Você está na página 1de 21
caritu.o 9 Matéria Organica do Solo Tony Jarbas da Cunha Alessandra Monteiro Salviano Mendes Vanderlise Giongo 1 ORIGEM E NATUREZA DA MATERIA OAGANICA D0 SOLO |A matéria organica do solo (MOS) arovérn, em quase sua totalidace, do ula ‘composigz0 varia entra as diforomes especies vageta's e, dentro da mesma espéele, com a igade da plana @ animais cexistentes no solo. A materia orginica do solo code ser defhida com todo material rgénico, vegetal qu animal ilera, a microbiana, compostos solive's ¢ @ materia tragmentos de residuos, biome rica ligada intimamente aos argilomirenais do solo ( son, 1994) & vegetagao representa o material a party do qual ela pricinalmente se origina. 4 fragao organics do solo constitu’ um sistema muito camplexo em que se encontiam resicuos das plantas & animais em varios graus de decomposigao, produtos excratados pelos ovganiamos vivos @ produtes de sintose crignados @ custa dos anteriores, incu, além disso, miero-organssmes vivos que néo poss'vel eistnguit ¢ separar do mate’ ‘organico morto, Para Ros poden ser incldas todas a5 substdncias resuitantes ca decomposigao de plantas aquélicas ¢ terrestres (nelusve tuferas), alm da biomassa total do solo Apesar de se encontiat ierencas entie as espécies, oooire cerla consténcia entre 08 componentes bésicos undo Waksman (1986), em termos plantas, variando 0 petcentual dos constiuintes estutu percentuais de peso do vegetal seco, os companentes dos vegeta's séo, comumente, vidos em seis grandes grupos (1) Celulose (18 ~ 60%). (2) Hemics 30" lulose (10 -30%; @) Lignina (5 ). (4) Fragao solavel em agua iS Incluinds agucaros, amino acidos © acids alifsicos): (5) Fragto solivel em éter ou em alcool {1 ~ 18% ‘gorduras, 6lc0s @ caras) @ (8) Protainas {1- 10%), Por outro lago, Dick et al, (2008), repartam que 90 % da estrutura ca ectivamente MOS ¢ composta de carbono, oxigénio, nitrogénio e idrogério fem média 65, 24, 8 5% rs Os consttuintes minerals usualmente encontrados na cinza variam ce 1 - 12% A icade da parta Infuencia ra proporgao relativa dos componentes, Assim, plantas mais jovens szo mais ras em protoiras, mnerais © ha frago soluvel em agua, enquanto. & medida que a planta envelhece, as fragdes celulose, hemicelulose e lganas aumentam Durante a decomposigao da matéra ot ginica pela ago de enzimas e mico-organismos. alguns ‘compenentes sa0 mais prontamente utlizadas da que outtos A fragao sollvel em agua e proteinas S40 3 primeitos mgostos a serem melabalizados A celulose © henicelulose nao ssaparecem com a mesma inlensidace, sendo a permanéneia destes comaostes no solo mullo curla. As ligninas so allamente rasistentes, tornando-se. as vezes, reatvamente mas abundantes na mats io (ON) pode cigénica em decomposigao. A reiagao carboninitro determinara cnética de cecom sia Deve-se considera dinémica da telaedo C/N sob dois aspectos (a) relagdo C N dos meto-crganismos © (b) relagdo GN da materia organ No prime caso, verfea-se que a relagio CN das células mcrobianas varia bastante. Er termas métios pode-se c 4 em torno de 10.1, nos actinamicetos nsiderar que nos Tungos essa velango es ‘em torne do 8:1, nas bactérias aorébicas iqual a 5:1 e nas bactéras anaorbbieas igual a 61 AMOS 4 a arincipal fonte de carbono (C ) gara os mico-o-ganismos, porem, nem todo C da matétia iganice € tansformado em odlula micrabiana. Grande garte se perde sob @ forma de COs decorrente ce sua Iminetalizacdo. A quantidade de C da matéria organica, essinilével p2'0s micto-organismas do soo, 4 vavavel segundo considerados, Em termes pe: uals, tems © micto-oiganisma ou grupos de miero-organisn equines coeticientes assimilaténios do cartona organic total (COT): lungos (30 ~ 496); actinamiceteos (15 ~ 3024) ¢ bactérias (1 = 1826) Na prética, coxsidera-se 0 coetciente assimilatorio do carbono orgénico em torno de 25%. 2 EVOLUCAO DA MATERIA ORGANICA. No cue se relere & evoluco, o cielo da decomposicdo da materia orgénica pode ser rapido. com # a caso dos solos bem drenades, arejados e pouco dcidos ou. muto lento, nos solos com exoesse de agua ou éctdes. No primeiro caso, a atvidade polégica se deservolve fortemente por urn grande niimaro de micro-organismos aerdbios {que promovern una biodeotadacao répide das wnaléias vegetais, © como produtos resultantes esléo 0 COze NHs que sto liborades duranto as transtormagdes, © as substancias soliveis ou insollvets que, posteriormente, vao formar compost hhumicos mais ou menos polimerizacos a degencier do 0% Go me. ferencialmente os acidos citricos e malicas, nao terao multe tempo no Os composios hicrossoltve's, solo, po's, sob influéncia mineralizante de uma micraora mutt