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Os Planetas Metálicos da Alquimia

Os Planetas de nosso sistema solar gravitam harmoniosamente ao redor do Sol. É


realmente maravilhosa a dança dos mundos ao redor de seu centro gravitacional.
Entretanto, para nós o mais interessante de tudo isto são os planetas metálicos da
Alquimia. Observando de forma clara e precisa a ordem dos mundos, podemos traçar
um esquema perfeito.

Observem, irmãos, observem cuidadosamente a ordem dos mundos para que possam
então compreender qual é o trabalho da Alquimia Sexual.

Aqui temos Saturno e, na parte mais baixa, a Lua. Vamos colocá-los em ordem: sobre
a Lua está Mercúrio; um pouco acima, na ordem dos mundos, está Vênus; a seguir o
Sol, o astro-rei; mais além Marte, o planeta da guerra; vem então Júpiter e, a seguir,
Saturno, o mais elevado.

Se observamos detidamente a ordem dos mundos, vemos que o Sol está no centro. É
ele que dá a vida a todos os planetas do Sistema Solar.

É mediante a Alquimia Sexual que se podem realizar transformações maravilhosas.


Antes de tudo, convém saber que estes planetas têm seus expoentes em nosso próprio
sistema seminal e dentro de nosso próprio organismo, aqui e agora. Saturno, o Ancião
dos Céus, se converte em nosso interior, mediante a alquimia sexual, na Lua. Por que?
Porque os dois extremos estão em exata correspondência mútua.

Mediante a alquimia sexual, Júpiter se transforma no Mercúrio da Filosofia Secreta;


precisamente o mais interessante da Grande Obra é ver seu próprio Mercúrio no
espelho da Alquimia. Dizem os grandes Mestres que, quando isto acontece, o "São
Tomás" que muitos levam dentro de si fica desconcertado. De modo que Júpiter
transformando-se em Mercúrio é algo extraordinário; o corpo astral surge então
esplêndido, o que significa uma transformação magnífica em nossa psique.

Marte deve ser convertido em Vênus. Este Marte belicoso e terrível que todos
carregamos em nossas próprias profundezas, este Marte guerreiro e pelejador, deve
transformar-se na Vênus do amor.

E, finalmente, fica o Sol como centro, dando vida a toda a nossa constituição íntima.
Estes planetas metálicos, portanto, estão também em nosso caos metálico, ou seja, no
sistema seminal, no Ens-Seminis ("Entidade do Sêmen"). É surpreendente que o velho
e venerável Saturno venha a transformar-se efetivamente, a converter-se no menino
de beleza encantadora que deve nascer em nós, pois cada um de nós deve na velhice
transformar-se em menino, como dizem os psiquiatras...

É extraordinário que este Júpiter tonante, cuja esposa é a Vaca Sagrada, Devi
Kundalini Shakti, se converta, mediante a alquimia sexual, no Mercúrio da Filosofia
Secreta, neste Mercúrio que podemos chegar a ver no espelho extraordinário da
Alquimia. Diziam os grandes Mestres da Alquimia: "Bendito seja Deus, que criou o
Mercúrio, pois sem ele a Grande Obra não seria possível para os alquimistas".

O Mercúrio nos deixa realmente admirados; ele se origina das transmutações, das
transformações do esperma sagrado. Ele resulta da magia sexual. É como o vapor que
se levanta do poço, como a nuvem que surge do caos metálico. Este Mercúrio, não
obstante, possui uma inteligência de tipo sublime, inefável; assim, pode
verdadeiramente transformar-se o chumbo da personalidade no ouro magnífico do
espírito. Também pode assomar através de nosso rosto para ver-se no espelho mirífico
da alquimia.
E se pensamos em Marte, o guerreiro, o senhor do ferro; se pensarmos nessas forças
belicosas que levamos em nosso interior, essas forças duras e terríveis, não podemos
deixar de nos espantar ao ver como, mediante a Alquimia Sexual, vem a nascer em
nós o senhor do amor. Isto nos convida à reflexão, que o venerável ancião dos séculos
se converta no menino amoroso que se move dentro dos templos da Fraternidade
Branca Universal.

