Você está na página 1de 13
iacao Mental S S a Digitalizado com CamScanner BO) CMAPOAN ip ehahorassTe LADD 4rg ra tO O Terran TreR-AB, Mr ron A ARTE DA €RIACAO MENTAL i 4 e por Ralph M. Lewis, F.R.C. | of ___ A questéo_ de eriar presume, geralmente, uma imediata discussao da técnica ou da maneira como a criagao pode ser A concretizada. Este critério assenta na premissa de que o ho- mem tem a possibilidade de ser um criador. Se, no entanto, 4 puder ser _demonstrado que o homem nao cria, ou nao pode 3 criar, ent&o, evidentemente, o critério para consideragao do ¥ assunto deve ser diferente. Somos, por isso, forgados a nos perguntar o que se quer dizer com a palavra erdar. 4 * Uma criagao absoluta consistiria_em se trazer a existén ony cia algo que nao tivesse realidade prévia, como forma ou co mo subst@ncia. Este carater absoluto deveria incluir a idéia de realidade, sua fungao e, também, os elementos de que ela { consiste. Em outras palavras, uma criagao absoluta consisti- ria na concepgao, ou na idéia, dos elementos de que ela se- i ria composta e do fim a ser alcangado por essa criagao. Se ja existisse alguma realidade capaz de contribuir para a nan f hifestagdo final, obviamente nao se trataria de uma criagao, absoluta. Fi A ertagdo est& intimamente relacionada com a ontolo. iat | que diz respeito 4 natureza e ao problema da existéncia. Do ponto de vista da ontologia abstrata, uma criagao absoluta & impossivel, porque xequereria que o ser ou a realidade sur- gisse da ndo-existéncia. Ainda que existisse apenas a essén- cia da criagao, sobre a qual uma inteligéncia universal pu- desse atuar,mesmo assim,nao se teria uma verdadeira criacao,— pois, seria necessario haver primeiro a esséncia e, depois, a mente que agiria sobre ela. Conseqtlentemente, as referidas mentais consistem em associagées de realidades ou idéias. A criagao humana nao passa de combinagao de um certo namero de elementos, idéias ou substancias, que forma uma aparéncia ou realidade diferente para nds, mas que, na reali dade, tais elementos, idéias ou substancias, nao constituem criagdes absolutas. criagées criar, no sentido humano, 6 mais do que_ uma associagao fortuita de idéias ou objetos. A criagao nao deve ser con- fundida com uma simples mudanga. & verdade que a criagao im- plica em transicéo, porém, abrange muito mais do que isto. Digitalizado com CamScanner Pagina 2 A ARTE DA CRIACKO MENTAL z ‘ i arias pegas de mo cheia de var pace) For exemplo, imaginemos una 6ala desses objetos constitui um bilia. A posig&o ou localizagao Suponhamos que temos de certo podese ou arranjo dos mesmos. Boeteteet ares de afas. Passar por esta sala. Para abrir passagi BER Teacwawinas caren tar certos moveis (talvez pondo duas ai com isto, o arrane Bo da ope gat? lense do pedrio, teria “sido alteraao. Com jo da mobilia, ou o seu pa a0, a efeito, @ relagao entre os objetos teria mudado. Ora, embora i tivéssemos { Provocado esse novo arranjo da mobilia, ees @ do nosso caminho, Seu padrao? A resposta para esta pergunta deve ser, necessa~ riamente, nao. se respondéssemos sim, entao, poderiamos di- Zer que uma arvore é a criadora de sua propria sombra, sim- Porque acontece encontrar-se na trajetéria da luz Solar. Além a as linhas que ‘dado um angulo, com esse €Za da mudan- ga na relacao entre as coisas alguma espécie de realidade, + Entretanto, isto nao impli- nha sido intencional oy Proposital, € © seguinte; em qualquer associa Bo que surja um novo arranjo, Precisamos £ 8,82 Rouve dete Teo So ha_criagao ne associacao de idéias ou coisas, a despeito de quao freqlentemente mudem de