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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

UNIDADE ACADÊMICA DE MINERAÇÃO E GEOLOGIA

Curso: ENGENHARIA DE MINAS

Disciplina: PESQUISA MINERAL

SONDAGENS

PROFESSOR (Ms.): João Lucena Ramos Neto


UAMG - UFCG

Campina Grande – 2019


SONDAGENS
NOÇÕES BÁSICAS
Chama-se perfuração de furos de sonda (sondagem) ao conjunto de trabalhos,
com o objetivo de realizar escavações de secção circular nas rochas. Estas são
executadas através de meios técnicos especiais (ferramentas e equipamentos
de perfuração), sem o acesso do homem. Deste modo, informações sobre a
composição rochosa do subsolo são levadas a superfície.
Furo de sonda é portanto uma escavação mineira, cilíndrica de diâmetro muitas
vezes menor que seu comprimento.
Existem vários métodos especiais de sondagem, porém nos trabalhos de
pesquisa mineral, elas são comumente executadas através de dois tipos:
A – Sondagens Rotativas.
B – Sondagem percussivas.

SONDAGEM ROTATIVA
Neste caso as rochas são penetradas devido ao movimento de rotação da
ferramenta de corte (broca, coroa, trépano, etc.), que entra em contato direto
com o material rochoso e pode produzir dois materiais: Fragmentos de rocha e
Testemunhos de sondagem.
Transporte dos fragmentos de rocha: Este material é levado à superfície
através do fluido de perfuração (águe, lama ou ar), que circula sob pressão no
interior do furo.
Transporte dos testemunhos de sondagem (cilindros de rocha): Estes ficam
retidos em “barriletes” (tubos especiais), que são retirados periodicamente dos
furos.

SONDAGEM PERCUSSIVA
Aqui o furo é desenvolvido através da ação de uma ferramenta de corte pesada
(Trépano), que é soerguido e deixado cair em queda livre, provocando a
quebra da rocha e o aparecimento de fragmentos, que são retirados em
intervalos da sondagem propriamente dita, utilizando-se ferramentas de
limpeza.

ESCOLHA DO MÉTODO DE SONDAGEM


Isto depende basicamente do objetivo do furo e das propriedades físico-
mecânicas da rocha que deverão ser atravessadas. As propriedades que mais
exercem influência sobre os trabalhos de sondagem são Dureza, Abrasão,
Consistência e Grau de faturamento.

DUREZA
É a resistência que a rocha oferece à penetração da ferramenta de corte.
Através desta propriedade as rochas podem ser classificadas em:
Extremamente duras, duras, médias e moles, partindo-se da mais resistente
para a menos resistente à penetração.
Exemplos:
A - Rochas Extremamente Duras – Basalto, Quartzo pórfiro, Quartzito,
calcários e arenitos silicificados, etc.
B - Rochas Duras – Granito, Gnaisse, Itabirito, Meta-conglomerado, etc.
C - Rochas Médias – Xisto, folhelho, conglomerados, calcário sedimentar,
arenito, conglomerado, etc.
D - Rochas Moles – Argilito, Calcário, Carvão, Gipsita, Aluvião, Diatomito, etc.

ABRASÃO
É a capacidade, que tem a rocha, de desgastar a ferramenta de corte e
depende basicamente de dureza dos minerais componentes. Assim quanto
mais duros os minerais, mais abrasiva é a rocha.
Neste caso podemos ter:
A - Rochas Abrasivas – Que são rochas ricas em quartzo. Ex: Quartzito,
Quartzo pórfiro, Granito rico em quartzo, etc.
B - Rochas Não Abrasivas – São rochas constituídas, principalmente, por
minerais com dureza igual ou menor que 3. Ex: calcário, evaporito, folhelho,
argilito, etc.

CONSISTÊNCIA
Diz respeito ao grau de consolidação da rocha, que depende basicamente das
forças de atração entre as partículas componentes ou da existência de um
cimento agregador. Podem ser:
A - Rochas Tenazes ou Consolidadas – Engloba todas as rochas ígneas,
metamórficas e sedimentares com cimento.
Ex: Arenito, calcário, folhelho, basalto, riolito granito, gnaisse, xisto, etc.
B - Rochas Inconsolidadas – São de origem sedimentar, não possuem cimento
e podem também ser produto de alteração.
Ex: areias, argilas, diatomitos, aluviões, cascalhos, solos, etc.
Obs: Neste caso a penetração não é difícil, pois a rocha já está reduzida a
fragmentos, entretanto a instabilidade das paredes dos furo pode causar
problemas para a sondagem, que poderá ser resolvido com a utilização de
revestimentos.

