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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO TRIANGULO

GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO

JOYCE CRISTIANE TOMÉ ROSA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM


NUTRIÇÃO CLÍNICA

UBERLÃNDIA – MG
2020-1
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO TRIANGULO
GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO

JOYCE CRISTIANE TOMÉ ROSA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM


NUTRIÇÃO CLÍNICA

Relatório elaborado a partir do estágio em


Nutrição Clínica, a fim de obter título em
bacharel em Nutrição.

Profº Orientador: Heitor Bernardes P.


Delfino

UBERLÃNDIA – MG
2020-1
Sumário

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................3

2. OBJETIVOS........................................................................................................4
2.1. Objetivo Geral..................................................................................................4
2.2. Objetivos Específicos.......................................................................................4

3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS........................................................................5

4. METODOLOGIA..................................................................................................5

5. ESTUDO DE CASO............................................................................................6
5.1. Avaliação clínica..............................................................................................7
5.1.1. Avaliação do quadro clínico geral do paciente.............................................8
5.2. Avaliação antropométrica e de composição corporal......................................9
5.2.1. Resultado e diagnóstico da avaliação antropométrica/composição
corporal...................................................................................................................9
5.3. Avaliação dietética...........................................................................................10
5.3.1. Avaliação de consumo alimentar: R24h.......................................................10
5.3.2. Resultado do consumo alimentar: quantificação de macro e
micronutrientes do R24h........................................................................................12
5.4. Diagnóstico Nutricional....................................................................................12
5.5. Conduta Nutricional.........................................................................................12
5.5.1. Conduta calórica e justificativa.....................................................................13
5.5.2. Conduta de macronutrientes........................................................................13
5.5.3. Conduta de micronutrientes.........................................................................14
5.6. Plano Alimentar...............................................................................................15
5.6.1. Lista de substituição ou opções adicionais nas refeições............................16
5.6.3. Prescrição de suplementação......................................................................16
5.6.4. Orientações ao paciente..............................................................................16
5.6.5 Avaliação da prescrição................................................................................17
5.6.6 Conclusão do estudo de caso.......................................................................17

6. CONCLUSÃO DO ESTÁGIO.............................................................................17

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................17

8. APÊNDICES.......................................................................................................18
8.1 APÊNDICE I- Ficha de frequência do estágio..................................................18
8.2 APÊNDICE II – Termo do estágio.....................................................................19
8.3 ANEXO I: ARTIGO DE REVISÃO.....................................................................22
8.4 ANEXO II: LISTA DE SUBSTITUIÇÃO.............................................................32
8.5 ANEXO III: ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS...................................................36
1. INTRODUÇÃO

De acordo com a Resolução CFN nº 600 de 2018 compete ao nutricionista, enquanto


profissional de saúde, zelar pela preservação, promoção e recuperação da saúde; e também
é responsabilidade, por parte do nutricionista, prevenir a ocorrência de infrações à legislação
sanitária e ao direito do consumidor e as irregularidades impeditivas ao exercício profissional
do nutricionista ou prejudiciais aos indivíduos e coletividades mantendo sempre o
compromisso profissional e legal do nutricionista seguindo as normas de conduta do Código
de Ética Profissional.
Segundo a mesma resolução o nutricionista dispõe das seguintes áreas de atuação: I.
Nutrição em Alimentação Coletiva; II. Nutrição Clínica.; III. Nutrição em Esportes e Exercício
Físico; IV. Nutrição Em Saúde Coletiva. V. Nutrição na Cadeia de Produção, Na Industria e
no Comercio de Alimentos; VI. Nutrição no Ensino, na Pesquisa e na Extensão.
Atualmente existem cerca de 145.819 nutricionistas no Brasil (CFN, 2019). Dentre as
áreas de atuação dos nutricionistas a área clínica é umas das principais escolhas de atuação
pelos profissionais, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de
Nutricionistas (CFN) em 2016 com o total de 1.104 nutricionistas, 30,4% destes atuam na área
clínica.
Quanto aos serviços que compete ao nutricionistas no exercício de suas atividades em
Nutrição clínica estão elas: prestação de assistência nutricional e dietoterápica; promoção de
educação nutricional, auditoria, consultoria e assessoria em nutrição e dietética; planejar,
coordenar, supervisionar e avaliar estudos dietéticos; prescrever suplementos nutricionais;
solicitação de exames laboratoriais; prestar assistência e treinamento especializado em
alimentação e nutrição a indivíduos e coletividades tanto sadios quanto enfermos, em
instituições publicas ou privadas, em consultórios e em domicilio (resolução CFN nº 600,
2018).
Como mencionado anteriormente a pratica clínica da nutrição é a área que mais se
destaca dentre os profissionais, sobretudo segundo Demetrio et al, (2011) o nutricionista
clinico, ao prestar atendimento aos pacientes com problemas nutricionais e de saúde veem
“diminuindo” seus valores, não o vendo com um sujeito que possui historicidade, culturalidade
e temporalidade e sim reduzindo-o à sua doença, ou seja, a relação nutricionista-paciente tem
se tornado menos humanista.
O presente trabalho que foi desenvolvido através de um estágio em nutrição clínica
em um hospital para tratamentos ortopédicos referência na cidade de Uberlândia e região tem
por objetivo apresentar justamente essa correlação nutricionista-paciente, tendo contato
direto com os pacientes que estavam em internação, além de pôr em prática todo trabalho
relacionado a dietoterapia que foi lecionado em sala de aula.

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2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL

Preparar o aluno estagiário para a atuação da pratica clínica.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Realizar contato nutricionista-paciente.


- Realizar atendimento dietético individual.
- Avaliar a adequação das dietas fornecidas para os pacientes.
- Certificar o controle de qualidade das refeições fornecidas.
- Interpretar exames laboratoriais.
- Interpretar estado clinico nutricional.
- Aprender quanto a suplementação nutricional especifica.

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3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Foram realizadas uma série de atividades durante o período de estágio, dentre elas
estão: Realização de triagem, para classificar o paciente quanto o risco nutricional e nível de
assistência nutricional, corrida nos leitos verificando quanto alimentação dos pacientes,
prescrição de dieta de acordo com a patologia de base (hipossódica, controle da glicemia e
hipolípidica e outros), pesquisa de aceitação da dieta, prescrição de suplementos e
orientações pós alta, controle de qualidade e segurança das refeições tanto dos pacientes
quantos dos funcionários, controle de refeição de acompanhante, elaboração de mapa de
dieta e lançamentos de indicadores e controle se assistência nutricional. Além do atendimento
específico para o estudo de caso, que foi realizado toda anamnese e avaliação nutricional, a
interpretação dos exames bioquímicos e estratégia nutricional de acordo com as condições
nutricionais e de doença do paciente, além da elaboração do plano alimentar com as devidas
substituições e orientações.

