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Aulas 6, 9 a 22:

BRASIL COLÔNIA
(1500-1822)
PARTE III

Prof. Rogério Bonfá


Orientação de estudo (TAREFA DE CASA):
 Livro 1 – História – Capítulos 2:
╚►Ler: p. 31 a 33 (açúcar).
╚►Exercícios:
╚► Propostos: ex. 19, 25, 28, 29, 31, 32, 34 e 38 (Capítulo
2 - açúcar);

╚► Complementares: ex. 10, 12, 14 e 23 (Capítulo 2 - açúcar);


V) Economia colonial:
a) Características gerais:
• 1. ________________________;
Grande diversidade produtiva
• Atividades predatórias;
• Produção em larga escala;
• Produção vinculada as demandas externas;
• Trabalho compulsório;
• “Ciclos” econômicos.
FOCO NO VESTIBULAR
1. (Enem 2019) O processamento da mandioca era uma atividade já realizada
pelos nativos que viviam no Brasil antes da chegada de portugueses e
africanos. Entretanto, ao longo do processo de colonização portuguesa, a
produção da farinha foi aperfeiçoada e ampliada, tornando-se lugar-comum em
todo o território da colônia portuguesa na América. Com a consolidação do
comércio atlântico em suas diferentes conexões, a farinha atravessou os mares
e chegou aos mercados africanos.
BEZERRA, N. R. Escravidão, farinha e tráfico atlântico: um novo olhar sobre as relações entre o Rio de Janeiro e
Benguela (1790-1830). Disponível em: www.bn.br. Acesso em: 20 ago. 2014 (adaptado).

Considerando a formação do espaço atlântico, esse produto exemplifica


historicamente a:
a) difusão de hábitos alimentares.
b) disseminação de rituais festivos.
c) ampliação dos saberes autóctones.
d) apropriação de costumes guerreiros.
e) diversificação de oferendas religiosas.
FOCO NO VESTIBULAR
2. (Famema 2020) O avanço das culturas sul-americanas nas zonas tropicais
africanas conhece três etapas. Num primeiro tempo, a América exporta mandioca
através da Guanabara e do litoral vicentino. Numa segunda etapa, a mandioca, o milho,
a batata-doce e frutas sul-americanas passam a ser plantados nas terras africanas. Num
terceiro tempo, tais culturas espalham-se pelos sertões africanos. O uso do milho e da
mandioca como ração dos povos da região permitiu que os guerreiros negreiros
dilatassem suas áreas de captura. Roças de mandioca e milho são abertas nas áreas de
parada e descanso dos bandos, facilitando o transporte terrestre de um maior número
de cativos do sertão. (Luiz Felipe de Alencastro. O trato dos viventes, 2000. Adaptado.)

O historiador:
a) relaciona a influência cultural africana com o desenvolvimento da agricultura na
América.
b) mostra o intercâmbio econômico entre os indígenas americanos e os guerreiros
africanos.
c) associa a introdução de novos cultivos na África com o aumento do tráfico negreiro.
d) evidencia o escambo de produtos agrícolas americanos por cativos do interior
africano.
e) destaca a importância da monocultura de exportação desenvolvida no Atlântico Sul.
V) Economia colonial:
b) Principais atividades:
V) Economia: b) Atividades:

b.1) Pau-brasil (1500-32):

• Ver em Brasil Pré-Colonial (Aula 6 – material 4).


V) Economia: b) Atividades: Aula 9

b.2) Açúcar (1532-1654):

• Motivos da escolha da cana:


o 2. ______________________________;
Conhecimento prévio português
V) Economia: b) Atividades:

b.2) Açúcar (1532-1654):

• Motivos da escolha da cana:


o Conhecimento prévio português;

o 3. _________________________________;
Condições geofísicas favoráveis no NE
o Associação: 4. _______________________;
Portugueses + Holandeses
o 5. Grande lucratividade (LÓGICA MERCANTILSITA).
_________________
V) Economia: b) Atividades:

b.2) Açúcar (1532-1654):

• Locais de produção:
o São Vicente: sucesso relativo.

