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INSTITUTO SUPERIOR DE GESTÃO E EMPREENDEDORISMO

GWAZA MUTHINI

MANUAL DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

Elaborado por:
Prof. Dr. Gerito Augusto
Prof. Dr. Franco Bernardo Simbine
Prof. Dr. Raimundo Alfadiga Mateco

Marracuene
Maio 2019
Apresentação
Os trabalhos de conclusão de curso de uma instituição do ensino superior, e demais trabalhos
acadêmicos, atendem sempre às exigências e normas da instituição onde os cursos são
ministrados, ou às normas particulares de cada curso. Sendo, uma das exigências a obediência no
que diz respeito à estruturação e as normas de formatação do trabalho a ser apresentado ou
publicado. Respeitando a forma como são elaboradas as citações e referências bibliográficas do
trabalho.
É com este intuito que é fornecido aos estudantes de graduação e pos-graduacao dos três
níveis do ensino superior ministrados nesta instituição e profissionais de outras áreas
relacionadas um manual de normalização, que procura que seja abrangente e de fácil
compreensão para os trabalhos elaborados no meio acadêmico, contemplando relatórios e
monografias, as dissertações e teses para os cursos Sticto e lato sensu.
Este manual traz uma descrição de como deve ser elaborado o projeto de pesquisa,
monografia, dissertação ou tese para a culminação dos Cursos de Licenciatura, Mestrado e
Doutoramento no Instituto Superior de Gestão e Empreendedorismo Gwaza Muthini (ISGE-
GM). O mesmo não traz de forma acabada as recomendações para a publicação a nível nacional
ou internacional de trabalhos científicos, mais sim deseja contribuir para a planificação,
estruturação e divulgação da pesquisa cientifica no ISGE-GM.
Para uma melhor explicação os processos de culminação do curso no ISGE-GM passam
por 5 etapas distintas, nomeadamente: (i) frequência e conclusão de todas as disciplinas e/ou
módulos curriculares do nível que o estudante estiver inscrito, com nota mínima de 10 valores;
(ii) elaboração de um Projecto de Investigação ou Pesquisa Cientifica; (iii) recolha de dados, (iv)
elaboração do relatório de Monografia, Dissertação ou Tese e (v) defesa.
Assim, o presente documento vai-se debruçar sobre duas etapas nomeadamente, (ii) elaboração
do projecto e (iii) elaboração do relatorio “monografia, dissertacao e tese” para a culminação do
curso que no ISGE-GM são elaborados seguindo a norma APA.
Com este manual espera-se a divulgação das normas técnicas, facilitando e orientando
estudantes, acadêmicos e profissionais de pesquisas quanto à elaboração dos projectos de
pesquisa ou investigacao cientifica e das monografias, dissertacoes e teses bem como outros
textos científicos.

1
Nota: nas situações em que ainda escapam às normas, aconselha-se o uso do bom senso, isto é, a
consulta a outros Manuais referentes a norma APA e também os autores do trabalho como forma
de dar subsídios na melhoria continua da ficha. Neste contexto, não se pretende com esta ficha
substituir, em casos mais específicos ou menos frequentes, ou de materiais pouco utilizados, o
trabalho do supervisor e a consulta a outras publicações sobre como elaborar trabalhos
acadêmicos, que podem ser de grande auxílio.

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Sumário
INTRODUÇÃO...............................................................................................................................5
1. TIPOS DE TRABALHOS.......................................................................................................6
1.1 Monografia 6
1.1.1 Estrutura da monografia............................................................................................7
1.2 Relatórios 8
1.2.1 Estrutura do Relatório................................................................................................8
1.3 Dissertação e Teses 9
1.3.1 Estrutura da dissertação e da tese..............................................................................9
1.4 Características gerais de trabalhos científicos 11
2. ESTRUTURA FORMAL E CONTEÚDOS DOS DOCUMENTOS....................................11
2.1 DEFINIÇÃO DOS ELEMENTOS DA ESTRUTURA 13
2.1.1 Elementos Pré-Textuais...........................................................................................13
2.1.1.1 Capa..................................................................................................................13
2.1.1.2 Lombada (obrigatório apenas para os trabalhos encadernados).......................13
2.1.1.3 Contra-Capa ou Página De Rosto.....................................................................13
2.1.1.4 Ficha Catalográfica...........................................................................................14
2.1.1.5 Errata (opcional)...............................................................................................14
2.1.1.6 Folha de Aprovação (opcional)........................................................................14
2.1.1.7 Páginas preliminares (Opcional)......................................................................15
2.1.1.8 Resumo (abstract).............................................................................................16
2.1.1.9 Palavras-chave..................................................................................................16
2.1.1.10 LISTAS............................................................................................................17
2.1.1.10.1 Listas de ilustrações (Gráficos e/ou Figuras).............................................17
2.1.1.10.2 Listas de Tabelas........................................................................................17
2.1.1.10.3 Lista de de Abreviaturas............................................................................17
2.1.1.10.4 Lista de símbolos.......................................................................................18
2.1.1.11 Formatação das listas........................................................................................18
2.1.1.12 Índice (sumario)...............................................................................................18
2.1.2 Elementos Textuais..................................................................................................18
2.1.2.1 Introdução.........................................................................................................19
2.1.2.1.3 Objectivos...........................................................................................................20
2.1.2.2 Revisão de Literatura ou Revisão Bibliográfica ou Fundamentação Teórica
ou Enquadramento Teórico................................................................................................21
2.1.2.3 Metodologia (Material e Métodos)...................................................................21