4. METODOLOGIA

Para a realização de triagem foram utilizando um sistema resumido dos seguintes os


instrumentos: Mini Nutritional Assessment (MNA) – Mini Avaliação Nutricional (MAN),
Subjective Global Assessment – Avaliação Subjetiva Global (AGS) e Nutritional Risk
Screening (NRS 2002) – Triagem de Risco Nutricional. Esses dados eram utilizados para
realizar a classificação de risco nutricional e nível de assistência nutricional que
posteriormente seria lançado em um sistema de indicadores que era conferido
quinzenalmente.
A corrida nos leitos era realizada todos os dias de manhã para verificar quanto a
alimentação dos pacientes. Eram feitas perguntas sobre como foi a alimentação, se ele teve
algum desconforto e se o paciente gostaria de alterar ao no cardápio. Após as corridas todos
as informações coletadas eram lançadas em um sistema de aceitação de dietas.
A dieta fornecida para os pacientes é disponibilizada pelo próprio hospital através de
uma terceirizada, é realizado um controle quando o paciente possui alguma comorbidade que
necessitasse de uma alimentação especifica, por exemplo, quando o paciente era hipertenso
era fornecida uma refeição hipossódica, quando era portador de diabetes mellitus a dieta tinha
redução de carboidratos, principalmente aqueles com índice glicêmico alto e quando paciente
possui alguma dislipidemia a refeição era tipo hipolípidica. Esse controle era feito através de
registros nos prontuários do paciente ou quando necessário era enviado uma mensagem por
via WhatsApp.
Quanto a prescrição de suplementos para ajudar na recuperação, fortalecimento e
reposição de micro nutrientes dos paciente era feita pela nutricionista do local, ela analisava

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a idade e o procedimento que o paciente realizou, juntamente com a comorbidade que
paciente tem e prescrevia o suplemento especifico para ele, eram utilizados dois principais
suplementos , AgCir e o Qualisenior. Todas a as orientações de uso e explicação sobre o
suplemento eram passadas aos pacientes. Também há a suplementação para pacientes que
estavam por um longo de jejum para realizar o procedimento, chamado Fresubin Jucy era
utilizado para repor a energia e taxas de micronutrientes. As orientações de alta eram
passadas aos pacientes com comorbidades quando estavam com alta prescrita.
As refeições do hospital são fornecidas por uma produção terceirizada. O controle de
qualidade era realizado diariamente, a empresa enviava a quantidade exata das refeições
fornecidas, e também todo o controle de temperatura do momento do preparo, transporte e
distribuição das refeições, além da coleta de amostras de todas as preparações. Tudo era
lançado em sistema para fazer fechamento de controle quinzenalmente.
O controle das refeições fornecidas aos acompanhantes também é realizado o controle
e lançado no prontuário eletrônico do paciente.
Para o estudo de caso realizado para a apresentação do presente relatório, foi
selecionado um paciente especifico. Ele estava sobre isolamento por razão de uma infecção
bacteriana apresentada em seus exames. Para realizar o atendimento foi necessário seguir o
protocolo de segurança contra infecções, que são: utilização de luvas, touca e avental
descartáveis e logo após o atendimento realizar a higienização pessoal e dos utensílios
utilizados. Foi realizado anamnese disponível no manual de estágios, a medida de pregas
cutâneas e circunferências através de adipômetro e fita métrica disponibilizadas pelo setor de
nutrição. Para o restante do trabalho foram utilizados o material disponibilizado pelo manual
de estágio de clínica.

5. ESTUDO DE CASO

O paciente, Lukas Gabriel Silva Santos, de 20 anos de idade escolhido para realizar o
estudo de caso foi admitido no hospital para fazer a retirada de placas e parafusos de uma
cirurgia após ter sofrido um acidente por moto com fraturas nos fêmures, na tíbia e nos
punhos. Após exames foi diagnosticado infecção da haste da coxa direita e desde então o
paciente passa por tratamento de antibioticoterapia e controle da infecção através de cirurgias
para regularizar.

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5.1. AVALIAÇÃO CLÍNICA

Foi realizado a avaliação clínica do paciente através da anamnese, além de coletados


o resultado dos exames bioquímicos realizados e estes foram os dados:

Tabela 1. Anamnese

Dados Clínicos
Dentição: (x) Completa ( ) Incompleta ( ) Prótese Mastigação: (x) Normal
( ) Rápida ( ) Lenta
Hábito intestinal: (x) Diário ( ) 4-5 x/semana ( ) 1-2 x/semana
Consistência das fezes: (x) Normal ( ) Líquida ( ) Ressecada
Diurese: coloração (x) Clara ( ) Escura | odor: (x) Normal ( )
Forte
Etilista: ( ) Sim ( ) Não (x) SOMENTE FDS
Tabagista ( ) Sim ( ) Não
Ingestão hídrica: média de 4.000 ml/dia | outros como chás e
sucos:
Doença coexistente: ( ) HAS ( ) DM Outra:
História familiar: (x) HAS ( ) DM ( ) Obesidade Outra:
Cirurgia prévia: sim, fratura de fêmur
Sonda vesical: ( ) Sim (x) Não Colostomia: ( ) Sim (x)
Não
Exames recentes: (x) Sim ( ) Não - Se sim, relatar as alterações
na ficha de exames
Medicamentos utilizados: (x) Sim ( ) Não - Se sim, relatar na
ficha de exames
Dados de Atividade Física
Mobilidade: ( ) Deambula (x) Com apoio ( ) Cadeirante
Pratica atividade física:( ) Sim (x) Não Data de início: / /
Tipo de atividade:
Mudança do peso: ( ) Manutenção (x) Ganho ( ) Perda
Faz a atividade em jejum: ( ) Sim (x) Não
Costuma sentir fraqueza, tontura, visão turva, tremor, suor
excessivo em algum período do dia ( )
ou do exercício físico? ( ) Sim ( ) Não - Costuma ser ( )
Frequênte ( ) Eventual
Utiliza suplementos: ( ) Pré-treino - Tipo/Qtde:
( ) Pós-treino - Tipo/Qtde:
Utiliza multivitamínicos: ( ) Sim ( ) Não Tipo/Qtde:

Dados Gerais
Refeições realizadas no dia: (x) Desjejum ( ) Colação (x) Almoço (x) Lanche (x) Jantar ( )
Ceia
Este padrão é frequente (x) Sim ( ) Não "Pula" refeições com frequência (x) Sim ( ) Não
Em quais refeições sente mais fome: Jantar Período de jejum: h/dia
Costuma "beliscar" (x) Sim ( ) Não O que/quais horários: “besteiras” a tarde
Alergia alimentar: ( ) Sim (x) Não Tipo:
Intolerância alimentar: ( ) Sim (x) Não Tipo:
7
Realiza refeições fora de casa: (x) Sim ( ) Não Local: Restaurante

