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O Poeta Na Cidade - Helena Carvalhao Buescu
O Poeta Na Cidade - Helena Carvalhao Buescu
Imprensa Nacional
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© Helena Carvalhão Buescu
e Imprensa Nacional-Casa da Moeda
TÍTULO
O Poeta na Cidade
AUTORA
Helena Carvalhão Buescu
REVISÃO
Mário Azevedo
1.ª edição
Março, 2019
ISBN 978-972-27-2540-8
EDIÇÃO N.º 1021709
Índice
Capa
Ficha Técnica
I. A COMEÇAR
1. Literatura e História: Algumas Relações
2. Múltiplas Durações e Historicidade dos Fenómenos e Objetos
Literários
ALGUMAS RELAÇÕES
Por conseguinte,
1 No âmbito deste volume, grafamos quer História quer Literatura com maiúsculas, quando
nos interessa frisar que se trata de dois universos de discurso que concetualmente
separamos para melhor pensarmos a sua relação; e ainda porque, no quadro do
pensamento sobre a literatura, o conceito de história designa também os conteúdos de
efabulação de que os fenómenos literários se constroem.
2 Verem particular : Maurice Halbwachs, La Mémoire Collective, Paris, PUF, 1967; Pierre
Nora, Les Lieux de Mémoire, Paris, Gallimard, 1997; Aleida Assmann, Cultural Memory and
Western Civilization. Functions, Media, Archives, Cambridge UP, 2011.
3 Remeto aqui, entre várias obras possíveis, para o livro clássico de Frances Yates, The Art
of Memory, London, Routledge, 1966.
4 Cf. a este respeito o meu capítulo intitulado Literatura, Cânone e Ensino, in Helena
Carvalhão Buescu, Experiência do Incomum e Boa Vizinhança. Literatura Comparada e
Literatura-Mundo, Porto, Porto Editora, 2013, pp. 140-65; e ainda Vítor Aguiar e Silva, As
Humanidades, os Estudos Culturais, o Ensino da Literatura e a Política da Língua
Portuguesa, Coimbra, Almedina, 2010.
6 Cf.entre outros, Eduardo Lourenço, Pequena Meditação Europeia, Lisboa, Verbo, 2011;
José Mattoso, Identificação de Um País. Ensaio sobre as Origens de Portugal (1096-1395),
Lisboa, Editorial Estampa, 1985.
10 Jacques Derrida, Mal d’Archive. Une Impression Freudienne, Paris, Ed. Galilée, 1995;
Michel Foucault, Archéologie du Savoir, Paris, Gallimard, 1969.
E MEMÓRIA SIMBÓLICA
Late style is in, but oddly apart from the present. Only certain
artists and thinkers care enough about their métier to believe
that it too ages and must face death with failing senses and
memory. As Adorno said about Beethoven, late style does not
admit the definitive cadences of death; instead, death appears
in a refracted mode, as irony. But with the kind of opulent,
fractured, and somehow inconsistent solemnity of a work such
as the Missa Solemnis, or in Adorno’s own essays, the irony is
how often lateness as theme and as style keeps reminding us
of death. (p. 24)
12 Para esta questão, cf. capítulo respetivo em Helena Carvalhão Buescu, Experiência do
Incomum e Boa Vizinhança. Literatura Comparada e Literatura-Mundo, Porto, Porto
Editora, 2013.
13 Cf.
António José Saraiva, Fernão Lopes, Lisboa, Publicações Europa-América, s.d.;
Teresa Amado, Fernão Lopes. Contador de História, Lisboa, Editorial Estampa, 1991; cf.
José Mattoso, 1383-1385 e a Crise dos Séculos XIV/XV, História e Crítica, 12, 1985.
14 Cf.
Bernardo Vasconcelos e Sousa, O Sangue, a Cruz e a Coroa. A Memória do Salado
em Portugal, Penélope. Fazer e desfazer a História, 2, fev. 1989, pp. 28-48.
17 Op. cit.
18 António José Saraiva e Óscar Lopes, História da Literatura Portuguesa, Porto, Porto
Editora, 17.ª edição, pp. 82-5.
24 Helena Carvalhão Buescu. Pascale Casanova and the Republic of Letters, in Theo
D’Haen, David Damrosch and Djelal Kadir (eds.), The Routledge Companion of World
Literature, New York, 2012, pp. 126-144.