ava, desaparecem rapicamente em profundldade (Biuckert, 1970), Neos: jos subinetidos @ um regime hicsico temporétio au germanente, hé umn ftaca atiidade dos micro nsequentemente pauca decomposicéo dos produles mal decomaostos. © eslade de anaerobiose no Una evolugdo particular da materia exganica aliberagae lementos gasos0s tals como COs, NHs Ss de He © CH, (Boyer, 1971). Os produlos de decomposigao reaizam apenas tendine @ algumas ee polimerizagdo limtaca, cal a produgao cominante de produtos Scidos soluveis, de acidos fulvices (AF), assim como, de ‘160s hmicos (AH) marrons de fraco peso molecular (Dadin, 1980/81) A matéria orgéniea evoluida sob infuerea da hidromorta, onde nao ouve actimulo ce substéncias ‘erganicas pouce decompostas, apresonta na sua constituigdo uma maicr proporedo de composts hidrassolivais © de produtos ta os de camente golinerizados que nos solos bem denacos. 0 que lavorecem o desenvolumento de groves: Tedugdo @, em consequéncia, a migragdo de certos mentos minerals reduaidos, sob forma de Imetaioos. Esta parteularidade da composigao da matéria orgérica @ atevaca em resides tropicals com estagtes cconstratantes, devido a forte dssecac: rida pelos pers de solo durante a eslacdo seca, gerando, desta manei ‘condigdes ma's apropriadas a formagso ce substéncias huimicas mais eslave's, a polimerizagso dos AH © & diminuiggo dos AF (vizier, 1963) Nos soles hidrombices os eompostos hidrossolive's terdo uma duracio do existincia mais longa @ isso arece sutciente para permitir sua licagdo em profundicade Contudo, deve-se considerar que esses accos sé0 Instaveis, e poderdo ser mineralzacos, areciilados ou ao coniréro, se tanslermar em eompostes mais polmerizados 40 tb0 pré-humico Duchaufour, 1973} 278 No que dz respeto aos mecanisimos defor stancias hin 3s, encontva-se na literatura dois tipos de abordagem (Sparks, 1995), onde ura leva em consideracso a depolimerizagio de biopalimeros que favorece a formagdo de materia organiea umeada iteor a lgnina e suas alteragses posteriotes) ¢ a cura fem consideragao a polimerizagao de moléculas de pequeno ta wanho (teoria dos polfencis), que seo Iporacas durante a decomposi¢ae dos residues organicos (Stovenson, 1964) Atualmente existe um consenso no meio tf de que substi: humicas sao formadas go: predulos de decomposigge de residuos vegelals € Imicrobianos, que podem ser associados a micelas supramoleculares (Dick et al, 2003), Pata se entender a génese das substa ss himicas necessia-se de um estudo profundo dos processos que ervolvem a humnficagzo (reagdes uimicas ¢ transformagdes. ‘Segundo Silva e Mendonga (2007), as transformagées do cartono do solo compreendem duas tases, Ufiagéo do 0-COp @ regeneractol, A prmelta & eletuada por plantas, algas e bactéiias autolrfioas e a segu regeneracéo, por mierorganismos do solo 3 PRINCIPAIS TIPOS DE MATERIA ORGANICA DOS SOLOS: ‘Atendendo &s condigdes em que a matéria organce se acurrula e dk pee ros sol 8, 20 Seu teor € distibuigdo no perfl e, de maneita geral, &s suas catacleristcas morlogeas € Misico-quimmicas, bem como a dos honzor ‘em que se encontra, podem distingui-se 10s tiaos de materia arganica dos solos (Ouchaufour, 1956) Alguns autores prefetem designar tas lpos de materia .ganiea por tipo de humus (Ruellan & Dosso 1993), usando evidentemente o termo humus em sentido ‘ato, isto & pata abranger toda a MOS Os tipos mais, geraimente 1 necidos so, em solos de crenagem live, o mull, © moder & em Imo, & em conclgges de dren impecida, sto formadas as tulas ¢ 0 anmmocr. Segundo Duc’ four (1986) estes podem cer defnidos como © Mull @ um tipo de matéria organic inimamente ss0ciada & matéra mineral mas ou menes em que decres com a rofunddade, @ © qual apresenta agregacdo de variével nitdez e establidade, Em geral tem pH ‘superior ao do mor, mas nao em todos os ‘igo de ndmus, iniclalmente, ef@ usaco peta defnir 0 humus ce solos fixestais, porém netmalmente usa-se também eM relage a autros solos 276 Este tioo de humus pode ser clio em Mull cAlcico @ Muilflorestal O Mull elcico & caracter'stica de ‘Solos rcos em calcdrio ative ou, pela menos, em cleo tecével (Ca%). Forma um horizonte A muito Gelgado e contere coloragie negra a © horizonte que normalmente apresenta agregados relatvamente grandes e mule estaves, qual 0 ter de matéria orgénica decresce gracualmente com a profundidade Na formacao do Mull célcico a franstormacao cos restos vagetals 6 rapida e scbretudo cevide A acto ce bacteias @ actinomicetos (Fuelan & Dosso 1893), Formas crane proporcso de AHs cue manten inte ligaggo. em complexes atgilo-ndiicos, com minerais ontmorionticas, o que cifcuta a sua decomgos\¢ao posterior por agao de micto-oraarismmos (© Mullfixestal 6 caracterisice de solos de foresias om condigdes de relatva abundanca co bases, mas Mull céleico @ com ‘sem caleario, Distibul-se por todo horizonte A, que no geral & menos espero do que no ¢ agregados menotes e menos estavels do que os acorrentes em solos que agresentam o Mull ciloco. A transformagzo dos deti'tes & pla soba a acto predominante de fungos Ha uma grands lberageo de compostes amoniacals, mas a forms A ligaco argla-humus, com este tipo de humus & menos eo de dcidos hamices & relativamente pouco atl estivel do que no cas do Mull cleo (© Moser ¢ um tipo internediario entre o mull e.