qearSncia, a menos que essac Rte 22" Precedidas de de terminagao. + foi intenoy = ripe 4 Ci i ra a agao inicial ow primaciy We provocoy gtmente causado: Sa inicial deve prever uma seqiancj i novo arranjo- ~S 0 E£ator importante ou mudanga de & mudanga? A cau- gténcia de Surgir certos resultados. Tomemos Mais naaees da qual seven Sala. Se distribuissemos a mobilia na Sal, % © exemplo da calizagoes breconcebidas, de modo fosse agradavel, balale oe frotilack, ‘np hicasiy de acordo com lo- a co) isto constituiria ye Te ota orden gue nos ie _tudo aquilo que Possa sey ee ‘Or. Torna: _ cardter_teleolégicsl a east “madenee aoe necessariamente ser uma causa mental, Deve haves indicagse de propésito. Na verdade, a mente cio So meio ae ee eafee tinguir a criagao de peaangee que ecorren le agdes nao in- tencionais. Sempre que po awae crianghonar ma mudanga com uma intengao, temos um sinal de criacao. @ 5 a ° @ < zB © 5 + o 2 Thotogia = Thole a § s & < 3 & § ensar nos chamados s evo icostumados a p = Processo: 2 : poeetee ere como tendo carater criativo, Na verdade, lutivos Digitalizado com CamScanner A ARTE DA CRIAGAO MENTAL = ® Pagina 3 ° apontamos 0 que chamamos de evolugdo como indicagao de um im pulso criador. Como chegamos a esta concepgao? Por que chama mos uma série de mudangas da Natureza de cvolutiva? Nao sera porque concebemos a condigado ou o estado mais complexo como o mais elevado? Podemos estar certos de que a expressao mais simples de qualquer fendmeno nao é, afinal de contas, sua maior manifestagao? Nao poderia o complexo ser uma corrup¢ao do simples? Quando concebemos ou imaginamos, em nossos assun tos pessoais, certos fins para um processo ou como um curso para nossas préprias agdes, essa concepgao nos leva a com- preender que a evolugdo da Natureza, pela qual ocorre a mu- danga do simples para o complexo, é uma tendéncia criadora. ° Nem todo processo criador tem necessariamente um objeti vo construtivo. Mesmo que o processo siga o principio de ter um fim definido e preconcebido, o fim em si mesmo podera ser destrutivo. Os homens, por exemplo, criam ameagas uns para os outros. Planejam guerras. Os fins de muitas de suas cria- goes sao destrutivos. £ realmente um conceito falso, que mui tos mantém, o de que todas as coisas que 0 homem procura criar devem necessariamente ser altruisticas. Olhemos ao nos so redor e observemos as criagdes destrutivas. ~ 4 Todavia, nado & dificil determinar se o fim de um proces so criador 6, em si mesmo, criativo. Se uma seqténcia ou pro gressdo de idéias ou realidades conserva um bem aceito como tal (isto &, algo que seja em geral considerado bom), e de- senvolve esse bem a medida que evolui, entao, podemos dizer que o objetivo ou fim é crjativo. Naturalmente, aqui entra em consideragao o fator moral e ético. Que constitui o bem ou o mal de uma situagao ou de qualquer coisa? Esse ponto de vera ser considerado mais tarde. = Temos agora a considerar, na criag&o mental, o_ fator psicolégico. Se a criacio consiste em uma associagdo para compor alguma nova ordem ou um novo arranjo, entao, esse fim ou propésito deve ser potencial na mente. Obviamente, algo que nunca tivesse existido nao poderia ser percebido previa- mente. A mente gera idéias em fungao das impressdes recebi- das através dos sentidos e, dessas idéias tira conclusdes. Essas conclusoes, em si mesmas, tornam-se outras idéias. Po- rém, sao idéias de reflexaéo, que se distinguem das idéias de sensagao, ou seja, das coisas que podem ser vistas, sentidas ao tato ou ouvidas. Digitalizado com CamScanner Pagina 4 A ARTE DA CRIAGAO MENTAL « 1 