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Modelo Acao Indenizatoria
Modelo Acao Indenizatoria
AÇÃO INDENIZATÓRIA
em face de ________ , pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº ________ ,
________ , com sede na ________ , ________ , ________ , na Cidade de ________ , ________ , ________ , e;
________ , pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº ________ , ________ , com
sede na ________ , ________ , ________ , na Cidade de ________ , ________ , ________ , pelos motivos e
fatos que passa a expor.
DOS FATOS
Em ________ , o Autor ________ ________ junto à Loja ________ empresa Ré, com pagamento à vista
no valor de ________ , o que se comprova pela Nota Fiscal em anexo.
O Autor, por nã o poder contar com a reposiçã o imediata do produto/serviço, nem dinheiro
para buscar outro, teve que sofrer o desgaste de ter que procurar por conta os contatos do
fabricante, sem que tivesse igualmente qualquer êxito.
Ao sentir-se lesado, sem qualquer posicionamento das empresas Rés, o Autor buscou ajuda
no PROCON, porém, até o momento nada foi resolvido, razã o pela qual intenta a presente
demanda.
A norma que rege a proteçã o dos direitos do consumidor, define, de forma cristalina, que o
consumidor de produtos e serviços deve ser abrigado das condutas abusivas de todo e
qualquer fornecedor, nos termos do art 3º do referido Có digo.
Assim, uma vez reconhecido o Autor como destinatário final dos serviços contratados,
e demonstrada sua hipossuficiência técnica, tem-se configurada uma relaçã o de consumo,
conforme entendimento doutriná rio sobre o tema:
"Sustentamos, todavia, que o conceito de consumidor deve ser interpretado a partir de dois
elementos: a) a aplicação do princípio da vulnerabilidade e b) a destinação econômica não
profissional do produto ou do serviço. Ou seja, em linha de princípio e tendo em vista a
teleologia da legislação protetiva deve-se identificar o consumidor como o destinatário final
fático e econômico do produto ou serviço." (MIRAGEM, Bruno. Curso de Direito do
Consumidor. 6 ed. Editora RT, 2016. Versã o ebook. pg. 16)
Trata-se de redaçã o clara da Sú mula 297 do Superior Tribunal de Justiça, que assim dispõ e:
Com esse postulado, o Réu nã o pode eximir-se das responsabilidades inerentes à sua
atividade, dentre as quais prestar a devida assistência técnica, visto que se trata de um
fornecedor de produtos que, independentemente de culpa, causou danos efetivos a um de
seus consumidores.
A norma que rege a proteçã o dos direitos do consumidor, define, de forma cristalina, que o
consumidor de produtos e serviços deve ser abrigado das condutas abusivas de todo e
qualquer fornecedor, nos termos do art 3º do referido Có digo.
Hipossuficiência Jurídica, uma vez que pelo porte das empresas já se vislumbra a
desigualdade no suporte jurídico, em que obviamente a empresa fornecedora conta com
equipe interna de Advogados atuando constantemente, enquanto a empresa contratante
conta com consultorias esporá dicas pelo alto custo envolvido;
No presente caso, o produto adquirido era para consumo final da empresa, nã o fazendo
parte da cadeia produtiva do objeto da empresa, tratando-se de verdadeira destinatária
final do produto.
Art. 3º. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pú blica ou privada, nacional ou
estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de
produçã o, montagem, criaçã o, construçã o, transformaçã o, importaçã o, exportaçã o,
distribuiçã o ou comercializaçã o de produtos ou prestaçã o de serviços.
Art. 2º. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou
serviço como destinatário final.
Portanto, uma vez que enquadrada como destinatá ria final dos serviços prestados pelo réu ,
bem como evidenciada sua hipossuficiência técnica em relaçã o ao produto, resta
configurado o enquadramento ao direito do consumidor.
No presente caso, ainda que o produto seja adquirido para uso na atividade econô mica da
empresa, tem-se no presente caso a perfeita configuraçã o de sua hipossuficiência.
Assim, uma vez reconhecid a hipossuficiência técnica, tem-se configurada uma relaçã o
de consumo, conforme entendimento doutriná rio sobre o tema:
"Sustentamos, todavia, que o conceito de consumidor deve ser interpretado a partir de dois
elementos: a) a aplicação do princípio da vulnerabilidade e b) a destinação econômica não
profissional do produto ou do serviço. Ou seja, em linha de princípio e tendo em vista a
teleologia da legislação protetiva deve-se identificar o consumidor como o destinatário final
fático e econômico do produto ou serviço." (MIRAGEM, Bruno. Curso de Direito do
Consumidor. 6 ed. Editora RT, 2016. Versã o ebook. pg. 16)
Com esse postulado, o Réu nã o pode eximir-se das responsabilidades inerentes à sua
atividade, dentre as quais prestar a devida assistência técnica, visto que se trata de um
fornecedor de produtos que, independentemente de culpa, causou danos efetivos a um de
seus consumidores.
