Você está na página 1de 8

UNIVERSIDADE UNIGRANRIO/AFYA 2023.

1
UNIDADE DUQUE DE CAXIAS - RIO DE JANEIRO
GRADUAÇÃO EM RADIOLOGIA

GIOVANNA FERREIRA LIMA ( 1302090 )


RAFAELA OLIVEIRA DOS SANTOS ( 1302176)

PCA: PROJETO DE BLINDAGEM


Professor: Kleber do Couto Ferreira

DUQUE DE CAXIAS
Uma das medidas mais utilizadas e necessárias para a proteção radiológica é a
blindagem da sala de raio X. A proteção radiológica é imprescindível para a
segurança de funcionários, pacientes, acompanhantes e qualquer pessoa que
precise se expor à radiação em exames em que o diagnóstico por imagem é
realizado.
Isso porque a exposição indevida à radiação ionizante é prejudicial à saúde
humana. Problemas como a infertilidade, cataratas e até mesmo câncer podem ser
evitados com a devida proteção radiológica. E a blindagem de salas de raio X é uma
maneira eficiente, quando bem executada, de garantir essa proteção.

O que é blindagem sala de raio X?

Qualquer blindagem consiste em uma proteção física feita com algum material que
faça um revestimento ou cobertura.
A blindagem de sala de raio X é uma medida de segurança contra os riscos da
exposição radiológica na qual o isolamento é feito em pisos, teto, parede, etc. do
local em que o exame é realizado.
O material e a espessura do revestimento vai depender muito das necessidades de
cada local e do fator de radiação da sala, podendo ser de chumbo, concreto, ferro,
etc.

Como a blindagem é feita?

Um dos materiais mais conhecidos utilizados na blindagem contra a radiação é o


chumbo.
Ele pode estar presente nas mantas protetoras ou lençol de chumbo, portas,
biombos, visores radiológicos e em vários outros equipamentos de proteção
radiológica.
O ferro e o concreto também podem servir de barreira para os raios ionizantes.
O fator de blindagem contra radiação deve ser determinado através do cálculo de
blindagem, que é capaz de medir a dosagem emitida pelos aparelhos em uma sala.
Quando se realiza a blindagem da sala de radiologia, deve-se entender que não se
trata apenas do ambiente interno. A blindagem da sala de radiologia deve ser feita
principalmente devido ao risco de vazamento de radiação para as adjacências.
Por esse motivo, o primeiro passo é fazer o projeto de blindagem da sala de
radiologia.
Para que a blindagem da sala de radiologia seja eficaz e atenda os padrões
mínimos para funcionamento dentro da legalidade, é imprescindível um projeto de
blindagem.
As salas de raios-x devem dispor de paredes, piso, teto, visor e portas radiológicas.

A altura mínima para a blindagem da sala de radiologia é 210 cm, a partir do piso.

Quando o projeto tem parede com "bucky mural" para exames radiológicos do tórax,
a área onde ele fica é atingida pelo feixe primário de radiação.

As cabines de comando onde o operador do aparelho atua, também devem estar


protegidas, garantindo assim sua integridade física.
Existem também biombos radiológicos, que fazem parte do projeto de blindagem da
sala de radiologia, onde fica o operador do aparelho, o técnico ou tecnólogo em
radiologia.
Tanto a cabine quanto o biombo devem permitir ao operador o manuseio do
aparelho e a visualização do paciente durante o exame radiológico. Ambos devem
estar posicionados de forma que, qualquer indivíduo que adentra o ambiente seja
visto pelo operador do equipamento.

