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IISBN 978-85-352-2747-5
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Nascimento, Augusto
Os 4 Es de marketing e branding : a evolução de conceitos e contextos
até a Era da marca como ativo antangível / Augusto Nascimento, Robert
Lauterborn. – Rio de Janeiro : Elsevier, 2007.
Bibliografia
ISBN 978-85-352-2747-5
07-5144. CDD-658.827
A eles, nossa gratidão máxima. Aos que não estão mais co-
nosco, nossa homenagem “in memoriam”. Este livro somente
existe devido ao que eles escreveram antes.
Queremos destacar ainda que fizemos um grande esforço
para ampliar a visão temporal ou histórica das idéias e dos
conceitos; que fizemos um grande esforço para situar o con-
texto das idéias e conceitos. Mas sabemos que estamos muito
longe da perfeição. Estamos abertos às suas críticas e idéias.
O pensamento crítico sempre será bem-vindo.
Leve 20 e pague 1. Isso mesmo. Você encontra nos 4Es dezenas de conceitos reunidos
num só livro, abordados e enriquecidos magistralmente. Que bom que amigo Augusto
Nascimento resolveu teorizar sobre marketing e colocou, na prática, a vastíssima
experiência que sempre vivenciou no Brasil, junto com o mestre Robert Lauterborn.
Muito inovador: há centenas de livros de marketing, mas nenhum como este.
Quem trabalha com marketing não pode deixar de ler.
João De Simoni
DE SIMONI & ASSOCIADOS
Li os 4Es e fiquei fascinado por ele. É um livro corajoso, porque recupera a história,
abate tabus, arrebenta preconceitos, ironiza quando necessário ironizar, e,
principalmente, porque propõe um novo caminho para empresas, empresários,
executivos e especialistas. Seu destino não é apenas ser lido e colocado na estante. É ser
relido, refletido, discutido e ter suas recomendações coletivamente implementadas.
Voltarei sempre à releitura e comprometo-me a divulgá-lo. Desde a primeira página.
Parabéns.
Eloy Simões
UNISUL-SC e PRÊMIO COLUNISTAS
“Li com muito prazer. Que livro extraordinário! Adorei a parte histórica, com destaque
para a Sears, que criou seu catálogo e influenciou até mesmo a indústria, que se
inspirou nela para criar a linha de montagem. Vejo que as vendas pela internet são a
versão atualizada do que a Sears já fazia há mais de 150 anos. Vendo os 4 Es tenho a
impressão de que não existe nada inédito. A Amazon é a Sears de hoje. Tudo é
evolução, inclusive os 4 Es do Augusto e do Lauterborn, como eles mesmo fazem
questão de afirmar, com modéstia e talento.”
Tarcísio Cardieri
AMANA-KEY
“Finalmente, um livro que reúne uma síntese clara da evolução dos conceitos de
marketing e branding, além de propor uma inovação importante trazida pelos 4 Es,
elaborado por especialistas, refletindo a realidade do Brasil e dos Estados Unidos.”
Prof. Dra. Thelma Rocha
ESPM
“Excelente livro! Ele alerta de modo brilhante para um importante aspecto em gestão
de marcas. No primeiro “E”, de Entusiasmar, mostrando que o sucesso de uma marca
depende de fatores, como a paixão dos colaboradores por ela e pela empresa que
defendem. Só pelo “E” de Entusiasmar as Pessoas, o livro todo já vale. Os outros 3 Es
são “plus”. Leitura obrigatória em administração de marketing e marcas.”
Leão Rubin
VIDA
“Realmente não consegui parar de ler. A cada frase fui surpreendida com insights,
análises interessantes e uma cronologia que me fez compreender a evolução do
branding. De coração, adorei.”
Viviane Suhet
LACOSTE
“Os 4 Es faz a gente ver as coisas sob outro prisma. Comecei e li inteirinho, sem nenhuma
parada. Não consegui parar de ler. Está simplesmente maravilhoso. É uma leitura
especialmente agradável. Acrescenta muitos e muitos conhecimentos para os profissionais
de marketing e vendas de todos os níveis. Os novatos vão aproveitar muito. E os veteranos
vão se surpreender... É um livro incrivelmente rico em detalhes, informações, conexões... E
traz novos ângulos, novos conhecimentos. Não conheço nada igual! Me orgulho de
conhecer, pelo menos, um dos autores.”