DA INDENIZAÇÃO DEVIDA
Ao adquirir um produto ou serviço, o consumidor tem a legítima expectativa de receber
adequado ao uso de acordo com as expectativas geradas na compra, ou seja, sem a
necessidade de qualquer adaptaçã o, e principalmente, que este nã o possua nenhum defeito
ou algum vício que lhe diminua o valor ou que o impossibilite de utilizá -lo normalmente.
(...)
Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem
impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes
da disparidade com as indicaçõ es constantes da oferta ou mensagem publicitá ria, podendo
o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
DO PRAZO DE GARANTIA
No presente caso, o vício foi detectado em ________ , conforme ________ . Ou seja, dentro do
prazo de garantia contratual do produto que era de ________ da data de compra, ocorrida em
________ .
Afinal, ausente qualquer elemento que evidencie mau uso, nã o se pode admitir que um
produto de R$ ________ , pudesse durar apenas ________ , evidenciando um vício redibitó rio.
DO PRAZO DE GARANTIA
Mesmo que fora do prazo de garantia, tratando-se de bem durável, é dever do fornecedor
corrigir os vícios apresentados.
Afinal, ausente qualquer elemento que evidencie mau uso, nã o se pode admitir que um
produto de R$ ________ , pudesse durar apenas ________ , evidenciando um vício redibitó rio.
DO VÍCIO OCULTO
No presente caso, o vício do produto caracteriza-se como vício oculto, uma vez que foi
constatado somente quando ________ , nã o podendo-se aplicar o prazo decadencial contado
da entrega.
Trata-se de vício do produto, que o tornou inadequado para o uso a que se destinava,
perceptível somente no momento do uso, sendo responsabilidade dos Réus a devida
reparaçã o, conforme conceitua
"Vício oculto é aquele que já estava presente quando da aquisição do produto ou do término
do serviço, mas que somente se manifestou algum tempo depois; ou seja, é aquele cuja
identificação não se dá com simples exame pelo consumidor."(GARCIA, Leonardo. Código de
defesa do consumidor. Juspodvm. 2017. p.397)
Razã o pela qual, devida a indenizaçã o pelos danos materiais e morais sofridos.
No presente caso a diminuiçã o do valor do serviço contratado é inequívoco, uma vez que
contratado serviço de primeira classe e foi obrigado a voar em classe inferior, fornecido em
qualidade reduzida à quela retratada no momento da compra, gerando o dever de indenizar.
No presente caso a qualidade inferior do serviço contratado é inequívoco, uma vez que
contratado fornecimento de internet com velocidade ________ e fornecido em velocidade
inferior à quela retratada no momento da compra, conforme documentos em anexo,
gerando o dever de indenizar.
Afinal, trata-se de serviço essencial que nã o pode ser restringido unilateralmente pela
empresa sem aviso prévio ao consumidor.
"A prestaçã o dos serviços de telecomunicaçõ es, especialmente da telefonia, merece especial
proteçã o do direito do consumidor. (...), o fato é que o serviço de telefonia em si,
independente do modo como é oferecido, deve ser considerado essencial, dada sua
importâ ncia decisiva na vida contemporâ nea, seja nas relaçõ es negociais, ou mesmo nas
demais utilidades da comunicaçã o instantâ nea. Esta definiçã o dá causa a série de
consequências. Daí porque a restriçã o indevida ou discriminató ria do acesso ao serviço
deve ser coibida."(MIRAGEM, Bruno. Curso de Direito do Consumidor, 6ª ed. Editora RT,
2016. Versã o ebook, 5.12. Contratos de serviços de telecomunicaçã o)
Razã o pela qual deve ter especial proteçã o do judiciá rio, em especial em face de situaçõ es
de notó ria desproporcionalidade entre as partes contratantes, evidenciando a
vulnerabilidade do Autor frente à empresa Ré.
Conforme relatado, nos ú ltimos meses, o Autor foi indevidamente cobrado por um serviço
nã o prestado, configurando cobrança indevida de dívida prevista no Art. 42 do CDC:
Art. 42. (...) Pará grafo ú nico. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à
repetiçã o do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de
correçã o monetá ria e juros legais, salvo hipó tese de engano justificável.
DO VÍCIO OCULTO
No presente caso, o vício do produto caracteriza-se como vício oculto, uma vez que foi
constatado somente quando ________ , nã o podendo-se aplicar o prazo decadencial contado
da entrega.