3
2.1.2.4 Resultados........................................................................................................22
2.1.2.5 Discussão dos Resultados.................................................................................22
2.1.2.6 Conclusões........................................................................................................23
2.1.2.7 Recomendações e sugestões.............................................................................23
2.1.3 Elementos Pós-Textuais...........................................................................................23
2.1.3.1 Referências Bibliográficas...............................................................................23
2.1.3.2 Glossário...........................................................................................................24
2.1.3.3 Apêndices.........................................................................................................24
2.1.3.4 Anexos..............................................................................................................24
3. PROJECTO OU PROPOSTA DE INVESTIGAÇÃO..........................................................25
3.1 Estrutura de projecto de pesquisa 25
3.1.1 Cronograma e orçamento.........................................................................................27
3.1.2 Instrumento(s) de Pesquisa......................................................................................28
4. CITAÇÕES............................................................................................................................28
4.1 ASPECTOS GERAIS 28
4.1.1 Uso da vírgula e Uso do ‘e’, ‘and’ ou ‘y’................................................................28
4.1.2 Uso do &..................................................................................................................29
4.1.3 Estilos de citação com autores.................................................................................30
4.1.4 Quando usar ‘p.’ ou ‘pp.’.........................................................................................30
4.2 Citação Directa 31
4.3 Modelos de citações directas 31
4.3.1 Citações com menos de 40 palavras........................................................................31
4.3.2 Citações acima de 40 palavras.................................................................................32
4.3.3 Citação directa de material da internet sem paginação............................................32
4.3.4 Citação com alteração da fonte original..................................................................33
4.3.4.1 Supressão de texto............................................................................................33
4.3.5 CITAÇÃO INDIRECTA.........................................................................................33
4.3.6 Citação de Citação...................................................................................................34
4.4 Outros Modelos de Citação 34
4.4.1 Citação com um ou dois autores..............................................................................35
4.4.1.1 Citação com três a cinco autores......................................................................35
4.4.1.2 Citação com seis ou mais autores.....................................................................36
4.4.1.3 Citação com autores com mesmo sobrenome..................................................37
4.4.1.4 Citação de um mesmo autor com mesma data de publicação..........................37
4.4.1.5 Citação de capítulo de livro..............................................................................38
4.4.1.6 Citação de site inteiro.......................................................................................38

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INTRODUÇÃO
Importa em primeiro lugar ter-se uma clarificação do conceito de pesquisa e salientar que há
lugar para pesquisa quando se está na presença de um problema ou uma situação e não se tem
informações para solucioná-o ou clarifica-lo. Neste contexto, Silva e Meneses (2005) definem
pesquisa como sendo um conjunto de acções, propostas para encontrar a solução para um
problema, que têm por base procedimentos racionais e sistemáticos.
Para Minayo (1993), pesquisa é uma actividade básica das ciências na sua indagação e
descoberta da realidade, actividade esta que procura a aproximação sucessiva da realidade que
nunca se esgota, fazendo uma combinação particular entre teoria e pratica atraves da recolha de
dados. Este conceito prenuncia a confrontação de forma crítica dos dados recolhidos no campo
ou na consulta bibliográfica.

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1. TIPOS DE TRABALHOS

O trabalho científico deve ser sempre realizado com metodologia cuidadosamente selecionada,
de forma a solucionar problemas ou produzir conhecimento, mas baseado na ciência. Segundo
Ricieri (2003) a elaboração de um trabalho de “investigação cientifica e sua respectiva
implementação necessita de um compromisso, seriedade cientifica, dedicação e persistência
com o trabalho desenvolvido, enfrentando todas as dificuldades advindas dos percalços inerentes
ao trabalho, buscando sempre dados fidedignos”. Este deve ser elaborado de acordo com normas
preestabelecidas e com os fins a que se destina (Marconi e Lacatos, 2010).
Neste contexto, ao querer se abordar a formatação de um trabalho de cunho académico ou
de investigação cientifica é pertinente numa primeira fase esclarecer que o mesmo pode ser de
vários tipos:
Dentre os vários tipos de trabalhos científicos encontram-se as monografias, dissertações,
teses, projectos de pesquisa, relatórios técnico-científicos e trabalhos escolares. Contudo, este
manual tem como foco as normas para elaboração de projectos de pesquisa, trabalhos
monográficos ou monografias, relatórios, dissertações e teses.