Lupércio Arthur Hilsdorf
Consultor e autor do livro Negociações bem-sucedidas
“Gostei muito do livro 4 Es. A grande contribuição dele é consolidar conceitos. Muito
bem explicado e exemplificado, o livro ajuda a tornar as relações marketing e branding
mais claras aos iniciantes e aos profissionais experientes. O mercado tinha necessidade
deste tipo de informações e referência. O livro é também agradável e com informações
muito úteis. Enfim, é realmente um excelente trabalho.”
Joel Deporte Severo
TV GLOBO
“Em um livro muito acessível mesmo para quem não é do ramo de marketing e
publicidade – como é o caso de designers, estilistas e empreendedores de forma geral –,
a parceria dos autores Nascimento e Lauterborn produz algo inovador, interessante e
pioneiro na literatura de negócios. Eles realmente conseguiram estabelecer um
contraponto entre as tendências globais e as nacionais, aliás, a forma com que este
contraponto é relatado já basta recomendar este livro como uma leitura muito
agradável.”
Ricardo Neves
BANCO MUNDIAL, ONU, consultor e autor dos livros
Copo pela metade e Pegando no tranco
“Compre este livro e leve também: um livro de história, um livro sobre símbolos, um
livro sobre religiões, ciência, astronomia... Você vai ler todos eles numa única leitura.
E vai enxergar o branding sob os mais variados contextos e ter muitos insights. Vai
passar a ver o branding com outros olhos e outros olhares. Duvido você não gostar. Eu
adorei.”
Solange Capozzi
BBN BRASIL
“Um livro instigante que sabe discorrer com profundidade e pragmatismo os temas de
marketing e branding, conferindo-lhes, com muita clareza e simplicidade, seu devido
valor e perspectiva. Uma obra indispensável para compreender e agir frente às
transformações que marcarão a vida das pessoas e das empresas nos anos que virão.”
Luiz Edmundo Rosa
GRUPO ACCOR
“Prático, Pleno, Profundo e Plausível: tão bom que com apenas 4 Ps você não explica
tudo. Um livro que reflete um inquietude dos autores para o saber e um senso de
vanguarda, necessário para a sobrevivência das empresas.”
Ernesto Hopfgartner Neto
MERIAL
Uma grande obra, de leitura agradável e estimulante, que nos leva por várias
passagens da história, numa ordem cronológica interessante, fazendo uma releitura dos
conceitos da época dos fatos, fazendo uma revisão do marketing e branding e,
finalmente, trazendo um inovador, simples e sistêmico conceito: os 4 Es de marketing e
branding. Se estava difícil e confuso para as empresas assimilarem os conceitos de
branding em toda sua amplitude e nuances, agora com os 4 Es para sorver, digerir e
aplicar, vai ficar mais claro e mais simples. Uma obra que muito contribuirá para a
compreensão e aplicação dos conceitos de marketing e branding.
Paulo Shima
FARMAIS
“Sem dúvida, um texto que vem preencher uma lacuna bibliográfica. Muito útil para jovens
profissionais que buscam solidez de conhecimentos, que buscam base ou alicerce. Muito útil
para profissionais que estão na ativa e que precisam estar a par de novas visões e novos
conhecimentos, dentro de uma boa base histórica. As faculdades do Brasil inteiro devem
saudar a chegada deste livro. É o que estamos fazendo aqui na UPIS. Parabéns aos autores
por este importante e inovador trabalho, que contribui para uma nova compreensão de
marketing e branding.”
Ruy Montenegro
UPIS
“Este livro expressa, de modo muito feliz, tudo aquilo que temos buscado na Natura. Para
nós, a marca tem um significado que vai muito além de uma empresa que gera dividendos
aos seus acionistas. Fazemos do branding uma busca permanente, pois marca é paixão, é
expressão de crenças e cada ação deve revelar isso. Às vezes somos felizes nesta busca, outras
nem tanto, mas é busca que dá sentido. E no fim, é muito bom quando o outro, que no fim é
quem nos dá sentido e nos define, percebe e reconhece esta intenção. Assim, ele se identifica
com nossa marca. Assim, expandimos a comunidade de pessoas que querem construir um
mundo melhor e sustentável. É muito bom ver um livro que trata disso. Nos identificamos.”