Trata-se de vício do produto, que o tornou inadequado para o uso a que se destinava,
perceptível somente no momento do uso, sendo responsabilidade dos Réus a devida
reparaçã o, conforme conceitua
"Vício oculto é aquele que já estava presente quando da aquisição do produto ou do término
do serviço, mas que somente se manifestou algum tempo depois; ou seja, é aquele cuja
identificação não se dá com simples exame pelo consumidor."(GARCIA, Leonardo. Código de
defesa do consumidor. Juspodvm. 2017. p.397)
Razã o pela qual, devida a indenizaçã o pelos danos materiais e morais sofridos.
DO VÍCIO DE INFORMAÇÃO
No presente caso, o Autor nã o atingiu seu objetivo na compra por falhas graves nas
informaçõ es do produto. Afinal, bastava constar no anú ncio ________ que o dano seria
evitado.
O Có digo de Defesa do Consumidor, em seu Art. HYPERLINK
"https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10607666/artigo-6-da-lei-n-8078-de-11-de-
setembro-de-1990"6º, dispõ e expressamente o dever de informaçã o, dentre os direitos do
consumidor "a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com
especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos
incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem".
"O vício de informação caracteriza-se como sendo o originá rio direito de informação do
consumidor que termina atingindo a finalidade legitimamente esperada por um
determinado produto ou serviço. Assim o é, por exemplo, no caso de um aparelho
elétrico cuja voltagem, nã o informada adequadamente na embalagem (...). Em todos estes
casos, existe violaçã o ao dever de informar do fornecedor e, portanto vício do produto
qualificado como vício de informaçã o (...)" (in Curso de Direito do Consumidor, 6ª ed.
Editora RT, 2016. p.660)
No presente caso, ao adquirir o serviço oferecido recebeu informaçõ es claras de que ________
, gerando esta legítima expectativa, mas recebeu serviço muito inferior ao contratado,
gerando o dever de indenizar, conforme precedentes sobre o tema:
Razã o pela qual, devida a condenaçã o dos réus a indenizaçã o por vício na informaçã o.
Conforme narrado, o evento danoso deixou sequelas físicas, estéticas e morais, além de ter
repercutido em danos patrimoniais e lucros cessantes, se enquadrando perfeitamente à
previsã o do Có digo Civil:
Art. 949. No caso de lesã o ou outra ofensa à saú de, o ofensor indenizará o ofendido das
despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de
algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.
Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu
ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além
das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá
pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da
depreciação que ele sofreu.
O Autor trabalhava como ________ , dependendo diariamente de seu labor para auferir sua
remuneraçã o ao final do mês.
No entanto, interrompendo a linha ascendente de ganhos, conforme grá fico dos lucros
auferidos antes e depois do acidente, fica perfeitamente claro o impacto do ato ilícito do
Réu nos rendimentos profissionais do Autor, caracterizando lucros cessantes, passíveis de
indenizaçã o, conforme leciona Joã o Casillo:
"Na apuração dos lucros cessantes, também o critério é o dos rendimentos. Aquele que
vê sua saúde abalada, ou deixa de produzir ou passa a fazê-lo em escala menor,
sofrendo, portanto, perda em seus ganhos, deve ser indenizado, e, se algum é responsável
pelo evento, deve arcar com o dano causado. Na apuração do quantum, a base de cálculo é o
valor da remuneração, real ou presumida." (in "Dano a pessoa e sua indenizaçã o", Editora
Revista dos Tribunais)
Pelos laudos médicos, fica comprovado que o Autor ficou com sequelas permanentes
que o limitam fisicamente.
Portanto, se a vítima sofre ao mesmo tempo, um dano patrimonial pela reduçã o de sua
capacidade e outro moral pelo sofrimento excessivo, a indenizaçã o individualizada é
medida que se impõ e.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou
pelos bons costumes.
Nesse mesmo sentido, é a redaçã o do art. 402 do Có digo Civil que determina: "salvo as
exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem,
além do que efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar".
No presente caso, toda perda deve ser devidamente indenizada, especialmente por que a
negligência do Réu causou ________ , assim especificado:
________ - R$ ________
________ - R$ ________
DA RESPONSABILIDADE CIVIL
Toda e qualquer reparaçã o civil esta intimamente ligada à responsabilidade do causador do
dano em face do nexo causal presente no caso concreto, o que ficou perfeitamente
demonstrado nos fatos narrados. Sendo devido, portanto, a recuperaçã o do patrimô nio
lesado por meio da indenizaçã o, conforme leciona a doutrina sobre o tema:
"Reparação de dano. A prática do ato ilícito coloca o que sofreu o dano em posição de
recuperar, da forma mais completa possível, a satisfação de seu direito, recompondo o
patrimônio perdido ou avariado do titular prejudicado. Para esse fim, o devedor responde com
seu patrimônio, sujeitando-se, nos limites da lei, à penhora de seus bens." (NERY JUNIOR,
Nelson. NERY, Rosa Maria de Andrade. Código Civil Comentado. 12 ed. Editora RT, 2017.
