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1 Graduando no curso de Bacharelado em Fı́sica, 2 Graduando no curso de Licenciatura em Fı́sica, Julho de 2019
Resumo
Este relatório pretender analisar quatro funções nas quais o torque sofrido pela espira depende de algum parâmetro. Sendo assim,
iremos analisar as seguintes funções: τ (i ), τ (r ), τ (n) e τ (sin θ ). Os dados experimentais obtidos, de como o torque exercido sobre
a espira variou mediante a mudança de algum parâmetro, serão mostrados neste relatório. Além disso, por meio dos dados será
possı́vel construir 4 gráficos, nos quais será possı́vel compreender como esses parâmetros influenciam no valor do torque, e se
apresentam uma proporção direta ou indireta com o torque. Tudo isso, será objeto de análise nesse relatório, e além disso, por meio
dos gráficos construı́dos, poderemos descobrir o valor do campo magnético gerado pela passagem de corrente elétrica nas Bobinas de
Helmholtz. Dessa forma, o intuito deste trabalho é buscar entender como o torque magnético se altera mediante várias situações
possı́veis. É importante destacar que o torque magnético é semelhante ao torque mecânico, onde é calculado o produto vetorial entre
a força aplicada e a distância ao eixo de rotação. Por consequência, para cada torque haverá um momento de dipolo magnético
correspondente, o qual poderia ser analisado opcionalmente. No entanto, é importante destacar que o principal objetivo deste trabalho
será entender o comportamento do torque na espira.
Palavras-chave: Eletromagnetismo, bobina de Helmholtz, lei de Biot-Savart, balança de torção, momento magnético, torque.
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• Laboratório de Eletricidade e Magnetismo - Laboratório de Fı́sica Geral III
µ0 · n · R2
C≡ !2 3/5 (4)
R
R2 +
2
Ao calcular o valor de ~B, ao aplicar uma corrente Figura 1: Esta figura ajuda a entender um pouco melhor, o torque
magnético que atua numa espira mediante a interação entre
elétrica, é possı́vel calcular o valor do torque gerado pelo
campos.
momento de dipolo magnético. E portanto, tem-se que:
τ ≡ n · i · A · B · (sin θ ) (5)
A demonstração da equação que descreve a inten-
O torque possui ser valor máximo quando o campo sidade do campo magnético gerado pelas Bobinas de
magnético é paralelo a0 plano da espira, ou seja, quando Helmholtz é bastante complexo. Contudo, a parte mais
θ = 90o . Quando τ = 0, o campo magnético precisa importante da teoria é saber como calcular o torque medi-
ser perpendicular à reta normal ao plano da espira, e ante a aplicação de uma força, e descobrir o fatores que
portanto, paralelo à reta normal ao plano da espira, e por- influencia na intensidade do torque presente numa espira.
tanto, quando θ = 0o . A área total numa espira é descrita No entanto, também é necessário que se entenda algumas
pelo produto do número total de voltas(espiras) pela área peculiaridades de uma Bobina de Helmholtz.
de uma única espira. No experimento de Laboratório de Ao colocar duas bobinas circulares planas e separadas
Fı́sica, ao fazer uso de uma balança de torção, pode-se por uma distância igual ao seu raio, cada uma contendo o
mensurar a força que é exercida na extremidade do braço. mesmo número n de espiras, com uma corrente elétrica a
E mediante a força, e a distância ao eixo de rotação, é fluir nas duas com o mesmo sentido e intensidade, foi idea-
possı́vel calcular o torque exercido no braço da balança: lizado pelo fı́sico e médico Hermann von Helmholtz(1821-
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• Laboratório de Eletricidade e Magnetismo - Laboratório de Fı́sica Geral III
! ! !
µ0 I I µ0 dl
dB ≡ dl ≡ (9)
4πρ2 4π ( R2 + z2 ))
! !
µ0 I R2
B ≡ Bz ≡ (10)
2 ( R2 + z2 )3/2
!