25 P. Burke, Erasmus and the Republic of Letters, European Review, 7(1), 1999, pp. 5-17.
27 Maisuma vez apontamos, no que a este aspeto em particular diz respeito, para a obra
de Teresa Amado, atrás citada.
30 Maria Augusta Lima Cruz, Os Cronistas do Império: da Gesta das Armas aos Heróis do
Mar, in Catálogo da Exposição Outro Mundo Novo Vimos, Lisboa, Comissão Nacional para
as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 2001.
32 VítorAguiar e Silva, Camões. Labirintos e Fascínios, Lisboa, Cotovia, 1994; idem, A Lira
Dourada e a Tuba Canora, Lisboa, Assírio e Alvim, 2008; idem, Jorge de Sena e Camões.
Trinta Anos de Amor e Melancolia, Coimbra, Angelus Novus, 2009; Martim de Albuquerque,
A Expressão do Poder em Luís de Camões, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda,
1988; Helder Macedo e Fernando Gil, Viagens do Olhar. Retrospecção, Visão e Profecia no
Renascimento Português, Porto, Campo das Letras, 1998; Jorge de Sena, Trinta Anos de
Camões. 1948-1978, Lisboa, Edições 70, 1980; Vasco Graça Moura, Os Penhascos e as
Serpentes e Outros Ensaios Camonianos, Lisboa, Quetzal Editores, 1987; Jorge Borges de
Macedo, Os Lusíadas e a História, Lisboa, Verbo, 1979.
38 Ibidem, liv. 9, cap. 1; cap. 2; cap.3. V. também liv. 3, cap. 3 e cap. 12; liv. 8, cap. 6;
Década II, liv. 2, cap. 2; liv. 4, cap. 4; liv. 5, cap. 1; liv. 8, cap. 1; liv. 10, cap. 7; Década III,
liv. 1, cap. 1; Manuel Severim de Faria, Discursos…, fols. 39-41v; António Baião,
«Introdução», cit., pp. LV-LVII.
45 Veja-se a este respeito: Maria Augusta Lima Cruz, Diogo do Couto e a Década 8.ª da
Ásia, Lisboa, Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos, Imprensa
Nacional-Casa da Moeda, 1994. E ainda Rui Manuel Loureiro, Notícias da Pérsia nas
Décadas da Ásia de Diogo do Couto, Erebea, Revista de Humanidades y Ciencias
Sociales, 2, 2012, pp. 271-87.
46 Cf. a este respeito: António Coimbra Martins, Em torno de Diogo do Couto, Coimbra,
Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, 1985; e ainda a edição que faz Ana María
García Martín de O Soldado Prático, Coimbra, Angelus Novus, 2009.
47 Luís Sousa Rebelo, Armas e Letras, in João José Cochofel (dir.), Grande Dicionário da
Literatura Portuguesa e da Teoria Literária, Lisboa, Iniciativas Editoriais, vol. I, 1977,
pp. 426-54.
48 Cf.,
entre outros títulos, Maria Alzira Seixo (coord.), A Viagem na Literatura, Lisboa,
Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, Publ.
Europa-América, 1997.
49 Ver,entre numerosos estudos, Maria Leonor Carvalhão Buescu, A Galáxia das Línguas
na Época da Expansão, Lisboa, 1992; e ainda, da mesma autora, O Estudo das Línguas
Exóticas no século XVI, Lisboa, Biblioteca Breve, Instituto de Cultura e Língua Portuguesa,
1983.
50 Giulia
Lanciani, «Introdução», in Sucessos e Naufrágios das Naus Portuguesas, Lisboa,
Caminho, 1997.
52 Ana
Paula Laborinho, Peregrinação «claramente vista», Exposição do IC sobre Fernão
Mendes Pinto, Suplemento do Jornal de Letras, n.º 1015, p. 142, 26 de agosto de 2009.
56 Margarida Vieira Mendes, A Oratória Barroca de Vieira, Lisboa, Ed. Caminho, 2003
(1989), p. 173.
59 Vera este respeito o meu ensaio sobre Almeida Garrett: Helena Carvalhão Buescu,
O Cívico, o Romântico e o Afectivo. Visões Culturais de Inglaterra em Almeida Garrett, in
Grande Angular. Comparatismo e Práticas de Comparação, Lisboa, Fund. Calouste
Gulbenkian/ Fund. Ciência e Tecnologia, pp. 131-50.