por exem e se empenham em criar, como, pi Aqueles qu Plo, in ores mentai, tores ou poetas, sao na realidade past ven S. Para suas ex~ . ir os elementos de Bee icionados periéneies Rque acreditan estar de algum modo rela: O P periéncias, ex oua partir dos quais esperam penteeseccie conseguinte, devem primeiro ter um p: eaten que possam relacionar idéias a esse prop na esse propdsito? Para que nao sejamos bPensamento 1 0S resultados de nossas variad. ve assumir uma ordem para a nossa mente. Esta ordem nada mais € do que um arranjo compreensivel para nés. gao de experiénei uma relagao. Por em mente, antes + Como se origi confusos em nosso as experiéncias de Por repeti- a, aquilo que antes Parecia cadtico pode fi Nalmente se tornar compreensivel. Por exemplo, se temos de Passar por uma certa rua, em essa rua, colecao nao parecen Sivel para a nossa mente, se caminharmos Por essa rua duas vezes por dia, Semana apés Semana, aquilo que era cadtico acaba por assumir uma certa Ordem em nossa mente, Por fi Onde aquele barr exatamente 1 onde estarg, aquela caixa, b gem vazia, e assim por diante, Em outras pa- lavras, os diversos elementos se arranjam, em forma compreensivel, de sordem transforma- Em nossa experiéncia aiaria, bServamos ~ Sas que parecem _guardar uma ordem Progressiva; isto &, eles Sa0 compreensiveis Para nds. Caga coisa Parece evoluir’ de outra. Em outras ocasioes, contudo , Sbservamos coisas. jue pa recem alcangar um certo fim. Progresso a as qi 2 £ arranjo parec bloqueado, termina em confus: Fece que nao consegui- mos leva-lo mais além, C ando sobr, S888 observagao, podemos deduzir qual deveria ser © Prdximo fator de progres- so. A mente concebe alguma realidade algo que compiata a imagem da ordem que esse Pros i 3 eae POssui. ‘ns iderando-se 1g. semos uma lon, pam nase Sees mesma, acabariantt® por aoeteea caminhassemos arian istanciadas de meio eng Pe hotar ge eWesceasechae le teria sido determinado que essas cageiras a conclusao de oA s de meio metro. Se, ao Alcangassoeetrin eee emer ee ens continua-la do mesmo MOdo, saberfamos da fila, Seed eet anee em nossa mente uma inact o que fazer. M da ordem @ ja, um espagamento de meio ™etro entre @ jo, ou seja, seu arran} ao, Raciocin, Digitalizado com CamScanner A ARTE DA CRIAGAO MENTAL 5 ; ad Pagina 5 Essa dedugao quanto ao arranjo espacial das mesmas cadeiras- fator de progresso. Na verdade, ela seri, aa constituiria ° P causa pela qual aumentar amos a fila de cadeiras segunda mesma ordem ja existente, se necessario. gundo a Esta operagao da mente que estivemos considerando cons- titui o processo indutivo de raciocinio. Consiste em encon- i subjacente, numa série de coisas considerado o fim ou propésito trar algum pri particulares, que pode ser dessas coisas. Portanto, se acreditamos que a série nao esta completa, temos condigdes de tentar encontrar aquilo que pos 3 nossa inteira vontade. sa terminar ou expandir oO processo, Mais desorientador é o processo dedutivo de raciocinio, tal como aplicado A criagao mental. Aqui, ja existe a concep to de um certo nimero de Zo geral que consiste no grupamen $38,2¢. Talvez todas essas idéias resultem de experiéncias objetivas, inteiramente diferentes. Todavia, na mente, o ne~ idéias do modo que gosta~ so, © principio que ligaria essas jo ermanece conhecido. Nao obstante, dessas idéias. riamos de vé-las ligadas p a mente 6 estimulada pela aparente integragao S A imagem formada por essas idéias combinadas traz satisfagao para a mente. A mente deseja experimentar uma unidade seme- lhante, objetivamente. Busca externamente (nas coisas do