimento.
De um lado do espelho encontramos um espaço interno luminoso e infinito.
Do outro lado encontramos apenas a ilusão de espaço sideral totalmente sem luz e infinito.
De um lado do espelho encontramos a verdadeira Luz Divina de Deus.
Do outro lado encontramos a superstição e o mito.
De um lado do espelho encontramos a imortalidade.
Do outro encontramos a morte.
O grau de caos e escuridão que experimentamos é determinado pelo nosso estado de
consciência, que estabelece nossa posição em relação à realidade oculta.
Uma vez que a realidade oculta se encontra em nossa própria consciência, o mundo físico
ao nosso redor é apenas uma ilusão.
Nosso propósito neste mundo é converter a imagem escura no espelho em verdadeira
realidade.
É simples assim. E isso só pode ser alcançado pela eliminação do ego, ao efetuarmos uma
transformação interna.
Atingimos essa transformação na mesma medida em que reconhecemos a consciência
Divina e felicidade como a Fonte de nossa existência.

Um Elétron
Na verdadeira realidade sem fim há de fato um único elétron, mas do outro lado do espelho
ele aparece como um número incontável de elétrons.
Quando um físico observa um elétron, ele está olhando em um espelho.
O que ele vê são as sementes de sua própria consciência.
Especificamente, a consciência está encarando a consciência.
Mas um físico usando o intelecto só pode atingir a verdadeira realidade até esse ponto, não
pode atravessar o espelho para o outro lado sem abrir mão do seu ego. Ego e Luz se
repelem mutuamente, portanto eles nunca podem se conectar.
Essa é uma Lei Universal de nosso Cosmos.
Há dois mil anos o Zohar disse que o assim chamado ponto intermediário é o mundo que dá
origem à nossa realidade física, ele é o cadinho do mundo material. Ao falar das dimensões
ocultas e da energia que reside ali, o Zohar afirma:

"... Tudo se encontra nele como as ondas do oceano, que vão e voltam..."
Zohar, vol. 7:83

O Efeito Próton
De um lado do espelho há uma infinita Consciência de Luz Positiva; no nosso lado da
realidade isso é chamado de próton.
Os prótons oferecem um desafio ao físico que estuda partículas: se partículas semelhantes
se repelem, como é que dois ou mais prótons podem habitar o núcleo de um átomo?
Como podem permanecer lado a lado?
A física afirma que a resposta se encontra no fenômeno conhecido como força forte, que
supera a tendência dos prótons de se repelir, forçando-os a ficar juntos no núcleo.
É interessante notar que quando os cientistas tentaram reduzir o próton a partículas ainda
menores, encontraram algo surpreendente: dentro do próton não havia quase nada.
Ao lado do próton havia uma partícula sem massa com propriedades pegajosas, que eles
apelidaram de glúon. Os físicos dizem que o glúon é o responsável pela força que mantém
os prótons juntos no núcleo do átomo.
Mais uma vez, temos aí o Efeito Torre de Babel causando confusão.
De acordo com a cabala, o glúon não é uma partícula. O glúon é simplesmente o Efeito que
surge quando duas partículas de consciência de compartilhar, positiva, exibem a realidade
mais profunda de que semelhante atrai semelhante.
Ou seja, dois prótons permanecem ¡untos porque compartilham a mesma consciência.
Enquanto o elétron se comporta de um modo que o aproxima da nossa realidade física, o
próton está mais perto da realidade de consciência da Luz.
É por isso que, no nível da física de partículas o princípio que diz que semelhante atrai
semelhante sobrepuja o que afirma que iguais se repelem.
Os cientistas concordam com isso, pelo menos na medida em que não conseguem detectar
nada físico no glúon.

Continua
Nano: Tecnologia da Mente sobre a Matéria – Parte Final

A Bomba (Um Paradoxo Resolvido) – Parte Final

A Consciência de Receber e a Segunda Lei


A ciência descobriu as forças que governam nosso mundo, mas essas forças
parecem aos olhos dos cientistas sem propósito e insensatas.
Entretanto, se entendermos a natureza da consciência por trás de cada força, tudo
começa a fazer sentido perfeitamente.
A consciência pela sua própria natureza exerce influências que medimos como
forças independentes, porque estamos olhando o mundo do nosso lado do espelho,
onde dois é parte da ilusão.
Se removermos o conceito de dois, começaremos a ver que força e consciência são
uma única e mesma coisa.
O único meio de remover a ideia de dois neste lado do espelho é remover a
dualidade dentro de você.
E a única maneira de fazer isso é eliminar o Adversário, porque então poderemos
nos tornar um com nós mesmos.
E, isso é o mais importante, nos tornaremos um com a Luz dentro de nós.
E é assim que vivenciaremos a incomparável unidade da realidade.