Tabela 2. Exames Bioquimicos


Exames Bioquímicos
Data: 05/03/2020 06/03/2020
PAS/PAD 120x80 120x80
Glicemia ND ND
Colesterol (mg/dl) ND ND
Triglicerídeos (mg/dl) ND ND
LDL-c ND ND
HDL-c ND ND
Albumina (g/dl) ND ND
Leucócitos (mil/mm) 5090 5510
Linfócitos (mm³) 1273 1488
Hemácias (milhões/mm³) 2,83 3,26
Ht (%) 21,2 24,5
Hb (g/dl) 6,7 8,2
VCM 74,9 75,2
HCM 23,7 25,2
TGO (U/l) 10,0
TGP (U/l) 20,0
Ureia (mg/dl) 9
Creatinina (mg/dl) 0.59
Sódio (mmol/L) 136
Potássio (mmol/L) 3,9
ND = Não foi possível coletar esses dados.

5.1.1. Avaliação do quadro clínico geral do paciente

Segundo a avaliação clínica, o paciente não possui nenhum distúrbio metabólico,


porém a histórico de Hipertensão na família. O paciente é jovem, tem hábitos normais de
digestão, bebe durante o fim de semana e não realiza atividade física regularmente,
apresentou ganho de peso nos últimos meses devido a condição que o paciente se encontra.
Tem facilidade para se alimentar e não queixa de nenhum desconforto quanto a alimentação.
Segundo os exames bioquímicos a Pressão Arterial Sistêmica (PAS) encontra-se
normal, as hemácias, hemoglobilinas e os hematócritos estão a baixo do valor de referencia,
isso pode ter ocorrido devido ao quadro de infecção do paciente, os linfócitos e leucócitos
encontram dentro do valores de referência, o TGO e TGP estão dentro da normalidade,
entretanto a ureia, a creatinina e o potássio estão abaixo que o recomendado.

8
5.2. AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E DE COMPOSIÇÃO CORPORAL

Foram realizadas avaliações de antropometria no paciente e estes foram os


seguintes dados:
Tabela 3. Antropometria

Avaliação Antropométrica Data : 10/03/2020

Peso Habitual 90 Kg
Peso atual 102 Kg
Altura 1,97 m

Circunferências (cm)
Cintura 85
Abdômem 94
Quadril 105
Braço direito 28

Dobras Cutâneas (mm)


Triceps 25
Subescapular 20
Peitoral 10
Suprailíaca 30
Abdominal 45
Quadríceps 35
Axilar Média 40

5.2.1. Resultado e diagnóstico da avaliação antropométrica/composição corporal

Após coletado todos os dados foram realizado todos os cálculos necessários para
avaliação antropométrica e estes foram os resultados da composição corporal do paciente.

Tabela 4. Composição Corporal


Composição Corporal Data: 10/03/2020
IMC (kg/m²) 26,28
Peso ideal Mínimo 71,79 kg
Peso ideal médio 95,85 kg
Peso ideal máximo 96,63
% CMB 73,8%
RCQ 0,81
∑ da Dobra Cutânea 205mm
Kg de massa magra 75,27 kg
Kg de massa gorda 26,53 kg
% de massa magra 73,99%
% massa gorda 26,01%
9
TMB 2306 Kcal
GET 3320 Kcal
VCT do R24H 3539 Kcal

Portanto, de acordo com o IMC do paciente este de encontra em um quadro de


sobrepeso, seu peso ideal seria entre 70 a 96 Kg, de acordo com Heyward e Stolarczyk (1988)
sua Relação Cintura/ Quadril (RCQ) o risco é baixo para doenças, principalmente,
cardiovascular. A sua porcentagem de massa gorda de acordo com Pollock et al. (1993) está
muito ruim. Sua Taxa Metabólica Basal Foi determinada através do protocolo de Harris
Benedict (1919) e para determinar o Gasto Energético Total foi utilizado um Fator Atividade
(FA) de 1,2 pois ele não pratica nenhum tipo de atividade física e levanta as vezes para ir ao
banheiro e o Fator de Injúria de 1,2 pois o paciente se encontra em um quadro de infecção e
vem realizando varias cirurgias. O VCT do R24H está classificado como hipercalórico, por
esse motivo o paciente vem ganhando peso constantemente.

5.3. AVALIAÇÃO DIETÉTICA

Foi realizado o Recordatório 24 Horas (R24H) do paciente como parte da avaliação


dietética. Através do R24H pode-se perceber que o paciente tem uma diet hipercalórica o que
justifica o seu ganho de peso.

5.3.1. Avaliação de consumo alimentar: R24h (alimentos/bebidas)

Tabela 5. Recordatório 24 Horas (R24H)

MEDIDA
ALIMENTO CASEIRA G CHO PTN LIP FIBRA

Pão Frances 1 und. 50 28,4 4,71 1,27


Ponta de
Margarina 5 0,05 0,05 4,03
faca
Café com leite 1 copo 200 5,13 3,44 3,37
Mamão Papaia Fatia pequena 100 43,4 8,81 8,81
Arroz branco cozido 2 col. de servir 90 22,92 2,09 1,06

feijão cozido 1 concha 86 7,14 2,87 1,06

carne bovina 2 col. de servir 140 0 33,91 25,18

suco de uva em pó 1 copo 200 175 0 0

10
alface crespa 2 col. De sopa 16 0,34 0,16 0,03

tomate 1 col. De sopa 15 0,7 0,13 0,05

pão frances 1 und. 50 28,4 4,71 1,27


2 ponta de
margarina 10 0,09 0,09 8,05
faca
suco de laranja em pó 1 copo 200 175 0 0

maçã vermelha 1 und. Média 152 23,26 0,29 0,55

Arroz branco cozido 2 col. de servir 90 22,92 2,09 1,06

feijão cozido 1 concha 86 7,14 2,87 1,38

frango assado 1 pedaço 55 0 15,02 7,48

repolho branco cru 2 col. De sopa 36 1,96 0,52 0,1

cenoura cozida 1 col. De sopa 12 1,21 0,12 0,02

tomate 1 col. De sopa 15 0,7 0,13 0,05

suco de uva em pó 1 copo 200 175 0 0

17,68

TOTAL GRAMATURA 718,76 82,01 64,82 17,68

TOTAL CALORIAS 2875,04 328,04 583,38 3786,46

G / KG / PESO 7,04667 0,804 0,6355

% 75,9295 8,6635 15,407

11
5.3.2. Resultado do consumo alimentar: quantificação de macro e micronutrientes do R24h

Gráfico 1. Macronutrientes R24H


macronutrientes

8%
14%

78%

CHO PTN LIP

Analisando o gráfico acima, nota-se que a ingestão de carboidratos do paciente é


muito elevada, o que o considera como uma dieta hiperglicídica. O consumo de proteinas
também está abaixo do recomendado o que classifica como uma dieta hipoprotêica e a baixa
ingesta de lipídios classifica como hipolipídica. Um consumo nesse condições é um risco para
o desenvolvimento de obesidade e doenças metabólicas. Além disso, o consumo de fibras
alimentares também está reduzido, considerando que a o idela seria um consumo de no
mínimo 25g.