⁃ Litoral estreito e com presença de manguezais;


⁃ Clima ameno;
⁃ Distância em relação a Europa.
V) Economia: b) Atividades:

b.2) Açúcar (1532-1654):

• Locais de produção:
o Pernambuco: grande sucesso.

⁃ Litoral extenso;
⁃ Solo de massapê;
⁃ Clima quente e úmido;
⁃ Menor distância da Europa.
V) Economia: b) Atividades:

b.2) Açúcar (1532-1654):

• Sistema produtivo:
o 6. PLANTATION.
FOCO NO VESTIBULAR
3. (Enem 2011) O açúcar e suas técnicas de produção foram levados à Europa
pelos árabes no século VIII, durante a Idade Média, mas foi principalmente a
partir das Cruzadas (séculos XI e XIII) que a sua procura foi aumentando.
Nessa época passou a ser importado do Oriente Médio e produzido em
pequena escala no sul da Itália, mas continuou a ser um produto de luxo,
extremamente caro,chegando a figurar nos dotes de princesas casadoiras.
CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de Antonil (1681-1716). São Paulo: Atual, 1996.

Considerando o conceito do Antigo Sistema Colonial, o açúcar foi o produto


escolhido por Portugal para dar início à colonização brasileira, em virtude de:
a) o lucro obtido com o seu comércio ser muito vantajoso.
b) os árabes serem aliados históricos dos portugueses.
c) a mão de obra necessária para o cultivo ser insuficiente.
d) as feitorias africanas facilitarem a comercialização desse produto.
e) os nativos da América dominarem uma técnica de cultivo semelhante.
FOCO NO VESTIBULAR
4. (Unesp 2016) Os diários, as memórias e as crônicas de viagens escritas por marinheiros,
comerciantes, militares, missionários e exploradores, ao lado das cartas náuticas, seriam as
principais fontes de conhecimento e representação da África dos séculos XV ao XVIII.
A barbárie dos costumes, o paganismo e a violência cotidiana foram atribuídos aos africanos ao
mesmo tempo em que se justificava a sua escravização no Novo Mundo. A desumanização de
suas práticas serviria como justificativa compensatória para a coisificação dos negros e para o
uso de sua força de trabalho nas plantations da América.
(Regina Claro. Olhar a África, 2012.)
As “plantations da América”, citadas no texto, correspondem a:
a) um esforço de coordenação da colonização ao redor do Atlântico, com a aplicação de modelos
econômicos idênticos nas colônias ibéricas da América e da costa africana.
b) uma estratégia de valorização, na colonização da América e na África, das atividades
agrícolas baseadas em mão de obra escrava, com a consequente eliminação de toda forma de
artesanato e de comércio local.
c) um modelo de organização da produção agrícola caracterizado pelo predomínio de grandes
propriedades monocultoras, que utilizavam trabalho escravo e destinavam a maior parte de sua
produção ao mercado externo.
d) uma forma de organização da produção agrícola, implantada nas colônias africanas a partir do
sucesso da experiência de povoamento das colônias inglesas na América do Norte.
e) uma política de utilização sistemática de mão de obra de origem africana na pecuária,
substituindo o trabalho dos indígenas, que não se adaptavam ao sedentarismo e à escravidão.
V) Economia: b) Atividades:

b.2) Açúcar (1532-1654):

• Sistema produtivo: Plantation


o Trabalho compulsório:7. ____________.
ESCRAVIDÃO

⁃ 1530-70 d.C.: predomínio da 8. ___________________.


Escravidão ameríndia
⁃ Problema: escassez gradual de indígenas.
V) Economia: b) Atividades:

b.2) Açúcar (1532-1654):

• Sistema produtivo:
o Trabalho compulsório: escravidão.

⁃ 1570 - 1620 d.C.: 9. ________________.


Escravidão mista
(ameríndios + africanos)
V) Economia: b) Atividades:

b.2) Açúcar (1532-1654):

• Sistema produtivo:
o Trabalho compulsório: escravidão.

