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PRÁTICA 

SIMULADA II (TRABALHO) ­ CCJ0148
Semana Aula: 1
ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA. ESTRUTURA DA PETIÇÃO INICIAL.

Tema
ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA. ESTRUTURA DA PETIÇÃO INICIAL.

Palavras­chave
Petição Inicial ­ Requisitos ­ Elementos

Objetivos
Resgatar o conceito de petição inicial que, instrumento da demanda, é a peça escrita na qual o autor formula o pedido de tutela jurisdicional ao Estado­Juiz, para que diga o direito
no caso concreto;
Analisar os elementos da petição inicial, constantes especialmente nos artigos 319 e seguintes do Novo Código de Processo Civil, aplicado subsidiariamente por força do artigo

769 da CLT;
Identificar os aspectos formais da petição inicial; quando escrita à mão, bem como na sua forma digital.

Estrutura de Conteúdo
1. A Disciplina Prática Simulada:

            a. plano de ensino;

            b. bibliografia recomendada;

            c. objeto, procedimentos e métodos da disciplina.

2. Conceito de Petição Inicial:

a. ato processual pelo qual se exerce o direito de ação; i. forma escrita; ii. veiculada por meio eletrônico.

3. Elementos da Petição Inicial; requisitos do artigo 840 da CLT e dos artigos 319 e seguintes do Código de Processo Civil.

4. Aspectos Formais da Petição Inicial

a. Endereçamento ? ART.  840 CLT e  ART. 319, I, CPC/15.

b. Colocar endereço eletrônico do advogado também na inicial e não somente na procuração

c. Qualificação. Não obstante a previsão contida no ART. 319, II, CPC/15, em atenção ao Provimento CGJT s/nº de 06/04/2006,
que dispõe sobre a Consolidação dos Provimentos da Corregedoria­Geral da Justiça do Trabalho, vejamos os itens que são necessários
para uma qualificação completa:

d. Gratuidade de Justiça:  antes da narração dos fatos, demonstrando a hipossuficiência econômica do reclamante. Art. 14, §1º da
Lei 5584/70, além do art. 790, §3º da CLT e art. 98 CPC.

Obs: Atenção: não obstante perceba salário superior ao dobro do salário mínimo no curso de sua relação de emprego, o reclamante
poderá requerer a gratuidade caso esteja desempregado desde o fim de sua relação, sem receber suas verbas decorrentes da extinção
do contrato e declare a sua hipossuficiência econômica.

e. Ainda antes da narrativa dos fatos, ficar atento para possíveis alegações de PRIORIDADES NO ANDAMENTO
PROCESSUAL ? principais:

*PRIORIDADE DO IDOSO: ART. 71 da Lei 10.741/03 e art. 1048 do CPC

*PRIORIDADE CRIANÇAS E ADOLESCENTES: ART. 1048 CPC

*PRIORIDADE DOENÇA GRAVE: ART. 1048 CPC

*PRIORIDADE DEFICIENTE:  art. 9? Lei 13.146/15

*MASSA FALIDA: ART.449 e 768 CLT

*SALÁRIO e FALÊNCIA: ART. 652, § único da CLT

f. Liminar (art. 659, IX e X da CLT) / Tutelas provisórias (arts. 300 e segs. CPC/15)

g. Honorários advocatícios (Súmula 219 TST)

Estratégias de Aprendizagem

O aluno deverá ser capaz de reconhecer as tipologias textuais presentes na petição inicial e elaborar, obedecidas às formalidades, uma petição inicial quanto à sua estrutura.
Estratégias de Aprendizagem

O aluno deverá ser capaz de reconhecer as tipologias textuais presentes na petição inicial e elaborar, obedecidas às formalidades, uma petição inicial quanto à sua estrutura.

Elaborar uma petição inicial genérica, relembrar os conteúdos básicos acerca da competência trabalhista (artigo 114 da CRFB e 651 da CLT), dos elementos da ação e das formalidades para

elaboração de uma petição inicial.

Atentos as aulas de Direito do Trabalho I e II e Processo do Trabalho, relembrar os fatos jurígenos e a importância do pensamento lógico formal dedutivo para a elaboração das peças

processuais, em especial da petição inicial. 

ESTRUTURA DO CONTEÚDO DA AULA

Petição inicial

Conceito ­ A petição inicial, instrumento de demanda, é a peça escrita na qual o autor formula o pedido
de tutela jurisdicional ao Estado­juiz, para que diga o direito no caso concreto.

Elementos

Deve a peça indicar (art. 319 do Novo CPC Lei 13.105/2015):

I ­ o juiz ou tribunal a que é dirigida (EM CAIXA ALTA).

II ­ as partes ­ autor e réu (NOMES EM CAIXA ALTA)  e a sua qualificação

III ­ o fato e os fundamentos jurídicos do pedido, isto é, a causa de pedir e o nexo que, ao ver do autor,
existe entre ela e o efeito jurídico afirmado ou, em outras palavras, o porquê do pedido.

IV ­ o pedido, com as suas especificações, identificando­se claramente:

o objeto imediato (natureza da tutela jurisdicional pretendida: condenatória, declaratória ou constitutiva)
e o objeto mediato (objeto da pretensão de direito material);

o objeto certo e determinado, ressalvadas as hipóteses de admissibilidade de pedido mediato genérico;

a cominação pecuniária para o caso de descumprimento da sentença, se o autor pedir a condenação do
réu a abster­se da prática de algum ato, a tolerar alguma atividade, ou a prestar fato que não possa ser
realizado por terceiro;

em caso de pedido de tutelas de urgência/liminar, este será o primeiro item do pedido, sendo necessária a
prévia fundamentação, na causa de pedir, dos motivos de sua necessidade, com ênfase no preenchimento
dos requisitos legais exigidos para cada instituto, por exemplo: fumus boni iuris e periculum in mora.

V ­ o valor da causa do ponto de vista processual.

VI ­ as provas com que o autor pretende demonstrar a veracidade dos fatos alegados devem ser
requeridas na inicial, que deverá ser instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação,
observando que em alguns casos exige­se o direito líquido e certo, logo não há que se falar em produção
de provas no curso da ação.

VII ­ o requerimento de citação do réu.

VIII ­ a declaração do endereço em que o advogado receberá intimações.

A petição inicial tem por finalidade precípua veicular, com absoluta clareza, a pretensão do Autor à
tutela jurisdicional. Tal objetivo requer alguns cuidados formais que garantam a eficácia da peça como
veículo informativo e formador do livre convencimento motivado do julgador.

Aspectos formais da petição inicial

Seguem alguns parâmetros formais para a elaboração da peça processual:
Aspectos formais da petição inicial

Seguem alguns parâmetros formais para a elaboração da peça processual:

·      Não abreviar nada! Na peça toda. Utilizar a norma culta da língua portuguesa.

·      margem direita de 2cm;

·      margem esquerda de 4cm;

·      fonte, no mínimo, 12;

·      espaço de entrelinha 1,5;

·      recuo nas primeiras linhas dos parágrafos;

·      alinhamento justificado;

·      órgão jurisdicional a que é dirigida em caixa alta;

·      10 cm de espaço entre o endereçamento e o preâmbulo;

·      nomes das partes em caixa alta;

·      nomes dos representantes legais em caixa baixa;

·      nome da ação em caixa alta;

·      discurso indireto (narrativa com os verbos na terceira pessoa);

·      fatos narrados em ordem cronológica;

·      parágrafos curtos;

·      coesão e coerência no discurso;

·      nas citações, deverá ser esclarecida a fonte do texto, sendo em citação doutrinária (nome do autor,
obra citada, editora, ano e página) e em citação jurisprudencial (tribunal, câmara ou turma, espécie de
recurso, número do processo, data da publicação do acórdão);

·      quanto à forma, o texto de citação deve vir entre aspas, devendo haver um recuo da margem
esquerda de 4 cm; o tamanho da letra deve diminuir um ponto e o espaço de entrelinha deve ser reduzido
a simples;

·      a conclusão da causa de pedir é muito importante, devendo ser um fecho adequado para a pretensão
do Autor;

·      não se termina a causa de pedir com citação de texto alheio;

·      o pedido segue a ordem dos atos processuais que serão realizados, devendo ser claro, conciso e, de
preferência, dividido em itens;

·      prova não é item do pedido;

os meios de prova que serão produzidos devem ser indicados

o valor da causa deve ser expresso em reais (R$ xxxx).

Indicação de Leitura Específica

SARAIVA, Renato; MANFREDINI,Aryanna. Curso de Direito Processual do Trabalho. 10. Ed. Rio de Janeiro:Forense; São Paulo:MÉTODO, 2013. págs. 251­279.
Indicação de Leitura Específica

SARAIVA, Renato; MANFREDINI,Aryanna. Curso de Direito Processual do Trabalho. 10. Ed. Rio de Janeiro:Forense; São Paulo:MÉTODO, 2013. págs. 251­279.

Aplicação: articulação teoria e prática
Articulação Teoria e Prática. Os elementos da Petição Inicial de Trabalho; Estrutura de Petição Inicial.

A Petição Inicial

 1. Conceito: A petição inicial, instrumento de demanda, é peça escrita, ou reduzida a termo, na qual o autor formula o pedido de tutela jurisdicional ao Estado­juiz, provocando­o
para que realize o pronunciamento acerca do direito no caso concreto.

2. Requisitos: A petição inicial é prevista no artigo 840 da CLT. Entretanto, por não exaurir o tema, aplica­se subsidiariamente o disposto no artigo 319 do Código de Processo
Civil, por força da expressa menção do artigo 769 da CLT. Assim sendo, são requisitos da petição inicial:

2.1. Endereçamento : (artigo 319, inciso I do CPC/15) O Juízo a que é dirigida. Neste ponto deve­se lembrar o disposto no artigo 651 da CLT, cumulado com o disposto no artigo
112 da CRFB, visando recordar a competência residual da justiça comum estadual.

EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUIZ DA ... VARA DO TRABALHO DE ...

Ou

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ... VARA DO TRABALHO DE...

Ou

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ... VARA DO TRABALHO DE...

Obs: Importante registrar que, alguns autores como Alexandre Flexa e Vólia Bomfim Cassar defendem que a redação do atual CPC/15, em seu art. 319, II, não permite a
manutenção dos modelos de endereçamento acima apontados. Devendo a partir de então se dirigir apenas ao juízo, e não mais ao juiz. Por ex.: ?Meritíssimo Juízo da ... Vara do

Trabalho de ...?. Neste particular, necessário se faz ficar atento ao fato e acompanhar.

2.2. Qualificação das partes: (artigo 319, inciso II do CPC/15 e artigo 840, §1º, da CLT) a qualificação das partes no processo do trabalho (reclamante e reclamado), deve ser

realizada com a inserção do nome completo de cada parte, estado civil, nacionalidade, profissão, nome da mãe, data de nascimento, número de identidade, número de CPF,
número do PIS, número da CTPS, endereço completo com CEP, no caso de ser pessoa física, em sendo pessoa jurídica (reclamada), deverá constar o nome (firma ou
denominação) o número do CNPJ e o endereço de sua sede, sendo desnecessária a indicação dos nomes dos sócios.

Obs.: A qualificação das partes é um texto eminentemente descritivo, no qual se faz uma descrição civil do autor, no caso reclamante, e do réu, no caso reclamado.

Obs.2: A título de exemplo, a qualificação das partes deve assim ser redigida: A, nacionalidade, estado civil, profissão, nome da mãe, data de nascimento, número da identidade,

número do CPF, número e série da CTPS, número do PIS, endereço eletrônico, endereço completo com o Cep, por seu advogado infra­assinado, vem, à presença de Vossa
Excelência, propor a presente... ... pelo rito (ordinário, sumário ou sumaríssimo), em face de NOME DA EMPRESA, pessoa jurídica de direito___(público ou privado)___,
inscrita no CNPJ sob o nº (número do CNPJ), com sede sito à (endereço), pelos fatos e fundamentos que passa a expor:

ART. 2°,II, Provimento CGJT s/nº de 06/04/2006: CADASTRO DE PARTES, ADVOGADOS E PROCURADORES:

a) Cadastro de Partes: nome, RG, órgão expedidor, CNPJ, CPF, CEI (número de matrícula do empregador pessoa física perante o INSS), NIT (número de inscrição do
trabalhador perante o INSS), PIS/PASEP, CTPS, data de nascimento e  nome da mãe do trabalhador, pessoa física/pessoa jurídica, empregado/empregador, ente
público (União/Estado/Município), código do ramo de atividade econômica e situação das partes no processo (ativa/não ativa);

            RECLAMANTE..., nacionalidade..., estado civil..., profissão..., data de nascimento..., inscrito no RG nº... e no CPF nº..., portador da CTPS nº..., inscrito no

PIS sob o nº..., nome da mãe..., endereço eletrônico..., residente e domiciliado no endereço completo com CEP..., vem, por seu advogado infra­ assinado, procuração
anexa, endereço eletrônico..., com endereço profissional completo com CEP..., onde recebe intimações, com fulcro no artigo 840, §1°, da CLT c/c art. 319 do CPC, 
propor a presente
PIS sob o nº..., nome da mãe..., endereço eletrônico..., residente e domiciliado no endereço completo com CEP..., vem, por seu advogado infra­ assinado, procuração
anexa, endereço eletrônico..., com endereço profissional completo com CEP..., onde recebe intimações, com fulcro no artigo 840, §1°, da CLT c/c art. 319 do CPC, 
propor a presente

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

            (pelo PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO ? art. 852­A da CLT

            ou pelo PROCEDIMENTO ORDINÁRIO ? art. 840 da CLT)

em face de RECLAMADA..., pessoa jurídica de direito privado/público, inscrita no CNPJ sob o nº..., endereço eletrônico..., endereço completo com CEP..., pelos
motivos de fato e de direito que passa a expor.

Obs.3: Caso o Reclamante não disponha de informações que permitam a notificação do Reclamado, deverá o juiz colaborar com aquele na obtenção dessas informações,

conforme dispõe o artigo 319, §1º, do Código de Processo Civil. Trata­se de regra inerente à colaboração judicial no processo civil, que deve ser aplicada ao Processo Trabalhista
dada a sua principiologia.

Obs.4: O tipo de procedimento a ser adotado será aquele que se amoldar ao caso levando­se em consideração as peculiaridades dos procedimentos comuns ordinário, sumário (até

dois salários mínimos) e sumaríssimo (até 40 salários mínimos).

2.3. Da Comissão de Conciliação Prévia: Antes de iniciar a narrativa dos fatos na petição inicial, por força do disposto no artigo 625 da CLT, deve o aluno indicar se antes da

promoção da reclamação trabalhista houve ou não tentativa de conciliação realizada em CCP`s instituídas pela empresa e/ou sindicatos. A título de exemplo, o parágrafo pode ser
assim redigido:

DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA: O reclamante não se submeteu à Comissão de Conciliação Prévia em razão das liminares conferidas nas ADINS 2139 e 2160­5,

que fazem prevalecer o artigo 5º, inciso XXXV da Constituição Federal da República Federativa do Brasil, garantindo assim, o acesso à justiça.

2.4. Da Gratuidade de Justiça: Caso seja necessário, deve ser requerida a gratuidade de justiça antes da narração dos fatos, demonstrando a hipossuficiênia econômica do

reclamante. À título de exemplo, o parágrafo de requerimento da Gratuidade de Justiça pode ser assim redigido:

DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA: Requer a Vossa Excelência a concessão do benefício da gratuidade de justiça, uma vez que o Reclamante percebia remuneração mensal inferior
ao dobro do salário mínimo legal, e hoje se encontra desempregado. Desta forma, o pagamento de custas e despesas processuais prejudica o seu sustento, bem como o de sua

família, com base no art. 14, §1º da Lei 5584/70, além do art. 790, §3º da CLT e art. 98 CPC.

Obs: Atenção: não obstante perceba salário superior ao dobro do salário mínimo no curso de sua relação de emprego, o reclamante poderá requerer a gratuidade caso esteja

desempregado desde o fim de sua relação, sem receber suas verbas decorrentes da extinção do contrato e declare a sua hipossuficiência econômica.

2.5. Das Prioridades no andamento processual: Ainda antes da narrativa dos fatos, ficar atento para possíveis alegações de PRIORIDADES NO ANDAMENTO PROCESSUAL ?

principais:

PRIORIDADE DO IDOSO: ART. 71 da Lei 10.741/03 e art. 1048 do CPC

PRIORIDADE CRIANÇAS E ADOLESCENTES: ART. 1048 CPC

PRIORIDADE DOENÇA GRAVE: ART. 1048 CPC

PRIORIDADE DEFICIENTE:  art. 9? Lei 13.146/15

MASSA FALIDA: ART.449 e 768 CLT

SALÁRIO e FALÊNCIA: ART. 652, § único da CLT

2.6. Os fatos e fundamentos jurídicos do pedido ­ o inciso III do artigo 319 do Código de Processo Civil, afirma que incumbe ao Reclamante deduzir os fatos e os fundamentos

jurídicos de seus pedidos, ou seja, a causa de pedir (Elemento objetivo da demanda) próxima e remota. Importante destacar que o Processo do Trabalho, pela peculiaridade do
princípio do ius postulandi, admite que o obreiro deduza a sua pretensão sem a apresentação dos fundamentos jurídicos, na medida em que o mesmo não os conhece. Destaque­
se, também, que o processo civil brasileiro, desde o vestusto código de processo de 1939, adotou a teoria da substanciação, de tal forma que pouco interessa a natureza do direito

afirmado em juízo, toda e qualquer petição deve trazer a narração dos fatos da causa de forma a convencer e dar subsídios ao correto julgamento da lide. Note­se que há a
necessidade de clareza, precisão e concisão na petição inicial. Não importa que a petição inicial tenha apenas uma ou duas folhas. O importante é que a peça processual seja bem
redigida, tendo causa de pedir e pedidos, de modo que a parte contraria e, também, o juiz possam compreender o que está sendo postulado pelo autor. A petição tem um
silogismo. A premissa menor é representada pelos fatos. Os fundamentos de direito são a premissa maior. A conclusão é o pedido. Observe­se, por fim, que para melhor estudar o

inciso III do artigo 319 do CPC/15, deve­se decompô­lo em dois, a saber:

2.6.1. Dos Fatos: a narrativa dos fatos na petição inicial é um texto eminentemente narrativo, qualificado como valorado, no qual devem ser observadas algumas regras para a sua

elaboração. A primeira delas é a redação realizada sempre na terceira pessoa do singular ou plural (a depender se há ou não litisconsórcio ativo e/ou passivo). A segunda diz
respeito aos verbos, que serão predominantemente no tempo pretérito (passado), pois os fatos já ocorreram. A terceira diz respeito, justamente, à ordem cronológica na narração
de tais fatos, pois a compreensão de fatos depende diretamente de uma ordem cronológica linear de sua elaboração. A quarta, e última regra, é a adequação e seleção correta dos
2.6.1. Dos Fatos: a narrativa dos fatos na petição inicial é um texto eminentemente narrativo, qualificado como valorado, no qual devem ser observadas algumas regras para a sua

elaboração. A primeira delas é a redação realizada sempre na terceira pessoa do singular ou plural (a depender se há ou não litisconsórcio ativo e/ou passivo). A segunda diz
respeito aos verbos, que serão predominantemente no tempo pretérito (passado), pois os fatos já ocorreram. A terceira diz respeito, justamente, à ordem cronológica na narração
de tais fatos, pois a compreensão de fatos depende diretamente de uma ordem cronológica linear de sua elaboração. A quarta, e última regra, é a adequação e seleção correta dos

fatos para o apoio à tese escolhida, ou seja, por ser uma narrativa valorada deve o narrador escolher os fatos que melhor corroboram com sua tese, narrando­os de forma a iniciar
o convencimento a partir da simples narração.

2.6.2. Dos Fundamentos jurídicos do pedido: os fundamentos jurídicos do pedido correspondem a um texto redigido sobre a forma dissertativa­argumentativa, na qual o

argumentador deve se ater à tese a ser defendida. Neste ponto vale lembrar os ensinamentos de Miguel Reale, o qual já dizia ser o direito a cumulação/entrelaçamento de FATO,
VALOR e NORMA. Assim, o texto argumentativo a ser produzido deve apresentar os fundamentos com base nos fatos narrados, nas normas pertinentes e aplicáveis ao caso
concreto e aos valores queridos pelo ordenamento jurídico.

Obs.1: Deve ser recordado o conhecimento acumulado nas matérias de português jurídico, em especial, os adquiridos com a matéria Teoria e Prática da Argumentação Jurídica,
na qual foi possível averiguar os principais tipos de argumentos constantes nas Argumentações jurídicas.

Obs.2: Há que se ter em mente que os fundamentos jurídicos do pedido materializam, também, o chamado nexo entre o fato e o efeito jurídico, ou seja, que o fato gera, por via de
consequência, à luz de uma ordem normativa, determinado efeito jurídico (silogismo jurídico). Assim sendo, os fundamentos jurídicos devem apresentar de forma clara quais os
efeitos que, com base nos fatos, o ordenamento jurídico de forma prévia comina. Exemplo: Adicional por horas extras.

2.7. O pedido com suas especificações: (inciso IV do artigo 319 do CPC/15) o pedido é a parte textual caracterizada como do tipo injuntivo, no qual se fazem, clara e
precisamente, os pedidos da tutela jurisdicional ao Estado­Juiz. Por certo, os pedidos no processo civil vinculam a atuação do magistrado, sendo este um dos limites objetivos da

lide, reflexo do princípio da congruência ou da adstrição. Entretanto, deve ser recordado que no âmbito adjetivo laboral, o princípio da congruência sofre atenuação em
decorrência do princípio da extra­petição, o qual autoriza ao Estado­juiz conceder tutela diferente da requerida, tal como ocorre, v.g., no artigo 496 da CLT. A par dos
comentários anteriores, o pedido (elemento objetivo da lide) deve ser redigido de forma clara e precisa, delimitando o que se quer com a reclamação trabalhista. Neste sentido,

vale lembrar que o pedido é identificado pela Doutrina como mediato e imediato, este é a tutela jurisdicional pretendida, ou seja, pela classificação trinária, poderá ser declaratório,
condenatório ou constitutivo. Por sua vez, àquele diz respeito ao bem jurídico pretendido, ou seja, aos valores, bens, ou qualquer outra pretensão de direito material.

Obs.1: O pedido deve ser certo e determinado, salvo nas hipóteses autorizativas insculpidas no artigo 324, §1º, do CPC/15. Mas deve ser lembrado que certeza e determinação

não importam na liquidez do pedido, pois este pode ser ilíquido, salvo nas hipóteses de procedimento sumaríssimo, pois nesse o pedido deve ser líquido (art. 852­B), sob pena de
extinção do processo sem julgamento do mérito (art. 852 ­ B, p.1º da CLT).

Obs.2: O pedido, ainda, pode ser cumulado, ou seja, havendo diversas causas de pedir (fatos e fundamentos) haverá diversos pedidos. No que concerne à cumulação deve­se
lembrar que a cumulação pode ser própria ou imprópria, a primeira pode ser desvelada sobre a forma de cumulação simples ou sucessiva. A cumulação própria simples é aquela
que se dá quando, com base em diversas causas de pedir, se realizam diversos pedidos, um para cada causa de pedir, exemplo, condenação ao pagamento das verbas

correspondentes às horas extras e ao descanso semanal remunerado não pagos ao obreiro. Já a cumulação própria sucessiva, é aquela que ocorre quando há diversas causas de
pedir e diversos pedidos, mas o deferimento de um é a causa lógica para o deferimento dos demais, por exemplo, a condenação às horas extras e, por via de consequência, os
reflexos das horas extras nas verbas rescisórias. Por fim, a cumulação de pedidos será dita imprópria quando for desvelada sobre a forma de pedidos alternativos ou subsidiários.

Se dá a cumulação imprópria na forma alternativa quando o reclamante, com base em uma única causa de pedir, requer o acolhimento de um de dois pedidos, ou seja, quando o
Reclamante requer, por exemplo, nas ações que visem o cumprimento de obrigação de fazer, a realização do ato ou fato pelo reclamado ou o valor correspondente às perdas e
danos. Por seu turno ocorrerá acumulação impropria por subsidiariedade quando o Reclamante, com base em uma causa de pedir, realizar dois ou mais pedidos, a ela vinculados,

mas com ordem de preferencia, ou seja, quando o reclamante deduzir mais de um pedido sempre com intuito do acolhimento do antecedente e somente na sua impossibilidade,
seja acolhido o posterior. Exemplo: primeiro pedido ­ seja condenada a reclamada à imediata reintegração do autor nos quadros de funcionários. Segundo pedido ? em não sendo
acolhido o primeiro, seja condenada a reclamada ao pagamento das verbas correspondentes à dispensa imotivada.

