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PROCESSO Nº 00000000.2019.0000.22
XXXXXXXXXXXXXXXXXX, devidamente qualificado, por seu advogado que esta subscreve,
vem, respeitosamente a presença de Vossa Excelência, apresentar sua DEFESA PRÉVIA, e o
faz, nos seguintes termos:
I – DA INÉPCIA DA DENUNCIA
Compulsando os autos e analisando as circunstâ ncias fá ticas apurada na fase inquisitiva,
vislumbramos que a denúncia é inepta por pedir a condenaçã o, quando na verdade,
deveria requerer a absolviçã o impró pria, eis que quando da suposta pratica do delito, o
acusado estava absolutamente incapaz de entender o cará ter ilícito dos fatos. Assim,
requer-se, que a denuncia nã o seja recebida.
II – DA INSANIDADE MENTAL
Como diligencia imprescindível, requer-se, que o indiciado seja submetido a exame de
insanidade mental, tendo em vista as informaçõ es de seu depoimento pessoal, encontrava-
se em clínica de reabilitaçã o, eis que sofre de dependência química e alcoolismo, bem como,
as contidas nos documentos anexo, onde comprova que o acusado estava em tratamento na
clinica “Marevi”, instaurando-se o devido incidente de insanidade mental, com fundamento
no artigo 149 e § seguintes do Có digo de processo Penal.
III – DO MÉRITO
Caso seja outro entendimento, informa que durante a instruçã o probató ria será apurado
que o indiciado nã o praticou o crime de roubo, eis que nã o usou de emprego de “violência
ou grave ameaça” conforme descrito na exordial acusató ria.
IV – DO PEDIDO DE REVOGAÇÃO PREVENTIVA
Por outro lado, requer-se, a REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA, pelos motivos
aduzidos abaixo:
A acusaçã o do delito a ele imputado nã o procede e, por tratar-se de matéria de mérito, será
examinada com maior rigor apó s a instruçã o probató ria.
No entanto, verifica-se pela documentaçã o em anexo que o acusado é portador de
TRANSTORNOS MENTAIS E COMPORTAMENTAIS DEVIDO AO USO DE MULTIPLAS
DROGAS, TRANSTORNO PSICÓ TICO, TRANSTORNO DEPRESSIVO RECORRENTE,
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE COM INSTABILIDADE EMOCIONAL, (atestado médico
anexo), e NÃO tinha total entendimento do cará ter ilícito da sua açã o, e encontrava-se em
clínica de reabilitaçã o até a data dos fatos.
O Có digo Penal Brasileiro, em seu art. 26 dispõ e acerca dos inimputá veis:
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Nesse sentido:
PRISÃO EM FLAGRANTE. Roubo agravado. Liberdade provisória. Admissibilidade. Paciente
primário, possuidor de bons antecedentes e radicado no distrito da culpa. Existência de
fortes indícios de que seja incapaz de entender o caráter ilícito do fato, já que, de
acordo com documentos existentes nos autos, sofre de esquizofrenia tendo sido,
inclusive, declarada sua interdição. Ordem concedida, ratificada a medida liminar.1