µ0 I 1
B ≡ Bz ≡ !2 3/2 (11)
2R
z
1 +
R
3
• Laboratório de Eletricidade e Magnetismo - Laboratório de Fı́sica Geral III
M ≡ χm · H (18)
Figura 4: O guindaste eletromagnético consiste numa bobina con-
tendo inúmeras espiras, nas quais é percorrida uma cor-
rente elétrica, a tal ponto de produzir campos magnéticos B ≡ µ·H (19)
tão intensos capazes de coletar grandes quantidade de itens A constante de proporcionalidade χm é chamada de
ferromagnéticos. 6
susceptibilidade magnética. É uma grandeza sem di-
mensão e que varia de uma substância a outra. E µ é
chamado de permeabilidade magnética do material. No
vácuo, onde não há matéria para magnetizar, a suscetibili-
Um dipolo magnético sofre um torque em um campo dade χm é zero e a permeabilidade é µ0 .
magnético, da mesma forma que um dipolo elétrico num O momento magnético de uma espira na qual passa
campo elétrico. O torque quando em função do campo uma corrente elétrica, é medido quando a espira está sus-
magnético, é necessário para que finalmente para que se pensa por uma balança de torção dentro de uma campo
tenha a conclusão de que o torque é igual ao produto veto- magnético que seja homogêneo, produzido por Bobinas
rial entre o momento e a intensidade do campo magnético. de Helmholtz. A interação entre ~B com ~µ é o que produz
O momento de dipolo na espira é expresso por µ ≡ i · A. ~ um torque defletor sobre a espira. Esse torque faz com
Contudo a descrição do torque dessa forma é uma con- que o fio que suspende a espira, sofra uma torção e como
sequência do fenômeno de paramagnetismo. Todo elétrons consequência, surja um torque restaurador de natureza
constitui um dipolo magnético, pois poderia ser compa- mecânica τ~ mec que tende a fazer com que a espira ao centro
rado a uma minúscula esfera de carga em rotação. 7 O pa- da bobina se posicione na condição de equilı́brio.
ramagnetismo geralmente ocorre em átomos ou moléculas O valor do torque mecânico é medido com a balança
com um número ı́mpar de elétrons, de tal forma que os de torção. O campo magnético ~B é função da corrente I 0
elétrons sem pares ficariam sujeitos ao torque magnético. que circula nas bobinas de Helmholtz, como também do
Dessa forma, uma forma mais rigorosa de expressar o raio e do meio. Podendo ser descoberto teoricamente por
momento e o campo magnético, onde a força aplicada meio da lei de Biot-Savart ou pode ser medido por um
seria: teslâmetro. 8
5 Fı́sica III, Sears e Zemansky: eletromagnetismo. 14a edição - São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015.
6 http://www.fisica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1167
7 Eletrodinâmica, David J. Griffiths; 3a edição - São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2011.
8 http://coral.ufsm.br/cograca/rot15.pdf
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• Laboratório de Eletricidade e Magnetismo - Laboratório de Fı́sica Geral III
I. É recomendável não ultrapassar o valor de 3A nas τ = (0, 50.10−3 N ) · (0, 12m) · (sin 90o ) (23)
bobinas de Helmholtz(corrente elétrica constante), isto
porque, poderia danificar as espiras a ponto de levar ao
aquecimento do material isolantes, e acarretar no contato τ ≈ (6, 0 × 10−5 ) N · m (24)
entre as espiras condutoras da bobina. Além disso, não Torque mecânico para 1,0A:
pode-se esquecer que o raio das bobinas de Helmholtz é
τ = (0, 75.10−3 N ) · (0, 12m) · (sin 90o ) (25)
R ≈ 20cm.
II. O ponto zero da balança de torção deve ser testado
a cada medida feita, isto porque, até mesmo pequenos τ ≈ (9, 0 × 10−5 ) N · m (26)
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• Laboratório de Eletricidade e Magnetismo - Laboratório de Fı́sica Geral III
Tabela 1: Nesta tabela é mostrado como o valor da corrente elétrica nas espiras afetou o valor da força sobre a balança de torção, e consequentemente
o torque sofrido pelas espiras.