Quanto ao consumo de micronutrientes, o paciente tem um consumo bem reduzido de


minerais e vitaminas essenciais para o bom funcionamento do organismos, dente as principais
estão: Cálcio, Magnésio, Manganês, Potássio, Vitaminas A, B9, D e E. esta redução do
consumo de Vitaminas e minerais pode acarretar uma serie de deficiências prejudiciais a
saúde.

5.4. DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL.

Como já foi analisado, o paciente possui um hábito alimentar muito restrito a


carboidratos, o que aumenta muito o consumo energético na alimentação e isso pode ser a
justificativa para o ganho de peso recente do paciente, juntamente com a redução de
exercícios físicos.

5.5. CONDUTA NUTRICIONAL

Considerando a condição do paciente quanto a seu quadro de infecção, juntamente


com o número de cirurgias que ele vem realizando, além de toda condição nutricional que o
12
paciente se encontra de ganho e peso fez-se necessário uma conduta de perda ponderal,
para o que paciente reduza o seu peso atual e melhore consideravelmente sua qualidade
nutricional considerando todos os nutrientes necessários para uma boa recuperação.

5.5.1. Conduta calórica e justificativa

Para a conduta calórica foi utilizado a regra da ASPEN de 2016 que determina um
quantidade de 25 a 30 Kcal/kg/d e foi determinada uma redução calórica para uma perda de
peso, pois o paciente estava com o peso muito elevado e sua porcentagem de massa gorda
está muito além do recomendado, portanto fez-se necessária uma estratégia de
emagrecimento para obter melhor resultados quando a qualidade do estado nutricional do
paciente.

5.5.2. Conduta de macronutrientes

Tabela 6. Macronutrientes do novo VCT

Estratégia
G/KG G total kcal %
Macronutrientes:
Carboidrato 3,44 350,88 1403,52 50,94409478

Proteína ( )MT ( )MM 1,58 161,16 644,64 23,39874121

Lipídio 0,77 78,54 706,86 25,65716401

Fibras 25

Tabela 7. Perfil lipídico novo VCT


PERFIL LIPÍDICO ALCANÇADO NA DIETA DIETA
Referencia Gramatura Dieta %
Colesterol (mg) 300mg 225,69
Monoinsaturado (g) 15% 25,07 8,189777207
Polinsaturado (g) 10% 10,11 3,302698347
Saturado (g) 5% 13,4 4,377463684

A estratégia de macro nutrientes seguiu as recomendações para pacientes com


processo infeccioso agudo e trauma (material de terapia nutricional para pacientes críticos

13
Profº Heitor Bernardes). Para quantidade a ser fornecida de proteínas seguiu a regra da
ASPEN (2016) de 1,2 a 2,0 g/kg atual de recomendação de proteínas. Para Carboidratos
seguiu-se a regra de 50 a 60% do VCT e para lipídios de 10 a 30% do VCT destes a
quantidade colesterol, Mono, Poli e saturados dentro dos valor de referencia,(300mg, 15%,
10% e 5%, respectivamente).

5.5.3. Conduta de micronutrientes

Para conduta de micronutrientes foi utilizado os valores de referência da Dietary


Reference Intakes (DRI) citado por Padovani et al. (2006), para que atinja as quantidades
necessárias para um bom funcionamento do organismo.
A baixo os principais minerais e vitaminas para auxiliar na recuperação do paciente:

Micronutriente Valor no novo VCT EAR/AI - UL


Zinco 10,32 mg 9,4 mg – 40 mg
Cálcio 1.329,82 mg 1000mg – 2,5 g
Vitamina C 193,93 mg 75mg – 2000 mg
Vitamina B12 3,25 µg 2 µg - ND
Vitamina E 12,78 mg 12 mg – 1000 mg
Vitamina B6 2,32 mg 1,1 mg – 100 mg
Magnésio 389,39 mg 330 mg – 350 mg
Potássio 3886,21 mg 4,7 g - ND
ND = Não há valor de referência

Esses minerais, principalmente o zinco, a vitamina C, auxiliam no sistema imunológico


o que vai ajudar a combater o processo infeccioso do paciente.

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5.6. PLANO ALIMENTAR

15
5.6.1. Lista de substituição ou opções adicionais nas refeições

Foi disponibilizada uma lista de substituição para os alimentos do plano alimentar. Os


alimentos são separados em grupos e cada um deles tem a quantidade da porção equivalente
há as calorias descritas nos grupos.

5.6.3. Prescrição de suplementação

Foi feita a prescrição do suplemento L- glutamina que nada mais é um suplemento


com glutamina isolada. A glutamina tem uma vital função do sistema imunológico como
também o fornecimento de proteínas. O paciente se encontra com uma infecção local na coxa
esquerda, portanto foi interessante a suplementação da glutamina justamente para auxiliar na
recuperação da infecção. Com uma dosagem não muito alta, de 10 g por dia junto com uma
vitamina para ter uma melhor palatabilidade.

5.6.4. Orientações ao paciente

Foram dadas algumas orientações pós alta ao paciente para que ela siga quando
estiver em casa para ter uma melhor qualidade de vida e nutricional. As orientações estarão
no anexo III.

16
5.6.5 Avaliação da prescrição

A prescrição dada ao paciente teve como principal objetivo a redução de peso dele,
através da redução de calorias ingeridas e também no auxilio a recuperação do trauma, dos
pós operatórios e do controle da infecção local que o paciente apresentava.

5.6.6. Conclusão do estudo de caso

Este estudo de caso, serviu como experiência para realizar a pratica do atendimento
clínico no momento internação, com todo o cuidado relacionado a parte de contagio, pois se
tratava de um paciente que estava em isolamento, a elaboração de toda estratégia nutricional
que auxiliasse na redução de peso, já que o paciente ganhou muito peso recentemente, além
de todo o cuidado com o tratamento que ele estava realizando. O estudo de caso foi de grande
valia para obter conhecimento pratico no atendimento clinico hospitalar e a compreender todo
o acompanhamento nutricional do paciente durante o momento de internação.

