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1- Agora peço-vos para me acompanharem na oração ao deus fogão para que o consigamos invocar para este lugar…

Ó Poderosa entidade!

Ó máquina prodigiosa que preservas a chama divina!

Flamus! Flamus! Meu deus!

Do vapor te serves para vaguear por todo o céu e por toda a terra

Em tal neblina transmorfa condensas as lágrimas que derramei,

e contigo as levas, secando a minha dor

Flamus! Flamus! Meu deus! Invocamos-te agora para este lugar…

Vem a nosso encontro! Vem a nosso encontro!! Vem a nosso encontro!!!

2- Flamus! Meu deus! honras-nos com a tua presença aqui nesta sala
3- Obrigado pela inspiração poética. Vou agora declamar o poema em vossa homenagem….

O vapor de Flamus
Tetetete tssss, o teu crepitar faz-me estremecer,

a sonoridade ritmada acelera o bater do meu coração,

tal é a sintonia por ambos partilhada.

Olho para ti, o teu corpo de aço, frio ao toque,

ilude qualquer um que se fie em tal exterior.

Ao aproximar-me, sinto o teu calor,

a tua chama dança nos meus olhos.

A tua beleza sobressai desse exterior metalizado!

Tetetete tsssss, o teu crepitar faz-me estremecer…

Ó divindade gloriosa! Que deleitas o meu espírito,

que me permites fazer repastes divinais

que engrandecem a minha realidade,

tornando cada momento mais saboroso.

Na tua ausência prevejo a minha dor,

o vazio no meu ser,

o teu cômodo sustento deixar-me-ia,


assim, como se do friccionar de galhos,

do bater de pedras dependesse,

para criar uma faísca,

a faísca que tu tão simplesmente produzes.

Tetetete tsssss, o teu crepitar faz-me estremecer

Ó! Meu deus! Senhor de meu sustento!

Estás assim, imóvel na minha cozinha,

mas sempre que te ligo fazes-me viajar para tantos lugares

que não este, onde eu e tu estamos, para tantos lugares,

onde novos sabores me fazem mergulhar num oceano rico de novas experiências,

para tantos lugares sem sequer me afastar de ti.

O cheiro do manjar que me permites confecionar faz-me viajar para tantos lugares!

Como uma fragrância viciante, perdura na minha mente,

propaga-se por todos os recantos,

num lugar onde quero sempre voltar,

mas por vezes sair e relembrar tudo o que me deste.

Mas será que te venero o suficiente?!?

A minha alma de joelhos,

o meu paladar rendido,

o meu olfato seduzido,

o meu corpo, quente do teu calor.

O meu conforto é por ti garantido!

A blasfémia daqueles que de ti se servem

sem reconhecer a tua celestial existência,

que a ti se referem como um mero objeto

desrespeitando tudo o que lhes proporcionas.

A esses eu condeno!!!!
Deus fogão, nunca deixarás de o ser!

E eu, tua fiel seguidora permanecerei,

crente do teu simbolismo latente e ciente

do teu impacto na minha vida.

Ó Grandiosidade celestial! Meu deus! Meu soberano! meu fogão!


5- Aceita agora estas minhas palavras, que elas alimentem a tua chama e vai… deixa esta
sala.. parte por novos caminhos em direção a outros lugares que precisem da tua celestial
presença

1-invocação ( ligar o vapor quando dissemos “ vem a nosso encontro”)


2- Ó meu Flamus! Honras-me com a tua presença
3- ler o poema
4-colocar o poema dentro da panela
5- Aceita estas minhas palavras, que elas alimentem a tua chama e vai (desligar o vapor) …
deixa esta sala.. parte por novos caminhos em direção a outros lugares que precisem da tua
celestial presença….
6- retirar a folha em branco da panela
7- Agradeço-te por teres aceite a minha oferenda .…

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