Além da blindagem da sala de radiologia, o ambiente deve ter sinalização externa, a


fim evitar a entrada de outros indivíduos na sala durante a realização dos exames,
onde são feitos os disparos de raios-x primários e onde circula a radiação
secundária. Essa sinalização deve ser vermelha e visível do lado externo da sala de
radiologia. Deve estar acesa quando o exame radiológico estiver acontecendo na
sala de radiologia.
Além da blindagem da sala de radiologia, deve-se levar em consideração a proteção
individual de cada indivíduo envolvido no procedimento.
Blindagem contra radiação nos EPIs

A blindagem contra radiação não é feita apenas nas paredes, portas, biombos,


janelas, visores, etc. Ela também é necessária em muitos equipamentos menores,
ou seja, nos EPIs Radiologia – Equipamentos de Proteção Individual.
São os itens que precisam ser obrigatoriamente usados por pacientes, operadores
das máquinas, acompanhantes quando necessários e qualquer outra pessoa que
precise se expor à radiação ionizante durante exames de imagem. 
Os EPIs mais comuns são os óculos com equivalência em chumbo, avental de
chumbo, avental plumbífero, protetores de gônadas e de tireoide.

Cálculo de Blindagem

Um dos procedimentos necessários para que a blindagem da sala de raio X seja


feita corretamente é o cálculo de blindagem. Ele consiste na soma de dados
indispensáveis para otimizar a proteção radiológica.
É através dos resultados desses cálculos que se é capaz de chegar ao melhor tipo
de blindagem para cada tipo de equipamento utilizado em clínicas, hospitais,
laboratórios, etc.

Levantamento radiométrico

Se o cálculo de blindagem é feito antes do início do procedimento de blindagem da


sala de raios X, o levantamento radiométrico por sua vez é feito depois.
Também conhecido como radiometria, é uma medição das doses de radiação em
áreas próximas ou conectadas às salas sobre as barreiras utilizadas para a
proteção dos trabalhadores contra radiação ionizante.
Os níveis devem estar dentro dos estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA) na portaria federal n° 453/98. A medição também precisa ser
feita por profissionais qualificados.
Tanto o cálculo de blindagem quanto o levantamento radiométrico fazem parte do
Programa de Garantia de Qualidade Radiologia, uma série de testes periódicos de
controle de qualidade nos equipamentos de radiodiagnóstico. São medidas
necessárias para evitar erros para que falhas sejam corrigidas.
A blindagem de sala de raio x deve ser feita cumprindo uma série de normas para
que a segurança seja 100% garantida.

Legislação de Blindagem de Sala de Raio x

PORTARIA FEDERAL Nº 453, DE 1º DE JUNHO DE 1998 COMENTÁRIO: Esta


Portaria é a sequência da Consulta Pública nº 189/97 do MS. Em que pese as
profundas diferenças em relação à matéria original, fruto da contribuição de diversos
segmentos da sociedade, ainda assim apresenta alguns erros e omissões, dentre
eles alguns relacionados ao exercício profissional. Até hoje o Ministério da Saúde
não se manifestou sobre a homologação da especialização em física de
radiodiagnóstico. E provavelmente não o fará. A ANVISA não tem competência legal
para regulamentar o exercício profissional. Isso compete aos Conselhos de Classe.
As atribuições profissionais são estabelecidas por Lei (Constituição Federal, artigo
5°, Inciso XIII), sendo que compente provativamente à união legislar sobre
condições para o exercício de profissões (Constituição Federal, Artigo 22, Inciso
XVI). O Decreto Federal 77.052/1976 - Dispõe sobre a fiscalização sanitária das
condições de exercício de profissões (não confundir fiscalização com
regulamentação) e ocupações técnicas e auxiliares, relacionadas diretamente com a
saúde.
Equipamentos emissores de radiação são máquinas elétricas. Logo, o Controle de
Qualidade destes equipamentos é atribuição profissional de Engenharia Elétrica,
conforme Lei Federal 5194/66 e Resolução 218/73 do CONFEA. Radiação Ionizante
é um risco ambiental ocupacional. Portanto, o SPR deve ser um profissional
habilitado, conforme Lei Federal 5194/66 e Resolução 359/91 do CONFEA.
O nível de investigação apresentado nesta portaria é menos restritivo que o adotado
pelo MTE, que é de 1,0 mSv (vide NR-15). Obrigatoriamente deve ser utilizado este
valor mais restritivo, para não infringir a legislação trabalhista.
O item 3.47.c) é contrário ao estabelecido no item 32.4.3.e da NR-32 do MTE, ou
seja: todo trabalhador ocupacionalmente exposto deve, obrigatoriamente, utilizar
Dosímetro para monitoração individual da dose ocupacional.
A blindagem das salas é um Equipamento de Proteção Coletiva. As vestimentas
plumbíferas são Equipamentos de Proteção Individual. O intento do MS ao solicitar
o que denominou de “Levantamento Radiométrico” é na realidade um Laudo
Técnico de Radiometria, Insalubridade ou LTCAT, pois contém medidas, cálculos e
conclusões. Apenas “Levantamento” é o simples ato de se medir: é um registro, não
é um Laudo Técnico.
Cabe ao SESMT recomendar o EPI adequado e a contratação de Projetos de
Proteção Coletiva e Laudos Técnicos de Condições Ambientais de Trabalho de
profissionais legalmente habilitados (com o devido registro no Conselho de Classe
profissional). É importante que o SESMT resguarde a empresa exigindo que o
profissional contratado comprove sua habilitação, através da ART.