Obs.3: Ainda sobre os pedidos cumpre destacar que em caso de pedido de antecipação de tutela (tutela de urgência de natureza satisfativa), este deverá ser o primeiro item do
pedido, sendo necessária a prévia fundamentação, na causa de pedir, dos motivos de sua necessidade, com ênfase na prova inequívoca que convença o juiz da verossimilhança
das alegações, com base no disposto no art. 300 c/c art. 303, ambos do Código de Processo Civil. Ressalte­se, entretanto, que há a necessidade da demonstração do dano

reverso, ou seja, que a medida antecipatória determinada possa ser revertida ou indenizada, não causando maior dano a parte que a suporta do que a que requer.

2.8. Do Valor da Causa: (inciso V, do artigo 319 do CPC/15) a toda causa deve ser atribuído um valor, mesmo nas causas meramente declaratórias, onde o valor em tese seria

inestimável, deve ser atribuído um valor determinado.

Obs.1: É obrigatória a inclusão na petição inicial de um valor à causa, isto porque o valor define se a demanda será submetida ao procedimento comum (ordinário), sumaríssimo
(para as causas cujo valor seja de até 40 salários mínimos),ou sumário (para as causa que não ultrapassem o valor correspondente à dois salários mínimos).

Obs.2: Nas causas submetidas ao procedimento sumaríssimo o valor da causa corresponderá ao somatório dos pedidos quando forem sob a forma de cumulação própria,
conforme determina o artigo 852­ B, inciso I da CLT.

Obs.3: Para a determinação do valor da causa deve ser considerado o disposto nos artigos 291 e 292 do CPC/15.

2.9. Das Provas: (inciso VI, do artigo 319 do CPC/15) toda a matéria fática deve ser comprovada, assim como, excepcionalmente, as de direito objetivo e positivo municipal,

estadual, estrangeiro ou consuetudinário, conforme o disposto nos artigo 373 e 376 do Código de Processo Civil.

Obs.1: A prova no regramento do CPC/15 é direito da parte, sendo admissível todos os meios legais bem como os moralmente legítimos, ainda que não tipificados na lei.

Obs.2: O regramento de provas no CPC/15 traz importante instrumento instrutório aplicável ao processo do trabalho no artigo 370, pois garante a possibilidade da determinação
de ofício de provas, o que é um poder de instrução processual do Juiz. Outro ponto de interesse, é o disposto no artigo 371 do CPC/15, o qual determina a livre apreciação da
Obs.1: A prova no regramento do CPC/15 é direito da parte, sendo admissível todos os meios legais bem como os moralmente legítimos, ainda que não tipificados na lei.

Obs.2: O regramento de provas no CPC/15 traz importante instrumento instrutório aplicável ao processo do trabalho no artigo 370, pois garante a possibilidade da determinação
de ofício de provas, o que é um poder de instrução processual do Juiz. Outro ponto de interesse, é o disposto no artigo 371 do CPC/15, o qual determina a livre apreciação da
prova para a formação do convencimento racional e fundamentado do magistrado, o que, igualmente, é inteiramente aplicável ao processo do trabalho.

Obs.3: Ônus da Prova, o novo Código de Processo Civil, em seu artigo 373, inovando e atendendo os clamores da doutrina e da já consolidada jurisprudência pátria, adotou a
teoria da carga dinâmica do ônus probatório, em franca oposição a teoria adotada pelo CPC de 1973 (carga estática), o que aproximou o CPC/15 à CLT, justamente no que tange
à dinâmica processual.

2.10. O Requerimento de Notificação do Reclamado: diferentemente do que ocorre no processo civil, todas as comunicações dos atos processuais operam sobre a rubrica de
notificação, ou seja, não há a diferença entre citação e intimação, todas serão processadas e formalizadas sobre a rubrica de notificação. Este é o último pedido a ser realizado, em

outras palavras, após a realização de todos os pedidos deve o Reclamante inserir o requerimento de notificação do Reclamado, para comparecimento em audiência de conciliação
(princípio conciliatório) a ser designada pelo juízo, sob pena de revelia e, também, para deduzir a sua defesa.

Exemplo do requerimento de notificação: Requer a notificação da reclamada para comparecer a audiência a ser designada por este r. Juízo, oportunidade em que deverá

oferecer contestação a presente, sob pena de revelia e confissão da matéria de fato, esperando ao final ver julgados procedentes os pedidos formulados nesta ação.

 Obs.: O CPC/15 não elenca mais no rol dos incisos do artigo 319, o pedido de realização da citação do Réu, tal como ocorria com o artigo 282 do CPC de 1973, fato é que o

pedido de citação ainda é requisito da petição inicial, decorrendo dos 246 e seguintes do CPC/15.

 2.11. Honorários advocatícios (Súmula 219 TST)

3. Aspectos formais da petição inicial A petição inicial tem por finalidade precípua veicular, com absoluta clareza, a pretensão do Autor à tutela jurisdicional. Tal objetivo requer
alguns cuidados formais que garantam a eficácia da peça como veículo informativo e formador do livre convencimento motivado do julgador. Seguem alguns parâmetros formais
para a elaboração da petição inicial: · margem direita de 2cm; · margem esquerda de 4cm; · fonte, no mínimo, 12; · espaço de entrelinha 1,5; · recuo nas primeiras linhas dos

parágrafos; · alinhamento justificado;

 Exemplo:

JÚIZO OU TRIBUNAL A QUE É DIRIGIDA

 (ESPAÇAMENTO DE 10 LINHAS)

            QUALIFICAÇÃO DO RECLAMANTE...,endereço eletrônico..., vem, por seu advogado, endereço eletrônico.., com escritório na ..., para fins do artigo 77,V, do Código
de Processo Civil, propor a presente

                                   NOME DA AÇÃO pelo rito ...,

em face de QUALIFICAÇÃO DA RECLAMADA..., endereço eletrônico..., pelos fatos e fundamentos que se seguem

I­ DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA (Pedido de gratuidade se houver).

II ­ DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA (Indicação se houve ou não tentativa de conciliação (vide observação dos fatos) ou facultatividade da passagem pela CCP
segundo o STF)

III ­ DOS FATOS (Parte narrativa onde deve constar os fatos que ensejam a demanda. Pode ser realizado por tópicos que constem as informações relevantes do caso concreto,
tais como: ­ DO RECONHECIMENTO DO VINCULO EMPREGATÍCIO ; ­ DA NULIDADE DA RELAÇÃO DE TRABALHO;  ­ DA ANOTAÇÃO DO CONTRATO DE
TRABALHO NA CTPS;  ­ DOS FATOS ATINENTES A PARCELAS DE NATUREZA SALARIAL;  ­ DOS FATOS RELACIONADOS À JORNADA DE TRABALHO;  ­ DO

FGTS;  ­ DAS PARCELAS INDENIZATÓRIAS; etc)

IV ­ DOS FUNDAMENTOS (Em consonâncias aos tópicos levantados nos fatos deve­se fundamentar a pretensão do Reclamante, com base nos argumentos mais pertinentes e

relevantes, tais como o de autoridade, que se utiliza de OJ`s, súmulas, dispositivos legais dentre outros.)

V ­ DO PEDIDO:

Diante do exposto, requer:

1. seja deferido o pedido de Gratuidade de Justiça pleiteada no preâmbulo desta exordial;

2. Os pedidos referentes às causas de pedir e dos fundamentos apresentados, de acordo com a natureza do provimento jurisdicional, ou seja, declaratório, condenatório ou
constitutivo. 3.Determinar a notificação da reclamada, para comparecer a audiência a ser designada por este r. Juízo, oportunidade em que deverá oferecer contestação a presente,
sob pena de revelia e confissão da matéria de fato, esperando ao final ver julgados procedentes os pedidos formulados nesta ação

VI ­ DAS PROVAS Indica como provas a serem produzidas as de caráter documental, testemunhal e depoimento pessoal do representante legal da Reclamada, sob pena de
confissão, na amplitude do artigo 369 do Código de Processo Civil.

DO VALOR DA CAUSA:

Dá­se à presente o valor de R$ ...
DO VALOR DA CAUSA:

Dá­se à presente o valor de R$ ...

Nestes Termos,

P. deferimento.

Local e data.

Nome do Advogado

OAB nº

Outro modelo:

Em face do exposto, com base na fundamentação supra, é a presente para requerer: 

 ­ LISTAR O ROL DE PEDIDOS (letras ou números)

            Diante do exposto, requer a V. Exa. se digne receber a presente, para que produza seus jurídicos e legais efeitos, seja o reclamado citado por todos os seus termos, para,

querendo, contestar a presente, sob pena de revelia e confissão, e, finalmente, seja condenado na forma do pedido, acrescido de juros e correção monetária.

            Requer provar por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente testemunhal, documental, pericial e depoimento pessoal do Reclamado, sob pena de

confissão.

            Dá­se à causa o valor ora arbitrado de R$ ... para fins de alçada. (se for pelo Procedimento Sumaríssimo o valor da causa deverá corresponder ao somatório dos pedidos
liquidados)

Termos em que,

pede deferimento  OU 

P. deferimento

 Local ... e data ...

Nome do advogado ...

OAB / UF... n.º ...

Considerações Adicionais

Bibliografia básica (Plano de Ensino da disciplina)

CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 5. ed. Niterói: Impetus, 2011.

CAVALCANTE, Jouberto De Quadros Pessoa E JORGE NETO, Francisco Ferreira. Direito Processual
Do Trabalho. Tomo I E II, 3. Ed. Rio De Janeiro: Lumen Juris.

SARAIVA, Renato; MANFREDINI,Aryanna. Curso de Direito Processual do Trabalho. 10. Ed. Rio de
Janeiro:Forense; São Paulo:MÉTODO, 2013. Bibliografia complementar

CARDONE. Marly A. Advocacia Trabalhista. 21ª Edição. São Paulo: LTr. 2015.

CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 35. ed. São Paulo: Saraiva,
2011.

CORREIA, Rose Mary de Jesus. Petições Trabalhistas Anotadas. 1. Ed. São Paulo: Anhanguera, 2010.

DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 9. Ed., LTr, 2011.

DOUGLAS, Willian. AQUINO Renato. Manual de Português e Redação Jurídica. 2. Ed. Rio de Janeiro:
CORREIA, Rose Mary de Jesus. Petições Trabalhistas Anotadas. 1. Ed. São Paulo: Anhanguera, 2010.

DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 9. Ed., LTr, 2011.

DOUGLAS, Willian. AQUINO Renato. Manual de Português e Redação Jurídica. 2. Ed. Rio de Janeiro:
Editora Impetus, 2010.

GODOY, Fabiana Fernandes de. Manual prático da Advocacia Trabalhista. 1.Ed. São Paulo:JHMizuno,
2015.

LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do trabalho. 13. ed. São Paulo: Saraiva,
2015.

PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) ­ CCJ0148
Semana Aula: 2
PETIÇÃO INICIAL TRABALHISTA

Tema
PETIÇÃO INICIAL

Palavras­chave
PETIÇÃO INICIAL

Objetivos

O aluno deve estar apto a identificar a competência da Justiça do Trabalho para o caso concreto; a escolher dentre os procedimentos cabíveis no processo do trabalho o adequado

ao caso concreto e a redigir, com o auxílio do professor e com base nos conhecimentos teóricos e práticos adquiridos, a petição inicial trabalhista adequada ao caso concreto.

Estrutura de Conteúdo

1. Estrutura da Petição Inicial (Art. 852­A, CLT e 319, CPC)

­ ENDEREÇAMENTO: Art. 651 CLT e Art.112 CRFB/88

­ QUALIFICAÇÃO RECLAMANTE: Art. 319,II, CPC/15 e Provimento CGJT s/nº de 06/04/2006  e INDICAÇÃO DO ADVOGADO (art. 77,V, CPC/15)

­ NOME DA PEÇA EM DESTAQUE (especificar o rito: exigência da prova da OAB)

 ­QUALIFICAÇÃO RECLAMADO: Art. 319,II, CPC/15 e Provimento CGJT s/nº de 06/04/2006

­CCP COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA (625­A e seguintes CLT) ? Facultatividade STF

 ­GRATUIDADE DE JUSTIÇA ( Art. 790, § 3º, da CLT c/c arts. 98 e 99 CPC/15  c/c Lei 5584/70).

­ FATOS E FUNDAMENTOS (juntos ou separados)

­HONORÁRIOS  (Súmula 219 TST)

­ ROL DOS PEDIDOS

­ ENCERRAMENTO 

Estratégias de Aprendizagem

Elaboração de uma petição Inicial ? Ação Trabalhista 
PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) ­ CCJ0148
Semana Aula: 2
PETIÇÃO INICIAL TRABALHISTA

Tema
PETIÇÃO INICIAL

Palavras­chave
PETIÇÃO INICIAL

Objetivos

O aluno deve estar apto a identificar a competência da Justiça do Trabalho para o caso concreto; a escolher dentre os procedimentos cabíveis no processo do trabalho o adequado

ao caso concreto e a redigir, com o auxílio do professor e com base nos conhecimentos teóricos e práticos adquiridos, a petição inicial trabalhista adequada ao caso concreto.

Estrutura de Conteúdo

1. Estrutura da Petição Inicial (Art. 852­A, CLT e 319, CPC)

­ ENDEREÇAMENTO: Art. 651 CLT e Art.112 CRFB/88

­ QUALIFICAÇÃO RECLAMANTE: Art. 319,II, CPC/15 e Provimento CGJT s/nº de 06/04/2006  e INDICAÇÃO DO ADVOGADO (art. 77,V, CPC/15)

­ NOME DA PEÇA EM DESTAQUE (especificar o rito: exigência da prova da OAB)

 ­QUALIFICAÇÃO RECLAMADO: Art. 319,II, CPC/15 e Provimento CGJT s/nº de 06/04/2006

­CCP COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA (625­A e seguintes CLT) ? Facultatividade STF

 ­GRATUIDADE DE JUSTIÇA ( Art. 790, § 3º, da CLT c/c arts. 98 e 99 CPC/15  c/c Lei 5584/70).

­ FATOS E FUNDAMENTOS (juntos ou separados)

­HONORÁRIOS  (Súmula 219 TST)

­ ROL DOS PEDIDOS

­ ENCERRAMENTO 

Estratégias de Aprendizagem

Elaboração de uma petição Inicial ? Ação Trabalhista 

Competência: Justiça do trabalho (114 da CRFB), sendo uma das varas do trabalho do Rio de Janeiro (artigo 651 da CLT)

Legitimidade Ativa: Gislaine da Silva

Legitimidade Passiva: Salão Sempre Bela EIRLI

Fatos: narrativa dos fatos elencando os requisitos do artigo 3º da CLT

Fundamentos: artigo 3º e 11 da CLT

Pedidos: declaração da existência do vínculo empregatício, condenação em honorários de sucumbência e concessão do benefício da Gratuidade de Justiça.

Valor da Causa: acima de 40 salários mínimos
Pedidos: declaração da existência do vínculo empregatício, condenação em honorários de sucumbência e concessão do benefício da Gratuidade de Justiça.

Valor da Causa: acima de 40 salários mínimos

Provas: toda e qualquer admitida, na amplitude do artigo 369 do NCPC

Honorários advocatícios: Artigo 85 do NCPC

Indicação de Leitura Específica

CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 5. ed. Niterói: Impetus, 2011. págs. 1262 e seguintes.

ARCOVERDE, Dirceu. SDI­1 afasta prescrição total em pedido de declaração de reconhecimento de vínculo. Notícias do TST,  Brasília, 28 de fevereiro de 2012. Disponível em: <

http://www.tst.jus.br/noticias/­/asset_publisher/89Dk/content/sdi­1­afasta­prescricao­total­em­pedido­de­declaracao­de­reconhecimento­de­vinculo>

Aplicação: articulação teoria e prática
TÍCIO, auxiliar administrativo, residente no município de São Gonçalo­RJ, foi contratado pela empresa ALFA LTDA, para trabalhar na filial localizada no Município do Rio de

Janeiro­RJ, em 4 de janeiro de 2016. A contratação ocorreu no município de Niterói, local onde está situada a matriz da empresa. Cumpria jornada de trabalho das 8 às 17h, com
1 hora de intervalo para repouso e alimentação. Recebia o salário mensal de R$ 2.000,00 (dois mil reais).  Foi imotivadamente dispensado, sem prévio aviso, no dia 26 de janeiro
de 2017, ocasião em que nada lhe foi pago a título de verbas resilitórias. Informa que, encontra­se desempregado até o presente momento e que nunca usufruiu férias. Você, na

qualidade de advogado(a) do sindicato da categoria de TÍCIO, promova a medida processual cabível, observando o procedimento devido e o Juízo competente.

Considerações Adicionais

Bibliografia básica (Plano de Ensino da disciplina)

CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 5. ed. Niterói: Impetus, 2011.

CAVALCANTE, Jouberto De Quadros Pessoa E JORGE NETO, Francisco Ferreira.  Direito Processual Do Trabalho. Tomo I E II, 3. Ed. Rio De Janeiro: Lumen Juris.

SARAIVA, Renato; MANFREDINI,Aryanna. Curso de Direito Processual do Trabalho. 10. Ed. Rio de Janeiro:Forense; São Paulo:MÉTODO, 2013.

Bibliografia complementar

CARDONE. Marly A. Advocacia Trabalhista. 21ª Edição. São Paulo: LTr. 2015.

CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 35. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

CORREIA, Rose Mary de Jesus. Petições Trabalhistas Anotadas. 1. Ed. São Paulo: Anhanguera, 2010.

DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 9. Ed., LTr, 2011.

DOUGLAS, Willian. AQUINO Renato. Manual de Português e Redação Jurídica. 2. Ed. Rio de Janeiro: Editora Impetus, 2010.

GODOY, Fabiana Fernandes de. Manual prático da Advocacia Trabalhista. 1.Ed. São Paulo:JHMizuno, 2015.

LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do trabalho. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.

PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) ­ CCJ0148
Semana Aula: 3
PETIÇÃO INICIAL TRABALHISTA

Tema
PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) ­ CCJ0148
Semana Aula: 3
PETIÇÃO INICIAL TRABALHISTA

Tema
PETIÇÃO INICIAL

Palavras­chave
PETIÇÃO INICIAL. DOMÉTICOS.

Objetivos

O aluno deve estar apto a relacionar a questão fática ao direito material e processual aplicável ao caso concreto, a escolher dentre os procedimentos cabíveis no processo do trabalho o

adequado ao caso e, a elaborar sua peça com base na estrutura da petição inicial trabalhista, desenvolvendo sua capacidade de raciocínio jurídico e reflexão diante da situação problema,

contando com o auxílio do professor, aliado aos conhecimentos teóricos adquiridos nas disciplinas de Direito do Trabalho e Processo do Trabalho.

Estrutura de Conteúdo

1. Estrutura da Petição Inicial (Art. 840 CLT e 319 CPC)

­ ENDEREÇAMENTO: Art. 651 CLT e Art.112 CRFB/88

­ QUALIFICAÇÃO RECLAMANTE: Art. 319,II, CPC/15 e Provimento CGJT s/nº de 06/04/2006  e INDICAÇÃO DO ADVOGADO (art. 77,V, CPC/15)

­ NOME DA PEÇA EM DESTAQUE (especificar o rito: exigência da prova da OAB)

 ­QUALIFICAÇÃO RECLAMADO: Art. 319,II, CPC/15 e Provimento CGJT s/nº de 06/04/2006

­CCP COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA (625­A e seguintes CLT) ? Facultatividade

 ­GRATUIDADE DE JUSTIÇA ( Art. 790, § 3º, da CLT c/c arts. 98 e 99 CPC/15  c/c Lei 5584/70).

­ FATOS E FUNDAMENTOS (juntos ou separados)

­HONORÁRIOS  (Súmula 219 TST)

­ ROL DOS PEDIDOS

­ ENCERRAMENTO 

Estratégias de Aprendizagem

ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA

Elaboração de uma petição Inicial ? Ação Indenizatória, pelo rito sumário

Competência: Justiça do trabalho (114 da CRFB), sendo uma das varas do trabalho de Cuiabá (artigo 651 da CLT)

Legitimidade Ativa: Bruno Silva

Legitimidade Passiva: Central de Legumes LTDA.

Fatos: narrativa dos fatos elencando os requisitos da Responsabilidade Civil conforme artigo 186 e 927 do Código Civil

Fundamentos: artigo 186 e 927 do Código Civil

Pedidos: Condenação ao ressarcimento dos lucros cessantes e dano emergente, no valor total de R$ 3.700,00; condenação à reparação dos danos morais no valor de R$ 10.000,00 (por
Fundamentos: artigo 186 e 927 do Código Civil

Pedidos: Condenação ao ressarcimento dos lucros cessantes e dano emergente, no valor total de R$ 3.700,00; condenação à reparação dos danos morais no valor de R$ 10.000,00 (por

exemplo);  condenação em honorários de sucumbência e concessão do benefício da Gratuidade de Justiça.

Valor da Causa: deve ser liquidado com base no somatório dos pedidos, que no caso exemplificado, atendidos os requisitos de fixação do dano moral, alcançou a monta de R$ 13.700,00.

Provas: toda e qualquer admitida, na amplitude do artigo 369 do NCPC

Honorários advocatícios: Artigo 85 do NCPC

Recomenda­se:

­ Resolver os casos propostos e postar na Webaula.

­ Realizar pesquisas em livros e internet de exemplos de casos que envolvam os temas abordados, para se preparar para a aula.

Indicação de Leitura Específica

CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 5. ed. Niterói: Impetus, 2011. págs. 935­971

FILHO, Sergio Cavalieri. Programa de Responsabilidade Civil. 8. Ed. São Paulo:Atlas, 2008. págs 23­27; 45­50; 70­91

Aplicação: articulação teoria e prática

XX EXAME OAB 2016 (adaptado)

Suzana trabalhou na residência da família Moraes de 15/06/2016 a 15/09/2016, data na qual teve baixa em sua CTPS. A família do ex­empregador vive em Natal/RN. Suzana foi
contratada a título de experiência por 45 dias, findos os quais nada foi tratado e Suzana continuou trabalhando normalmente. Suzana realizava todas as atividades do lar, iniciando

o trabalho às 7h e saindo às 16 h, de segunda à sexta­feira, com trinta minutos de intervalo. Suzana tinha descontado do seu salário 10% referente ao vale­transporte, além de sua

cota­parte do INSS e 25% do valor da alimentação consumida no emprego. Suzana fazia a limpeza dos 3 banheiros existentes na residência mas não recebia qualquer adicional.
Em determinada ocasião, Suzana viajou com a família por 4 dias úteis para Gramado/RS. Nessa ocasião, trabalhou como babá das 8h às 17h, desfrutando de uma hora de almoço.

Na data da dispensa, Suzana recebeu as seguintes verbas: férias proporcionais de 3/12 avos acrescidas de 1/3 e 13º salário proporcional de 3/12 avos. Você foi procurado por

Suzana para, na condição de advogado(a), redigir a peça prático­profissional pertinente em defesa dos interesses da trabalhadora, sem criar dados ou fatos não informados.

Considerações Adicionais

Bibliografia básica (Plano de Ensino da disciplina)

CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 5. ed. Niterói: Impetus, 2011.

CAVALCANTE, Jouberto De Quadros Pessoa E JORGE NETO, Francisco Ferreira.  Direito Processual Do Trabalho. Tomo I E II, 3. Ed. Rio De Janeiro: Lumen Juris.

SARAIVA, Renato; MANFREDINI,Aryanna. Curso de Direito Processual do Trabalho. 10. Ed. Rio de Janeiro:Forense; São Paulo:MÉTODO, 2013.

Bibliografia complementar

CARDONE. Marly A. Advocacia Trabalhista. 21ª Edição. São Paulo: LTr. 2015.

CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 35. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

CORREIA, Rose Mary de Jesus. Petições Trabalhistas Anotadas. 1. Ed. São Paulo: Anhanguera, 2010.

DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 9. Ed., LTr, 2011.

DOUGLAS, Willian. AQUINO Renato. Manual de Português e Redação Jurídica. 2. Ed. Rio de Janeiro: Editora Impetus, 2010.

GODOY, Fabiana Fernandes de. Manual prático da Advocacia Trabalhista. 1.Ed. São Paulo:JHMizuno, 2015.
DOUGLAS, Willian. AQUINO Renato. Manual de Português e Redação Jurídica. 2. Ed. Rio de Janeiro: Editora Impetus, 2010.

GODOY, Fabiana Fernandes de. Manual prático da Advocacia Trabalhista. 1.Ed. São Paulo:JHMizuno, 2015.

LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do trabalho. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.

PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) ­ CCJ0148
Semana Aula: 4
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

Tema
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

Palavras­chave
PETIÇÃO INICIAL. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM
PAGAMENTO.

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de identificar e elaborar, diante do caso concreto apresentado, a peça processual adequada, ou seja, uma petição inicial de rito especial denominada Ação

de Consignação em Pagamento, com base na estrutura e peculiaridades pertinentes a esse tipo de ação.