Um Final Simples
Não sabíamos de nada disso até agora devido ao Adversário, que promoveu o
comportamento egocêntrico para criar espaço entre as pessoas e a verdade.
Esse é o jogo cósmico de esconde-esconde no qual entramos quando viemos a este
mundo.

O paradoxo é que não há paradoxo


Ao chegarmos ao final destes textos, descobrimos que, de fato, não há o Paradoxo
de Loschmidt.
A ciência apenas não entende como a Lei de Atração muda quando nos deslocamos
em direção à realidade mais profunda da consciência pura.
A ciência não avalia o Efeito Alice no País das Maravilhas.
Os físicos, quando dirigem o olhar para o mundo subatômico, observam a realidade
de sua perspectiva limitada de apenas um dos lados do espelho.

Como o Esquerdo torna-se o Direito e o Direito torna-se o Esquerdo


Se você se colocar diante de um espelho e mover o seu braço direito para cima e
para baixo, a pessoa no espelho moverá o dela simultaneamente. Mas no espelho é
o braço esquerdo que se move; o braço do lado de cá é a Causa, o do outro lado é
o Efeito.
Parece paradoxal que um braço dê origem ao seu oposto.
Mas se você entender a dinâmica do efeito do espelho, o paradoxo desaparece.
O tempo é incapaz de ir para frente e para trás por causa de sua distância da
verdadeira realidade atemporal, onde isso ainda é possível.
Entretanto, à medida que nos aproximamos da realidade atemporal mais profunda,
começamos a ver efeitos tais como a reversibilidade, que é o motivo pelo qual
Loschmidt e outros descobriram que as moléculas podem reverter os seus
movimentos.
A realidade atemporal deu nascimento à nossa dimensão, que é o seu oposto,
devido à nossa consciência de receber e à nossa natureza.
Quando entendermos por que a Criação aconteceu, por que o Recipiente acabou em
uma realidade oposta, e por que precisamos merecer nosso retorno à verdade, a
ciência e a cabala estarão conciliadas para sempre.
O único fator que falta na equação é o Adversário.
Para encontrar Deus devemos, primeiro, achar dentro de nós Satan, o nosso
Adversário. Senão, a ilusão do paradoxo nos mundos quântico e macro se mantém.
Enquanto estivermos motivados pelo ego e pelo interesse próprio, as coisas
simplesmente não farão sentido.
Deus é uma realidade absoluta no domínio da consciência, pois a Luz do Criador é
consciência.
No nosso mundo entretanto Deus não é encontrado.
Precisamos trazer a verdade e a Luz de Deus para esta realidade através de nossa
própria transformação.
Se não o fizermos, a crença de que Deus não existe se torna uma profecia que se
realiza por si mesma.
Nosso mundo é um sistema autogerado dirigido por consciência, nossa consciência.
Se lemos estes textos e ainda não conseguimos aceitar a existência do Adversário,
nosso ceticismo crescerá exponencialmente e estes textos estarão além de nossa
compreensão.
Se optarmos por ver o elétron apenas como um bloco de construção do átomo, é
nisso que ele se transformará, pelo menos para nós.
Nossa falta de consciência nos impedirá de ver além da partícula ou da onda.
Se entretanto resistirmos às nossas dúvidas e mudarmos internamente, o mundo
ao nosso redor mudará, e então teremos mais e mais lampejos da verdadeira
realidade.
É um jogo simples, e sempre foi assim.
Mas é um jogo com risco de vida e de morte; a morte é apenas uma ilusão, mas
somente quando temos o insight de vê-la desse modo!

A Chave Suprema
Agora irei lhe entregar a chave que o meu venerado mestre, Rav Brandwein, me
entregou há tantos anos.
Essa chave tem o poder de unir opostos e remover o espaço entre muçulmanos,
judeus e cristãos.
Ela pode remover o espaço entre nossos átomos e o espaço entre o nosso desejo
de felicidade e a obtenção dessa felicidade.