6. CONCLUSÃO DO ESTÁGIO

O estágio de Clínica tem uma grande importância, pois ele oferece todo o
conhecimento prático na área de atendimento clinico. É posto em pratica toda a parte de
atendimento ao paciente, além de todo a vivencia dentro de um espaço clinico, no caso, toda
rotina de trabalho que foram realizados dentro do hospital além de todo controle quanto a
alimentação e dietética dos pacientes.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS (Brasil). Conselho Federal de Nutricionistas


(org.). Perfil das(os) nutricionistas do Brasil. 2019. Disponível em:
http://pesquisa.cfn.org.br/. Acesso em: 10 mar. 2020.
CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS. Dispõe sobre a definição das áreas de
atuação do nutricionista e suas atribuições, indica parâmetros numéricos mínimos de
referência, por área de atuação, para a efetividade dos serviços prestados à sociedade e dá
outras providências. Resolução n. 600, de 25 de fevereiro de 2018. Acesso em:
https://www.cfn.org.br/wp-content/uploads/resolucoes/Res_600_2018.htm
DEMÉTRIO, Franklin; PAIVA, Janaína Braga de; FRÓES, Ana América Gonçalves; FREITAS,
Maria do Carmo Soares de; SANTOS, Lígia Amparo da Silva. A nutrição clínica ampliada e a
humanização da relação nutricionista-paciente: contribuições para reflexão. Revista de
Nutrição, [s.l.], v. 24, n. 5, p.743-763, out. 2011. FapUNIFESP (SciELO).
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Evangelia; RICE, Todd W.; CRESCI, Gail A.. Guidelines for the Provision and Assessment of
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17
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http://dx.doi.org/10.1177/0148607115621863.

8. APÊNDICES
8.1 APÊNDICE I- Ficha de frequência do estágio

18
8.2 APÊNDICE II – Termo do estágio

19
20
21
8.3 ANEXO I: ARTIGO DE REVISÃO

Glutamina: suplementação na terapia nutricional de pacientes hospitalizados


versus suplementação na prática de atividade física.
Joyce Cristiane Tomé Rosa
Graduanda do curso de Nutrição – Centro Universitário do Triângulo, Uberlândia –
MG, 2020.

Resumo
O uso de suplementos alimentares tem crescido consideravelmente nos últimos
anos. A influência da mídia e a indicação feita por indivíduos que não possuem o
conhecimento especifico sobre o uso destes tem posto em risco quanto a forma
inadequada de consumo destes suplementos. Alguns suplementos são utilizados no
tratamento de pacientes hospitalizados, porém há alguns anos estes mesmos
suplementos tem sido utilizado por atletas e praticantes de atividade física, como é o
caso da glutamina, um dos aminoácidos não essenciais. Este presente trabalho se
trata de um artigo de revisão, com o objetivo de conhecer a glutamina através do seu
metabolismo e das suas funções e compreender quanto a sua eficácia através de
estudos realizados quanto a sua utilização na terapia nutricional de alguns pacientes
e também na prática de esportes.

Palavras-chave: Suplemento, Glutamina, Nutrição Clínica, Nutrição esportiva.

Abstract

The use of dietary supplements has grown considerably in recent years. The influence
of the media and the indication made by individuals who do not have specific
knowledge about their use has put them at risk as to the inappropriate form of
consumption of these supplements. Some supplements are used in the treatment of
hospitalized patients, but for some years these same supplements have been used by
athletes and practitioners of physical activity, as is the case of glutamine, one of the
non-essential amino acids. This present work is a review article, with the objective of
getting to know glutamine through its metabolism and its functions and understanding
its effectiveness through studies carried out regarding its use in the nutritional therapy
of some patients and also in practice of sports.

22
Keywords: Supplement, Glutamine, Clinical Nutrition, Sports Nutrition.

Introdução

Os suplementos alimentares são que determinados nutrientes encontrados de


forma concentrada, destinado a complementar e/ou suplementar a alimentação
normal, a fim de fornecer um efeito nutricional ou fisiológico (Henriques et al, 2019).

É notório que o uso de suplementos alimentares por atletas esportistas e


paciente hospitalizados têm aumentado consideravelmente nos últimos anos.
Segundo Hirschbruch (2008) há uma pressão da sociedade e da mídia contribuindo
para o aumento do uso de suplementos por atletas.

Acredita-se que o uso de suplementos surgiu na Antiguidade, pois os atletas e


soldados consumiam partes específicas de animais, pois acreditam obter bravura,
habilidade, velocidade ou força. Estas “manias” dietéticas são conhecidas desde 400
a 500 a.C., quando atletas e guerreiros ingeriam fígado de veado e coração de leões.
(APPLEGATE; GRIVETTI, 1997 citado por GOSTON; CORREIA, 2009).

A categoria de Suplemento Alimentício surgiu no Brasil em 2018 com o intuito


de garantir a população produtos seguros e de qualidade (ANVISA, 2019). Diferente
do que acontece com os medicamentos, os suplementos alimentícios não necessitam
de estudos de eficácia, segurança e qualidade para que seja lançado no mercado,
logo existe um risco de efeitos adversos associados ao uso inadequado de
suplementos (Henriques, 2019). Nota-se que os jovens costumam receber
orientações sobre alimentação de profissionais não-nutricionistas, os que os tornam
propensos a influência do marketing e da mídia, isso tornando-os vulneráveis à
orientação de colegas e treinadores, que na maioria das vezes são despreparados.
(Hirschbruch, 2008).

Os suplementos, também conhecidos como recursos ergogênicos são muito


utilizados no esporte por atletas e não atletas praticantes de atividade física com a
intenção de ajustar as inadequações dietéticas, além de aumentar a força muscular e
agilidade nos esportes (FROILAND et al. 2004 citado por FAYH et al. 2013.) e é
também utilizado no tratamento clinico de pacientes que necessitam de uma terapia
nutricional especifica para situações de hipermetabolismo, perda de peso, baixa
aceitação alimentar, entre outras situações clínicas. (DIEZ-GARCIA et al., 2012).

23
Um dos suplementos que é bastante utilizado tanto no esporte quanto para
tratamento clínico é a glutamina, o aminoácido livre mais abundante no organismo.
(NOVELLI et al., 2007). O seguinte artigo se trata de um artigo de revisão, cujo seu
objetivo é detalhar o uso da suplementação de Glutamina tanto na prática de
exercícios físicos quanto no tratamento clínico, detalhando todo o seu metabolismo,
forma de suplementação e sua eficácia, nas duas situações.

