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«eu SOCALEETA PROFSIONAL:FUNDAMENTOSERTERVENCOES cas usado para impor esses processos mesmo contrariando a vontade popul. regressao dos estatutos regulatérios destinados a proteger o abel e oa biente da degradacao tem envolvido a perda de direitos inaeois aca dire tos comuns de propriedade obtidos gracas a anos de dura luta = eaes (0 direito a uma aposentadoria paga pelo Estado, ao bem-estar social, a caver ma nacional de cuidados médios) ao dominio privado tem sido iimade mais flagrantes politicas de espoliagao implantadas em nome da ortodoxia neolibe- ral (HARVEY, 2005, p. 123). Nessas duas longas passagens de Harvey (2005), encontram-se elemen- tos importantes que permitem caracterizar a acumulagio por espoliagao do atual estagio do capitalismo mundial e, ao mesmo tempo, elementos para analisar as tendéncias regressivas que se expressam de modo virulento na sociedade e no Estado burgueses da atualidade. ‘Acontraface da acumulacao por espoliacao do capitalismo mundial se revela na destruico socioambiental; no desemprego estrutural; nos desloca- mentos humanos forcados; na violéncia urbana e rural; no exterminio da po- pulaggo negra e dos povos originarios; no feminicidio; no encarceramento em massa; na intensa regressao no campo dos direitos; na crescente manifestacao aberta de praticas neofascistas, de intolerancia, de fundamentalismo religioso ede crise da democracia burguesa. No atual estdgio do capitalismo mundial, a face contempordnen da barbi- rie (NETTO, 2012) desvela 0 esgotamento do projeto civilizatério da ordem burguesa (NETTO, 2012) e desafia os segmentos sociais comprometidos com as conquistas democraticas e com 0 humanismo a construgao de forgas po- liticas capazes de frear a destruicao conduzida pela ordem do capital. 3. Etica profissional da(o) assistente social ea defesa do Estado laico e de direitos racia e o reconhecimento de s no ambito da luta de classes burguesa, além de o Estado ara reprodugao das relagbes Vé-se que o aprofundamento da democ direitos resultam dos tensionamentos gestado: © encontram limites objetivos na sociabilidade burgués cumprir um papel central para assegur Sociais capitalistas. ie a BRIES -BaRROcO [..:]0 Estado Social se situa na relagio estrutural entre Estado e economia no capitalismo, ou seja, nao pode ser dissociado do modo de produsao capitalista e de sta esséncia: 0 processo de constituigao do valor e do mais valor (mais-valia) determinado pela exploragio da forga de trabalho (BOSCHETTI, 2018, p. 81). No entanto, o carater contraditério da ordem do capital demonstra que, mesmo diante da impossibilidade da emancipacao humana na sua vigéncia, a praxis politica dos segmentos subalternizados conseguiu arrancar conquis- tas que se tornaram referéncias incontornaveis na luta pela humanizagao do ser social, entre elas, o Estado laico e de direitos (mesmo nos limites da cida- dania e da democracia burguesas). O esgotamento da experiéncia do Estado Social e seu sequestro pela razo neoliberal vém assegurando a ampliagao de suas fungdes de controle e coer¢ao, a regressao no campo dos direitos e de socializacao da politica, e a solvéncia dos limites impostos 4 dominagao e a exploracao do capital, conformando, assim, a barbarie contempordanea. Se, por um lado, nao se vislumbra qualquer tendéncia objetiva que possa revolucionar essa realidade, por outro, transigir diante dela nao é uma alternativa aquelas(es) que resistem e recusam a barbarie. Aluta contra a barbarie contemporanea é, a0 mesmo tempo, uma forma de resisténcia e uma aposta na potencialidade revolucionaria da praxis. Se a praxis politica revolucionéria esta interditada pelas tendéncias regressivas do atual estagio do capitalismo mundial, é preciso, sem abandoné-la, reafir- mar aquelas conquistas que contribuem para a humanizagao do ser social. Do ponto de vista da ética profissional da(o) assistente social, é neces- sario, e urgente, o confronto das expressGes cotidianas da barbdrie que avancam insidiosamente sobre o que ainda resta dos padres civilizatérios' conquistados com muita luta. A defesa da liberdade como valor ético central, do aprofundamento da demo- cracia, como socializagao da participagao politica e da riqueza socialmente produzida, 4. Entende-se por padrao civilizatério as conquistas do ser social que contribuem para sua huma- nizacdo. Incluem-se nessas conquistas a razao critica e dialética, a esfera puiblica como espaco legitimo de disputa de projetos coletivos, a praxis politica, os valores humano-genéricos, a liberdade como valor ético central, o respeito a diversidade humana (sexual, de género e étnico-racial) e a democrati- zacao do poder politico e da riqueza socialmente produzida. Ou seja, ao se falar aqui em padrao civi- lizat6rio, nao hé qualquer relac3o com concepgies eurocéntricas, coloniais ou supremacistas. SOCIALEETICA PROFISSIONAL: FUNDAMENTOS EINTERVENCOES CRITICAS 207 ENO arecusa do arbitrio e do autoritarismo (CEESS, 2012) sao principios éticos do va Profisional, uma vez quese configuram como valores fundamentais para o processo de humanizacio do ser social, Astranstormaqdes nas funcdes do Estado burgués sinalizadas anterior- mente nao retiram a validade histérica € a importancia ético-politica da de- fesa desses valores, Ao contrario, sua validad, ainda maior em face da barbarie, ‘ May, seu aprofundamento e univers Ni Nites SN WN WM) \N MOS sociais. Essa defesa &, portanto, : * desua viabilidade histérica ANNU cheng na, \ NON NARI Weal WANA WAU ah UNE ant N AAAS penas a realidade objetiva ambém suq Possibilidade”. A defesa dos valores humano-genéricos que sao afirmados Pela ética Profissional da(o) assistente social 6 também uma Convocacdo & consciéncia “ua Palitca das(os) Profissionais p as, ara a compreensio de que a legitimidade ‘*esPostas, dominantes Para a crise estrutural do capitali m Gydrgy Markus, Heller ‘guinte afirmacao: “ 1) dea ya O™Ponentes da “sséncia humana sio, para Marx, o trabalho (a objetivaca, , : "Versalidade, a cg ‘encia e a liberdade", (1992, p. 4) faz a se BRITES-BARROCO ‘Aatual crise estrutural do capitalismo é também uma crise politica de dominagao, tanto que, a medida que se acentuam as desigualdades, as opres- sdes e as violéncias produzidas pela ordem do capital, a dominacao burgue- sa nao pode prescindir do aparato repressivo do Estado para conter os movimentos que denunciam as injustigas ou contestam a ordem social, tampouco prescindir de mecanismos ideolégicos que servem para legitimar a barbarie contemporanea, deslocando a compreensao de seus fundamentos hist6rico-sociais para explicacées irracionalistas e transcendentais. Destacam-se nesse contexto de aprofundamento da barbarie capitalista e de crise politica da dominagao burguesa duas tendéncias histéricas que tém se propagado de modo avassalador sobre os direitos fundamentais e sobre a laicidade do Estado. A primeira tendéncia, que envolve mecanismos ideolégicos de satanizagao do Estado, da esfera ptiblica e da politica, é a conversao de direitos funda- mentais — duramente conquistados no interior da luta de classes — em bens e servicos de consumo mercantil, ou seja, em mercadorias. Nas anilises ante- riores, indicou-se que a universalizacaéo dos direitos e a generalizagéo do Estado social s4o impossibilitadas pela acumulagao capitalista, por isso direi- tos fundamentais como moradia, educagio e satide nunca foram universali- zados. No entanto, na atual fase do capitalismo mundial, 0 que esta em jogo nao é apenas o caréter restritivo do acesso a alguns direitos, mas também a supressao de todos os direitos duramente conquistados e, igualmente, 0 apa- gamento da consciéncia sobre a possibilidade da existéncia de direitos. Mais precisamente, é pela desmoralizagao que se é capaz de provocar na po- pulacao a opiniao de que a politica do “Estado de bem-estar” se tornou parti- cularmente onerosa. O grande tema neoliberal afirma que o Estado burocratico destréi as virtudes da sociedade civil: a honestidade, o sentido do trabalho bem feito, o esforco pessoal, a civilidade, o patriotismo. Nao é 0 mercado que destréi a sociedade civil com sua “sede de lucro”, porque ele nao poderia funcionar sem essas virtudes sociedade civil; 6 0 Estado que corréi as molas da morali- dade individual (DARDOT; LAVAL, 2016, posigao 4.403-4.408). Os reformadores neoliberais nao 86 se serviram do argumento da eficcia e do custo, como também alegaram a superioridade moral das solugdes dadas ou inspiradas pelo mercado. Essa critica repousa sobre um postulado que diz respeito a relagao do individuo com o risco. O “Estado de bem-estar”, queren do promover o bem-estar da populacao por meio de mecanismos de solidarie- dade, eximiu os individuos de suas responsabilidades e dissuadiu-os de procurat sg SOCIALEETIC PROFSSIONAL:FUNDAMENTOS ENTERVENCOES cicas 209 trabalho, estudar, cuidar de seus filhos, por praticas nocivas. A solugao, e em todos os niveis, sobretud dos individuos, os mecanismos do ca Iculo econés one Prevenir-se contra doengas causadas fanto, 6 p6 a P , € Pr em acao, em todos os dominios A ortodoxia neoliberal avanga para limitar a funcao social do Estado a fungio gerencialista de bens e servicos ofertados Por organizacdes empresa- riais, pela mediagao