Guilherme Leal
NATURA
“Posso resumir minha admiração pela obra do Augusto e Lauterborn usando seus 4 Es
de outra forma: É Essencial e Eriquecedor Estudá-lo. Apenas lê-lo é muito pouco.”
Marcelo Miyashita
FACULDADE CÁSPER LÍBERO
AUGUSTO NASCIMENTO
• Brasileiro.
• Especialista e consultor de Branding, Marketing e Vending.
• Publicitário, com experiência em agências, veículos e anunciantes.
• Fundador e diretor do SENAC Propaganda.
• Professor de pós-graduação na ESPM do Brasil por mais de 15 anos.
• Fundador e diretor da DIRETOTAL, a primeira agência brasileira de mar-
keting de relacionamento com a marca.
• Responsável pelo lançamento, no Brasil, de mais de 20 livros de autores estran-
geiros sobre marketing, incluindo O Novo Paradigma do Marketing, do prof.
Lauterborn.
• Sócio do Clube de Criação de São Paulo (CCSP) e do Grupo de Planejamento.
• Sócio da Rede BBN Mundial e diretor-consultor da agência BBN Brasil.
ROBERT LAUTERBORN
• Americano.
• Consultor de marketing e comunicações.
• Professor com o título James L. Knigth na North Carolina of University.
• Ex-diretor de marketing da General Electric (GE) e da Advertising&Sales
Promotion Operations (A&SPO).
• Ex-diretor de marketing de empresas de consultoria, incluindo a Andersen
Consulting.
• Autor de artigos sobre marketing nas mais conceituadas revistas de marketing
e de negócios no mundo.
• Palestrante internacional com eventos realizados em mais de 30 países.
• Co-autor do livro Integrated Marketing Comunications, e de O Novo Paradig-
ma do Marketing, em português.
• Autor do artigo “Dos 4 Ps aos 4 Cs de Marketing”, publicado originalmente
pelo Advertising Age.
Muito obrigado a todas as pessoas que tiveram paciência de ler nosso livro na
pré-edição. Desde 2004, quanto começamos a enviar exemplares da pré-edição,
fomos recebendo sugestões de melhorias. Este processo continuou até 2007,
quando vieram mais e mais comentários. Muitos amigos – profissionais de
marketing e propaganda, autores de livros de negócios, empresários, executi-
vos e professores universitários – nos enviaram dicas interessantíssimas, lem-
bretes de coisas importantes que havíamos esquecido, correções de datas e no-
mes, entre outras. Todas as contribuições nos ajudaram a fazer um livro bem
melhor do que teríamos feito sozinhos.
Muito obrigado a todos que receberam e leram o livro. Muito obrigado tam-
bém, especialmente a vocês, que aceitaram – além de ler –, redigir um depoi-
mento ou comentário sobre o livro.
Agradecemos especialmente a:
ALEX PERISCINOTO
JOÃO DE SIMONE
MARCOS COBRA
ELOY SIMÕES
MARCONI LEONEL MATIAS DOS SANTOS
TARCÍSIO CARDIERI
IVAN PINTO
THELMA ROCHA
WANDY CAVALHEIRO
FERNANDO CID LUCENA
LEÃO RUBIN
VIVIANE SUHET
ANDRÉA CORDEIRO
LUPÉRCIO ARTHUR HILSDORF
JOEL DEPORTE SEVERO
RENATA GOMES
Não pretendemos que este seja um livro de história no sentido rigoroso da ex-
pressão. Não temos a pretensão de catalogar fatos e, nem mesmo, de analisá-los,
pois este papel cabe aos historiadores.
Tratamos de fatos selecionados sem o rigor dos historiadores e, provavelmen-
te, nem fomos mesmo muito precisos em um ou outro fato em termos de datas.
Os fatos citados, mostrados em ilustrações, fotos ou pequenas citações, são ape-
nas referências para acompanhar e ilustrar.
Não nos fixamos nos fatos históricos em si. Selecionamos apenas alguns fatos
históricos para o propósito de contextualizar os conceitos e as idéias surgidas
nas épocas mencionadas. Mas não utilizamos critério algum de relevância histó-
rica, dentro da visão ou das práticas dos historiadores.
