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SONDAGENS
SONDAGEM ROTATIVA
Neste caso as rochas são penetradas devido ao movimento de rotação da
ferramenta de corte (broca, coroa, trépano, etc.), que entra em contato direto
com o material rochoso e pode produzir dois materiais: Fragmentos de rocha e
Testemunhos de sondagem.
Transporte dos fragmentos de rocha: Este material é levado à superfície
através do fluido de perfuração (águe, lama ou ar), que circula sob pressão no
interior do furo.
Transporte dos testemunhos de sondagem (cilindros de rocha): Estes ficam
retidos em “barriletes” (tubos especiais), que são retirados periodicamente dos
furos.
SONDAGEM PERCUSSIVA
Aqui o furo é desenvolvido através da ação de uma ferramenta de corte pesada
(Trépano), que é soerguido e deixado cair em queda livre, provocando a
quebra da rocha e o aparecimento de fragmentos, que são retirados em
intervalos da sondagem propriamente dita, utilizando-se ferramentas de
limpeza.
DUREZA
É a resistência que a rocha oferece à penetração da ferramenta de corte.
Através desta propriedade as rochas podem ser classificadas em:
Extremamente duras, duras, médias e moles, partindo-se da mais resistente
para a menos resistente à penetração.
Exemplos:
A - Rochas Extremamente Duras – Basalto, Quartzo pórfiro, Quartzito,
calcários e arenitos silicificados, etc.
B - Rochas Duras – Granito, Gnaisse, Itabirito, Meta-conglomerado, etc.
C - Rochas Médias – Xisto, folhelho, conglomerados, calcário sedimentar,
arenito, conglomerado, etc.
D - Rochas Moles – Argilito, Calcário, Carvão, Gipsita, Aluvião, Diatomito, etc.
ABRASÃO
É a capacidade, que tem a rocha, de desgastar a ferramenta de corte e
depende basicamente de dureza dos minerais componentes. Assim quanto
mais duros os minerais, mais abrasiva é a rocha.
Neste caso podemos ter:
A - Rochas Abrasivas – Que são rochas ricas em quartzo. Ex: Quartzito,
Quartzo pórfiro, Granito rico em quartzo, etc.
B - Rochas Não Abrasivas – São rochas constituídas, principalmente, por
minerais com dureza igual ou menor que 3. Ex: calcário, evaporito, folhelho,
argilito, etc.
CONSISTÊNCIA
Diz respeito ao grau de consolidação da rocha, que depende basicamente das
forças de atração entre as partículas componentes ou da existência de um
cimento agregador. Podem ser:
A - Rochas Tenazes ou Consolidadas – Engloba todas as rochas ígneas,
metamórficas e sedimentares com cimento.
Ex: Arenito, calcário, folhelho, basalto, riolito granito, gnaisse, xisto, etc.
B - Rochas Inconsolidadas – São de origem sedimentar, não possuem cimento
e podem também ser produto de alteração.
Ex: areias, argilas, diatomitos, aluviões, cascalhos, solos, etc.
Obs: Neste caso a penetração não é difícil, pois a rocha já está reduzida a
fragmentos, entretanto a instabilidade das paredes dos furo pode causar
problemas para a sondagem, que poderá ser resolvido com a utilização de
revestimentos.
GRAU DE FRATURAMENTO
Que está relacionado a quantidade de planos de disjunção existentes no
maciço rochoso.
Se torna importante porque as fraturas modificam localmente as características
da rocha. Assim podemos ter diminuição da resistência à penetração, aumento
da permeabilidade local, podendo acarretar perda do fluido de circulação, ainda
zonas de desmoronamento, zonas de abrasão, etc.
Obs.: É importante salientar que os trabalhos de sondagem são mais
facilmente executados a medida que diminui o faturamento do maciço.