Glutamina: metabolismo, efeitos e suplementação

A Glutamina é um L-α-aminoácido e possui um peso molecular de


aproximadamente 146,15kda e pode ser sintetizada por todos os tecidos do
organismo, por esse motivo a glutamina é considerada como um aminoácido não
essencial, entretanto essa classificação vem sendo questionada, pois em algumas
situações críticas, como cirurgias, traumas e exercícios físicos exaustivos, a síntese
de glutamina não supre a demanda exigida pelo organismo. Considerada como o
aminoácido livre mais abundante no plasma sanguíneo e no tecido muscular ela
também pode ser encontrada em alguns outros tecidos corporais. (CRUZAT et al.,
2009).

O principal tecido responsável pela síntese, estoque e liberação de da


glutamina é o tecido muscular. (CRUZAT et al., 2009).

Duas enzimas são responsáveis pela síntese de glutamina: a glutamina


sintetase que sintetiza a glutamina, utilizando ATP a partir do glutamato, e a
glutaminase, que degrada a glutamina também em glutamato e amônia. (CRUZAT et
al., 2009.; NOVELLI et al., 2007). A Glutamina Sintetase possui diferentes funções
dependendo do local onde ela se encontra, por exemplo, no cérebro, ela é utilizada
como um importante agente na redução da concentração de amônia, com
consequente desintoxicação e síntese de glutamina para nova síntese de glutamato,
já no pulmão e no músculo esquelético, é responsável pela manutenção da
concentração de glutamina plasmática, sendo essencial em situações patológicas ou
de estresse e nos rins, a glutamina sintetase é imprescindível para o controle do
metabolismo do nitrogênio e manutenção do pH no organismo. Já a glutaminase é a
enzima que realiza a hidrólise de glutamina em glutamato e íon amônio. A hidrólise da

24
glutamina representa o primeiro passo na sua utilização a partir da síntese do
glutamato. Pode ser encontrada no fígado e nos demais tecidos, tais como rins,
cérebro, leucócitos e trato gastrintestinal, mas a sua forma mais ativa apresenta-se
principalmente nas mitocôndrias. (CRUZAT et al., 2009).

O transporte da glutamina acontece através de um sistema dependente de


sódio, resultando em gasto de energia. A velocidade do transporte de glutamina
através da membrana da célula é superior à de todos os outros aminoácidos.
(NOVELLI et al., 2007).

Segundo Rogero; Tirapegui (2003) A glutamina possui diversas funções no


organismo, o que torna o papel deste aminoácido mais relevante tanto em estados
normais como fisiopatológicos. As principais funções da glutamina no organismo são:

• Transferência de nitrogênio entre órgãos;

• Detoxificação de amônia;

• Manutenção do balanço ácido-base durante a acidose;

• Possível regulador direto da síntese e degradação protéica;

• Precursora de nitrogênio para a síntese de nucleotídeos;

• Necessária para o crescimento e diferenciação celular;

• Veículo de transporte de cadeia carbônica entre os órgãos;

• Fornece energia para células de rápida proliferação, como enterócitos e células do


sistema imune;

• Age como precursora da ureogênese e gliconeogênese hepática, e de mediadores,


como o GABA e glutamato;

• Promove melhora na permeabilidade e integridade intestinal;

• Aumenta a resistência à infecção por aumento da função fagocitária;

• Fornece energia aos fibroblastos, aumentando a síntese de colágeno;

• Substrato para a produção de glutationa;

• Estimula a síntese de glicogênio;

25
• Substrato para a síntese de citrulina e arginina.

O que diz respeito a suplementação de glutamina na prática de exercícios


físicos e na utilização no tratamento clínico foi analisados alguns estudos científicos
que analisam a suplementação nos dois casos

Quanto a suplementação feita no tratamento clínico segundo ALBERTINI E


RUIZ (2001) através de uma revisão de estudo feita com pacientes submetidos a
Transplante de Medula Óssea (TMO) constatou que a administração tanto parenteral
quanto enteral, de Glutamina, sendo como aminoácido livre ou em forma de
dipeptídeos aparenta ser eficaz e segura apresentando dados positivos suficientes
para sugerir que este nutriente deva ser considerado suporte metabólico a todos os
indivíduos submetidos a processo catabólico consequente da TMO.

Segundo Ribeiro et al. (2018) realizou um estudo sobre a influência do uso de


glutamina no sistema gastrointestinal e objetivou-se que glutamina pode ter atuação
relevante sobre o cólon e reto em situações de demanda, porém enfatiza-se a
necessidade de estudos clínicos em humanos acerca do tema a fim de elucidar a
importância da suplementação dietética de glutamina em pacientes de forma ampla.

Já STONOGA et al. (2019) realizou um estudo em ratos induzidos à sepse a


fim de avaliar o efeito da suplementação de glutamina na via intraperitoneal e concluiu
que a suplementação prévia de animais experimentais com glutamina via
intraperitoneal é capaz de reduzir os danos causados à mucosa intestinal,
histoarquitetura dos rins e do fígado.

Em um outro estudo realizado por Cháidez et al. em 2019 com paciente com
câncer gastrointestinal constatou que a suplementação com glutamina pode melhorar
a função gastrointestinal, melhorando a absorção de nutrientes, além de ter efeitos
positivos na concentração plasmática de linfócitos, monócitos e pré-albumina.

Em um outro estudo realizado por Herculano et al. em 2018 com a


administração de glutamina tópica em ulceras bucais associada a suplementação na
dieta em um paciente portador do vírus HIV ele apresentou diminuição nas lesões com
o uso do aminoácido tópico e regressão das mesmas, proporcionando maior
qualidade de vida ao paciente. Após a melhora do quadro sistêmico, o paciente teve
alta hospitalar e foi orientado para tratamento domiciliar

26
Em outro estudo experimental com ratos com periodontite induzida realizado
por SILVA JUNIOR et al em 2018, apresentou que a suplementação de glutamina
associada à doença periodontal demonstrou uma menor quantidade de perda óssea.

Outro estudo realizado sobre o uso de glutamina no tratamento do câncer


realizado por MORAIS et al., em 2012 apresentou que o uso da glutamina pode trazer
possíveis benefícios na prevenção e tratamento do câncer, possibilitando uma maior
sobrevida ao paciente acometido, ou pelo menos melhorar sua qualidade de vida.

E por último um estudo realizado com o objetivo de observar os efeitos da


ulinastatina combinada com glutamina na hemodinâmica precoce em pacientes com
queimaduras graves. Realizado por Wang Peng et al. em 2020 apresentou que
a ulinastatina combinada com glutamina pode tratar pacientes com queimaduras
graves, aumentando o índice cardíaco, índice de volume sistólico, o índice de volume
diastólico final total, índice de resistência vascular sistêmica, reduzindo o Índice de
água pulmonar externa, índice de permeabilidade vascular pulmonar, aumentando o
débito cardíaco precoce após a lesão, promovendo a perfusão de tecidos e órgãos,
reduzindo o edema pulmonar e melhorando significativamente Hemodinâmica
precoce em pacientes com queimaduras graves.

