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“Não pode ter Deus por Pai quem não tem a Igreja por Mãe”.

Jaguaré-ES, 30 de março de 2023.

Graça e Paz!

Utilizei, para estas sugestões e orientações, o CERIMONIAL DOS BISPOS, a Carta Circular
“PASCHALIS SOLLEMNITATIS” da Congregação para o Culto Divino de 16/01/1988 que
trata da preparação e celebração das festas pascais e alguns costumes em nossa Diocese.

Algumas orientações podem ser adaptadas segundo a realidade de cada Comunidade ou da


nossa Paróquia. É necessário discernimento para não causar transtornos na vida da
Comunidade. Também pode ocorrer que orientações ou sugestões futuras sejam dadas pelo
Ordinário Local (Bispo diocesano) ou a própria Santa Sé.

DOMINGO DE RAMOS, NA PAIXÃO DO SENHOR


No Domingo de Ramos, da Paixão do Senhor, a Igreja entra no mistério do seu Senhor
crucificado, sepulto e ressuscitado, o qual, ao entrar em Jerusalém, preanunciou Sua
majestade. Os cristãos levam ramos em sinal do régio triunfo, que, sucumbindo na cruz,
Cristo alcançou. De acordo com a palavra do Apóstolo: “Se com ele padecemos, com ele
também seremos glorificados”, deve-se, na celebração e catequese deste dia, salientar o duplo
aspecto do mistério pascal. (Cerimonial, n. 263)

- CONCENTRAÇÃO: é bom que seja, como maior número de povo, feita em uma igreja
menor ou noutro lugar fora da Igreja para onde se dirige a procissão. Os fiéis tenham nas
mãos os ramos. Outra possibilidade é quando não se pode fazer a procissão, faça-se a entrada
solene à porta da igreja. Esta última não deve favorecer a comodidade e facilidade, mas a
necessidade pastoral de não acontecer a procissão. Também existe a possibilidade da entrada
como de costume nas missas.

- ENQUANTO O POVO CHEGA: pode-se cantar Salmos, cantos de Hosanas ou refrãos.


Deve-se preparar água para bênção dos ramos. Cumprimentar os presentes, dando-lhes boas-
vindas acolhendo bem os visitantes. Quem preside, diz: “Em nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo”. Saúda o povo: “A paz esteja convosco” ou “A graça de nosso Senhor Jesus
Cristo...” ou... Se ainda não foi feita, pode-se fazer uma monição (motivação) sobre a liturgia
do dia.

- BÊNÇÃO DOS RAMOS: para este momento, é bom que a água já esteja abençoada. Se
quem preside for entregar os ramos às pessoas, enquanto ele o faz, canta-se um canto
adequado. Faz-se a oração e asperge os ramos. Sugere-se que os ramos sejam abençoados sem
nada dizer ou cantar. Quem preside prende um ramo na haste da cruz processional.

MITRA DIOCESANA DIOCESE DE SÃO MATEUS—ES


Praça São Cipriano, nº 13, Centro – Jaguaré-ES
CEP 29.950-000 // Fones: (27) 3769-1331 / 9.9758-2595 // dsm.jaguare@gmail.com
“Não pode ter Deus por Pai quem não tem a Igreja por Mãe”.

- EVANGELHO ANTES DA PROCISSÃO: para este, pode haver a utilização do incenso.


Sugere-se uma breve homilia.

- PROCISSÃO: quem preside motiva o povo para a procissão com esta “Meus irmãos,
imitando o povo...” ou outra frase. Inicia-se a procissão tendo à frente, se necessário, o
turiferário com o turíbulo; logo em seguida, a pessoa que conduz a cruz ornada, se possível,
ladeada de velas; quem preside e todo o povo com ramos. Enquanto se faz a procissão, o povo
canta Salmos, hinos, “hosanas” etc.