mun do_exterior) aquilo que possa compor uma forma ou um estado andlogo ao da imagem mental. O individuo procura reunir coi- sas, objetivamente, de modo que formem a mesma unidade do conceito que delas tem. Procura dar aos elementos particula- res das experiéncias de visao ou tato, por exemplo, 4 mesma estrutura que a razdo ou a ilfaginagao conceberam. er vista psicolégico, portanto, as idéias cons eer ere eee de construgao do pensamento criador. Es” cebidas pelos g das sensagoes causadas pelas impressoes re Sentidos objetivos, bem como das relagoes eSPe te obje ciais i tiva, seer mente associa essas sensagoes. A men rmaram os filésofos, 6 uma tabula rasa; isto 1 é preci &, 0 cérebro é 65 escrevar ou ponoran Papel em branco, sobre o qua conseguir isto oon, aca idéias. A maneira importante para se ou atengao. Mesmo siste em cultivar a agudeza de observagao ¢a0, precisaremos que sejamos dotados de excelente imagina™ ainda ter experiéncias de onde serao ex~ traidas idéi as, volvendo-as*’ 4° modo que a mente possa trabalha-1as desen Digitalizado com CamScanner Pagina 6 A ARTE DA CRIACKO MENTAL . Arias relagoes com as > Nossa experiéncia resulta aca conhecer pessoas, coisas do nosso meio-ambiente. Prec: cutren, bem como ler ¢ visitar diversos lugares, escutar aos Deane Taoudavemos leer extrair conceitos diferentes dos noss PinNaemosinact such Superficiais em nossas observagoes. Ao cam: GinGeTinsoKepenes devemos ver com a mente, assim como com os. vencalouvixpccnrs ver, mas, compreender aquilo que vemos. De metcalacrceye pentes assim como com os ouvidos; compreender nao, 2: ie re- apenas aceita-las como sons. Devemos ser capazes de re Sumir os acontecime: ntos do dia, de extrair da série cotidia- na de eventos algum elemento de informagao, um pouco de co- nhecimento capaz de idéias. contribuir para o nosso acervo de Devemos refletir sobre ess. tarmos, as coisas antes de nos dei iecordando o melhor possivel os incidentes importan- tes do dia. Essa reflexao lhes confere uma renovada forga na memdria. A psicologia académica tem tentado um: S880 de pensamento criador. Tem procurado exatamente a causa que contri das pessoas. sua analise e © .compositores, E fi- ocesso criador @ composto de quatro Preparacdo, incubagao, tluminagado, e compro > A preparagao implica em trabalho, de reflexio e pensamento, A Trata- Tho tentati. se do traba: encontrar um fio . ce compor idéias, de zaue as una, de*extraiy a i vo de sua relag&o, segundo’ a ordem om “LIU Significado no consciéncia. Isto pode implicar ordem daquilo que, na tentats se jeveoneeen ia objetivamente, Parece constr ee re gen jimitada. Essa preparacao, obviamente, requer concentra~ gao e raciocinio. Trata-se decisivaments de'um coporyo € pensamento. Por outro lado, se a Solugdo nao Surge relativa” mente cedo, a mente, conforme Sabemos Por nossa propria expe riéncia, torna-se fatigada pelo esforcgo, esforgo mental intenso acaba p in A persistencia © naee tTtRGir as atividades % ploradoras da mente. Esta, torna-se enti incapaz de se enPe nhar em qualquer campo de pensamento. Ist, ¢ u! ta sad. €, caimos Ls = cansada. Este iste el! juando a mente esta cans. ee os SoreaaEvate nian de menor resisténcia, ge moae gue a me paaeia de idéias ocorre repetidamente. Digitalizado com CamScanner DA CRIAGAO MENTAL, 2 A ARTE Pagina 7 2? quando surge essa inércia, o passo se % 0 da incubagao- Para nds, essa ‘ihoubagie’s tn no processo fmportante, porque tem _semelhanga_com as acureiteeYateemce amBosacruzes. A incubagao © um periodo de apousel awraeee Scorrer se nao somos bem sucedidos na fase ativa Metortaeee