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Estilo de Vida, Saúde e Meio Ambiente
Estilo de Vida, Saúde e Meio Ambiente
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Introdução
Olá, estudante! Você já parou para refletir sobre o conceito de saú de? Conforme a realidade de cada pessoa, a
saú de pode ser interpretada de forma distinta. Isso porque cada um de nó s vive em circunstâncias e condiçõ es
de vida diferentes. Podemos pensar no nosso País, onde existem variedades culturais entre os estados e
regiõ es, que contribuem para níveis de saú de diferentes, como os hábitos alimentares, por exemplo. É
possível avaliar também diferenças em investimento em saú de, acesso a serviços pú blicos, faixa etária da
população, condiçõ es de moradia, estilo de vida etc.
Outro aspecto relevante para pensarmos em saú de é a relação que a vida humana tem com a vida animal e o
meio ambiente. Um universo de fatores implica na saú de das pessoas, o que torna necessário que tenhamos
um conceito universal de saú de. Nesta unidade, aprenderemos alguns conceitos fundamentais sobre saú de,
também estudaremos sobre problemas globais de saú de e noçõ es como prevenção de doenças e promoção de
saú de.
Bons estudos!
Saú de pú blica é a ciência e a arte de prevenir doenças, prolongar a vida, e promover a saú de e a
eficiência com o esforço organizado da comunidade para obter a sanitização do ambiente, o
controle de infecçõ es comunicáveis, a educação das pessoas em relação à higiene pessoal, a
organização de serviços médicos e de enfermagem para o diagnó stico precoce, e o tratamento
preventivo de doenças, bem como para obter o desenvolvimento do maquinário social para
garantir a todos um padrão de vida adequado para a manutenção da saú de; organizando assim
esses benefícios para permitir que cada cidadão tenha seu direito de nascer com saú de e ter
longevidade. (WINSLOW, 1920, p. 30)
De natureza pluridisciplinar, a saú de pú blica, deve ser entendida como um movimento para fazer face aos
determinantes de saú de, reduzir as doenças das populaçõ es, estudar e buscar a resolução dos problemas de
saú de, que condicionam a saú de dos indivíduos integrados no seu meio ambiente (FERREIRA, 1963).
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VOCÊ SABIA?
A Organizaçã o Mundial da Saú de (OMS) faz parte da Organizaçã o das Nações
Unidas (ONU), uma vez que, a saú de faz parte dos direitos humanos. A ONU foi
criada após a 2ª Guerra Mundial, por 50 países, com o objetivo de assegurar a paz
e o desenvolvimento mundial. A ONU faz a aná lise de problemas econômicos e
sociais que possam impactar nos direitos humanos, e sensibiliza os governos para
esses problemas, a fim de cooperar internacionalmente pelo desenvolvimento de
todas as nações.
A saú de pú blica busca manter saudáveis e sem doenças todos os indivíduos de uma comunidade, ao limitar
as exposiçõ es que eles possam encontrar durante suas vidas. O Institute of Medicine (IOM) resumiu a missão
da saú de pú blica em seu relató rio “The Future of Public Health” de 1988, ao destacar a função da saú de
pú blica na intervenção precoce e na prevenção da doença. Esses esforços incluem imunizaçõ es e programas
para o controle de doenças transmissíveis.
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#PraCegoVer: imagem com o termo saú de pú blica escrito no centro, cercado de figuras que representam, por
exemplo, a atividade física, meditação, atendimento médico, alimentação, peso corporal e exames de sangue.
As funçõ es da saú de pú blica devem ser cumpridas pelas agências, que são compreendidas como os governos
ou organizaçõ es mundiais que normatizam e executam a saú de pú blica (INSTITUTE OF MEDICINE, 1988). Em
seu relató rio de 1988, citado anteriormente, o IOM identificou dez funçõ es essenciais da saú de pú blica, que
são agrupadas em três eixos.
Clique nas abas a seguir para identificar as funçõ es correspondentes.