GRAU DE FRATURAMENTO
Que está relacionado a quantidade de planos de disjunção existentes no
maciço rochoso.
Se torna importante porque as fraturas modificam localmente as características
da rocha. Assim podemos ter diminuição da resistência à penetração, aumento
da permeabilidade local, podendo acarretar perda do fluido de circulação, ainda
zonas de desmoronamento, zonas de abrasão, etc.
Obs.: É importante salientar que os trabalhos de sondagem são mais
facilmente executados a medida que diminui o faturamento do maciço.
COMPARAÇÃO ENTRE SONDAGENS ROTATIVAS E À PERCUSSÃO

SONDAGENS ROTATIVAS SONDAGENS PERCUSSIVAS


1 - Mais indicadas para rochas duras 1 – São mais utilizadas em rochas
ou extremamente duras. Inconsolidadas, como
conglomerados, rochas muito
fraturada, etc.
2 – Os furos podem ser inclinados ou 2 – Os furos são sempre verticais e
verticais, descendentes ou descendentes.
ascendentes e horizontais.
3 – Podem ser feitos em superfície e 3 – São realizados apenas em
subsuperfície. superfície.

4 – Podem ser recuperados 4 - Podem ser recuperados apenas


testemunhos de sondagem, onde fragmentos da rocha atravessada e
pode-se identificar textura, assim temos condições de
composição, estrutura, mergulho, etc, determinar apenas sua composição.
além de fragmentos da rocha As amostras são irregulares.
atravessada (amostra de calha).
5 – O volume das amostras 5 – As amostras abrangem volumes
coletadas, por metro perfurado, é interessastes, que podem ser
baixo, insuficiente para ensaios de utilizados em ensaios de
beneficiamento. - Obs Na sondagem beneficiamento.
Rotary os volumes são maiores más
há problemas de contaminação
6 – Baixa recuperação em material 6 –Boas amostras, mesmo em
não consolidado, muito fraturado, etc. material não consolidado.
7 – Mais rápida em profundidades 7 - Mais rápida em pequenas
superiores a 200m profundidades.
8 – Os furos podem ser iniciados na 8 – São iniciados apenas na
terra, em outro planeta, na lua, etc, superfície da terra.
SONDAGEM ROTATIVA
Tipos e campos de aplicação.

I – Perfuração manual

a – Sondagem à Trado:
Atualmente pouco utilizada, devido ao surgimento de pequenas sondas
portáteis, utilizadas na prospecção de terrenos pouco espessos. Mesmo assim
podem ser usados numa fase inicial da pesquisa, para amostragens em
materiais inconsolidados.

b – Sondagem Empire ou Banka


Atualmente muito pouco utilizada, é indicada para pesquisa em materiais
inconsolidados espessos, como aluviões, podendo chegar à profundidade de
40m. Era bem solicitada em áreas de difícil acesso, sem mão de obra
especializada.

II – Perfuração com máquinas

a – Sondagem à Diamante
É indicada para furos de pequeno diâmetro (abaixo de 60 mm), quando se
deseja obter testemunhos contínuos de todo o pacote rochoso atravessado.
Não é indicada para terrenos inconsolidados, bastante fraturados ou
heterogêneos como conglomerados.

b – Sondagem Rotary
É utilizada principalmente na pesquisa e produção de petróleo e gás e na
captação de água subterrânea. Aqui não se faz necessário uma
testemunhagem contínua de toda a rocha atravessada, mas apenas de alguns
setores específicos de maior interesse.

II-a-1) – SONDAGEM À DIAMANTE (NOÇÕES GERAIS)


Aqui a sondagem é feita com a ajuda de uma coroa de forma anelar, contendo
inúmeros diamantes cravejados, que girando a alta velocidade, corta o terreno
segundo uma secção circular, separando cilindros de rocha e material
fragmentado.
Os furos podem ser verticais, horizontais ou inclinados com profundidade
variando de poucos metros a mais de 1000 metros. As máquinas utilizadas
para as sondagens de pequeno diâmetro e com capacidade para perfurara até
500m, são geralmente portáteis, podendo ser montadas em caminhões ou
reboques.
II-a-2) – EQUIPAMENTOS COMPONENTES DE UMA SONDAGEM À
DIAMANTE

1 – Máquina (Sonda) – Responsável pela força motriz que dá origem ao


movimento de rotação de toda coluna de perfuração.

2 – Bomba (bomba de lama) – Injeta fluido de perfuração no furo, como


objetivo de diminuir a abrasão sobre a coroa (ferramenta de corte) e remover
partículas desagregadas para a superfície (limpeza do furo).

3 – Tripé ou Torre – Ajuda a manter a sondagem na posição correta e também


e também auxilia nas manobras (retirada e descida da composição).

4 – Tornel – Equipamento que é rosqueado na haste, quando se deseja retirar


a coluna de perfuração, para recuperação de testemunhos ou para troca da
ferramenta de corte.

5 - Coluna de perfuração – É composta por: Hastes, Barrilete, Calibrador e


Coroa diamantada.