1.1 Monografia
Aqui é vista como um trabalho científico apresentado ao final de uma formação (curso de
graduação, cursos de especialização, entre outros) como objetivo de representar a síntese da
formação universitária. Segundo Marconi e Lakatos (2010, p. 219) “trata-se, portanto, de um
estudo sobre um tema especifico ou particular, com suficiente valor representativo e que obedece
rigorosa metodologia”. Está deve estar relacionada ao curso, disciplina e ter a supervisão de uma
pessoa qualificada, o supervisor/orientador ou professor. (França e Vasconcellos, 2009)
Desta forma, trata-se de documento que representa uma forma de avaliar o conjunto de
conhecimentos adquiridos por um estudante durante o curso. Este deve expressar o domínio de
um assunto ou conteúdo escolhido pelo estudante ao longo da sua formação. O documento deve
ser desenvolvido pelo estudante sob a coordenação de um supervisor (orientador).
A monografia faz parte da primeira experiência de relato científicoe constitui-se numa
preparação metodológica para futuros trabalhos de investigação. ( França e Vasconcellos, 2009).
Neste contexto, a sua característica e estrutura assemelha-se à das dissertações e teses. Na sua

6
estrutura pode ser restringida a elementos considerados essências como: capa, folha de rosto,
resumo, sumario/índice, texto e referencias. (Ver figura 1)

1.1.1 Estrutura da monografia


A estrutura sugerida pode passar por adaptações de acordo com as recomendações dos
coordenadores de cada curso específico.
Figura 1 - Estrutura de monografias
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
capa
folha de rosto
errata
dedicatória
agradecimentos
epígrafe
resumo na língua vernácula
resumo em língua estrangeira
listas de abreviaturas
sumário (Indice(s))
ELEMENTOS TEXTUAIS
Introdução (contextualização, problema de partida, objectivos,
hipóteses/problemas de pesquisa, justificativa e estrutura do trabalho)
Referencial teórico (revisão histórica, revisão teórica, etc)
Metodologia
Resultados da pesquisa
Discussão e interpretação
Considerações finais
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Referências bibliograficas
glossário
apêndice(s) e anexo(s)
Os elementos apresentados em negrito são considerados obrigatórios; os
demais são opcionais. Ver a conceituação dos elementos.

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1.2 Relatórios
Relatório técnico-científico é um documento que relata formalmente os resultados ou progressos
obtidos em investigação ou pesquisa e desenvolvimento ou que descreve a situação de uma
questão técnica ou científica. Abnt (1989, citado por Swerts, 2014).
Este documento (relatório técnico-científico) apresenta, sistematicamente, informação
suficiente para um leitor qualificado e traça conclusões e faz recomendações. O mesmo é
estabelecido em função e sob responsabilidade de uma entidade ou de uma pessoa a quem será
enviado. A sua estrutura assemelha se em parte com da monografia, dissertação e tese.

1.2.1 Estrutura do Relatório


O relatório cientifico obedece a seguinte estrutura

Figura 2. Estrutura do Relatório


ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
Capa
Capa de Rosto
Resumo
Sumario (índice)
ELEMENTOS TEXTUAIS
Introdução
Desenvolvimento
Metodologia
Resultados da pesquisa
Discussão
Considerações finais
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Referências bibliograficas
glossário
apêndice(s) e anexo(s)
Os elementos apresentados em negrito são considerados
obrigatórios; os demais são opcionais. Ver a conceituação dos
elementos.

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1.3 Dissertação e Tese
Dissertações e teses são o” produto de pesquisas desenvolvidas em cursos no nível de pós-
graduação (mestrado e doutorado)” ( França & Vasconcellos, 2009, p.35). Para Salvador (1980)
são estudos teóricos ou teórico-práticos, de natureza reflexiva, que consistem na ordenação de
ideias sobre determinado tema.
A dissertação pode ser também entendida como um trabalho feito nos moldes da tese,
havendo uma certa limitação por tratar se de uma tese inicial ou em miniatura. Este é um
trabalho apresentado ao final do curso, visando obter o título de mestre. E tese é uma opinião que
alguém sustenta e esta preparada para defender (Barrass, 1979 citado por Marconi e Lakatos,
2010). A tese apresenta o mais alto nível de pesquisa, para a sua elaboração requer não só a
exposição e explicação de todo material recolhido, mas também, a análise e interpretação dos
dados vindo de todo estudo realizado. Ver figura 2.