¢ mor (Ruslan & Dosso, @ 0 tipo de humus dos Espodios: muito pobres em bases © proporciona bexa agregapéo aos solos 1940 dos detntos & lenta, com intervengde prinepalmente de fungos. A humcagao € também muito letta, originando una gequena quaidade ce AHS @ ce A ue migram em profundidade provocando a eluviagao de certos constitutes minerals (© Anmor & o hummus {fstco de solos com prodiemas de ctenagem como os Gleissolos. Ha uma mmistura intima de materia organica ‘ransformaca @ parcialmente humficada, com minerals argloses, Poder-se 5 € anmoor distingir do's tp0s principals de Armor: anmoor dedo ov ol gotéico, formado em meio pobre em clcico ou mesctréfico, desenvolvco em mec rioa em bases (Duchaufour, 1956) 4 DINAMICA E EVOLUCAO DA MATERIA ORGANICA | transtormagses que coorrem desde a incorporacao da matéria orgénica ftesca até a formagao das fragées hurifecagas mais estivels thuminas) compreendem a evolu i 6a matérla organica nos solos (Guerra et al 2008), A adigao de materia organica no solo ccote pela deposicio ce residuos arganicos, princioalmente ce origem vogotal Através da fotossintoso, as plantes castarn 0 CO atmostérice,fkanco-0 no tocico vogotal Através da iboragao de exsudatos radiculates no perfl do solo, durante a fase de crescimento dos vegetais, carte do © thado {otossintticamente @ depestado no solo © restante & incarporaddo ao solo pela ad go de fohas ou de toda pate das plantas, apos Estas ta magdes foram sepatadas concsituelmente em dois grocessos bes 38 2 degravagao ou Inineralizagao @ @ humiicapdo. 4 mineraizago da matéra orgdrica const a fase de petdas ocorridas durante a decomposigéo dos com organicos em dues provae tapas. A primera ada de mineralizagao primaria, reendando a vansformacae de carca de 70-80% da materia arganica em moléeulas ples, camo COse HO. pormanecendo no solo uma poquena quantidade do come tos fendices soliveis © compostes lignficados peroialmente tanslomados, a partr do qual do se nvolver 08 demas processos Segundo Querta et al. 08) existe ainda a possiblidade de degradacéo da matéia orgénica refatvamante estabilzaca, O nittagénio (N) presente am cadeias alifaticas de moldoulas organicas pouco condensadas, ‘com as que ccorrem em AFS € AHS poce ser utlizado no metabolismo microbiano. caracterizando a mineralizacéo secundaria da MOS 1 mineral zagao da materia organica tresca, compost fendlieos soliveis @ 08 lecidos lignticados = biosisico-culmiaos formando as substancias humieas Segundo Kononova (1884), 2 cindmica da MOS & governada orincivalmente pela asicao de resicuos Crgéiicos diversos e pala continua transformagao destes sob acto dos fatores fistcas. quimicas, bielogloes, cimations «edo uso e manejo da terra. Também exereem inféncia os fatores de formagdo do solo, Jenny (7941), Na Figura 1, extralde de Fontana (20 9), pode-se observer a rota da dindmica da matéria organica em r2agdo aos proces 5 & subprocessos | produtidade logica das plantas ¢ as condigdes odafociimaticas concicionam a quantidade ce © adicionada ao solo em sistemas agrcolas (Stevenson, 1894) -ApGS a dopesicae dos residuos vogetais ao solo, os mesos, si atacados iniclalmento pola fauna do solo @ om soguida pelos micro-crgarismos o: mposttores, sendo os compostos organioes ‘orte do carbon © anorgia para o metabolisime destes, Grande parte do carsono perdida para a atmostera ra forma de CO, sence que apenas uma pequena parte dos produtos esullantes da decomposigo ¢ convertda & subslancias hilmicas (Stevenson, 1894) 278 Decomposicio Mineralizagio moléculas compostas compostosinorinicos cm moéolas simples (60, NHL, HPO, Humificagio Estabilizagio molécales amore, 534m} e@ matéria organ'ca (MOL, obtca por otagao em solugao de Nal com densicade * 7 g As substancia nimicas (acdos ‘Ulvios, Acidos hdmicas e humina} e outras macromoléculas organicas intringecamente resistontas ao atague microbiano (lgnina) compée a fragdo estavel, sondo a mesma protogida pela ss0ciag4o com componentes minetais do solo cu podenco estar intagregado de foma