COMPARAÇÃO ENTRE SONDAGENS ROTATIVAS E À PERCUSSÃO
I – Perfuração manual
a – Sondagem à Trado:
Atualmente pouco utilizada, devido ao surgimento de pequenas sondas
portáteis, utilizadas na prospecção de terrenos pouco espessos. Mesmo assim
podem ser usados numa fase inicial da pesquisa, para amostragens em
materiais inconsolidados.
a – Sondagem à Diamante
É indicada para furos de pequeno diâmetro (abaixo de 60 mm), quando se
deseja obter testemunhos contínuos de todo o pacote rochoso atravessado.
Não é indicada para terrenos inconsolidados, bastante fraturados ou
heterogêneos como conglomerados.
b – Sondagem Rotary
É utilizada principalmente na pesquisa e produção de petróleo e gás e na
captação de água subterrânea. Aqui não se faz necessário uma
testemunhagem contínua de toda a rocha atravessada, mas apenas de alguns
setores específicos de maior interesse.
5.1 – Hastes – São tubos de aço, ocos, sem costura, trefilados a frio,
apresentando as extremidades rosqueadas, geralmente, macho e fêmea,
respectivamente, podendo as vezes serem utilizados nipples (conectores).
São responsáveis pela transmissão dos movimentos de rotação e avanço
impostos pela máquina. Servem também como conduto para passagem do
fluido de perfuração.
5.3 – Calibrador
Localiza-se entre o barrilete e a coroa e tem a função de manter a bitola do
furo, protegendo o barrilete de algum desgaste por abrasão e até de prisão nas
paredes do poço. Esta bitola deverá diminuir gradativamente de diâmetro a
medida que ocorre um desgaste lateral na coroa, com o desenvolvimento da
sondagem. Além disto o calibrador exerce a função de diminuir a probabilidade
de desvio do furo. São anéis de aço duro, que apresentam várias fileiras de
diamante, cravejados na sua parte anterior, para desgastar as paredes do furo
e manter o diâmetro da sondagem.
Nas sondagens em rochas de dureza muito elevada e abrasivas, costuma-se
adicionar, ao corpo do calibrador, revestimentos de carbureto de tungstênio,
para proteger a parte superior da peça.
5.4 – Coroa Diamantada
São constituídas numa extremidade por uma matriz de dureza muito alta, onde
são cravejados os diamantes. No outro lado é rosqueada, para que sejam
acopladas aos calibradores.
Normalmente as coroas constituem o acessório de maior influência nos custos
da sondagem. Assim uma escolha adequada da coroa, para o tipo de formação
a ser atravessada, poderá representar uma economia significante nos custos
do processo.
b - Coroas com pedras médias (20-40 PPQ) – São indicadas para formações
de dureza média. – (Ex: arenitos comuns, xistos, folhelhos, calcários
sedimentares, etc).
6 – Revestimentos
São tubos colocados normalmente na zona intemperizada, entretanto quando
em profundidade são ultrapassados setores bastante fraturados, provocando
perda do fluido de perfuração e com possibilidade de desmoronamentos, são
também recomendados revestimentos, para proteção do furo.
Estes tubos podem ser colocados por percussão ou por rotação e seus
comprimentos variam de 1 a 10 pés.
7 – Sapatas e coroas de revestimento (Ferramentas cortantes para
revestimento)
São ferramentas cortantes, colocadas na extremidade inferior e rosqueadas ao
primeiro tubo de revestimento, com a função de facilitar a colocação e proteger
os tubos de revestimento. Existem 3 tipos: Sapata cortante, Sapata diamantada
e Coroa de revestimento.
Ex:
O revestimento AX – pode der colocado no interior der um furo
realizado com coroa BX e a sondagem poderá continuar a sondagem
com coroa de bitola AX.
As sapatas cortante e diamantada BX - permitem a passagem de
coroas amostradoras BX.
Uma coroa de revestimento BX – não permite a passagem de coroas
amostradoras BX. É necessário se reduzir para AX (diamantes internos).
b – Os diâmetros dos furos Rotary são bem variáveis, entretanto nas pesquisas
de petróleo e na captação de água os diâmetros mais comuns estão situados
entre 6” e 24”.