τ = (1, 10.10−3 N ) · (0, 12m) · (sin 90o ) (27) τ = (3, 25.10−3 N ) · (0, 12m) · (sin 90o ) (39)
τ = (1, 50.10−3 N ) · (0, 12m) · (sin 90o ) (29) Mediante a inclinação do gráfico abaixo é possı́vel des-
cobrir a intensidade do campo magnético uniforme gerado
pelas Bobinas de Helmholtz. No entanto, antes de adentrar
τ ≈ (18, 0 × 10−5 ) N · m (30) nesse cálculo, foi possı́vel perceber por meio do gráfico
Torque mecânico para 2,5A: que τ e corrente elétrica I são diretamente proporcionais
entre si. Isto porque, conforme mais corrente percorria as
τ = (1, 90.10−3 N ) · (0, 12m) · (sin 90o ) (31) espiras, maior foi a interação magnética, e portanto, maior
foi a torção sofrida pela balança. Além disso, como o sen-
tido do campo magnético esteve perpendicular ao sentido
τ ≈ (22, 8 × 10−5 ) N · m (32) da corrente elétrica que percorria a espira, conclui-se que
houve o torque máximo para as correntes adotadas. Isto
Torque mecânico para 3,0A:
porque, se o experimento fosse refeito para os mesmos
τ = (2, 30.10−3 N ) · (0, 12m) · (sin 90o ) (33) valores de corrente elétrica, mas alterando o ângulo entre
as espiras e a bobina, iria-se obter valores diferentes para
o torque.
τ ≈ (27, 6 × 10−5 ) N · m (34)
Torque mecânico para 3,5A: τ∝I (41)
τ = (2, 65.10−3 N ) · (0, 12m) · (sin 90o ) (35) Após ter sido feita a análise de como a corrente elétrica
influenciou no torque sofrido pelas espiras, o próximo
consiste em descobrir o valor do campo magnético gerado
τ ≈ (31, 8 × 10−5 ) N · m (36) pelo ı́mã. Inicialmente, será calculado teoricamente o valor
”real” da intensidade do campo. Isto porque, também po-
Torque mecânico para 4,0A: deria ser obtido o campo magnético, mediante a utilização
de um teslâmetro nas Bobinas de Helmholtz.
τ = (3, 00.10−3 N ) · (0, 12m) · (sin 90o ) (37)
!
I
B(0, 0) ≡ (0, 716) · (µ0 ) · ( N ) · (42)
τ ≈ (36, 0 × 10−5 ) N · m (38) R
6
• Laboratório de Eletricidade e Magnetismo - Laboratório de Fı́sica Geral III
Figura 6: Neste gráfico foi plotado todos os dados experimentais do torque mecânico em função da corrente elétrica aplicada nas espiras.
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• Laboratório de Eletricidade e Magnetismo - Laboratório de Fı́sica Geral III
Tabela 2: Nesta tabela é apresentado a intensidade da força atuante na balança de torção, na qual manteve-se constante a corrente de 2A e contante
o número de espiras de n = 1, mas variou-se o raio para 3 tamanhos diferentes.
Torque mecânico para 4,25cm: magnético a partir do gráfico da função τ (i ), mas também
é possı́vel calcular através da função τ (r ).
τ = (0, 29.10−3 N ) · (0, 12m) · (sin 90o ) (54) Em todas as análises das funções, não será feito o
cálculo do momento de dipolo magnético, mas é impor-
τ ≈ (3, 48 × 10−5 ) N · m (55) tante destacar que o momento magnético e o torque estão
Torque mecânico para 3,00cm: diretamente relacionados entre si. Mesmo que tenham sig-
nificados fı́sicos distintos, esses dois parâmetros afetam-se
τ = (0, 19.10−3 N ) · (0, 12m) · (sin 90o ) (56) mutuamente.