•
Avaliação
Desenvolvimento de políticas
4. Mobilizar parceiras na comunidade e açõ es para identificar e resolver os problemas de saú de.
Garantia
7. Vincular as pessoas com necessidades em saú de aos serviços e assegurar a oferta do cuidado em
saú de.
10. Pesquisar novas ideias e inovaçõ es para solucionar problemas de saú de.
Avaliação
"Cada agência de saú de pú blica deve regularmente e
sistematicamente coletar, agrupar, analisar e disponibilizar
informaçõ es sobre saú de da comunidade, incluindo estatísticas
sobre condição de saú de, necessidades de saú de da comunidade,
bem como estudos epidemioló gicos e outros estudos de problemas
de saú de".
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Desenvolvimento de políticas
"Cada agência de saú de pú blica deve exercitar sua responsabilidade
de atender ao interesse pú blico no desenvolvimento de políticas
abrangentes de saú de pú blica ao promover o uso da base do
conhecimento científico na tomada de decisõ es sobre saú de pú blica,
e ao liderar o desenvolvimento de políticas de saú de pú blica. As
agências devem ter uma abordagem estratégica, desenvolvida com
base em uma apreciação positiva do processo político democrático."
A seguir, você pode verificar a figura que mostra as dez funçõ es essenciais de acordo com seus eixos.
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A saú de pú blica é um esforço preliminar para evitar doenças ou lesõ es, mas também funciona para garantir
que a causa correta da saú de insatisfató ria seja identificada, que tratamentos apropriados ocorram e que
programas de política ou educação atendam ao problema subjacente, para que futuras populaçõ es não sofram.
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Isso pode ser atribuído às principais realizaçõ es de programas de saú de pú blica em países desenvolvidos e
em desenvolvimento. Esses países tiveram um aumento expressivo na expectativa de vida, de 40 anos para 69
anos, ao longo das ú ltimas décadas (PIRES FILHO, 1987).
Outro motivo para o estudo da saú de global é aprender mais sobre os desafios existentes em estágios
nacionais e internacionais, bem como determinar maneiras para criar estratégias e intervençõ es eficazes para
resolver problemas. Melhorar a saú de global pode melhorar a saú de de cada país e apoiar interesses globais e
nacionais, ao estimular o crescimento econô mico, a diplomacia e a estabilidade mundialmente.
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VOCÊ O CONHECE?
Fundada em 1948, a Organizaçã o Mundial de Saú de (OMS) direciona e coordena a
saú de internacional no sistema das Nações Unidas, e é reconhecida como a principal
organizaçã o de saú de pú blica internacional. A OMS auxilia autoridades nacionais no
desenvolvimento de planos e políticas de saú de, e ajuda os governos no trabalho com
parceiros de desenvolvimento para alinhar a assistê ncia externa com as prioridades
domé sticas, isto é , questões de conflitos, pobreza, desastres humanitá rios etc. També m
coleta e dissemina dados sobre saú de para que os países possam planejar gastos em
saú de e rastrear o progresso.
À medida que avançamos no estudo sobre saú de global, teremos uma melhor compreensão de como resolver
problemas de saú de global e avançar no bem-estar de geraçõ es que estão por vir (WHO, 2019).
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Alguns exemplos de doenças que surgiram dos animais são: Ebola, surgido dos macacos; Nipah, oriundo dos
morcegos; e tuberculose, dos bovinos. Muitas doenças de origem animal ocorrem por razõ es de
desmatamento e mudanças climáticas que levam os animais a mudarem seu habitat, propiciando a mutação
dos vírus.
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Essas doenças são consideradas zoonoses, isto é, doenças de animais que podem ser transmitidas para
humanos e vice-versa. O controle desses pató genos que podem ser transmitidos entre humanos e animais
deve fazer parte das estratégias globais de saú de pú blica. Serviços veterinários da vigilância epidemioló gica
dos estados e municípios têm papel fundamental na garantia da saú de animal e ambiental (Conselho Federal
de Medicina Veterinária).