1.3.1 Estrutura da dissertação e da tese

Os trabalhos científicos acadêmicos (monografia, relatório científicos, dissertação e tese), em


geral têm a mesma estrutura nomeadamente a introdução, desenvolvimento e conclusão. Para
este manual sugerimos a seguinte estrutura para a dissertação e tese:

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Figura 3. Estrutura de dissertação e tese
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
Capa (obrigatório)
Lombada (obrigatório apenas para encadernados)
folha de rosto
errata
folha de aprovação
páginas preliminares
dedicatória
agradecimentos
epígrafe
Resumo na língua vernácula ( e um na língua
estrangeira obrigatório )
Palavras-chave
Lista de ilustrações, Lista de tabelas, Lista de
abreviaturas e siglas, Lista de símbolos
Sumário (índice(s)) automatico
ELEMENTOS TEXTUAIS
Capitulo I (Introdução Geral)
Introdução
Contextualização
Problema de partida ou problematização
Pergunta de partida ou de pesquisa
Pergunta(s) de Pesquisa / Hipóteses Objectivos
Estrutura do trabalho
Capitulo II
Referencial teórico:
Revisão histórica
Revisão teórica
Revisão empírica
Estado da arte
Capitulo III
Metodologia
Local do estudo;População do estudo / Amostragem /
Amostras / Critérios de inclusão e exclusão,; Desenho
e tipo do estudo; Procedimentos de recolha de dados
(técnicas, instrumentos); Variáveis; Análise de dados;
Considerações éticas; Limitações do estudo;
Referencias Bibliográficas
Capitulo IV
Resultados da Pesquisa
Conclusão e Estudos Futuros
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Referências bibliograficas
Glossário; Apêndice(s); Anexo(s)

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1.4 Características gerais de trabalhos científicos
As características de um trabalho científico são de comunicar uma observação ou uma idéia a
indivíduos potencialmente interessados. Esta tipo de trabalho consiste de informação científica
organizada segundo padrões e metodologias específicas, e apresenta segundo Marconi e Lakatos
(2010, p. 219) as algumas características que são:
a) Trabalho escrito, sistemático e completo;
b) Tema especifico ou particular de uma ciência ou parte dela;
c) Estudo pormenorizado e exaustivo, abordando vários aspectos e ângulos do caso;
d) Tratamento extenso em profundidade (dissertação e tese), mas em alguns casos em
alcance (nesse caso, é limitado), situação na vista nas monografias;
e) Metodologia especifica;
f) Contribuição importante, original e pessoal para a ciência.
Os trabalhos científicos implicam originalidade no seu todo, sendo a sua principal característica a
uma vez que é tratam assuntos que podem ser de total novidade a comunidade ou a comprovação
de estudos realizados por outros pesquisadores. um trabalho.
2. ESTRUTURA FORMAL E CONTEÚDOS DOS DOCUMENTOS
Neste documento é entendido como trabalhos de pesquisa a monografia, relatório, dissertação e
tese. Os trabalhos científicos acadêmicos, na sua generalidade apresentam a mesma estrutura de
formatação: introdução desenvolvimento e conclusão. (vide a figura 1.). Para este manual
sugerimos a estrutura da figura 3, que se adaptam a norma APA em uso no ISGEGM.

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12
2.1 DEFINIÇÃO DOS ELEMENTOS DA ESTRUTURA

2.1.1 Elementos Pré-Textuais

2.1.1.1 Capa
Representa a face anterior de ou externa que serve de elemento de protecção do projecto ou
proposta, livro ou de uma revista. É na capa onde deve conter os seguintes elementos:
 o nome da instituição;
 o nome do curso do estudante ou candidato;
 o nome do estudante;
 título do projecto ou proposta de pesquisa;
 subtítulo: se houver, deve ser precedido de dois pontos, evidenciando a sua
subordinação ao título;
 o nome do local onde é apresentado o projecto ou proposta de pesquisa. (veja o
Apêndice 1A.)

2.1.1.2 Lombada (obrigatório apenas para os trabalhos encadernados)


Para efeito de padronização a lombada deve conter: sigla da instituição, ou seja, ISGE-GM,
nome completo do autor na margem direita (impresso longitudinalmente e legível de cima para
baixo da lombada) e o ano da entrega (Apêndice 1B).

2.1.1.3 Contra-Capa ou Página De Rosto


Aparece logo depois da capa e apresenta (Veja o anexo 1C)
 o nome do estudante,
 o título do projecto ou proposta de pesquisa;
 subtítulo: se houver, deve ser precedido de dois pontos, evidenciando a sua
subordinação ao título;
 um pouco mais abaixo, a direita apresenta-se a natureza ou propósito a que se
destina o projecto num rectangulo.
 o nome do supervisor ou orientador no meio e
 na parte inferior, o local, mês e ano.

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2.1.1.4 Ficha Catalográfica (opcional)
A ficha catalográfica contém dados bibliográficos necessários para identificar uma obra, tais
como:
 autor (o nome do estudante),
 título do documento,
 local de publicação,
 editor,
 ano de publicação.
Inclui, ainda, informações sobre o conteúdo da obra, através de um código numérico que
representa seu assunto de acordo com a Classificação Decimal Universal – CDU.
No caso de teses e dissertações, informa também o tipo de trabalho, grau obtido, além do
nome do Programa de Pós-Graduação, nome do supervisor (orientador) e Co-supervisor (co-
orientador) (veja o anexo 3). Esta ficha é elaborada pela biblioteca da instituição.