Versã o ebook, Art. 1.196)
"A rigor, a reparação do dano deveria consistir na reconstituição específica do bem jurídico
lesado, ou seja, na recomposição in integrum, para que a vítima venha a encontrarse
numa situação tal como se o fato danoso não tivesse acontecido." (PEREIRA, Caio Má rio
da Silva. Instituiçõ es de Direito Civil. Vol II - Contratos. 21ª ed. Editora Forense, 2017.
Versã o ebook, cap. 283)
Motivos pelos quais devem conduzir à indenizaçã o ao danos materiais sofridos, bem como
aos lucros cessantes.
Os lucros cessantes sã o indenizáveis conforme clara redaçã o do art. 402 do Có digo Civil que
determina:
Assim, necessá ria a compensaçã o pela privaçã o injusta da posse da coisa dotada de
expressã o econô mica, conforme predomina nos Tribunais:
LUCROS CESSANTES. Alegaçã o da autora de que deve ser ressarcida no valor total.
ADMISSIBILIDADE: A indenização em decorrência dos lucros cessantes visa à
composição daquilo que a parte efetivamente auferia e que deixou de ganhar. Valor
demonstrado pelo laudo pericial. Sentença reformada neste ponto. DANO MORAL.
Condenaçã o do réu ao pagamento de indenizaçã o. CABIMENTO: a pessoa jurídica pode
sofrer dano moral - Sú mula 227 STJ. A antecipaçã o indevida de recebíveis e o seu posterior
descontos causaram débitos que a autora nã o deu causa, além do travamento das má quinas
de cartã o, com queda nas vendas atestadas na perícia, desembocando no fechamento da
empresa. Sentença mantida. RECURSO DO RÉ U DESPROVIDO E DA AUTORA PROVIDO. (TJ-
SP - AC: 10146953220168260405 SP 1014695-32.2016.8.26.0405, Relator: Israel Gó es dos
Anjos, Data de Julgamento: 28/06/2019, 37ª Câ mara de Direito Privado, Data de
Publicaçã o: 28/06/2019)
"As perdas e danos incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito direto e
imediato da inexecução (CC 402 e 403). (…) Lucros cessantes consistem naquilo que o
lesado deixou razoavelmente de lucrar como consequência direta do evento danoso (CC
402)." (NERY JUNIOR, Nelson. NERY, Rosa Maria de Andrade. Có digo Civil Comentado. 12 ed.
Editora RT, 2017. Versã o ebook, Art. 402 )
Razã o pela qual, requer a condenaçã o da Ré ao pagamento dos lucros cessantes devidos
pelo lucro previsto e nã o efetivado em decorrência da falha da empresa Ré.
"§ 1º Nã o sendo o vício sanado no prazo má ximo de trinta dias, pode o consumidor exigir,
alternativamente e à sua escolha:
Portanto, demonstrado que findo o referido prazo, sem que o fornecedor tenha efetuado
qualquer reparaçã o aos danos gerados, dever que foi negado, cabe ao consumidor a escolha
de qualquer das alternativas acima mencionadas.
"Nã o pode o fornecedor se opor à escolha pelo consumidor das alternativas postas. É fato
que ele, o fornecedor, tem 30 dias. E, sendo longo ou nã o, dentro desse tempo, a ú nica coisa
que o consumidor pode fazer é sofrer e esperar. Porém, superado o prazo sem que o vício
tenha sido sanado, o consumidor adquire, no dia seguinte, integralmente, as prerrogativas
do § 1º ora em comento. E, como diz a norma, cabe a escolha das alternativas ao
consumidor. este pode optar por qualquer delas, sem ter de apresentar qualquer
justificativa ou fundamento. Basta a manifestaçã o de vontade, apenas sua exteriorizaçã o
objetiva. É um querer pelo simples querer manifestado. (NUNES, Rizzatto. Curso de direito
do Consumidor, Ed. Saraiva. 2005, p. 186)"
Desta forma, diante do desgaste ocasionado na relaçã o de consumo com os réus, tem-se por
devida a restituiçã o imediata da quantia despendida, corrigida e atualizada
monetariamente, com fulcro no disposto no inciso II do § 1º do artigo 18, do diploma
consumerista.
DA REPETIÇÃO DE INDÉBITO
Trata-se de cobrança irregular, indevidamente paga pelo Consumidor, sendo-lhe negado o
reembolso mesmo apó s reiteradas solicitaçõ es, conforme ________ , evidenciando a
existência de Má Fé.