Nossa seleção de fatos foi muito pessoal e está associada ao nosso conheci-
mento, à nossa experiência de vida e à nossa informação cultural. Não tivemos, e
não temos, intenção alguma de discriminar e nem de dar preferência a esse ou
àquele modelo, a esse ou àquele movimento, a essa ou àquela escola, partido, or-
ganização ou visão de mundo.
E um detalhe: como este livro tem edições em português e em inglês, em cada
edição há fatos, fotos e ilustrações que são específicas. Os fatos foram seleciona-
dos por sua identificação maior com o leitor de cada língua. Em resumo: não so-
mos historiadores e temos a humildade de deixar isso claro.
Nosso propósito foi – e é – bem modesto: mostrar como as idéias de vendas,
marketing e branding nasceram e se desenvolveram, em qual momento, dentro
de qual contexto e em quais circunstâncias fazem parte do objetivo do livro. Que-
remos mostrar que idéias e conceitos estão sempre umbilicalmente ligados ao
seu tempo.
Por fim, propusemos algo que acreditamos ser novo em termos de conceitos.
Esperamos humildemente que isso tenha utilidade para você e para sua empresa.
2 OS 4 Es DE MARKETING E BRANDING
Conceitos e contextos 5
6 OS 4 Es DE MARKETING E BRANDING
Conceitos e contextos 7
8 OS 4 Es DE MARKETING E BRANDING
Conceitos e contextos 9
10 OS 4 Es DE MARKETING E BRANDING
12 OS 4 Es DE MARKETING E BRANDING
14 OS 4 Es DE MARKETING E BRANDING
A marca dos piratas, 1570 – BARETTA – marca italiana com o nome da família
daqueles que do artesão e, posteriormente, fabricante de armas de fogo.
ameaçavam,
saqueavam, pilhavam 1623 – COLBERT – marca de fabricante de vidros, que de-
e roubavam por todos pois virou a atual Saint-Gobain.
os mares do mundo.
A pirataria vem
1649 – FISKARS – marca de fábrica de ferramentas (tesou-
modificando suas ras, martelos, machados, alicates e outras), fundada na
formas de ação. Hoje, Finlândia.
ela produz e vende
produtos falsificados 1680 – PILKINGTON – marca de fabricante inglês de vi-
no mundo todo. dros.
1700 – FABER-CASTELL – marca de fabricante de lápis.
1700 – SAINT-GOBAIN – marca francesa de fabricante
artesanal de vidros, cristais e espelhos, que forneceu
materiais aos palácios dos reis do absolutismo francês.
1767 – BACCARAT – marca da fabricante de cristais e vi-
dros de origem Checa, antiga Boêmia.
1768 – ENCICLOPAEDIA BRITANNICA – marca da
mais conhecida enciclopédia do mundo, produzida por
uma editora inglesa em reação à publicação da primeira
enciclopédia da história humana, que era francesa.
1770 – YARDLEY – marca de perfume, criada por um bo-
ticário de Londres.
1790 – EAU DE COLOGNE No. 4711 – marca francesa do
perfume Água de Colônia, pertencente ao perfumista
Muellens.
1799 – ATKINSONS – marca de perfumes pertencente a
um produtor de artigos do boticário de Londres.
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Olimpíadas de
Munique o terrorismo
mundial faz
vítimas em 74.
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Brasil dá vexame e Problema 11. Visões divergentes sobre marketing nos vários
Itália é campeã na
Alemanha. Maior
escalões de gestão das empresas: Com CEOs, diretores e ge-
destaque da Copa: a rentes pensando e agindo cada um por si, de modo desco-
cabeçada de Zidane nexo, sem harmonia, sem sinergia e sem programas inte-
no zagueiro italiano. grados. Em muitas organizações, a formação do CEO é
Preço: Sua empresa pode mexer no preço. Pode colocá-lo mais alto que o preço
dos concorrentes e, com isso, levar à percepção de que seu produto é melhor e,
portanto, custa mais caro.
Ou pode oferecer o produto a um preço baixo para dominar o mercado. Pode
estar com preço equivalente à média do mercado se o produto for superior e, as-
sim, ter a melhor relação custo x benefício.