Isto é assombroso, que o Júpiter tonante, este Terceiro Logos inefável, este Arqui-
Hierofante e Arqui-Mago de que nos falou Mario Roso de Luna, o ilustre escritor
espanhol, se transforme no Mercúrio da Filosofia Secreta, no Deus da eloqüência, nesta
forma lúcida de um Cagliostro ou na figura portentosa de um Saint-Germain, ou
simplesmente nessa apoteose de nossa psique durante o êxtase magnífico.

Verdadeiramente, isto não pode produzir em nós nada menos que assombro. Eu, a
quem coube ver meu próprio Mercúrio refletido no espelho da Alquimia, dou
testemunho do que vi e digo que é grandioso.

Se disséssemos apenas que o Mercúrio resulta das transformações do esperma em


energia e que mediante este agente conseguimos transformar o chumbo em ouro, não
teríamos ainda dito a última palavra. Ficaria incompleta a explicação, porque esse
Mercúrio não é apenas um agente puramente metálico capaz de realizar
transmutações. Não, há algo mais nesse Mercúrio, é o Deus da eloqüência, é o gênio
vivo que resplandece no corpo astral do Arhat Gnóstico, é o próprio Logos, o próprio
Terceiro Logos convertido ou transformado, por meio do sexo, no Filho do Homem.

Não é, portanto, uma mera substância em estado bruto ou meramente metálica, não é
apenas essa matéria venerável da qual nos falaram Sendivogius, Raymond Lulle,
Nicolas Flamel, Paracelso, Bernardo Trevisano, etc. É algo mais, é Júpiter tonante
convertido em gênio manifesto, é Júpiter tonante convertido no planeta metálico de
Mercúrio. Falando em termos metálicos, diríamos que é o "status" convertido no
Mercúrio vivente filosofal, que Marte belicoso se converte nessa criatura formosa e
perfeita que anda pelos templos, nesses seres do amor, nesses irmãos maiores da
humanidade.

É extraordinário, meus caros irmãos, como a alquimia sexual produz em nós as


permutações dos planetas metálicos, a transformação dos metais de um em outro, as
mudanças radicais que originam uma nova criatura transcendente e transcendental. De
que outro modo poderiam realizar-se essas permutações metálicas dentro de nós
mesmos? Obviamente, sem o fogo sagrado da Alquimia, sem a Sahaja Maithuna, seria
absolutamente impossível realizar mudanças deste tipo.

Como vocês podem ver, o que buscamos é converter-nos em algo diferente, em algo
distinto, que as diversas substâncias químicas se combinem dentro do organismo para
originar os diferentes funcionalismos biomecânicos ou fisiológicos. Se existem tantos
fenômenos catalíticos e metabólicos, se o açúcar pode transformar-se em álcool,
indubitavelmente existem também as diversas permutações alquímicas, que, através
de incessantes combinações, vêm realmente a converter-nos em Deuses inefáveis
terrivelmente divinos. A Sahaja Maithuna, a magia sexual, é claramente o
fundamento vivo da Grande Obra.

O ser humano ingressa no claustro materno como um simples germe para


desenvolver-se. Depois de nove meses, tal germe vem à existência já mais
desenvolvido, mas não completamente. Durante os primeiros sete anos da infância,
passamos manifestamente pela influência lunar. Gozamos então da felicidade do lar, a
menos que um karma violento nos desvirtue esses primeiros anos de vida. Mas o
germe não está ainda completamente desenvolvido. O fato de haver nascido e de
haver voltado à existência um pouco mais desenvolvido não significa que tenha
terminado sua evolução.

Durante estes sete primeiros anos da existência manifesta-se no organismo dos


(meninos) varões a primeira zona testicular, que produz certas células que lhe
permitem existir; quanto às meninas, seus ovários produzem certas células, certos
princípios que as sustêm vitalmente.

Mais tarde, aquele germe, continuando seu processo de desenvolvimento, entra sob a
influência de Mercúrio. Então o menino vai à escola, estuda e brinca, já não pode estar
sempre dentro de casa. Mercúrio o move, o agita e inquieta. A segunda capa testicular
produz no varão determinadas células que vêm a especificar e a definir completamente
seu sexo.

