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O que é Folclore?
Curiosidades:
História
O termo folclore (folklore) aparece pela primeira vez por Ambrose Merton
pseudônimo de William John Toms – em uma carta endereçada à revista The
Athenaeum, de Londres, onde os vocábulos da língua inglesa folk e lore (povo e
saber) foram unidos, passando a ter o significado de saber tradicional de um
povo.
Esse termo passou a ser utilizado então para se referir às tradições, costumes
e superstições das classes populares.
Posteriormente, o termo passa a designar toda a cultura nascida
principalmente nessas classes, dando ao folclore o status de história não
escrita de um povo.
A medida que a ciência e a tecnologia se desenvolveram,todas essas tradições
passaram a ser considerada frutos da ignorância popular. Entretanto, o estudo
do folclore é fundamental de modo a caracterizar a formação cultural de um
povo e seu passado, além de detectar a cultura popular vigente, pois o fato
folclórico é influenciado por sua época.
No século XIX, a pesquisa folclórica se espalha por toda a Europa, com a
conscientização de que a cultura popular poderia desaparecer devido ao modo
de vida urbano. O folclore passa então a ser usado como principal elemento
nas obras artísticas, despertando o sentimento nacionalista dos povos .
Lendas
× Região Norte
× Região Nordeste
×A cabeça Satânica
×A Besta Fera
×A Cidade Encantada de Jericoacoara
×O Papa Figo
×O Barba Ruiva
×A Cabra-Cabriola
×O Quilombo dos Palmares
× Região Sul
×O Negrinho do Pastoreio
×Entes Fantásticos
×A Gralha Azul
×O Primeiro Gaúcho
× Região Sudeste
×Chibamba
×O Saci-Pererê
×A missa dos Mortos
×A loira do WC
×Boneca de Pano
× Região Centro-Oeste
×Romãozinho
×A Mãe do Ouro
×Onça da mão torta
×Lendas do Milho
×Como nasceram as estrelas
Região Norte
A lenda da Cobra Grande
É uma das mais conhecidas lendas do folclore amazônico. Conta a lenda que
em numa tribo indígena da Amazônia, uma índia, grávida da Boiúna (Cobra-
grande, Sucuri), deu à luz a duas crianças gêmeas que na verdade eram
Cobras. Um menino, que recebeu o nome de Honorato ou Nonato, e uma
menina, chamada de Maria. Para ficar livre dos filhos, a mãe jogou as duas
crianças no rio. Lá no rio eles, como Cobras, se criaram. Honorato era Bom,
mas sua irmã era muito perversa. Prejudicava os outros animais e também às
pessoas.
Eram tantas as maldades praticadas por ela que Honorato acabou por matá-la
para pôr fim às suas perversidades. Honorato, em algumas noites de luar,
perdia o seu encanto e adquiria a forma humana transformando-se em um belo
rapaz, deixando as águas para levar uma vida normal na terra.
Para que se quebrasse o encanto de Honorato era preciso que alguém
tivesse muita coragem para derramar leite na boca da enorme cobra, e fazer
um ferimento na cabeça até sair sangue. Ninguém tinha coragem de enfrentar
o enorme monstro.
Até que um dia um soldado de Cametá (município do Pará) conseguiu
libertar Honorato da maldição. Ele deixou de ser cobra d'água para viver na
terra com sua família.
Região Nordeste
O Papa Figo
Ao contrário dos outros mitos, não tem aparência extraordinária. Parece mais
com uma pessoa comum. Outras vezes, pode parecer como um velho esquisito
que carrega um grande saco às costas.
Na verdade, ele mesmo pouco aparece. Prefere mandar seus ajudantes
em busca de suas vítimas. Os ajudantes por sua vez, usam de todos os
artifícios para atrair as vítimas, todas as crianças claro, tais como; distribuir
presentes, doces, dinheiro, brinquedos ou comida. Eles agem em qualquer
lugar público ou em portas de escolas, parques, ou mesmo locais desertos.
Diz a lenda, que para aliviar os sintomas dessa terrível doença ou maldição, o
Papa-Figo, precisa se alimentar do Fígado de uma criança. Feito a extração do
fígado, eles costumam deixar junto com a vítima, uma grande quantia em
dinheiro, que é para o enterro e também para compensar a família.
Origem: Mito muito comum em todo meio rural. Acredita-se que a intenção do
conto era para alertar as crianças para o contato com estranhos, como no
conto de Chapeuzinho Vermelho.
Região Sul
O Negrinho do Pastoreio
É uma lenda meio africana meio cristã. Muito contada no final do século
passado pelos brasileiros que defendiam o fim da escravidão. É muito popular
no sul do Brasil.
Nos tempos da escravidão, havia um estancieiro malvado com negros e
peões. Num dia de inverno, fazia frio de rachar e o fazendeiro mandou que um
menino negro de quatorze anos fosse pastorear cavalos e potros que acabara
de comprar. No final do tarde, quando o menino voltou, o estancieiro disse que
faltava um cavalo baio. Pegou o chicote e deu uma surra tão grande no menino
que ele ficou sangrando. "Você vai me dar conta do baio, ou verá o que
acontece", disse o malvado patrão. Aflito, ele foi à procura do animal. Em
pouco tempo, achou ele pastando. Laçou-o, mas a corda se partiu e o cavalo
fugiu de novo.
Na volta à estância, o patrão, ainda mais irritado, espancou o garoto e o
amarrou, nu, sobre um formigueiro. No dia seguinte, quando ele foi ver o
estado de sua vítima, tomou um susto. O menino estava lá, mas de pé, com a
pele lisa, sem nenhuma marca das chicotadas. Ao lado dele, a Virgem Nossa
Senhora, e mais adiante o baio e os outros cavalos. O estancieiro se jogou no
chão pedindo perdão, mas o negrinho nada respondeu. Apenas beijou a mão
da Santa, montou no baio e partiu conduzindo a tropilha.
E depois disso, entre os andantes e posteiros, tropeiros, mascates e carreteiros
da região, todos davam a notícia, de ter visto passar, como levada em
pastoreio, uma tropilha de tordilhos, tocada por um Negrinho, montado em um
cavalo baio.
Então, muitos acenderam velas e rezaram um Padre-Nosso pela alma do
judiado. Daí por diante, quando qualquer cristão perdia uma coisa, o que fosse,
pela noite o Negrinho campeava e achava, mas só entregava a quem
acendesse uma vela, cuja luz ele levava para pagar a do altar de sua
madrinha, a Virgem, Nossa Senhora, que o livrou do cativeiro e deu-lhe uma
tropilha, que ele conduz e pastoreia, sem ninguém ver.
Desde então e ainda hoje, conduzindo o seu pastoreio, o Negrinho, sarado
e risonho, cruza os campos. Ele anda sempre a procura dos objetos perdidos,
pondo-os de jeito a serem achados pelos seus donos, quando estes acendem
um coto de vela, cuja luz ele leva para o altar da santa que é sua madrinha.
Quem perder coisas no campo, deve acender uma vela junto de algum
mourão ou sob os ramos das árvores, para o Negrinho do pastoreio e vá lhe
dizendo: "Foi por aí que eu perdi... Foi por aí que eu perdi... Foi por aí que eu
perdi...". Se ele não achar, ninguém mais acha.
Origem: Fim do Século XIX, Rio Grande do Sul. Alguns folcloristas
afirmam que o Rio Grande do Sul tem uma única lenda sua, criada às feições
locais, que é a do Negrinho do Pastoreio.
Região Sudeste
O Saci-Pererê
Região Centro-Oeste
A Onça da Mão torta