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Manual - Apoio II
Manual - Apoio II
DE APOIO
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Índice
OBJETIVOS DO CURSO ........................................................................................................................ 3
OBJETIVOS DO MÓDULO .................................................................................................................... 3
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS DO MÓDULO: ............................................................................ 3
INTRODUÇÃO: ....................................................................................................................................... 4
As origens estruturais da desigualdade de género e da discriminação .......................... 4
Estratégias Nacionais e Internacionais de promoção dos Direitos das Mulheres,
Igualdade de Género e Não-Discriminação (“REFERENCIAL DE FORMAÇÃO”) .............. 5
Instrumentos Internacionais de referência ............................................................................... 6
Mecanismos nacionais ..................................................................................................................... 10
Responsabilidade social das organizações da sociedade civil para a concretização
da igualdade de género ................................................................................................................... 12
CONCLUSÃO: ........................................................................................................................................ 14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ................................................................................................... 14
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OBJETIVOS DO CURSO
Objetivo Geral:
Conhecer e saber identificar a questão de género.
OBJETIVOS DO MÓDULO
Objetivo Geral:
O/A Formando/a deverá saber os fundamentos estruturais de base social e política de
promoção da igualdade de género (IG) e não discriminação.
Objetivos Específicos:
• O/A Formando/a deverá identificar pelo menos dois custos da desigualdade de género
para os homens e para as mulheres em Portugal, sem apoio do manual;
•
• O/A Formando/a deverá identificar os mecanismos nacionais de IG e não
discriminação sem apoio do manual ;
• O/A Formando/a deverá enunciar pelo menos dois objetivos de um dos três planos de
ação da ENIND sem ajuda do manual.
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INTRODUÇÃO:
A desigualdade tem sido definidas como “diferenças de acesso e de distribuição de recursos
valorizados como os económicos, por exemplo, mas também de outro tipo de bens e
recursos como educação, cultura, poder, reconhecimento e prestigio” (Almeida, 2013).
(“Igualdade-de-genero-e-idades-da-vida.pdf [klzo7zezqg4g]”)
A igualdade de género tem procurado ser traduzida numa simetria entre homens e mulheres
e pessoas de diversidades várias, em razão da sua identidade de género ou orientação
sexual, no acesso a recursos, poderes e direitos.
“Os estereótipos de género estão na origem das discriminações em razão do sexo diretas e
indiretas que impedem a igualdade substantiva entre mulheres e homens, reforçando e
perpetuando modelos de discriminação históricos e estruturais” (ENIND, 2018-2030)
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mundo. Em quarto lugar, embora transversais à vida social, as relações de género são vividas
de forma diferenciada de acordo com as classes sociais e a etnia, a orientação sexual, mas
também de acordo com contextos sociais mais vastos como os geracionais, os regionais e
nacionais ou as idades da vida. Por fim, a olhando para estas realidades numa perspetiva
histórica são de considerar as profundas mudanças sociais, no plano jurídico e político, que
se operaram nas sociedades contemporâneas, que têm vindo a tornar mais visíveis as
tendências igualitárias que os movimentos feministas inauguraram. (“Igualdade-de-genero-
e-idades-da-vida.pdf [klzo7zezqg4g]”) (2018: 20-21)
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ONU: A CEDAW é o tratado internacional de direitos humanos que enuncia de uma forma
abrangente todos os direitos das mulheres ao longo do ciclo de vida e em todas as áreas da
vida, centrando-se na eliminação da discriminação contra as mulheres no gozo dos seus
direitos civis, políticos, económicos, sociais e
culturais. Pretende a realização da igualdade
substantiva entre mulheres e homens,
baseando-se em três princípios: a não
discriminação; as obrigações dos Estados Parte
e a igualdade substantiva, a qual implica uma
mudança estrutural e cultural das relações
sociais de género mediante o com- bate aos
estereótipos de género.
Artigo 5.º
Os Estados Partes tomam todas as medidas apropriadas para:
Modificar os esquemas e modelos de comportamento sócio cultural dos homens e das
mulheres com vista a alcançar a eliminação dos preconceitos e das práticas costumeiras, ou
de qualquer outro tipo, que se fundem na ideia de inferioridade ou de superioridade de um
ou de outro sexo ou de um papel estereotipado dos homens e das mulheres;
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longe ao afirmar que o gozo do direito a viver sem violência, tanto na esfera privada quanto
na esfera pública, está interligado com a obrigação de os Estados Parte assegurarem a
igualdade substantiva entre mulheres e homens no exercício e no gozo dos seus direitos civis,
políticos, económicos, sociais e culturais, e o empoderamento das mulheres, reconhecendo
que a violência contra as mulheres tem uma natureza estrutural. Também a Recomendação
Geral nº 35 do Comité́ CEDAW, adotada em julho de 2017, afirma, de forma explicita, que a
violência contra as mulheres constitui uma manifestação das desigualdades históricas nas
relações de poder, sendo um dos principais obstáculos à plena realização da igualdade entre
mulheres e homens.