Observei com os meus próprios olhos quando o meu mestre exerceu o seu poder
para unir opostos, remover o espaço entre árabes e judeus e entre judeus
conservadores e moderados.
Quando cheguei em Israel pela primeira vez, eu era um homem de negócios de
Nova York, sem nenhum interesse em qualquer coisa espiritual ou cabalística.
Contudo, através do poder do amor do meu mestre e da Luz que irradiava de sua
essência, fui atraído para um mundo que mudou o curso de toda a minha vida.
Meu mestre usava o amor para construir uma ponte sobre a linha divisória entre ele
e um camponês árabe, que se supunha ser seu inimigo mortal.
E meu mestre continua a fazer isso hoje, estando presente enquanto escrevo este
texto final, ligando os mundos opostos de nossa dimensão física com a verdadeira
realidade invisível.
A chave de nossa transformação e da transformação do mundo é o conceito de
compartilhar, conhecido também como Ame o Próximo como a Si Mesmo.
O segredo de Amar o Próximo se encontra na Segunda Lei.
Durante décadas, a ciência alega que a Segunda Lei é a razão pela qual morremos
e por que o mundo da matéria fica cada vez mais desordenado quando a energia e
as moléculas se espalham pelo espaço.
E a Segunda Lei também afeta o Sol, esse corpo estelar que nos dá a vida.
Cabalisticamente, a consciência primária do Sol (seu objetivo essencial e sua
função) é compartilhar a sua luz.
Do nosso ponto de vista, o Sol faz isso incondicionalmente dia e noite.
No caso do Sol, que compartilha a luz, a Segunda Lei realmente explica a criação
da vida, pois a energia do Sol se espalhando através do espaço fica cada vez menos
organizada, mas nesse processo ilumina o nosso planeta, causando a fotossíntese e
as condições para a própria vida, onde, em contraste, a Segunda Lei funciona sob
condições induzidas por interesses pessoais e pelo desejo de receber (o Adversário)
e que leva diretamente ao caos.
Quando emularmos a consciência do Sol, quando agirmos como a Consciência
Divina do Criador e compartilharmos, atravessaremos o espelho desse Universo
finito em direção ao infinito da realidade verdadeira.
Amar os outros é a maneira de acessar a verdadeira realidade e afetar cada átomo
do Universo.
Essa é a nanotecnologia.
Esse é o projeto da imortalidade.
E o seu tempo é agora.
Lembro-me de uma famosa história que tem um significado totalmente novo à luz
da tecnologia apresentada nestes textos.
Um aluno certa vez pediu a um grande sábio que lhe ensinasse da forma mais
simples possível todos os mistérios da Bíblia e toda a sabedoria encontrada nos
antigos comentários bíblicos. O sábio olhou para ele afetuosamente, sorriu e
respondeu: "Ame o Próximo como ama a si mesmo. Todo o resto é comentário.
Agora vá e estude."
Infelizmente, passados dois mil anos, a Humanidade ainda não aprendeu essa lição.
A razão de se amar o próximo incondicionalmente a essa altura já devia ter se
tornado clara.
Levará este mundo para dentro do mundo de Luz sem fim e desse modo dará ao
nosso próximo o dom da imortalidade.
Isso inclui felicidade sem fim, serenidade e prazer.
Esse é o segredo oculto por muito tempo que os cabalistas transmitiram a alguns
seletos alunos através das gerações.
Os cabalistas recebiam o segredo da imortalidade (Cabala significa "receber") dos
seus mestres e o transmitiam aos seus alunos. E o segredo da imortalidade é o
ensinamento e a energia que está no Zohar.
A chave da imortalidade está sendo revelada nestes textos:
Quando amamos outro ser humano completamente, quando compartilhamos cem
por cento, então automaticamente nos conectamos com a Luz, porque os
semelhantes se atraem.
A única força que impede um cabalista de chegar à imortalidade é o Adversário.
O caminho da Cabala foi originalmente projetado para apagar o Adversário da
consciência de quem a pratica.
Uma vez erradicado o Adversário, o discípulo seria capaz de compartilhar
incondicionalmente.
O Adversário, entretanto, penetrou no mundo e assim a oportunidade de se obter
acesso aos segredos da Cabala nunca foi oferecida às pessoas.
Somente alguns cabalistas em cada geração o conseguiram.
Aqueles que atingiram esse nível de existência sem morte não são vistos em nosso
meio com os nossos cinco sentidos, embora eles caminhem entre nós diariamente.
Um dia nós estaremos entre eles.
Entretanto, até que esse dia chegue, a consciência centrada em nós mesmos
mantém uma cortina sobre nossos olhos, impedindo-nos de ver a completa
realidade.