5.1 – Hastes – São tubos de aço, ocos, sem costura, trefilados a frio,
apresentando as extremidades rosqueadas, geralmente, macho e fêmea,
respectivamente, podendo as vezes serem utilizados nipples (conectores).
São responsáveis pela transmissão dos movimentos de rotação e avanço
impostos pela máquina. Servem também como conduto para passagem do
fluido de perfuração.

5.2 – Barriletes – Se situa na coluna de perfuração abaixo da última haste e


acima do calibrador. Trata-se de um equipamento constituído por um ou mais
tubos ocos, onde são armazenados os testemunhos de sondagem.
Um sistema de molas impede que estes testemunhos caiam no fundo do poço,
principalmente quando a coluna de perfuração é retirada. Os barriletes
apresentam um cabeçote rosqueado na sua parte superior, por onde se
conecta às hastes.

Existem 4 tipos de barrilete:

5.2 1 – Barrilete Simples –


É constituído por apenas um tubo que aloja os testemunhos. Neste caso o
fluido de circulação passa entre os testemunhos e a parede interna do barrilete,
que provoca um processo de erosão sobre os cilindros de rocha principalmente
se a formação atravessada é friável, mole ou incoerente, diminuindo
sensivelmente a recuperação da sondagem.
Este tipo de barrilete só deve ser utilizado em rochas de dureza média a alta e
em formações bem consolidadas.
Não é indicado para rochas duras, porém fraturadas, que podem causar
problemas na sondagem, como também em rochas moles ou friáveis, onde a
recuperação passa a ser muito baixa.
5.2 2 – Barrilete Duplo Rígido –
É composto por 2 tubos, sendo ambos ligados ao cabeçote, de modo que os
dois giram juntamente com toda coluna de perfuração. O fluido de perfuração
circula no espaço anelar existente entre os dois tubos e não entra em contato
com os testemunhos, evitando consequentemente o processo de erosão.
Entretanto o tubo interno, que também gira com toda a composição, provoca
um certo desgaste, por abrasão, nos testemunhos. Por este motivo este tipo de
barrilete só deve ser utilizado em rochas compactas, de dureza média a alta e
pouco fragmentada.

5.2 3 – Barrilete Duplo Móvel –


É composto por dois tubos, entre os quais circula o fluido de perfuração. O tubo
interno não gira juntamente com o tubo externo e com a coluna de perfuração.
Ele é mantido estacionário, graças a um sistema de rolamentos situado entre
os dois tubos, que praticamente elimina os desgastes do testemunho por
lavagem ou abrasão. Por isto este barrilete também pode ser utilizado em
materiais moles e fragmentados, obtendo-se boa recuperação, assim como em
rochas fraturadas de dureza média a alta.

5.2 4 – Barrilete Triplo Móvel –


É composto por 3 tubos e aumenta a precisão sobre o local de coleta dos
testemunhos. Até o segundo tubo é semelhante ao duplo móvel.
O terceiro tubo porém é uma camisa de proteção que tem uma função
importante, principalmente, na hora de retirada dos testemunhos.
Trata-se de um tubo bipartido que aloja os testemunhos. Este conjunto é
retirado em superfície sem qualquer impacto, graças a ação de uma bomba
hidráulica. O tubo bipartido é aberto nas caixas de armazenamento e os
testemunhos e fragmentos são colocados, com precisão nas profundidades
correspondentes. É indicado até para rochas moles e fragmentadas.

5.3 – Calibrador
Localiza-se entre o barrilete e a coroa e tem a função de manter a bitola do
furo, protegendo o barrilete de algum desgaste por abrasão e até de prisão nas
paredes do poço. Esta bitola deverá diminuir gradativamente de diâmetro a
medida que ocorre um desgaste lateral na coroa, com o desenvolvimento da
sondagem. Além disto o calibrador exerce a função de diminuir a probabilidade
de desvio do furo. São anéis de aço duro, que apresentam várias fileiras de
diamante, cravejados na sua parte anterior, para desgastar as paredes do furo
e manter o diâmetro da sondagem.
Nas sondagens em rochas de dureza muito elevada e abrasivas, costuma-se
adicionar, ao corpo do calibrador, revestimentos de carbureto de tungstênio,
para proteger a parte superior da peça.
5.4 – Coroa Diamantada
São constituídas numa extremidade por uma matriz de dureza muito alta, onde
são cravejados os diamantes. No outro lado é rosqueada, para que sejam
acopladas aos calibradores.
Normalmente as coroas constituem o acessório de maior influência nos custos
da sondagem. Assim uma escolha adequada da coroa, para o tipo de formação
a ser atravessada, poderá representar uma economia significante nos custos
do processo.

CLASSIFICAÇÃO DAS COROAS:

5.4.1 - Quanto à qualidade dos diamantes

a – Coroas com diamantes de alta qualidade (são diamantes virgens,


homogêneos, de forma regular e sólida, com arestas vivas). São
recomendados para rochas duras.

b – Coroas com diamantes de qualidade intermediária (são diamantes de forma


semiarredondada, homogêneos, sem arestas vivas marcantes, as vezes
reaproveitados). São indicados para rochas de dureza média.

c – Coroas com diamantes de baixa qualidade (são diamantes de formato


irregular, mal selecionados, muitas vezes reaproveitados). Normalmente são
utilizados em formações moles.