Passada essa época, entramos sob a influência de Vênus, dos quatorze aos vinte e um
anos. Diz-se que esta é a idade da "pontada"; homens e mulheres começam a sentir a
inquietude sexual, pois as glândulas sexuais entram em atividade.

A terceira capa testicular produz nos varões os zoospermas. Mas estes não estão ainda
suficientemente maduros, e tampouco o homem entre os quatorze e vinte e um anos
terminou seu processo de desenvolvimento. O germe não está ainda inteiramente
desenvolvido.É grave, portanto, que o germe que não concluiu ainda seu processo
natural de desenvolvimento inicie as relações sexuais.

Indiscutivelmente, não é recomendável o coito para tais germens cujo


desenvolvimento é ainda incompleto, não é correto que aquele que passa por sua
segunda infância ou adolescência copule. É óbvio que o coito para esses germens que
não terminaram seu desenvolvimento, ou seja, para os meninos e adolescentes, traz
indiscutível e irrefutavelmente prejuízos muito graves para a sua saúde e sua mente.

Estes prejuízos, embora não sejam percebidos a princípio, durante a juventude, são
sentidos na velhice. Assim, vemos que hoje é normal que qualquer homem comece a
perder sua virilidade entre os quarenta e os cinqüenta anos, devido aos abusos da
adolescência e até mesmo da segunda infância.

Como dissemos, a primeira infância vai do nascimento aos sete anos, e a segunda dos
sete aos quatorze anos. Infelizmente, hoje em dia - é doloroso dizê-lo - muitos
meninos de doze ou treze anos já estão copulando, e aqueles que não o fazem
cometem o crime de masturbar-se. Com a masturbação, eliminam seus hormônios,
degeneram seu cérebro, atrofiam sua glândula pineal e se convertem em candidatos
seguros ao manicômio.

Sabe-se que, depois do coito, o pênis continua com certo movimento peristáltico
destinado a recolher energias vitais do útero feminino para repor seus princípios
genésicos eliminados. Entretanto, com a masturbação, tal movimento peristáltico do
falo, ao invés de assimilar energias vitais femininas, princípios úteis para a existência,
absorve ar frio, o qual passa diretamente ao cérebro. O resultado é a idiotia, a
degeneração mental ou a loucura.

O vício da masturbação está também, desgraçadamente, muito popularizado entre o


sexo feminino. Obviamente, com tal vício, muitas mulheres que poderiam ter-se
tornado excelentes esposas se degeneraram prematuramente, envelheceram
rapidamente, perderam seu potencial sexual e se converteram em verdadeiras vítimas
da vida.
Assim, convém compreender todos estes aspectos do sexo, é bom saber o que é
realmente o sexo. É absurdo que os adolescentes tenham relações sexuais, já que são
apenas germens que não terminaram ainda seu desenvolvimento. Este
desenvolvimento vem a terminar com a idade de vinte e um anos. É então que
realmente começa a maioridade, a idade responsável, como é chamada.

Dos vinte e um aos quarenta e dois anos temos que conquistar nosso lugar à luz do
Sol. Dos vinte e um aos quarenta e dois anos fica completamente definida nossa
vocação na vida e o que havemos de ser.

Infelizmente, aqueles que já alcançaram a maioridade geralmente não tiveram uma


orientação sexual específica. Sem haver concluído seu desenvolvimento como germes
que um dia entraram no ventre materno, desperdiçaram seu capital hormonal,
gastaram sua potência viril, e, ao chegar à idade de vinte e um anos, descobrem que
sua força mental se encontra muito débil.

Obviamente, esta força é irradiada pela glândula pineal, mas, quando esta glândula se
debilitou pelo abuso sexual (porque a pineal e as glândulas sexuais estão em íntima
relação recíproca), o resultado é que nos encontramos em situação desvantajosa para
conquistar nosso lugar à luz do Sol.