Estrutura de Conteúdo

1. Os procedimentos no processo do trabalho se dividem em dois, a saber:

1.1­ Procedimentos comuns: Os procedimentos comuns se dividem em sumário, sumaríssimo e ordinário. O procedimento sumário está previsto no artigo 2º da Lei nº 5.584 de
1970, é também conhecido como dissídio de alçada, pois se aplica as causas cujo valor não exceda a 2 (dois) salários mínimos, não é muito usual dada a impossibilidade da

apresentação de recursos, sendo admissível somente o recurso para discutir matéria constitucional, ou seja, recurso extraordinário. O procedimento sumaríssimo, a seu turno, foi

instituído pela Lei nº 9.957 de 2000, a qual incluiu os artigos 852­A a 852­I na CLT, sendo admissível aos procedimentos cujo valor não exceda a quarenta salários mínimos,
tendo como principais pontos a necessidade de liquidez dos pedidos, a correta identificação da parte demandada, ambos sob pena de arquivamento da reclamação trabalhista e a

impossibilidade do oitiva de mais de duas testemunhas por parte. Por fim, o procedimento ordinário é o mais usual, inclusive nas provas da OAB, estando previsto no artigo 837 e

seguintes da CLT. Em todo o caso, ao que interessa a essa matéria, a petição inicial deverá, sempre, obedecer os requisitos insculpidos no artigo 319 do CPC/15.

1.2­ Procedimentos Especiais: os procedimentos especiais são aqueles em que o direito material aparece com maior destaque na conformação do formalismo processual, estão
previstos tanto na CLT, quanto em leis esparsas, tais como o mandado de segurança, a ação de consignação em pagamento, o inquérito para a apuração de falta grave, os dissídios

coletivos, dentre outros. Em que pesem as diversas diferenças nos procedimentos especiais, importante ressaltar que a petição inicial deverá sempre preencher os requisitos

genéricos previstos no artigo 319 do CPC/15.

2. Da Ação de Consignação em Pagamento: art. 539 a 549 do CPC/15 e art. 334 a 345 Código Civil.

2.1 Conceito: é o instrumento processual hábil a extinguir uma obrigação quando caracterizada a mora do credor (mora accipiendi), mediante o depósito da quantia ou coisa

devida, o qual, sendo aceito pelo credor ou reconhecido como válido e suficiente por sentença judicial, tem o condão de liberar o devedor, sendo considerada uma forma de
pagamento indireto das obrigações.

2.2. Considerações: a ação de consignação em pagamento é muito utilizada no direito do trabalho quando o empregado se recusa a receber as verbas rescisórias. Com isso, o
empregador exime­se de arcar com a multa do artigo 477, §8º da CLT. Também é usual quando o empregado se furta ao recebimento de salários para que o empregador incorra

em falta grave, prevista no artigo 483, “d” da CLT, caracterizando, por conseguinte, caso de rescisão indireta do contrato de trabalho.

2.2. A Consignação poderá ser proposta sempre que: “CC ­ Art. 335. A consignação tem lugar: I ­ se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou

dar quitação na devida forma; II ­ se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos; III ­ se o credor for incapaz de receber, for
desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; IV ­ se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do

pagamento; V ­ se pender litígio sobre o objeto do pagamento.”

2.2 Competência: Via de regra, para as obrigações decorrentes da relação trabalhista, será competente para o conhecimento da ação de consignação em pagamento uma das Varas

do Trabalho ou Juízo Estadual com a competência trabalhista.
PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) ­ CCJ0148
Semana Aula: 4
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

Tema
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

Palavras­chave
PETIÇÃO INICIAL. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM
PAGAMENTO.

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de identificar e elaborar, diante do caso concreto apresentado, a peça processual adequada, ou seja, uma petição inicial de rito especial denominada Ação

de Consignação em Pagamento, com base na estrutura e peculiaridades pertinentes a esse tipo de ação.

Estrutura de Conteúdo

1. Os procedimentos no processo do trabalho se dividem em dois, a saber:

1.1­ Procedimentos comuns: Os procedimentos comuns se dividem em sumário, sumaríssimo e ordinário. O procedimento sumário está previsto no artigo 2º da Lei nº 5.584 de
1970, é também conhecido como dissídio de alçada, pois se aplica as causas cujo valor não exceda a 2 (dois) salários mínimos, não é muito usual dada a impossibilidade da

apresentação de recursos, sendo admissível somente o recurso para discutir matéria constitucional, ou seja, recurso extraordinário. O procedimento sumaríssimo, a seu turno, foi

instituído pela Lei nº 9.957 de 2000, a qual incluiu os artigos 852­A a 852­I na CLT, sendo admissível aos procedimentos cujo valor não exceda a quarenta salários mínimos,
tendo como principais pontos a necessidade de liquidez dos pedidos, a correta identificação da parte demandada, ambos sob pena de arquivamento da reclamação trabalhista e a

impossibilidade do oitiva de mais de duas testemunhas por parte. Por fim, o procedimento ordinário é o mais usual, inclusive nas provas da OAB, estando previsto no artigo 837 e

seguintes da CLT. Em todo o caso, ao que interessa a essa matéria, a petição inicial deverá, sempre, obedecer os requisitos insculpidos no artigo 319 do CPC/15.

1.2­ Procedimentos Especiais: os procedimentos especiais são aqueles em que o direito material aparece com maior destaque na conformação do formalismo processual, estão
previstos tanto na CLT, quanto em leis esparsas, tais como o mandado de segurança, a ação de consignação em pagamento, o inquérito para a apuração de falta grave, os dissídios

coletivos, dentre outros. Em que pesem as diversas diferenças nos procedimentos especiais, importante ressaltar que a petição inicial deverá sempre preencher os requisitos

genéricos previstos no artigo 319 do CPC/15.

2. Da Ação de Consignação em Pagamento: art. 539 a 549 do CPC/15 e art. 334 a 345 Código Civil.

2.1 Conceito: é o instrumento processual hábil a extinguir uma obrigação quando caracterizada a mora do credor (mora accipiendi), mediante o depósito da quantia ou coisa

devida, o qual, sendo aceito pelo credor ou reconhecido como válido e suficiente por sentença judicial, tem o condão de liberar o devedor, sendo considerada uma forma de
pagamento indireto das obrigações.

2.2. Considerações: a ação de consignação em pagamento é muito utilizada no direito do trabalho quando o empregado se recusa a receber as verbas rescisórias. Com isso, o
empregador exime­se de arcar com a multa do artigo 477, §8º da CLT. Também é usual quando o empregado se furta ao recebimento de salários para que o empregador incorra

em falta grave, prevista no artigo 483, “d” da CLT, caracterizando, por conseguinte, caso de rescisão indireta do contrato de trabalho.

2.2. A Consignação poderá ser proposta sempre que: “CC ­ Art. 335. A consignação tem lugar: I ­ se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou

dar quitação na devida forma; II ­ se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos; III ­ se o credor for incapaz de receber, for
desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; IV ­ se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do

pagamento; V ­ se pender litígio sobre o objeto do pagamento.”

2.2 Competência: Via de regra, para as obrigações decorrentes da relação trabalhista, será competente para o conhecimento da ação de consignação em pagamento uma das Varas

do Trabalho ou Juízo Estadual com a competência trabalhista.

2.3. Peculiaridades: (regra)

autor/devedor (empregador) = CONSIGNANTE

réu/credor (empregado) = CONSIGNATÁRIO

CONSIGNADO = valor ou bem objeto da consignação
réu/credor (empregado) = CONSIGNATÁRIO

CONSIGNADO = valor ou bem objeto da consignação

2.4. Roteiro para elaboração da Ação de Consignação em Pagamento: (artigos 539 e seguintes CPC c/c artigo 769 CLT c/c 334 e 335 CC c/c IN 27/05 do TST)

1) ENDEREÇAMENTO

2) QUALIFICAÇÃO DO CONSIGNANTE/ ADVOGADO

3) NOME DA PEÇA EM DESTAQUE

4) QUALIFICAÇÃO DO CONSIGNATÁRIO

5) COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO – art. 114,I, CRFB/88

6) FATOS

7) ESPECIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS CONSIGNADOS

8) HONORÁRIOS (artigo 546 CPC c/c art. 85, caput e §2°do CPC c/c art. 5° IN 27/05 TST e Súmula 219, III, TST).

9) PEDIDOS

10) ENCERRAMENTO 

Estratégias de Aprendizagem

ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESSA AULA

Petição inicial ? Rito Especial ­ Ação de consignação em pagamento

Competência: Uma das varas do trabalho de Resende ? RJ

Legitimado Ativo: BOM CAMINHÃO S.A. (qualificação completa)

Legitimado Passivo: MAGDALENA MORTÍCIA DOS SANTOS (qualificação completa), na qualidade de representante e única herdeira de Felisberto Magnanimo dos Santos, conforme o

disposto no artigo 308 do Código Civil. Se houvesse dúvida de quem legitimamente devesse receber, caberia ao devedor, na forma do 547 do NCPC, promover a citação (notificação) de todos

os possíveis credores, o que não é o caso.

Fatos: Narrar de forma resumida os fatos que originam a lide, com especial atenção ao contrato de trabalho, ao salário do funcionário falecido, as verbas rescisórias devidas, ao fato das

diárias e férias não gozadas pelo funcionário. 

Fundamentos: Artigo 335 do Código Civil c/c artigo 539 a 549 do NCPC (hipóteses de cabimento e aspectos processuais), Artigos 477, 457 e 137 da CLT (aspectos materiais quantos às

verbas devidas e que devem ser consignadas)

Pedidos: depósito da quantia de R$ (somar os valores das verbas a serem consignadas), no prazo de cinco dias; notificação da consignada para o levantamento integral da quantia e da guia

do termo de rescisão do contrato de trabalho, ou a apresentação de defesa; julgamento de procedência do pedido, com a emissão de preceito declaratório da extinção das obrigações;

condenação da consignada ao pagamento dos ônus da sucumbência.

Recomenda­se:

­ Resolver os casos propostos e postar na Webaula.

­ Realizar pesquisas em livros e internet de exemplos de casos que envolvam os temas abordados, para se preparar para a aula.

Indicação de Leitura Específica
Indicação de Leitura Específica

SARAIVA, Renato; MANFREDINI,Aryanna. Curso de Direito Processual do Trabalho. 10. Ed. Rio de Janeiro:Forense; São Paulo:MÉTODO, 2013. pág. 786­793.

Aplicação: articulação teoria e prática
José, funcionário da empresa LV, admitido em 11/05/2015, ocupava o cargo de recepcionista, com salário mensal de R$ 1.200,00. Em 19/06/2016, José afastou­se do trabalho

mediante a concessão de benefício previdenciário de auxílio­doença. Cessado o benefício em 20/07/2016 e passados dez dias sem que José tivesse retornado ao trabalho, a
empresa convocou­o por meio de notificação, recebida por José mediante aviso de recebimento. José não atendeu à notificação e, completados trinta dias de falta, a empresa LV

expediu edital de convocação, publicado em jornal de grande circulação, mas, ainda assim, José não retornou ao trabalho. Preocupada com a rescisão do contrato de trabalho,

com a baixa da CTPS, com o pagamento das parcelas decorrentes e para não incorrer em mora, a empresa procurou profissional da advocacia. Considerando a situação
hipotética acima apresentada, na qualidade de advogado(a) da empresa LV, elabore a peça processual adequada a satisfazer­lhe judicialmente o interesse, ciente de que José nunca

usufruiu férias. (39º Exame OAB adaptado)

Considerações Adicionais

Bibliografia básica (Plano de Ensino da disciplina) CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 5. ed. Niterói: Impetus, 2011. CAVALCANTE, Jouberto De Quadros Pessoa E

JORGE NETO, Francisco Ferreira. Direito Processual Do Trabalho. Tomo I E II, 3. Ed. Rio De Janeiro: Lumen Juris. SARAIVA, Renato; MANFREDINI,Aryanna. Curso de

Direito Processual do Trabalho. 10. Ed. Rio de Janeiro:Forense; São Paulo:MÉTODO, 2013. Bibliografia complementar CARDONE. Marly A. Advocacia Trabalhista. 21ª
Edição. São Paulo: LTr. 2015. CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 35. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. CORREIA, Rose Mary de Jesus.

Petições Trabalhistas Anotadas. 1. Ed. São Paulo: Anhanguera, 2010. DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 9. Ed., LTr, 2011. DOUGLAS, Willian.

AQUINO Renato. Manual de Português e Redação Jurídica. 2. Ed. Rio de Janeiro: Editora Impetus, 2010. GODOY, Fabiana Fernandes de. Manual prático da Advocacia
Trabalhista. 1.Ed. São Paulo:JHMizuno, 2015. LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do trabalho. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.

PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) ­ CCJ0148
Semana Aula: 5
AÇÃO DE INQUÉRITO PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE

Tema
AÇÃO DE INQUÉRITO PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE

Palavras­chave
PETIÇÃO INICIAL. PROCEDIMENTO ESPECIAL. INQUÉRITO PARA A APURAÇÃO DE FALTA
GRAVE . ESTABILIDADE.

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de identificar e elaborar, diante do caso concreto apresentado, a peça processual adequada, ou seja, uma petição inicial de rito especial denominada
Inquérito para Apuração de Falta Grave, com base na estrutura e peculiaridades pertinentes a esse tipo de ação.

Estrutura de Conteúdo

1. Procedimentos Especiais (continuação)

2. Do Inquérito para Apuração de Falta Grave: art. 853 a 855 CLT

2.1 Conceito: o inquérito para apuração de falta grave é uma ação constitutiva­negativa, promovida pelo empregador, para a resolução do contrato de trabalho de empregado

estável, em função da prática de uma falta grave pelo obreiro. O Artigo 494 da CLT, garante que o empregado estável acusado de falta grave poderá ser suspenso de suas
funções, mas a sua despedida somente se tornará efetiva após o inquérito em que se verifique a procedência da acusação. Importante destacar que desde a criação do FGTS, em

1966, os trabalhadores deveriam optar pelo regime do FGTS ou pela manutenção da estabilidade decenal, com a constituição de 1988 o regime do FGTS passou a ser obrigatório
PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) ­ CCJ0148
Semana Aula: 5
AÇÃO DE INQUÉRITO PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE

Tema
AÇÃO DE INQUÉRITO PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE

Palavras­chave
PETIÇÃO INICIAL. PROCEDIMENTO ESPECIAL. INQUÉRITO PARA A APURAÇÃO DE FALTA
GRAVE . ESTABILIDADE.

Objetivos

O aluno deverá ser capaz de identificar e elaborar, diante do caso concreto apresentado, a peça processual adequada, ou seja, uma petição inicial de rito especial denominada
Inquérito para Apuração de Falta Grave, com base na estrutura e peculiaridades pertinentes a esse tipo de ação.

Estrutura de Conteúdo

1. Procedimentos Especiais (continuação)

2. Do Inquérito para Apuração de Falta Grave: art. 853 a 855 CLT

2.1 Conceito: o inquérito para apuração de falta grave é uma ação constitutiva­negativa, promovida pelo empregador, para a resolução do contrato de trabalho de empregado

estável, em função da prática de uma falta grave pelo obreiro. O Artigo 494 da CLT, garante que o empregado estável acusado de falta grave poderá ser suspenso de suas
funções, mas a sua despedida somente se tornará efetiva após o inquérito em que se verifique a procedência da acusação. Importante destacar que desde a criação do FGTS, em

1966, os trabalhadores deveriam optar pelo regime do FGTS ou pela manutenção da estabilidade decenal, com a constituição de 1988 o regime do FGTS passou a ser obrigatório
para todos os trabalhadores urbanos e rurais, acabando com a estabilidade decenal. Entretanto, o artigo 19 do ADCT, a manteve para os servidores admitidos há pelo menos cinco
anos continuados, antes da promulgação da CRFB e a legislação esparsa manteve os casos de estabilidade, que ainda desafiam a impetração do inquérito para apuração de falta
grave, e são eles:

a) Estável Decenal (art. 492 CLT: aqueles que tiveram o direito adquirido resguardado pois já eram estáveis em 05.10.88 e ainda estiverem trabalhando)

a) Dirigente Sindical:  artigo 8º, VIII, da CRFB e artigo 543, § 3º, da CLT c/c Súmulas 379 do TST e 197 do STF;

b) Empregados Membros do CNPS:  artigo 3º, § 7º, da Lei nº 8.213 de 1991;

c) Empregados eleitos diretores de sociedades cooperativas: artigo 55 da Lei nº5.764 de 1971.

Destaque­se, também, que a ação se destina à apuração de falta grave, que são os atos praticados pelo empregado e constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho,
conforme previsto no artigo 482 da CLT:

Art. 482 ­ Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: a) ato de improbidade; b) incontinência de conduta ou mau procedimento; c) negociação

habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao
serviço; d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; e) desídia no desempenho das respectivas funções; f)
embriaguez habitual ou em serviço; g) violação de segredo da empresa; h) ato de indisciplina ou de insubordinação; i) abandono de emprego; j) ato lesivo da honra ou da boa fama

praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; k) ato lesivo da honra ou da boa
fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; l) prática constante de jogos de azar.
Parágrafo único ­ Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios à segurança
nacional.

2.2. Procedimento: O procedimento do inquérito para apuração de falta grave está previsto nos artigos 853 a 855 da CLT: Art. 853 ­ Para a instauração do inquérito para apuração
de falta grave contra empregado garantido com estabilidade, o empregador apresentará reclamação por escrito à Junta ou Juízo de Direito, dentro de 30 (trinta) dias, contados da
data da suspensão do empregado. Art. 854 ­ O processo do inquérito perante a Junta ou Juízo obedecerá às normas estabelecidas no presente Capítulo, observadas as disposições

desta Seção. Art. 855 ­ Se tiver havido prévio reconhecimento da estabilidade do empregado, o julgamento do inquérito pela Junta ou Juízo não prejudicará a execução para
pagamento dos salários devidos ao empregado, até a data da instauração do mesmo inquérito. Percebe­se que o inquérito para apuração de falta grave deve ser proposto,
obrigatoriamente, por escrito à Vara do Trabalho, ou a Juiz de Direito investido na Jurisdição trabalhista.

2.3 Prazo para ajuizamento: ao contrário das ações trabalhistas propostas pelo rito comum, o inquérito para apuração de falta grave é sujeito a prazo decadencial, sendo este de 30
pagamento dos salários devidos ao empregado, até a data da instauração do mesmo inquérito. Percebe­se que o inquérito para apuração de falta grave deve ser proposto,
obrigatoriamente, por escrito à Vara do Trabalho, ou a Juiz de Direito investido na Jurisdição trabalhista.

2.3 Prazo para ajuizamento: ao contrário das ações trabalhistas propostas pelo rito comum, o inquérito para apuração de falta grave é sujeito a prazo decadencial, sendo este de 30
dias, contados da suspensão do empregado estável, conforme disposto nas Súmulas 62 do TST e 403 do STF:

Súmula nº 62 do TST ABANDONO DE EMPREGO (mantida) ­ Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O prazo de decadência do direito do empregador de ajuizar inquérito em
face do empregado que incorre em abandono de emprego é contado a partir do momento em que o empregado pretendeu seu retorno ao serviço.

SÚMULA 403 do STF É DE DECADÊNCIA O PRAZO DE TRINTA DIAS PARA INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO JUDICIAL, A CONTAR DA SUSPENSÃO, POR FALTA

GRAVE, DE EMPREGADO ESTÁVEL. É perceptível que, em ambos os casos, o prazo decadencial tem como termo a quo a suspensão do empregado estável. Contudo, se não
ocorrer a suspensão do empregado, a doutrina diverge acerca do tema chegando ao entendimento de que poderia o empregador promover o inquérito pra apuração de falta grave
no prazo de 5 (cinco) anos, contados da ciência da falta praticada pelo empregado, conforme o disposto no artigo 7º, XXIX da CRFB.

2.4 Competência: Vara do Trabalho ou Juiz de Direito investido na Jurisdição trabalhista.

2.5 Peculiaridades:

autor (empregador) = REQUERENTE

réu (empregado) = REQUERIDO

2.6 Roteiro para elaboração da Ação de Inquérito para Apuração de Falta Grave:

1) ENDEREÇAMENTO

2) QUALIFICAÇÃO DO REQUERENTE/ ADVOGADO

3) NOME DA PEÇA EM DESTAQUE

4) QUALIFICAÇÃO DO REQUERIDO

5) TEMPESTIVIDADE – art. 853 CLT e Súmula 403 STF

6) FATOS

7) FUNDAMENTOS

8) HONORÁRIOS

9) PEDIDOS

10) ENCERRAMENTO 

Estratégias de Aprendizagem

ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESSA AULA

Elaboração de uma Ação de Inquérito para Apuração de Falta Grave ? procedimento especial ? artigos 853­855 da CLT

Competência: Justiça do trabalho (114 da CRFB ? uma das Varas do Trabalho de Cuiabá ? artigo 651 da CLT)

Legitimidade Ativa: Requerente ? BANCO AFORTUNADO S.A. 

Legitimidade Passiva: Requerido ? VALERSON PORRADA

Fatos: Narrar de forma resumida os fatos que originam a lide, com especial atenção ao contrato de trabalho, ao motivo que enseja a estabilidade provisória e a falta grave pratica pelo

funcionário.

Fundamentos: Cabimento: art. 8º, VIII da CRFB c/c o artigo 543, p. 3º, da CLT c/c Súmula 379 do TST

Direito material: artigo 482, ?k?, da CLT.
Fundamentos: Cabimento: art. 8º, VIII da CRFB c/c o artigo 543, p. 3º, da CLT c/c Súmula 379 do TST

Direito material: artigo 482, ?k?, da CLT.

Pedido: julgamento de procedência do pedido e a consequente rescisão do contrato de trabalho por justa causa. Notificação do requerido para que conteste o pedido.

Das Provas: Indica como provas a serem produzidas todas as constantes do rol do artigo 369 do Código de Processo Civil, em especial documental e testemunhal (limite de seis

testemunhas).

Valor da causa: artigo 291 do NCPC ­A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível. )

Recomenda­se:

­ Resolver os casos propostos e postar na Webaula.

­ Realizar pesquisas em livros e internet de exemplos de casos que envolvam os temas abordados, para se preparar para a aula.

Indicação de Leitura Específica

SARAIVA, Renato; MANFREDINI,Aryanna. Curso de Direito Processual do Trabalho. 10. Ed. Rio de Janeiro:Forense; São Paulo:MÉTODO, 2013. pág. 781 a 787

CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 5. ed. Niterói: Impetus, 2011. pág. 1121 a 1158

Aplicação: articulação teoria e prática
Leonel Pereira é empregado da Empresa Alfa Ltda. E, apesar de ser detentor de estabilidade provisória, na qualidade de diretor titular de sociedade cooperativa criada pelos

próprios empregados da Empresa Alfa há cerca de um ano, não está liberado de cumprir sua jornada de trabalho. Leonel, todavia, vem apresentando reiteradas faltas e atrasos,
todos devidamente punidos pelo seu empregador. Em sua ficha funcional constam nos últimos dois meses, 3 advertências e 2 suspensões, toda pelos motivos descritos. E a
situação só vem se agravando a cada dia, tornando­se cada vez mais reincidente em suas faltas.  A última e atual suspensão ocorreu faz 2 dias. Diante da situação narrada, a

empresa Alfa formula consulta jurídica dizendo que gostaria de proceder a demissão de Leonel, por culpa deste em virtude do cometimento das aludidas faltas e atrasos.

Você, na qualidade de advogado (a) contratado, apresente em Juízo, a peça processual adequada, objetivando a demissão do empregado faltoso, por culpa exclusiva deste.

Considerações Adicionais

Bibliografia básica (Plano de Ensino da disciplina) CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 5. ed.
Niterói: Impetus, 2011. CAVALCANTE, Jouberto De Quadros Pessoa E JORGE NETO, Francisco
Ferreira. Direito Processual Do Trabalho. Tomo I E II, 3. Ed. Rio De Janeiro: Lumen Juris. SARAIVA,
Renato; MANFREDINI,Aryanna. Curso de Direito Processual do Trabalho. 10. Ed. Rio de
Janeiro:Forense; São Paulo:MÉTODO, 2013. Bibliografia complementar CARDONE. Marly A.
Advocacia Trabalhista. 21ª Edição. São Paulo: LTr. 2015. CARRION, Valentin. Comentários à
Consolidação das Leis do Trabalho. 35. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. CORREIA, Rose Mary de Jesus.
Petições Trabalhistas Anotadas. 1. Ed. São Paulo: Anhanguera, 2010. DELGADO, Maurício Godinho.
Curso de Direito do Trabalho. 9. Ed., LTr, 2011. DOUGLAS, Willian. AQUINO Renato. Manual de
Português e Redação Jurídica. 2. Ed. Rio de Janeiro: Editora Impetus, 2010. GODOY, Fabiana
Fernandes de. Manual prático da Advocacia Trabalhista. 1.Ed. São Paulo:JHMizuno, 2015. LEITE,
Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do trabalho. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.

PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) ­ CCJ0148
Semana Aula: 6
DEFESA DO RECLAMADO

Tema

Defesa do Reclamado  ­ Aspectos Gerais 
PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) ­ CCJ0148
Semana Aula: 6
DEFESA DO RECLAMADO

Tema

Defesa do Reclamado  ­ Aspectos Gerais 

Palavras­chave
DEFESA DO RECLAMADO ­ ESPÉCIES ­ CONTESTAÇÃO

Objetivos

Recordar os conhecimentos teóricos adquiridos na disciplina Processo do Trabalho, notadamente àqueles referentes à defesa do Reclamado e as modalidades de defesa e, com
base nesses conhecimentos, enfrentar as questões pertinentes aos efeitos do CPC/15 na elaboração da defesa do Reclamado. O aluno deverá, ainda, ao final, ser capaz de
reconhecer os requisitos fundamentais para elaboração da defesa do Reclamado e conhecer as formalidades essências para apresentação da defesa escrita.

Estrutura de Conteúdo
1. Defesa do Reclamado ­ Aspectos Gerais
1.1. Principais princípios
1.2. Espécies
            1.2.1. Contestação;
            1.2.2. Reconvenção
            1.2.3. Exceções
2. Da Contestação
            2.1. Defesa Processual
            2.2. Defesa de Mérito
                        2.2.1. Defesa de Mérito Indireta
                        2.2.2. Defesa de Mérito Direta
            2.3. Requisitos Essenciais ­ Aspectos Formais
            2.4. Traçado Genérico

Estratégias de Aprendizagem

ESTRUTURA DO DO CONTEÚDO DESSA AULA

1.        Elaboração de um modelo genérico de contestação no qual constem todas as matérias de defesa do Réu, sendo proposto o seguinte esquema:

Endereçamento ao Juízo e à Vara constantes da  questão

Número dos autos

Qualificação do Reclamante, com o endereço do advogado

Qualificação do Reclamado

Das Preliminares ? defesa processual, também denominada de defesa indireta

Do Mérito

o Defesas de mérito indiretas

o Defesas de mérito diretas

Dos Requerimentos

Após terem sido deduzidas todas as impugnações, deve a contestação apontar os requerimentos, seguindo a ordem na qual foram apresentados, ou seja, primeiro os requerimentos
Dos Requerimentos

Após terem sido deduzidas todas as impugnações, deve a contestação apontar os requerimentos, seguindo a ordem na qual foram apresentados, ou seja, primeiro os requerimentos

decorrentes das preliminares, após os requerimentos decorrentes das defesas de mérito indiretas e, por fim, os requerimentos decorrentes das defesas de mérito diretas, em um verdadeiro

silogismo.

Do Requerimento de Provas

Da Finalização ou Parte Autenticativa

 Rol de Testemunhas e Quesitos, se for o caso.

Recomenda­se, ao final:

­ Resolver os casos propostos e postar na Webaula.

­ Realizar pesquisas em livros e internet de exemplos de casos que envolvam os temas abordados, para se preparar para a aula.

Indicação de Leitura Específica

SARAIVA, Renato; MANFREDINI,Aryanna. Curso de Direito Processual do Trabalho. 10. Ed. Rio de Janeiro:Forense; São Paulo:MÉTODO, 2013. pág. 281­323

LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do trabalho. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2015. pág. 503 a 540

Aplicação: articulação teoria e prática
1.Defesa do Reclamado ­ Aspectos Gerais

Inicialmente, cabe destacar que a defesa do reclamado, no âmbito do processo do trabalho, será apresentada em audiência, após a tentativa de conciliação frustrada. A defesa do
acusado poderá ser realizada de forma oral ou escrita, sendo mais comum a apresentação da peça de defesa na forma escrita. Contudo, a CLT primou pela forma oral dos atos
processuais, de tal forma que não tratou dos requisitos fundamentais para a elaboração da contestação. Diante de tal motivo, deve­se buscar os requisitos constantes no CPC,

diploma que possui aplicação subsidiária no processo do trabalho, consoante o disposto no artigo 769 da CLT. (Explicar como ocorre na prática com o Pje­JT)

1.1. Principais princípios

Ø Ampla Defesa e Contraditório ­ corolário do principio do devido processo legal, a ampla defesa e o contraditório são princípios constitucionais do processo assegurados pelo
artigo 5º, inciso LV da Constituição Federal, mas pode ser definido também pela expressão audiatur et altera pars, que significa ?ouça­se também a outra parte?. O princípio da

ampla defesa e do contraditório possuem base no dever delegado ao Estado de facultar ao acusado a possibilidade de efetuar a mais completa defesa quanto à imputação que lhe
foi realizada. As condições mínimas para a convivência em uma sociedade democrática são pautadas através dos direitos e garantias fundamentais. Estes são meios de proteção
dos Direitos individuais, bem como mecanismos para que haja sempre alternativas processuais adequadas para essa finalidade. Não só a Constituição da República, mas também a
Convenção Americana sobre os Direitos Humanos, chamada de Pacto de São José da Costa Rica, aprovada pelo Congresso Nacional, através do Decreto Legislativo n° 27, de
26/5/1992, garante o contraditório. Diz o art. 8º: Art. 8º Garantias Judiciais "Toda pessoa tem direito a ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por

um juiz ou tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou para que se
determinem seus direitos ou obrigações de natureza civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza. Por tudo isso, o princípio da ampla defesa e do contraditório refletem o
dever de possibilitar ao Reclamado todos os meios de defesa e instrumentos processuais hábeis para a garantia efetiva de um contraditório.

Art. 4° Aplicam­se ao Processo do Trabalho as normas do CPC que regulam o princípio do contraditório, em especial os artigos 9º e 10, no que vedam a decisão surpresa. § 1º

Entende­se por “decisão surpresa” a que, no julgamento final do mérito da causa, em qualquer grau de jurisdição, aplicar fundamento jurídico ou embasar­se em fato não
submetido à audiência prévia de uma ou de ambas as partes. § 2º Não se considera “decisão surpresa” a que, à luz do ordenamento jurídico nacional e dos princípios que
informam o Direito Processual do Trabalho, as partes tinham obrigação de prever, concernente às condições da ação, aos pressupostos de admissibili

 Ø Princípio da Concentração ou Eventualidade ­ toda a matéria de defesa deve ser apresentada em uma única oportunidade processual, sob pena de preclusão, ou seja, deve o
Reclamado, em sua peça de bloqueio, alegar todas as matérias de fato e de direito que pretende impugnar, inclusive, indicando clara e precisamente, quais são os motivos pelos

quais não concorda com a pretensão autoral, impugnando especificamente cada uma das causas de pedir e consequente pedidos, realizados pelo Reclamante. Nesse sentido, após
a apresentação da contestação somente será lícito ao Reclamado deduzir novas alegações se relativas a direito superveniente, competir ao juiz conhecer delas de ofício ou por
expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e juízo, conforme o disposto no artigo 342 CPC/15: Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu
deduzir novas alegações quando: I ­ relativas a direito ou a fato superveniente; II ­ competir ao juiz conhecer delas de ofício; III ­ por expressa autorização legal, puderem ser

formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição.

            Destaque para o art. 4° da IN 39/16 do TST: “Aplicam­se ao Processo do Trabalho as normas do CPC que regulam o princípio do contraditório, em especial os artigos 9º
e 10, no que vedam a decisão surpresa. § 1º Entende­se por “decisão surpresa” a que, no julgamento final do mérito da causa, em qualquer grau de jurisdição, aplicar fundamento
formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição.

            Destaque para o art. 4° da IN 39/16 do TST: “Aplicam­se ao Processo do Trabalho as normas do CPC que regulam o princípio do contraditório, em especial os artigos 9º
e 10, no que vedam a decisão surpresa. § 1º Entende­se por “decisão surpresa” a que, no julgamento final do mérito da causa, em qualquer grau de jurisdição, aplicar fundamento
jurídico ou embasar­se em fato não submetido à audiência prévia de uma ou de ambas as partes. § 2º Não se considera “decisão surpresa” a que, à luz do ordenamento jurídico

nacional e dos princípios que informam o Direito Processual do Trabalho, as partes tinham obrigação de prever, concernente às condições da ação, aos pressupostos de
admissibilidade de recurso e aos pressupostos processuais, salvo disposição legal expressa em contrário.

Ø Princípio do Ônus da Impugnação Específica ou Especificada ­ decorrente do principio da concentração ou da eventualidade, o princípio em comento importa no dever de o
Reclamado impugnar, em sua defesa, cada fato citado pelo autor que auxiliou para o surgimento do direito pleiteado. Essa forma de defesa é muito importante, pois a lei determina

que os fatos não rebatidos pelo réu são considerados verdadeiros, conforme o disposto no artigo 341/15 do CPC: Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar­se precisamente
sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo­se verdadeiras as não impugnadas, salvo se: I ­ não for admissível, a seu respeito, a confissão; II ­ a petição
inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do ato; III ­ estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. Parágrafo

único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público, ao advogado dativo e ao curador especial.

1.2. Espécies

            A defesa do Reclamado pode se dar através da apresentação de Contestação, Reconvenção e Exceção. Entretanto, não se pode olvidar as alterações ocorridas com o
advento do CPC/15 e quais seus efetivos reflexos no Processo do Trabalho. Senão vejamos.

1.2.1. – CONTESTAÇÃO: A contestação é, sem dúvida, a principal espécie de defesa do Réu, especialmente pelo fato de ser a única modalidade de resposta processual que tem o
condão de evitar a figura da revelia. É na contestação que o Reclamado irá exercer o seu direito constitucional à ampla defesa e ao contraditório, insurgindo­se contra a pretensão
do Reclamante, impugnando especificamente todos os fatos por aquele deduzidos. Por certo, a contestação envolverá todas as matérias de defesa do Reclamado, quer sejam de

índole processual, quer sejam de índole material.

            O artigo 335 CPC/15 prevê que o réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias. Ocorre, contudo, que nossa contestação será entregue em

audiência (com as peculiaridades do Pje­JT). Assim sendo, destaque para o artigo  2° da IN 39/15 do TST, que prevê que, sem prejuízo de outros, não se aplicam ao Processo do
Trabalho, em razão de inexistência de omissão ou por incompatibilidade, os seguintes preceitos do Código de Processo Civil: IV ­ art. 334 (audiência de conciliação ou de
mediação); V ­ art. 335 (prazo para contestação).

Art. 335 CPC/15: O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data: I ­ da audiência de conciliação ou de mediação, ou

da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição; II ­ do protocolo do pedido de cancelamento da
audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso I; III ­ prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi
feita a citação, nos demais casos. § 1o No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a hipótese do art. 334, § 6o, o termo inicial previsto no inciso II será, para cada um dos réus,

a data de apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento da audiência. § 2o Quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso II, havendo litisconsórcio passivo e o

autor desistir da ação em relação a réu ainda não citado, o prazo para resposta correrá da data de intimação da decisão que homologar a desistência.

            Ainda no que tange à contestação, o art. 337 do CPC/15 prevê que “incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: II ­ incompetência absoluta e relativa”. A grande
questão é conseguir delimitar se a arguição de incompetência relativa ocorrerá no processo do trabalho como preliminar da contestação, e não mais, por peça apartada, como
agora ocorre no processo civil ou se faremos por peça apartada. Ressalte­se, nesse particular, que, na esfera trabalhista, mesmo antes do advento do CPC/15, já havia uma praxe,

embora não unânime, utilizada por alguns operadores do direito do trabalho, arguindo a incompetência relativa em peça única, na própria contestação, antes de alegar eventuais

preliminares da contestação, ante o informalismo e a celeridade. A questão vem gerando polêmica doutrinária e na esfera prática.

 1.2.2. ­ RECONVENÇÃO: A reconvenção é modalidade de resposta do réu, concernente não a uma defesa, mas sim a uma manifestação de ataque contra o autor (SARAIVA,
2014, pág. 315) A reconvenção constitui verdadeiro contra­ataque do reclamado em face do reclamante, dentro do mesmo processo. Para que seja possível reconvir devem ser
preenchidos alguns requisitos como a competência do juízo para o conhecimento da reconvenção; a compatibilidade do procedimento; a existência de conexão entre a

reconvenção e ação principal.

             A reconvenção no CPC/15 é tratada no artigo 343, de aplicação subsidiária,  pois não possuímos regra própria, deixando de ser apresentada por peça apartada e passando

a vir no final da contestação, quando cabível, vejamos:

Art. 343 CPC/15: Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa. § 1o

Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias. § 2o A desistência da ação ou a ocorrência de
causa extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção. § 3o A reconvenção pode ser proposta contra o autor e
terceiro. § 4o A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro. § 5o Se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá afirmar ser titular de

direito em face do substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em face do autor, também na qualidade de substituto processual. § 6o O réu pode propor reconvenção
independentemente de oferecer contestação.

            Dessa forma, a reconvenção, no CPC/15, deixa de ser apresentada em uma peça autônoma e passa a integrar o bojo da contestação. Contudo, muito embora integre a

contestação, a reconvenção continua tendo a natureza jurídica de ação autônoma, devendo preencher os mesmos requisitos e ser proposta no mesmo prazo para a apresentação da
contestação.

1.2.3. – EXCEÇÃO: A exceção é espécie de defesa do reclamado que objetiva resolver determinada questão pendente, sem operar a extinção do feito com ou sem a resolução do
mérito. Desta forma, objetiva, em verdade, atacar a imparcialidade do magistrado ou a incompetência do juízo (incompetência relativa).  O CPC/15, como já salientado quando do
estudo da contestação, extinguiu a apresentação da peça de exceção de incompetência relativa, tratando­a como preliminar de contestação, tal como já admitia parte da doutrina

processual trabalhista. Assim sendo, no processo do trabalho, há quem defenda que a exceção de incompetência relativa deverá ser apresentada como preliminar de contestação
(defesa processual), a teor do artigo 337, inciso II, do NCPC, no entanto, outros defendem que continua sendo arguida em peça apartada.
mérito. Desta forma, objetiva, em verdade, atacar a imparcialidade do magistrado ou a incompetência do juízo (incompetência relativa).  O CPC/15, como já salientado quando do
estudo da contestação, extinguiu a apresentação da peça de exceção de incompetência relativa, tratando­a como preliminar de contestação, tal como já admitia parte da doutrina

processual trabalhista. Assim sendo, no processo do trabalho, há quem defenda que a exceção de incompetência relativa deverá ser apresentada como preliminar de contestação
(defesa processual), a teor do artigo 337, inciso II, do NCPC, no entanto, outros defendem que continua sendo arguida em peça apartada.

Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: (...) II ­ incompetência absoluta e relativa;

            Quanto às Exceções de Impedimento e Suspeição (artigo 801 da CLT), a polêmica de igual sorte se instaura: se utilizaremos o procedimento contido no art. 146 do
CPC/15 ou se continuaremos utilizando a CLT. Neste particular, em que pesem entendimentos em contrário, o posicionamento majoritário vem defendendo a apresentação em

peça apartada e a utilização das regras contidas na CLT, por termos regar própria (arts. 799 ao 802 CLT).

            Por outro lado, de forma quase unânime, aplicam­se ao processo do trabalho, de forma supletiva, as hipóteses de impedimento e suspeição previstas no CPC/15, a saber:

Art. 144 CPC/15:  Há impedimento do juiz, sendo­lhe vedado exercer suas funções no processo: I ­ em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou
como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha; II ­ de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão; III ­ quando nele
estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta

ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; IV ­ quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou
colateral, até o terceiro grau, inclusive;  V ­ quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo; VI ­ quando for herdeiro
presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes; VII ­ em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato

de prestação de serviços; VIII ­ em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou
colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório; IX ­ quando promover ação contra a parte ou seu advogado. § 1o Na hipótese
do inciso III, o impedimento só se verifica quando o defensor público, o advogado ou o membro do Ministério Público já integrava o processo antes do início da atividade

judicante do juiz. § 2o É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento do juiz. § 3o O impedimento previsto no inciso III também se verifica no caso


de mandato conferido a membro de escritório de advocacia que tenha em seus quadros advogado que individualmente ostente a condição nele prevista, mesmo que não intervenha
diretamente no processo.

Art. 145CPC/15:  Há suspeição do juiz: I ­ amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados; II ­ que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na
causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio; III ­
quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive; IV ­ interessado no

julgamento do processo em favor de qualquer das partes. § 1o Poderá o juiz declarar­se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões. § 2o Será


ilegítima a alegação de suspeição quando: I ­ houver sido provocada por quem a alega; II ­ a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do arguido.

2. Da Contestação:  Como dito, a contestação é, sem dúvida, a principal espécie de defesa do Réu, especialmente pelo fato de ser a única modalidade de resposta processual que
tem o condão de evitar a figura da revelia. Cumpre ao Reclamado deduzir todas as matérias de defesa, impugnando especificamente cada um dos fatos apresentados pelo
Reclamante, sob pena de confissão. Assim sendo a contestação, como peça de defesa, deverá apresentar toda e qualquer matéria afeta à defesa dos interesses do Reclamado,
podendo estas ser de duas ordens:

2.1. Defesa Processual A defesa processual realizada na contestação, constitui­se em verdadeira defesa indireta realizada pelo Reclamado, pois destina­se às questões de ordem
processual sem alcançar o mérito da lide. As defesas processuais são também conhecidas como preliminares de contestação e podem ser classificadas como peremptórias ou

dilatórias, a depender se extinguem o processo ou se suspendem/dilatam o curso do processo, respectivamente. As defesas processuais encontram­se estabelecidas no artigo 337
do CPC: Art. 337.  Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:I ­ inexistência ou nulidade da citação; II ­ incompetência absoluta e relativa; III ­ incorreção do valor da
causa; IV ­ inépcia da petição inicial; V ­ perempção; VI ­ litispendência; VII ­ coisa julgada; VIII ­ conexão; IX ­ incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de

autorização; X ­ convenção de arbitragem; XI ­ ausência de legitimidade ou de interesse processual; XII ­ falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;
XIII ­ indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. § 1o Verifica­se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. § 2o Uma ação
é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido. § 3o Há litispendência quando se repete ação que está em curso. § 4o Há coisa

julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado. § 5o Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de
ofício das matérias enumeradas neste artigo.  § 6o A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica aceitação da
jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral

            As inovações mais sensíveis verificadas no CPC/15, dizem respeito, justamente, à possibilidade de alegação da incompetência relativa, no bojo das preliminares de
contestação e a impugnação ao benefício da Gratuidade de Justiça, que era processado em autos apartados, conforme o disposto na Lei nº 1.060 de 1950. Contudo, é importante

destacar que as preliminares (defesas processuais) previstas nos incisos V, X e XII , do artigo 337 do NCPC (Artigo 301, V, IX e XI do CPC/73), não são aplicáveis ao processo
do trabalho, no que tange aos dissídios individuais.

2.2. Defesa de Mérito Quanto ao mérito a contestação poderá apresentar duas espécies de defesa:

2.2.1. Defesa de Mérito Indiretas: As defesas de mérito indiretas, também denominadas “exceções substanciais” são aquelas em que o Reclamado reconhece o fato constitutivo
do direito, mas alega um fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do Reclamante. Fato Impeditivo são aqueles que provocam a ineficácia dos fatos alegados pela outra

parte. Fato Modificativo são aqueles que modificam ou alteram os fatos alegados pela outra parte, tais como pagamento parcial, compensação, dentre outros. Fato Extintivo são
aqueles que extinguem as obrigações pretendidas pela outra parte, podendo ocorrer pela prescrição, decadência, pagamento, renúncia ou mesmo transação.

2.2.2. Defesa de Mérito Direta: A defesa direta de mérito ocorre com a negação dos fatos constitutivos, ou seja, negam­se os fatos que constituem o direito do Reclamante,
parte. Fato Modificativo são aqueles que modificam ou alteram os fatos alegados pela outra parte, tais como pagamento parcial, compensação, dentre outros. Fato Extintivo são
aqueles que extinguem as obrigações pretendidas pela outra parte, podendo ocorrer pela prescrição, decadência, pagamento, renúncia ou mesmo transação.

2.2.2. Defesa de Mérito Direta: A defesa direta de mérito ocorre com a negação dos fatos constitutivos, ou seja, negam­se os fatos que constituem o direito do Reclamante,

devendo tal negação ser acompanhada das provas dos fatos negados.

 2.3. Requisitos Essenciais ­Aspectos Formais Tal como ocorre com a petição inicial, a contestação realizada de forma escrita deverá preencher os requisitos constantes no artigo

335 a 342 do CPC/15.

Dessa forma, sob a ótica dos aspectos de forma, a contestação deverá conter:

 2.3.1­ Endereçamento ao Juízo Competente A contestação, diferentemente do que ocorre com a petição inicial, será endereçada ao juízo que determinou a notificação do
Reclamado, ou seja, será endereçada ao juízo onde a ação foi distribuída. Exemplo: Notificação realizada pelo juízo da 5ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, o endereçamento será
assim realizado:

EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUIZ DA 5ª VARA DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO

2.3.2­ Identificação do Processo: Além do endereçamento ao juízo onde foi distribuída a demanda, a contestação deverá conter o número de registro do processo junto ao órgão
jurisdicional, ou seja, após o endereçamento ao juízo competente deve o Reclamado indicar a que processo se refere àquela contestação. Exemplo:

EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 5ª VARA DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO

 (5 linhas)

 Processo nº XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

 2.3.3. Qualificação das Partes: Tal como ocorre com a petição inicial, deve­se qualificar as partes do processo, indicando, como primeira, a parte que está peticionando, ou seja,
o reclamado e, após, a parte contra a quem é dirigida as alegações, ou seja, o Reclamante. Exemplo:

            ABCDE, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº__________, endereço eletrônico_____,  com sede na rua________, nº_______, CEP________,
(cidade), (estado), vem, à presença de Vossa Excelência, por seu advogado infra­assinado, endereço eletrônico ___, com endereço profissional sito à ____________,
tempestivamente, apresentar sua CONTESTAÇÃO às alegações formuladas por XYZKW, já qualificado nos autos da (identificar o nome da demanda), pelas relevantes razões

de fato e de direito que passa a expor:

2.3.4. Das Preliminares: Antes de adentrar ao mérito da reclamação trabalhista deve o Reclamado abordar todas as questões de ordem processual, denominadas de preliminares. O
atual CPC, aplicável subsidiariamente ao processo do trabalho, por força do artigo 769 da CLT, as descreve no artigo 337, in verbis: Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o

mérito, alegar: I ­ inexistência ou nulidade da citação; II ­ incompetência absoluta e relativa; III ­ incorreção do valor da causa; IV ­ inépcia da petição inicial; V ­ perempção; VI ­
litispendência; VII ­ coisa julgada; VIII ­ conexão; IX ­ incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; X ­ convenção de arbitragem; XI ­ ausência de
legitimidade ou de interesse processual; XII ­ falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; XIII ­ indevida concessão do benefício de gratuidade de
justiça. Todas as hipóteses devem ser analisadas pormenorizadamente, em tópicos separados. Lembrando que os requerimentos ao final da peça de bloqueio terão por base,

também, cada uma das preliminares elencadas, considerando, inclusive, se peremptórias (geram a extinção do feito sem a resolução do mérito) ou dilatórias (geram a suspensão
ou dilação do processo).

2.3.5 Defesas de Mérito Indiretas: Após a realização da defesa processual, deve o réu elencar as prejudiciais de mérito que geram a extinção do feito com a resolução do mérito,
tais como a Prescrição, a Decadência e a Compensação, observado, no último caso, o disposto no artigo 767 da CLT, Súmula 18 do TST e artigo 477, § 5º, da CLT. Todas as
defesas de mérito indireta devem ser realizadas em tópicos, pois gerarão requerimento de extinção do feito com resolução do mérito.

2.3.6 Defesas de Mérito Diretas: Ultrapassadas as preliminares e as prejudiciais de mérito, incumbe ao Reclamado, na forma do artigo 336 do CPC/15, alegar toda e qualquer
matéria fática e de direito pela qual impugna os fatos invocados na reclamação trabalhista, ponderando as razoes que se fundam a sua insurgência. Importante destacar que o
ordenamento jurídico veda a realização de contestação pela negatória geral, cabendo ao réu impugnar de forma clara e precisa cada um dos fatos que ensejam a reclamação

trabalhista.

2.3.7­ Dos Requerimentos: Após terem sido deduzidas todas as impugnações, deve a contestação apontar os requerimentos seguindo a ordem na qual foram apresentados, ou

seja, primeiro os requerimentos decorrentes das preliminares, após os requerimentos decorrentes das defesas de mérito indiretas e, por fim, os requerimentos decorrentes das
defesas de mérito diretas, em um verdadeiro silogismo. Exemplo:

            Isto posto requer a Vossa Excelência:

1. O acolhimento da preliminar de incompetência absoluta, remetendo­se os autos ao Juízo competente, ou seja, para uma das Varas ________;

2. O acolhimento da preliminar de conexão com remessa ao juízo prevento da __________________;

3. O acolhimento da preliminar de __________ extinguindo­se o processo sem julgamento do mérito nos termos do art. 485, ___ do CPC/15; (ex. ausência de submissão da
comissão de conciliação prévia, inépcia, inexistência de liquidez nos pedidos em reclamação trabalhista movida pelo rito sumaríssimo...)
2. O acolhimento da preliminar de conexão com remessa ao juízo prevento da __________________;

3. O acolhimento da preliminar de __________ extinguindo­se o processo sem julgamento do mérito nos termos do art. 485, ___ do CPC/15; (ex. ausência de submissão da
comissão de conciliação prévia, inépcia, inexistência de liquidez nos pedidos em reclamação trabalhista movida pelo rito sumaríssimo...)