5.4.2 - Quanto ao tamanho dos diamantes

a – Coroas com pedras grandes (até 15 PPQ) – Dão maior rendimento em


rochas moles de granulação grosseira.(Ex : arenitos friáveis, gnaisse e granitos
grosseiros, alterados, etc.)

b - Coroas com pedras médias (20-40 PPQ) – São indicadas para formações
de dureza média. – (Ex: arenitos comuns, xistos, folhelhos, calcários
sedimentares, etc).

c - Coroas com pedras pequenas (60-120 PPQ) – Devem ser utilizadas em


rochas duras e compactas de granulação fina. – (Ex: rochas ígneas efusiva,
algumas intrusivas e metamórficas, como granitos, gnaisses, itabiritos,
quartzitos, etc.)

5.4.3 - Quanto ao número de saídas de água

a – Coroas com 2 a 4 saídas de água - usadas geralmente em rochas duras.

B – Coroas com 6 a 8 saídas de água - recomendadas para rochas moles.


5.4.4 - Quanto às características da matriz

a – Coroas com Matriz Regular – adaptam-se bem a perfurações em rochas


duras, compactas e não abrasivas.
b – Coroas com Matriz Dura – são indicadas para rochas duras, abrasivas e
sólidas.

c - Coroas com Matriz Extradura – são utilizadas em rochas abrasivas e


fraturadas.

5.4.5 - Quanto a utilidade

A – Coroas amostradoras – Neste caso são produzidos os testemunhos de


rocha (testemunhagem).

a.1 – Coroas regulares – coroas simples, que apresentam diamantes


cravejados na parte superficial de sua matriz. São utilizadas até um certo nível
de rendimento e parte dos seus diamantes são reaproveitados para confecção
de novas coroas.
a.2 – Coroas impregnadas – apresentam pequenos diamantes distribuídos em
toda sua matriz. Neste caso a medida que se desenvolve a sondagem, vai
ocorrendo o desgaste da matriz e vão sendo expostos diamantes novos, que
continuam a perfuração normalmente, sem perda de rendimento. Estas coroas
são usadas até o desgaste total de sua matriz. São indicadas para rochas
duras, fraturadas e abrasivas.
a.3 – Coroas escalonadas – utilizadas em sondagens tipo “Wire Line”.
a.4 - Coroas com pastilhas de aço – (como carbeto de tungstênio), substituindo
os diamantes. São utilizadas em trochas bem moles.

B – Coroas não-amostradoras – São coroas maciças e utilizadas apenas em


sondagens que não necessitam testemunhagem.

b.1 –Coroa tipo cônico – indicada para sondagens em rocha dura.


b.2 – Coroa tipo piloto – indicada para furos longos, com rochas de
caraterísticas físico- mecânicas variadas.
b.3 – Coroa tipo côncavo – usada em rochas moles.

6 – Revestimentos
São tubos colocados normalmente na zona intemperizada, entretanto quando
em profundidade são ultrapassados setores bastante fraturados, provocando
perda do fluido de perfuração e com possibilidade de desmoronamentos, são
também recomendados revestimentos, para proteção do furo.
Estes tubos podem ser colocados por percussão ou por rotação e seus
comprimentos variam de 1 a 10 pés.
7 – Sapatas e coroas de revestimento (Ferramentas cortantes para
revestimento)
São ferramentas cortantes, colocadas na extremidade inferior e rosqueadas ao
primeiro tubo de revestimento, com a função de facilitar a colocação e proteger
os tubos de revestimento. Existem 3 tipos: Sapata cortante, Sapata diamantada
e Coroa de revestimento.

7.1 – Sapata Cortante – Utilizada para colocação de revestimento em


materiais que não oferecem muita resistência à penetração da ferramenta de
corte. Neste caso o revestimento é colocado por percussão. 

7.2 – Sapata Diamantada – Quando não é possível colocar o revestimento


com a sapata cortante, utiliza-se a sapata diamantada, que apresenta
diamantes cravejados na sua parte anterior e externa. O revestimento é
portanto colocado por rotação.

7.3 – Coroa de Revestimento – Pode ser utilizada quando a sapata


diamantada não consegue penetrar no material a ser atravessado. Esta
ferramenta tem um maior poder de penetração, pois além de ter diamantes nas
partes anterior e exterior, tem também na sua parte interna. O ponto negativo é
que quando utilizamos, devido aos diamantes internos, temos que continuar a
sondagem com diâmetro menor.