inecessivel 30s rmicrorganssmos (Siva e Mendonga, 2007} 6 IMPORTANCIA E EFEITO SOB A QUALIDADE E FERTILIDADE DO SOLO. Os conceltas mode:nas de qualidade do solo (QS) ¢ sustentabilidade agricola ttm sido abordados de maneita ana, visto que ipoluem a ne idade de aumentar orodutvidade agricola, a pr etvacdo dos 8 mo a capacidade de luncionamento, naturals @ @ qulicade ambiental Assim, a qualidade do solo pode ser deni 289 dentro do ecossistema e das limilagdes de uso, a qual permite a sustentabidade bicl6gica e favorece a manutengdo e sobievivéncia de plantas, de animais e do hoiem (Karlen etal, 1937. Knoepg etal, 2000), Essa qualidade & vertoada pola interagaio dos t8s atibutes isco, quimico @ bolégico, o que atibul A matéria organica um importante pape! como ‘componente des agroecossistemas pat romever sustentablidade agricola. A MOS & considerada um dos incicadores o's pata avalagao da qualidade do solo, pos sua interagao com diversos comaonentes do solo exorce ofstto direto na relengao de agua no solo, formagdo de ag gatos, densidace do solo (Ds). pH, capacidade tampdo, capacidade de troca caténica (CTC), mineraliza ig80, sorgg0 de metals pesados. pesticides e outros agroquimicos, infliragao, eeragao e alividade merobana, Essa importancie deve-se ao ‘ato da MOS apresentar-se como um sistema ‘complexo de substéncias, cua dindmica govetnada pela atiggo de resicuos orgénicos de diversas naturezes & pot transtormagges continuas sob agao de fatores biol6gices, quirions © fisicos (Cambardella & Eliot, 1992) e reciproca Imeragae com os diferentes airioutes. Além dso, a MOS @ sensivel as prélicas de mangjo, senda efiiente no monitoramento de mudancas da Q8 no tempo (Shukla etal, 2008), ‘Vezzani & Misniczuk (2009) analisardo o estado da arte em QS relataram clversos trabalhos que vérn ‘serco real zados para identifzar quell componente da MOS melhor representa os citétios exigidos para consttur um indice de QS, entre eles foram citados os teotes Ge © @ N nas fags total, MOp, BMS, fragdo lew, raga < 584m, 0 C lebil 0 eoN mineralizaveis, carboicrates ¢ enzimas do solo Associando-se aos conceitos modernos de qualidade do solo © sustertabiidade do ambiente @ ou sustertablidade agricola emerge um concefo de ‘fertildade do solo’, no qual, segundo Denardin et al. (2012), biologia © as propriadadesfisicas do so, bom como as propridades quimicas e a prevengao de perdas de qualquer ‘crdem, sea por erasda, Inviagdo, wiatiizacéo e eluviagdo, desempennam panes preporderantes, constituindo-se um referencia! para a gesldo conservaconista de sistemas agricolas procutives ‘Assim, partinée-se da bese concotual ca sustontapildade do amolente, sustentaaiidade agricola, qualidade de solo e “ertlidade do solo" e para melhor compreender a importancia da MOS nos sistemas, a segut seréo desertas as suas relagdes com 05 atibutos biolbgioos. sioes @ quimicos do solo Sallenta'se que essa separagac & Imeramente didatca, pois a matéria o-ganica integra processos continues entre energie matéria no ambient. 281 7 MATERIA ORGANICA E PROPRIFDADES BIOLOGICAS DO SOLO do Os mito-oganisines desernperham un papel crucialfinportante na deconipos rial organo iclagem de nutientes, imoblizacao de nuttiertas em suas propnas células e outras mudangas quimicas no solo, Pois (0s processos que envelvem a transformagdes do material crgénico presente ro solo em MOS s80 meciados. em algu fases por micro-organismos. Assim, os micto-cigarisrios, em pariculer a biomassa microblana do solo (BMS) tor urn papo! vtal na rogulagzo nas tansformagées de matériainutriontes em energia, podendo sor cone'caraca fonte ou um areno eestes or 508. Ja as enzimas produzidas pelos micro-organismos afetam diretamente 0 ciclo dos nutriertes (Abbott & Murphy, 2007). Ds = efellos da matéria orgénica sobre as caracteristicas e atnbutos ste modo, pode sumat zat-se que para 08 om biot6gicos do solo estd relacionado com o fornecimento de C, energia e nutrent genio {quimioheterotricos © de energla aos micro-o-ganismos quimioautotéficos (Bayer & Mieiniczuk, 2008) Cbservase que a medida da quantidade de Ce nutrentes imoblizedos eles ‘organismos € cessencial para avalar a fungo Ga biomassa micoblana na dinaimica da MOS @ na cic de nutentes Ja a qualidade nuticional da matéria organica pode ser determinada pela relagao carbono microbiancicarbono orgéricn total denominada quociente micrabiana (qMIC}. Em soles com MCS do baixa qualidade rutricoral ou na presenca de fares cestrossantas aos micto-organismes (oH, defciéncias ruticionals, preseaga ce metais pesados), a biomessa microbiana tomas ‘capaz de ultlizar totalmente 0 cartono orginico @, nesse caso, as re! es © micrabiancIO organic diminuem (Gama-Rodrigues & Gama. Recrigues, 2006) ‘JA esté bem ocumentado na Meratuia que as alleragdes na quanlidade © na qualidade de materal exganico adicionados ao solo favorecem 0 crescimento & de: mento de comunidades mrobianas, bem corno a lo seo sidade miccobiana do solo (Chakraborty etl, 2011} Portanto, caracteristcas @ 0s atibutos biolégicas de (os mais sensiveis ndicadores para a avaliacdo de sua qualidade 8 MATERIA ORGANICA E PROPRIEDADES FISICAS DO SOLO Ha ov idéncas substancias na Itevatura atrmando que o aumento 60 teor ce maléra orgénica melhora a qualidade co solo, aumentando a rrentes ca blade dos agregados do solo e autras caracieristicas ‘isicas det 282 ores 940, tals como Ds, porosidade do solo, aetacso, es capacidades fe iflragao, ce retengdo © de percolagto de ‘Aqua, entre outtas (Bayer & Melniczuk, 2008, Zerzahi etal 2010) A formacdo dos agregados ocorte pelas fas fsicas envali jas nos clos de umedacimento e secagem do sole @ pela 0 de compresséo do sistema radicala’ das plantas, por exernplo. Postetiormente, a matéia orgdnica tua corre um dos fatores delerminantes na eslabiizagdo destes agregados, em decorténcia das Igagses quimicas entre 0s composlas da matéria orginica e particulas mnerais do solo (Bay fr & Mieiniczus, 2008), Vatlos madelos de ‘gragagae foram propostes tendo a matéra organica como componente principal, entre eles os ce Eawar 15 & Bremner (1967), Tsdall & Oades (1982), Cades (1984) Sic etal (2004) No Brasil Silva & Mlelniczuk (1997) observaram que a Importanea da materia na estabildade dos aq jados @ dependente princpalmente da textura e mineralogia do solo, sendo mais signfeatva em solos com maior grau de intemperismo e de textura arenosa, O proceso de estaalizagéo se dé pela interagdo das ligagtes formades pelos radicals dos compostos ergaricos com a superficie do mineral por Ineio de pontes Ge hidiogénio ‘orcas de Van der Waals, ertie outtes. & importéne’a da matévia crgénica en solos altamente interperizad corre pelo predominio de \ges oostivas nos solos, do a matéra orgatiea som carga posta (negaba) aluando como agente ligante, Observande-se asoectos a iativos da matétia crgénica, um dos age importantes pera a establizagdo dos microagregados s4o 0s polssacariceos, os quas compdem entre § a 25% da meténa organica [Guerra et al, 2008), Estes pln 3 S40 muclagens provenientes do metavolismo Imico ©, decomposigso do sistema racicular, residues vegetals © animais © ca exsudagao radicular & formagao @ constante no solo desde que se ‘aproserta aporte periédico de matéra organica a fin de fomnocer substrato para a atidade microtiana, Outta tragao ca rmatiria orga que auxlla na establizagdo dos agregados sto as hitas de fungos, pols contribuem para rmagao de microaaregados do solo (Bayer & Mielniczuk, 2008} ‘Assim, segundo Tiedall & Qades (1992) 6 possivol verticar quo as alforentes fragdos da MOS possuem derentes fungoes na agregagiio do solo As fragdes da materia organica na forma de px sacarideos @ aqueta igaca ‘0s céttons sao responsave's pela establizagae de pequenos aaregados (imenores gue 250 jm} e, praticamente, néo sito alterac 10" prices ce manejo co solo, Por out lac, a matéria orgénia na forma de ralzes Ge plantas e nitas de fungos € a princigal responsivel pela establizagao de macroagregados sendo a fagao mais alteada poles praticas de mane‘ € a principal responsdvel pela allerag0 ro conleido tolal de C no solo Entdo, a mudanga de uso da terra pode alterar a agregacio do solo e, consequentemente, alterar as caracteristicas‘sicas relacionadas. Nesse sentido, Fossi etal. (2012) verficande o efeito da antropizacao do Cerrado, observaram que os menores valotes médios de Ds foram encentrados nas camadas trais superticiais n stants ad gao isles de ratagdo avelados, decovrente da de materia erganica @ do menor revelvimento Ge solo em sistema plantio dreto. Os sistemas avallados apresentarar valores medios de Ds variando de 1,01 a 1,44 hg m®, sendo que os malores valores sempre foram encontrades na ‘area de referéncia de vegeta 980 de Cerrado sequida do sistema ontendo sorgo @ sistema contendo bracuidria em rotaca Assim, as imerrelagdes entre os sistemas pla fa, micro-crgarismas e fragao mineral do soto determinam © toor de MOS que, por sua voz, afetam a agregagdo do solo © conscquentemonte as caracteristicas fisicas reacionadas 9 MATERIA ORGANICA E PROPRIEDADES QUIMICAS D0 SOLO. Entre 0s alributos culmicos do soo atetadas pela MOS, destacamn-se a disponibiidade de nutrientes para a tur os téxicas @ Ge micronutrentes, tundamentais em s a CTC ea complexacdo de ele altamente intemperizacos ¢ acidos (Bayer & Mielniczuk 2008), Assi, a materia organica @ considerada uma fonte fundamental de nuttientes as plantas, disponislizando elementos esse is como N, Pe Spor setem estes rutrientes us constituntes principals ‘Segundo Duxbury otal, (1989) © Sanches (1976) aproximadamanto 95%. 