No que diz respeito aos estudos relacionados a suplementação de glutamina


na prática de exercícios físicos o estudo realizado por ROGERO e TIRAPEGUI sobre
o uso da glutamina na prática de exercícios físicos mostrou que a suplementação de
glutamina em atletas após exercícios exaustivos ou durante períodos de treinamento
intenso pode exercer efeitos benéficos sobre o sistema imune, músculo esquelético e
regulação do metabolismo de carboidratos, porém outros estudos são necessários
para esclarecer totalmente o papel da suplementação deste aminoácido no campo da
nutrição esportiva.

Em um estudo realizado por Schmitt, em 2018 com estudo 13 indivíduos do


sexo masculino praticantes da modalidade de brazilian jiu-jitsu, os participantes
ingeriram um total de 10 g de L-glutamina ao dia e não foram observadas diferenças
nas variáveis imunológicas analisadas.

No estudo de revisão realizada por Novelli et al. em 2007 sobre a


Suplementação de Glutamina Aplicada à Atividade Física concluiu-se que ainda

27
existem questionamentos sobre a efetividade desta suplementação, sendo necessária
a realização de novas pesquisas para que este tema seja devidamente esclarecido.

Entretanto um outro artigo de revisão realizado por Cruzat et al, em 2009 sobre
a suplementação de glutamina mostra que realização de exercícios físicos intensos e
prolongados pode reduzir a disponibilidade de glutamina às células, o que influencia
tanto a concentração de concentração intracelular de glutationa quanto a expressão
de proteínas de estresse ou choque térmico (heat schock proteins – HSPs). Uma das
principais vias da síntese de HSPs ocorre por meio da ativação do fator transcricional
de choque térmico-1 (HSF-1). Estudos demonstram que a glutamina pode modular a
ativação do HSF-1, aumentando a expressão de HSPs, o que resulta em maior
proteção da célula e menor ativação de redes de sinalização celular pró-apoptóticas.
A suplementação com o dipeptídeo L-alanilL-glutamina pode representar uma
eficiente alternativa de aumentar a disponibilidade de glutamina ao organismo.

Conclusão

A Glutamina é o aminoácido com maior abundancia do organismo humano, o


corpo consegue sintetizar a glutamina, por isso é considerada como um aminoácido
não essencial, entretanto existem algumas situações, como em casos de infecções,
traumas e exercícios físicos muito intensos, a quantidade sintetizada não consegue
suprir as necessidades do organismo e essa então necessita ser suplementada. A
glutamina tem varias funções vitais para o bom funcionamento do organismo e vários
estudos vem sendo publicados quanto ao seu uso na pratica de exercícios físicos com
o objetivo de oferecer mais resistência, auxilio no processo de hipertrofia e reduzir os
efeitos colaterais causados pelo exercício físico intenso, porém de acordo com os
estudos analisados o uso da glutamina para exercícios físicos não apresenta melhora
na condição do sistema imunológico do atleta, logo necessita de mais estudos que
comprovem essa teoria. No entanto, o uso da glutamina na terapia nutricional em
pacientes apresentou melhora significante em diferente condições, sejam ela no
estado nutricional, em cicatrização de feridas e no tratamento inflamatório, portanto o
uso de suplementação de glutamina é mais eficaz na prática clínica.

28
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30
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31
8.4 ANEXO II: LISTA DE SUBSTITUIÇÃO

Grupo 1:Pães,Massas, Cereais e Tubérculos (média : 100 Kcal)


Arroz cozido 3 col. de
sopa
Batata inglesa 1 unidade
pequena
Batata doce 2 unidades
pequenas
Biscoito Água e Sal 4 unidades
Biscoito Amanteigado 4 unidades
Biscoito Aveia e Mel 4 unidades
Biscoito Maizena 5 unidades
Biscoito Recheado 1 unidade
Biscoito Polvilho 8 unidades pequenas
Bolinho de Arroz 1 unidade média
Bolo de Cenoura 1 fatia pequena
Bolo Simples 1 fatia pequena
Broa de Milho 2 unidades pequenas
Cará 3 col. de sopa
Croissant 1 unidade pequena
Farinha Láctea 2 col. de sopa
Flocos de Cereais 2 col. de sopa
Granola 2 col. Sopa
Inhame 3 col. Sopa
Macarrão cozido 2 col. de arroz
Mandioca cozida 1 pedaço pequeno
Milho verde 1 espiga grande
Nhoque 3 col. Sopa
Pão de batata 1 fatia fina
Pão de forma 1 fatia
Pão de forma diet 2 fatias
Pão de queijo 2 unidades pequenas
Pão doce 1 unidade pequena
Pão francês 1 unidade
Pão Integral 1 fatia
Pamonha ½ unidade pequena
Pizza mussarela 1 fatia pequena
Pizza presunto 1 fatia pequena

Grupo 2: Frutas (média : 60 Kcal)


Abacate 2 col sopa
Abacaxi 2 fatias finas
Acerola 15 unidades
Polpa de açaí ½ copo americano peq.

32
Ameixa 6 unidades médias
Amora 1 copo americano peq.
Banana maçã 1 unidade média
Banana prata 1 unidade grande
Caju 2 unidades médias
Caqui 1 unidade pequena
Carambola 2 unidades médias
Cereja 20 unidades
Figo 3 unidades pequenas
Framboesa 25 unidades
Fruta do conde 1 unidade média
Goiaba 1 unidade pequena
Jabuticaba 1 copo americano peq.
Jaca 7 bagos
Jambo 2 unidades grandes
Kiwi 1 unidade média
Laranja 1 unidade média
Lima 2 unidades pequenas
Manga 1 unidade pequena
Mamão 1 fatia média
Mamão papaia 1 fatia grossa
Maçã 1 unidade pequena
Maracujá 3 unidades médias
Melão 2 fatias grandes
Melancia 1 fatia média
Morango 5 unidades grandes
Pêra 1 unidade média
Pêssego 1 unidade grande
Uva 10 bagos

Grupo 3: Vegetal “A”


Acelga, agrião, almeirão, alface, alcachofra, aspargos, brócolis, cebola, chicória,
couve, couve-flor, espinafre, mostarda, palmito, pepino, rabanete, repolho,
taioba, tomate.
Consumir à vontade

Grupo 4: Vegetal “B” (média : 30 Kcal)


Abobrinha 2 col. sopa
Berinjela 2 col. sopa
Beterraba 5 fatias médias
Cenoura 5 col. sopa
Chuchu 4 col. sopa
Cogumelo em conserva 8 col. sopa
Ervilha em vagem 2 col. sopa
Jiló 2 unidades pequenas
Moranga 2 col. sopa
Quiabo 2 col. sopa
33
Vagem 4 col. sopa