 Ex:
 O revestimento AX – pode der colocado no interior der um furo
realizado com coroa BX e a sondagem poderá continuar a sondagem
com coroa de bitola AX.
 As sapatas cortante e diamantada BX - permitem a passagem de
coroas amostradoras BX.
 Uma coroa de revestimento BX – não permite a passagem de coroas
amostradoras BX. É necessário se reduzir para AX (diamantes internos).

II-b-1) – SONDAGEM ROTARY

Neste caso o trabalho de perfuração é realizado com a ajuda de um trépano ou


broca, que sob rotação rápida, corta e reduz a rocha a pequenos fragmentos, à
medida que ocorre a penetração nos pacotes rochosos.
O fluido de perfuração é bombeado através das hastes e sai com forte pressão
através de orifícios existentes na ferramenta de corte. Este fluido efetua a
limpeza do furo e segue em direção a superfície, carregando o material
desagregado. Na superfície esta lama segue para tanques de decantação e
peneiras, onde podem ser coletados os fragmentos de rocha (amostra de
calha). Após a decantação nos tanques, o fluido volta a circular no furo em
circuito fechado.
Em alguns tipos de sondagem Rotary o fluido de perfuração é injetado entre a
parede do furo e as hastes, retornando pelo interior das mesmas, ou através de
um espaço anelar existente entre os tubos interno e externo de hastes
especiais. Isto provoca uma limpeza mais eficiente, já que a pressão de retorno
é bem maior que a pressão de injeção, porque o diâmetro interno das hastes é
bem menor que o diâmetro do furo. Daí os fragmentos podem ser removidos
com maior facilidade.

II b.2) – MAQUINAS ROTARY

As máquinas utilizadas na sondagem Rotary podem ser:


a - Tipos pequenos, utilizados na captação de água subterrânea, que se
localiza em aquíferos a algumas centenas de metros de profundidade. Estas
máquinas, que utiliza diâmetros menores, em geral são portáteis e podem ser
montadas em caminhões, facilitando seu deslocamento.

b – Tipos maiores, que são utilizados na pesquisa e produção de petróleo e


gás, onde as perfurações podem atingir 8.000m de profundidade. Estas sondas
são armadas sobre potentes estruturas metálicas que suportam todos os
equipamentos do conjunto.

II b.3) – EQUIPAMENTOS DE UM CONJUNTO ROTARY

1 – Torre – Tem a função de manter o posicionamento do furo e auxilia no


processo de manobra.
2 – Motores geradores – que gera energia para todo o sistema.
3 – Bomba de lama – Injeta fluido de perfuração, para limpeza do furo e para
diminuição da abrasão sobre a ferramenta de corte. Muitas vezes se faz
injeção de lama, contendo “bentonita”, para melhor sustentação das paredes
do furo.
4 – Mesa giratória – que transforma o movimento de rotação horizontal, vindo
do motor através de uma barra de transmissão em movimento de rotação
vertical, graças a um conjunto de pinhão e rolamento. Esta mesa tem um
orifício quadrado ou hexagonal.
5 – Kelly – haste de secção quadrada ou hexagonal que passa pelo orifício da
mesa, podendo subir e descer livremente. Tem a função de transmite o
movimento de rotação vertical, imposto pela mesa, a toda coluna de
perfuração. Ainda funciona como conduto para passagem do fluido de
perfuração.
6 – Hastes – são tubos colocados entre o Kelly e a ferramenta de corte, que
serve de conduto para o fluido de perfuração e transmite à ferramenta de corte
o movimento imposto pela mesa.
7 – Tornel – serve para retirada e colocação da coluna de perfuração.
8 – Broca ou Trépano – Tem a função de desagregar a rocha. (Ferramenta de
corte).

8.1 – Brocas ou Trépanos (ferramentas de corte)


As ferramentas mais comuns são:

a - Trépano de arrasto – Exercem uma ação de raspagem sobre a rocha,


quando em movimento de rotação. É indicado para perfuração de formações
moles. Podem apresentar duas arestas (Rabo de Peixe), três arestas e quatro
arestas (em Cruz ou Duplo Rabo de Peixe). O corpo da ferramenta é de uma
liga de aço e as arestas são superficialmente endurecidas com “carbureto de
tungstênio ou Stellite”.

b – Broca Tricônica – Exerce uma ação cortante e trituradora sobre a rocha.


São indicadas para rochas duras. Existe uma grande variação no que diz
respeito ao tamanho dos dentes e ao espaço entre os cones. Utilizam-se
dentes curtos e cones mais próximos em rocha mais duras.

