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Instituições e hábitos

No que depende de sua recorrência inerente, os padrões institucionais de comportamento e


de pensamento tendem a se tornar hábitos. Por sua vez, quando já estabelecidos, os hábitos
contribuem para a reprodução daqueles padrões. Podemos falar, portanto, dos hábitos como
estando na base das instituições, ao menos no caso daquelas que se repetiram por tempo
suficiente para originar hábitos.

Para alguns a palavra “hábito” pode significar um padrão efetivo de comportamento ou de


pensamento, repetido sem deliberação; para outros um hábito denota uma disposição,
inclinação, propensão ou tendência a agir ou pensar de certa forma,” que pode ser
representada como uma regra (sendo assim um caso especial de regra).

Deixando espaço para a não conformidade

Esta preocupação com os casos de não conformidade, está refletida mais fortemente naquilo
que está ausente no conceito proposto: qualquer coisa que descarta a introdução de
inovações ou que implica que todo e qualquer comportamento ou pensamento que se desvia
da regra estabelecida seja, em algum sentido, deficiente em comparação com os demais (por
exemplo, menos racional) ou esteja sempre sujeito a sanções sociais negativas. A teoria das
instituições precisa de um conceito que lhe permita incorporar, em particular, as tentativas de
introdução de inovações tecnológicas, institucionais ou financeiras, assim como, no caso
específico dos mercados financeiros organizados, o comportamento especulador, que é, em
certo sentido, não convencional.

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