eental, (isto 6, a fase preparatéria). Durante esse estivic de incuba¢ao, devemos esquecer temporariamente os pensaaens tos que vinhamos mantendo e afastar todo o assunto da mente A Psicologia admite que, subseqtientemente, a solugao pode ocorrer como um lampejo_ de inspiragao, consistindo esta na relagao adequada das idéias, pela qual estivéramos lutando durante o periodo de reflexao. A Psicologia propoe a teoria do _trabatho inconsciente, para explicar esse estagio de incubagao. A teoria em questao & a seguinte: Quando_cessa © trabalho cerebral consciente, ou seja, a concentragao e 0 raciocinio, comega 4 atividade cerebral inconsciente. Apés termos falhado em conseguir, com a mente consciente, aguilo que desejavamos, e termos entrado no periodo de incubagao afastando O pensamento desta mente, © subconsciente prossegue com o trabalho que,ao completar-se na mente subconsciente, num iampejo, 4 mente consciente, de modo que 0 re ma inspiraga0- To- davia, é a intensa concentra’ aragao, 0 ©S forgo de pensamento) que estimula a men nte ea induz a completar © trabalho. é transmitido, cebemos como w) Gao objetiva (a preparag¢ te subconscié! O terceiro estagio no processo descoberto pela Psicolo- gia_com relagao 4 criagao mental 6 a iluminagao. Esta ilumi- nagao_consiste no desaparecimento de confusao criagao mental surge como uma imagen clara, e & acompanhada per grande sentimento de Satisfagao. Todos nos ja experi- amos esta satisfagao, logo apés uma consecugao- =) - . . vagio. a estagio deste processo psicolégico © a compro” ou idéie ca consiste em fazer com que 4 imagem, @ inspiragy) vras, trat nal, seja concretizada, realizada. Em outras pais é alcangado qu do processo de tornar a idéia manifesta; 1e"° tor coneered Mee poeta escreve seu tema, 4 aye ei FL CORE STAT oe cencaeTe: Gispositivo, e quando ° compost sua concepgao executando a partitura. Be < gora deve ser evidente que nao se pode arbitraria © yy um obje 2 Simples men te © comegar a criar. £& preciso primeiro te Digitalizado com CamScanner Pagina 8 A ARTE DA CRIAGKO MENTAL = i m alguma tivo geral. © individuo talvez encontre um je geae gone cadeia de eventos. Pelo menos, uma imagem de . ‘torna— ividuo deve desejar torna ser aparente para a mente, e o individuo doriqueliihelcos la manifesta, encontrar algum arquétipo exterior q eicesesce xesponda. Ha uma antiga sentenga que diz que alguma: a mea, mo pam Se © pensam, enquanto outras apenas se’ sentam. : Tea OrFe Com a criagao mental. Ha as pessoas que se concen tram no seu objetivo e o analisam, e ha aquelas que, figura~ damente, sentam-se sem qualquer preparagao. > Toda criagio comega com a mente. Como j4 foi dito, é Preciso que haja uma causa teleolégica ou mental, para conce ber um fim ou objetivo. Assin gendo, exatamente em que dife- a tal do processo psicolé- ico como criagdo mental, fico a criac&o comega com s a mente € o agente ativo em to das as ocasices. Nao se limita = formar imagens, a conceber elementos ou fins de um Processo, mas, emprega também OS po- deres psiquicos do individuo 7 Para receber e estabelecer as GondigSes pelas quais a image: Ses | a m pode ser materializada, pode ter existéncia para além da mente, ponto de vista psicoldg: & mente? No processo mistico, Por analogia, suponhamos SO emprego. Sabemo: vel treinamento. Sentimos ponsabilidade. c meiro, como no processo psicolégico, come¢amos com a prepara gao. Damos inicio 4 formagao de uma imagem visual daquilo que desejamos alcangar. Neste caso particular, ver=nos—iamos Ppromovidos para a nova posigao. Encontrar-nos-f{amos entdo as sumindo os