II-b-4) – ALGUNS ASPECTOS DA SONDAGEM ROTARY

a - Quando, na pesquisa de petróleo, se observa nas amostras de calha


a presença de horizontes com caraterísticas de potencialidade para
mineralização, como por exemplo, arenitos porosos, a coluna de perfuração é
retirada e o trépano é substituído por uma coroa amostradora e um barrilete e
se faz a testemunhagem de forma contínua até a ultrapassagem da camada de
interesse. Em seguida se recorta o furo e se continua a sondagem Rotary
normalmente.

b – Os diâmetros dos furos Rotary são bem variáveis, entretanto nas pesquisas
de petróleo e na captação de água os diâmetros mais comuns estão situados
entre 6” e 24”.

c – O revestimento dos furos, normalmente só é realizado na zona superficial,


enquanto que, em profundidade, as paredes do poço podem aumentar o nível
de sustentação e consequentemente evitar processos de desmoronamento
com a adição de lama de perfuração (com bentonita).

d – Algumas sondas Rotary apresentam um sistema se turbinas acopladas


diretamente à ferramenta de corte, fazendo com que só ela gire, enquanto as
hastes continuem estacionárias. Este sistema é conhecido como “turbo-rotary”.

SONDAGEM PERCUSSIVA

Princípio:
As sondas percussivas empregam o princípio do peso em queda livre, para
produzir golpes na rocha, no fundo do furo. Os fragmentos cortados são
recuperados através de ferramentas de limpeza como: bombas de areia,
caçambas de limpeza, amostradores de solo, e até fluido de circulação, na
sondagem manual.

I – Perfuração manual – Pode ser utilizada em pesquisas iniciais de solos e


aluviões contendo mineralizações pouco profundas e ainda em testes
geotécnicos.
I 1) - EQUIPAMENTOS DE UMA SONDAGEM PERCUSSIVA MANUAL:

I 1.1 - Tripé – Serve para fixar a roldana que mantem o posicionamento do


furo.

I 1.2 - Roldana – Diminui o esforço e melhora o posicionamento do operador.

I 1.3 - Corda ou cabo de aço – Serve para transmitir o esforço de


soerguimento do operador ao peso de bater.

I 1.4 - Peso de bater – Ferramenta que é levantada e solta em queda livre para
dar golpes para penetração das hastes.

I 1.5 - Haste guia – Ligada ao peso de bater, evita que os golpes sejam dados
fora do alvo desejado.

I 1.6 - Cabeçote de bater – Conectado à primeira haste, evita que esta seja
amassada ou deformada.

I 1.7 - Haste de percussão – Tubo oco que penetra no material a ser


atravessado.

I 1.8 - Amostrador – Funciona como coletor de amostras do material


desagregado atravessado e possui uma válvula ou mola que impede que o
material coletado caia no fundo do poço. Pode ser de tubo sólido ou bipartido.

I 1.9 - Sapata – Ferramenta de corte ligada ao amostrador.

I 1.10 - Revestimentos – Utilizados quando o furo apresenta problemas de


desmoronamento.

I 1.11 - Bica de lavagem – que injeta água e pode ser usada quando o furo é
revestido e o horizonte que está sendo atravessado não é importante na
pesquisa.

II – Sondagem com Máquina


Consiste na perfuração por cabos de aço, que sustentam uma coluna pesada
de percussão, que é deixada cair de forma rítmica no fundo do poço, graças ao
movimento de um braço excêntrico, chamado “Balancim”.
É utilizada basicamente na captação de água subterrânea. Ainda podem ser
usadas em ensaios geotécnicos, para testes de resistência de solos.

II 1) - EQUIPAMENTOS DE UMA SONDAGEM PERCUSSIVA

II 1.1 – Trépano – ferramenta de corte, responsável pela desagregação da


rocha. É constituído por uma aresta cortante no lado inferior e é rosqueado na
parte superior.
II 1.2 – Haste de percussão – É constituída por uma barra da aço compacta,
tendo na extremidade superior uma estrutura rosqueada macho. No lado
inferior uma conexão fêmea, onde se acopla o trépano. Sua função é aumentar
o peso da coluna de percussão.

II 1.3 – Percussor – Consiste de dois elos conectados, apresentando um pino


rosqueado macho na parte superior, que é acoplado ao porta cabo e uma rosca
fêmea na parte inferior, que se adapta à haste de percussão. Tem a função de
dar o primeiro impacto, quando do soerguimento da coluna de percussão,
diminuindo o esforço da máquina, principalmente quando o trépano tende a
ficar preso.

II 1.4 - Porta cabo – É constituído por um tubo, que tem no interior uma peça
sólida de forma cilíndrica, chamada mandril, responsável pela retenção do cabo
de aço.

II 1.5 – Cabo de aço – Transmite o movimento imposto pela máquina à coluna


de percussão.

II 1.6 – Roldanas – por onde passa o cabo der aço, tem a função de diminuir o
esforço da máquina.

II 1.7 – Torre de sondagem – Mantem o posicionamento do furo e sustenta a


roldana ou polia de coroamento.

II 1.8 – Balancim – Braço excêntrico, responsável pelo movimento de


soerguimento e queda livre da coluna de percussão.

II 1.9 – Motor - responsável pela força motriz dos guinchos.

II 1.10 – Guinchos – Responsáveis pelo processo de elevação da coluna de


perfuração, da ferramenta de limpeza e do revestimento, caso haja
necessidade.

