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Uila Isleia, Maria Eduarda, Fernanda Carmelinda, Janaína

MENINGITE FUNGICA (Cryptococcus, Histoplasma, Blastomyces, Coccidioides ou


Candida)

Curitiba
2023
Uila Isleia, Maria Eduarda, Fernanda Carmelinda, Janaína

MENINGITE FUNGICA (Cryptococcus, Histoplasma, Blastomyces, Coccidioides ou


Candida)

Trabalho apresenta à disciplina de saúde coletiva


Da turma ENF75 do curso técnico em enfermagem

CURITIBA
2023
Meningite fúngica

A meningite fúngica é uma doença infecciosa causada por fungos, que se


caracteriza pela inflamação das meninges, membranas que se localizam em
torno do cérebro e da medula espinhal, podendo levar ao surgimento de
sintomas, como dor de cabeça, febre, náuseas e vômitos.

Este tipo de meningite é muito raro, mas pode ocorrer em qualquer pessoa,
principalmente naquelas que possuem o sistema imunológico mais debilitado.
A meningite fúngica pode ser causada por diferentes tipos de fungos, sendo
mais comuns os da espécie Cryptococcus.

Síntomas de Meningite fúngica:

Os principais sintomas de meningite fúngica são:

Febre;
Dor de cabeça intensa;
Náuseas;
Vômitos;
Dor ao movimentar o pescoço;
Maior sensibilidade à luz;
Alucinações;
Alterações da consciência.
Em alguns casos, se a meningite não for adequadamente tratada, podem
surgir complicações, como a ocorrência de convulsões, danos no cérebro ou
mesmo morte.

Principais causas:

A meningite fúngica é causada por uma infecção por fungos, e acontece


quando essa infecção se espalha para o sangue e atravessa a barreira
hematoencefálica, para dentro do cérebro e da medula espinhal. Embora seja
rara, essa condição tem mais probabilidade de ocorrer em pessoas com o
sistema imunológico enfraquecido, como pessoas com HIV, pessoas que
estão a fazer tratamentos para o câncer ou com outros medicamentos, como
imunossupressores ou corticoides.

Geralmente, os fungos causadores da meningite fúngica pertencem à espécie


Cryptococcus, que podem ser encontrados no solo, em dejetos de aves e
madeira em decomposição. Porém, outros fungos podem estar na origem da
meningite, como é o caso do Histoplasma, Blastomyces, Coccidioides ou
Candida.
No entanto, essa espécie também acomete indivíduos sem problemas de
saúde em todo o mundo.

Já a variante C. gattii acomete crianças e jovens sem evidência de


imunodepressão aparente, sendo de comportamento endêmico ou focal nas
zonas tropicais e subtropicais, especialmente nas regiões Norte (Amazônia) e
Nordeste do Brasil, incluído o semiárido, e, esporadicamente, nas demais
regiões brasileiras.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico consiste na realização de exames de sangue, exames ao


fluido cefalorraquidiano e exames de imagem, como tomografia
computadorizada e ressonância magnética, que permitem visualizar possíveis
inflamações em torno do cérebro.

O diagnóstico da criptococose é clínico e laboratorial. A confirmação


laboratorial é feita com o uso de “tinta da China” (nanquim), com evidências
de cryptococcus visíveis em materiais clínicos. O principal diagnóstico das
meningites criptocócicas é o exame do líquor-LCR.

O criptococo também pode ser isolado na urina ou no pus. A sorologia e a


histopatologia também são consideradas na confirmação diagnóstica da
criptococose. Como exame complementar, a tomografia computadorizada, a
ressonância magnética ou a radiografia de tórax podem demonstrar danos
pulmonares, presença de massa única ou nódulos múltiplos distintos
(cryptococcus).

Tratamento para meningite fúngica

O tratamento da meningite fúngica consiste na administração de remédios


antifúngicos na veia, como anfotericina B, fluconazol, flucitosina ou
itraconazol, que deve ser realizada no hospital, além de medicações para
melhora dos outros sintomas e avaliação dos sinais de melhora do estado
geral da pessoa.

Sequelas da meningite

As sequelas da meningite podem acontecer quando a doença não é


identificada no início, quando o tratamento não é realizado ou não é feito de
acordo com a orientação médica, ou quando o sistema imune da pessoa está
bastante fragilizado. As sequelas mais comuns da meningite são:
Perda de audição e visão parcial ou total;

Epilepsia;

Problemas de memória e concentração;

Dificuldade de aprendizagem, tanto em crianças quanto em adultos;

Atraso no desenvolvimento motor, com dificuldades para andar e se


equilibrar;

Paralisia de um lado do corpo ou dos dois;

Artrite e problemas nos ossos;

Problemas nos rins;

Dificuldade para dormir;

Incontinência urinária.

Embora existam sequelas, isso não significa que todas as pessoas irão
desenvolver. Pessoas que ficam curadas podem não ter sequelas ou ter
apenas sequelas leves.

Prevenção:

Não existem medidas preventivas específicas(Não há vacinas). Entretanto,


recomenda-se a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI),
sobretudo de máscaras, na limpeza de galpões onde há criação de aves ou
aglomerado de pombos.

Medidas de controle populacional de pombos devem ser implementadas,


como reduzir a disponibilidade de alimento, água e, principalmente, abrigos.
Os locais onde existem acúmulos de fezes de aves devem ser modificados
para que os fungos possam ser removidos com segurança, evitando a
dispersão por aerossóis.

Cuidados de enfermagem meningite

Inicialmente, o cliente deve ser colocado em precaução respiratória tanto em


função da pneumonia, quanto em função da meningite. O cliente deve
permanecer no quarto de precaução por, pelo menos, 24 horas após o início
da antibioticoterapia.
 É necessário ainda informar ao cliente e familiares acerca do risco de
contágio. Familiares e colegas de trabalho devem ser orientados a,
caso apresentem febre e outros sinais sugestivos de meningite,
procurar o serviço de saúde mais próximo rapidamente a fim de
receberem profilaxia antimicrobiana e cuidados médicos imediatos.

 Os sinais vitais devem ser monitorados continuamente, bem como o


estado neurológico do cliente. Além disso observar sinais de irritação
meníngea (rigidez da nuca, fotofobia, hiperalgesia) pois são
indicadores de cuidados especiais de enfermagem.

 Administrar os fármacos logo que forem prescritos com os devidos


cuidados na administração: no caso da ceftriaxona, administrada por
via intravenosa, não misturar com outros antibióticos e deve ser
diluído em 50-100 mL de solução salina (0,9%) ou soro glicosado 5%
e infundir lentamente

 Monitorar a função respiratória: manter as vias aéreas pérvias, atentar


para sinais de cianose, alterações no padrão respiratório, monitorar
oximetria de pulso e gasometria arterial, proceder a aspiração de vias
aéreas (se necessário), administrar oxigenoterapia, se preciso,
conforme prescrição.

 Manter ingestão de líquidos atentando para não haver sobrecarga


hídrica.

 Evitar constipação intestinal com a administração de laxantes ou


emolientes prescritos.

 Realizar a mudança de decúbito de 2 em 2 horas a fim de evitar as


úlceras por pressão e também para evitar o agravamento da
pneumonia.

 Proteger o cliente de injúrias: manter as grades do leito elevadas e, se


possível, acolchoadas, proteger os acessos venosos.

 Manter o quarto escuro a fim de atenuar a fotofobia.

 Manter o cliente em posição semi-fowler (30º) com a cabeça


centralizada, alinhamento corporal e membros inferiores elevados.

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