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Mecanismos nacionais
A Comissão para a Igualdade de Género (CIG) (ex-Comissão para a Igualdade e Direitos das
Mulheres (CIDM)). Foi criada em 1991, sucedendo à Comissão da Condição Feminina CCF,
institucionalizada em 1977. É um órgão executivo na direta dependência da Presidência do
Conselho de Ministros e detêm um papel central no edifício político-jurídico das políticas de
igualdade de oportunidades e género. É um órgão cuja originalidade institucional é reforçada
pela existência de um Conselho Consultivo composto por uma secção Interministerial e por
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Secção de ONG’s.
A CITE (Comissão para a Igualdade no trabalho e Emprego). Foi criada em 1979, com o fim de
velar pela aplicação da legislação da igualdade nos contextos de trabalho e profissional. Tem
uma composição tripartida, com representantes governamentais, das confederações sindicais
e patronais. Tem igualmente a função de informar, divulgar e de formação e de emissão de
pareceres nas área das suas atribuições. É formada por representantes governamentais e dos
parceiros sociais nomeadamente: Confederação do Comércio e Serviços de Portugal – CCP,
Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional – CGTP-IN,
Confederação da Indústria Portuguesa – CIP e União Geral dos Trabalhadores – UGT.
C- As Nações Unidas (ONU) comporta várias agências que trabalham exclusivamente sobre as
questões de género e situação das mulheres:
No âmbito da DAW existe ainda a Comissão para o Estatuto das Mulheres, que é uma comissão
funcional do Conselho Económico e Social das Nações Unidas (ECOSOC).
Por sua vez, o CEDAW, Comité criado para o acompanhamento da aplicação da Convenção
sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Mulheres.
Na Organização para a Cooperação Económica e Desenvolvimento (OCDE) encontramos
outros Grupos de Trabalho sobre Igualdade de Género na União Europeia e Parlamento
Europeu, bem como a Comissão dos Direitos das Mulheres Igualdade de Género. Portugal tem
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Deve ter-se em conta que não há nada mais difícil do que planear, nada mais duvidoso que o
êxito,
nem nada mais perigoso do que a criação de um novo sistema. Quem o iniciar terá a
inimizade de
todos aqueles que lucrariam com a preservação das velhas instituições e apenas a mera
defesa moderada daqueles que lucrariam com a mudança.
Maquiavel,
In “O Príncipe”, 1513
As ONG, bem como o terceiro sector e/ou a economia social em geral têm sido os principais
impulsionadores da Responsabilidade Social. (Manokha, 2004) Contudo, nos últimos anos
verificou-se um entendimento de certo modo redutor sobre o que é de facto a
Responsabilidade Social, e que se pautava por um conceito fortemente ligado à filantropia
empresarial. Um dos fatores que potenciaram esta perceção foi o facto de o conceito surgir
em torno das Empresas – geradoras de lucro, isto é, Responsabilidade Social das Empresas
como é exemplo o Livro Verde da União Europeia. Entende-se por Responsabilidade Social e
segundo o Instituto Ethos, ela engloba a ideia de um conjunto de valores
baseados em princípios éticos.
“A busca de excelência pelas empresas passa a ter como objetivos a qualidade nas relações e
a sustentabilidade económica, social e ambiental”
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CONCLUSÃO:
A igualdade de género é um direito humano que assim deve ser tido em conta com outros
direitos humanos, numa lógica de intersecionalidade. Este princípio ajuda-nos a compreender
a importância do combate das desigualdades e da discriminação por um lado, e por outro a
promoção quer dos direitos humanos quer de um modelo de humanidade mais justa e igual.
Todos os países e comunidades/organizações têm o seu papel e contributo a dar neste
processo, neste caminho que estamos a fazer desde a modernidade, sensivelmente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Almeida, J. F. (2013a), “Uma visão sociológica do bem comum”, in Pato, João, Lu.sa Schmidt e
Maria Eduarda Gonçalves (orgs.), Bem Comum – Público e/ou Privado? Lisboa, Imprensa de
Ciências Sociais.
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Connell, R. (1987). Gender and power: society, the person, and sexual politics. Stanford, CA:
Stanford University Press.
Torres, A e all. Igualdade de género ao longo da vida: Portugal no contexto europeu. FFMS,
2018 (https://www.ffms.pt/FileDownload/97de6517-2059-46b4-967a-
f3b8a15ef139/igualdade-de-genero-ao-longo-da-vida )
Webgrafia
http://www.cite.gov.pt/
http://www.cig.gov.pt/
http://cieg.iscsp.ulisboa.pt/publicacoes
https://unric.org/pt/objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/
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