2.1.1.5 Errata (opcional)


É parte ou listagem do trabalho onde são apresentados os erros de escrita ao longo do texto, com
as devidas correções, indicações de páginas e, quando possível, de linhas em que os mesmos
aparecem (Anexo 4). Se possível deve ser inserida, como encarte, após a folha de rosto seguinda
a norma APA.
Exemplo:
Errata
Folha Linha onde se lê Leia-se
10 15 facto fato

Embora seja um recurso autorizado pelas normas para trabalhos científicos acadêmicos o seu
uso deve ser restringido, uma vez que dá a entender que o autor do texto teve pouco cuidado ao
fazer revisão do trabalho antes da versão final.

2.1.1.6 Folha de Aprovação (opcional)


É uma folha a ser inserida logo após a folha de rosto, esta não é considerada na contagem das
páginas. A mesma segue a norma APA e deve conter:

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 nome do autor do trabalho,
 título e subtítulo (se houver),
 natureza e objectivo do trabalho,
 nome da instituição a que é submetido,
 linha de pesquisa,
 área de concentração, data de aprovação;
 nome completo dos membros do júri examinador;
 titulação e instituições a que pertencem e local para assinatura dos mesmos.
Outros dados (avaliação, parecer e outras considerações) podem ser incluídos nessa página a
critério do curso de pós-graduação (veja anexo 5);

2.1.1.7 Páginas preliminares (Opcional)


Estas páginas antecedem a página do resumo. E as mesmas podem ser incluídas as seguintes
partes, devendo constar cada uma em só folha (página) separada:

 Dedicatória (opcional): e um texto, geralmente curto, no qual o autor presta uma


homenagem ou dedica o seu trabalho a uma ou um grupo de pessoas de significado
especial na sua vida profissional ou social. (veja anexo 6A)
 Agradecimentos: esta página tem como objectivo a manifestação de agradecimento do
autor do trabalho a pessoas e instituições que, de alguma forma, colaboraram de forma
directa ou indirecta para a execução do trabalho. (veja anexo 6B)
 epígrafe: é uma página onde o autor do trabalho coloca uma citação de um pensamento
que, de certa forma, influenciou em seu trabalho. Esta pode ocorrer também no início de
cada capítulo, partes principais de um trabalho. A citação feita ou a fazer, não necessita
de estar relacionada ao tema do trabalho ou à área do estudo do autor. Basta que tenha sido
de espiração do trabalho de alguma forma. Em caso do autor queira colocar mais de um
epigrafe é necessário que seja mantido um modelo de formatação. Para melhor
organização o texto de estar localizado ao final da página e não deve conter nenhum título,
apresentando apenas o texto do pensamento ou citação. Para formatar o texto do epigrafe é
preciso seguir esses padrões: (veja o exemplo no anexo 6C)
 Fonte de tamanho da letra 10 (areal) ou 12 (Times New Roman), este deve manter

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a mesma fonte usada ao longo dos outros textos do trabalho.
 Citação com alinhamento justificado com 7,5 cm de recuo da margem esquerda.
 Espaço entre linhas de 1,5 cm.
 Texto e nome do autor da citação em itálico.
 Nome do autor alinhado à direita.

2.1.1.8 Resumo (abstract)


Este é um elemento obrigatório no trabalho. O resumo é preparado/elaborado após a
conclusão do trabalho científico. Trata-se da apresentação em forma de um único paragrafo de
informações concisas e bem direcionadas de todos os pontos relevantes do trabalho. Este texto
visa fornecer elementos capazes que permitam ao leitor decidir sobre a necessidade de consulta
integral do texto. O texto traz segundo França e Vasconcellos (2009) a síntese dos pontos
relevantes do trabalho, fazendo o uso de uma linguagem clara, concisa, direta, com o mínimo de
250 palavras e o máximo de 500.
Ao logo da escrita do resumo o autor do texto deve ressaltar o objectivo, o resultado e as
conclusões do trabalho, não deixado de fora a síntese do método e da técnica empregados na sua
elaboração.
Este texto precede o índice (sumário) e é redigido na língua em uso na instituição. Depois do
texto em língua em uso na instituição, o resumo e seguindo do Abstrac que é o resumo em língua
estrangeira. A tradução do resumo pode ser para o inglês ou para outro idioma de maior difusão
internacional. O mesmo é feito com as palavras-chave e/ou descritores.

2.1.1.9 Palavras-chave
Estas, fica no fim do resumo, as mesmas fazem referência do conteúdo do trabalho ou
representativos do conteúdo. Nas palavras-chave, devem constar as palavras (descritores)
representativas do conteúdo do trabalho e as mesmas são escolhidas e escrita preferencialmente,
em um vocabulário controlado. Para uma melhor escolha das palavras-chave procure sempre o
auxílio do seu supervisor (orientador) do trabalho.
Esses descritores são precedidos da expressão Palavras-chave, e separadas entre si por
ponto e vírgula e finalizada por um ponto. Os descritores não devem ultrapassar o limite de até
cinco palavras, pela recomendação da norma APA adoptada pelo ISGE-GM.

