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aur “a ape Boe Berio loci hole ceeerererwe ps as imediatamente apés a homologaco pelo Presidente da Reptibli- ca Portuguesa. As delegagBes do Governo Portugués, da FNLA, do MPLA e da UNITA realcam o clima de perfeita cooperacSo e coz dialidade em que decorrergm as negociagbes e felicitam-se ente acordo, que d& satisfacHo as jus- pela conclus%e do pr. tas aspiracBes do Povo Angolano e enche de orgulho o Povo Portugués, a partir de agora ligados por laces de funda amiza de e propésitos de cooperacSo construtiva, para bem de Ango- a, de Portugal, da Africa e do Mundo. Assinado em Alvor, Algarve, aos 15 dias do més de Janeiro de 1975 em quatro exemplares de 1fngua portuguesa. ae Slit ‘4 ACORDO ENTRE © ESTADO PORTUGUES EB A FRENTE NACIONAL DE LIBERTAGKO DE ANGOLA — "FNLAM, © MOVINENTO POPULAR DE LIBERTAGKO DE ANGO LA — "MPLA" & A UNIKO NACIONAL PARA A INDE PENDENCIA TOTAL DE ANGOLA =" INTTAN © Estado Portugués e os Movimentos de Libertacio Nacional de Angola, FRENTE NACIONAL DE LIBERTAGKO DB ANGOLA = FNLA, MOVIMBNTO POPULAR DE LIBERTAGKO DE ANGOLA — MPLA e UNIKO NACIONAL PARA A INDEPENDENCIA TOTAL DE ANGOLA — UNITA, reunidos em Alvor, Algarve, de 10 a 15 de Janeiro de 1975, para negociaren o proceso e 0 calendfxio do acesso de Ango- aa & independéncia, acordam no seguinte: CAPETULO I Da_independéncia de Angola Artigo 12, © Estado Portugués reconhece os Movi. mentos de Libertac&o, Frente Nacional de Libertag%o de Ango- a = FNLA, Movimento Popular de Libertago de Angola — MPLA © Unio Nacional para a Independéncia Total de Angola - UNITA, como os finicos e legftimos representantes do Povo An golano. Artigo 22, © Estado Portugués redfirma solene- mente o reconhecimento do direito do Povo Angolano 4 indepen déncia. Artigo 3, Angola constitui uma entidade una e indivisfvel, nos seas limftes geogr&ficos e politicos actu- ais e, neste contexto, Cabinda 6 parte integrante e inalieng vel do territério angolano. pléna Artigo 42, A independ@ncia e soberania Mle Ango- 1a serSo solenemente proclamadas em 11 de Novembro de 1975, em Angola, pelo Presidente da RepGblica Portuguesa ou _— por. representante seu expressamente designado. Artigo 58. 0 poder passa a ser exercido, até a proclamacfo da independ@néia, pelo Alto Comiss&rio e por um Governo de Transic&o, 0 qial tomar posse em 31 de Janeiro de 1975. Artigo 62, © Estado Portugués e os trés Movi mentos de Libertacfo formalizam, pelo presente acordo, um cessar-fogo geral, j& observado de facto pelas respectivas forgas armadas em todo o territério de Angola. A partir desta data ser& considerado ilfcito qualquer acto de recur, so & forga, que nfo seja determinado pelas autoridades com petentes com vista a impedir a violéncia interna ou a agreg sfo externa. Artigo 72. Apés 0 cessar-fogo, as Forgas Arma fo nas regi8es e das da FNLA, do MPLA e da UNITA fixar. locais correspondentes 4 sua implantagHo actual, até que se efectivem as disposigSes especiais previstas no Cap{tu- 1o IV do presente acordo. © Estado Portugués obrig Artigo 8 transferir progressivamente, até ao termo do perfodo trans; tério, para os 6ro%os de soberania angolana, todos os pode res que detém e exerce em Angola. Artigo 92. Com a conclus&o do presente acordo consideram-se amnistiados para todos os efeitos os actos pa tri6ticos praticados no decurso da luta de libertacSo nacio nal de Angola, que fossem considerados punfveis