- NA IGREJA: o altar é reverenciado e, se possível, incensado. Faz-se a oração de coleta


junto à cadeira. Inicia-se a Liturgia da Palavra com a 1ª e 2ª Leitura e o Salmo. Para a História
da Paixão observa-se o seguinte: “A história da Paixão reveste particular solenidade. É
aconselhável que seja cantada ou lida segundo o modo tradicional, isto é, por três pessoas que
representam a parte de Cristo, do cronista e do povo. A Passio (texto da Paixão) é cantada ou
lida pelos diáconos ou sacerdotes ou, na falta deles, pelos leitores; neste caso, a parte de
Cristo deve ser reservada ao sacerdote.” Em nossa Diocese temos o costume de pessoas
participarem desta narração. Assim, observe-se o seguinte: um(a) narrador(a); um homem
para fazer Jesus (se tiver Missa, o padre fará esta parte); um homem para ser Pedro; uma
mulher; um homem para Pilatos; dois homens para serem “L1” e “L2” e os mesmos ou outras
pessoas para “Todos”. A pessoa que fará a homilia pode ser integrante deste grupo, não
necessariamente o que fará “Jesus” na narração. Para a proclamação da paixão não se utiliza
as velas (castiçais) e nem incenso; não se faz a saudação do povo (“O Senhor esteja
convosco”); não se faz o sinal da cruz no livro. Após o canto de aclamação, apenas diz:
“Paixão de Nosso Senhor...”. A história da Paixão deve ser lida integralmente, inclusive com
as leituras que a precedem. Ao falar da morte do Senhor, como de costume, todos se ajoelham
e faz uma breve pausa. Termina o texto e diz “Palavra da Salvação”, mas não beija o livro.
Faz-se a homilia.
- Em seguida, faz-se a Profissão de Fé, preces e segue a Missa como de costume. O prefácio
utilizado é o da Paixão do Senhor.
Obs.: na Celebração da Palavra, após a apresentação dos dons, faz-se o Louvor e Ação de
Graças. Se tiver a distribuição da Eucaristia, faz-se o rito como de costume.

QUINTA-FEIRA SANTA
- Nesta Missa, que se celebra na tarde da Quinta-feira Santa, a Igreja dá início ao sagrado
Tríduo Pascal e propõe-se comemorar aquela última ceia na qual o Senhor Jesus, na noite em
que ia ser entregue, tendo amado até o fim os seus que estavam no mundo, ofereceu a Deus
Pai o seu Corpo e Sangue sob as espécies do pão e do vinho, os entregou aos Apóstolos para
que os tomassem, e lhes mandou, a eles e aos seus sucessores no sacerdócio, que os
oferecessem também.
- Nesta Missa, faz-se, portanto, memória:
 da instituição da Eucaristia, memorial da Páscoa do Senhor, na qual se perpetua no
meio de nós, através dos sinais sacramentais, o sacrifício da nova Lei;

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 da instituição do sacerdócio, pelo qual se perpetua no mundo a missão e o sacrifício de