1.2 Bem-estar
Bem-estar é a percepção das pessoas sobre as suas vidas estarem dando certo, isso é um resultado positivo e
significante para as pessoas de toda a sociedade. O bem-estar envolve boas condiçõ es de moradia, trabalho,
saú de etc. Existem muitos indicadores para medir esses itens, tais como educação, renda e condiçõ es de
moradia. Contudo, faltam pesquisas que meçam a percepção e a satisfação das pessoas com relação às suas
vidas como a qualidade das suas relaçõ es, resiliência e emoçõ es positivas, e satisfação em geral com a vida
(DIENER, 2004; 2009).
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A cultura pode ser um determinante importante do comportamento individual. Cultura pode ser definida
como o conjunto de "crenças e percepçõ es, valores e normas, e hábitos e comportamentos que são
compartilhados por um grupo ou sociedade e que foram passados de uma geração para a outra através de
educação formal e informal", (BARRIS et al., 1985, p. 16). Como vemos, o nosso ambiente e as pessoas, os
desafios e as oportunidades são moldados pelas culturas às quais pertencemos. Nossas culturas nos
fornecem um conjunto de regras sociais ou expectativas que podem ou não ser positivas para nossa saú de e
bem-estar.
Um exemplo de comportamento cultural que possivelmente reforça a saú de é o da monogamia com parceiros
sexuais. A cultura de monogamia, ou seja, de ter somente um parceiro sexual por vez, tem o efeito potencial de
reduzir taxas de HIV/AIDS. Ao contrário, a transmissão de HIV e outras doenças transmissíveis sexualmente
poderia aumentar em culturas que aceitam ou incentivam vários parceiros sexuais ao mesmo tempo ou
durante o mesmo período (SKOLNIK, 2012).
Práticas e crenças de saú de variam entre diferentes culturas. As perspectivas sobre a doença e as causas de
doença, e as perspectivas sobre as práticas de bem-estar e a prevenção de doenças podem variar
consideravelmente em diferentes grupos culturais. Por exemplo, a malária é tão comum na Á frica subsaariana
que muitos habitantes a aceitam como parte normal da vida. Em vez de buscar assistência médica, as pessoas
afetadas nessa região podem escolher simplesmente descansar ou seguir a recomendação de um curandeiro
tradicional, que pode ou não fornecer um tratamento eficaz. Estudos de diferentes grupos culturais mostram
que muitos deles têm tabus e rituais, os quais eles acreditam que protegerão a sua saú de. Alguns tabus
culturais, por exemplo, envolvem alimentos que as mulheres devem evitar durante a gravidez. Na verdade,
essas restriçõ es na dieta podem causar danos à mãe e ao filho, por deixar de oferecer nutrientes e proteínas
importantes. Outros grupos culturais podem ter rituais de passagem de idade que envolvem testar a força e a
"masculinidade" de meninos por meio de perigosos exercícios de força física, independentemente do risco de
ferimentos (SKOLNIK, 2012).
Comportamentos de saú de e mudança de comportamento são componentes importantes de iniciativas de
promoção da saú de. Uma vez que pode ser difícil mudar um comportamento enraizado e, especialmente, um
comportamento de saú de, cientistas de saú de pú blica criaram modelos teó ricos para considerar os muitos
fatores envolvidos na mudança de comportamento. Ao aplicar vários modelos de mudança à problemas de
saú de pú blica, os pesquisadores tentam reconhecer quaisquer barreiras que atinjam a mudança de
comportamento desejada, como a falta de conhecimento dos possíveis efeitos do comportamento sobre a
saú de. Muitos modelos também tentam encontrar fatores que promovam a mudança de comportamento, por
exemplo, redes de parceiros que atuam como sistemas de apoio para a mudança. Ao aplicar diferentes
modelos teó ricos a esses comportamentos de saú de, os profissionais de saú de pú blica podem direcionar seus
esforços para os problemas mais críticos com o intuito de promover uma mudança significativa no
comportamento de saú de (NASEM, 2018).
Há vários modelos populares que estão em uso nas ú ltimas décadas. Um modelo teó rico comum usado para
resolver a mudança de comportamento de saú de é o HBM (Health Belief Model, Modelo de crenças em saú de).