pela legis- lag&o vigente & data em que tiveram lugar. Artigo 102, 0 Estado independente de Angola exer, cer a Soberania, total e livremente, quer no plano interno, quer no plano internacional. CAPtTULO Ir atte Do Alto Comisshrio Artigo 112, © Presidente da Repfiblica e 0 Go- verno Portugués sfo, durante o perfodo transitério, repre- sentados em Angola pelo Alto Comiss&rio, a quem cumpre de fender os interesses da Repfiblica Portuguesa. Artigo 122, © Alto Comiss&rio em Angola 6 no meado e exonerado pelo Presidente da Repfiblica Portuguesa, perante quem toma posse e responde politicamente. Artigo 138. Compete ao Alto Comiss&rio: a) Representar o Presidente da Repfiblica Portu- guesa, assegurando e garantindo, de pleno acordo como Go verno de Transicfo, o cumprimento da lei; b) Salvaguardar e garantir a integridade do ter, rit6rio angolano, em estreita cooperag%o como Governo de Transiclo; ©) Assegurar o cumprimento do presente acordo e dos que venham a ser celebrados entre os Movimentos de Liber tagho eo Estado Portugués; 4) Garantir e dinamizar o processo de descoloni, zagho de Angola; e) Ratificar todos os actos que interesser refiram ao Estado Portugués; £) Assistix &s sessSes do Conselho de Ministros, quando 0 entender conveniente, podendo participar nos res- pectivos trabalhos sem direito de voto; 9g) Assinar, promulgar e mandar publicar os decre tos-leis e ds decretos elaborados pelo Governo de Transig%o; h) Assegurar em conjunto com 0 Colégio Presiden- cial a direcc%o da Comiss&o Nacional de Defesas 4) Dirigiz a polftica externa de Angola durante © perfodo transitério, coadjuvado pelo Colégio Presidencial. captruto 11x Do Governe de Transicko Artigo 142. © Governo de Transi¢fo € presidido e @izigido pelo Colégio Presidencial. Artigo 152, 0 Colégio Presidencial & constitufdo por tr@s membros, um de cada Movimento de Libertagio, e tem por tarefa principal dirigir e coordenar o Governo de Transi Glo. Artigo 16%, 0 Colégic Presidencial poder, sempre ° que/deseje, consultar o Alto Comiss&rio sobre assuntos relacio nados com a acgo governativa, ee Artigo 17%. As deliberagSes do Governo“ée Transi go sf tomadas por maioria de dois tercos, sob a presidéncia rotativa dos membros do Colégio Presidencial. Artigo 182, 0 Governo de Transigko & constitufdo pelos seguintes Ministérios: Interior; Informagfos Trabalho Justi- e Seguranca Social; Economia; Planeamento e Finanga: gat Transportes e ComunicagSes; Safide e Assuntos Sociais; Obras Péblicas, Habitac%o e Urbanismo; Educag&o e Cultura; Agricultura; Recursos Naturais. Artigo 19%, Sio desde j& criadas as seguintes Se cretarias de Estado: a) Duas Secretarias de Bstado no Ministério do Interior; b) Duas Secretarias de Estado no Ministério da InformagSo} ¢) Duas Secretarias de Estado no Ministério do Trabalho e Seguranca Socials 4) Tr@s Secretarias de Estado no Ministério da Economia designadas, respectivamente, por Secretaria de Bs. tadd do Céméicio e Turismo, Secretaria de Estado da Indéstria e Energia e Secretaria de Estado das Pescas. Artigo 202. Os Ministros do Governo de Transigo so designados, em proporgie igual, pela Frente Nacional de Uw | | | 7 ( hk oe Libertagio de Angola ~ FNLA, pelo Movimento Populate Liber, taco de Angola — MPLA, pela Unifo Nacional para a Independén cia Total de Angola — UNITA e pelo Presidente da Repiblica Por, tuguesa e tomam posse perante 0 Alto Comissfrio. Artigo 212. Tendo em conta o carfcter