Como conseqüência, ao não irradiar com potência nossas ondas psíquicas, devido à
debilidade da pineal (situada na parte superior do cérebro), fracassamos
profissionalmente, ou se dificulta a luta pelo pão de cada dia. Nossos negócios
fracassam, e aquelas pessoas com quem devemos ter contato comercial não sentem
nosso impulso, cancelam seus negócios e dificilmente conseguimos vencer.

Se o germe se desenvolvesse sem intervenções de qualquer espécie, se não tivesse


abusos sexuais, ao atingirmos a idade de vinte e um anos possuiríamos uma potência
energética extraordinária e conquistaríamos nosso lugar à luz do Sol com pleno êxito.

Temos aqui no México cinqüenta e seis milhões de habitantes, cinqüenta e seis milhões
de pessoas lutando pela existência; há doze milhões de analfabetos e dezenove
milhões de pessoas padecem fome e miséria. Poderíamos protestar contra o governo
ou os governos, mas nada resolveríamos com tais protestos. Na realidade, não
devemos culpar a outros por nossa má situação; só nós mesmos somos responsáveis
por nossa má situação econômica.

Sempre atribuímos a culpa aos diversos sistemas políticos ou econômicos, sempre


acusamos o Presidente ou os presidentes das nações. Isto é absurdo, pois somos nós
os criadores de nosso próprio destino. É óbvio que, se ingressamos na luta pela vida
com debilidade, se não possuímos as forças psíquicas, mentais e eróticas potentes
para abrirmos caminho na vida, teremos que sofrer fome e miséria.

Se se permitisse àquele germe que um dia entrou no ventre materno desenvolver-se


harmonicamente até os vinte e um anos, entraríamos então no caminho da vida com
grande êxito, fortes, poderosos, cheios de saúde e energia; mas, desgraçadamente,
estamos copulando desde a segunda infância, não se tem permitido ao germe
continuar e concluir com êxito e sem interferências seu processo de desenvolvimento.

Quanto ao sexo feminino, devo dizer que o germe conclui seu desenvolvimento aos
dezoito anos, ou seja, a mulher se desenvolve mais rápido que o varão, e por isso
pode realmente casar-se mais jovem. Mas, que um homem ou menino, ainda não
sendo homem, mas apenas um germe em desenvolvimento, se case antes dos vinte e
um anos, que esteja copulando desde os quatorze, isto é absurdo, manifestamente
criminoso, monstruoso no sentido mais completo da palavra.
Após os quarenta e dois anos, ou seja, depois que haja passado a influência solar,
durante a qual havemos de conquistar nosso lugar à luz do Sol, entramos na época de
Marte, que vai dos quarenta e dois aos quarenta e nove anos. Quem ignorar estes
ciclos cósmicos repetindo-se no microcosmos homem, sem dúvida não sabe aproveitar
o ciclo de Marte e criará apara si mesmo uma velhice miserável.

É bom que pensemos um pouco na velhice, caros irmãos, é bom que nos preparemos;
não é correto que esperemos ser anciãos para então tentarmos arranjar nossa
existência. Assim como na infância tivemos um berço e um lar, um pai e uma mãe, na
velhice necessitamos de uma casa, um lar, e precisamos ter uma fonte de renda
suficiente para que não pereçamos de fome e miséria.

Entre os quarenta e dois e os quarenta e nove anos manifesta-se o ciclo de Marte, e


então, durante esta época, devemos trabalhar de forma intensíssima, ao máximo. É
nesta fase que devemos dar forma concreta a este lar de que necessitamos para nossa
velhice, e criar uma fonte de renda absolutamente segura para esta última fase da
vida; Marte nos ajuda com sua potência energética.

Mas, infelizmente, muitos abusaram do sexo durante os ciclos de Vênus e do Sol, e, ao


atingir o ciclo de Marte, apesar de receber a influência deste Planeta, estão tão
esgotados por sua forma de viver o sexo e por seus abusos que não sabem aproveitar
como deveriam seu potencial. O resultado vem a ser então lamentável, pois não
aproveitam como se deve o ciclo de Marte.