Grupo 5 : Carnes e Ovos (média : 100 Kcal)


Almôndega 1 unidade média
Atum em conserva 2 col. Sopa
Bacon 1 fatia média
Bife bovino magro 1 unidade peq.
Bife à milanesa 1 unidade peq.
Bife à parmegiana ½ unidade peq.
Bife de fígado 1 unidade peq.
Bife Role 1 unidade peq.
Bobó de camarão 2 col. Sopa
Camarão 4 unidades gr.
Carne assada 1 fatia peq.
Carne moída 2 col. Sopa
Carne ensopada 2 pedaços peq.
Carne seca 1 col. Sopa
Coração de galinha 12 unidades med.
Costela de boi assada 1 pedaço peq.
Costela de porco coz. 1 pedaço peq.
Frango à milanesa 1 bife de filé peq.
Frango ao molho pardo 1 sobrecoxa média
Frango assado 1 sobrecoxa média
Iscas de porco 1 col. Sopa
Iscas de fígado bovino 2 col. Sopa
Lingüiça 1 col. Sopa
Omelete 1 ovo
Ovo de codorna 6 unidades
Ovo de galinha cozido 1 unidade peq.
Ovo de galinha mexido 2 col. Sopa
Peixe à milanesa 1 unidade peq.
Peixe ensopado 1 filé ou 1 posta peq
Peru 1 fatia grossa
Polvo refogado 5 col. Sopa
Presuntada 1 fatia média
Presunto 2 fatias finas
Quibe frito 4 unidades peq.
Salame 2 fatias médias
Salaminho 7 fatias finas
Sardinha em conserva 1 unidade média
Siri 6 unidades peq.

Grupo 6 : Leguminosas (média : 60 Kcal)


Ervilha enlatada 2 col. de arroz
Feijão branco coz. 1 concha peq.
Feijão preto coz. 1 concha média
Feijão tropeiro 1 col. Sopa
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Grão de bico coz. 1 concha média
Lentilha coz. 3 col. Sopa
Soja coz. 2 col. Sopa

Grupo 7 : Leite e Derivados (média : 120 Kcal)


Coalhada 1 copo americano peq.
“Danoninho” 2 potes
Iogurte de frutas 1 pote (120 ml)
Iogurte de frutas diet 2 potes
Iogurte natural 1 copo americano gr.
Iogurte natural 2 copos americ peq.
desnatado
Leite integral 1 copo americano gr.
Leite desnatado 2 copos americ peq.
Leite semi desnatado 1 copo americano gr.
Queijo tipo minas fresco 1 fatia média
Queijo tipo Cheddar 2 col. Sobremesa
Queijo mussarela 2 fatias médias
Queijo Parmesão 2 col. Sopa
Queijo prato 2 fatias médias
Queijo provolone 2 fatias médias
Requeijão cremoso 2 col. Sopa
Ricota 2 fatias grossas
Achocolatado indust. ½ unidade
“Yakult” 2 unidades
“Polenguinho” 2 tabletes

Grupo 8 : Óleos e Gorduras (média : 80 Kcal)


Consumir estes alimentos moderadamente!
Azeite de oliva 1 col. Sopa
Creme de leite 2 col. Sopa
Maionese 3 col. Chá
Manteiga 3 col. Café
Margarina 3 col. Chá
Óleo vegetal 1 col. Sopa
Óleo de Peixe 1 col. Sopa

Grupo 9 : Doces (média : 55 Kcal)


Consumir estes alimentos esporadicamente!
Açúcar mascavo 2 col. Sobremesa
Açúcar cristal 1 col. Sobremesa
Açúcar refinado 1 col. Sobremesa
Bananada 1 unidade pequena
Chocolate ao leite ½ barra peq.
Chocolate branco ½ barra pequena
Chocolate em pó 1 col. Sopa rasa

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Doce de coco 1 unidade pequena
Doce de leite 1 col. sopa
Geléia de fruta 4 pontas de faca
Goiabada 1 fatia fina
Leite condensado 4 col. sobremesa
Mel 2 col. sobremesa

Grupo 10 – Sementes e oleaginosas (média: 70 kcal)


Amêndoas 12 unidades
Castanha de caju 4 unidades
Castanha do Pára 3 unidades
Nozes 2 unidades
Semente de linhaça 2 c. sobremesa

Grupo 11 – Bebidas (média 40 Kcal)


Água de coco 1 copo de requeijão (240 ml)
Chá pronto ½ copo de requeijão (120 ml)
Suco natural ½ copo de requeijão (120 ml)
Limonada 1 copo americano

8.5 ANEXO III: ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS

Seguem algumas dicas para uma alimentação saudável:


• Realizar de 5 a 6 refeições por dia;
• Mastigar bem os alimentos;
• Fazer as refeições em ambientes tranquilos;
• Ingerir líquidos ao longo do dia, principalmente nos intervalos das refeições, para manter
uma boa hidratação. Dar preferência à água pura;
• Utilizar o mínimo possível de óleo no preparo dos alimentos;
• Dicas para diminuir o colesterol proveniente da alimentação: – Consumir aves e peixes
sem pele, carnes magras, leite e iogurte desnatado ou light, queijos magros (ricota, minas);
– Evitar o consumo de vísceras (fígado, rim, coração, …), creme de leite, nata, maionese
(eventualmente, consumir as versões light), biscoitos recheados, biscoitos amanteigados,
croissants, folhados; – Escolher sorvetes de frutas e não os cremosos; – Não consumir
banha, salame italiano, presunto gordo, mortadela, bacon, lingüiça.
• Evitar alimentos fritos. Preferir alimentos assados, cozidos, refogados;
• Diminuir a quantidade de sal colocada no preparo dos alimentos. Preferir temperos
naturais para o preparo dos alimentos;
• As fibras são componentes importantes de uma alimentação saudável, elas melhoram a
função intestinal, reduzem os níveis de colesterol e auxiliam no controle da glicemia.

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Sugestões para aumentar as fibras da dieta: – Consumir alimentos integrais; – Saladas
cruas; – Frutas com casca; – Cozinhar por pouco tempo os vegetais, dê preferência no
vapor.
• Evitar o tabagismo;
• Praticar atividade física, regularmente, sob autorização médica e orientação de um
educador físico.
• Evitar os alimentos ricos em açúcares, como doces, balas, refrigerantes, chocolate e
guloseimas;
• Evitar alimentos enlatados e embutidos, pois esses alimentos contêm muito sódio, gordura,
conservantes;
• Moderar o consumo de bebida alcoólica;
• Ler atentamente o rótulo dos alimentos.

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