Desenvolvido pelo serviço de saú de pú blica dos EUA nos anos 1950 e atualizado nos anos 1980, é baseado na
teoria de que a disposição, ou a não disposição, de uma pessoa para se envolver no comportamento de
promoção da saú de está vinculada a alguns fatores, incluindo (WHO, 2017):
• a crença sobre a seriedade e consequências de um problema de
saúde;
• a percepção de que os benefícios de mudança de comportamento
superam os obstáculos; e
• a confiança na capacidade de mudar com êxito o
comportamento.
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A combinação desses fatores indica a prontidão de uma pessoa para agir. Em aplicação prática, provedores de
assistência médica, oficiais de saú de pú blica e pesquisadores também buscam promover "dicas para ação",
normalmente um conjunto de estratégias criado para motivar pacientes em potencial a procurar cuidados para
si pró prios. As "dicas para ação" podem incluir avisos de serviços pú blicos em relação ao risco de uma
doença, panfletos ou sites dedicados ao tó pico, e incentivos como exames gratuitos para determinada doença
(GLANZ et al., 2002).
Outro modelo de mudança de comportamento popular é o modelo transteó rico, também conhecido como
“Estágios de modelo de mudança”, isto é, as várias fases de mudança de comportamento. Essa estrutura
conceitual foi criada por James Prochaska e Carlo DiClemente para tentar explicar as diferenças no desejo das
pessoas de fazer mudanças, sua disposição em fazer essas mudanças e o êxito de tentar a mudança de
comportamento. Essa teoria reconhece várias fases de mudança de comportamento que uma pessoa pode ter
em um determinado período, e os autores acreditam que quaisquer esforços de intervenção de saú de pú blica
devem ser alinhados à fase na qual a pessoa se encontra (ESCORSIN, 2016).
À s vezes, uma intervenção bem-sucedida pode ser simplesmente fazer com que uma pessoa passe de uma
fase para outra, enquanto outras intervençõ es podem significar incentivar uma mudança de comportamento
sustentável. Uma pessoa pode mudar, ignorar ou voltar para diferentes fases a qualquer momento. Embora
extremamente popular entre médicos e outros campos de mudança de saú de, esse modelo tem sido criticado
por sua aparente falta de atenção ao impacto de fatores externos (economia, ambiente e política) na
capacidade de uma pessoa transcender as fases (PROCHASKA; DICLEMENTE, 2013).
#PraCegoVer: a imagem mostra uma escada do modelo transteó rico de mudança do comportamento. No
primeiro nível tem a pré-contemplação; no segundo, a contemplação; no terceiro, a preparação, sinalizada por
uma bandeira; no quarto, a ação, sinalizada por uma pessoa andando de bicicleta; no quinto, a manutenção,
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sinalizada por uma maçã e uma barra de levantamento de peso. A recaída é um dos possíveis acontecimentos
nesse modelo, e está representada fora da escada.
O modelo socioecológico foi publicado por Dahlberg e Krug em 2002 e popularizado pelo Centro de Controle
e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, como uma maneira de incorporar uma estrutura
conceitual que não aborda apenas características individuais, mas também afeta os impactos de relaçõ es, da
comunidade e da sociedade em geral. A ideia é que a experiência e o ambiente de uma pessoa podem
influenciar seus comportamentos e exposiçõ es. Esse modelo usa a sobreposição de componentes para
demonstrar que cada aspecto tem uma relação complexa com os outros, e que é impossível abordar um ú nico
fator sem compreender como ele se molda às outras áreas do modelo. Embora seja um modelo bem recebido
para análise de áreas para esforços de prevenção de doenças, pode ser difícil diferenciar em quais fatores você
deve se concentrar para obter mudança de comportamento e promover a saú de.
Todos os modelos de saú de pú blica e teorias sobre mudança de comportamento têm como objetivo auxiliar
os profissionais de saú de pú blica no desenvolvimento de programas ou intervençõ es envolvendo a promoção
da saú de. A ideia é que, se você pode compreender onde uma pessoa está na progressão de um modelo
específico das fases de mudança de comportamento, pode influenciar a decisão dela para passar para a
pró xima fase e, por fim, ter uma verdadeira mudança de comportamento que resultará em uma saú de melhor.