transitério do Governo, a distribuic&o dos Minist@rios ¢ feita do seguin- te modo: a) Ao Presidente da RepGblica Portuguesa cabe desig nar os minstros da Economia, das Obras Piblicas, Habitagio e Urbanismo, e dos Transportes e ComunicagSes; b) RX FNLA cabe designar os ministros do Interior, da Safide e Assuntos Sociais, e da Agricultura; ¢) Ao MPLA caBe designar os ministros da Informa gh» do Planeamento e Finangas, e da Justiga; 4) A UNITA cabe designar os ministros do Trabalho e Seguranga Social, da Educagio e Cultura, e dos Recursos Na turais. Artigo 228, As Secretarias de Bstsdo previstas no presente acordo so distribufdas pela forma seguinte: a) A FNLA cabe designar um Secret&rio de Estado para a InformacSo, um Secret&rio de Estado para o Trabalho e Seguranga Social, e 0 Secrethrio de Estado do Comércio e Tus! rismos a Cee, b) Ao MPLA cable designar um Secrethrio de Estado para o Interior, um Secrethrio de Estado para o Trabalho e Seguranga Social, e o Secretério de Bstado da IndGstria Energia; ¢) A UNITA cabe designar um Secretfrio de Estado para © Interior, um Secretirio de Bstado para a Informagio,e © Secrethrio de Estado das Pescas. Artigo 232. 0 Governo de Transigio poder& eriar novos lugares de secret&rios e de subsecrethrios de Estado, respeitando na sua distribuic&o a regra da heterogeneidade politica. Artigo 242. Compete ao Governo de Pransicfo: a) Velar e cooperar pela boa condugXo do processo de descolonizagio até & andependéncia totals b) Superintender no conjunto da administracfo p& assegurando © seu funcionamento, e promovendo o acesso dos cidad%os angolanos a postos de responsabilidade; ©) Conduzir a polftica interna; 4) Preparar e assegurar a realizacfo de eleicfes gerais para a Assembleia Constituinte de Angola; e) Bwercer por decreto-lei a fungfo legislativa @ elaborar os decretos, regulamentos e instrugSes para a boa execugho das leis; yer | Lf sa £) Garantir, em coopera¢gio com 0 Loan rio, a seguranga das pessoas e bens; 9) Proceder & reorganizag%o judicifria de Ango, h) Definir a pol{tica econémica, financeira e nmonet&ria, e criar as estruturas necessfrias ao rfpido de- senvolvimento da economia de Angola; i) Garantir e salvaguardar os direitos e as 14. berdades andividuais ou colectivas. Artigo 252, 0 Colégio Presidencial e os minis- tros sfo solidariamente responsfveis pelos actos do Governo. Artigo 262. 0 Governo de Transigko nfo poder& ser demitido por iniciativa do Alto Comiss&rio, devendo qual quer alteragio da sua constituiglo ser efectuada por acordo entre 0 Alto ComissSrio e os Movimentos de Libertagio. Artigo 272. 0 Alto Comiss&rio e o Colégio Presi- dencial procurarfo resolver, em espfrito de amizade e atra- vés de consultas recfprocas, todas as dificuldades resultan- tes da acco governativa. -10- 0 CAPITULO _IV Da _ComissSo Nacional de Defesa Artigo 28°. # criada uma Comiss%o Nacional de Defesa com a seguinte composicho: Alto Comiss&rio; Colégio Presidencial; Estado Maior Unificado. Artigo 202. A ComissSo Nacional de Defesa deve r& ser infornada pelo Alto Comiss&rio sobre todos os assun tos relativos & defesa nacional, tanto no plano interno co mo no externo, com vista a: a) Definir e concretizar a polftica militar re sultante do presente acordo; b) Assegurar e salvaguardar a integridade ter- xitorial de Angola; ¢) Garantir a paz, a seguranca e a ordem pibli cae 4) Velar pela seguranga das pessoas e dos bens. Artigo 302, As decisfes da Comissfo Nacional de Defesa so tomadas por maioria simples, tendo o Alto Comis- s&rio, que preside, voto de qualidade. Artigo 312. 