Cristo;
 da caridade com que o Senhor nos amou até à morte.
É bom que estes temas apareçam na homilia. (Cerimonial, n. 297)
- Na celebração da Palavra ou na Missa, a ambientação pode ser preparada com beleza e
contemplação: refrão, acendimento de velas, incenso, flores ou outro gesto. Em alguns lugares
é comum utilizar a menorá (candelabro de 7 velas), que não substitui as velas do altar. Na
procissão de entrada na Missa pode ser utilizado o turíbulo, cruz ladeada de velas, leitores,
ministros e o padre. Na celebração da Palavra não se utiliza o turíbulo. Os que participarão do
gesto do lava-pés podem entrar na procissão. Também podem ser escolhidos previamente e
ficarem nos bancos. É bom que sejam homens para representar os Apóstolos de Jesus.
Contudo, veja o que melhor convém na comunidade. Em alguns lugares são chamadas
pessoas que tem alguma ligação com a Campanha da Fraternidade do ano corrente ou outra
situação pastoral que a Comunidade esteja vivendo. Onde acontecer a Missa, o padre lavará
os pés. Na celebração da Palavra, escolha um homem para representar o Senhor que lava os
pés dos Apóstolos. O que lavará, pode ser o coordenador, um catequista, o que vai fazer
homilia... enfim, que seja um homem para lembrar Jesus.
- No canto do Glória, os sinos podem ser tocados. Depois do canto, os instrumentos musicais
devem ser usados com sobriedade. Voltarão com mais vigor na Vigília Pascal. Os sinos
ficarão em silêncio até a noite da Vigília.
- Faz-se a Liturgia da Palavra recordando os temas destacados acima. Logo após, faz-se o
Lava-pés acompanhado de um canto. Este gesto, dependendo da necessidade pastoral, pode
ser omitido. Os que participarão, tomam seus lugares e o gesto acontece. Não se diz o Creio.
Faz-se as preces (a oração universal).
- Durante a procissão das ofertas, enquanto o povo canta o hino Onde há caridade e amor, por
exemplo, podem ser apresentados os dons para os pobres, especialmente os que foram
recolhidos no tempo quaresmal como frutos de penitência.
- Antes da celebração, se possível, o tabernáculo (sacrário) deve estar vazio. As hóstias para a
comunhão dos fiéis devem ser consagradas na mesma celebração da missa, ou seja, na
Quinta-feira Santa. Deve ser consagradas hóstias em quantidade suficiente para este dia e para
a distribuição na Sexta-feira da Paixão. As Comunidades que não terão missa, mas têm a
Reserva Eucarística, faça como de costume: distribui na Quinta e na Sexta. Se possível, que
sejam todas consumidas na Sexta-feira da Paixão. Aos doentes impossibilitados de virem à
Igreja, se possível, que seja levada a Eucaristia ainda na noite ou na sexta-feira pela manhã
para se unirem à Paixão do Senhor.
- Após a oração final, se necessário, avisa o horário das próximas celebrações. Todos se
retirem em silêncio. Não há canto, nem bênção final.
- Nas Comunidades em que há reserva Eucarística, providencie o translado do Santíssimo:
a) Fora da Capela principal, organize e prepare um espaço para a Reposição. Nele pode haver
caixa de som, material com cantos para Adoração, textos etc.
b) Enquanto se canta um refrão, o Ministro cobre a âmbula com o Corpo do Senhor e toma-a
em suas mãos.

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c) À frente da procissão, vão: a cruz, velas ou tochas e incenso, se tiver, enquanto se canta:
Canta, Igreja... ou outro canto, retiram-se as toalhas do altar, as flores, as velas e as cruzes.
Este gesto pode ser feito depois de levar o Santíssimo para o local da reposição. Convidam-se
todos a caminhar até o local da Reposição. Quem não for, sai em silêncio. Chegando ao local
da Reposição, canta-se a parte do canto que diz: “Tão sublime Sacramento...”.
d) Onde for possível, faça a Adoração até meia noite. Depois da meia noite, se os presentes
forem continuar que seja feita sem solenidade. Outra sugestão é fechar o local da Reposição à
meia-noite e retornar a Adoração intercalando-a com momentos de silêncio das 06h até as 12h
da sexta-feira. Onde tiver a Missa, o padre fará o rito parecido com o que foi exposto acima.
- Obs.: a Adoração é feita com o Corpo do Senhor na âmbula, nunca no ostensório. Não se
acende velas ou lâmpadas diante das imagens dos santos.

SEXTA-FEIRA SANTA (CELEBRAÇÃO DA PAIXÃO DO SENHOR)