de contratos privados com recursos do fundo ptiblico, para atender as necessidades de consumidores, Nesta nova razéo do mundo (DARDOT; LAVAL, 2016), sao suprimidos a um s6 tempo a esfera ptiblica como 0 espago da cidadania, o sujeito de direitos ¢ os direitos. Em uma palavra, a novidade consiste em promover uma “reacao em cadeia”, produzindo “sujeitos empreendedores” que, por sua vez, reproduzirao, am- Pliarao e reforgarao as relagdes de competicao entre eles, o que exigird, segundo a l6gica do processo autorrealizador, que eles se adaptem subjetivamente as condicdes cada vez mais duras que eles mesmos produziram (DARDOT: LAVAL, 2016, posicao 7.097-7.103). Atinica guerra contra a pobreza que se sustenta é a volta aos valores tradicionais: trabalho, familia e fé so os tinicos remédios para a pobreza (DARDOT; LAVAL, 2016, posigao 4.444). A segunda tendéncia que avanga sobre o controle do Estado e das ins- tituigdes sociais e politicas é a configuragao de um poder politico-teoldgico que, assim como os movimentos de extrema-direita e neofascistas, encontra uma realidade de desigualdades, violéncias, insegurangas e medos sobre a qual deita suas raizes. L..] a contingéncia, a inseguranga, a incerteza e a violencia slo as mans oe condicao pés-moderna ou da barbarie neoliberal e dodessionien aunae do Estado”, e [que] so elas responsaveis pela despolitizacao (bane ‘4 ae da ideologia da competéncia e do encolhimento do ease Pp ice). ¢ Pee ressurgimento dos fundamentalismos religiosos, N20 oon naes Mas também na esfera da agio politica (CHAU, 2004, p: 166). ssistimos a verdadeiras cru- is cavando espagos de poder No Brasil, e em vérias partes do mundo, a! : . iL! le representantes de igrejas neopentecosta! Zadas d, ‘RITES BARROCO, 20 (executivo, legislativo, judiciario, conselhos de direitos, midia, indtstria fonografica e, até mesmo, no trafico de psicoativos ilicitos)* para assegurar pautas reacionérias na regulagao moral e politica da vida social. As pautas da bancada evangélica no parlamento brasileiro e a atuacao do nticleo de poder do governo federal voltam-se, especialmente, para barrar e retroceder sobre os direitos humanos; os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres; os direitos da comunidade LGBTQIA+ e dos povos indigena e negro, e, cada vez mais, para imprimir as marcas confessionais sobre os poderes federativos. Ha intimeros exemplos nesse sentido, desde o slogan do atual governo federal: “O Brasil acima de todos, Deus acima de tudo”; cultos realizados no plendrio do Congresso; crescente nomeagao de militantes evangélicos a ministros, embaixadores, reitores, secretarios, até as aces or- questradas para interferir nas politicas puiblicas: inclusao das Comunidades Terapéuticas no Sistema Nacional de Politicas Ptiblicas sobre Drogas — con- trariando os principios da Reforma Psiquiatrica; censura de material didatico sobre educacao sexual; extingao massiva de Conselhos e ComissGes Sociais de Direitos sob a alegacao de auséncia de normatizacao legal,’ entre outras tantas iniciativas regressivas, posicionamentos puiblicos que atacam direitos, decretos e notas técnicas que incidem especialmente sobre conquistas demo- craticas das mulheres e das comunidades LGBTQIA+, indigena e negra. As investidas sobre a laicidade do Estado tém sido uma constante entre as propostas de parlamentares evangélicos, como as que tramitavam no Congresso em 2018. Entre as proposiges de cunho religioso tramitando no Congresso Nacional estao, por exemplo, aalteracao da redagio do paragrafo tinico do art. 1° da Constituigao Federal, de “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de represen- tantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituigao” para “Todo o poder emana de Deus”. Ha também o projeto que prevé a concessao de visto especial a estrangeiros que venham ao pais desenvolver atividades religiosas; muitos outros determinando a isengdo de impostos, taxas e multas aos templos. E exis- tem aqueles pedindo que doagées feitas as Igrejas possam ser descontadas do Imposto de Renda e da folha de pagamento (DIP, 2018, posigao 1412). 6, Ver Vital da Cunha (2015). 