60 N © do $ 0 60% a 80% do P totais do solos estio localzacos na matéria arginioa ¢ dependem & procosso de mineralizagao para a assorgao polas plantas. No entanlo, de acorco com Vezzani (2008) a mineralzagdo que € necesséria para a lberagéo destes hutviantes tambén & resporsével pela recugao do estoque de malétia oxgénica, Por out lado, muitos des autrentes presenta inte comm a matétia orgénica ifuenciando na ciclagem e adsoredo destes elementos, evilando desta forma perdas por i 1940 devido & lveracao gradativa as plantas eM curta espace de tempo iBronick & Lal, 2005). Em Tetagdo aos micronutrientes. a formagdo de complexos dem aumentar a dlsponibiidade compostos orgénicos dos elementas &s plantas, como por exemplo, a complexai de 2n @ Oupor decos orgeinioes de balx0 peso molec (Bayer & Miciiczuk, 2008). Por outto lado, & possivel dimiruir a disponbildade de manganés (Mn) e aluminio (A im substance humicas © acieos Toduzindo a toxicidado as plantas, por meio da complexagdo castes elementos ‘rgénicos simples Todas essas interacd Ho possive's devido a grande quantidade de cargas dos grupos ‘urcionais dda matéria orginica que por suas vez, fLuenciam sighficativamente a capacdade de troca catiénica (CTC] e © porto de carga zero (PCZ), Pos segundo, sequndo Canela et al (2008), as sas interagoes da. materia orgénica seo 284 fundamertais para solos tropicals visto que grande parle destes sto dcidas e allamente intemperizados. Em alguns ‘casos, dependendo do teor de matéria organica, da classe textural e da mineralogia, a matéria organica do so'o pode represertar entre 20 a 90% da CTC {Canellas etal, 2003, Mielnezuk, 2008) Esta influéncia da matéia orgdnica sobre a OTC do solo e, consequenteinente, em outas caractersticas quimicas do solo relacionadas ocore pela geragdo de cages provenientes da matéria orgénica mats humiceda denominada de substincias himicas, Estas apresentam alta superficie espectica comparada com as arglas dos solos de regides tropicais e subtropicais, consttuldos principalmente por éxidos de feo (Fe) e Ale porflossiicatos 11, cujas ‘superticies possuom baixa concentragéo de grupos funcionais de carga nogativa ‘nda devdo ao seu efeto na CTC, a matéria organica aumenta o poder-tampao 0 solo dexido a presenga de Acidos tracos presentes (earboxiligos e fendicos) 0 que minimiza as variagdes na rea¢so do solo Lembrando que 0 podertampio de um solo @ avalado attaves da maior ou menor afculdade com que se consegue ‘muda 0 seu pH, Desta forma ¢ manejo do sole visarde & manulengo dos residues vegetais, pode proporcionar maior produgtio de acices orgénicos ro solo, consequentemente melnorar fertlidad e sustertablida e agricola LITERATURA RECOMENDADA ABBOTT, LK, MURPHY. DV. What s soil biological feriliy? In: ABBOTT, LK, MURPHY, DV, {eds}, Soll biological fertlty. The Netherlanés: Springer: 2007. 9. 1-15. ANDERSON, TH, DOMSCH, KH Ratios of microbial biomass 000 to tell erganic-earbon in arable sols Sol Blology and Blochemisty, v 21,p. 471-479 1988 ANOREUX, F Humusin Word Sls. In; PICCOLO, A (Ed) Humic substances in Terrestrial Ecosystems, Amsterdam Elsevier 1996, P-45-100 BAYER, ©. MIELNICZUK, J Dinamica e fungao da matéria cganica In SANTOS, GA. SILVA, LS. CANELLAS, LP Camargo, F.A.O. Fundamentos da matéria organiza do solo. ecossister tropicals e subtiopicas 2 ed. Porto Alegre 285 Metropole, 20% BOYER. J, Falores da pedogénese e classficagao ttanoasa dos solos. Salvador, IGUFBA, PRONICK Cu, LAL, Ri Sol structure anc management: Areview Geoderma v124,p 3-22 2005. des composes organ ques solubles sur la pédogenése en mileu acide. |, Etudes de terain Ann, Agion., 21(4)421-282, 1970. CAMBARDELLA, © 4; ELLIOT, ET Particu'ate sol organic matter changes across a grassland culivation sequence Soil Scence ty of America Journal, Madison, v 5 CANELLAS, LP, VELOSO, A.C.X. MARCIANO, CR. RAMALHO, J.FG.P; RUNUANEK, WIM. RESENDE, 6. € SANTOS, G A Proprodades qulmicas de um Carnbissolo cultvado com cana-ce.agtcar, com preservagao co palhiga © aigao de vinhaga por longa tempo. Revista Brasleia de Ciéncla do Solo, v 27, p. 995-044, 2003 CHAKRABORTY, A, CHAKRABARTI < CHAKRABORTY, A, GHOSH, &. Effect of long-term feilizers and manure apalcation on miarob al bioreas and microbial aciity ofa tropical agricultural soil Biology and Fertity of Sols, v 47, p 227-33, 2011 DABIN, B 34,9 197-215, 1980 1s. Serie Pedologo, Par 2's matiereorgariques