deveres desse cargo, ex com perfeigao. Entao, gragas aquilo 1 de empatia, ou, como dizemos nés, Projetando o em mental, nao apenas nos vemos na posigio que gangar, mas, sentimo-nos também na mesa. a So escritério ou da loja. Sentimos a p: x associados. Eu para a ima desejamos al Criamos a atmosfe- resenga dos nossos mo afirmam as doutrinas Rosacru~ + Em outras pees Tne A imagem tem de tornar-se ta? Lizamos a reali (nao apenas algo que pensarsamos ZeSs araaranto nos © SOMOS tendo existéncia como nés mes. concrera ossa mente, mas 2090 eimos todos os aspectos da Po nos éncia) « ser, em consciénce. nossa mos, em Digitalizado com CamScanner ENTAL @ 2 A ARTE DA CRIAGAO MENTA: 5 Pagina 9 igo que desejamos alcangar. Como ensin sensamento cristalizado, ‘claro, vivido e atualizado, tornan yo um poder vitalizado na mente. Esse poder, psiquicamente, irradia~se para © Espago, ultrapassando og limites do indivi duo. Atinge, e afinal afeta pessoas e coisas. ~ am os Rosacruzes, um Ha uma afinidade ou ligagao entre os elementos da ima- gem mental e da imagem verdadeira que esperamos materiali- zar. A mente nao imagina essa afinidade ou esse pelo processo mistico de criagio mental, daa i a essa ligagao. Na analogia que vimos de considerar jo de promogao, um dos elementos relacionados mental 6 o empregador. Uma intensa visualizagao do mesmo, re lacionado com aquilo que se deseja, afetara seus pensamentos. amosso respeito. Fa4-lo-& particularmente interessado em nds, provavelmente sem ter consciéncia quanto ao porque. Le- va-lo-& a nos observar, talvez, de inicio, com um sentimento de curiosidade. Isto sera uma indicagao favoravel, pois, sig nificara que visualizamos claramente. Além disto, uma vez que _tenhamos atraido sua atengao, isto nos colocar4 numa po- sigaéo melhor para impressiona-lo Objetivamente com aquilo que desejamos fazer ou que esperamos. + do dese com a imagem Entao, gradativamente, harmonizamo-nos com as coisas ou as condigdes que se relacionam com nossa imagem mental. Come gamos a atrair essas coisas para nds, devido a nossa percep gao das mesmas. Elementos, fatores, novas circunstancias ne- cessarias 4 consecugao desejada, que talvez, de outro modo, Passassem despercebidas, gagham destaque e, neles, vemos pos sibilidades de promover nossa concepgao. Notamos como os fa= tores necessarios, do nosso ambiente, sao Sead von gence nidos para a manifestacao desejada. As vezes, Podera parecer que forgas exteriores a nds estdo realizando a vagian asaeo se tudo que fizéssemos fosse apertar um betas qeolbgia tem de comando. Isto & o resultado daquilo que a 33 trabalha- chamado de trabalho inconsctente. _Na orca euason a leva- Mos; sugerimos a causa ao Eu psiquicoe e la a efeito. a z simplesmen- Naturalmente, a criagao mental nao Seas ‘a imagem de- Se & fornagao de sina imagen. Bm prineire 192"7,34)"una fan- ve ser sempre plausivel. pevekacs despertar confianca: ae tas ao de idéias. izagao. Se deve sae eect agae um potencial de concretiza¢: Digitalizado com CamScanner Pagina 19 A ARTE DA CRIACAO MENTAL ‘ . ea izara plenamen- ebresentar clara e plausivel, nao se_ cristaaizar Ravenel ru ke; Portanto, nao dinamizara o Eu psiqu iefqueldesejancct xadiagao do nosso ser para concretizar aqu so plano ou obje. © fim a ser alcangado, relativamente ag noss mt a, quanto no tivo, deve ser tao definido, na criagao nis alasorinerione processo usual de criagdo mental. Meros desejos zes. Desejar simplesmente alguma coisa nao produzira resul- tados. Ao langarmos uma sugest&o psiquica, de modo que se Pro- jete através do nosso Eu psiquico, para fazer que certas