7. Ver matéria disponivel em: https: / /cee.fiocruz.br/2q=ANALISE-DE-CONJUNTURA. Aces~ soem: 14 out. 2021 arucosoci TIA PROFSSIONAL:FUNDAMENTOSE WTERVENCCEScRIncas m Enesse contexto extremamente regressivo do Ponto de vista dos direi- tos, da participacao politica e de investidas contra a laicidade doE eae os valores e 0S principios da ética profissional da(o) assistente soci Ide - ser observados de modo rigoroso, Pois 6, no cotidiano da vida ar ee legitimagaio de desvalores ocorre de forma mais sistematica. a Abarbdrie produzida pelo capitalismo contemporaneo oferece as bases materiais para a emergéncia e a reproducao de desvalores, para a busca de saidas transcendentais e, consequentemente, Para o fortalecimento de mani- festagdes neofascistas, fundamentalistas, bem como para o fortalecimento do poder politico-teolégico que ameaga a laicidade do Estado. Nas palavras de Chaui (2004, p. 152): Mais profundamente, a fugacidade do presente, a auséncia de lagos com 0 passado objetivo e de esperanga de um futuro emancipador suscitam o reapa- recimento de um imagindrio da transcendéncia. Os fundamentalismos religio- sos ea busca da autoridade decisionista na politica so os casos que melhor ilustram o mergulho na contingéncia bruta e a construgao de um imaginério que nao a enfrenta nem a compreende, mas simplesmente se esforga por con torné-la, apelando para duas formas insepardveis de transcendéncia: a divina (a qual apela o fundamentalismo religioso) e a do governante (a qual apela o elogio da autoridade politica forte). E nao é casual que essa dupla transcendén- cia apareca unificada na figura do chefe politico travestido de chefe militar religioso, uma vez que define sua ago como a luta do bem contra 0 mal. Nessa conjuntura, a afirmagao da ética profissional e sua observancia em ada resposta profissional cotidiana conectam-se de modo extremamente Significativo a urgente e necessdria luta pela defesa intransigente dos direitos €da laicidade do Estado. Noentanto, do ponto de vista da ética profissional da(o) assistente social, em face da luta de classes e “preciso explicitar que tal defesa é estratégica, 5 das particularidades do trabalho profissional, uma vez que o valor de cariter tunano-genérico mais central do Cédigo de Etica é a emancipagio (BARROCO; TERRA, 2012, p. 58), ¢ a emancipagaio humana ¢ irreal Sociedade burguesa. __ Assim, a defesa dos direitos e da laicidade do Estado coloca-se no ho- "onte da manutengao da emancipacao politica conquistada na luta de oe *,€ 0 sentido de tal defesa supde seu tensionamento, na perspectiva ce “\Petacio da ordem do capital e da conquista da emancipacio humans. lizavel no ambito da m RITES BARROCO Apauta é de nenhum direito a menos — servicos e beneficios — e a disputa do fundo ptiblico para a protecao social aos que necessitam da politica social numa sociedade que nao oferta (e nunca ofertara) emprego para todos/as, 0 que se combina com a precarizacao, combinada a diminuicao progressiva da jornada de trabalho, ampliando 0 acesso ao emprego. Esses sao apenas exemplos. 0 fundamental é que ha um enorme campo aberto de tensao a ser estrategica- mente trabalhado, com base na materialidade que os direitos e politicas sociais adquirem na vida de bilhdes de trabalhadores/as do Brasil e do mundo, tendo em vista forjar as bases da consciéncia de classe para a superacao da légica do valor, da mercadoria, do capital e, nos termos de Marx, para a superacao da pré-histéria da humanidade, pavimentando o caminho para a emancipacaio humana (BEHRING, 2021, p. 269-270). Acompreensao critica sobre a articulagao entre emancipagao politica e emancipacao humana, inscrita na ética profissional da(o) assistente social, é imprescind{vel para a apreensao do significado da defesa dos direitos e da laicidade do Estado nos limites da sociabilidade burguesa, uma vez que 0 “Cédigo de Etica da(o) Assistente Social articulou duas dimensGes da pro- fissdo: a do exercicio profissional institucional 4 da ago politica coletiva vinculada aos processos de luta contra hegem6nicos da sociedade brasileira” (BARROCO; TERRA, 2012, p. 59). Por isso, a explicita defesa no ambito da ética profissional de dois projetos: “o projeto profissional e a projecao de uma nova sociedade, que sup6e a superacio radical da sociedade burguesa” (BARROCO; TERRA, 2012, p. 59). Para que nao restem dtividas, é preciso reiterar que a conexao entre os fundamentos da ética profissional e a defesa dos direitos e da laicidade do Estado funda-se na compreensao de que a emancipagao politica nao se con- funde com a emancipagao humana; de que a emancipagaéo humana nao se realiza nos limites da sociedade burguesa, tampouco nos limites do trabalho profissional, e de que os valores e os principios da ética profissional estéo conectados com o horizonte da emancipagao humana: Assim, 0 Cédigo articulou dois niveis de orientagao ética profissional que s¢ vinculam organicamente: o presente e o devir mediado pelo trabalho profissio- nal na perspectiva de seu alargamento e no horizonte de sua superaga0 (BARROCO; TERRA, 2012, p. 60).

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