É possı́vel perceber que conforme o raio das espiras Um ponto também a ser destacado na análise, é de que
diminui, a força exercida na balança de torção também a balança de torção apresentou uma sensibilidade bem alta
torna-se menor, e portanto, é possı́vel afirmar que me- nesta parte do experimento. Isto se deve porque mediante
nor foi o torque sofrido pelas espiras. Uma importante torções menores, torna-se mais complexo a mensuração
observação é que na Parte A deste relatório adotou-se um da intensidade da força aplicada na balança, e por isso,
raio constante no valor de r ≈ 6, 0cm. Porém, ao comparar os erros sistemáticos se tornam mais frequentes. Uma
o mesmo torque sofrido nesta parte do experimento, com a possı́vel forma de contornar este problema, é submeter
parte anterior, percebe-se que é diferente e bastante abaixo às espiras uma corrente elétrica constante mais alta. No
do mostrado anteriormente. Nesta parte, o torque sofrido entanto, correntes altas podem ocasionar o aquecimento
na espira de 6cm foi de τ ≈ 8, 28 × 10−5 N · m, por outro dos fios de conexão, os quais estão isolados por um mate-
lado, na parte anterior obteve-se τ ≈ 18, 0 × 10−5 N · m. rial com uma relativa alta absorção de calor. E portanto, o
Isto se deve a um outro parâmetro que também variou, Efeito Joule poderia acarretar numa danificação dos cabos
o número de espiras, pois na PartaA haviam 3 espiras de conexão perante correntes de intensidade muito alta.
no total, enquanto neste parte foi realizada com apenas
1 espira. Mais na frente, será explicado como a quanti- Cálculo do campo magnético gerado nas bobinas:
dade de espiras influencia no torque. Portanto, mediante
os resultado obtidos pode-se perceber que o torque foi ~τ ≡ ~µ × ~B (60)
diretamente proporcional ao raio da espira.
τ ≡ N · A · i · B · sin α (61)
τ∝r (58)
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• Laboratório de Eletricidade e Magnetismo - Laboratório de Fı́sica Geral III
Figura 7: Neste gráfico é apresentado o torque sofrido pela espira em função de seu raio. A corrente na espira se manteve constante a i ≈ 2A, assim
como o número de espiras também foi constante a n = 1.
Desta vez, o parâmetro a ser alterado deverá ser o Torque mecânico para n = 3:
número de espiras. Os valores possı́veis serão: n = 1, τ = (1, 54.10−3 N ) · (0, 12m) · (sin 90o ) (71)
n = 2 e n = 3. A corrente elétrica manteve-se constante −5
no valor de i ≈ 2A, como também o raio das espiras, onde τ ≈ (18, 5 × 10 )N · m (72)
adotou-se o tamanho máximo de r ≈ 6cm. E sendo assim, Percebe-se que conforme o número de espiras aumen-
pretendemos por meios das medições referentes à força tou, o torque sofrido também foi maior. A explicação é
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• Laboratório de Eletricidade e Magnetismo - Laboratório de Fı́sica Geral III
Tabela 3: Nesta tabela encontra-se como o valor do torque sofrido, variou conforme aumentou-se o número de espiras ao centro da Bobina de
Helmholtz. É importante destacar que o valor da corrente elétrica nas espiras manteve-se constante no valor de i ≈ 2A, assim como
também, manteve-se constante o raio de r ≈ 6cm.
que a quantidade de espiras permite que seja gerado um magnético gerado pelas bobinas em função do coeficiente
campo magnético de maior intensidade, pois a corrente angular da reta resultante no gráfico.
elétrica para cada espira, multiplica o valor gerado de li- Na construção de qualquer gráfico, no fundo, também
nhas de campo. E sendo assim, mediante um maior campo apresenta inúmeros conceitos da Teoria da Probabilidade
nas espiras, maior será a interação com o campo magnético e Estatı́stica. Durante a construção de todos os gráficos
gerado pelas Bobinas de Helmholtz, e consequentemente deste relatório, há uma coeficiente estatı́stico que possibi-
maior será a torção na balança. lita verificar quão coerentes foram os dados obtidos. O
Este relatório vem buscando entender os fatores que coeficiente de determinação( R2 ) expressa o quanto a reta
influenciam no torque. E pela medição da intensidade central foi capaz de descrever o fenômeno fı́sico analisado.