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Exemplo:
Palavras-chave: Agroindústrias; Organizações; Campo organizacional; Isomorfismo.
Keywords: Agrobusiness; Organizations; Organizational field; Isomorphism.

2.1.1.10 LISTAS
As listas são um rol de elementos ilustrativos ou explicativos existentes no texto são
identificadas e ordenados de forma a facilitar sua localização e entendimento. As listas tornam
possível citar esses elementos no texto pelo seu título apenas, visto que este elemento vai conter
a página e, se houver, legenda e significado. Dependendo da característica do documento ou da
tipologia da informação a listar podem ser incluídas as seguintes listas. (Veja o anexo 7A)

2.1.1.10.1 Listas de ilustrações (Gráficos e/ou Figuras)


A lista incluir todo o tipo de ilustrações: gráficos, figuras, fotografias, lâminas, quadros etc. a sua
principal função e de faciltar localização de elementos no texto. Esta deve trazer o número ou
título da imagem, o tipo de ilustração que aquele item é e a página onde ele se encontra. Sendo
obrigatório apresenta a lista conforme a ordem em que aparecem no texto. (Veja o anexo 7B)

2.1.1.10.2 Listas de Tabelas


Esta lista deve apenas apresentar/incluir as tabelas que aparecem no texto. Ela tem a mesma
função que a lista de ilustrações. As tabelas devem ser citadas na mesma ordem com que
aparecem no texto. Sendo necessário apresentar os seus respectivos títulos e o número da página
em que se localizam. (veja o anexo 7C)

2.1.1.10.3 Lista de Abreviaturas


Em alguns casos a lista de abreviatura e chamado de página de abreviaturas. Esta apresenta a
relação alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguidas das palavras ou
expressões a que correspondem, escritas por extenso. (veja o anexo 7D).
Esta lista tem como função a optimização do entendimento do leitor dos termos que
talvez ele não conheça. Neste caso a lista de abreviaturas e siglas segue a seguinte formação. As
abreviaturas e siglas devem ser enumeradas com seus significados logo ao lado, seguindo para o
efeito a ordem alfabética para facilitar a localização.

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2.1.1.10.4 Lista de símbolos
Esta lista, traz consigo a relação de sinais convencionados e em uso no texto, seguidos dos
respectivos significados. A mesma segue o mesmo esquema e tem os mesmos objetivos da lista
de abreviaturas e siglas: identificar e explicar. Para uma melhor organização o autor do texto
pode organizar de forma alfabética a mesma; caso contrário, usar a ordem em que os símbolos
aparecem no texto.

2.1.1.11 Formatação das listas


As listas são organizadas segundo dois padrões: um padrão para as listas de ilustrações e tabelas,
outro para lista de símbolos e de siglas e abreviaturas. Todas as listas devem estar identificadas
com o seu respectivo título, de tamanho de fonte 12 (Times New Roman) ou 12 (Arial), em caixa
alta, centralizada e em negrito. As mesmas seguem um padrão de espaçamento de 1,5 cm entre
linhas e utilizam o mesmo tamanho de fonte do título. Os padrões específicos para as listas são:
 Listas de Ilustrações e de Tabelas: alinhamento justificado e linha pontilhada ou tracejada
partindo do fim do texto e indo até o número da página.
 Lista de Siglas e Abreviaturas: alinhamento à esquerda e distância de 2 TABs entre sigla
ou abreviatura e seu significado.

2.1.1.12 Índice (sumario)


Tem como base a indicação do conteúdo do documento. O mesmo apresenta a(s) pagina(s) que
indicam os capítulos e subcapítulos do documento e as respectivas páginas onde são localizadas.
Este reflecte suas divisões e/ou secções, na mesma ordem e grafia em que aparecem no texto.
(veja o anexo 8).

2.1.2 Elementos Textuais


Como todos os trabalhos científicos, a organização do texto das monografias, dissertações e teses
deve obedecer a seguinte ordem:
Introdução, Desenvolvimento e Conclusão, dividindo-se em seções e subseções conforme
a natureza do assunto. Como forma de melhor organização deve-se utilizar de forma continua o
sistema de numeração progressiva estabelecido que permite apresentar a conteúdo em uma

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sequência lógica, o que facilita sua identificação e localização. Utiliza-se comumente a seguinte
estrutura em capítulos:

2.1.2.1 Introdução
2.1.2.1.1 Contextualização
Corresponde a parte do projecto que apresenta informação suficiente para tornar possível a
compreensão ou percepção básica e global do projecto. Deve conter o enunciado ou formulação
do problema, indicando de forma clara a(s) pergunta(s) principal/principais da pesquisa, a(s)
qual/quais deverá/deverão observar os critérios de clareza, objectividade, exequibilidade e uma
justificativa que convença a qualquer leitor de que o projecto é fundamental e que contribuição
poderá trazer na academia.
Nesta parte do projecto, o estudante deverá apresentar o foco da sua inquietação ou razão
da realização da pesquisa, incluindo aspectos que evidenciem a relevância e pertinência do
projecto
A introdução poderá ser elaborada de forma corrente ou apresentar subsecções. Que
podem ser: tema do projecto, definição do problema que incluir a pergunta de pesquisa ou
investigação, a motivação para a escolha e realização da pesquisa, as hipóteses, os objectivos da
pesquisa. Segundo Swerts (2014, p.14) a introdução segue este padrão.
a) tema do projecto: mencionar a origem do tema e as principais motivações para que ele se
desenvolva;
b) problema a ser abordado: alguns trabalhos mencionam termos complexos, fazendo-se
necessária a definição clara e precisa dos conceitos a serem adotados, que deve ser
apoiada na revista de literatura;
c) hipóteses: neste item deve-se oferecer uma solução aos objectivos; elas podem ser
consideradas verdadeiras ou falsas ao término do experimento ou estudo;
d) objectivos: Indica-se o que se pretende estudar com a execução da pesquisa. Podem-se
mencionar objectivos geral e específico, separando-os;
e) justificativas: explica-se o porquê do estudo, a sua importância científica e social; o
interesse para o desenvolvimento do projecto.
f)

19
2.1.2.1.2 Pergunta de partida
Trata-se do problema que o estudante encontra no tema do estudo que pretende desenvolver e que
quer ver respondida.
2.1.2.1.3 Objectivos
Neste capitulo o estudante deve indicar as suas pretensões com o projecto de pesquisa e que
resultados se pretende alcançar no fim da pesquisa. Esta pretensão deve ser expressa através de
um objectivo geral e objectivos específicos. Os Objectivos indicam o que se pretende alcançar
com o projecto, em termos gerais e específicos. Os objectivos de pesquisa podem ser repartidos
em (i) Objectivo Geral e (ii) Objectivos Especificos
 Geral: No objectivo geral o estudante deve formular com clareza, exactidão, objectividade
o propósito da pesquisa.
 Especificos: Os objectivos especificos enunciam/exprimem aquilo que se pretende
alcançar com a investigação em termos operacionais e especificos possível. Geralmente
representam a divisão do objectivo geral em partes mais pequenas e objectivas que sejam
facilmente alcançáveis. Quando se juntam os objectivos específicos, forma-se o objectivo
geral.
Aconselha-se a utilizar verbos de acção e no infinitivo, por exemplo, avaliar, determinar,
identificar, descrever, comparar, estabelecer, calcular. Deve-se ter cuidado ou evitar a utilização
de verbos que indicam uma ideia vaga, por exemplo, conhecer, pesquisar, estudar, entre outros.
Geralmente os verbos avaliar, comparar, estabelecer, identificar são utilizados com frequência na
formulação de objectivo geral.
Evitar formular dois ou mais objectivos gerais e um único objectivo especifico. Se
necessário formular um ou mais objectivos gerais, contudo, cada objectivo geral deverá ter mais
de um objectivo especifico. Todos os objectivos específicos devem estar estreitamente
relacionados com o objectivo geral e o problema identificado ou a área temática que se pretende
investigar.
Os objectivos devem ser formulados, de tal modo que qualquer leitor tenha ideia do que se
pretende investigar e que dados devem ser recolhidos por forma a responder à pergunta de
investigação ou pesquisa.

2.1.2.1.4 Hipóteses / Perguntas de Pesquisa

20
Hipóteses - quando se trata da abordagem Quantitativa.
Nesta secção, o estudante deverá indicar as hipóteses, ou seja, as suposições que constituem
respostas provisórias para o problema identificado ou área identificada, a serem rejeitadas ou
confirmadas como consequência da sua testagem durante a operacionalização da pesquisa ou
investigação. As hipóteses devem ter uma relação intrínseca entre o Problema ou Área que se
pretende investigar, Título, pergunta de investigação, Objectivos e Metodologia para a
operacionalização da pesquisa.
Perguntas de Pesquisa – em estudos de abordagem qualitativa, estas são elaboradas (recomenda-
se cinco no máximo) para a orientação da pesquisa de forma a responder a pergunta de
partida,devendo estar em alinhadas com o tema, pergunta de partida e objectivos.