⁃ 1620 - 1888 d.C.: 10.

Predomínio da escravidão africana


⁃ Africanos conheciam técnicas;
⁃ Igreja Católica justificou a escravidão africana;
⁃ Utilização de africanos em colônias atlânticas;
⁃ Estrutura pronta na África;
⁃ 11. _____________
Grande lucro (dentro da lógica mercantilista).
V) Economia: b) Atividades:

b.2) Açúcar (1532-1654):

• Sociedade:
o Características:
⁃ Desigual;
⁃ Elitista;
⁃ Conservadora;
⁃ Patriarcal (predomínio do gênero masculino);
⁃ Preconceituosa;
⁃ Violenta;
⁃ Pouca mobilidade social;
⁃ ↑ influência da Igreja Católica.
CASA
GRANDE

X
SENZALA

12.
Retorno de um proprietário à sua chácara. Debret.
Costumes de Rio de Janeiro, Rugendas
FOCO NO VESTIBULAR
╚► Estratégias de controle da senzala:
⁃ Violência (pedagogia do medo);
⁃ Multiplicidade étnica (evitar malungo entre os escravos);
⁃ Acordos individuais (ex.: ‘pai João”).
╚► Estratégias de resistência escrava:
⁃ Corpo mole;
⁃ Sabotagem;
⁃ Violência / revolta;
⁃ Fugas;
⁃ Quilombos;
⁃ Suicídios (banzo) e infanticídios;
⁃ Sincretismo religioso;
⁃ Acordos individuais (ex. “pai João”).
V) Economia: b) Atividades:

b.2) Açúcar (1532-1654):

• Divisão de lucros:
o ± 5 % Brasil;
o ± 35% Portugal;
o ± 60 % Holanda.
V) Economia: b) Atividades:

b.2) Açúcar (1532-1654):

• Decadência:
Pós 1654 d.C – concorrência holandesa na
o 13. _____________________________________.
América Central
FOCO NO VESTIBULAR
5. (Unicamp 2020) Um dos eixos da bipolaridade escravista que unia a África à América
portuguesa girava, justamente, na rota aberta entre as duas margens do mar por correntezas e
ventos complementares. Na ida, a rota principal seguia o inverso dos ponteiros do relógio, no
sentido dos ventos oeste-leste, entre o Trópico de Capricórnio e 30º5. Na volta, a rota principal
seguia no sentido dos alísios de sudeste, abaixo da linha do Equador. Na medida em que se
zarpava com facilidade de Pernambuco, da Bahia e do Rio de Janeiro até Luanda ou a Costa da
Mina, e vice-versa, a navegação luso-brasileira que se desenvolveu naquelas rotas foi
transatlântica e negreira. Vários tipos de trocas uniam as duas margens do oceano.
(L. F. Alencastro, O trato dos viventes. SP: Cia das Letras, 2000, p. 61 - 63.)

Com base no excerto e em seus conhecimentos, responda às questões:


a) Explique a direção dos ventos alísios no Atlântico Sul e a sua funcionalidade no transporte
marítimo da África para o Brasil.
Os ventos alísios sopram no hemisfério Sul na proximidade do Trópico de Capricórnio
em direção ao Equador, recebem inclinação em função da rotação da terra. Desta
forma, ganham direção aproximada oeste-leste atuando durante o ano inteiro. As
embarcações que saiam da África com os africanos aproveitavam os ventos alísios
para chegar ao Brasil.
b) Cite e explique um exemplo de relação estabelecida entre o Brasil e a África na época da
colonização portuguesa na América.
Havia uma troca (escambo) entre Brasil e África. Os africanos enviados ao Brasil eram
trocados por tabaco, aguardente, farinha de mandioca, entre outros produtos.
FOCO NO VESTIBULAR
6. (Unesp 2020) Leia o texto e observe o mapa para responder à(s) questão(ões) a seguir.
Nem existia Brasil no começo dessa história. Existiam o Peru e o México, no contexto pré-
colombiano, mas Argentina, Brasil, Chile, Estados Unidos, Canadá, não. No que seria o Brasil,
havia gente no Norte, no Rio, depois no Sul, mas toda essa gente tinha pouca relação entre si até
meados do século XVIII. E há aí a questão da navegação marítima, torna-se importante aprender
bem história marítima, que é ligada à geografia. [...] Essa compreensão me deu muita liberdade
para ver as relações que Rio, Pernambuco e Bahia tinham com Luanda. Depois a Bahia tem
muito mais relação com o antigo Daomé, hoje Benin, na Costa da Mina. Isso formava um todo,
muito mais do que o Brasil ou a América portuguesa. [...]
Nunca os missionários entraram na briga para saber se o africano havia sido ilegalmente
escravizado ou não, mas a escravidão indígena foi embargada pelos missionários desde o
começo, e isso também é um pouco interesse dos negreiros, ou seja, que a escravidão africana
predomine. [...] A escravização tem dois processos: o primeiro é a despersonalização, e o
segundo é a dessocialização.
FOCO NO VESTIBULAR
6. (Unesp 2020)
FOCO NO VESTIBULAR
6. (Unesp 2020)

A “despersonalização” e a “dessocialização” dos escravizados podem ser


associadas, respectivamente,
a) ao fato de que os escravos eram identificados por números marcados a ferro e à
interdição do contato entre os cativos e seus senhores.
b) à noção do escravo como mercadoria e ao fato de que os africanos eram
extraídos de sua comunidade de origem.
c) à noção do escravo como tolerante ao trabalho compulsório e ao fato de que ele
era proibido de fazer amizades ou constituir família.
d) ao fato de que os escravos eram etnologicamente indistintos e à proibição de
realização de festas e cultos.
e) à noção do escravo como desconhecedor do território colonial e ao fato de que
ele não era reconhecido como brasileiro.
FOCO NO VESTIBULAR
7. (Enem 2016) As convicções religiosas dos escravos eram entretanto
colocadas a duras provas quando de sua chegada ao Novo Mundo, onde eram
batizados obrigatoriamente “para a salvação de sua alma” e deviam curvar-se
às doutrinas religiosas de seus mestres. lemanjá, mãe de numerosos outros
orixás, foi sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, e Nanã Buruku, a
mais idosa das divindades das águas, foi comparada a Sant’Ana, mãe da
Virgem Maria.
VERGER, P. Orixás: deuses iorubás na África e no Novo Mundo. SP: Corrupio, 1981.

O sincretismo religioso no Brasil colônia foi uma estratégia utilizada pelos


negros escravizados para:
a) compreender o papel do sagrado para a cultura europeia.
b) garantir a aceitação pelas comunidades dos convertidos.
c) preservar as crenças e a sua relação com o sagrado.
d) integrar as distintas culturas no Novo Mundo.
e) possibilitar a adoração de santos católicos.
FOCO NO VESTIBULAR
8. (Enem 2018) Outra importante manifestação das crenças e tradições
africanas na Colônia eram os objetos conhecidos como “bolsas de mandinga”.
A insegurança tanto física como espiritual gerava uma necessidade
generalizada de proteção: das catástrofes da natureza, das doenças, da má sorte,
da violência dos núcleos urbanos, dos roubos, das brigas, dos malefícios de
feiticeiros etc. Também para trazer sorte, dinheiro e até atrair mulheres, o
costume era corrente nas primeiras décadas do século XVIII, envolvendo não
apenas escravos, mas também homens brancos.
CALAINHO, Feitiços e feiticeiros. In: FIGUEIREDO, L. História do Brasil para ocupados. RJ: Palavra, 2013.

A prática histórico-cultural de matriz africana descrita no texto representava


um(a):
a) expressão do valor das festividades da população pobre.
b) ferramenta para submeter os cativos ao trabalho forçado.
c) estratégia de subversão do poder da monarquia portuguesa.
d) elemento de conversão dos escravos ao catolicismo romano.
e) instrumento para minimizar o sentimento de desamparo social.

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