dans les DENARDIN, JE; KOCHHANN FLA. FAGANELLO, 4 SANT! A; DENAROIN, N A. WIETHOLTER, 8, Diretnizes do sistema planto dreto no contexto da agrcultura corservacionista, Passo Fundo Embrapa Tigo, 2012 18p (Embrepa ‘Thigo. Documentos online, 141) DICK, OP; NOVOTNY EH. DIECKOW.J & BAYER, C. Quimica da maléria eiganica do so'o, SBCS, Vicosa, 2009, Quimica Mineralogia do Solo, Parte || Eds Melo, V de F & ALLEON), RF, 2009 Pg 1-57 sessing soll quality In’ DORAN, J B , CLEMAN, 0 © , BEZDICE! oF PARKIN, TB, Gefining ane STEWARD, BA (Ee) Ceffing sol qualty rrable environment Madison; Sol Science Scat oa ny of America 1994.9 9-21, (Special Publ 286 DUCHAUFOUR, Fh. Action des céttons sur les processus a'hurifcation. Siance du Sol, 8181-781, 1973. DUCHAUFOUR, Pn Pedologie Tableaux doscictifs et anaytiques des co's. Ecole Nationale des Nancy 1958 DUXBURY, J M., SMITH, MS. DORAN, JIM. Soll erganic matter as a source and a sink of plant nutients In CXOLEMAN, D.O; OADES, JM: UEHARA. G. Dynamics cf soll organic matter in tropical ecosystems, Honolulu University of Hawall 1989. P 99-67 EDWARDS, AP BRENINER, JM, Dispersion of sol particles by sonie vioration, European Journal Soll Science, v 18, 2. 47-63, 18 FONTANA, A no Ssterra amento da materia erganica e caracterizagéo dos dels himioos e sua utlz Brasiera de Classifoacao de Solos (Tese de Doutorado}. Univers dade Federal Rural do Ato de Janeiro, 2009 72, FRIGHETTO, A.TS. VALARINI PJ (Cord), Indicadores bioldgicos @ aloqulmicos da qualidade do colo: manual {écrico Jagueriina EMA, 2000. 198 p (Cocumentos. 21), GAMARODRIGLE AC. Blomassa mierobiana o ciclagom de nuttiontes, In: SANTOS, GA; SILVA LS. CANELLAS LP, CAMARGO, =.A.O Fundamentos da materia crganica do solo: ecossistemas tropicais e subtropicals, 2 e6 Port Alegre’ Metropole, 2008. p. 189-170 GREENLAND, DW, WILD, A. ADAMS, D. Organic matter dynamics in sols of the topies — trom myth to complex realty In LALA & SANCHEZ, PA iEds,) Myths and science of sols el the tronics. SSSA Special Publication N20. Wisconsin Copyright p 17-33, 1992 GUERRA, JGM. SANTOS. G A, SILVA LS, CAMARGO, FAO. Macromoléculas e substancias himicas. In SANTOS, GA. SILVA, LS. CANELLAS, LP, CAMARGO, (©. Fundamentos da matéria organica do solo ‘20085 sterras tropicals e subtopicas 2. ed Porto Alegre: Metopole, 2008 9. 19-26, LENNY H, Factors of sol emation. Mae Graw Hil New York USA, 1941, 2819. MAUSBACH, MJ; DORAN, JV CLINE AG. HARRIS, RF; SCHUMAN, GE Soll Quality & Concept 287 Defhition, and Framework for Evaluation Soil Science Seciety of America Journal v 61, p. 410, 1997, KNOEPP, JD. COLEMAN, D.C, CROSSLE D.A, CLARK, JS Biological ind of sol cualty:an ecosystem sludy of the use Forest Ecology and Management, v 138, p. 957-388, 2000 KONONOVA, MM. Current problems inthe study of organic matter accumulation in soils under anaeroesis. Sol Science Baitmore ¥ 147 p 419-207, 1984 MIELNICZUK, J. Matétia erganica e a sustentabil dade dos sistemas agrioolas In SANTOS. G A. SILVA, LS CANELLAS, LP & CAMARGO, FA O,, eds. Fundamentos da maléria orginica do solo - eoossistemas tropicals & subtropica’s 2ed Porte Alegre, Mettépole, 2008. 1-5 OADES, JM Soll organic-matter and st tural stabilly - mechanisms and implications for management. Plant Sol ¥ 78,9 318.397, 1984 OADES, JM. The retention of ergario matter in sols Biogeochemistry, 5p 35-70, 1988 PILON, CN Alteragaes ne contoddo e quelidade da materia erganica do solo induzidas por sistemas de cuturas em plano diate. Tose de couterado, Universidade Faceral do Flo Grange de Sul, Porto Alegre, 2000 FIISE, @. VAN HES, P; LUNDSTROM, U.S. STRAND. LT Mobilty of aifer nt size Factions of erganic carbon, Al, Fe, Mn and Si in podzols, Geoderma, v94, p287-247, 2000, ROSCOE, A. & MACHADO, PL.O.A Fracionamento tstoo do solo e estudos da matéria orgénica, Dourades, Embrapa Agropecuaria Oeste, 2002 869 ROSSI C.Q, PEREIRA M.G. GIACOMO, SG. BETTA,M , POLIDORO, J ©. Fragdes labe's da materia organica ‘em sstema ge cule com nalha de braquidria e sorgo, Revista Ciércla Agronémica, v 43, p. 98-46, 2012 UELLAN, A & DOSSO, M Regares sur le sol Paris: Universites Francophones: Foucher, 1998, 1929, SANCHEZ PA Properties and management of sol in ropes. New York John Wiley. 6°90, SHUKLA, MK; LAL 8. EBINGER, M. Determining so evally indicators by "ch, v7 tot analysis. Sol Tilage Fi 194-204, 2008. SILVA, LV. & MENDONCA, £. SA. Maténa organics do solo In: NOVAIS, RF, ALVAREZ V, H. BARROS, NF FONTES.R.L F, CANTARUTTI,R. 8 & NEVES, J.C. L. Fertidade do Solo. 1. ed, Vigosa. SECS, 2007p. 275-374 SILVA, LF MIELMI Ik J. Avaliagao do estado de agregagao do solo afetado pelo uso aaricola. Revista Brasiera de Ciencia a SILVA, LMLV & PASQUAL, A Dinammica e modslagem da tratéria orgénica scossistema tropical Energa na Agiicutura, ¥ 14, p 19-24, 1999 SIX, J, BOSSUYT H, DEGRYZE, 8; DENEF,K A history of rece ch on the lnk between {micro} agregales, sal iota, and sol organie mater. mics. Sol Tilage Research, v 79.p. 7-31. 