da força aplicada à balança de torção vem sendo possı́vel Isto porque, dados incoerentes acarretam em equações
descobrir como o torque comporta-se mediante a alteração de curvas que descrevem muito pouco o fenômeno ob-
de determinados parâmetros. A quantidade de espiras servado, ou mesmo, podem levar a conclusões erradas
aumenta numa proporção direta com o valor do torque de alguns parâmetros, já conhecidos previamente no ex-
sofrido. perimento. Algo que vem sendo feito neste relatório, é
utilizar o coeficiente angular da reta obtida para calcular
τ∝n (73) o parâmetro referente à intensidade do campo magnético
das Bobinas de Helmholtz, e caso o valor obtido tenha se
Além de tudo isso, na verdade, existem inúmeras ou- distanciado muito do esperado, conclui-se que os dados
tras variáveis que atuaram no experimento, mas que são de estão incoerentes, e que houve alguma falha durante o
interpretação complexa. Sabe-se que o torque está intima- experimento.
mente relacionado com o momento de dipolo magnético. E portanto, logo em seguida, será apresentado o gráfico
As mesmas observações que vêm sendo feitas até agora de da função τ (n), no qual houveram 3 dados experimen-
como o torque variou, são válidas e exatamente as mesmas tais, e espera-se que obtenha-se um curva que descreva
podem ser aplicadas ao estudo do momento magnético. coerentemente os parâmetros do experimento.
Outro ponto, e que vem constantemente destacado,
é de que o torque sofrido pelas espiras é de natureza Cálculo do campo magnético gerado nas bobinas:
mecânica, ao invés de citar que é de natureza magnética.
É importante apontar que o torque tratado na mecânica, ~τ ≡ ~µ × ~B (74)
pode ser expresso pelo produto vetorial entre a força e
o deslocamento ocasionado. Por outro lado, o torque
τ ≡ n · A · i · B · sin α (75)
quando aplicado ao magnetismo pode estar em função
de outras variáveis, podendo ser expresso pelo produto
vetorial entre o campo e o momento magnético. Ainda τ ≡ ( A · i · B · sin α) · n (76)
sim, torque mecânico e magnético são equivalentes, e pos-
suem a mesma intensidade, ainda que sejam de naturezas tan θ ≡ ( A · i · B · sin α) · n (77)
distintas.
Resta-se assim, construir o gráfico da função τ (n), tan θ
possibilitando uma análise matemática mais completa. B≡ (78)
A · i · sin α
Por meio do gráfico, será interpretado o significado da
inclinação da reta por meio dos conceitos de torque e !
momento magnético, já mostrados anteriormente. Para (5, 11 × 10−5 ) N · m · n−1
B≈ (79)
que no fim, possamos calcular a intensidade do campo π · (6, 0 × 10−2 m)2 · (2A) · sin 90o
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Figura 8: Neste gráfico é mostrado a plotagem da função τ (n), onde a corrente elétrica nas espiras manteve-se constante a i ≈ 2, 0A, assim como
também, foi fixado o valor do raio das espiras no valor de r ≈ 6cm.
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Tabela 4: Nesta tabela é mostrado os dados obtidos quando o torque esteve em função do seno do ângulo entre o sentido da corrente nas espiras e o
sentido do campo gerado pelas bobinas. A corrente elétrica nas espiras manteve-se constante no valor de i ≈ 2A. Assim como também, o
raio foi fixado no valor de r ≈ 6cm. E o número de espiras constante, e portanto, n = 3.
Figura 9: Neste último gráfico é mostrado a relação que há do torque em função do respectivo seno do ângulo formado entre o sentido do campo
magnético e o sentido da corrente elétrica nas espiras.
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• Laboratório de Eletricidade e Magnetismo - Laboratório de Fı́sica Geral III
Por fim, ao construir o gráfico da função τ (sin α) foi com o campo magnético gerado pela Bobina de Helmholtz.
possı́vel perceber que conforme o valor do seno torna-se Novamente, foi perceptı́vel que conforme aumentava-se o
maior, o torque também possuirá uma maior intensidade. número de espiras, consequentemente o valor do torque
No entanto, antes de afirmar que o seno do ângulo e o tor- também tornava-se maior. E desta forma, o torque e a
que são diretamente proporcionais entre si, é importante quantidade de espiras possuem uma relação de proporção
atentar na existência de ângulos negativos. Percebeu-se direta, assim como a corrente elétrica e o raio.
