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O Pe. Fernando Bastos de Ávila, SJ, é quem fica responsável por esta
resposta. Vejamos o que diz:
Muitas pessoas pensam que o Decálogo foi dado apenas ao povo de Israel,
lá no Monte Sinai, e que não serve mais para o povo de Deus, na atualidade.
O que podemos pensar disso? Quem vai responder isso é o famoso
“Dicionário Enciclopédico da Bíblia”, organizado pelo Dr. A. Van Den Born, e
publicado pela “Editora Vozes Ltda”. (católica). Ele diz:
“1º Os preceitos morais, que prescrevem aos homens os seus deveres para
com Deus e para com o próximo.
“A lei antiga, na sua parte cerimonial, era apenas uma figura da nova lei, e é
por isto que cessou, desde que foi promulgada a lei nova.” — Op. cit., p. 96–
97. Grifos acrescentados.
De tudo que está registrado, fica mais do que claro que esses documentos
confessionais cristãos históricos, além de mestres de outras confissões,
admitem que existam pelo menos duas leis, dentre outras, das quais fala a
Escritura Sagrada:
O Frei Leopoldo Pires Martins, OFM, também responde muito bem essa
pergunta no “Catecismo Romano”, onde lemos:
“Dentre as razões que movem o coração do homem a cumprir os preceitos
do Decálogo, sobressai, como o mais eficiente, o fato de ser Deus o autor
dessa mesma lei. (…) Estava essa luz divina quase ofuscada por maus
costumes e vícios inveterados entre os homens. Todavia, pela promulgação
da Lei de Moisés, Deus não trouxe uma luz nova, mas deu antes maior
fulgor à primitiva. É preciso explicar assim, para que o povo não se julgue
livre do Decálogo, quando ouve dizer que a Lei de Moisés está ab-rogada.
Aí está! Não só a “Santa Madre Igreja” crê que o Decálogo está em vigor,
mas incentiva a todos os fiéis para obedecê-los.
Também o Pe. Júlio Maria adiciona mais alguma coisa ao que foi lido:
“Os mandamentos, com o ensino moral, são eternos porque são a expressão
da lei natural; e por isso Jesus Cristo não pode suprimi-los.” — Op. cit., p.
98. Grifos acrescentados.
Outra vez, convidamos o Frei Leopoldo Pires Martins, OFM, para responder:
“O sábado era um dia sagrado, que seria profanado pelo trabalho (Eze. 22:1
. Conforme Êxodo 20:8-11 e 31:17 (mais um passo adiante) a santidade
do sábado era uma santidade objetiva, devido à bênção de Deus, que no 7º
dia ‘descansou’ da Sua obra, a criação, pensamento esse que foi largamente
elaborado em Gên. 1:1-2:4a”. — Em “Dicionário Enciclopédico da Bíblia”,
coluna 1340.
Existem católicos leigos, mesmo sinceros, que acreditam que Jesus não
guardou os Dez Mandamentos e que ele combateu o sábado. Esta tem sido
uma idéia que se espalhou por todo o mundo. Inclusive, líderes religiosos
têm se levantado, dos púlpitos de suas igrejas, escrito livros, folhetos e
panfletos, afirmando, categoricamente, que o Nosso Senhor Jesus Cristo
transgrediu o mandamento do sábado. Até onde vai o conhecimento deles?
Até onde isso é verdade? O que diz a Bíblia? Caso Jesus tivesse profanado o
sábado, ou qualquer outra lei, Ele não poderia ser “um cordeiro sem defeito
nem mancha” (1Pe.1:19), nem poderia ser o Messias que tem a função de
“engrandecer a lei e torná-la gloriosa” (Is.42.21). Então, quem afirma que
Cristo violou o sábado, está negando que Ele era o Messias, tornando-O um
mero pecador e mentiroso, pois Ele mesmo disse ter observado os
mandamentos (Jo.15:10).