II 1.11 – Ferramentas de limpeza – São utilizada em intervalos da sondagem


propriamente dita, para remoção de fragmentos de rocha desagregada, situada
no fundo do poço. Ex. Caçamba de sopapo, caçamba de válvula de dardo,
bomba de areia, Bomba balde, etc.

PESCARIA

São operações delicadas e indesejadas, solicitadas quando as ferramentas


ficam retidas no interior do furo.

De uma maneira geral as ferramentas ficam retidas no interior do furo pelos


seguintes motivos:
1 – Quebra das ferramentas nas conexões ou do cabo de percussão, onde o
equipamento fica repousando no fundo do furo.
2 – Prisão de ferramentas devido a desmoronamentos no furo.
3 –Prisão de ferramentas em zonas fraturadas.

Obs.: as vezes torna-se necessária a confecção de peças no local, adaptadas


à situação.

Equipamentos usados na pescaria (pescadores)

Em sondas rotativas:
Pescadores macho e fêmea, para abrir rosca nas partes internas e externas de
hastes ou conexões. São bem usados na recuperação de colunas de
perfuração partida no meio de hastes ou nas conexões. Também são bastante
requisitados os pescadores de escamas e de ponteiro, para hastes, etc.

Em sondas percussivas:
São utilizados arpões e mangas cônicas na pescaria de hastes, porta cabos, ou
cabo de aço. Mordente deslizante na pescaria de porta cabo. Arpão duplo para
cabos de aço, etc.

DESVIO DE FUROS

Durante as sondagens, dificilmente os furo apresentam uma trajetória retilínea,


principalmente em furos acima de 100m, onde os desvios são mais comuns.

Exemplo de desvios anormais:

1 – Em Washington (EUA), um furo a 300m de profundidade, sofreu um desvio


de 700 em relação a sua posição original.
2 – Em Oklahoma (EUA), a 1600m de profundidade, o furo estava a 750m
afastado do eixo original e a uma profundidade 240m superior em relação a
que deveria alcançar.

Nas sondagens rotativas os desvios são geralmente maiores que nas


percussivas.

Desvios médios em relação a vertical:

Sondagem Rotary - 20 a 150m de profundidade, de 3 0 a 300m, de 70 a 1000m


e de 230 a 2000m.

Sondagem a Diamante – 20 30´a 150m de profundidade, chegando a 48 0 a


1200m.

Principais causas dos desvios:


a – Os furos que formam um pequeno ângulo com a estratificação das
camadas, tendem a ficar paralelas a estas.
b – Os furos que cortam as formações com ângulo forte, tendem a ficar
perpendiculares as mesmas.
c – Os furos horizontais e sub-horizontais, frequentemente sofrem desvios em
direção a superfície, devido ao peso da coluna de perfuração e também a
existência de rochas menos compactas (de mais fácil penetração) no sentido
da superfície.
d – Os furos em matérias moles como argilito, folhelho, etc, sub-horizontais,
quando a sondagem atinge veios subverticais de rocha dura (basalto, aplito,
riolito, etc.) tende a se amoldar ao contato.
e – As sondagens em conglomerados, formados por seixos duros em uma
matriz mole, pode sofrer desvios, principalmente quando são atingidos seixos
grandes (matacões).
f – As zonas fraturadas que podem dificultar ou facilitar a penetração da
ferramenta de corte, frequentemente provocam desvios.
g – Ferramentas fora do padrão, como hastes curvas e conexões defeituosas
podem provocar desvios, como também perfurações em alta velocidade e com
excesso de avanço.

Cuidados:
a – Utilizar hastes aprumadas, barriletes indicados, pressão e velocidade de
rotação adequadas.
b – Ângulo mínimo entre o eixo do furo e o principal plano de estratificação
das camadas deve ser de 300 para furos até 100m e de 450 para furos com
profundidades superiores.
c – As sondagens horizontais a subhorizontais devem ser de, no máximo,
150m.

DETERMINAÇÃO DA TRAJETORIA REAL DOS FUROS

São utilizados clinômetros de vários tipos, porém o mais eficiente e prático é o


clinômetro ótico. Existe ainda o clinômetro químico, o eletromagnético, o
mecânico, etc.

Clinômetro Ótico – O mais usado, é constituído por um tubo não magnético,


contendo uma câmera fotográfica, um flash (fonte luminosa), um vidro esférico
graduado, uma pequena esfera de aço, uma bussola magnética e extensores
ou guias que mantem o clinômetro paralelo ao eixo do furo.

Operação:
O clinômetro é baixado no furo e a intervalos de 50 a 60m são tiradas
fotografias acionadas da superfície.
Estas fotos mostram a posição da esfera de aço e da agulha da bússola.
Assim se tem o azimute (orientação) e a inclinação do poço naquele local.
O aparelho normalmente tem um comprimento de 1,40m e pode ser utilizado
em furos com diâmetro superior a 130mm. Numa descida podem ser feitas
todas as fotos.
Obs.: Existem vidros graduados de diferentes curvaturas, para determinação
de diferentes inclinações. Já o azimute só poderá ser determinado em furos
não revestidos.