Então vem, como conseqüência ou corolário, uma velhice miserável. A velhice vem
encontrar-nos sem uma fonte segura de renda, e então, em vez de sermos úteis de
alguma forma, ainda que seja apenas para nossos netos, convertemo-nos em estorvo
para todo o mundo, tudo por não sabermos viver!

Após os quarenta e nove anos, ou seja, dos quarenta e nove aos cinqüenta e seis,
entra em nossa vida Júpiter Tonante, Júpiter terrível. Ele dá o cetro aos reis, a vara aos
patriarcas, o corno da abundância a quem o merece. Mas, se não tivermos lutado
verdadeiramente durante o ciclo de Marte, ou se lutamos em desvantagem devido ao
abuso sexual; se não tivermos aproveitado devidamente a influência solar, deixando de
desenvolver harmoniosamente aquele germe que um dia entrou no ventre materno,
então a influência de Júpiter, em vez de tornar-se positiva, colocando em nossas mãos
o cetro dos reis, nos trará a miséria. Leve-se em conta que cada planeta tem um duplo
aspecto, positivo e negativo.

Se Júpiter tonante tem como regente o anjo Zachariel, tem também sua antítese
tenebrosa, Sanagabril. Deve-se distinguir entre Zachariel e Sanagabril, pois são
diferentes; distinga-se entre o corno da abundância e o bastão do mendigo.
Obviamente, aquele que gastou seu potencial sexual, seus valores vitais, seu capital
cósmico, recolhe os resultados: miséria, probreza e humilhação no ciclo de Júpiter.

A velhice propriamente dita começa aos cinqüenta e seis anos com Saturno, o Ancião
dos Céus, e termina aos sessenta e três; não quero dizer que aos sessenta e três anos
tenhamos todos que morrer, mas apenas que o primeiro ciclo de Saturno começa aos
cinqüenta e seis anos e termina aos sessenta e três. Depois vêm outros ciclos - seguir-
se-ia o ciclo de Urano, por exemplo, mas este o captariam apenasos indivíduos
interiormente desenvolvidos, os grandes iniciados.

Com seus sete anos, um ciclo de Netuno seria para os grandes hierofantes; um ciclo de
Plutão para os Mahatmas. Ainda mais além seguiriam dois ciclos transcendentais e, por
último, deliciosas harmonias e poderes para aqueles que já obtiveram o Elixir da Longa
Vida.
Mas, falando concretamente, o ciclo de Saturno, para as pessoas comuns, dura sete
anos. Ao se atingir os sessenta e três anos termina o ciclo de Saturno; vêm então
outras combinações, Saturno com Lua, Saturno com Mercúrio. A cada sete anos vem
nova mudança; Saturno com Vênus, etc., etc.

Por isso vemos que os velhos vão mudando à medida que avançam em idade. Um
velhinho, por exemplo, dos sessenta e três aos setenta, combinando-se nele Saturno
com a Lua, torna-se bem infantil em sua maneira de ser, e dos setenta aos setenta e
sete passaria a ter certas inquietações mercurianas, desejos de estudar ou de saber, e
assim sucessivamente.

De qualquer modo, durante toda a velhice, Saturno de combina de uma forma ou de


outra com os outros mundos. É óbvio que Saturno, o Ancião dos Céus, é a espada da
Justiça que nos alcança desde o céu. Se não soubermos viver harmoniosamente com
cada um dos ciclos planetários, obviamente recolheremos os resultados com o Velho
Saturno, o Ancião dos Céus.

Assim, meus queridos irmãos, são maravilhosas estas extraordinárias transformações


vitais de nossa existência. As pessoas normais, comuns e correntes pensam que ao
chegar aos vinte e um anos já somos maiores de idade. Normalmente sim, o germe
que nasceu, que entrou um dia no ventre da existência e que nasceu vivo para a vida
conclui seu desenvolvimento aos vinte e um anos, isto é exato.

Porém, se cumpríssemos com o dever cósmico, como faziam nossos antepassados, os


lêmures e os atlantes, nos converteríamos em homens verdadeiros e em deuses. Qual
é o dever cósmico? Vou dizer-lhes qual é:

1º) Não permitir que os conceitos intelectuais passem pela mente de forma mecânica.
Em outras palavras: fazer-nos conscientes de todos os dados intelectivos provindos da
mente. Como? Por meio da meditação. Se lemos um livro, meditar sobre ele, tratar de
compreendê-lo.