Agora vejamos o que o Papa João Paulo II tem a dizer sobre esse assunto na
carta apostólica Dies Domini (Dia do Senhor), no inciso 63:
“63. Cristo veio para realizar um novo « êxodo », para dar a liberdade aos
oprimidos. Ele realizou muitas curas ao sábado (cf. Mt 12,9-14 e paralelos),
certamente não para violar o dia do Senhor, mas para realizar o seu pleno
significado: « O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por
causa do sábado » (Mc 2,27). Opondo-Se à interpretação demasiado
legalista de alguns dos seus contemporâneos e desenvolvendo o sentido
autêntico do sábado bíblico, Jesus, « Senhor do sábado » (Mc 2,2 , devolve
o carácter libertador à observância deste dia, instituído simultaneamente
para a defesa dos direitos de Deus e dos homens.” — Este documento se
encontra disponível no web site oficial do Vaticano. Para visualizá-lo, clique
aqui: http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/apost_letters/documents/
hf_jp-ii_apl_05071998_dies-domini_po.html (acessado a 6/12/2007).
Então, podemos afirmar com toda convicção: Jesus não Se levantou contra
os Mandamentos, nem contra o sábado. O que Jesus fez foi não Se ajustar
às formas e aos acréscimos que os escribas e fariseus fizeram à Lei de Deus.
Jesus guardava o sábado conforme a ESSÊNCIA do quarto mandamento, e
não à moda farisaica cheia de tradições! O que fica mais do que claro que
Jesus queria confrontar os escribas e fariseus na MANEIRA deles verem o
mandamento do sábado, e não no próprio mandamento em si, para reformar
a observância sabática ao verdadeiro sentido do mandamento.
7) O sábado pode ser reinterpretado segundo a vontade de cada um?
Os católicos acham que eles mesmos são os que devem escolher o dia para
o descanso e culto, reinterpretando o mandamento do sábado e aplicando-o
ao domingo, chamando-o de “o sábado cristão”. O fato é que esta questão
está obedecendo à conveniência das pessoas e não o que diz o claro “assim
diz o SENHOR”. Será que deve ser assim mesmo? Biblicamente, “o sétimo
dia é o sábado do SENHOR” (Ex.20:10). Mas vejamos o que dizem as
autoridades católicas a respeito disso.
“62. Assim, se é verdade que, para o cristão… ele deverá lembrar-se que
permanecem válidos os motivos de base que obrigam à santificação do « dia
do Senhor », fixados pela solenidade do Decálogo, mas que hão-de ser
interpretados à luz da teologia e da espiritualidade do domingo”. — Idem,
inciso 62.
“Onde se nos diz nas Escrituras que devemos observar o primeiro dia? É-nos
mandado guardar o sétimo; mas em nenhum lugar nos é ordenado guardar
o primeiro dia. (…) A razão pela qual santificamos o primeiro dia da semana
em lugar do sétimo é a mesma que nos leva a observar muitas outras
coisas: não porque a Bíblia, mas porque a Igreja (Católica) o ordena.” —
Vol. 1, p. 334 e 336. Grifos acrescentados.
“Foi a Igreja Católica que, por autoridade de Jesus Cristo, transferiu esse
descanso para o domingo, em memória da ressurreição de nosso Senhor: de
modo que a observância do domingo pelos protestantes é uma homenagem
que prestam, independentemente de sua vontade, à autoridade da Igreja.”
— Extraído de “Monitor Paroquial”, 26 de agosto de 1926, Socorro, SP, ano
I, nº. 8. Grifos acrescentados.
11) Diante de tudo o que foi apresentado, qual deve ser a posição de cada
ovelha do rebanho da Igreja Católica?
“Lembrem-se também de que, saber o que deve ser feito e não fazer, é
pecado.”
12) Como cristão sincero, nascido de novo pelo sangue de Cristo, qual vai
ser a sua resposta ao Senhor Jesus?