4. Seja reconhecida / pronunciada a decadência extinguindo­se o processo com resolução do mérito nos termos do art. 487, II do NCPC;

5. Seja acolhido o pedido de compensação ou retenção, conforme as razões narradas nesta peça de bloqueio;

6. Vencidas as preliminares e a prejudicial, que no mérito seja julgado improcedente o pedido autoral;

2.3.8­ Do Requerimento de Provas: Tal como ocorre com a petição inicial, deve o reclamado, ao final de sua contestação, apresentar as provas que pretende produzir. Exemplo:

             Indica como provas a serem produzidas as de caráter documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal na amplitude do artigo 369 do Código de Processo Civil.

Há que se lembrar que no processo do trabalho, pelo principio da celeridade e da concentração de atos, sendo a audiência una, deverá o Reclamado indicar as testemunhas e as
levar à audiência, independentemente de intimação. Outrossim, os documentos devem ser apresentados junto à contestação, assim como os quesitos para a realização da
perícia, caso seja deferida pelo magistrado.

 2.3.9­ Parte Autenticativa

Exemplo: Local, data Nome do Advogado OAB nº

Considerações Adicionais
Bibliografia básica (Plano de Ensino da disciplina) CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 5. ed. Niterói: Impetus, 2011. CAVALCANTE, Jouberto De Quadros Pessoa E
JORGE NETO, Francisco Ferreira. Direito Processual Do Trabalho. Tomo I E II, 3. Ed. Rio De Janeiro: Lumen Juris. SARAIVA, Renato; MANFREDINI,Aryanna. Curso de

Direito Processual do Trabalho. 10. Ed. Rio de Janeiro:Forense; São Paulo:MÉTODO, 2013. Bibliografia complementar CARDONE. Marly A. Advocacia Trabalhista. 21ª Edição.
São Paulo: LTr. 2015. CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 35. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. CORREIA, Rose Mary de Jesus. Petições
Trabalhistas Anotadas. 1. Ed. São Paulo: Anhanguera, 2010. DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 9. Ed., LTr, 2011. DOUGLAS, Willian. AQUINO

Renato. Manual de Português e Redação Jurídica. 2. Ed. Rio de Janeiro: Editora Impetus, 2010. GODOY, Fabiana Fernandes de. Manual prático da Advocacia Trabalhista. 1.Ed.
São Paulo:JHMizuno, 2015. LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do trabalho. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.

PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) ­ CCJ0148
Semana Aula: 7
DEFESA DO RECLAMADO

Tema

ELABORAÇÃO DE CONTESTAÇÃO TRABALHISTA

Palavras­chave
CONTESTAÇÃO TRABALHISTA. DEFESAS DE MÉRITO. REQUERIMENTOS

Objetivos

O aluno deve conhecer as modalidades de resposta do réu e estar apto a identificar o momento processual para sua apresentação e toda a estrutura da contestação trabalhista,
desde o seu endereçamento até o encerramento, como instrumentos necessários à elaboração da sua peça processual.   

Estrutura de Conteúdo

Contestação: Estrutura ­ roteiro para elaboração

1) ENCAMINHAMENTO: Vara do Trabalho onde foi ajuizada a Ação Trabalhista;

2) NÚMERO DO PROCESSO;
PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) ­ CCJ0148
Semana Aula: 7
DEFESA DO RECLAMADO

Tema

ELABORAÇÃO DE CONTESTAÇÃO TRABALHISTA

Palavras­chave
CONTESTAÇÃO TRABALHISTA. DEFESAS DE MÉRITO. REQUERIMENTOS

Objetivos

O aluno deve conhecer as modalidades de resposta do réu e estar apto a identificar o momento processual para sua apresentação e toda a estrutura da contestação trabalhista,
desde o seu endereçamento até o encerramento, como instrumentos necessários à elaboração da sua peça processual.   

Estrutura de Conteúdo

Contestação: Estrutura ­ roteiro para elaboração

1) ENCAMINHAMENTO: Vara do Trabalho onde foi ajuizada a Ação Trabalhista;

2) NÚMERO DO PROCESSO;

3) QUALIFICAÇÃO DAS PARTES (indicar endereço do advogado  eletrônico e não eletrônico)

4) NOME DA PEÇA EM DESTAQUE;

5) PRELIMINARES (art. 337, CPC/15);

Obs1: Não esquecer que quando alegar inépcia da petição inicial, deverá também contestar no mérito o pedido considerado inepto, em observância do princípio da eventualidade.

6) MÉRITO;

6.1) Defesas de Mérito Indiretas: prejudiciais de mérito: prescrição, decadência, compensação

6.2) Defesas de Mérito Diretas: contestar cada pedido separando­se por tópicos fatos e fundamentos;

Obs1: Utilizar artigos, Súmulas e Orientações Jurisprudenciais dos Tribunais para fundamentar a contestação.

Obs2: Citar obrigatoriamente a fonte doutrinária ou jurisprudencial utilizada, sob pena de ser considerada inválida.

Obs3: Lembrar, ainda, que não é válida contestação genérica, e por esta razão é importante que se separe as pretensões e as conteste isoladamente. Desta forma evita o

esquecimento e se atende ao princípio do ônus da impugnação específica.

Obs4: COMPENSAÇÃO(títulos diferentes)/DEDUÇÃO(parcelas de idêntico título): finalidade de evitar o enriquecimento ilícito;

7) REQUERIMENTOS FINAIS

8) ENCERRAMENTO

Estratégias de Aprendizagem

ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESSA AULA
Estratégias de Aprendizagem

ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESSA AULA

Elaboração de uma peça com formato de contestação, com endereçamento à 2ª Vara de Goiânia, indicação das partes e número do processo.

Devem ser sustentadas todas as defesas cabíveis aos interesses do cliente, em especial:

Defesa de mérito Indireta:

Ø Prescrição parcial ­ Na defesa dos interesses do cliente, deve ser arguida a  prescrição parcial (quinquenal) em relação aos supostos direitos anteriores a 5 anos do ajuizamento da ação.

Defesa de mérito direta:

Ø Multa artigo 477, § 8º da clt ? deve sustentar que as verbas resilitórias foram pagas no prazo legal, afastando o direito à multa do artigo 477, § 8º da CLT.

Ø Entrega do relógio ?deve identificar ser indevida obrigação de fazer porque a alteração da norma interna ocorreu antes da admissão da trabalhadora, que assim não tem o direito

postulado, na forma da Súmula 51, I, do TST.

Ø Intervalo intrajornada ? deve identificar que, de acordo com a carga horária cumprida, não havia direito a qualquer intervalo (CLT, artigo 71, § 1º).

Ø Participação nos lucros ? deve identificar que a verba PL, por força de Lei, não reflete em qualquer outro direito, na forma da Lei 10.101/00, artigo 3º.

Requerimentos ? deve ser elaborado os requerimentos levando­se em consideração o que foi sustentado e fundamentado tanto nas defesas processuais, quanto nas defesas de mérito.

Recomenda­se, ao final:

­ Resolver os casos propostos e postar na Webaula.

­ Realizar pesquisas em livros e internet de exemplos de casos que envolvam os temas abordados, para se preparar para a aula.

Indicação de Leitura Específica

CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 5. ed. Niterói: Impetus, 2011.

Aplicação: articulação teoria e prática
XVII EXAME OAB FGV (adaptado)

Você foi procurado pelo Banco Dinheiro Bom S/A, em razão de ação trabalhista nº XX, distribuída para a 99ª VT de Belém/PA, ajuizada pela ex­funcionária Paula, que foi gerente

geral de agência de pequeno porte por 4 anos, período total em que trabalhou para o banco. Sua agência atendia apenas a clientes pessoa física. Paula era responsável por
controlar o desempenho profissional e a jornada de trabalho dos funcionários da agência, além do desempenho comercial desta. Na ação, Paula aduziu que ganhava R$ 8.000,00
mensais, além da gratificação de função no percentual de 50% a mais que o cargo efetivo. Porém, seu salário era menor que o de João Petrônio, que percebia R$ 10.000,00,

sendo gerente de agência de grande porte atendendo contas de pessoas físicas e jurídicas. Requer as diferenças salariais e reflexos. Paula afirma que trabalhava das 8h às 20h, de
segunda a sexta­feira, com intervalo de 20 minutos. Requer horas extras e reflexos. Paula foi transferida de São Paulo para Belém, após um ano de serviço, tendo lá fixado
residência com sua família. Por isso, ela requer o pagamento de adicional de transferência. Paula requer a devolução dos descontos relativos ao plano de saúde, que assinou no ato

da admissão, tendo indicado dependentes. Requer, ainda, multa prevista no Art. 477 da CLT, pois foi notificada da dispensa em 06/02/2017, uma segunda­feira, e a empresa só
pagou as verbas rescisórias e efetuou a homologação da dispensa em 16/02/2017, um dia após o prazo, segundo sua alegação.

Redija a peça prático­profissional pertinente ao caso.

Considerações Adicionais

Bibliografia básica (Plano de Ensino da disciplina) CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 5. ed. Niterói: Impetus, 2011. CAVALCANTE, Jouberto De Quadros Pessoa E
JORGE NETO, Francisco Ferreira. Direito Processual Do Trabalho. Tomo I E II, 3. Ed. Rio De Janeiro: Lumen Juris. SARAIVA, Renato; MANFREDINI,Aryanna. Curso de
Direito Processual do Trabalho. 10. Ed. Rio de Janeiro:Forense; São Paulo:MÉTODO, 2013. Bibliografia complementar CARDONE. Marly A. Advocacia Trabalhista. 21ª

Edição. São Paulo: LTr. 2015. CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 35. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. CORREIA, Rose Mary de Jesus.
Bibliografia básica (Plano de Ensino da disciplina) CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 5. ed. Niterói: Impetus, 2011. CAVALCANTE, Jouberto De Quadros Pessoa E
JORGE NETO, Francisco Ferreira. Direito Processual Do Trabalho. Tomo I E II, 3. Ed. Rio De Janeiro: Lumen Juris. SARAIVA, Renato; MANFREDINI,Aryanna. Curso de
Direito Processual do Trabalho. 10. Ed. Rio de Janeiro:Forense; São Paulo:MÉTODO, 2013. Bibliografia complementar CARDONE. Marly A. Advocacia Trabalhista. 21ª

Edição. São Paulo: LTr. 2015. CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 35. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. CORREIA, Rose Mary de Jesus.
Petições Trabalhistas Anotadas. 1. Ed. São Paulo: Anhanguera, 2010. DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 9. Ed., LTr, 2011. DOUGLAS, Willian.
AQUINO Renato. Manual de Português e Redação Jurídica. 2. Ed. Rio de Janeiro: Editora Impetus, 2010. GODOY, Fabiana Fernandes de. Manual prático da Advocacia

Trabalhista. 1.Ed. São Paulo:JHMizuno, 2015. LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do trabalho. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.

PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) ­ CCJ0148
Semana Aula: 8
DEFESA DO RECLAMADO

Tema
ELABORAÇÃO DE CONTESTAÇÃO TRABALHISTA

Palavras­chave
CONTESTAÇÃO ­ DEFESA DE MÉRITO ­ REQUERIMENTOS

Objetivos

O aluno deve ser capaz de elaborar a contestação, com base no conteúdo técnico e teórico acumulado, exercitando a sua capacidade de argumentação e exposição das idéias e
fatos. O objetivo desta semana consiste em consolidar os preceitos técnicos trabalhados na semana anterior.

Estrutura de Conteúdo

Contestação: Estrutura ­ roteiro para elaboração

1) ENCAMINHAMENTO: Vara do Trabalho onde foi ajuizada a Ação Trabalhista;

2) NÚMERO DO PROCESSO;

3) QUALIFICAÇÃO DAS PARTES (indicar endereço do advogado  eletrônico e não eletrônico)

4) NOME DA PEÇA EM DESTAQUE;

5) PRELIMINARES (art. 337, CPC/15);

Obs1: Não esquecer que quando alegar inépcia da petição inicial, deverá também contestar no mérito o pedido considerado inepto, em observância do princípio da eventualidade.

6) MÉRITO;

6.1) Defesas de Mérito Indiretas: prejudiciais de mérito: prescrição, decadência, compensação

6.2) Defesas de Mérito Diretas: contestar cada pedido separando­se por tópicos fatos e fundamentos;

Obs1: Utilizar artigos, Súmulas e Orientações Jurisprudenciais dos Tribunais para fundamentar a contestação.

Obs2: Citar obrigatoriamente a fonte doutrinária ou jurisprudencial utilizada, sob pena de ser considerada inválida.

Obs3: Lembrar, ainda, que não é válida contestação genérica, e por esta razão é importante que se separe as pretensões e as conteste isoladamente. Desta forma evita o
esquecimento e se atende ao princípio do ônus da impugnação específica.

Obs4: COMPENSAÇÃO(títulos diferentes)/DEDUÇÃO(parcelas de idêntico título): finalidade de evitar o enriquecimento ilícito;

7) REQUERIMENTOS FINAIS

8) ENCERRAMENTO
PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) ­ CCJ0148
Semana Aula: 8
DEFESA DO RECLAMADO

Tema
ELABORAÇÃO DE CONTESTAÇÃO TRABALHISTA

Palavras­chave
CONTESTAÇÃO ­ DEFESA DE MÉRITO ­ REQUERIMENTOS

Objetivos

O aluno deve ser capaz de elaborar a contestação, com base no conteúdo técnico e teórico acumulado, exercitando a sua capacidade de argumentação e exposição das idéias e
fatos. O objetivo desta semana consiste em consolidar os preceitos técnicos trabalhados na semana anterior.

Estrutura de Conteúdo

Contestação: Estrutura ­ roteiro para elaboração

1) ENCAMINHAMENTO: Vara do Trabalho onde foi ajuizada a Ação Trabalhista;

2) NÚMERO DO PROCESSO;

3) QUALIFICAÇÃO DAS PARTES (indicar endereço do advogado  eletrônico e não eletrônico)

4) NOME DA PEÇA EM DESTAQUE;

5) PRELIMINARES (art. 337, CPC/15);

Obs1: Não esquecer que quando alegar inépcia da petição inicial, deverá também contestar no mérito o pedido considerado inepto, em observância do princípio da eventualidade.

6) MÉRITO;

6.1) Defesas de Mérito Indiretas: prejudiciais de mérito: prescrição, decadência, compensação

6.2) Defesas de Mérito Diretas: contestar cada pedido separando­se por tópicos fatos e fundamentos;

Obs1: Utilizar artigos, Súmulas e Orientações Jurisprudenciais dos Tribunais para fundamentar a contestação.

Obs2: Citar obrigatoriamente a fonte doutrinária ou jurisprudencial utilizada, sob pena de ser considerada inválida.

Obs3: Lembrar, ainda, que não é válida contestação genérica, e por esta razão é importante que se separe as pretensões e as conteste isoladamente. Desta forma evita o
esquecimento e se atende ao princípio do ônus da impugnação específica.

Obs4: COMPENSAÇÃO(títulos diferentes)/DEDUÇÃO(parcelas de idêntico título): finalidade de evitar o enriquecimento ilícito;

7) REQUERIMENTOS FINAIS

8) ENCERRAMENTO

Estratégias de Aprendizagem
Elaboração de uma CONTESTAÇÃO

Endereçamento: Excelentíssimo Senhor Juiz do Trabalho da 35ª Vara do Trabalho de Porto Alegre/RS. Não cabe alegar incompetência do juízo, porque o reclamante poderia ter ajuizado a

reclamação em Porto Alegre ou em Florianópolis (art. 651, §3º, CLT).

(RT nº 0001524­15.2011.5.04.0035)
reclamação em Porto Alegre ou em Florianópolis (art. 651, §3º, CLT).

(RT nº 0001524­15.2011.5.04.0035)

Partes: Reclamado: Parque dos Brinquedos LTDA. (qualificação)

Reclamante: Joaquim Ferreira (qualificação)

Preliminares ? No caso tratado não há preliminar a ser alegada.

Defesas de Mérito:

Ø Indiretas: prescrição bienal ­ com fundamento no artigo 7º, inciso XXIX, da CF/88 ou artigo 11, inciso I, da CLT, ou Súmula nº 308, item I, do TST: com a consequente extinção

do processo com a resolução de mérito.

Ø Diretas: Em face do princípio da eventualidade, deve seguir na impugnação dos pedidos, abordando os fundamentos que impossibilitam o acolhimento da pretensão autoral. Tais

como:

· Impossibilidade do acolhimento do pedido de condenação ao pagamento do adicional de transferência e seus reflexos ­  artigo 469, § 3º, da CLT e OJ nº 113 da SBDI­1

do TST

· Impossibilidade do acolhimento do pedido de condenação ao pagamento das horas in itinere e seus reflexos ?item III da Súmula nº 90 do TST.

· Impossibilidade de acolhimento do pedido condenatório consistente na integração salarial dos valores referentes ao transporte e reflexos ? artigo 458, § 2º, inciso III,

da CLT.

· Impossibilidade de acolhimento do pedido de condenação ao pagamento em dobro das férias ? artigo 133, inciso II, da CLT.

· Impossibilidade do acolhimento do pedido de reintegração fundada na  garantia provisória de emprego ?artigo 10, inciso II, alínea ?a?, do ADCT e artigo 164, §§ 1º e 5º,

da CLT.

· Impossibilidade do acolhimento do pedido de condenação aos honorários advocatícios ?artigo 14, §1º, da Lei 5.584/70, em conformidade com as Súmulas 219, item I, e

329 do TST.

Requerimentos: deve ser realizado o requerimento conforme os fundamentos da impugnação, com a devida consequência, em conformidade ao artigo 487 do NCPC

Requerimento de produção de provas na forma do artigo 369 do NCPC

Indicação do Rol de testemunhas, se for o caso

Recomenda­se, ao final:

­ Resolver os casos propostos e postar na Webaula.

­ Realizar pesquisas em livros e internet de exemplos de casos que envolvam os temas abordados, para se preparar para a aula.

Indicação de Leitura Específica

CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 5. ed. Niterói: Impetus, 2011. págs. 803­896.

Aplicação: articulação teoria e prática
Baseado no XVIII EXAME OAB FGV

Nos autos da reclamação trabalhista 1234, movida por Gilson Reis em face da sociedade empresária Transporte Rápido Ltda., em trâmite perante a 15ª Vara do Trabalho do

Recife/PE, a dinâmica dos fatos e os pedidos foram articulados da seguinte maneira: O trabalhador foi admitido em 13/05/2010, recebeu aviso prévio em 09/11/2016, para ser
trabalhado, e ajuizou a demanda em 25/01/2017. Exercia a função de auxiliar de serviços gerais. Requereu sua reintegração porque, em 23/11/2016, apresentou candidatura ao
cargo de dirigente sindical da sua categoria, informando o fato ao empregador por e­mail, o que lhe garante o emprego na forma do Art. 543, § 3º, da CLT, não respeitada pelo
Nos autos da reclamação trabalhista 1234, movida por Gilson Reis em face da sociedade empresária Transporte Rápido Ltda., em trâmite perante a 15ª Vara do Trabalho do

Recife/PE, a dinâmica dos fatos e os pedidos foram articulados da seguinte maneira: O trabalhador foi admitido em 13/05/2010, recebeu aviso prévio em 09/11/2016, para ser
trabalhado, e ajuizou a demanda em 25/01/2017. Exercia a função de auxiliar de serviços gerais. Requereu sua reintegração porque, em 23/11/2016, apresentou candidatura ao
cargo de dirigente sindical da sua categoria, informando o fato ao empregador por e­mail, o que lhe garante o emprego na forma do Art. 543, § 3º, da CLT, não respeitada pelo

ex­empregador. Que trabalhava de segunda a sexta­feira das 5:00h às 15:00h, com intervalo de duas horas para refeição, jamais recebendo horas extras nem adicional noturno, o
que postula na demanda. Que o intervalo interjornada não era observado, daí porque deseja que isso seja remunerado como hora extra. A audiência está marcada. Contratado
como advogado (a), você deve apresentar a medida processual adequada à defesa dos interesses da sociedade empresária Transporte Rápido Ltda., sem criar dados ou fatos não

informados. 

Considerações Adicionais
Bibliografia básica (Plano de Ensino da disciplina) CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 5. ed. Niterói: Impetus, 2011. CAVALCANTE, Jouberto De Quadros Pessoa E
JORGE NETO, Francisco Ferreira. Direito Processual Do Trabalho. Tomo I E II, 3. Ed. Rio De Janeiro: Lumen Juris. SARAIVA, Renato; MANFREDINI,Aryanna. Curso de

Direito Processual do Trabalho. 10. Ed. Rio de Janeiro:Forense; São Paulo:MÉTODO, 2013. Bibliografia complementar CARDONE. Marly A. Advocacia Trabalhista. 21ª Edição.
São Paulo: LTr. 2015. CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 35. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. CORREIA, Rose Mary de Jesus. Petições
Trabalhistas Anotadas. 1. Ed. São Paulo: Anhanguera, 2010. DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 9. Ed., LTr, 2011. DOUGLAS, Willian. AQUINO

Renato. Manual de Português e Redação Jurídica. 2. Ed. Rio de Janeiro: Editora Impetus, 2010. GODOY, Fabiana Fernandes de. Manual prático da Advocacia Trabalhista. 1.Ed.
São Paulo:JHMizuno, 2015. LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do trabalho. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.

PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) ­ CCJ0148
Semana Aula: 9
DEFESA DO RECLAMADO

Tema

CONTESTAÇÃO TRABALHISTA

Palavras­chave
CONTESTAÇÃO. DEFESAS PROCESSUAIS E DE MÉRITO. RECONVENÇÃO.

Objetivos

O aluno deve ser capaz de elaborar a contestação, com base no conteúdo técnico e teórico acumulado, exercitando a sua capacidade de argumentação e exposição das idéias e
fatos. O objetivo desta semana consiste em consolidar os preceitos técnicos trabalhados na semana anterior.

Estrutura de Conteúdo

1. Defesa do Reclamado ­ Aspectos Gerais

            1.1. Principais princípios

            1.2. Espécies

            1.2.1. Contestação;

            1.2.2. Reconvenção

            1.2.3. Exceções

2. Da Contestação

            2.1. Defesa Processual

            2.2. Defesa de Mérito
PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) ­ CCJ0148
Semana Aula: 9
DEFESA DO RECLAMADO

Tema

CONTESTAÇÃO TRABALHISTA

Palavras­chave
CONTESTAÇÃO. DEFESAS PROCESSUAIS E DE MÉRITO. RECONVENÇÃO.

Objetivos

O aluno deve ser capaz de elaborar a contestação, com base no conteúdo técnico e teórico acumulado, exercitando a sua capacidade de argumentação e exposição das idéias e
fatos. O objetivo desta semana consiste em consolidar os preceitos técnicos trabalhados na semana anterior.

Estrutura de Conteúdo

1. Defesa do Reclamado ­ Aspectos Gerais

            1.1. Principais princípios

            1.2. Espécies

            1.2.1. Contestação;

            1.2.2. Reconvenção

            1.2.3. Exceções

2. Da Contestação

            2.1. Defesa Processual

            2.2. Defesa de Mérito

            2.2.1. Defesa de Mérito Indireta

            2.2.2. Defesa de Mérito Direta

            2.3. Requisitos Essenciais ­ Aspectos Formais

            2.4. Traçado Genérico

Estratégias de Aprendizagem
CONTEÚDO DESSA AULA:

 Elaboração de uma CONTESTAÇÃO

ENDEREÇAMENTO : EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA  VARA DO TRABALHO DE CAMPINAS ­ SP

Processo nº 1598­73.2015.5.15.0090

Partes: Reclamado: Refrigeração Nacional EPP(qualificação)
Processo nº 1598­73.2015.5.15.0090

Partes: Reclamado: Refrigeração Nacional EPP(qualificação)

             Reclamante: Sérgio Feres (qualificação)

Preliminares ? No vertente caso não há preliminares a serem alegadas.

Defesas de Mérito:

A) Indiretas: prescrição das parcelas anteriores ao quinquídio, nos termos do artigo 7º, XXIX da CRFB.

B) Diretas: (deve ser realizado um breve relato dos fatos sob a ótica do Reclamado, abordando­se os fundamentos que impossibilitam o acolhimento da pretensão

autoral), tais como:

· A impossibilidade do acolhimento do pedido de indenização por danos morais em virtude da revista

·  A impossibilidade do acolhimento do pedido de condenação ao pagamento de indenização pelo assédio moral

· A impossibilidade de condenação ao pagamento dos  valores referentes ao ticket refeição e ao vale transporte ?artigo 59 da Lei nº 8.213 c/c artigo 476 da CLT.