2004 SOLLINS.P. HOMANN, P; CALDWELL, 8 A Stabiization and destabilization o! sol organic matler mechanisms and contrals. Get rma, Amsterdam, w74,9 1p 65-105 SPARKS, DL Envronmantal sol chemistry London, Acacemic Press, 1095. 267 STEVENSON, FJ Cick arbon. nitrogen, phosphorus, sutur, microrutriens, United States of America: Jonn Wiley & Sons, 1988 2800, STEVENSON, FJ Humas Chemistry: Genesis Compostion, Reactors 2th ed. John Wiley a NY, 1994, TISDALL, JM. OADES, J, Organic mater and waler. stable aggregates in sol, Journal of Sail Science, v 33, 2 141-188, YEZZANI silva, LS. tropica’s e subtropicals, 2 ed Porto Alegre, Metropole, 2008, p 483-40 289) MIELNICZUK, J. Uma visao sobre qualidade o solo. Rexista Brasileira da Cenc do Sov, vize ide Ges phnoménes d"hycromorphie dans sols 5 1égions tropicales A salsons cortrastées Dynamique du ter et eiferencition des propils, Tra ux et Documents de L'ORSTOM, Pars (162), 1983. 294p WAKSMAN, S. A, Humus, orgin, Chemical Composition and Importance in N re, Bailie, Thdall and Cox London 1936, ZECH, Z, SENESI,N. GUGGENBERGER G., KAI K., LEHMANN, J, MANO, TM. MILINER, A. SCHROTH, Factors controling humtication and mineralization of sol organic matte in the topics Geodera, 79. p 6% ZERZGHI,H GERBA, GP BROOKS, J P, PEP: the soil microbial populations, pathogens, and “ivy. Journal of Envronmental Quality, v 39. p. 402-208, 2010. 280) Boxe Tematico Solos antropogénicos da Amazénia Tony Jatbas da Cunha Um dos me! ores exemph m qualitade da matéria organica do solo so 08 solos antropagénices ca rimente conhecidos como “Terra Preta de indio’ Estes solos foram nia (Figuia 1), Estes solos sao formados pelo homem pré-histérico, embora, ainda, nao naja opinido consolicada se a agde humana na formagzo desses solos era intenclonal Figura 1. Tarra Preta de indo 291 ‘A fragéo mais abundante das substincias hbmicas em Tetras Prelas € a humina AS Tetras Pretas, exiretanto, tem uma maior proporgao de carbono na fracdo Aidos nimices. cortrariamente aos solos nae antrépicos, {que tem uma maior proporedo de carbono na fragdo Acidos tvcos. Assim, ras Tetras Pretas. predomnam as fragoes hhomicas que so convencionalmente consideracas quimica ente mais estaveis (@¢:d0s humicos ¢ humina) em fungao ‘da malor presenga de grupamentos arométicas @ de anéis benzénicas, do maior gtau de polimerizagao @ menor susceptiilidade ao atacue mictobiano A vatiabiidade da cstrbuigdo das 165 fragoes (écidos fulviees, dcidos humicos © humina} das substancias himicas dentro de manchas de Torta Prota.entrotanto, 6 grande, sendo a maior a varabiidade da tragao Act66s filvicos, @ a menor da humina, Esta varlablidade &, provavelmente, devide a propria ongem antrépica destes solos, gor causa do dapésito tregular entre outtes, de materias carbonizados Os Acidos himicos das Tertas Pretas si mais vesistentos a termo-degracio, comsaranco-se com os Ac\60s humeos de solos nao arttopicos e expresso peo indice teograwméticn (TG. Esta caracerstica india que 05 Acidos humicos cos solos Antropogénics tem maicrproporgae ce elementos esrutuals estaveis, como um nacleo aromatco condersado, comparado com cides himioos de solos rao antropogénicos (Cunha, 2006). 0 indice de aromateidade (IR) obtide pela tEonica de esaectrosoosia no infavenmelho @ distibuigéo de carbono entre os elementos estruturais nos dedos himicos mesides por ressonénesa magnética nuclear de 1% (Tebele 1) confirmam a ‘maior propargéo ce esttuturas arométicas em acides himicos de Terras Pretas, Tabela 1 Incioes que descrevem a composigdo e proptiedades fsico-qulmicas dos acidos humicas das Terras Pretas de Indio it ome TP 22 o86a edo 368 Nao TPI 28 orm 758 2b Os deidas himicos das Teitas Pretas sdo desta forma, mais estveis e. ao mesmo tempo, possuem malor reatvidade quimica, do que os acidos aumices de solos ati 8 Assim pelas suas tes no antrepogér ccaracteristcas ladas em si ico-quinicas © estuturais, 140 des 3s topicais, posstbiltam uma maior acumulagao de caroono e maior fertidade e pradutivdade aos solos na mesma regigo, onde solos sem essa materia organica so, rmuitas veze: ylcola sustentavel stacules & produgao LITERATURA RECOMENDADA CUNHA. TdF Acidos humices de solos escuros da Amazonia (Terra Preta de indi). 2008. 178. Tese de Doutorado, Universidade Federal Rural do Pio de Janelto, Po de Janet, 2

Você também pode gostar