63 Aeste respeito, veja-se a obra de Ana Isabel Buescu, O Milagre de Ourique e a História
de Portugal de Alexandre Herculano. Uma Polémica Oitocentista, Lisboa, INIC, 1987.
64 Vitorino Nemésio, Garrett e Herculano, in Ondas Médias, Lisboa, Bertrand, 1945, p. 235.
65 Ofélia
Paiva Monteiro, A Formação de Almeida Garrett. Experiência e Criação, Coimbra,
Centro de Estudos Românicos, 1971.
68 Garrett.
Memórias Biográficas, Lisboa, Imprensa Nacional, 1881, vol. 1, pp. 453-68.
Estes fragmentos foram posteriomente republicados por Teófilo Braga na sua edição das
obras completas de Almeida Garrett.
69 Cf.,
a este respeito: João Almeida Flor (coord.), Colóquio sobre Shakespeare, Fundação
Calouste Gulbenkian/ACARTE, Lisboa, 1990; João Ferreira Duarte, The Politics of Non-
Translation: a Case Study in Anglo-Portuguese Relations, ACT 1 — Sublime Tradução,
Edições Colibri/Centro de Estudos Comparatistas, Lisboa, 2000, pp. 59-72; Maria do Céu
Saraiva Jorge, Shakespeare e Portugal, Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa,
1941; Fernando de Melo Moser, Shakespeare in Portugal: Selected Facts and Problems,
Discurso Inacabado. Ensaios De Literatura Portuguesa, Lisboa, Fundação Calouste
Gulbenkian, 1994, pp. 243-251; Jorge Bastos da Silva, Shakespeare no Romantismo
Português. Factos, Problemas, Interpretações, Coleção Campo da Literatura/ Ensaio, n.º
125, Campo das Letras, Porto, 2005.
71 Almeida
Garrett, Frei Luís de Sousa, Maria João Brilhante (ed.), Lisboa, Ed.
Comunicação, 1982.
ESTUDO DE CASOS
Concruo que não foi este nosso espantoso tremor ira Dei;
mas ainda quero que me queimem se não fizer certo que tão
evidente foi e manifesta a piedade do Senhor Deus neste caso
como a fúria dos elementos e dano dos edifícios. […] Concruo
virtuosos padres sob vossa emenda que não é de prudência
dizerem-se tais cousas pubricamente nem menos serviço de
Deus porque pregar não há-de ser praguejar.
74 Ver,
p. ex., Hélio J. S. Alves, Camões, Corte-Real e o Sistema da Epopeia Quinhentista,
Coimbra, Acta Universitatis Conimbrigensis/CIEC, 2001.
75 Ana Isabel Buescu, A Asia de João de Barros. Um Projecto de Celebração Imperial, op.
cit.
78 Cleonice Berardinelli, Ensaios Camonianos, Rio de Janeiro, Ed. Nova Fronteira, 2000.
82 Aeste respeito, é sempre útil a consulta da obra de José Maria Rodrigues, Fontes d’ Os
Lusíadas, Lisboa, Academia das Ciências, 1979.
85 Teresa
Almeida, Apresentação Crítica, Camões de Almeida Garrett, Lisboa, Editorial
Comunicação, 1986, pp. 11-39.
86 Remetemos aqui para a mais recente edição do poema Camões, publicada em 2018
pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda, em que encontramos o texto representando a
última vontade de Garrett, ao incorporar as anotações existentes no seu exemplar pessoal.
89 Gabriel
Magalhães, De «Camões» ao «Romanceiro», Garrett e Rivas. O Romantismo
em Espanha e Portugal, vol. I, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2009, pp. 169-
207.
90 Onde divergimos claramente de Gabriel Magalhães é na sua tese de que Camões não
só não é a primeira obra romântica, como seria «a última obra clássica […] — um poema
pós-clássico» (p. 184). A divergência vem de uma simples (e interessante) constatação:
não é, nem nunca foi, preciso escolher entre Romantismo e Classicismo. Interpretá-los
como categorias disjuntivas foi uma posição historicamente compreensível, mas não
historicamente imutável. Podemos e devemos lê-la hoje à luz de uma maior complexidade
crítica.