Aprova o Regulamento Técnico que estabelece as diretrizes básicas de proteção


radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico, dispõe sobre o uso dos
raios x diagnósticos em todo território nacional e dá outras providências.

Art. 1° Aprovar o Regulamento Técnico "Diretrizes de Proteção Radiológica em


Radiodiagnóstico Médico e Odontológico", parte integrante desta Portaria, que
estabelece os requisitos básicos de proteção radiológica em radiodiagnóstico e
disciplina a prática com os raios-x para fins diagnósticos e intervencionistas, visando
a defesa da saúde dos pacientes, dos profissionais envolvidos e do público em
geral.
Art. 2° Este Regulamento deve ser adotado em todo território nacional e observado
pelas pessoas físicas e jurídicas, de direito privado e público, envolvidas com a
utilização dos raios-x diagnósticos.
Art. 3° Compete aos órgãos de Vigilância Sanitária dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios o licenciamento dos estabelecimentos que empregam os raios-x
diagnósticos, assim como a fiscalização do cumprimento deste Regulamento, sem
prejuízo da observância de outros regulamentos federais, estaduais e municipais
supletivos sobre a matéria.
Art. 4° A inobservância dos requisitos deste Regulamento constitui infração de
natureza sanitária nos termos da Lei 6.437, de 25 de agosto de 1977, ou outro
instrumento legal que venha a substituí-la, sujeitando o infrator ao processo e
penalidades previstas, sem prejuízo das responsabilidades civil e penal cabíveis.
Art. 5° As Secretarias de Saúde Estaduais, Municipais e do Distrito Federal devem
implementar os mecanismos necessários para adoção desta Portaria, podendo
estabelecer regulamentos de caráter suplementar a fim de atender as
especificidades locais. Parágrafo único. Os regulamentos estaduais e/ou municipais
sobre esta matéria devem ser compatibilizados de forma a observar os requisitos do
Regulamento aprovado por esta Portaria.
Art. 6° Todos os serviços de radiodiagnóstico devem manter um exemplar deste
Regulamento nos seus diversos setores que empregam os raios-x diagnósticos.
Art. 7° Esta Portaria entra em vigor a partir da data de sua publicação, revogando as
disposições em contrário.
Referências:

 PROTEG. Blindagem da sala de raio x: Uma medida obrigatória.


Disponível em: https://proteg.net.br/blindagem-sala-de-raio-x-uma-medida-
obrigatoria/

 PROTEG. Blindagem contra radiação: Entenda o que é e sua importância.


Disponível em: https://proteg.net.br/blindagem-contra-radiacao-entenda-o-
que-e-e-sua-importancia/

 VILSON PROTEÇÃO RADIOLÓGICA. Blindagem da sala de radiologia.


Disponível em: https://www.vilsonprotecaoradiologica.com.br/blindagem-sala-
radiologia

PRORAD/; Legislação de Proteção Radiológica


Disponivel em/;
https://prorad.com.br/sis/storage/conteudos/146/9873_Legislacao_de_Protec
ao_Radiologica_Portaria_n%C2%B0453_98.pdf

Você também pode gostar