SONDAGEM PERCUSSIVA
Princípio:
As sondas percussivas empregam o princípio do peso em queda livre, para
produzir golpes na rocha, no fundo do furo. Os fragmentos cortados são
recuperados através de ferramentas de limpeza como: bombas de areia,
caçambas de limpeza, amostradores de solo, e até fluido de circulação, na
sondagem manual.
I 1.4 - Peso de bater – Ferramenta que é levantada e solta em queda livre para
dar golpes para penetração das hastes.
I 1.5 - Haste guia – Ligada ao peso de bater, evita que os golpes sejam dados
fora do alvo desejado.
I 1.6 - Cabeçote de bater – Conectado à primeira haste, evita que esta seja
amassada ou deformada.
I 1.11 - Bica de lavagem – que injeta água e pode ser usada quando o furo é
revestido e o horizonte que está sendo atravessado não é importante na
pesquisa.
II 1.4 - Porta cabo – É constituído por um tubo, que tem no interior uma peça
sólida de forma cilíndrica, chamada mandril, responsável pela retenção do cabo
de aço.
II 1.6 – Roldanas – por onde passa o cabo der aço, tem a função de diminuir o
esforço da máquina.
PESCARIA
Em sondas rotativas:
Pescadores macho e fêmea, para abrir rosca nas partes internas e externas de
hastes ou conexões. São bem usados na recuperação de colunas de
perfuração partida no meio de hastes ou nas conexões. Também são bastante
requisitados os pescadores de escamas e de ponteiro, para hastes, etc.
Em sondas percussivas:
São utilizados arpões e mangas cônicas na pescaria de hastes, porta cabos, ou
cabo de aço. Mordente deslizante na pescaria de porta cabo. Arpão duplo para
cabos de aço, etc.
DESVIO DE FUROS
Cuidados:
a – Utilizar hastes aprumadas, barriletes indicados, pressão e velocidade de
rotação adequadas.
b – Ângulo mínimo entre o eixo do furo e o principal plano de estratificação
das camadas deve ser de 300 para furos até 100m e de 450 para furos com
profundidades superiores.
c – As sondagens horizontais a subhorizontais devem ser de, no máximo,
150m.
Operação:
O clinômetro é baixado no furo e a intervalos de 50 a 60m são tiradas
fotografias acionadas da superfície.
Estas fotos mostram a posição da esfera de aço e da agulha da bússola.
Assim se tem o azimute (orientação) e a inclinação do poço naquele local.
O aparelho normalmente tem um comprimento de 1,40m e pode ser utilizado
em furos com diâmetro superior a 130mm. Numa descida podem ser feitas
todas as fotos.
Obs.: Existem vidros graduados de diferentes curvaturas, para determinação
de diferentes inclinações. Já o azimute só poderá ser determinado em furos
não revestidos.
DESVIOS PROGRAMADOS
Obs. Estas sondagens dirigidas são usadas com máquinas Rotary, cuja
orientação é sempre vertical em superfície, principalmente
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS PARA DESVIOS
Cunha Desviadora – É constituída por uma barra metálica sólida, com uma
terminação aguda. Apresenta um diâmetro externo próximo ao do furo e tem na
sua parte superou um orifício, por onde passa a coluna de perfuração.
Este orifício tem um diâmetro superior ao da haste e inferior ao da ferramenta
de corte (coroa), para que seja recuperada.
As estações, para desvios, devem ser espaçadas de no mínimo 20 a 25m e os
desvio máximo é de 30 30’.
A cunha desce até o fundo do poço já orientada (defletida), ligada a haste por
pinos de cobre. Daí baixa-se a coroa e inicia-se a sondagem. Quando são
necessários desvios, em setores fora do fundo do poço, são utilizados outros
tipos de desviadores, que são fixados nas paredes do furo.
Cuidados
O testemunho pode ser lavado, antes de ser feita a primeira descrição.
A seguir os setores mais interessantes em termos de mineralização são
partidas longitudinalmente, através de divisores de testemunhos, e enviadas
para análise.
Tipos de divisores
1 – Divisor constituído por duas garras laterais com molas, que seguram o
testemunho, e uma cunha, para corte, conectada a um eixo rosqueado.