- Neste dia, em que “Cristo, nosso cordeiro pascal, foi imolado”, a Igreja, com a meditação da
paixão do seu Senhor e Esposo, adorando a cruz, comemora o seu nascimento do lado de
Cristo que repousa na cruz, e intercede pela salvação do mundo todo. A Igreja, seguindo uma
antiquíssima tradição, neste dia não celebra a Eucaristia. A sagrada Comunhão é distribuída
aos fiéis só durante a celebração da Paixão do Senhor; aos doentes, impossibilitados de
participar desta celebração (pode-se levar a Comunhão a qualquer hora do dia). A Sexta-feira
da Paixão do Senhor é dia de penitência obrigatória para a Igreja toda, a ser observada com a
abstinência e o jejum. Está proibido celebrar neste dia qualquer sacramento, exceto os da
Penitência e da Unção dos Enfermos. Se tiver velório (exéquias) que seja celebrado sem canto
e sem o som do órgão e dos sinos.
- O altar deve estar sem castiçais, sem cruz e sem toalha. Esta celebração começa em silêncio
pelas três horas da tarde. Ela pode ser celebrada, se for necessário, em hora mais tardia, mas
nunca antes do meio dia. A celebração consta de três partes: Liturgia da Palavra, Adoração da
Cruz e distribuição da Sagrada Comunhão.
- Não se canta nada na procissão de entrada. Entram os leitores e quem preside em silêncio e
colocam-se de joelhos em frente ao altar. Se o padre estiver presente, ele se prostrará. Todos
rezam por alguns instantes. Quem preside vai para seu lugar e voltado para o povo e de mãos
unidas, diz a oração.
- Na Liturgia da Palavra, após as Leituras e o Salmo, faz-se o canto de aclamação ao
Evangelho. Não se usa incenso ou velas; omite-se a saudação ao povo (“O Senhor esteja
convosco”) e o sinal da cruz sobre o livro. Em nossa Diocese temos o costume de pessoas
participarem desta narração. Assim, observe-se o seguinte: um(a) narrador(a); um homem
para fazer Jesus (se tiver Missa, o padre fará esta parte); um homem para ser Pedro; uma
mulher; um homem para ser “Pedro”; um homem para “Pilatos”; dois homens para serem
“L1” e “L2” e os mesmos ou outras pessoas para “Todos”. A pessoa que fará a homilia pode
ser integrante deste grupo, não necessariamente o que fará “Jesus” na narração. Após o canto
de aclamação, apenas diz: “Paixão de Nosso Senhor...”. A história da Paixão deve ser lida
integralmente, inclusive com as leituras que a precedem. Ao falar da morte do Senhor, como
de costume, todos se ajoelham e faz uma breve pausa. Termina o texto e diz “Palavra da
Salvação”, mas não beija o livro. Faz-se a homilia. Após a homilia, pode ser realizado um
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momento de silêncio e então, começa a ‘Oração universal’ (preces). Nela, os fiéis podem
permanecer de pé ou ajoelhados.
- Para a Adoração da Cruz, apresento uma das formas: quem preside vai à porta principal
onde está a cruz preparada com antecedência. De lá, acompanhado por duas pessoas, com
velas acesas, conduz a cruz para o interior da igreja fazendo três paradas. Em cada uma delas,
ergue a cruz e diz ou canta: “EIS O LENHO DA CRUZ...”. Faz-se uma motivação para o
povo fazer seu gesto de adoração. Em seguida, acompanhado de um canto, todos fazem um
gesto de adoração. Utiliza-se uma única Cruz para este momento. Terminada a adoração, a
cruz é levada para um local no presbitério. As velas são colocadas perto da cruz.
- Nas comunidades em que há a distribuição da Eucaristia, proceda da seguinte forma:
estende-se a toalha sobre o altar. Outro Ministro, pelo caminho mais curto, traz o Cibório e
coloca sobre o corporal. As velas que o acompanham são colocadas perto do altar ou sobre
ele. Tudo é feito em silêncio. Motiva-se para a oração do Senhor (Pai nosso). Não se faz o
sinal da paz. Para a distribuição da Eucaristia, pode-se cantar. É bom que toda a Eucaristia
seja consumida. Contudo, se ainda tem reserva Eucarística, o Ministro transporta o Cibório
até um local preparado. Retira-se a toalha do altar. Logo após, faz-se a oração depois da
Comunhão.
- Quem preside, faz a “oração sobre o povo” e todos saem em silêncio.