94 Antero de Quental, Prosas Dispersas, org. de Ruy Belo, Lisboa, Presença, 1966.
95 Raul Brandão, in A Águia, III série, vol. III, jul.-ag. 1923, pp. 52-3.
96 Aobra de referência a este respeito é sem dúvida a de António Machado Pires, A Ideia
de Decadência na Geração de 70, Lisboa, Vega, 1992. Veja-se também o ensaio de
Fernando Guimarães, Poesia e Modernidade: o Caso de Junqueiro, in AAVV, Guerra
Junqueiro e a Modernidade, Porto, Lello Ed., 1998, pp. 9-12, que associa o Junqueiro de
Os Simples a Alberto de Oliveira por via de um nacionalismo literário que, no fundo,
reconheceria um carácter inovador que o próprio Junqueiro no posfácio do livro já lhe
mencionava.
99 «De um canto à luz tira Junqueiro uma das maiores poesias metafísicas do mundo,
poesia que se pode comparar só a ‘Ode on the Intimations of Immortality de Wordsworh’»
(A Águia, 2.ª série, n.os 9, 11 e 12, set., nov. e dez. de 1912, ou Fernando Pessoa, Textos
de Crítica e de Intervenção, Lisboa, Ática, 1980, p. 56.
101 Ver sobretudo, a este respeito, e respetivamente: Oscar Lopes. Entre Fialho e Nemésio,
Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1987, 2 vols., passim; António Machado Pires,
op. cit., em particular o cap. 6, Decadência e Modo de Ser. Raça e História, Modo de Ser e
Modo de Agir, pp. 247-68; Helder Macedo, A Mensagem e as mensagens de Oliveira
Martins e de Guerra Junqueiro, Trinta Leituras, Lisboa, Presença, 2006, pp. 150-64.
102 José Carlos Seabra Pereira, Servanda Lusitania! (Ideia e Representação de Portugal
na Literatura dos Séculos XIX e XX), Revista de História das Ideias, 28, 2007, pp. 527-66.
104 Guerra Junqueiro, Discurso, Horas de Combate, Porto, Lello e Irmãos, 1996, p. 15.
106 Oliveira Martins, «Prólogo» [1880], Camões, Lisboa, Guimarães Eds., 1952 [1891],
p. 11. As citações de Oliveira Martins serão feitas a partir desta edição.
107 Assinalamos ainda o seguinte contributo para esta questão: António Cândido Franco, A
Epopeia Pós-Camoniana de Guerra Junqueiro (no Centenário da Publicação da Pátria),
Gazeta do Mundo da Língua Portuguesa, 1996, pp. 3-27. O contributo de Cândido Franco
permite sublinhar o quanto o rasurar desta dimensão impede que compreendamos as
sobrevivências póstumas e as reativações simbólicas da epopeia camoniana, que não se
ficam apenas pelo aproveitamento político da figura de Camões por ocasião do centenário
de 1880, mas que encontram ramificações decisivas para a compreensão daquilo que a
poesia da modernidade não poderia ser sem a épica de Camões, às vezes contra ou
mesmo apesar da épica de Camões.
108 Guerra Junqueiro, Discurso Republicano, Rio de Janeiro, Jacinto Ribeiro dos Santos
Editor, s/d (corresponde a um discurso pronunciado numa reunião do Clube Republicano
de Lisboa, a 27 de junho de 1897, e ao texto publicado na Vanguarda e nessa edição
inutilizado), p. 19.
109 Leia-se muita da receção crítica de Junqueiro, como disse fortemente paradoxal.
111 Maria Alzira Seixo, Os Romances de António Lobo Antunes, Lisboa, Dom Quixote,
2002, p. 172.
112 António Lobo Antunes, in Ler, n.º 2, primavera 88, pp. 70-73.
113 Ernst Bloch, The Principle of Hope, Oxford, Balckwell, 1986 (1954-9).
114 FredricJameson, esp. Varieties of the Utopian, Archaeologies of the Futue. The desire
called utopia and other science fiction, London, Verso, 2002, pp. 1-9.
115 O impacto do pensamento de Bloch é imenso. Veja-se a forma como a sua obra é
pedra de toque na reflexão de Jameson, op. cit.; ou o número temático do Journal of
Contemporary Thought, intitulado Utopias Today!, editado por Patricia Vieira e Michael
Marder, 31, Summer 2010, esp. Os contributos de Alexandre Franco de Sá, From Modern
Utopias to Contemporay Uchronia, pp. 37-55; e Ruth Levitas, Secularism and Post-
Secularism in Roberto Unger and Ernst Bloch: Towards a Utopian Ontology, pp. 151-70. Cf.
ainda, de Levitas, o seu The Concept of Utopia, Syracuse UP, 1990.