O total descaso em solucionar o "equívoco" cometido deve ser suficiente para a repetiçã o
indébito dos valores indevidamente cobrados, nos termos do pará grafo ú nico do artigo 42
da Lei HYPERLINK "https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91585/có digo-de-defesa-
do-consumidor-lei-8078-90"8078/90, verbis:
Art. 42. (...) Pará grafo ú nico. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à
repetiçã o do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de
correçã o monetá ria e juros legais, salvo hipó tese de engano justificável.
A doutrina, ao lecionar sobre o dever da devoluçã o em dobro dos valores pagos, destaca:
"É de perceber que não se exige na norma em destaque, a existência de culpa do fornecedor
pelo equívoco da cobrança. Trata-se, pois, de espécie de imputação objetiva, pela qual o
fornecedor responde independente de ter agido ou não com culpa ou dolo. Em última
análise, terá seu fundamento na responsabilidade pelos riscos do negócio, no qual se inclui
a eventualidade de cobrança de quantias incorretas e indevidas do consumidor." (MIRAGEM,
Bruno. Curso de Direito do Consumidor - Ed. RT 2016. Versã o e-book, 3.2.2 A cobrança
indevida de dívida)
Exigir do Autor prova da má fé mais evidente do que esta, é exigir prova impossível,
criando-se um requisito nã o previsto em lei, permitindo que grandes instituiçõ es lesem um
nú mero expressivo de consumidores com a certeza de que apenas alguns poucos buscariam
efetivar seus direito judicialmente.
Açã o de Obrigaçã o de Fazer c/c Indenizaçã o por Danos Morais e Repetiçã o de Indébito.
Sentença Procedente. Banco Santander S/A. Direito do consumidor. Inversã o do ô nus de
prova corretamente decretada, nos termos do artigo 6º, inciso VIII, do CDC. Falha na
prestação dos serviços. Bloqueio de quase 50% do salário da parte-autora.
Indenização Devida. Repetição do Indébito nos termos do artigo 42 HYPERLINK
"https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91585/código-de-defesa-do-consumidor-
lei-8078-90"CDC. Dano Moral Caracterizado. Valor fixado à título de Indenizaçã o que
atende aos princípios da proporcionalidade e razoabilidade. Recurso a que se nega
provimento, mantendo a r. Sentença recorrida por seus pró prios e jurídicos fundamentos".
(TJSP; Recurso Inominado Cível 1001572-92.2019.8.26.0297; Relator (a): José Pedro
Geraldo Nó brega Curitiba; Ó rgã o Julgador: 1ª Turma Cível e Criminal; Foro de Mogi das
Cruzes - 2ª. Vara Cível; Data do Julgamento: 30/05/2019; Data de Registro: 03/06/2019)
Tal prá tica demonstra a conduta leviana da empresa Ré, configurando a má fé pela simples
ocorrência da prá tica abusiva, sendo devida a repetiçã o de indébito.
No presente caso, tratando-se de falha com Instituiçã o Bancá ria, a repetiçã o de indébito
independe da prova do erro, conforme sumulado pelo STJ:
Art. 6º. Sã o direitos bá sicos do consumidor: (...) VIII - a facilitaçã o da defesa de seus
direitos, inclusive com a inversã o do ô nus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a
critério do juiz, for verossímil a alegaçã o ou quando for ele hipossuficiente, segundo as
regras ordiná rias de experiências
Trata-se da efetiva aplicaçã o do Princípio da Isonomia, segundo o qual, todos devem ser
tratados de forma igual perante a lei, observados os limites de sua desigualdade. Nesse
sentido, a jurisprudência orienta a inversã o do ô nus da prova para viabilizar o acesso à
justiça:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃ O ORDINÁ RIA DE REVISÃ O. CÉ DULA DE CRÉ DITO
BANCÁ RIO. CONFISSÃ O DE DÍVIDA. INVERSÃ O DO Ô NUS A PROVA. POSSIBILIDADE.
HIPOSSUFICIÊ NCIA. PRESENTE O REQUISITO DO ART. 6º, INCISO VIII, DO CÓ DIGO DE
DEFESA DO CONSUMIDOR. PRECEDENTES DESTE TRIBUNAL. RECURSO DESPROVIDO. (a)
O Código de Defesa do Consumidor adotou a teoria da distribuição dinâmica do ônus
da prova. Assim, a inversã o do ô nus nesse microssistema nã o se aplica de forma
automá tica a todas as relaçõ es de consumo, mas depende da demonstraçã o dos requisitos
da verossimilhança da alegaçã o ou da hipossuficiência do 16ª Câ mara Cível - TJPR 2
consumidor, consoante dispõ e o art. 6º, inciso VIII, do Có digo de Defesa do Consumidor. Os
elementos que constam dos autos são suficientes para demonstrar que a autora
encontrará dificuldade técnica para comprovar suas alegações em juízo, uma vez que
pretendem a revisão de vários contratos, os quais não estão em seu poder. (b) Insta
salientar que os requisitos da verossimilhança das alegaçõ es e da hipossuficiência nã o sã o
cumulativos, portanto, a presença de um deles autoriza a inversã o do ô nus da prova. (TJPR -
16ª C.Cível - 0020861-59.2018.8.16.0000 - Paranaguá - Rel.: Lauro Laertes de Oliveira - J.