Se fez a lição de casa, comparativamente aos concorrentes, então deve ter de-
finido um portfolio de produtos, e também as várias faixas de preço nas quais
pretende competir, de modo a conseguir penetração maximizada. Pouco im-
porta se vai brigar na faixa de consumo de preço baixo (low price), de preço mé-
dio (medium price) ou de preço alto (premium price). Ou mesmo se num mix
dessas faixas.
Promoção: Sua empresa pode decidir se, e como, faz publicidade do produto;
se, e como, o trabalha em promoções de vendas; se o divulga de algum modo
institucional, em termos de relações públicas, ou de forma cooperada com os
canais.
Uma consideração importante: não existe marca forte sem publicidade con-
sistente.
Em termos publicitários, as empresas precisam considerar dois elementos:
força (capacidade de investimento publicitário) e inteligência (capacidade estra-
tégica e mensagem). Se a marca ou a empresa tem mais verba que os competido-
res, o peso da mensagem é menos importante. Basta anunciar que a marca apa-
rece e destaca-se.
Mas se a empresa tem menos verba que os seus competidores, então são ne-
cessárias estratégia e mensagem diferenciadas. Infelizmente, os anunciantes me-
nores, geralmente, tendem a querer imitar a propaganda dos maiores. Com isso,
1. A propaganda já teve sua fase artística ingênua (bem no seu início, na primeira
metade do século XX), depois veio a propaganda criativa e profissional (que vigo-
rou nos anos 70, 80, 90 e ainda resiste, mas está em fase terminal), e agora esta-
mos entrando na fase da propaganda construída ou competitiva (que deverá ser
predominante no século XXI). Essa propaganda construída é especialmente ba-
seada em branding (branding based) para criar identificação instantânea e dife-
renciação relevante. Ela está associada aos 4 Es de branding.
2. Os consumidores compram produtos por três razões básicas: funcionais,
emocionais ou sociais. Um produto que é divulgado apenas pelas suas carac-
terísticas funcionais compete com outras marcas similares sem se destacar
delas. É quando o consumidor quer um produto que faça algo por ele. Por
exemplo: uma cola que realmente cole. Neste caso, ele não tem preferência
nem por uma marca, nem por outra. Aqui, a propaganda não agrega valor,
pois o consumidor não decide em função de marca e, sim, pela característica
funcional. No caso da marca ser divulgada ou promovida em função de atri-
butos emocionais, então a propaganda começa a agregar valor específico
para uma marca em detrimento de outras. Existe, neste sentido, a perspecti-
va do consumidor preferir a marca com a qual ele se vincula emocionalmen-
te. Aqui, então, a propaganda passa a ser algo valioso, que vai agregar prefe-
rência, mesmo que o produto custe mais. Isso gera mais margem. Finalmen-
te, se a propaganda ajudar a construir a preferência em termos sociais, então
ela está sendo incrivelmente valiosa, pois está criando pressão de demanda e
No modelo 1 – Casa das Marcas: A empresa tem uma marca corporativa discre-
ta e quase desconhecida (Unilever, por exemplo) que raramente aparece, mas
tem muitas marcas de produtos fortes e conhecidas pelos consumidores (Omo,
Kibon, Gessy etc.).
O segundo “E” trata do cliente, seja o cliente final ou o consumidor, seja o clien-
te intermediário ou as pessoas do trade, também chamados de membros com-
ponentes da infra-estrutura do negócio. O cliente intermediário é aquele que faz
o produto andar até o ponto-de-venda, até o consumo. Todos são clientes e, por
isso, o marketing e o branding, juntos, exigem que os principais gestores assu-
mam essa responsabilidade.
Verifique na sua empresa o que se faz sobre esse “E”. Faça uma reflexão sobre
alguns pontos específicos: além de oferecer serviços e produtos de qualidade, sua
empresa precisa estar muito atenta aos clientes. Será que ela está? A cada dia, os
concorrentes podem estar criando coisas para roubar seus clientes, para obter a
preferência deles. Lembre-se de que não é sua empresa que tem os clientes, e sim
são os clientes que têm a sua empresa, o seu produto ou o seu serviço, enquanto
quiserem. Especialmente se a situação de sua empresa não for de monopólio,
então ela enfrenta o excesso de oferta que muitos chamam de supercompetitivi-
dade. Assim, são os clientes que encontram na sua empresa, no seu produto ou
serviço uma das alternativas que podem escolher, ou não. Eles podem comprar
de você, ou dos seus competidores.