· A impossibilidade do acolhimento do pedido de condenação ao pagamento de juros e correção monetária decorrentes da alteração na data de pagamento dos

salários ? OJ 159 da SDI ­ I

Requerimentos:  deve ser realizado o requerimento conforme os fundamentos da impugnação, com a devida consequência, em conformidade ao artigo 487 do NCPC, bem como os

requerimentos subsidiários nos casos de indenização pela revista e indenização pelo assédio sexual.

Requerimento de produção de provas na forma do artigo 369 do NCPC

Indicação do Rol de testemunhas, se for o caso

Recomenda­se, ao final:

­ Resolver os casos propostos e postar na Webaula.

­ Realizar pesquisas em livros e internet de exemplos de casos que envolvam os temas abordados, para se preparar para a aula.

Indicação de Leitura Específica

Quanto ao dano moral e ao Assédio Moral:

CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 5. ed. Niterói: Impetus, 2011. págs. 960­977.

Quanto à suspensão do contrato de trabalho:

CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 5. ed. Niterói: Impetus, 2011. págs. 1009­1011.

Aplicação: articulação teoria e prática
Paulo ocupava o cargo de gerente­geral do Banco Confiança, desde 2010, quando foi promovido e passou a receber o dobro de seu salário anterior. O Banco Confiança ainda

custeou para Paulo a realização de seu MBA em Finanças, investindo na capacitação de seu empregado um total de R$30.000,00, apenas estipulando contratualmente uma cláusula
de permanência por 2 anos após o término do curso, sob pena de ressarcimento integral caso o empregado viesse a pedir seu desligamento antes do período pactuado. Paulo,
apesar de muito satisfeito com seu trabalho, ao receber uma proposta irrecusável de outra instituição financeira, pediu demissão seis meses após o término de sua especialização

profissional. O Banco, por sua vez, lhe pagou corretamente as parcelas decorrentes da extinção do contrato de trabalho, no entanto, ao ser questionado quanto ao pagamento das
inúmeras horas extras prestadas desde 2010 até o fim de seu contrato, alegou não serem devidas. Paulo, indignado, ingressou em 25/01/17 com uma reclamação trabalhista
de permanência por 2 anos após o término do curso, sob pena de ressarcimento integral caso o empregado viesse a pedir seu desligamento antes do período pactuado. Paulo,
apesar de muito satisfeito com seu trabalho, ao receber uma proposta irrecusável de outra instituição financeira, pediu demissão seis meses após o término de sua especialização

profissional. O Banco, por sua vez, lhe pagou corretamente as parcelas decorrentes da extinção do contrato de trabalho, no entanto, ao ser questionado quanto ao pagamento das
inúmeras horas extras prestadas desde 2010 até o fim de seu contrato, alegou não serem devidas. Paulo, indignado, ingressou em 25/01/17 com uma reclamação trabalhista
postulando as referidas horas extras, com o adicional de 50% e seus reflexos. Você, na qualidade de advogado(a) contratado pelo Banco Confiança, tome a(s) medida(s)
processual(ais) cabível (eis). Importante registrar que não foi juntada aos autos, quando do ajuizamento da ação, a procuração do patrono do reclamante.

Considerações Adicionais

Bibliografia básica (Plano de Ensino da disciplina) CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 5. ed. Niterói: Impetus, 2011. CAVALCANTE, Jouberto De Quadros Pessoa E

JORGE NETO, Francisco Ferreira. Direito Processual Do Trabalho. Tomo I E II, 3. Ed. Rio De Janeiro: Lumen Juris. SARAIVA, Renato; MANFREDINI,Aryanna. Curso de
Direito Processual do Trabalho. 10. Ed. Rio de Janeiro:Forense; São Paulo:MÉTODO, 2013. Bibliografia complementar CARDONE. Marly A. Advocacia Trabalhista. 21ª
Edição. São Paulo: LTr. 2015. CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 35. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. CORREIA, Rose Mary de Jesus.

Petições Trabalhistas Anotadas. 1. Ed. São Paulo: Anhanguera, 2010. DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 9. Ed., LTr, 2011. DOUGLAS, Willian.
AQUINO Renato. Manual de Português e Redação Jurídica. 2. Ed. Rio de Janeiro: Editora Impetus, 2010. GODOY, Fabiana Fernandes de. Manual prático da Advocacia
Trabalhista. 1.Ed. São Paulo:JHMizuno, 2015. LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do trabalho. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.

PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) ­ CCJ0148
Semana Aula: 10
RECURSOS ­ TEORIA GERAL DOS RECURSOS TRABALHISTAS.

Tema
Teoria Geral dos Recursos Trabalhistas 

Palavras­chave
RECURSOS ­ TEORIA GERAL ­ RECURSO ORDINÁRIO

Objetivos

Reconhecer a base constitucional dos recursos ( princípio da ampla defesa e contraditório, duplo grau e os recursos de competência originária, por exemplo arts. 102 e 105 da CF); ­ Conhecer
conceitos, regras e institutos vinculados aos recursos; ­ Identificar os requisitos de admissibilidade ( gerais e específicos); ­ Reconhecer as diferenças apresentadas pelo Novo Código de
Processo Civil quanto aos recursos , bem como a finalidade das mudanças normativas. 

Estrutura de Conteúdo

1. Recursos:

            1.1. Conceito

            1.2. Princípios

            1.3. Juízo de Admissibilidade

            1.4. Juízo de Mérito

            1.5. Efeitos

            1.6. Teoria da Causa Madura

 2. Espécies de Recursos :

            2.1. Recurso Ordinário

            2.2. Recurso de Revista

             2.3. Embargos de Declaração
PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) ­ CCJ0148
Semana Aula: 10
RECURSOS ­ TEORIA GERAL DOS RECURSOS TRABALHISTAS.

Tema
Teoria Geral dos Recursos Trabalhistas 

Palavras­chave
RECURSOS ­ TEORIA GERAL ­ RECURSO ORDINÁRIO

Objetivos

Reconhecer a base constitucional dos recursos ( princípio da ampla defesa e contraditório, duplo grau e os recursos de competência originária, por exemplo arts. 102 e 105 da CF); ­ Conhecer
conceitos, regras e institutos vinculados aos recursos; ­ Identificar os requisitos de admissibilidade ( gerais e específicos); ­ Reconhecer as diferenças apresentadas pelo Novo Código de
Processo Civil quanto aos recursos , bem como a finalidade das mudanças normativas. 

Estrutura de Conteúdo

1. Recursos:

            1.1. Conceito

            1.2. Princípios

            1.3. Juízo de Admissibilidade

            1.4. Juízo de Mérito

            1.5. Efeitos

            1.6. Teoria da Causa Madura

 2. Espécies de Recursos :

            2.1. Recurso Ordinário

            2.2. Recurso de Revista

             2.3. Embargos de Declaração

            2.4. Embargos Infringentes

            2.5. Agravo de Petição

            2.6. Agravo de Instrumento

            2.7. Agravo Regimental

            2.8. Recurso Extraordinário

            2.9. Pedido de Revisão de Valor de Alçada

            2.10.Reclamação Correicional

3. Do Recurso Ordinário

            3.1. Hipótese de cabimento e breves observações

            3.2. Prazo Forma
            3.1. Hipótese de cabimento e breves observações

            3.2. Prazo Forma

Estratégias de Aprendizagem
Conteúdo esquemático dessa aula:

1.1. Conceito

1.2. Princípios:

a) Duplo Grau de Jurisdição

b) Unirrecorribilidade

c) Fungibilidade

d) Voluntariedade

e) Princípio da proibição da reformatio in pejus

f) Irrecorribilidade das decisões interlocutórias

g) Taxatividade

1.3. Juízo de admissibilidade:

 1.3.1. Requisitos de admissibilidade

a) Intrínsecos ou subjetivos

b) Extrínsecos ou objetivos

1.4. Juízo de Mérito

1.5.   Efeitos

a) Devolutivo

b) Suspensivo

c) Translativo

d) Obstativo

e) Substitutivo

1.6.   Teoria da Causa Madura

2.Espécies de Recurso

3. Do Recurso Ordinário

O recurso Ordinário tem semelhanças com a apelação no Processo Civil e se encontra previsto no artigo 895 da CLT:

Art. 895 ­ Cabe recurso ordinário para a instância superior: (Vide Lei 5.584, de 1970)

 I ­ das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias;

II ­ das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios

individuais, quer nos dissídios coletivos.      
II ­ das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios

individuais, quer nos dissídios coletivos.      

Indicação de Leitura Específica

SARAIVA, Renato; MANFREDINI,Aryanna. Curso de Direito Processual do Trabalho. 10. Ed. Rio de Janeiro:Forense; São Paulo:MÉTODO, 2013. pág. 437­516.

Aplicação: articulação teoria e prática
1.RECURSOS

 1.1. Conceito: é a provocação do reexame de determinada decisão pela autoridade hierarquicamente superior, em regra, ou pela própria autoridade prolatora da decisão,

objetivando a reforma ou modificação do julgado, ou seja, é o remédio processual concedido às partes ou terceiro, objetivando que a decisão judicial impugnada seja submetida a
novo julgamento.

Obs: Recursos são assim chamados os que se podem exercitar dentro do processo em que surgiu a decisão impugnada; diferem das ações impugnativas autônomas, cujo

exercício, em regra, pressupõe a irrecorribilidade da decisão, ou seja, o seu trânsito em julgado (ex.,ação rescisória).

1.2. Princípios: podem ser elencados os seguintes princípios recursais:

a) Duplo Grau de Jurisdição:  A CRFB não o prevê, mas diversos autores o posicionam como um corolário do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa (artigo 5º,

LV, da CRFB) b) Unirrecorribilidade: só existe um recurso cabíbel para cada decisão, ou seja, só se admite um recurso para vergastar a decisão. c) Fungibilidade: permite­se o
aproveitamento de recurso erroneamente nominado, como se fosse o que deveria ser interposto, atendendo­se ao principio da finalidade ou simplicidade do processo. Porém há

que se advertir que para a aplicação do principio em comento se deve verificar a existência de três fatores cumulativos: i)inexistir erro grosseiro; ii)tem que haver dúvida plausível

quanto ao recurso cabível; iii)o recurso erroneamente interposto deve obedecer o prazo do recurso cabível. d) Voluntariedade: os recursos, em regra, são voluntários encerrando
manifestação do principio dispositivo. e) Princípio da proibição da reformatio in pejus ? é vedado ao tribunal, no julgamento de um recurso, proferir decisão mais desfavorável ao

recorrente, do que aquela recorrida f) Irrecorribilidade das decisões interlocutórias: as decisões interlocutórias são irrecorríveis, somente se permitindo a apreciação de seu

merecimento em recurso da decisão definitiva, artigo 893, §1º, da CLT. g) Taxatividade: Só é admissível recurso que a lei preveja, ou seja, só cabe recurso que esteja devidamente
previsto em lei, com a sua hipótese de cabimento.

1.3. Juízo de admissibilidade: verificação das condições impostas pela lei para que se possa apreciar o conteúdo da postulação. Com o resultado positivo, o recurso é admissível.

Quando o órgão a que compete julgar o recurso o declara inadmissível, diz­se que ele não conhece do recurso. O juízo de admissibilidade é preliminar ao de mérito.

1.3.1. Requisitos de admissibilidade: Os Juízos de admissibilidade podem ser classificados como: a) Intrínsecos ou subjetivos: Capacidade, Legitimidade, Interesse; b) Extrínsecos

ou objetivos: são aqueles que dizem respeito aos aspectos de forma dos recursos, tais como tempestividade, preparo, regularidade formal, cabimento, regularidade de
representação. .

1.4. Juízo de Mérito: após a preliminar da admissibilidade, cumpre apreciar a matéria impugnada para acolhê­la, caso fundada, ou rejeitá­la, caso infundada. O objeto do juízo de

mérito é o próprio conteúdo da impugnação à decisão recorrida. Pode ocorrer error in iudicando =>> reforma da decisão em razão da má apreciação da questão de direito ou da

questão de fato, ou de ambas. Pode ocorrer error in procedendo =>> invalidação da decisão por vício de atividade

1.5. Efeitos : podem ser destacados os seguintes efeitos dos recursos: a) Devolutivo: os recursos, ordinariamente, são dotados apenas de efeito devolutivo, e este nos indica que a
matéria impugnada é devolvida ao conhecimento do órgão jurisdicional. b) Suspensivo: No processo laboral, em regra, os recursos não são dotados de efeito suspensivo, esse

efeito impede a produção de todo e qualquer efeito da sentença até o julgamento do recurso, por exemplo, artigo 1012 do CPC/15 c) Translativo: Em relação às questões de ordem

pública, as quais devem ser conhecidas de oficio, não se opera a preclusão, podendo o juiz ou tribunal decidir tais questões ainda que não constem das razões recursais ou das
contrarrazões, gerando o denominado efeito translativo dos recursos, conforme o disposto no artigo 1.013, §1º, do CPC/15;  d) Obstativo: Todo recurso impede a formação da

coisa julgada, obstando­a a partir da sua interposição. e) Substitutivo: o Julgamento realizado pelo órgão de superior instância, sempre que abordar o mérito, substituirá a decisão

recorrida, conforme o disposto no artigo 1008 do CPC/15.

1.6. Teoria da Causa Madura: importante destaque deve ser dado acerca da possibilidade de aplicação da chamada teoria da causa madura no âmbito laboral. Tal teoria está
prevista no artigo 1.013, §3º do CPC/15.

 Art. 1.013 CPC/15: A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. § 3 o Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve

decidir desde logo o mérito quando: I ­ reformar sentença fundada no art. 485; II ­ decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da

causa de pedir; III ­ constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá­lo; IV ­ decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.

2.Espécies de Recurso: no processo trabalhista existe a possibilidade de serem interpostos dez recursos, quais sejam: 2.1. Recurso Ordinário previsto na CLT, Art. 893 e 895 e
Arts. 328 e 329 do Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho 2.2. Recurso de Revista regulado na CLT, Arts. 893 e 896, na Lei nº 7.701/88, Art. 5º, "a" e Art. 331 do

Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho. 2.3. Embargos de Declaração: art. 897­A CLT 2.4. Embargos­ art. 894 CLT. 2.5. Agravo de Petição delineado nos Arts. 893

e 897, "a", § § 1º e 3º da CLT 2.6. Agravo de Instrumento regulado no Arts. 893 e 897, "b", § § 2º e 4º da CLT e Instrução Normativa TST nº 6 de 08/06/96 2.7. Agravo
Regimental previsto na Lei nº 7.701/88 Arts. 3º e 5º e nos Regimentos do Tribunal Superior (art. 338) e Tribunais Regionais do Trabalho. 2.8. Recurso Extraordinário Regulado na

Constituição Federal no artigo 102, III. 2.9. Pedido de Revisão de Valor de Alçada criado pela Lei nº 5.584/70, Art. 2º. 2.10.Reclamação Correicional mencionada no artigo 709 da
CLT e gizada nos Arts. 682, XI e 709, II da CLT, no Art. 13, do Regimento Interno da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho e nos Regimentos dos Tribunais Regionais do
e 897, "a", § § 1º e 3º da CLT 2.6. Agravo de Instrumento regulado no Arts. 893 e 897, "b", § § 2º e 4º da CLT e Instrução Normativa TST nº 6 de 08/06/96 2.7. Agravo
Regimental previsto na Lei nº 7.701/88 Arts. 3º e 5º e nos Regimentos do Tribunal Superior (art. 338) e Tribunais Regionais do Trabalho. 2.8. Recurso Extraordinário Regulado na

Constituição Federal no artigo 102, III. 2.9. Pedido de Revisão de Valor de Alçada criado pela Lei nº 5.584/70, Art. 2º. 2.10.Reclamação Correicional mencionada no artigo 709 da
CLT e gizada nos Arts. 682, XI e 709, II da CLT, no Art. 13, do Regimento Interno da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho e nos Regimentos dos Tribunais Regionais do

Trabalho.

3. Do Recurso Ordinário 3.1. Hipótese de cabimento e breves observações O recurso Ordinário tem cabimento para o Tribunal Regional contra decisões terminativas ou

definitivas do feito, em processo de conhecimento, das Varas do trabalho. O recurso Ordinário tem semelhanças com a apelação no Processo Civil e se encontra previsto no artigo
895 da CLT:

Art. 895 ­ Cabe recurso ordinário para a instância superior: (Vide Lei 5.584, de 1970) I ­ das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; II ­

das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos

dissídios coletivos.

            É o recurso clássico e de larga utilização no cotidiano forense, pois visa impugnar as decisões terminativas ou definitivas proferidas pelos órgãos de primeiro grau de
jurisdição. O recorrente pode limitar o alcance da devolutividade, desde que indique expressamente os pontos que pretende recorrer, sendo então recurso parcial, o que determina

o trânsito em julgado do restante da sentença. Quando o recurso Ordinário for interposto de decisão de Regional, face a dissídio coletivo, ou ação rescisória, ou mandado de

segurança devido a dissídio coletivo, a competência para julgar o recurso Ordinário é, em última Instância, da Seção Especializada de dissídio Coletivo do TST. Quando o recurso
Ordinário for interposto de decisão do Regional face dissídio individual de sua competência originária (ação rescisória e mandado de segurança), a competência para julgar o

Ordinário é, em última Instância, da Seção Especializada em Dissídios Individuais. Assim, o juiz Presidente do Regional exerce o juízo de admissibilidade "a quo" e o Ministro

Relator o juízo de admissibilidade "ad quem". No Dissídio Individual o efeito em que o recurso Ordinário é recebido será sempre o devolutivo e no dissídio coletivo, conforme a
observação feita anteriormente, o Art. 7º, § 2º, da Lei nº 7.701/88, que prevê a faculdade do Presidente do Tribunal Superior do Trabalho emprestar efeito suspensivo a recurso

Ordinário interposto de decisão proferida pela Seção Normativa dos Tribunais Regionais do Trabalho, que terá validade pelo prazo improrrogável de 120 dias, contados da

publicação do Acórdão ­ Art. 9º, Lei nº 7.701/88. Cabe reproduzir a observação feita anteriormente. A Lei nº 4.725/65, § 3º, Art. 6º concedia efeito suspensivo ao recurso
Ordinário em dissídio coletivo. Posteriormente foi revogada pela Lei nº 7.788/89, Art. 7º, passando a viger que não mais caberia efeito suspensivo ao recurso Ordinário em

dissídio coletivo. Mais tarde, o Art. 7º da Lei nº 7.788/89 foi revogado pelo Artigo 14 da Lei nº 8.030/90.Contudo, face a impossibilidade de REPRISTINAÇÃO, o recurso

Ordinário em dissídio coletivo não teve readquirido o seu efeito suspensivo. Interessante esclarecer que a Medida Provisória nº 1.488 ­ 18, de 29/11/96, que dispõe sobre medidas
complementares ao Plano Real e dá outras providências, e que vem sendo reeditada a cada mês, desde a implantação do retrocitado plano, prevê no Artigo 14 que o recurso

interposto de decisão normativa da Justiça do Trabalho terá efeito suspensivo, na medida e extensão conferidas em despacho do Presidente do Tribunal Superior do Trabalho.

Assim, passa a viger a regra de que o recurso interposto de sentença normativa terá efeito suspensivo, além do devolutivo.

3.2. Prazo O prazo para interposição de Recurso Ordinário é de 8 dias.

3.3. Forma A interposição dos recursos, via de regra, faz­se em uma única peça processual, a qual poder dividida em duas partes:

· Folha de Rosto ou Peça de Interposição: endereçada ao juiz prolator da decisão, que realizará o primeiro juízo de admissibilidade e formará o contraditório.

· Razões de Recurso: endereçada ao juízo que irá reexaminar o mérito do recurso, também conhecido como juízo ad quem

 3.3.1. Folho de Rosto ou Peça de Interposição: A peça de interposição deverá conter os seguintes elementos:

3.3.1.1 ­ Endereçamento ao Juízo Competente A petição de interposição deve ser direcionada ao juízo prolator da decisão, exemplo:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 5ª VARA DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO

3.3.1.2­ Identificação do Processo Além do endereçamento ao juízo onde foi decidida em primeira instância a demanda, a peça de interposição deverá conter o número de registro
do processo junto ao órgão jurisdicional, ou seja, após o endereçamento ao juízo competente deve o Recorrente indicar a que processo se refere àquela contestação. Exemplo:

EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 5ª VARA DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO

 (5 linhas)

Processo nº XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

3.3.1.3. Identificação das Partes Tal como ocorre com as petições deve se indicar quem está peticionando e contra quem é peticionado. Exemplo: Nome do recorrente, já
qualificado nos autos em epígrafe, em que contende com (nome do recorrido), vem, à presença de Vossa Excelência, por seu advogado infra­assinado, com endereço profissional

sito à ____________,

3.3.1.4. Indicação do tipo de recurso Deve­se indicar o fundamento do recurso e seu tipo, exemplo:

            Nome do recorrente, já qualificado nos autos em epígrafe, em que contende com (nome do recorrido), vem, à presença de Vossa Excelência, por seu advogado infra­

assinado, com endereço profissional sito à ____________, tempestivamente, com fundamento na alíena “a” do artigo 895 da CLT, e inconformado com a sentença proferida,
interpor

RECURSO ORDINÁRIO

para o Egrégio Tribunal Regional da___Região, de acordo com as razões anexas

3.3.1.5. Indicação da presença de pressupostos extrínsecos Deve ser demonstrada a presença dos pressupostos extrínsecos tais como preparo e tempestividade. Exemplo: Junta,
RECURSO ORDINÁRIO

para o Egrégio Tribunal Regional da___Região, de acordo com as razões anexas

3.3.1.5. Indicação da presença de pressupostos extrínsecos Deve ser demonstrada a presença dos pressupostos extrínsecos tais como preparo e tempestividade. Exemplo: Junta,

neste ato, a guia DARF comprovando o recolhimento das custas processuais e o comprovante do depósito recursal

3.3.1.6. Pedido de Remessa ao juízo ad quem Deve ser realizado o pedido de remessa ao órgão competente para a apreciação do recurso, em seu mérito. Exemplo:

Após as formalidades de praxe, requer sejam os autos remetidos ao Tribunal Regional do Trabalho da ___ Região, para apreciação das anexas Razões.

3.3.1.7. Parte Autenticativa:

Termos em que,

P. Deferimento.

Local, data

 Nome do Advogado OAB nº

3.3.2. Razões de Recurso Nas razões de Recurso deverá constar os seguintes elementos:

3.3.2.1. Endereçamento ao Juízo ad quem As razões de Recurso são dirigidas ao órgão que irá examinar o recurso. Exemplo:

EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ___ REGIÃO

3.3.2.2. Identificação das Partes e da Origem Exemplo:

Recorrente: Nome do recorrente

Recorrido: Nome do Recorrido

Processo nº XXXXXXXXXX

Origem: __Vara do Trabalho de __________

3.3.2.3. Razões Recursais Introdutórias Deve­se realizar uma breve introdução do inconformismo, dando início às efetivas razões do recorrente, sugere­se a seguinte redação:

RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO

Eméritos Julgadores,

Douto Relator

Não merece prosperar a decisão proferida pelo juízo a quo, na qual... (copiar parte da decisão recorrida que fundamenta a insatisfação)

3.3.2.4. Razões Recursais Propriamente ditas Após o breve relato do porquê do recurso, deve­se lançar mão dos fundamentos do recurso, tal como o faz quando da contestação
ou mesmo da petição inicial, indicando as razões da reforma ou anulação da sentença, a depender se o error foi em iudicando ou procedendo. OBS: como se pode constatar, o

recurso ordinário tem por objetivo a reforma da sentença, no todo ou em parte. por isso, há que analisar com profundidade a prova dos autos, ressaltando os pontos favoráveis ao
recorrente, inclusive utilizando­se de acórdãos que abordem questões semelhantes e, eventualmente, podendo citar, também, autores, assinalando as respectivas obras.

3.3.2.5. Requerimentos Tal como ocorre em todas as peças processuais, deve­se, ao final, realizar o pedido daquilo que se requer. No caso dos recursos a Reforma ou
Invalidação da decisão. Exemplo:

Diante de todo o exposto, requer a reforma do julgado para.... (pretensão do recurso)

3.3.2.6. Parte Autenticativa

Termos em que, P.Deferimento. Local

Considerações Adicionais
Bibliografia básica (Plano de Ensino da disciplina) CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 5. ed. Niterói: Impetus, 2011. CAVALCANTE, Jouberto De Quadros Pessoa E

JORGE NETO, Francisco Ferreira. Direito Processual Do Trabalho. Tomo I E II, 3. Ed. Rio De Janeiro: Lumen Juris. SARAIVA, Renato; MANFREDINI,Aryanna. Curso de

Direito Processual do Trabalho. 10. Ed. Rio de Janeiro:Forense; São Paulo:MÉTODO, 2013. Bibliografia complementar CARDONE. Marly A. Advocacia Trabalhista. 21ª Edição.
São Paulo: LTr. 2015. CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 35. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. CORREIA, Rose Mary de Jesus. Petições

Trabalhistas Anotadas. 1. Ed. São Paulo: Anhanguera, 2010. DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 9. Ed., LTr, 2011. DOUGLAS, Willian. AQUINO
Renato. Manual de Português e Redação Jurídica. 2. Ed. Rio de Janeiro: Editora Impetus, 2010. GODOY, Fabiana Fernandes de. Manual prático da Advocacia Trabalhista. 1.Ed.