que num intervalo entre 0 < α ≤ 90o , quanto mais perto No último gráfico, buscamos analisar como o torque
o ângulo estivesse de 90o , mais o torque tendia ao seu se modifica perante a mudança do ângulo formado entre
valor máximo. Por outro lado, ao considerar o intervalo o sentido da corrente elétrica que percorre as espiras,
−90o ≤ α < 0, logo, quanto mais próximo o ângulo estiver e o sentido do campo magnético gerado pelas bobinas
de −90o , o torque também tende ao seu valor máximo. De de Helmholtz. Constatou-se que conforme o ângulo
uma forma geral, quanto mais o ângulo distancia-se de 0o , aproxima-se de +90o ou −90o , mais o torque tende ao seu
maior torna-se o torque sofrido pela espira. valor máximo, onde o seno torna-se 1, é onde o produto
Referente ao cálculo da intensidade do campo vetorial adquire seu maior valor, referente todas às possi-
magnético produzido pela corrente que percorria a bo- bilidades de ângulo.
bina, obteve-se um valor bastante próximo do campo
magnético teórico. E sendo assim, a inclinação do gráfico Resultados obtidos:
da função τ (sin α) propiciou um coeficiente angular no
qual pudesse chegar a um valor do campo magnético de * Campo Magnético gerado pela Bobina de Helmholtz:
forma condizente com a realidade. E portanto, os dados
experimentais foram bem sucedidos, podendo-se afirmar B ≈ 2, 11mT (88)
que na construção desse gráfico houveram poucos erros * Relação entre torque e corrente elétrica:
sistemáticos associados. Ainda sim, como a determinação
do ângulo é relativamente falha, adotou-se uma incerteza τ∝i (89)
absoluta de ±0, 08 para os pontos no gráfico. Esse valor foi
obtido a partir da diferença entre o seno de ângulos que * Relação entre torque e raio:
distam entre si o equivalente a 5o . Foi algo totalmente ar- τ∝r (90)
bitrário, pois supõe-se que talvez o ângulo pudesse variar
± 5o . * Relação entre torque e número de espiras:
τ∝n (91)
IV. Conclusões
* Relação entre torque e seno:
De uma forma geral, esse relatório pretendeu entender
lim (sin α) = τmáx (92)
diversas mudanças em alguns parâmetros do experimento. α→(±π/2)
E assim analisar de que forma poderiam afetar o valor
do torque sofrido pela espira. Primeiramente, buscou- Agradecimentos
se entender como a intensidade da corrente elétrica na
espira poderia afetar o torque sofrido. Por meio deste Agradecemos primeiramente a Deus, por ter nos dado
experimento, foi possı́vel constatar que corrente elétrica saúde e esperança para continuar. E se não fosse por Ele,
e torque são diretamente proporcionais entre si, pois à já terı́amos desistido de tudo. Ainda que a nossa fé seja
medida que aumentamos a corrente na espira, maior foi a tão pequena.
torção ocorrida na balança. Agradecemos ao professor Haroldo de Almeida Guer-
Ao analisar o segundo gráfico, onde relacionou-se o reiro, pelas inúmeras dicas e pela imensa paciência co-
torque em função do raio das espiras, foi notável que a nosco. Estando sempre disposto a ensinar, mesmo tendo
medida que as espiram aumentam de tamanho, maior foi seus próprios problemas.
a intensidade do torque sofrido pela espira. E sendo assim, Agradecemos pela Ufam, por ter nos dado a oportuni-
o torque possui uma relação de proporção direta com o dade de realizar o curso de Fı́sica, e cedendo sua estrutura
tamanho. para que pudéssemos realizar este experimento.
No terceiro gráfico, onde plotou-se a função τn, modi- Agradecemos a cada membro de nossa equipe, onde
ficamos a quantidade de espiras as quais iriam interagir trabalhamos juntos para a realização deste trabalho.
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• Laboratório de Eletricidade e Magnetismo - Laboratório de Fı́sica Geral III
[3]https://www.nikhef.nl/~h73/kn1c/praktikum/ [8]http://coral.ufsm.br/cograca/rot15.pdf
phywe/LEP/Experim/4_3_03.pdf
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