Clinômetro mecânico – É constituído por um tubo de material não magnético,


subdividido em duas partes. Na parte superior existe um pêndulo ligado a um
flutuador imerso em um gel. Na parte inferior tem-se uma agulha imantada,
também com flutuador e imersa em gel.
Operação:
Antes da descida do clinômetro o gel é aquecido e liquefeito. O tubo desce no
interior de um barrilete de bronze ligado a hastes de bronze, que são ligadas a
um cabo de aço. Se faz apenas uma estação por descida, deixando-se o
barrilete em repouso durante 40 à 60 minutos. Enquanto o gel se solidifica. Em
alguns tipos o gel é substituído por papel fotográfico sensível, colocado abaixo
do pêndulo e da agulha magnética. Em cada estação uma bateria é acionada e
fotografa as posições do pêndulo e da agulha.

Os clinômetros químico e eletromagnético - fornecem apenas as inclinações


dos furos em cada estação.

DESVIOS PROGRAMADOS

São operações complicadas e demoradas que necessitam de equipamentos


especiais. Estas sondagens dirigidas são feitas com máquinas Rotary, cuja
orientação é sempre vertical próximo à superfície. São realizadas basicamente
na fase de exploração (produção) ou de avaliação de reservas de petróleo e
gás. Os furos são desviados propositadamente, com o objetivo de alcançar
setores que não seriam atingidos pelas sondagens verticais.

Estas sondagens dirigidas podem ser motivadas por:

1 – Existência de horizontes produtores abaixo de lâminas de água (mares,


lagos, rios, etc).
2 – Ocorrência de níveis petrolíferos, ao lado de domos de sal.
3 – Com objetivo de atravessar falhas subverticais que desviariam furos
verticais.
4 – Para aproveitar furos acidentados.
5 – Para executar perfurações em leque, a partir do furo original, com o objetivo
de aumentar a produção do reservatório.
6 – Para apagar incêndio, quando são injetadas soluções refrigerantes de baixa
densidade e ante combustível, a partir de furos vizinhos.

Obs. Estas sondagens dirigidas são usadas com máquinas Rotary, cuja
orientação é sempre vertical em superfície, principalmente
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS PARA DESVIOS

Cunha Desviadora – É constituída por uma barra metálica sólida, com uma
terminação aguda. Apresenta um diâmetro externo próximo ao do furo e tem na
sua parte superou um orifício, por onde passa a coluna de perfuração.
Este orifício tem um diâmetro superior ao da haste e inferior ao da ferramenta
de corte (coroa), para que seja recuperada.
As estações, para desvios, devem ser espaçadas de no mínimo 20 a 25m e os
desvio máximo é de 30 30’.

A cunha desce até o fundo do poço já orientada (defletida), ligada a haste por
pinos de cobre. Daí baixa-se a coroa e inicia-se a sondagem. Quando são
necessários desvios, em setores fora do fundo do poço, são utilizados outros
tipos de desviadores, que são fixados nas paredes do furo.

Joelho ou Rótula Desviadora – Neste caso o desvio máximo por estação é


de 50 . Este equipamento é descido na extremidade da haste de perfuração e
após sua orientação a operação é iniciada, através de uma broca existente na
sua parte final. Após alguns metros a coluna de perfuração é retirada e é
colocada uma coroa alargadora.

Trépano Desviador – Tem forma de colher cheia. É descido na extremidade


da coluna de perfuração e a face curve é orientada no sentido do desvio. Este
desvio é feito por percussão até 0,5 a 1,0, quando é descida uma coroa para
continuar a sondagem normalmente.

ESTUDO DOS TESTEMUNHOS DE SONDAGEM

Os testemunhos de sondagem oferecem muitas informações. Neste sentido


podem ser determinados:
Nome da rocha, recuperação da sondagem, aspecto geral da rocha como cor,
granulometria, minerais componentes, grau de alteração, ângulo entre planos
estruturais e o eixo do testemunho, zonas de cisalhamento, fraturas, falhas,
veios, mergulho de planos estruturais, etc.

Cuidados
O testemunho pode ser lavado, antes de ser feita a primeira descrição.
A seguir os setores mais interessantes em termos de mineralização são
partidas longitudinalmente, através de divisores de testemunhos, e enviadas
para análise.

Tipos de divisores
1 – Divisor constituído por duas garras laterais com molas, que seguram o
testemunho, e uma cunha, para corte, conectada a um eixo rosqueado.

2 – Divisor mais simples, constituído por um cano, aberto longitudinalmente em


um dos lados, com diâmetro interno um pouco superior ao do testemunho. O
testemunho é introduzido no cano e com um cinzel são desferidos golpes,
através do corte do cano, com o objetivo de partir a amostra.

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