São Paulo:JHMizuno, 2015. LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do trabalho. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.
Trabalhistas Anotadas. 1. Ed. São Paulo: Anhanguera, 2010. DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 9. Ed., LTr, 2011. DOUGLAS, Willian. AQUINO
Renato. Manual de Português e Redação Jurídica. 2. Ed. Rio de Janeiro: Editora Impetus, 2010. GODOY, Fabiana Fernandes de. Manual prático da Advocacia Trabalhista. 1.Ed.

São Paulo:JHMizuno, 2015. LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do trabalho. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.

PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) ­ CCJ0148
Semana Aula: 11
RECURSOS EM ESPÉCIE

Tema
DO RECURSO ORDINÁRIO

Palavras­chave
RECURSO ORDINÁRIO ­ CABIMENTO ­ ELABORAÇÃO

Objetivos

O aluno deve estar apto a identificar os pressupostos recursais trabalhistas, a existência do duplo juízo de admissibilidade, o momento e a estrutura dos recursos, em especial, do
Recurso Ordinário, articulando os conhecimentos técnicos e teóricos adquiridos nas disciplinas de Direito do Trabalho e Processo do Trabalho, no momento da elaboração de sua

peça processual.   

Estrutura de Conteúdo

1.Recurso Ordinário:

1.1. Prazo de interposição.

1.2.Competência.

1.3. Peça de Interposição.

1.4. Requisitos de admissibilidade.

1.5. Efeitos.

1.6. Peça das Razões.

1.7. Exposição de fato e de direito.

1.8. Pedido de nova decisão

Estratégias de Aprendizagem

RECURSO ORDINÁRIO

Peça de interposição endereçada para a ___VARA DO TRABALHO DE_______

Recorrente: JOÃO BOBÃO

Recorrido:BOM CAMINHÃO S.A.

Peça das razões

Exposição de fato e de direito: artigo 2º da CLT, artigo 468 da CLT e Artigo 7º da CRFB

Pedido de nova decisão:

Requer que o recurso seja conhecido e ao final de provimento para reformar a sentença proferida pelo MM magistrado
PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) ­ CCJ0148
Semana Aula: 11
RECURSOS EM ESPÉCIE

Tema
DO RECURSO ORDINÁRIO

Palavras­chave
RECURSO ORDINÁRIO ­ CABIMENTO ­ ELABORAÇÃO

Objetivos

O aluno deve estar apto a identificar os pressupostos recursais trabalhistas, a existência do duplo juízo de admissibilidade, o momento e a estrutura dos recursos, em especial, do
Recurso Ordinário, articulando os conhecimentos técnicos e teóricos adquiridos nas disciplinas de Direito do Trabalho e Processo do Trabalho, no momento da elaboração de sua

peça processual.   

Estrutura de Conteúdo

1.Recurso Ordinário:

1.1. Prazo de interposição.

1.2.Competência.

1.3. Peça de Interposição.

1.4. Requisitos de admissibilidade.

1.5. Efeitos.

1.6. Peça das Razões.

1.7. Exposição de fato e de direito.

1.8. Pedido de nova decisão

Estratégias de Aprendizagem

RECURSO ORDINÁRIO

Peça de interposição endereçada para a ___VARA DO TRABALHO DE_______

Recorrente: JOÃO BOBÃO

Recorrido:BOM CAMINHÃO S.A.

Peça das razões

Exposição de fato e de direito: artigo 2º da CLT, artigo 468 da CLT e Artigo 7º da CRFB

Pedido de nova decisão:

Requer que o recurso seja conhecido e ao final de provimento para reformar a sentença proferida pelo MM magistrado

Indicação de Leitura Específica
Indicação de Leitura Específica

SARAIVA, Renato; MANFREDINI,Aryanna. Curso de Direito Processual do Trabalho. 10. Ed. Rio de Janeiro:Forense; São Paulo:MÉTODO, 2013. pág. 467­472

Aplicação: articulação teoria e prática

XXI EXAME OAB

Paulo foi empregado da microempresa Tudo Limpo Ltda. de 22/02/15 a 15/03/16. Trabalhava como auxiliar de serviços gerais, atuando na limpeza de parte da pista de um
aeroporto de pequeno porte. Durante todo o contrato, prestou serviços na Aeroduto ? Empresa Pública de Gerenciamento de Aeroportos. Ao ser dispensado e receber as verbas

rescisórias, ajuizou reclamação trabalhista em face da empregadora e da tomadora dos serviços, pretendendo adicional de insalubridade porque trabalhava em local de barulho,
bem como a incidência de correção monetária sobre o valor dos salários, vez que recebia sempre até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. Logo, tendo mudado o mês
de competência, deveria haver a correção monetária, dado o momento, na época, de inflação galopante. A ação foi distribuída para a 99ª Vara de Trabalho de Salvador. No dia da

audiência, a primeira ré, empregadora, fez­se representar pelo seu contador, assistido por advogado. A segunda ré, por preposto empregado e advogado. Foram entregues defesas
e prova documental, sendo que, pela segunda ré, foi juntada toda a documentação relacionada à fiscalização do contrato entre as rés, o qual ainda se encontra em vigor, bem
como exames médicos de rotina realizados nos empregados, inclusive o autor, os quais não demonstravam nenhuma alteração de saúde ao longo de todo o contrato, além dos

recibos do autor de fornecimento de EPI para audição. Superada a possibilidade de acordo, o juiz indeferiu os requerimentos da segunda ré para a produção de provas testemunhal
e pericial, consignando em ata os protestos da segunda ré, pois visava, com isso, comprovar que o EPI eliminava a insalubridade. O processo seguiu concluso para a sentença, a
qual decretou a revelia e confissão da primeira ré por não estar representada regularmente. Julgou procedentes os pedidos de pagamento de adicional de insalubridade em grau
máximo, bem como de incidência de correção monetária sobre o valor do salário mensal pago após a ?virada do mês?. Outrossim, condenou a segunda ré, subsidiariamente, em

todos os pedidos, fundamentando a procedência na revelia e confissão da 1ª ré.

Considerações Adicionais

Bibliografia básica (Plano de Ensino da disciplina) CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 5. ed. Niterói: Impetus, 2011. CAVALCANTE, Jouberto De Quadros Pessoa E

JORGE NETO, Francisco Ferreira. Direito Processual Do Trabalho. Tomo I E II, 3. Ed. Rio De Janeiro: Lumen Juris. SARAIVA, Renato; MANFREDINI,Aryanna. Curso de
Direito Processual do Trabalho. 10. Ed. Rio de Janeiro:Forense; São Paulo:MÉTODO, 2013. Bibliografia complementar CARDONE. Marly A. Advocacia Trabalhista. 21ª
Edição. São Paulo: LTr. 2015. CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 35. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. CORREIA, Rose Mary de Jesus.
Petições Trabalhistas Anotadas. 1. Ed. São Paulo: Anhanguera, 2010. DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 9. Ed., LTr, 2011. DOUGLAS, Willian.

AQUINO Renato. Manual de Português e Redação Jurídica. 2. Ed. Rio de Janeiro: Editora Impetus, 2010. GODOY, Fabiana Fernandes de. Manual prático da Advocacia
Trabalhista. 1.Ed. São Paulo:JHMizuno, 2015. LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do trabalho. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.

PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) ­ CCJ0148
Semana Aula: 12
RECURSOS EM ESPÉCIE

Tema

DO RECURSO ORDINÁRIO. CONTRARRAZÕES.

Palavras­chave
RECURSO ORDINÁRIO. CONTARRAZÕES

Objetivos

O aluno deve estar apto a identificar os pressupostos recursais trabalhistas, a existência do duplo juízo de admissibilidade, o momento e a estrutura dos recursos, em especial, do
Recurso Ordinário,  a possibilidade da parte contrária apresentar contrarrazões antes do julgamento pelo juízo  ad quem,  articulando os conhecimentos técnicos e teóricos
adquiridos nas disciplinas de Direito do Trabalho e Processo do Trabalho, no momento da elaboração de sua peça processual.
PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) ­ CCJ0148
Semana Aula: 12
RECURSOS EM ESPÉCIE

Tema

DO RECURSO ORDINÁRIO. CONTRARRAZÕES.

Palavras­chave
RECURSO ORDINÁRIO. CONTARRAZÕES

Objetivos

O aluno deve estar apto a identificar os pressupostos recursais trabalhistas, a existência do duplo juízo de admissibilidade, o momento e a estrutura dos recursos, em especial, do
Recurso Ordinário,  a possibilidade da parte contrária apresentar contrarrazões antes do julgamento pelo juízo  ad quem,  articulando os conhecimentos técnicos e teóricos
adquiridos nas disciplinas de Direito do Trabalho e Processo do Trabalho, no momento da elaboração de sua peça processual.

Estrutura de Conteúdo

CONTRARRAZÕES: ART. 900 CLT

Art. 900 CLT: Interposto o recurso, será notificado o recorrido para oferecer as suas razões, em prazo igual ao que tiver o recorrente.

Obs.: Se o recurso for o Agravo se denominará contraminuta.

ESTRUTURA DAS CONTRARRAZÕES AO RECURSO ORDINÁRIO:

FOLHA DE ROSTO:

1)Endereçamento completo sem abreviaturas ao Juízo que recebeu o Recurso Ordinário (a quo)

2)Número do processo

3)Indicação do nome do Recorrido (seu cliente – Reclamante ou Reclamado) / identificar a ação / nome do Recorrente (parte que interpôs o recurso) / advogado com endereço
eletrônico / indicar a decisão

4)NOME DA PEÇA CENTRALIZADO: CONTRARRAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO 

5)Amparo legal (art. 900 da CLT), juntar as contrarrazões e enviar ao Tribunal

6)Receber as contrarrazões e remeter ao juízo ad quem

7) P. deferimento

­Local e data

­Advogado / nº da OAB

RAZÕES DAS CONTRARRAZÕES:

1)Endereçamento sem abreviaturas: Juízo ad quem

2)Identificação do processo

            Nome do Recorrido
1)Endereçamento sem abreviaturas: Juízo ad quem

2)Identificação do processo

            Nome do Recorrido

            Nome do Recorrente

            Local da origem (juízo a quo)

            Número do processo

3)NOME DA PEÇA (CONTRARRAZÕES DO RECURSO OU CONTRARRAZÕES DO RECORRIDO)

4)Separar preliminares por tópico, se tiver (intempestividade / deserção / cerceamento do direito de defesa...)

5)Separar em tópicos cada item do recurso informando que deverão ser mantidos conforme a decisão  a quo (nas contrarrazões o recorrido deverá defender as suas teses
vencedoras na sentença ou no acórdão, impugnando as razões do recorrente e seu inconformismo com a decisão)

6)Recebimento / Conhecimento / Provimento – especificando a reforma (verificar se no Recurso tem preliminar para que você peça a rejeição e manutenção da decisão atacada)

7) P. deferimento

Local e data

Advogado / nº da OAB

Estratégias de Aprendizagem

RECURSO ORDINÁRIO

Peça de interposição endereçada para a ___VARA DO TRABALHO DE_______

Recorrente: _______

Recorrido:________

Peça das razões

Exposição de fato e de direito: 

Pedido de nova decisão:

Requer que o recurso seja conhecido e ao final de provimento para reformar a sentença proferida pelo MM magistrado

Indicação de Leitura Específica

FILHO, Ives Gandra da Silva Martins.  Manual de Direito e Processo do Trabalho Editora Saraiva, 2.010, 19ª edição. Pág. 316 a 348.

Aplicação: articulação teoria e prática

XX EXAME OAB/Porto Velho­RO

 Renato trabalhou como motorista para o Restaurante Amargo Ltda., tendo sempre recebido salário fixo no valor de R$ 1.600,00 mensais. Diariamente dirigia o veículo com as

refeições solicitadas pelos clientes, as quais eram entregues por um ajudante. Foi dispensado imotivadamente após dois anos de serviço. Ajuizou ação trabalhista distribuída à 99ª
Vara do Trabalho de Teresina/PI pleiteando diferenças salariais decorrentes da aplicação do piso salarial estipulado para os funcionários em bares e restaurantes, conforme a

convenção coletiva firmada pelo sindicato dos bares e restaurantes com o sindicato dos garçons e ajudantes em bares e restaurantes, ambos do estado do Piauí.

Pleiteou o pagamento extraordinário pelo tempo de duração da viagem de ida e volta ao trabalho, pois ficava  com o carro da empresa que dirigia e que ficava sob sua guarda.

Alegou que de sua residência para o local de trabalho havia apenas três linhas diretas de ônibus com tarifa modal em cada horário, sendo o transporte insuficiente.
Pleiteou o pagamento extraordinário pelo tempo de duração da viagem de ida e volta ao trabalho, pois ficava  com o carro da empresa que dirigia e que ficava sob sua guarda.

Alegou que de sua residência para o local de trabalho havia apenas três linhas diretas de ônibus com tarifa modal em cada horário, sendo o transporte insuficiente.

Pleiteou salário in natura pelo uso de veículo do empregador, o qual ficava com Renato ao longo da semana útil, devendo deixá­lo na garagem do empregador durante o fim de

semana de folga, bem como nas férias.

Pleiteou, ainda, a integração de diárias para viagem, recebidas no valor de R$ 400,00 por cada viagem ocorrida, relatando que ao longo do contrato viajou a serviço por três
ocasiões, em três diferentes meses.

Por último pleiteou diferenças salariais decorrentes de equiparação salarial com outro motorista, o qual inicialmente trabalhava como maitre, mas por força de decisão do INSS,

por limitação física, teve sua função alterada, quando percebia R$ 2.000,00 mensais.

Na audiência, após a apresentação de defesa com documentos, foram dispensados os depoimentos pessoais. A parte autora declarou não ter outras provas. A parte ré requereu a
oitiva de uma testemunha, a qual  foi indeferida pelo juiz, gerando o inconformismo da parte ré, registrado em ata de audiência.

Dez dias após o encerramento normal da audiência, o juiz prolatou sentença de improcedência total dos pedidos, com custas fixadas em R$ 500,00. Inconformado, Renato, 15

dias após haver sido notificado da decisão de improcedência dos pedidos, apresentou a medida jurídica cabível para tentar revertê­la, em juntar qualquer documento.

Você foi notificado como advogado(a) da empresa para apresentar a peça prático­profissional em nome de seu cliente. Redija a mesma apresentando os argumentos pertinentes. 

Considerações Adicionais

Bibliografia básica (Plano de Ensino da disciplina) CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 5. ed. Niterói: Impetus, 2011. CAVALCANTE, Jouberto De Quadros Pessoa E
JORGE NETO, Francisco Ferreira. Direito Processual Do Trabalho. Tomo I E II, 3. Ed. Rio De Janeiro: Lumen Juris. SARAIVA, Renato; MANFREDINI,Aryanna. Curso de

Direito Processual do Trabalho. 10. Ed. Rio de Janeiro:Forense; São Paulo:MÉTODO, 2013. Bibliografia complementar CARDONE. Marly A. Advocacia Trabalhista. 21ª
Edição. São Paulo: LTr. 2015. CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 35. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. CORREIA, Rose Mary de Jesus.

Petições Trabalhistas Anotadas. 1. Ed. São Paulo: Anhanguera, 2010. DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 9. Ed., LTr, 2011. DOUGLAS, Willian.

AQUINO Renato. Manual de Português e Redação Jurídica. 2. Ed. Rio de Janeiro: Editora Impetus, 2010. GODOY, Fabiana Fernandes de. Manual prático da Advocacia
Trabalhista. 1.Ed. São Paulo:JHMizuno, 2015. LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do trabalho. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.

PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) ­ CCJ0148
Semana Aula: 13
RECURSOS EM ESPÉCIE

Tema
RECURSOS EM ESPÉCIE. RECURSO ADESIVO.

Palavras­chave
RECURSOS. RECURSO ADESIVO.

Objetivos

O aluno deve estar apto a identificar os pressupostos recursais trabalhistas, o momento e a estrutura dos recursos e seu cabimento, em especial, as hipóteses de cabimento de
Recurso adesivo, articulando os conhecimentos técnicos e teóricos adquiridos nas disciplinas de Direito do Trabalho e Processo do Trabalho, no momento da elaboração de sua
peça processual.

Estrutura de Conteúdo

Recurso adesivo: previsto nos artigos 997 e 998 do CPC/15, de aplicação subsidiária ao processo do trabalho, por força do art. 769 CLT e art. 18 CPC/15. Aplicável nas hipóteses
previstas na Súmula 283 do TST.

Art. 997, § 2º CPC ­ O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo­lhe aplicáveis as mesmas regras deste quanto aos requisitos de admissibilidade e
julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa, observado, ainda, o seguinte:

I ­ será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de que a parte dispõe para responder;
PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) ­ CCJ0148
Semana Aula: 13
RECURSOS EM ESPÉCIE

Tema
RECURSOS EM ESPÉCIE. RECURSO ADESIVO.

Palavras­chave
RECURSOS. RECURSO ADESIVO.

Objetivos

O aluno deve estar apto a identificar os pressupostos recursais trabalhistas, o momento e a estrutura dos recursos e seu cabimento, em especial, as hipóteses de cabimento de
Recurso adesivo, articulando os conhecimentos técnicos e teóricos adquiridos nas disciplinas de Direito do Trabalho e Processo do Trabalho, no momento da elaboração de sua
peça processual.

Estrutura de Conteúdo

Recurso adesivo: previsto nos artigos 997 e 998 do CPC/15, de aplicação subsidiária ao processo do trabalho, por força do art. 769 CLT e art. 18 CPC/15. Aplicável nas hipóteses
previstas na Súmula 283 do TST.

Art. 997, § 2º CPC ­ O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo­lhe aplicáveis as mesmas regras deste quanto aos requisitos de admissibilidade e
julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa, observado, ainda, o seguinte:

I ­ será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de que a parte dispõe para responder;

II ­ será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial; SÚMULA 283 TST

III ­ não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele considerado inadmissível.

Art. 998, CPC ­ O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso.

Parágrafo único.  A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja repercussão geral já tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos
extraordinários ou especiais repetitivos.

SÚMULA 283 TST: RECURSO ADESIVO ­ PROCESSO TRABALHISTA – CABIMENTO. O recurso adesivo é compatível com o processo do trabalho e cabe, no prazo de 8
(oito) dias, nas hipóteses de interposição de recurso ordinário, de agravo de petição, de revista e de embargos, sendo desnecessário que a matéria nele veiculada esteja relacionada
com a do recurso interposto pela parte contrária. 

Estratégias de Aprendizagem

1. Embargos de declaração

1.1.   Hipóteses de Cabimento ? deve ser relembradas as hipóteses de cabimento dos Embargos de Declaração ? artigo 897­A da CLT

1.2.   Natureza Jurídica ? divergência quanto à natureza jurídica

1.3.   Forma

1.3.1. Endereçamento ao Juízo Competente

1.3.2. Identificação do Processo

1.3.3. Identificação das Partes

1.3.4. Indicação do tipo de recurso

1.3.5. Indicação dos fundamentos (hipótese de cabimento)

1.3.6. Pedido de complementação, integração ou esclarecimento da decisão
1.3.5. Indicação dos fundamentos (hipótese de cabimento)

1.3.6. Pedido de complementação, integração ou esclarecimento da decisão

1.3.7. Parte Autenticativa

2. Elaboração de Embargos de Declaração

Indicação de Leitura Específica

SARAIVA, Renato; MANFREDINI,Aryanna. Curso de Direito Processual do Trabalho. 10. Ed. Rio de Janeiro:Forense; São Paulo:MÉTODO, 2013.pág. 472­478.

Aplicação: articulação teoria e prática

O Sr. Mauro Matias, microempresário, indignado com o ajuizamento da reclamação trabalhista de uma ex­empregada, postulando o pagamento de horas extras e do adicional de

periculosidade calculado sobre a remuneração paga ao empregado, resolve comparecer pessoalmente, sem advogado, à audiência de uma ação em que aduz simplesmente nada
dever a empregada. Encerrada a instrução, sem produção de outras provas, sob a alegação de falta de contestação específica dos fatos, o juiz julga procedente o pedido, com
condenação do empregador apenas no pagamento do adicional de periculosidade, calculado sobre a remuneração do empregado. O empregador, intimado da sentença e embora

com ela não concorde, não a impugna. O empregado, por sua vez, oferece recurso ordinário, postulando o pagamento das horas extraordinárias. Como advogado contratado pelo

empregador, no momento em que recebida a intimação para oferecer sua resposta, tomar a providência processual cabível com vistas a afastar a sucumbência do reclamado.

Considerações Adicionais
Bibliografia básica (Plano de Ensino da disciplina) CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 5. ed. Niterói: Impetus, 2011. CAVALCANTE, Jouberto De Quadros Pessoa E

JORGE NETO, Francisco Ferreira. Direito Processual Do Trabalho. Tomo I E II, 3. Ed. Rio De Janeiro: Lumen Juris. SARAIVA, Renato; MANFREDINI,Aryanna. Curso de

Direito Processual do Trabalho. 10. Ed. Rio de Janeiro:Forense; São Paulo:MÉTODO, 2013. Bibliografia complementar CARDONE. Marly A. Advocacia Trabalhista. 21ª Edição.

São Paulo: LTr. 2015. CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 35. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. CORREIA, Rose Mary de Jesus. Petições

Trabalhistas Anotadas. 1. Ed. São Paulo: Anhanguera, 2010. DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 9. Ed., LTr, 2011. DOUGLAS, Willian. AQUINO
Renato. Manual de Português e Redação Jurídica. 2. Ed. Rio de Janeiro: Editora Impetus, 2010. GODOY, Fabiana Fernandes de. Manual prático da Advocacia Trabalhista. 1.Ed.

São Paulo:JHMizuno, 2015. LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do trabalho. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.

PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) ­ CCJ0148
Semana Aula: 14
RECURSOS EM ESPÉCIE

Tema

RECURSO DE REVISTA

Palavras­chave
RECURSO DE REVISTA ­ CABIMENTO ­ FORMA

Objetivos

O aluno deve estar apto a identificar o Recurso de Revista como sendo o recurso adequado à impugnação das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho, em grau
de recurso, e a elaborar sua peça recursal observando as hipóteses legais de cabimento, os pressupostos recursais genéricos, bem como os pressupostos específicos, como a

exigência de prequestionamento e a transcendência.

Estrutura de Conteúdo

1. Recurso de Revista:
PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) ­ CCJ0148
Semana Aula: 14
RECURSOS EM ESPÉCIE

Tema

RECURSO DE REVISTA

Palavras­chave
RECURSO DE REVISTA ­ CABIMENTO ­ FORMA

Objetivos

O aluno deve estar apto a identificar o Recurso de Revista como sendo o recurso adequado à impugnação das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho, em grau
de recurso, e a elaborar sua peça recursal observando as hipóteses legais de cabimento, os pressupostos recursais genéricos, bem como os pressupostos específicos, como a

exigência de prequestionamento e a transcendência.

Estrutura de Conteúdo

1. Recurso de Revista:

1.1. Aspectos Gerais O recurso de Revista é condicionado aos aspectos da LEGALIDADE e da INTERPRETAÇÃO DO DIREITO, tal qual os Embargos.

Assim, pode­se dizer que é um recurso extraordinário, sendo que a devolutividade é restrita ao aspecto jurídico, ou seja, somente cabe devolver ao juízo "ad quem" a matéria de

direito, não devolvendo a matéria fática ou probatória.

Conforme leciona o saudoso mestre COQUEIJO COSTA, a Organização Judiciária Trabalhista tem três graus de Jurisdição, sendo dois ordinários e um extraordinário. Outros

doutrinadores, como CAMPOS BATALHA, entendem que o Tribunal Superior do Trabalho é terceira e última Instância laboral, sem conotação de tribunal extraordinário.