Esses são apenas alguns exemplos de mudança de comportamento e modelos de prevenção disponíveis para
orientar pesquisadores e profissionais da saú de pú blica. Cada modelo de estrutura conceitual tem uma
finalidade específica e é importante para que profissionais de saú de compreendam as diferentes teorias, a fim
de que a melhor possa ser aplicada a um programa ou problema de saú de da comunidade em questão.
Algumas teorias têm como objetivo auxiliar com a promoção da saú de, enquanto outras são mais diretamente
focadas na prevenção de doença e proteção de saú de. Essas diferentes abordagens, com frequência, podem ser
encontradas nos mesmos programas, mas cada uma atende a uma finalidade específica. A promoção da saú de
é a categoria mais ampla, pois ela trabalha para capacitar pessoas e comunidades a se envolverem em
comportamentos saudáveis, que beneficiarão seu bem-estar em geral. A prevenção de doenças é mais focada
no objetivo de evitar que uma determinada doença ou enfermidade ocorra. A proteção de saú de também é
mais específica, pois atua para tornar ambientes ou atividades mais seguras, para que doenças ou lesõ es não
ocorram.
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#PraCegoVer: o "triângulo" mostra as três principais áreas de transmissão de doença infecciosa. Primeiro, há
o hospedeiro ou “quem” poderia se tornar infectado, lesionado ou doente em decorrência da doença. Esse
pode ser um humano ou animal para muitas doenças. Em segundo lugar, há um agente, que é “o que” causa a
doença (exemplo, parasita, vírus, bactérias etc.). E, por fim, há o ambiente ou “onde” a infecção, a doença ou a
lesão da doença ocorre ou quais fatores externos podem estar contribuindo para a doença.
Epidemiologistas são profissionais detetives de doenças que tentam descobrir como esse triângulo pode ser
aplicado a doenças e enfermidades, e qual lado pode ser rompido usando medidas apropriadas de prevenção
de saú de. Usando o contexto de três lados do triângulo epidemioló gico, Leavell e Clark (1958) propuseram
três níveis de prevenção: principal, secundária e terciária.
Antes da presença de doença (período pré-patogênico), há a oportunidade de bloquear a infecção inteiramente.
A prevenção primária tem como objetivo evitar doenças ou lesõ es antes que elas ocorram. Isso é feito por
meio de diversas intervençõ es:
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No entanto, mesmo com uma boa política de saú de, as normas adequadas de segurança e os comportamentos
pessoais saudáveis, uma doença ainda pode surgir. A prevenção secundária tem como objetivo reduzir o
impacto de uma doença ou lesão que já ocorreu. Isso é feito ao:
A prevenção terciária tenta suavizar o impacto da doença ou lesão contínua ao ajudar pessoas a administrar
problemas de saú de a longo prazo, para melhorar sua capacidade de funcionamento, qualidade de vida e
expectativa de vida. Entre os exemplos estão:
tratamento de tuberculose com Terapia observada diretamente (TOD) para manejo de caso a longo prazo;
Um outro nível de prevenção, a prevenção quaternária, cobre procedimentos e políticas que identificam
pessoas e grupos em risco de diagnó stico ou medicação excessiva, e que diminuem a intervenção sanitária e
médica excessiva (FAERSTEIN, 2016).
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Proteção é a defesa ou imunidade contra influências nocivas. A proteção da saú de na era moderna de saú de
pú blica tem como foco principal as açõ es de prevenir e controlar doenças infecciosas, bem como proteger
contra riscos ambientais, incluindo alimentos que não atendem aos padrõ es higiênicos. A proteção de saú de
também é aplicável a situaçõ es ocupacionais, a fim de garantir que os funcionários e consumidores não
entrem em contato com materiais perigosos ou condiçõ es não seguras. A proteção de saú de oferece
oportunidades iguais para pessoas s que tenham o nível mais elevado possível de saú de. Ela pode ser obtida
com o desenvolvimento e a implementação de leis, políticas e programas nas áreas de proteção de saú de
ambiental, e nos empregadores ou nas instalaçõ es de atendimento à comunidade. Intervençõ es de proteção de
saú de ajudam a limitar o risco de doença ou lesão.