SÁBADO SANTO – VIGÍLIA PASCAL


Alguns números do Cerimonial dos Bispos: 332. Segundo antiquíssima tradição, esta noite
deve ser comemorada em honra do Senhor, e a Vigília que nela se celebra, em memória da
Noite Santa em que Cristo ressuscitou, deve considerar-se “a mãe de todas as santas Vigílias”,
pois, nela, a Igreja mantém-se de vigia à espera da Ressurreição do Senhor, e celebra-a com
os sacramentos da Iniciação Cristã. N. 333. Toda a celebração da Vigília Pascal se realiza de
noite; mas de maneira a não começar antes do início da noite e a terminar antes da aurora do
domingo. N. 335. A Missa da Vigília é a Missa pascal do Domingo da Ressurreição. Quem
celebrar ou concelebrar a Missa da noite pode celebrar ou concelebrar a segunda Missa da
Páscoa.
- Durante o Sábado Santo a Igreja permanece junto do sepulcro do Senhor, meditando a sua
paixão e morte, a sua descida aos infernos, e esperando na oração e no jejum a sua
ressurreição. Recomenda-se com insistência a celebração do oficio da leitura e das laudes com
a participação do povo. Onde isto não é possível, prepare-se uma celebração da palavra ou um
pio exercício que corresponda ao mistério deste dia.
- Podem ser expostas na igreja, para a veneração dos fiéis, a imagem de Cristo crucificado ou
deposto no sepulcro, ou uma imagem da sua descida aos infernos, que ilustra o mistério do
Sábado Santo, bem como a imagem da Santíssima Virgem das Dores.
- Neste dia a Igreja abstém-se absolutamente do sacrifício da missa. A sagrada Comunhão só
pode ser dada como viático. Não se conceda a celebração de matrimônios nem a
administração de outros sacramentos, exceto os da Penitência e da Unção dos Enfermos.
- Os fiéis sejam instruídos sobre a natureza particular do Sábado Santo. Os usos e as tradições
de festas vinculados com este dia por causa da antiga antecipação da vigília para o Sábado
Santo devem ser transferidos para a noite ou para o dia da Páscoa.
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A estrutura da Vigília Pascal e a importância dos seus elementos e das suas partes
- A vigília tem a seguinte estrutura: depois do lucernário e da proclamação da Páscoa
(primeira parte da vigília), a santa Igreja contempla as maravilhas que Deus operou em favor
do seu povo desde o início (segunda parte ou liturgia da Palavra), até o momento em que, com
os seus membros regenerados pelo Batismo (terceira parte), é convidada à mesa, preparada
pelo Senhor para o seu povo, memorial da sua morte e ressurreição, à espera da sua nova
vinda (quarta parte). Esta estrutura dos ritos por ninguém pode ser mudada arbitrariamente.

- LUCERNÁRIO E PROCLAMAÇÃO DA PÁSCOA – a) preparar, onde for possível, uma


fogueira para a bênção do fogo novo. Enquanto o povo vai chegando, podem-se cantar refrãos
ou salmos. No local, o círio pascal, novo a cada ano, deve estar preparado. Na celebração da
Palavra, água benta para aspergir o fogo. As luzes da igreja devem estar apagadas. Não se
leva a cruz processional nem velas para ladeá-la. Se for usar turíbulo ou vasos com incenso,
as brasas serão utilizadas da fogueira.
- Quem preside, segundo o Cerimonial dos Bispos nº 339, diz: “Em nome do Pai e do filho e
do Espírito Santo” e saúda o povo: “A paz esteja convosco” ou outra saudação. Faz,
brevemente, a explicação da importância desta celebração. Pode ser utilizada a monição que
está no folheto de culto ou no missal. Em seguida, benze o fogo com mãos estendidas.
Terminada a oração, acende o círio do fogo novo sem dizer nada. No turíbulo ou vaso coloca-
se carvões em brasa de fogo novo.