8 criado um Estado Maiog Wnificado que reunir& os comandantes dos trés ramos das Forcas Arma das Portuguesas em Angola e trés comandantes dos Movimen- tos de Libertacho. © Estado Maior Unificado fica colocado sob a autoridade directa do Alto Comissfrio. Artigo 322. Forgas Armadas dos trés Movimentos de Libertaglo sero integradas, em paridade com Forgas Ar- madas Portuguesas, nas Forcas Militares Mistas, em contin- gentes assim distribufdos: 8 000 combatentes da FNLA; 8 000 combatentes do MPLA; 8 000 combatentes da UNITA; 24 000 militares das Forgas Armadas Portugue sas. Artigo 332. Cabe 2 Comies%o Nacional de Defesa proceder & integragfo progressiva das Forgas Armadas nas. Forgas Militares Mistas referidas no artigo anterior, deven 60, em princfpio, respeitar-se o calendSrio seguinte: de Fevereiro a Maio, inclusivé, serfo integrados, Por més, 500 combatentes de cada um dos Movimentos de Liberta go e 1 500 militares portugueses; de Junho a Setembro, inclusivé, serfo integrados, por m@s, 1 500 combatentes de cada umdos Movimentos de Li- bertagio e 4 500 militares portugueses. < 23he N Artigo 342. 0s efectivos das oes Por tuguesas que excederem o contingerte referido no artigo 322 deverfio ser evacuados de Angola até 30 de Abril de 1975. Artigo 35%. A evacuag8o do contingente das For- gas Armadas Portuguesas integrado nas Forcas Militares Mis- tas deverS iniciar-se a partir de 1 de Outubro de 1975 e ficar conclufda até 29 de Fevereiro de 1976. Artigo 362. A Comiss%o Nacional de Defesa deve- r& organizar Forgas Mistas de Polfcia encarregadas de man- ter a ordem pfblica. Artigo 372. © Comando Unificado da Policia, cong titufdo por tr8s membros, um de cada Movimento de Libertacio, & dirigido colegialmente e presidido segundo um sistema rota tivo, ficando sob a autoridade e a-supervisSo da ComissSo Na cional de Defesa. cAPtTULO_v ugiados ¢ das soas_Reagrupada: Artigo 382, Logo apés a instala¢io do Governo de Transico ser%o constitufdas ComissSes Parit&rias Mistas, de Signadas pelo Alto Comiss4rio e pelo Governo de Transi¢&o, en carregadas de planificar e preparar as estruturas, os meios @ 0s processos requeridos para acolher os angolanos refugiados. © Ministério da SaGde e Assuntos Sociais supervi- sar& e coordenar4 a acco destas ComissSes. lupo” - 13 - ee 2 a a - Artigo 302. As pessoas concentrad: 2a. Jas da paz" poder&o regressar aos seus lugares de origem. As ComissSes Paritérias Mistas dever%o propor ao Alto Comiss&rio e ao Governo de Transigko medidas sociais, econémicas e outras para assegurar as populagBes deslocadas © regresso & vida normal e a reintegrac&o nas diferentes ac tividades da vida econémica do Pats. caPtruLo vr Das BleicSes Gerais para a Assembleia Constituinte de Angola Artigo 402. 0 Governo de Transig&o organizar& elei, gSes gerais para uma Assembleia Constituinte, no prazo de nove meses a partir de 31 de Janeiro de 1975, data da sua instala- sho. Artigo 41%, As candidaturas & Assembleia Consti- tuinte serfo apresentadas exclusivamente pelos Movimentos de Libertago — FNLA, MPLA e UNITA — Gnicos representantes lest timos do Povo Angolano. Artigo 422. Ser& estabelecida, ap6s a instalacSo do Governo de Transi¢&o, uma Comissfo Central, constitufda em partes iguais por membros dos Movimentos de LibertacSo, que elaborar& o projecto