08.08.2018)
Assim, diante da inequívoca e presumida hipossuficiência, uma vez que disputa a lide com
uma empresa de grande porte, indisponível concessã o do direito à inversã o do ô nus da
prova, que desde já requer.
A mens legis traduz a finalidade de soluçã o do feito em amparo ao consumidor, sem espaço
para disputa de responsabilidade. Assim, todos os níveis da relaçã o entre o fabricante do
produto e sua entrega ao consumidor sã o responsáveis pela soluçã o do feito. Cabe ao
consumidor escolher se quer acionar o comerciante ou o fabricante.
APELAÇÃ O CÍVEL - AÇÃ O DECLARATÓ RIA DE NULIDADE DE NEGÓ CIO JURÍDICO C/C
REPETIÇÃ O DE INDÉ BITO E INDENIZAÇÃ O POR DANOS MORAIS - (...). CONTRATO NÃ O
APRESENTADO PELA INSTITUIÇÃ O FINANCEIRA - DANOS MORAIS CONFIGURADOS -
QUANTUM INDENIZATÓ RIO (DANOS MORAIS) MAJORADOS PARA R$ 10.000,00 -
REPETIÇÃ O DE INDÉ BITO NA FORMA DOBRADA - MÁ -FÉ DEMONSTRADA - DA
COMPENSAÇÃ O DE CRÉ DITO - IMPOSSIBILIDADE - RECURSO IMPROVIDO. (...). A
instituiçã o financeira ré, descuidando-se de diretrizes inerentes ao desenvolvimento
regular de sua atividade, nã o comprovou que os contratos foram, de fato, celebrados pelo
consumidor, tampouco tenha sido ele o beneficiá rio do produto dos mú tuos bancá rios. Nã o
basta para elidir a responsabilizaçã o da pessoa contratada a alegaçã o de suposta fraude. À
instituiçã o ré incumbia o ô nus de comprovar que agiu com as cautelas de praxe na
contrataçã o de seus serviços, até porque, ao consumidor nã o é possível a produçã o de
prova negativa (CDC, art. 6, VIII c/c CPC, art. 373, II). Inafastáveis os transtornos sofridos
pela idosa que foi privada de parte de seu benefício de aposentadoria, por conduta ilícita
atribuída a instituiçã o financeira, concernente à falta de cuidado na contrataçã o de
empréstimo consignado, situaçã o apta a causar constrangimento de ordem psicoló gica,
tensã o e abalo emocional, tudo com sérios reflexos na honra subjetiva. Levando-se em
consideraçã o a situaçã o fá tica apresentada nos autos, a condiçã o socioeconô mica das
partes e os prejuízos suportados pela parte ofendida, evidencia-se que o valor do quantum
fixado pelo juízo a quo deve sofrer majoraçã o para R$ 10.000,00 (dez mil reais), quantia
que se mostra adequada e consentâ neo com as finalidades punitiva e compensató ria da
indenizaçã o. (...) (TJMS. Apelaçã o n. 0801609-05.2015.8.12.0016, Mundo Novo, 4ª Câ mara
Cível, Relator (a): Des. Claudionor Miguel Abss Duarte, j: 25/04/2018, p: 26/04/2018)
Trata-se da necessá ria consideraçã o dos danos causados pela perda do tempo ú til (desvio
produtivo) do consumidor.
Conforme disposto nos fatos iniciais, o Consumidor teve que desperdiçar seu tempo ú til
para solucionar problemas que foram causados pela empresa Ré que não demonstrou
qualquer intenção na solução do problema, obrigando o ingresso da presente açã o.
Este transtorno involuntá rio é o que a doutrina denomina de DANO PELA PERDA DO
TEMPO Ú TIL, pois afeta diretamente a rotina do consumidor gerando um desvio produtivo
involuntá rio, que obviamente causam angú stia e stress.
Humberto Theodoro Jú nior leciona de forma simples e didá tica sobre o tema, aplicando-se
perfeitamente ao presente caso:
" Entretanto, casos há em que a conduta desidiosa do fornecedor provoca injusta perda
de tempo do consumidor, para solucionar problema de vício do produto ou serviço. (...)