Sua empresa pode pensar em agregar mais valor ao seu produto ou serviço, de
modo a encantar os bons clientes. Mas é preciso ter claro que sua empresa não
vai encantar todo mundo. Foque. Escolha. Analise o contexto competitivo da
marca, a sua e a de seus concorrentes. Encante apenas aqueles clientes que, se-
gundo sua empresa, são estratégicos e rentáveis. Todos os clientes atuais, futu-
ros, e até mesmo os ex-clientes precisam ser muito bem atendidos. Porém, so-
mente alguns merecem mais que isso.
Não esqueça de que há dois tipos de clientes buscando coisas diferentes na sua
empresa, no seu produto ou serviço: os clientes finais (sejam eles pessoas físicas
ou jurídicas) e os clientes intermediários (as pessoas que estão na cadeia de dis-
tribuição, as que fazem recomendação e prescrição, as que são aplicadores ou
usuários e outros). Todos eles precisam ser pesquisados com regularidade sobre
seu grau de satisfação e encantamento.
O consumidor, se está feliz com o produto ou o serviço, recompra, premian-
do assim a sua empresa. Se não, ele simplesmente muda de marca e sua empresa
perde mercado e dinheiro. Já os clientes intermediários precisam obter aquilo
que buscam: lucros, premiações, recompensas, crédito etc. No caso deles, é pre-
ciso ir além dos antigos conceitos de incentivos de vendas e giro. Hoje, o trade
Estratégia 4. Crescimento por franchising: Nesta opção uma empresa cria uma
marca e um modelo de negócio. Depois, busca empreendedores parceiros para
investirem junto no negócio e na marca, cobrindo territórios geográficos priori-
tários.
Estratégia 5. Abrir o capital ou ir para a Bolsa de Valores: Esta é uma opção boa
para o crescimento do negócio, especialmente se a empresa tiver uma operação a
toda prova, podendo ser auditada e verificada em todas as suas áreas e em seus
números. Neste caso, a empresa deverá estar preparada para adotar um processo
Estratégia 6. Partilhar a gestão através da venda ou fusão com outra empresa, ou fa-
zer co-gestão em parceria com um fundo ou com um banco: Nesta opção a idéia é
buscar o crescimento com o capital de terceiros. Esta é uma opção para as empre-
sas que passam por dificuldades financeiras. Mas, neste caso, não podemos cha-
má-la de estratégia, pois, freqüentemente, esta é a última opção para salvar o ne-
gócio.
Esta estratégia funciona também para empresas e marcas que estão equilibra-
das, mas que querem crescer mais rápido. Neste caso é, sim, uma estratégia. Os in-
convenientes são os prováveis choques de cultura e de estilos pessoais, que acabam
matando boas marcas e impondo marcas sem força para o mercado, apenas por
questões de supremacia de mando executivo. Mas é uma opção interessante, se a
empresa desejar capital e não quiser ir para a Bolsa, pois os bancos e os fundos de
investimentos dispõem de grandes excedentes para investir em bons negócios e
boas marcas.
Estratégia 9. Parceria e conciliação com comerciantes ou trade: Mais uma vez, in-
dependentemente da origem do capital da empresa, ela pode decidir fazer cres-
cer o negócio com base em uma estratégia de onde a empresa busca a harmonia
negocial com os canais de varejo, visando obter vantagens em relação aos com-
petidores.
Estratégia 12. Criação de novo valor decisivo para o consumidor: Neste caso, a em-
presa estuda com profundidade os elementos que são mais importantes do pon-
to de vista do consumidor e se concentra em oferecê-los de modo superior ao
que é praticado pelos concorrentes.
Estratégia 15. Combinação de qualquer uma das estratégias adotadas com a estra-
tégia 3 (Estratégia de diferenciação por personalidade de marca): Para cada estraté-
gia adotada ou para cada combinação de estratégia, se você quiser ter sucesso
com sua marca, recomendamos que recombine-a ou recombine-as com a estra-
tégia 3. Isso porque ela não é apenas uma estratégia no cardápio das opções. Ela é
Em português
1. DRUCKER, Peter. Administração: tarefas, responsabilidades e práticas. Pioneira, 1975.
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