Contudo, tendo ou não conotação de Tribunal extraordinário, o recurso de Revista exprime o funcionamento do Tribunal Superior do Trabalho como um terceiro grau de
Jurisdição Trabalhista. A finalidade do recurso de Revista, como os de Embargos de Divergência, é orientar a jurisprudência especializada para a uniformização. Assim, cabe o

recurso de Revista quando a decisão do Tribunal Regional do Trabalho, em recurso Ordinário, interpretar lei federal divergente de decisões: de outros Tribunais Regionais, através

do Pleno ou de suas Turmas; da Seção Especializada em Dissídio Individual do TST. Salvo se a decisão hostilizada estiver em consonância com Enunciado de Súmula de
Jurisprudência uniforme do TST. Cabe também a interposição do recurso de Revista quando a decisão do Tribunal Regional, em recurso Ordinário, interpretar lei estadual,

convenção coletiva, acordo coletivo, sentença normativa e regulamento de empresa, todos de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal

Regional, divergente de decisões: de outros Tribunais Regionais, através do Pleno ou de suas Turmas; da Seção especializada de Dissídio Individual do TST. Salvo se a decisão
recorrida estiver em consonância com Enunciado de Súmula de jurisprudência uniforme do TST. Cabe observar que não cabe recurso de Revista quando a divergência

(dissidência jurisprudencial), for entre a decisão hostilizada do Tribunal Regional com decisão de Turmas do TST. E o recurso de Revista também pode ser interposto quando a

decisão do Tribunal Regional, em recurso Ordinário, afrontar literalmente dispositivo de lei federal ou da Constituição da República Federativa do Brasil.

Outro cabimento do recurso de Revista será em decisão do Tribunal Regional, em Agravo de Petição, quando a decisão violar diretamente a Constituição Federal. É exigível o
depósito recursal no recurso de Revista, como garantia do cumprimento da decisão, quadruplicando o valor, sendo que, quando a Revista for em decorrência de decisão em

Agravo de Petição, não é exigido o depósito recursal, posto que o juízo já estará garantido, desde os Embargos à Execução, através dos bens que foram objeto do ato de

constrição, salvo se tiver havido elevação do valor do débito, de acordo o que giza a alínea "c", item IV, da Instrução Normativa nº 03 de 03/03/93, do C. TST. Haverá de ser
observado a hipótese do vencedor em Primeiro Grau ser vencido no Segundo Grau em recurso Ordinário. Se interpuser recurso de Revista deverá recolher as custas e se

empregador o depósito prévio, devido a inversão da sucumbência.

 1.2. Prazo O prazo é de oito dias para interposição do recurso, como também para apresentar a contrariedade.

1.3. Pressupostos específicos de admissibilidade do recurso de Revista:

· PREQUESTIONAMENTO ­ Para que se conheça da Revista é necessário que tenha ocorrido o prequestionamento, ou seja, que a questão tenha sido posta para o juízo "a quo",
para que se tenha condições de mensurar se ocorreu a alegada violação de lei federal ou da Constituição Federal ou interpretação divergente.

· COMPROVAÇÃO DA DIVERGÊNCIA ­ Necessário que seja transcrita, nas razões recursais, a ementa do acórdão indicado como paradigma e a indicação precisa da fonte
oriunda de um repositório idôneo de jurisprudência, isso no caso de dissídio jurisprudencial, e para a hipótese de violação literal de texto de lei, a indicação precisa da lei ou

dispositivo constitucional violado.
· COMPROVAÇÃO DA DIVERGÊNCIA ­ Necessário que seja transcrita, nas razões recursais, a ementa do acórdão indicado como paradigma e a indicação precisa da fonte
oriunda de um repositório idôneo de jurisprudência, isso no caso de dissídio jurisprudencial, e para a hipótese de violação literal de texto de lei, a indicação precisa da lei ou

dispositivo constitucional violado.

· QUAESTIO JURIS ­ Somente matéria de direito será devolvida ao Tribunal "ad quem", sendo vedada devolver matéria fática ou probatória. Conforme asseverou o Ministro do

Tribunal Superior do Trabalho, Dr. VANTUIL ABDALA, "se os fatos estiverem narrados pelo Regional nada impede que, embora a matéria seja fática, a questão seja reexaminada
pelo Tribunal Superior, mas não para dizer se ocorreu ou não ocorreu esse fato, porque isso aí cabe ao Regional dizer. Isto era matéria de prova. Mas simplesmente para dizer que

partindo desse fato o Tribunal aplicou mal a lei. Por isso os fatos têm importância".

­TRANSCENDÊNCIA – ART. 896­A CLT.

1.1. Procedimento O Juiz Presidente do Tribunal Regional que prolatou a decisão em recurso Ordinário (ou em Agravo de Petição) atuará como juízo de admissibilidade que será

repetido pelo Ministro Relator de uma das Turmas do TST. A competência das Turmas do Tribunal Superior é julgar o Recurso de Revista; o Agravo de Instrumento quando o

Presidente do Regional denegar seguimento ao recurso de Revista; o Agravo Regimental quando o Ministro Relator denegar prosseguimento ao recurso de Revista e Embargos de
Declaração opostos aos acórdãos proferidos nesses três recursos. Do despacho do Juiz Presidente do Regional que nega seguimento ao recurso de Revista cabe Agravo de

Instrumento, e do despacho do Ministro Relator do TST que não admite a Revista cabe Agravo Regimental, sendo que ambos os Agravos (Instrumento e Regimental) serão

julgados pela Turma do TST a qual competia proferir a decisão do recurso obstruído.

1.2. Efeito No tocante ao efeito que o recurso de Revista é recebido, prevalece a regra geral dos recursos trabalhistas, que é o efeito devolutivo, todavia, o Art. 896, § 2º, da CLT,

atribui à autoridade recorrida (Presidente do Regional), emprestar o efeito suspensivo ao recurso de Revista.

1.3. Previsão Legal O recurso de revista está previsto no art. 896 e 896­A CLT

2. Elaboração do Recurso de Revista: Tal como ocorre com o Recurso Ordinário, o recurso de revista deve ser apresentado em uma única peça, composta de peça de interposição

e peça de Razões.

Desta maneira, o Recurso de Revista deverá seguir o seguinte roteiro:

2.1. Peça de Interposição

            2.1.1. Endereçamento

            2.1.2. Identificação das partes

            2.1.3. Identificação do Recurso

            2.1.4. Preenchimento dos pressuposto Extrínsecos

            2.1.5. Pedido de Prosseguimento

2.2. Peça de Razões

            2.2.1. Do prequestionamento – com sua fundamentação e demonstração.

            2.2.2. Comprovação da divergência – com a especificação pormenorizada da hipótese de cabimento.

            2.2.3. Pedido de Rerforma

            2.2.4. Parte Autenticativa

Estratégias de Aprendizagem

Elaboração de Recurso de Revista 

Peça de Interposição

Endereçamento: EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO

 Identificação das Partes:

                Recorrente: Leonardo Casqueira
 Identificação das Partes:

                Recorrente: Leonardo Casqueira

                Recorrido: Empresa Sol e Lua LTDA.

Demonstração do preenchimento dos pressupostos extrínsecos (preparo e deposito recursal)

Pedido de Remessa ao TST

Peça de Razões

Identificação das partes

Do processo de Origem

Fundamentos:

· Demonstração preliminar do preenchimento dos requisitos específicos

· Do mérito do Recurso (propriamente dito)

Violação do art. 8,VIII da CF/88, bem como o art. 543 da CLT e a SÚM. 369, V, TST

Pedido de reforma do acórdão recorrido

Parte autenticativa

Indicação de Leitura Específica
SARAIVA, Renato; MANFREDINI,Aryanna. Curso de Direito Processual do Trabalho. 10. Ed. Rio de Janeiro:Forense; São Paulo:MÉTODO, 2013.pág. 482­495

Aplicação: articulação teoria e prática
(baseado OAB/RJ)  LEONARDO CASQUEIRA ingressou com reclamação trabalhista em face de seu antigo empregador, Empresa Sol e Lua Ltda. requerendo a nulidade da
dispensa e consequente reintegração no emprego por ser detentor de estabilidade como dirigente sindical, atribuindo à causa o valor de R$ 49.000,00, razão pela qual a mesma foi
autuada no procedimento ordinário. O MM. Juízo da 5ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro julgou improcedente o seu pedido, negando­lhe direito à estabilidade provisória, como
dirigente sindical, pois entendeu que o registro da candidatura ocorreu no curso do aviso prévio. Inconformado o reclamante ingressou com recurso ordinário sob o argumento de
que seu registro foi efetuado um dia antes do comunicado de dispensa, o que demonstra data anterior a concessão do aviso prévio. Alegou nas razões do recurso violação a Lei,
jurisprudência e provas que comprovam as suas alegações. O Tribunal Regional do Trabalho negou provimento ao recurso ordinário mantendo na integralidade a sentença primária
por seus próprios fundamentos. Sabedor de seu direito e não compreendendo o porquê da negativa de seu pleito, o reclamante objetiva ingressar com recurso contra o acórdão
proferido pelo TRT da 1ª Região. Assim, no prazo a que alude a Consolidação das Leis Trabalhistas, apresente o recurso apropriado, impugnando o acórdão.

Considerações Adicionais

Bibliografia básica (Plano de Ensino da disciplina) CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 5. ed. Niterói: Impetus, 2011. CAVALCANTE, Jouberto De Quadros Pessoa E
JORGE NETO, Francisco Ferreira. Direito Processual Do Trabalho. Tomo I E II, 3. Ed. Rio De Janeiro: Lumen Juris. SARAIVA, Renato; MANFREDINI,Aryanna. Curso de

Direito Processual do Trabalho. 10. Ed. Rio de Janeiro:Forense; São Paulo:MÉTODO, 2013. Bibliografia complementar CARDONE. Marly A. Advocacia Trabalhista. 21ª
Edição. São Paulo: LTr. 2015. CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 35. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. CORREIA, Rose Mary de Jesus.
Petições Trabalhistas Anotadas. 1. Ed. São Paulo: Anhanguera, 2010. DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 9. Ed., LTr, 2011. DOUGLAS, Willian.

AQUINO Renato. Manual de Português e Redação Jurídica. 2. Ed. Rio de Janeiro: Editora Impetus, 2010. GODOY, Fabiana Fernandes de. Manual prático da Advocacia
Trabalhista. 1.Ed. São Paulo:JHMizuno, 2015. LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do trabalho. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.

PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) ­ CCJ0148
Semana Aula: 15
EXECUÇÃO ­ DEFESA DO EXECUTADO

Tema
EMBARGOS À EXECUÇÃO

Palavras­chave
PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) ­ CCJ0148
Semana Aula: 15
EXECUÇÃO ­ DEFESA DO EXECUTADO

Tema
EMBARGOS À EXECUÇÃO

Palavras­chave
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA. DEFESA DO EXECUTADO. EMBARGOS À EXECUÇÃO

Objetivos

O aluno deve conhecer as modalidades de liquidação, bem como as ações incidentais cabíveis como meios de impugnação: Embargos à Execução; Ação de Impugnação;
Embargos à Penhora: Exceção e Objeção de Pré­ Executividade, tornando­se apto a articular os conhecimentos teóricos adquiridos na disciplina de Direito Processo do Trabalho,

na elaboração de sua peça processual.    

Estrutura de Conteúdo

1. Liquidação de Sentença

1.1. Conceito: é o procedimento pelo qual torna liquido e certo o valor devido, determinado o seu montante, para que possa ser cumprido pela execução.

1.2. Formas:

1.2.1. Por Cálculos – a liquidação da sentença será realizada por cálculos quando depender apenas de cálculo aritmético, incumbindo ao reclamante oferece­los, garantindo­se ao

reclamado a oportunidade de impugná­los.

1.2.2. Por Arbitramento – nos casos em que não seja possível fixar o valor da condenação, seja porque não se o conheça, seja porque não se têm elementos para estabelecer o seu
valor, a liquidação poderá ser feita por arbitramento, onde um terceiro, com expertise, realiza a fixação.

1.2.3. Por Artigos – a liquidação também poderá ser realizada por artigos, quando para determinar o valor da condenação houver necessidade de alegar e provar fatos novos.

2. Execução

2.1. Conceito: a execução é o cumprimento da sentença transitada em julgado do processo de conhecimento. Para alguns autores a execução no processo trabalhista não é outra
ação (apesar de ocorrer citação), mas a fase final da mesma ação de conhecimento, pois o juiz pode impulsioná­la de ofício É importante destacar que a execução é meio pelo qual
se expropria bens do devedor para a satisfação do crédito do credor, tal expropriação se dá por meio da penhora do patrimônio do executado.

2.2. Competência: Como dispõe o artigo 114 da CRFB será da competência da justiça do trabalho todas as ações decorrentes das relações de trabalho, inclusive as executivas,
sendo, em regra, para títulos judiciais, o juiz que tomou conhecimento da causa no processo de conhecimento.

2.3. Legislação: 1) Artigos 876 a 892 da CLT; 2) Lei nº 6.830 de 1980 (LEF); CPC

2.4. Requisitos: · Título executivo judicial ou extrajudicial – artigo 876 da CLT – Lembrando que o título deve ser liquido, certo e exigível em todo o caso. · Inadimplemento

2.5. Classificação

2.5.1. Provisória – quando pender recurso sem efeito suspensivo, corre por conta e risco do credor.

2.5.2. Definitiva – em todos os demais casos a execução será sempre definitiva

2.6. legitimados – via de regra, os legitimados serão aqueles constantes no título.

2.7. Princípios Norteadores · Igualdade de tratamento das partes · Limitação expropriatória – impede a alienação total do patrimônio do devedor, quando parte dos bens for
bastante para atender a satisfação do direito do credor; · Utilidade para o credor – o credor não pode utilizar da execução apenas para acarretar danos ao devedor, quando o

patrimônio do executado não for suficiente para suportar a dívida. · Menor Onerosidade do Devedor – se por vários meios se pode concretizar os resultados práticos, deve­se
escolher aquele que for menos oneroso ao devedor. · Responsabilidade Patrimonial – é o patrimônio do devedor que garante às suas obrigações.
bastante para atender a satisfação do direito do credor; · Utilidade para o credor – o credor não pode utilizar da execução apenas para acarretar danos ao devedor, quando o

patrimônio do executado não for suficiente para suportar a dívida. · Menor Onerosidade do Devedor – se por vários meios se pode concretizar os resultados práticos, deve­se
escolher aquele que for menos oneroso ao devedor. · Responsabilidade Patrimonial – é o patrimônio do devedor que garante às suas obrigações.

3. Procedimento Uma vez liquida e certa a dívida, será expedido mandado executivo, denominado de mandado de citação, penhora e avaliação (artigo 880 da CLT) Citado o

executado poderá: Nomear bens a penhora (no prazo de 48 horas) abrindo­lhe a oportunidade de impugnar a execução pelo oferecimento de embargos ou, quedando­se inerte,
ser­lhe­ão penhorados tantos bens quantos bastem para a satisfação do crédito, na forma do disposto nos artigos 882 e 883 da CLT.

3.1.Defesa do Executado

3.1.1. Embargos à Execução – Uma vez realizado depósito do valor, a nomeação dos bens ou mesmo a penhora, poderá o executado opor­se a execução por meio de Embargos,
na forma do artigo 884 da CLT;

Natureza Jurídica – os embargos à execução possuem natureza jurídica de ação incidental de conhecimento.

Matérias Arguíveis – Artigo  917 do CPC/15 e 884, §1º da CLT

Requisito – no âmbito trabalhista, em consonância ao disposto no artigo 884 da CLT, os embargos somente poderão ser apresentados após a garantia do juízo.

Forma – Petição Inicial (artigo 319 do CPC/15), respeitados os fundamentos que podem ser arguidos.

3.1.2. Exceção de Pré­executividade – os embargos à execução estão condicionados à garantia prévia do juízo (artigo 884 da CLT). Desta maneira, atualmente, aceita a

possibilidade de o executado se opor a execução, independentemente de penhora, por meio da exceção de pré­executividade. Porém a exceção de pré­executividade somente é
admissível quando a matéria ventilada puder ser totalmente comprovada de plano, posto que inadmissível a dilação probatória, e tem por finalidade principal a menor onerosidade
ao devedor, na medida em que pode ser apresentada independentemente da garantia do juízo. Mas, deve­se alertar que a exceção é excepcional sendo somente admissível quando
versar, por exemplo:

Ø Nulidade ou inexigibilidade do título Ø Excesso de execução Ø Incompetência absoluta do juízo Ø Ausência de citação Ø Prescrição Ø Ilegitimidade Ø Falta de Interesse de
Agir. A exceção de pré­executividade (ou objeção de não executividade) é elaborada da mesma forma que uma petição inicial, contudo deve sempre ser instruída com os
documentos que dão suporte às alegações, sob pena de sua inadmissão.

Estratégias de Aprendizagem

Embargos à Execução

Competência: artigo 114 da CRFB

Embargante: Bom Caminhão S.A. (qualificação completa)

Embargado: João Brigão(qualificação completa)

Fatos: Narrar de forma resumida os fatos que originam a lide, no exemplo, a expedição de mandado de avaliação de forma errônea, o que gerou o excesso da execução.

Fundamentos: O fundamento legal pertinente é o artigo 884 da CLT c/c 917, inciso III do NCPC.

Pedidos: citação do Embargado e acolhimento dos Embargos

Provas ? artigo 369 do NCPC

Valor da causa: artigo 291 e seguinte do NCPC

Parte autenticativa: 

Indicação de Leitura Específica

SARAIVA, Renato; MANFREDINI,Aryanna. Curso de Direito Processual do Trabalho. 10. Ed. Rio de Janeiro:Forense; São Paulo:MÉTODO, 2013. Capítulo 9

Aplicação: articulação teoria e prática
Aplicação: articulação teoria e prática

Após o trânsito em julgado da decisão, em liquidação de sentença, a Reclamada, Empresa Bom Caminhão, nos autos em que contende com José Brigão, apresentou impugnação

aos cálculos apresentados pelo Reclamante. O juiz, por sua vez, homologou os cálculos da empresa Reclamada, ressalvando, a revisão oportuna dos cálculos. O contador do

juízo, contudo, ao proceder à referida revisão dos cálculos, equivocadamente, tomou como base os valores apresentados pelo Reclamante, sendo, então, expedido Mandado de
Citação, Penhora e Avaliação  pela Secretaria da Vara em valor superior ao homologado pelo juízo.

Na qualidade de advogado contratado pela Empresa Bom Caminhão S.A., levando­se em conta que seu objetivo é alegar excesso de execução, elabore a medida processual cabível

para salvaguardar os interesses do seu cliente.

Considerações Adicionais
Bibliografia básica (Plano de Ensino da disciplina) CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 5. ed. Niterói: Impetus, 2011. CAVALCANTE, Jouberto De Quadros Pessoa E

JORGE NETO, Francisco Ferreira. Direito Processual Do Trabalho. Tomo I E II, 3. Ed. Rio De Janeiro: Lumen Juris. SARAIVA, Renato; MANFREDINI,Aryanna. Curso de

Direito Processual do Trabalho. 10. Ed. Rio de Janeiro:Forense; São Paulo:MÉTODO, 2013. Bibliografia complementar CARDONE. Marly A. Advocacia Trabalhista. 21ª Edição.
São Paulo: LTr. 2015. CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 35. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. CORREIA, Rose Mary de Jesus. Petições

Trabalhistas Anotadas. 1. Ed. São Paulo: Anhanguera, 2010. DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 9. Ed., LTr, 2011. DOUGLAS, Willian. AQUINO
Renato. Manual de Português e Redação Jurídica. 2. Ed. Rio de Janeiro: Editora Impetus, 2010. GODOY, Fabiana Fernandes de. Manual prático da Advocacia Trabalhista. 1.Ed.

São Paulo:JHMizuno, 2015. LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do trabalho. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.

PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) ­ CCJ0148
Semana Aula: 16
EXECUÇÃO ­ RECURSOS

Tema

RECURSOS NA EXECUÇÃO

Palavras­chave
EXECUÇÃO. RECURSOS. AGRAVO DE PETIÇÃO.

Objetivos

O aluno deve conhecer as modalidades de liquidação, as ações incidentais cabíveis como meios de impugnação: Embargos à Execução; Ação de Impugnação; Embargos à

Penhora: Exceção e Objeção de Pré­ Executividade, bem como os recursos cabíveis  na execução, tornando­se apto a articular os conhecimentos teóricos adquiridos na disciplina
de Direito Processo do Trabalho, na elaboração de sua peça processual.

Estrutura de Conteúdo

I­ EXECUÇÃO – RECURSOS

I.1 ­Agravo de Petição ­ art  897, “a” e § 1º CLT

Art. 897 CLT ­ Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias

a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções;       

b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de recursos.     

§ 1º ­ O agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata da
parte remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de sentença. 

I.2 ­Recurso de Revista – art. 896,§2°, CLT

§ 2o Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas Turmas, em execução de sentença, inclusive em processo incidente de embargos de
PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) ­ CCJ0148
Semana Aula: 16
EXECUÇÃO ­ RECURSOS

Tema

RECURSOS NA EXECUÇÃO

Palavras­chave
EXECUÇÃO. RECURSOS. AGRAVO DE PETIÇÃO.

Objetivos

O aluno deve conhecer as modalidades de liquidação, as ações incidentais cabíveis como meios de impugnação: Embargos à Execução; Ação de Impugnação; Embargos à

Penhora: Exceção e Objeção de Pré­ Executividade, bem como os recursos cabíveis  na execução, tornando­se apto a articular os conhecimentos teóricos adquiridos na disciplina
de Direito Processo do Trabalho, na elaboração de sua peça processual.

Estrutura de Conteúdo

I­ EXECUÇÃO – RECURSOS

I.1 ­Agravo de Petição ­ art  897, “a” e § 1º CLT

Art. 897 CLT ­ Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias

a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções;       

b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de recursos.     

§ 1º ­ O agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata da
parte remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de sentença. 

I.2 ­Recurso de Revista – art. 896,§2°, CLT

§ 2o Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas Turmas, em execução de sentença, inclusive em processo incidente de embargos de
terceiro, não caberá Recurso de Revista, salvo na hipótese de ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal. 

I.3 ­Recurso de Embargos – art. 894 CLT

I.4 ­Recurso Extraordinário –art. 102 CRFB/88

I.5 ­Embargos de Declaração ­art 897­A CLT

I.6 ­Agravo

I.7 ­Agravo de Instrumento ­897, “b” e § 1º CLT

Estratégias de Aprendizagem

Exceção de Pré­Executividade

Excepiente: Francisco (qualificação completa)

Excepto: Raimundo Nonato(qualificação completa)

Fatos: Narrar de forma resumida os fatos que originam a lide, no exemplo, a relação do excepiente e a Empresa Omega Ltda.
Excepto: Raimundo Nonato(qualificação completa)

Fatos: Narrar de forma resumida os fatos que originam a lide, no exemplo, a relação do excepiente e a Empresa Omega Ltda.

Fundamentos: Não há base legal para o oferecimento de Exceção de Pré­Executividade. Ilegitmidade passiva

Pedidos: notificação do Excepto e acolhimento da exceção com a consequente extinção da execução

Provas: artigo 369 do Código de Processo Civil.

Valor da causa: artigo 291 e seguinte do NCPC

Parte autenticativa: 

Indicação de Leitura Específica

SARAIVA, Renato; MANFREDINI,Aryanna. Curso de Direito Processual do Trabalho. 10. Ed. Rio de Janeiro:Forense; São Paulo:MÉTODO, 2013.pág. 588­589

Aplicação: articulação teoria e prática

Aluísio Azevedo e a empresa Cortiço firmaram acordo judicial pelo qual esta se comprometeu pagar àquele a importância de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) em 2 (duas) parcelas

de R$ 10.000,00 (dez mil reais). A empresa pagou no dia aprazado a primeira parcela, mas atrasou 2 (dois) dias o pagamento da última parcela. Por esse motivo, o reclamante
requereu a incidência da multa de 50% sobre o valor total do acordo, o que foi deferido pelo juiz da 4ª Vara do Trabalho de Cuiabá/ MT. O acordo homologado previa a multa de
50% em caso de inadimplemento. Após a penhora de bens, a empresa apresentou embargos à execução, cujo pedido foi indeferido. A partir desses dados, atue como advogado da

empresa Cortiço, elaborando a peça processual adequada para a hipótese. (CESPE – OAB MT)

Considerações Adicionais

Bibliografia básica (Plano de Ensino da disciplina) CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 5. ed. Niterói: Impetus, 2011. CAVALCANTE, Jouberto De Quadros Pessoa E
JORGE NETO, Francisco Ferreira. Direito Processual Do Trabalho. Tomo I E II, 3. Ed. Rio De Janeiro: Lumen Juris. SARAIVA, Renato; MANFREDINI,Aryanna. Curso de
Direito Processual do Trabalho. 10. Ed. Rio de Janeiro:Forense; São Paulo:MÉTODO, 2013. Bibliografia complementar CARDONE. Marly A. Advocacia Trabalhista. 21ª Edição.

São Paulo: LTr. 2015. CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 35. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. CORREIA, Rose Mary de Jesus. Petições

Trabalhistas Anotadas. 1. Ed. São Paulo: Anhanguera, 2010. DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 9. Ed., LTr, 2011. DOUGLAS, Willian. AQUINO
Renato. Manual de Português e Redação Jurídica. 2. Ed. Rio de Janeiro: Editora Impetus, 2010. GODOY, Fabiana Fernandes de. Manual prático da Advocacia Trabalhista. 1.Ed.
São Paulo:JHMizuno, 2015. LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do trabalho. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.

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