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3 ex, Dingovvel encanto que est rantarmanda a | to a demacracia contemnpordned Digitalizado com CamScanner Divulgados globalmente, levam um pedago do que se entende poy “Tapto"a todas e todos os gamers ou fis de animes do mean, do mesmo my que os Beatles levaram ~e levam ~ elementos da culturaty ro itt, dos valores norte ~americanos ¢ a misica brasileira fala de algumasearaceriting do pais. Mais do que um game, Super Mario Bros € um smb de uma cultura, 05 filmes de Hollywood mostram um aspecto Essas produgées, evidentemente, mostram 1a imagem des sas nagies, € nfo sua tota idade. No entanto, em termos politicos, trata-se de uma maneira de trabalhar a relago com outros piss, A cultura pop, vale repetir, nfo é apenas um meio de expresar questées politicas, é também uma maneira de fazer politica Neste 280, li indo com uma das caracteristicas fundamentais da comt- nicagio politica ~ seu sentido simbélico. A itca? Mas 0 que a estética tem a ver com a politica? Em geral, quando se fala em “estétic’, geralmente st Pal= ‘vra vem associada com as ideias de “beleza” ou, de outra mantic com discusses sabre obras de arte. Indo um pouco mas tit estética seria 0 estudo da beleza e da interpretagao das obras Mi © sentido da palavra vai além disso. - Em suas utilizagées na Grécia Antiga, a nosio de wi ms «stava originalmente ligada ao campo da arte. A actos coisa, Era uma referéncia & nossa capacidade de peeebe ainda, a0 ato da percepsZo ligada aos cinco sentidos. Nao hav iad 2 especificamente relativ a beleza— em grego fala as0e A cstética era capacidade de sentin a sensbilidade° steror ciago com a capacidade de sentir a arte 6 bem P estética nfo tem nada a ver com arte ou sua apre~ sentido original, " a mas € um fendmeno cotidiano. “Acapacidade de sentir estaria em proceso de declinio nas formas extremas do individualismo? A ininteligibilidade provocada pelas sensagées continuas teria afastado a expressio dos sentimentos em relagio 208 outros € a si mesmo, assim como a capacidade de vivenciar sentimentos? O sentir tenderia, hoje, atrelar- see aconfundix-se com a sensagio, com o fluxo? (Claudine Haroche, A condigdo sense, p. 131. Foi 86 no século 18, com o fildsofo Alexander Baungartem, {que a palavra comesou a ganhar seu sentido moderno. Mas foi um Poeta, Friedrich Schiller, mencionado no capitulo anterior, quem Parves ter divulgado a ideia em um de seus livros mais conhecidos, Aeducasdo estética do ser ‘umano (Schiller ficaria ainda mais famoso décadas depois de sua 3 morte por ter escrito 0 poema “Ode a Ale~ Bria a ‘nspirou o final da 94 Sinfonia de Beethoven). om eles, o termo. i © termo parece efetivamente ter ganhado uma di oso ligada a arte, le sensi “ibilidade, algo mais sutil e intenso ao mesmo tempo. idan OneeP SHO, lade dos os compte ‘los cinco sentidos para indicar outro processo, longo € Sica e fe Predie alguma coisa na pessoa. Posso ouvi seat eiferente: Mea fae 8 “eEtica"); no entanto, quando ougo minha m= Vera toms lB? diferente acontece: emogdes, sentimentos ideas aa ninha experiéncia & completamente diferente —e mais A cestética passa a designar um tipo especial A estética deixa de significar a simples sensi- yma mii~ certamente cla atinge minha percepgio (0 ne Digitalizado com CamScanner 120 OT e-—™S ainda se a estiver ouvindo a0 vivo, exemplo, Essa experi ae Por exemplo, Esta expeincag la produz algo em mim ~ uma Sensacio diferente rente que me Essa expetign tado de minha interazo com algo que me einen ‘demos dizer que existe um componente Na Idade Média, 0s filésofos tradi conservando nessa opgiio algumas das transforma ¢ altera minha experién 60 res. or isto, po- ‘Comunicacional na estétiy, luziram aesthess por sens, i pluralidades de alcance se- ‘mintico do original grego. A nogio de “sensus” pode ser “sentido”; no entanto, hi uma ambi 1€ emociona ~ se refere ao que lencia da palavra que se desdobra em “sentir”, de um lado, e “significas”, de outro ~ a linguagem cotidiana guarda isso na expressio “fazer sentido" Na perspectiva medieval do sensus,a palavra € dotada deumen- tendimento no sentido de “tornar comum” ou “compattilhas” uma realidade externa com 0 intelecto. O “tornar comum’ neste cas pa- rece trazer implicita uma relagio, presente em todo ato extéico—0 comum, do latim communis, préximo das relagées de comunicagio. A palavra “comunicagio”, ragada em uma de suas orgens, Pa rece se referir ao grego Aoinos,aquilo que é comum’. A expresso. aesthesis koinos, mencionada por F. Peters em seu livto sobre terms filoséficos gregos,refere-se a0 “entendimento coum” ox uma "Pet cepsio comum’, no sentido de algo que pertence a todos~osenti= ‘mento de comunidade, ligagio entre pessoas que compartlham ago- ‘A comunidade é estabelecida a partir dos vinculosformados centre pessoas, das relagdes que permitem de fato a formagio 083° menos a percepsio de que existe algo em comum, algun que, sem pertencer a ninguém, pertence a todos. O ato ees Z junto’, a “eomunbo",encontra-s igualmente proxi da 950 ‘de communis, endo a tradugio de communia, aquilo que é com? tithado ou, mais ainda, 0 proprio ato de compartilhar, jo rimos ou choramos vendo um filme, em uma cena yando Fi ‘ 4 Qu lente estamos sozinhos: existe uma percepgio co- specifica, aa mum,0 ato dade ultrapas Pci de algo que é “tornado comum”, mas se aproxima talvez ide sentir em comunidade,a do aesthesis kine. A comu- «

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