da Lei Fundamental e prepararf as elei- g6es para a Assenbleia Constituinte. : wee Artigo 432, Aprovada pelo Governé~de TransicHo e promulgada pelo Colégio Presidencial a Lei Fundamental, a Comiss%o Central dever&: a) Blaborar um projecto de lei eleitoral; b) Organizar os cadernos eleitorais; c) Registar as listas dos candidatos 4 eleicHo da Assembleia Constituinte apresentadas pelos Movimentos de Li- bertagho. Artigo 442, A Lei Fundamental, que vigorar& até & entrada en vig@ncia da Constituic%o de Angola, nfo poder& con trariar os termos do presente acordo. captruno vir lonalidade Angolana Artigo 45%. 0 Estado Portugués e os trés Movimen- tos de Libertagfo — FNLA, MPLA e UNITA — comprometen-se a agix concertadamente para eliminar todas as sequelas do colo- nialismo. A este propésito, a FNLA, o MPLA e a UNITA reafir- mam a sua polftica de nfo discriminac&o, segundo a qual a qua idade de angolano se define pelo nascimento em Angola ou pelo domicflio, desde que os domiciliados em Angola se identitiquem com as aspirag6es da Nag&o Angolana através de uma op¢%o cons- ciente. or 15 - Re Artigo 462, A FNLA, o MPLA e a UNIfA~Assumem desde g& © compromisso de considerar cidad%os angolanos todos os in- dividuos nascidos em Angola, desde que nfo declarem, nos termos e prazos a definir, que desejam conservar a sua actual naciona- lidade ou optar por outra. Artigo 472. Aos indivfduos n&o nascidos em Angola e radicados neste Pais, & garantida a faculdade de requererem a cidadania angolana, de acordo com as regras da nacionalidade an golana que forem estabelecidas na Lei Fundamental. Artigo 482. Acordos especiais, a estudar ao nivel de uma comissdo parit&ria mista, regularfo as modalidades da concessSo da cidadania angolana aos cidad&os portugueses domi, ciliados em Angola, ¢ 0 estatuto dos cidadfos portugueses re- sidentes em Angola e dos cidadSos angolanos residentes em Pog tugal. captruLo Vrrr Dos assuntos de natureza econémica ¢ financeira Artigo 492. 0 Estado Portugués obriga-se a regula xizar como Bstado de Angola a situacSo decorrente da existén cia de bens pertencentes a este Estado fora do territério an golano, por forma a facilitar a transferéncia desses bens, ou do correspondente valor, para o territério e a posse de Ango- la. Zeg - 16 - eG Artigo 502. A FNLA, o MPLA e a UNTER’ declaram- -se dispostos a aceitar a responsabilidade decorrente dos compromissos financeiros assumidos pelo Estado Portugués em nome e em relacHo a Angola, desde que o tenham sido no efeg tivo interesse do Povo Angolano. Artigo 512. Uma comisso especial parit&ria mis- ta, constitufda por peritos nomeados pelo Governo Provisério da Repfblica Portuguesa e pelo Governo de Transigiio do Estado de Angola, relacionar& os bens referidos no artigo 499 e os eréditos referidos no artigo 502, proceder& &s avaliagSes que tiver por convenientes, e proporé Aqueles Governos as solucSes que tiver por justas. Artigo 522. 0 Estado Portugués assume o compromig so de facilitar & comissfo referida no artigo anterior todas as informagSes e elementos de que dispuser e de que a mesma comis s&o carega, para formular jufzos fundamentados e propor solu- gbes equitativas, dentro dos princfpios da verdade, do respei to pelos legftimos direitos de cada parte e da mais leal coopg ragio. Artigo 53%. 