A Realidade da Imortalidade
Há dois mil anos calculou-se que, se a meta da obtenção da imortalidade global não
tivesse sido atingida quando a Humanidade chegasse aos dias de hoje, o Zohar
seria revelado ao mundo para assegurar uma transição suave e bondosa para a
indescritível plenitude da nova realidade.
Praticando um pouco de resistência a cada dia e compartilhando o Zohar com outro
ser humano, podemos ajudar a alcançar esse objetivo.
O único requisito é que admitamos ter entregue nosso poder ao nosso próprio ego.
Isso significa reconhecer que o Adversário, na verdade, existe dentro de nós —
assim como a Luz de Deus — portanto, ninguém pode ser acusado pelo caos em
que vivemos, exceto nós mesmos.
Mudar drasticamente nossa consciência e compartilhar o Zohar são a chave.
E agora, à medida que o Zohar começa chegar ao mundo era números cada vez
maiores e que mantemos os nossos egos sob controle, a Luz da Imortalidade
começará a brilhar em pequenos bolsões, depois em grandes reservatórios, logo
em seguida em grandes lagos e, finalmente em oceanos cada vez maiores,
inundando a todos nós com a consciência de Ame o Próximo.
E a força da morte se retirará de nossa existência para sempre.

Epílogo

A Vida é um Filme
Quando assistimos a um filme, a luz emana de uma tela e entra por nossos olhos.
Estamos vendo um reflexo da luz, não olhando para ela diretamente.
As imagens e a atividade que vemos na tela não são reais.
São apenas uma ilusão criada pelo movimento rápido de um conjunto de imagens
individuais, fixas.
Nosso mundo funciona do mesmo modo.
Nunca vemos a luz do Sol diretamente.
A luz direto do Sol é invisível.
Só a vemos depois que ela atinge um objeto e se reflete em nossos olhos.
O mundo é a nossa tela de cinema e todos em torno de nós são parte do nosso
filme.
O projetor de nosso filme é a consciência, pois a verdadeira realidade é silenciosa e
sem movimento.
É a nossa consciência que cria a ilusão de movimento.
Cada um de nós é responsável por criar o filme que é o nosso mundo.
Cada um de nós projeta uma frequência específica de luz na tela da realidade
consensual.
O mundo em geral e o nosso mundo pessoal, constituído de família e amigos, se
apresentam com base na soma total de nossas interações e de nossos estados de
consciência. Podemos criar e alterar o nosso próprio filme compartilhando o Zohar e
amando incondicionalmente.
E através de nossas ações podemos ensinar os outros a compartilhar a Luz e a criar
um filme melhor. Quando o mundo inteiro tiver alinhado sua consciência no sentido
de compartilhar, o filme da existência humana continuará para sempre.
Esse filme, que nunca chegará a um fim, terá um único tipo de surpresa e de
suspense: ficaremos nos perguntando como o próximo instante poderá ser ainda
mais sereno, prazeroso, mágico e repleto de alegria do que o presente momento.
Esse é o nosso destino.
Ele se encontra aqui, para nós, neste exato momento.
Temos apenas que escolhê-lo.
De acordo com a cabala, o sofrimento pelo qual a Humanidade vem passando ao
longo de incontáveis séculos terminou no ano de 5760 do calendário cabalístico,
que corresponde ao ano 2000.
As histórias dolorosas, de profundo sofrimento e pesar, acabaram.
Tudo o que temos a fazer agora é resistir a um pouco de ego, nos tornarmos
responsáveis pelo nosso próprio caos, e compartilhar a Luz do Zohar com outros.
Todas as histórias que estavam destinadas ocorreram ao longo da existência
humana.
A história final agora é conosco
Resta apenas uma história para ser contada e vivida: aquela que começa com a
palavra viveram, e continua com a expressão felizes para sempre

Por: Cabalista Rav. Berg


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