Existem poluentes do ar que são microscó picos e responsáveis por sete milhõ es de mortes prematuras no
mundo, isso é, mortes que acontecem antes do previsto, em razão de câncer, derrame cerebral, doenças
coronárias e pulmonares. A maior parte dessas mortes acontece nos países de renda baixa ou média. A
poluição do ar também é o maior contribuinte para as mudanças climáticas, as quais devem matar 250mil
pessoas ao ano, entre 2030 e 2050, por questõ es de desnutrição, malária, diarreia e calor.
Doenças como diabetes, câncer e doenças cardíacas são responsáveis por 70% das mortes no mundo, sendo
15 milhõ es de mortes prematuras de pessoas com idades entre 30 e 69 anos. Uma das estratégias da OMS é
trabalhar junto aos governos para implementar políticas de incentivo à atividade física.
3. Pandemia de influenza
É uma ameaça que se concretizará, mas não se sabe quando. O maior problema é que muitos países não têm
preparo de resposta para quando isso acontecer. A OMS realiza o monitoramento da circulação do vírus por
meio de 153 instituiçõ es em 114 países.
Mais de 1,6 bilhõ es de pessoas (22% da população mundial) vivem em lugares que enfraquecem a atenção à
saú de por meio da combinação de fatores como fome, conflito, seca e migração populacional.
5. Resistência microbiana
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Os medicamentos que salvaram milhõ es de vidas, como os antibió ticos, antivirais, remédios antimalária,
estão agora enfrentando a capacidade que vírus e bactérias têm de mutar rapidamente e tornarem-se
resistentes. O uso excessivo desses medicamentos em humanos e animais de consumo, somado ao incorreto
descarte na natureza por falta de saneamento e coleta de lixo, está infectando o solo e a água.
O Ebola matou muitas pessoas em 2018 e permanece ativo em regiõ es da Á frica onde o conflito não permite
que as soluçõ es cheguem. Além desse vírus, outros considerados de alto risco estão sendo monitorados pela
OMS, são eles: Zika, Nipah, MERS-CoV e SARS-CoV. A OMS e outros parceiros estão constantemente
investigando agentes microbioló gicos que possuem alto potencial para afetar os humanos. Isso fortalece a
necessidade de estarmos preparados para a doença X, uma pandemia desconhecida que atingirá a humanidade.
Cabe ressaltar que o COVID-19, vírus da família da SARS-Cov e MERS-CoV, surgiu apó s a publicação dessa
lista.
A atenção primária à saú de é o primeiro contato dos indivíduos com os sistemas de saú de e deve ser
responsável por atender 85% das demandas em saú de. Em muitos países a saú de não é acessível à população
e não tem cobertura universal, isso faz com que as pessoas adoeçam muito antes de chegarem a um
atendimento em saú de.
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8. Hesitação em vacinar
A vacinação é responsável por salvar 4,5 milhõ es de vidas ao ano. Doenças evitáveis por vacina como o
sarampo estão com aumento de novos casos a cada ano, e isso se deve a resistência das pessoas em tomarem
as vacinas.
9. Dengue
A dengue é uma doença transmitida por mosquito e produz sintomas semelhantes aos de uma gripe forte.
Possui uma mortalidade de 20% e tende a ser uma doença de maior abrangência, pois, com a mudança
climática haverá maior proliferação de mosquitos. Estima-se que 40% do mundo está exposto à dengue, que
causa 390 milhõ es de mortes anuais.
10. HIV
Apesar dos grandes avanços no combate ao HIV, os casos da doença voltaram a subir, especialmente em
jovens mulheres na Á frica. Essa epidemia continua a atingir 1 milhão de novos casos anualmente.
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Conclusão
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Aqui, estudamos alguns conceitos fundamentais sobre saú de, além dos problemas globais de saú de e noçõ es
como prevenção de doenças e promoção de saú de
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