- Se for oportuno, com um estilete quem preside faz uma cruz na cera para configurar o círio
pascal a Jesus Cristo; depois grava a letra grega Alfa (A) e por baixo o Ômega (Z), ou seja,
Cristo é o princípio e o fim de todas as coisas; enfim, grava os números do ano em curso para
significar que Jesus vive hoje para nós e entre nós. Pode ser dito enquanto se faz o gesto:
CRISTO ONTEM E HOJE (faz a incisão da haste vertical)
PRINCÍPIO E FIM (faz a incisão da haste horizontal)
ALFA (faz a incisão da letra Alfa no alto da haste vertical)
E ÔMEGA (faz a incisão da letra Ômega embaixo da haste vertical)
A ELE O TEMPO (faz a incisão do primeiro algarismo do ano em curso sobre o ângulo
esquerdo superior da cruz)
E A ETERNIDADE (faz a incisão do segundo algarismo do ano em curso sobre o ângulo
direito superior da cruz)
A GLÓRIA E O PODER (faz a incisão do terceiro algarismo do ano em curso sobre o
ângulo esquerdo inferior da cruz)
PELOS SÉCULOS SEM FIM. AMÉM. (faz a incisão do quarto algarismo do ano em
curso sobre o ângulo direito inferior da cruz)
- Depois de ter gravado a cruz e os outros símbolos, pode-se espetar no círio cinco grãos de
incensou ou cravos ou pregos em forma de cruz, dizendo:
POR SUAS SANTAS CHAGAS
SUAS CHAGAS GLORIOSAS
O CRISTO SENHOR
NOS PROTEJA
E NOS GUARDE. AMÉM.
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- Logo em seguida, acende o círio pascal com fogo novo e diz: “A luz do Cristo que
ressuscita resplandecente dissipe as trevas de nosso coração e nossa mente”.
- Coloca-se incenso no turíbulo ou no vaso que servirá para a incensação. Ainda perto da
fogueira, pode-se dizer ou cantar pela primeira vez: “P. Eis a luz de Cristo! Todos: Demos
graças a Deus!” Se não for dito ou cantado perto da fogueira, o local ideal é à porta da igreja,
no meio do corredor central e no presbitério diante do altar. Nada impede que, a cada resposta
Demos graças a Deus!, se acrescente outra aclamação dirigida a Cristo.
- A procissão para a igreja deve ser iluminada unicamente com a luz do Círio Pascal. Assim
como os filhos de Israel eram guiados de noite pela coluna de fogo, assim também os cristãos,
por sua vez, seguem a Cristo ressuscitado. À porta da igreja, da Luz do Círio acendem-se as
velas dos fiéis. As lâmpadas da igreja permanecem apagadas. Logo após a última aclamação
no presbitério diante do altar, o Círio é colocado no meio do presbitério ou junto à Mesa da
Palavra. As lâmpadas da igreja podem ser acesas. Como costume nas comunidades, podem
ser acesas quando terminar o canto do “Exulte”
- Dentro da igreja, a assembleia em pé, com as velas acesas, acompanha a Proclamação da
Páscoa. Um cantor proclama o Exulte... Na Missa, deve ser reservada ao padre, caso ele
consiga, a parte que diz: “O Senhor esteja convosco...”. Se ainda não o fez, acendem-se as
luzes da igreja e os fiéis apagam as velas que trazem consigo.

- LITURGIA DA PALAVRA – antes de começar as leituras, pode-se fazer uma monição.


Nesta Vigília é proposto nove leituras: sete do Antigo Testamento e duas do Novo (Epístola e
Evangelho). Se for necessário, podem-se diminuir os números de leituras. Dizem-se pelo
menos três leituras do Antigo Testamento. Nunca se omita a leitura o cap. 14 do Êxodo.
- Atenção! Cada leitura tem um Salmo correspondente que deveria ser cantado, um momento
de silêncio e uma oração. Os Salmos não podem ser substituídos por qualquer melodia, canto
de meditação ou canções populares.
- Após a última leitura do Antigo Testamento, com o seu responsório e respectiva oração,
acendem-se as velas do altar e é entoado solenemente o hino: “Glória a Deus nas alturas...”.
Tocam-se sinos, colocam-se flores etc. Terminado o hino, faz-se a oração de coleta.
- Faz-se a leitura da Carta de São Paulo aos Romanos sobre o Batismo. Logo após, alguém
pode dizer a quem preside ou para todo o povo: “Eu vos anuncio uma grande alegria: o
Aleluia”. Canta-se o “Aleluia” por três vezes e o povo responde. Caso não possa ser feito,
passa-se para o Salmo 117. Ele substitui o canto de Aclamação ao Evangelho. Pode-se cantar
a versão do Lecionário ou a versão que existe no livro de cantos. Proclama o Evangelho que
pode ser incensado. Não se leva luzes para a Mesa da Palavra. Faz-se a homilia, mesmo que
seja breve.

- LITURGIA BATISMAL – Mesmo que não haja a cerimônia do Batismo, deve-se fazer a
bênção da água batismal. Quando esta bênção não é feita na fonte batismal, mas no
presbitério, num segundo momento a água batismal seja levada ao batistério, onde será
conservada durante todo o tempo pascal. Onde não haja a cerimônia do Batismo nem se deva
benzer a água batismal, a memória do Batismo é feita na bênção da água que depois servirá
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para aspergir o povo. Em seguida tem lugar a renovação das promessas batismais, introduzida
com uma palavra do celebrante. Os fiéis, de pé e com as velas acesas na mão, respondem às
interrogações. Depois eles são aspergidos com a água: desse modo, gestos e palavras
recordam-lhes o Batismo recebido. Quem preside asperge o povo passando pela nave da
igreja, enquanto todos cantam a antífona Vidi aquam ou outro cântico de caráter batismal.
Após a aspersão, faz-se a oração universal (preces).
- Obs.: Quando acontecer o Batismo, observa-se rito próprio.