0 Estado Portugués assistir& o Estado Angolano na criagfe e instalagfo de um banco central emissor. © Bstado Portugués compromete-se a transferir pa- ra o Estado de Angola as atribuigSes, o activo e o passive do departamento de Angola do Banco de Angola, em condigBes a acoz, dar no &mbito da comissSo mista para os assuntos financeiros. Esta comiss§o estudark igualmente todas as questSes referentes ao departamento de Portugal do mesmo banco, propondo as solu~ gSes justas, na medida em que se refiram e interessem a Angola. Artigo 542. A FNLA, o MPLA e a UNITA comprometem- ~se a respeitar os bens 0 interesses legftinos dos portugueses domiciliados em Angola. CAPITULO 1x Da_Cooperacio entre Angola e Portugal Artigo 552. 0 Governo Portugués, por um lado, e 0s Movimentos de LibertacXo, pelo outro, acordam em estabele cer entre Portugal e Angola lacos de cooperacXo construtiva e duradoura em todos os dom{nios, nomeadamente nos dom{nios cultural, técnico, cient{fico, econémico, comercial, monethrio, financeiro e militar, numa base de independ@ncia, igualdade,1i. berdadé, respeito mituo e reciprocidade de interesses. captruLo x Das ComissSes Mistas Artigo 562. Serfo criadas Comiss6es Mistas de natu reza técnica e composicfo parit&ria, nomeadas pelo Alto Comis- shric de acordo com 0 Colégio Presidencial, que terSo por tare fa estudar e propor solugSes para os problemas decorrentes da 6 de uma copperagho activa descolonizag&o ¢ estabelecer as b entre Portugal e Angola, nomeadamente nos seguintes domf{nios: a) Cultural, técnico e cient{ticos b) Econ6mico e comercial; wo ©) MonetSrio e financeiros eet d) Militar; @) Da aquisig&o na nacionalidade angolana por ci, dadSos portugueses. Artigo 572. As ComissBes referidas no artigo ante rior conduzirfo os trabalhos e negociacBes num clima de coope xag%o construtiva e de leal ajustamento. As conclusdes a que chegaren deverfo ser subnetidas, no mais curto espago de tempo, & considerag&o do Alto Comisskrio e do Colégio Presiden cial com vista & elaboragio de acordos entre Portugal e Angola. CAPETULO_XI Das _disposicSes gerais Artigo 582. Quaisquer questSes que surjam na inter pretacio e na aplicag%o do presente acordo e que nfo possam ser solucionadas nos termos do artigo 272 sero resolvidas por via negociada entre o Governo Portugués e os Movimentos de Liberta- sfo. Artigo 592. 0 Estado Portugués, a FNLA, o MPLA e a UNITA, fieis ao idefrio socio-polftico repetidamente afirma do pelos seus dirigentes, reafirmam o seu respeito pelos prin cfpios consagrados na Carta das NacBes Unidas e na Declaracio Universal dos Direitos do Homem, bem como o seu activo repfiilio por todas as formas de discriminacfo racial, nomeadamente o "apartheid". = 20 - A delegaco do Governo Portugués Pela Frente Nacional de Liberta ScurhiGnyntlecliZcdl an seevasecce emma (Major Brnesto Augusto de Melo - Antunes, Ministro sem Pasta) —frraxov Dlaenrlehy> , (Anténio de Almeida Santos, Minis (Holden Roberto, Presidente) tro da Coordenag&o Interterrito- rial) oes Athy (M&xio Soares, Ministro dos Neg6- Pelo Movimento de Libertag&o de cdos Estrangeiros) Angola - MPLA deiro Has = (Fefnando Reino, Ministro tencifrio) rest as (Anténio Goncalves Ribeiro, Tenen _—Pella Unio Nacional para a Indepen- te-Coronel d@ncia Total de Angola - UNITA L Cece. (Fernando Reis MesGuita Passos Ramos, Tenente-Coronel de oe eae net hee (Pedro Pezarat Correia, Major de (Dr. Jonas Malheiro Savimbi, Presi Infantaria) ae : — fiwste ms (Dr, Agostinho Neto, Presidente) Cavalaria) Costa

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