O fornecedor, desta forma, desvia o consumidor de suas atividades para "resolver um
problema criado" exclusivamente por aquele. Essa circunstância, por si só, configura dano
indenizável no campo do dano moral, na medida em que ofende a dignidade da pessoa
humana e outros princípios modernos da teoria contratual, tais como a boa-fé objetiva e a
função social: (...) É de se convir que o tempo configura bem jurídico valioso, reconhecido
e protegido pelo ordenamento jurídico, razão pela qual, "a conduta que irrazoavelmente o
viole produzirá uma nova espécie de dano existencial, qual seja, dano temporal" justificando a
indenização. Esse tempo perdido, destarte, quando viole um "padrão de razoabilidade
suficientemente assentado na sociedade", não pode ser enquadrado noção de mero
aborrecimento ou dissabor."(THEODORO JÚ NIOR, Humberto. Direitos do Consumidor. 9ª ed.
Editora Forense, 2017. Versã o ebook, pos. 4016)
" Por outro lado, vem se admitindo crescentemente, a partir de provocação doutrinária, a
concessão de indenização pelo dano decorrente do sacrifício do tempo do consumidor
em razão de determinado descumprimento contratual, como ocorre em relação à
necessidade de sucessivos e infrutíferos contatos com o serviço de atendimento do fornecedor,
e outras providências necessárias à reclamação de vícios no produto ou na prestação de
serviços. " (MIRAGEM, Bruno. Curso de Direito do Consumidor - Editora RT, 2016. versã o e-
book, 3.2.3.4.1)
Nesse sentido:
APELAÇÃ O - AÇÃ O DE REPETIÇÃ O DE INDÉ BITO C.C. INDENIZAÇÃ O POR DANOS MORAIS -
CONSUMIDOR DEMANDANTE INDEVIDAMENTE COBRADO, POR DÉ BITO REGULARMENTE
SATISFEITO - Completo descaso para com as reclamaçõ es do autor - Situaçã o em que há de
se considerar as angú stias e afliçõ es experimentadas pelo autor, a perda de tempo e o
desgaste com as inú meras idas e vindas para solucionar a questã o - Hipó tese em que tem
aplicabilidade a chamada teoria do desvio produtivo do consumidor - Inequívoco, com
efeito, o sofrimento íntimo experimentado pelo autor, que foge aos padrõ es da normalidade
e que apresenta dimensã o tal a justificar proteçã o jurídica - Indenizaçã o que se arbitra na
quantia de R$ 5.000,00, à luz da técnica do desestímulo. (...) (TJSP; Apelaçã o 1027480-
84.2016.8.26.0224; Relator (a): Ricardo Pessoa de Mello Belli; Ó rgã o Julgador: 19ª Câ mara
de Direito Privado; Foro de Guarulhos - 8ª Vara Cível; Data do Julgamento: 05/03/2018;
Data de Registro: 13/03/2018)
Trata-se de notó rio desvio produtivo caracterizado pela perda do tempo que lhe seria
útil ao descanso, lazer ou de forma produtiva, acaba sendo destinado na solução de
problemas de causas alheias à sua responsabilidade e vontade.
"Com efeito, a reparação de danos morais exerce função diversa daquela dos danos materiais.
Enquanto estes se voltam para a recomposição do patrimônio ofendido, por meio da aplicação
da fórmula"danos emergentes e lucros cessantes"(CC, art. HYPERLINK
"https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10705580/artigo-402-da-lei-n-10406-de-10-de-
janeiro-de-2002"402), aqueles procuram oferecer compensação ao lesado, para atenuação do
sofrimento havido. De outra parte, quanto ao lesante, objetiva a reparação impingir-lhe
sanção, a fim de que não volte a praticar atos lesivos à personalidade de outrem."
(BITTAR, Carlos Alberto. Reparaçã o Civil por Danos Morais. 4ª ed. Editora Saraiva, 2015.