117 Vítor
Aguiar e Silva, Imaginação e Pensamento Utópicos no Episódio da «Ilha dos
Amores», Camões, Labirintos e Fascínios, Lisboa, Cotovia, 1994, pp. 145-53.
122 António Lobo Antunes, As Naus, edição Ne Varietur, Lisboa, edições Dom Quixote,
2006.
123 Joaquim José Moreira de Mendonça, História Universal dos Terremotos que tem Havido
no Mundo, de que há notícia, desde a sua criação até o século presente, Lisboa, Oficina de
António Vicente da Silva, 1756, pp. 113-4.
124 Goethe,
Dichtung und Warheit, I Parte, Livro I, cit. por Isabel Maria Barreira de Campos,
O Grande Terramoto (1755), Lisboa, Parceria, 1998, p. 525.
125 Gazeta de Lisboa, n.º 45. Quinta-feira, 6 de novembro de 1755, 360, cit. por Isabel
Maria Barreira de Campos, op. cit., pp. 44-5.
131 Cf. op. cit., especialmente Os Quatro Elementos. A ‘Vast Chain of Being’.
132 Miguel Tibério Pedegache, Nova e Fiel Relação do Terremoto, que experimentou
Lisboa, e todo Portugal no 1.º de Novembro de 1755, Lisboa, Oficina de Manuel Soares,
1756, pp. 4-5.
134 J.R. A. Piderit, Freye Betrachtung über das neuliche Erdbeben zu Lisabon, Marburg,
1756, 150-2, cit. por Isabel Maria Barreira de Campos, op. cit., p. 181
135 Paulino
António Cabral, Abade de Jazente, Ao Terremoto do Primeiro de Novembro de
1755. Romance Fúnebre, in Poesias, edição de Miguel Tamen, Lisboa, Imprensa Nacional-
Casa da Moeda, 1985, p. 428.
137 Ensaios de Kant a propósito do Terramoto de 1755, trad. Luís Silveira, Câmara
Municipal de Lisboa, Lisboa, 1955, p. 23.
140 Gil Vicente, Tormenta; Carta que Gil Vicente mandou de Santarém a El-Rei Dom João,
o Terceiro de nome, estando Sua Alteza em Palmela, sobre o tremor de terra, que foi a
vinte e seis de janeiro de 1531, Todas as Obras, CD-Rom, Lisboa, Comissão Nacional para
as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 2001.
141 Francisco Xavier de Oliveira, Cavaleiro de, Discurso Patético sobre as Calamidades
presentes sucedidas em Portugal. Seguimento do Discurso Patético, ou Resposta às
Objecções e aos Murmúrios que esse escrito sobre si atraiu em Lisboa (1755) (1756),
Lisboa, Ed. Frenesi, 2004.
142 GabrielMalagrida, Juízo da Verdadeira Causa do Terramoto que Padeceu a Corte de
Lisboa, no Primeiro de Novembro de 1755, Lisboa, Oficina de Manuel Soares, 1756, p. 7.
143 Cf.a proposta contida em Susan Neiman, Evil in Modern Thought. Na Alternative
History of Philosophy, Princeton UP, 2002.
145 CarlosReis, Diálogos com José Saramago, Lisboa, Ed. Caminho, 1998; Ana Paula
Arnaut, José Saramago, Lisboa, Ed. 70, 2008.
146 Elsa
Rita dos Santos, Teatro. História. Contexto — Identidade Nacional e Tempo de
Mediação no Drama Histórico Português (1898 a 1924), Lisboa, Ed. Colibri, 2011.
147 Fátima Marinho, O Romance Histórico em Portugal, Porto, Campo das Letras, 1999;
idem, Um Poço sem Fundo. Novas Reflexões sobre Literatura e História, Porto, Campo das
Letras, 2005.
148 «Pessoa’s
Unmodernity: Ricardo Reis», in Mariana Gray de Castro (ed.), Fernando
Pessoa’s Modernity Without Frontiers, Tamesis, Woordbridge, pp. 75-85.
149 Walter Benjamin, On the Concept of History, in Selected Writings, vol. 4, 1938-1940,
Howard Eiland e Michael W. Jennings (eds.). Boston: The Belknap Press at Harvard
Univerity Press, 2003, pp. 389-400.