coi Sas sejam motivadas ou se realizem, estamos também incorren= do em responsabilidade, porque somos a causa principal. Por conseguinte, nao deveremos falhar em Satisfazer 4s exigén- Se nao Gemandas, demonstraremos fraqueza © cria xemos uma condic&o cA eipreemica. Deveremos também atentar para os efeitos dos principios Postos em pratica. Quando surgirem si bitos acontecimentos, de conformidade com a4 imagem dos nos- 80s Planos, deveremos estar ereparados para aceitar essas condigdes. se nao estivermos produziremos apenas cele, 20888 Vida, © poderence afetar a outrem por té-los relacionado com nossos planes Na criagdo mistica, deve a pessoa usar fisicos e intelectuais. também poderes Todo o ser deve ser coordenado e, ao encon~ do fim que temos em vista. cooperar com as for¢as_cosmicad Para o desenvolvimento das nossas idéias. E necessario objetivar e a ordem dos nossos planos e, 1iza-los presos no interior di Sci€ncia, nos mais uma vez 4 analogia de buscarmos Promogao; & neces- sario falarmos realmente com o empregador, quando, em decor- réncia da nossa criagao mental, um impulso intuitivo sugerir © momento oportuno. As forgas césmicas que desencadeamos por este processo mistico Seat sdcios Silentes, mas, nao nossos escravos. Portanto, ha muito que devemos fazer em combinagao com as mesmas. onclusao, chamamos a atengao para os aspectos moral Em c 4o mental. Nao _podemos materializar, ou espe e ético on Seat EOE contrarios 4 lei natura}. Podemos rar objetiv Digitalizado com CamScanner A ARTE DA CRIAGAO MENTAL Pagina 11 » sar em um estado adverso ou negativo, mas, nao podemos ma nifesta-lo cosmicamente e esperar que prossiga sem prejuizo para nés. Todos sabemos, por experiéncia, que podemos desa- fiar temporariamente as leis naturais; mas, sabemos também que essas leis acabam por se impor e, em conseqléncia, acaba mos por sofrer. Podemos atirar uma pedra para o ar, parecen- do momentaneamente desafiar a lei da gravidade, mas, nao po- demos fazé-la permanecer no ar. Além disto, na criagao misti ca, 0 Césmico nao nos ajudara4 a violar com sucesso as leis da Consciéncia. Por Consciéncia, entendemos o senso do que & certo e do que & errado, que todo individuo traz em seu inte rior. Nao podemos tentar projetar pensamentos que considera: mos maus, para afetar a outrem, sem afetar a nds mesmos. A criagaéo mental que tenta contrariar os principios césmicos produz uma onda violenta, que retorna contra nds com forga avassaladora; traz consigo um encadeamento de principios cos. micos que nos pode tragar. Muitas vezes, esse resultado car- mico se manifesta tanto tempo depois que, na ocasiao, nao lhe atribuimos causa em nossos préprios atos anteriores. Somos aquilo que pensamos, nao 6 apenas um antigo afo- rismo mistico, mas, & também uma verdade psicolégica. Nossos varios estados de consciéncia sao a soma de nossas idéias, tais como extraidas de numerosas experiéncias. As idéias que associamos no processo do pensamento refletem nossas ex- periéncias passadas e, também, nosso atual estado de desen- volvimento. Essas idéias constituem um potencial de nosso progresso ou de nossa decadéncia. Em outras palavras, momen- taneamente e sem pensar, estamos recriando o Eu, o ego. . ° ° ° (Todos os direitos para uso deste artigo, em parte ou no to- do, estao reservados pela Ordem Rosacruz, AMORC, com sede em San José, Califérnia, e Grande Loja do Brasil, em Curitiba, Parana.) DE-5 887 Digitalizado com CamScanner ORDEM ROSACRUZ — AMORC GRANDE LOJA DO BRASIL. CAIXA POSTAL 307 — 80001 — CURITIBA-PR, —<$ Digitalizado com CamScanner

Você também pode gostar