Versã o Kindle, p. 5423)
Neste sentido é a liçã o do Exmo. Des. Clá udio Eduardo Regis de Figueiredo e Silva, ao
disciplinar o tema:
"Importa dizer que o juiz, ao valorar o dano moral, deve arbitrar uma quantia que, de
acordo com o seu prudente arbítrio, seja compatível com a reprovabilidade da conduta
ilícita, a intensidade e duração do sofrimento experimentado pela vítima, a capacidade
econômica do causador do dano, as condições sociais do ofendido, e outras
circunstâncias mais que se fizerem presentes" (Programa de responsabilidade civil. 6. ed.,
São Paulo: Malheiros, 2005. p. 116). No mesmo sentido aponta a lição de Humberto Theodoro
Júnior: [...] "os parâmetros para a estimativa da indenização devem levar em conta os
recursos do ofensor e a situação econômico-social do ofendido, de modo a não minimizar a
sanção a tal ponto que nada represente para o agente, e não exagerá-la, para que não se
transforme em especulação e enriquecimento injustificável para a vítima. O bom senso é a
regra máxima a observar por parte dos juízes" (Dano moral. 6. ed., São Paulo: Editora Juarez
de Oliveira, 2009. p. 61). Complementando tal entendimento, Carlos Alberto Bittar, elucida
que"a indenização por danos morais deve traduzir-se em montante que represente
advertência ao lesante e à sociedade de que se não se aceita o comportamento
assumido, ou o evento lesivo advindo.Consubstancia-se, portanto, em importância
compatível com o vulto dos interesses em conflito, refletindo-se, de modo expresso, no
patrimônio do lesante, a fim de que sinta, efetivamente, a resposta da ordem jurídica aos
efeitos do resultado lesivo produzido. Deve, pois, ser quantia economicamente significativa,
em razão das potencialidades do patrimônio do lesante"(Reparaçã o Civil por Danos Morais,
RT, 1993, p. 220). Tutela-se, assim, o direito violado. (TJSC, Recurso Inominado n. 0302581-
94.2017.8.24.0091, da Capital - Eduardo Luz, rel. Des. Clá udio Eduardo Regis de Figueiredo
e Silva, Primeira Turma de Recursos - Capital, j. 15-03-2018)
Portanto, cabível a indenizaçã o por danos morais, E nesse sentido, a indenizaçã o por dano
moral deve representar para a vítima uma satisfaçã o capaz de amenizar de alguma forma o
abalo sofrido e de infligir ao causador sançã o e alerta para que nã o volte a repetir o ato,
uma vez que fica evidenciado completo descaso aos transtornos causados.
DA JUSTIÇA GRATUITA
O Requerente atualmente é ________ , tendo sob sua responsabilidade a manutençã o de sua
família, razã o pela qual nã o poderia arcar com as despesas processuais.
Desta forma, mesmo que seus rendimentos sejam superiores ao que motiva o deferimento
da gratuidade de justiça, neste momento excepcional de reduçà o da sua remuneraçã o, o
autor se encontra em completo descontrole de suas contas, em evidente endividamento.
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petiçã o inicial, na
contestaçã o, na petiçã o para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.
§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que
evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessã o de gratuidade, devendo, antes
de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovaçã o do preenchimento dos referidos
pressupostos.
Assim, por simples petiçã o, sem outras provas exigíveis por lei, faz jus o Requerente ao
benefício da gratuidade de justiça:
Cabe destacar que o a lei nã o exige atestada miserabilidade do requerente, sendo suficiente
a "insuficiência de recursos para pagar as custas, despesas processuais e honorários
advocatícios"(Art. 98, CPC/15), conforme destaca a doutrina:
"Não se exige miserabilidade, nem estado de necessidade, nem tampouco se fala em renda
familiar ou faturamento máximos. É possível que uma pessoa natural, mesmo com bom renda
mensal, seja merecedora do benefício, e que também o seja aquela sujeito que é proprietário
de bens imóveis, mas não dispõe de liquidez. A gratuidade judiciária é um dos mecanismos
de viabilização do acesso à justiça; não se pode exigir que, para ter acesso à justiça, o
sujeito tenha que comprometer significativamente sua renda, ou tenha que se desfazer
de seus bens, liquidando-os para angariar recursos e custear o processo." (DIDIER JR.
Fredie. OLIVEIRA, Rafael Alexandria de. Benefício da Justiça Gratuita. 6ª ed. Editora
JusPodivm, 2016. p. 60)
Por tais razõ es, com fulcro no artigo 5º, LXXIV da Constituiçã o Federal e pelo artigo 98 do
CPC, requer seja deferida a gratuidade de justiça ao requerente.
A existência de patrimô nio imobilizado, no qual vive a sua família nã o pode ser parâ metro
ao indeferimento do pedido:
· ________ - R$ ________ ;
· ________ - R$ ________ ;
Ou seja, apesar do patrimô nio e renda elevada, todo valor auferido mensalmente esta
comprometido, inviabilizando suprir a custas processuais.
(...)
Assim, por simples petiçã o, uma vez que inexistente prova da condiçã o econô mica do
Requerente, requer o deferimento da gratuidade dos emolumentos necessá rios para o
deslinde do processo.
DO PEDIDO
Ante o exposto, requer:
1. A concessã o da Gratuidade Judiciá ria nos termos do art. 98 do Có digo de Processo Civil;
6. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas e cabíveis à
espécie, especialmente pelos documentos acostados;
7. Por fim, manifesta que ________ na audiência conciliató ria, nos termos do Art. 319, inc. VII
do CPC.
________
ANEXOS
1. Comprovante de renda
2. Declaraçã o de hipossuficiência
4. Comprovante de residência
5. Procuraçã o
6. Prova da compra