2º) Emoções. Devemos fazer-nos conscientes de todas as atividades do centro


emocional. É lamentável como as pessoas agem sob o impulso de suas emoções de
forma completamente mecânica, sem qualquer controle. Devemos fazer-nos auto-
conscientes de todas as emoções.

3º) Hábitos e costumes do centro motor. Devemos tornar-nos auto-conscientes de


todas as atividades, todos os nossos movimentos e todos os nossos hábitos. Não fazer
nada de forma mecânica.

4º) Devemos nos assenhorar de nossos próprios instintos e submetê-los à nossa


vontade. Devemos compreendê-los a fundo, integralmente.

5º) Transmutar a energia sexual. Mediante a Sahaja Maithuna transmutaremos


incessantemente nossas energias sexuais.

Assim, cumprindo com o dever cósmico, é óbvio que nossa vida se desenvolverá
harmoniosamente, e se formarão em nós os corpos existenciais superiores do Ser.
Então, em harmonia com o infinito e com a Grande Lei, poderemos chegar à velhice
cheios de êxtase e poderemos alcançar a Maestria e a perfeição.

Antes que a grande catástrofe atlante mudasse totalmente o aspecto do globo


terrestre, e antes, principalmente, do desenvolvimento do abominável órgão
Kundartiguador do continente Mu, os seres humanos cumpriam com seu dever cósmico
e podiam então viver, caros irmãos, mil anos.
Quando se cumpre com o dever cósmico, a duração da vida aumenta.
Desgraçadamente, o animal intelectual se degenerou totalmente quando desenvolveu
em sua constituição íntima o abominável órgão Kundartiguador, sobre o qual tanto
temos falado.

É óbvio que, depois de havermos perdido novamente este órgão, ficaram as


conseqüências: o ego, o eu, o mim-mesmo, dentro de nós, e com tais conseqüências
nos tornamos perversos, já não conseguimos cumprir com nosso dever cósmico e a
vida se foi encurtando miseravelmente.

Em outros tempos, quando a humanidade ainda não havia degenerado, quando ainda
cumpria seu dever cósmico, é claro que a existência se alongava, qualquer ser humano
podia até mesmo alcançar a média de mil anos de vida, e o resultado era a formação
em cada criatura dos corpos existenciais superiores do Ser. Foi naquela época que
surgiram sobre a face da terra muitos homens solares, muitos deuses, homens divinos.

Atualmente já quase não se vêem esses seres, porque as pessoas não sabem cumprir
com seu dever cósmico. É portanto necessário vivermos afinados com o infinito,
cumprir com nosso dever cósmico, fazer-nos conscientes de nós mesmos, não gastar
nossa energias sexuais, ensinar nossos filhos a transmutar o esperma em energia,
adverti-los de que é uma desgraça, uma monstruosidade copular antes dos vinte e um
anos. É preciso informar os adolescentes de que não terminaram ainda seu processo
de desenvolvimento, de que são ainda germens em desenvolvimento e de que é
monstruoso que um germe esteja copulando. Os germens são germens e devem
desenvolver-se.

Assim, pois, meus caros irmãos, reflitam sobre tudo isto, utilizem a alquimia em si
mesmos para que possam realizar essas transmutações dos planetas metálicos dentro
de cada um. É por meio da alquimia, mediante o cumprimento do dever cósmico, que
podemos transformar o velho Saturno na Lua divina, no menino. É mediante essa
alquimia sexual, como já disse, que podemos converter Júpiter tonante no Mercúrio da
Filosofia Secreta; é mediante a alquimia que o Marte belicoso pode transformar-se
numa criatura de amor, e assim podemos nascer verdadeiramente como Adeptos.

O importante é, repito, que o germe de desenvolva harmoniosamente e que continue


depois seus processos de desenvolvimento até obter a auto-realização íntima do Ser.

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