150 Claudio Guillén, Cambio Literario y Múltiple Duración, in Homenaje a Julio Caro Baroja,
Madrid: ed. A. Carreira, 1978, pp. 533-49.
151 Aleida Assmann, Civilizing Societies: Recognition and Respect in a Global World, New
Literary History, 44 (1), 2013, pp. 69-91.
152 Gonçalo M. Tavares, Uma Menina Está Perdida no Seu Século à Procura do Pai, Porto,
Porto Ed., 2014.
153 Stephen Greenblatt, The Swerve. How the World Became Modern, New York/London,
Norton and Co., 2011.
155 Margaret Somers, The Narrative Constitution of Identity: a Relational and Network
Approach, Theory and Society, 23 (5), 1994, p. 613. Apud Winfried Fluck, Reading for
Recognition, New Literary History, 44 (1), 2013, pp. 45-67.
156 Fernando Pessoa, Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação, Textos estabelecidos e
prefaciados por Georg Rudolf Lind e Jacinto do Prado Coelho, Lisboa, Ática, 1996, pp. 405-
9.
158 Ver,entre várias outras obras desta autora, e dizendo diretamente respeito ao que aqui
nos ocupa, o ensaio intitulado O Memorialismo, in Clara Rocha, Helena Carvalhão Buescu
e Rosa Maria Goulart (org.), Literatura e Cidadania no Século XX, Lisboa, Imprensa
Nacional-Casa da Moeda, 2011, pp. 375-96. Ver ainda, a este respeito, Paula Morão, em
especial a obra O Secreto e o Real. Ensaios sobre Literatura Portuguesa, Lisboa, Campo
da Comunicação, 2011.
160 Rosa Maria Goulart, A responsabilidade dos homens de letras: Vergílio Ferreira e
Miguel Torga, in Helena Carvalhão Buescu e Teresa Cristina Cerdeira (orgs.), Literatura
Portuguesa e a Construção do Passado e do Futuro, Lisboa, Caleidoscópio, 2011, pp. 243-
53.
161 Entre
outros estudos, ver Vítor Viçoso, A Narrativa no Movimento Neo-Realista. As
Vozes Sociais e os Universos da Ficção, Lisboa, Colibri, 2011.
162 Maria Alzira Seixo, Os Romances de António Lobo Antunes, Lisboa, Dom Quixote,
2002.
5. A HISTÓRIA DE TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS
164 Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição, edição genética e crítica de Ivo Castro,
Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2007.
167 Cf. as observações de Flávia Corradin em Camilo Castelo Branco Revisitado pela
Moderna Dramaturgia Portuguesa, in Paulo Motta Oliveira (org.), Figurações de Oitocentos,
Ateliê Editorial, São Paulo, 2008, pp. 71-93: «A obra camiliana está marcada, muito mais
do que pela historinha, às vezes melodramática que as enreda, pelo menos se pensarmos
nas novelas passionais ou nos (melo)dramas burgueses, por uma visão do mundo a
revelar o Oitocentos português» (p. 91).
168 Cleonice Berardinelli, Anátema: Um Romance onde se «prova que o autor não tem jeito
para escrever romances», in Camilo Castelo Branco. International Colloquium, Santa
Barbara, U. California Pr., 1995 [1991], pp. 232-40.
170 Garrett e Camilo. Românticos Heterodoxos?, Convergência, RJ, 1, 1976, pp. 63-78.
171 Cf.
Helena Carvalhão Buescu, O Cívico, o Romântico e o Afetivo, Grande Angular.
Comparatismo e Práticas de Comparação, Fund. C. Gulbenkian, Lisboa, 2001, pp. 105-30.
172 Ver,
entre outros: Helena Carvalhão Buescu, Incidências do Olhar: Percepção e
Representação, Lisboa, Ed. Caminho, 1990; Idem, Paisagem Literária: Imanência e
Transcendência, in Colóquio-Letras, 2012, pp. 9-17.
174 Paula Morão, Salomé e Outros Mitos. O Feminino Perverso em Poetas Portugueses
entre o Fim-de-Século e Orpheu, Lisboa, Edições Cosmos, 2001. Da mesma autora, e para
uma visão diacrónica, veja-se também Imagens do Feminino: Fantasias e Fantasmas, in
O Secreto e o Real. Ensaios sobre Literatura Portuguesa, Porto, Campo da Comunicação,
2011, pp. 237-50.
175 José Augusto Maravall, La Cultura del Barroco, Barcelona, Ariel, 1986.