- LITURGIA EUCARÍSTICA – onde acontecer a Missa, observa-se o rito próprio com a


participação dos que foram batizados. Na Celebração da Palavra, pode-se fazer o momento de
Louvor e Ação de Graças como de costume.
- À fórmula habitual de despedida dos fiéis: “Vamos em paz...”, acrescenta-se um duplo
“Aleluia” e o mesmo fazem os fiéis na resposta.

- Ainda sobre a Vigília Pascal:


a) é importante que seja respeitada a verdade dos sinais, se favoreça a participação dos fiéis e
seja assegurada a presença de ministros, leitores e cantores;
b) é bom que, quando possível, seja prevista a reunião de diversas comunidades numa mesma
igreja, quando, por razão da proximidade das igrejas ou do reduzido número de participantes,
não se possa ter uma celebração completa e festiva. Todos os fiéis, formando uma única
assembleia, possam experimentar de modo mais profundo o sentido de pertença à mesma
comunidade eclesial. Os fiéis que, por motivo das férias, estão ausentes da própria paróquia
sejam convidados participar na celebração litúrgica no lugar onde se encontram;
c) ao anunciar a vigília pascal, evite-se apresentá-la como o último ato do Sábado Santo.
Diga-se antes que a vigília pascal se celebra “na noite da Páscoa” e como um único ato de
culto. Recomenda-se encarecidamente aos pastores insistir na formação dos fiéis sobre a
importância de se participar em toda a vigília pascal.
d) Para poder celebrar a vigília pascal com o máximo proveito, convém que os próprios
pastores adquiram um conhecimento melhor tanto dos textos como dos ritos, a fim de
poderem dar uma mistagogia que seja autêntica.

DOMINGO DE PÁSCOA
Este dia deve ser celebrado com grande solenidade. No lugar do ato penitencial, é
conveniente fazer a aspersão com a água benzida durante a celebração da vigília. Durante a
aspersão, pode-se cantar a antífona Vidi aquam ou outro cântico de caráter batismal. Com essa
mesma água convém encher os recipientes (vasos, pias) que se encontram à entrada da igreja.
O Círio Pascal, colocado junto do ambão ou perto do altar, permaneça aceso ao menos em
todas as celebrações litúrgicas mais solenes deste tempo, tanto na missa como nas laudes e
vésperas, até ao domingo de Pentecostes, Depois, o Círio é conservado no batistério, para
acender nele as velas dos neo-batizados. Se não tiver o batistério (ou pia batismal exposta),
que seja com cuidado na sacristia. Na celebração das exéquias o Círio Pascal seja colocado
junto ao corpo, para indicar que a morte é para o cristão a sua verdadeira Páscoa. Fora do
tempo da Páscoa não se acenda o Círio Pascal nem seja conservado no presbitério.
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- No Tempo Pascal:
a) os oito primeiros dias constituem a “Oitava Pascal” e celebram-se com solenidade do
Senhor.
b) Celebra-se, no quadragésimo dia depois da Páscoa, ou onde não for de preceito o VII
Domingo da Páscoa, a Ascensão do Senhor. Após este domingo, é bom que façam dias de
oração na semana em preparação para a vinda do Espírito Santo Paráclito. A Vigília de
Pentecostes e o dia próprio sejam valorizados em comunidade.

Que Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor motivem-nos para sermos fiéis colaboradores do
Reino. Todas as orientações são para que as celebrações destes dias sejam frutuosas, ativas e
conscientes. Nelas experimentemos a alegria da comunhão e a unidade ao redor do Cristo,
Luz do Mundo.

Feliz Páscoa a todos!

Pe. Éder Mataveli Vargas


Pároco

MITRA DIOCESANA DIOCESE DE SÃO MATEUS—ES


Praça São Cipriano, nº 13, Centro – Jaguaré-ES
CEP 29.950-000 // Fones: (27) 3769-1331 / 9.9758-2595 // dsm.jaguare@gmail.com

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