2.1.2.2 Revisão de Literatura ou Revisão Bibliográfica ou Fundamentação Teórica ou


Enquadramento Teórico
Representa o levantamento preciso e coerente das obras e conhecimento existente sobre o
assunto a ser tratado ou investigado. Esta parte deve proporcionar a qualquer leitor e de forma
coerente e lógica e minuciosa sobre o conhecimento existente e em falta. O estudante deve
elucidar as bases ou o quadro teórico que servirá de suporte da pesquisa ou do trabalho tratado.
Deve ainda apresentar o estágio teórico em que encontra a área temática da investigação.
Apresenta a teoria pro e contra o assunto, isto é, relatando o que os outros pesquisadores
encontraram e o que está em falta. Esta parte deve ser acompanhada de citações, das fontes
consultadas, recorrendo ao modelo APA. Deve-se evitar plágio na apresentação desta parte do
projecto.

2.1.2.3 Metodologia (Material e Métodos)


Nesta secção o estudante deve apresentar de forma clara uma descrição do local do estudo a ser
efectivado, sua população, assim como o tipo do desenho a ser concebido, procedimentos de
recrutamento dos elementos a serem envolvidos na pesquisa, variáveis, amostra e método de
amostragem (se aplicável), técnicas e instrumentos de recolha de dados, os procedimentos de
análise de dados, incluindo o programa estatístico a ser aplicado, bem com os testes estatísticos
(se aplicável), quando se trata de abordagem quantitativa.

21
Tratando-se de estudos qualitativos é preciso seleccionar os sujeitos de pesquisa (paricipantes),
devendo ser feita com observância de escolha de fontes com informação necessáriapara o estudo.
A este respeito Duarte (2011) afirma que nos estudos qualitativos a preferência é ter poucas
fontes como sujeitos de pesquisa (participantes) mas de qualidade do que muitos mas
desprovidos de informações substanciais e relevantes para o estudo.
É necessário justificar as opções nas escolhas feitas sobre as técnicas de recolha de dados,
tipos e desenho do estudo, variáveis, local do estudo, população de estudo e procedimentos de
análise de dados.
Também deve-se explicitar que aspectos éticos a pesquisa irá criar ou enfrentar e como
serão minimizados (se aplicável), assegurando sempre a maximização dos benefícios e
minimização dos riscos, garantindo a privacidade, confidencialidade, anonimato e obtenção do
consentimento livre dos participantes para o seu envolvimento na pesquisa.
Também devem ser apresentados o cronograma de actividades e lista de recursos
materiais, humanos e sua tradução em orçamento. O cronograma deve ilustrar de forma clara e
objectiva o período em que cada actividade terá lugar, desde a fase de elaboração do projecto,
sua aprovação, implementação ou recolha de dados, processamento ou análise de dados,
elaboração da monografia e respectiva defesa. O orçamento deve contemplar todas as despesas
decorrentes da realização da pesquisa, destacando as despesas com os recursos materiais,
humanos, equipamentos e com serviços de terceiros (se aplicável).

2.1.2.4 Resultados
Este é a parte do texto, que apresenta os dados colhidos, para o estudo, apresenta o principal foco
do estudo. Entretanto, deve ser apresentado de forma detalhada, e clara propiciando ao leitor a
percepção completa dos resultados obtidos. Em caso da existência de dados em forma de
ilustrações, como quadros, gráficos, tabelas, mapas e outros, também são apresentados aqui com
as suas respectivas funções e descrições.

22
2.1.2.5 Discussão dos Resultados
Nesta seção, é apresentando o ponto de vista do autor sobre o estudo realizado. Para tal este faz a
comparação dos resultados alcançados no estudo com aqueles descritos na revisão de literatura.
Aqui o autor joga o seu estudo de forma a mostrar a discussão e demonstração das novas
verdades ou ideias a partir de verdades garantidas ou estudos já realizados.
Segundo Marconi e Lakatos (2010), esta parte corresponde à parte mais importante do
texto/trabalho ou pesquisa. É aqui que são transcritos os resultados, agora sob forma de evidência
para a confirmação ou a refutação das hipóteses. Para a confirmação ou a refutação das hipóteses
o autor pode apoiar o seu estudo através de dados estatísticos ou não.

2.1.2.6 Conclusão
É a síntese final do trabalho (monografia, dissertação ou tese). A conclusão constitui-se de uma
resposta à hipótese enunciada na introdução. Neste contexto, o autor manifestará seu ponto de
vista sobre vários ângulos dos resultados obtidos e sobre o alcance dos mesmos. Para a clareza
do trabalho nesta parte não se permite a inclusão de dados novos, isto é, a inclusão de factos que
não foram analisados no texto. Em alguns trabalhos como monografia, dissertações ou teses o
autor pode intitular essa parte de Considerações finais. Neste caso o autor confirma que não
atingiu o nível de profundidade necessário para tecer conclusões.
Segundo Marconi e Lakatos (2010, p. 215) apud Trujillo Ferrari (1982), estas devem:
 evidenciar as conquistas alcançadas com o estudo;
 indicar as limitações e as reconsiderações;
 apontar a relação entre os factos verificados e a teoria;
 representar “a súmula em que os argumentos, conceitos, factos, hipóteses, teorias,
modelos se unem e se completam.

2.1.2.7 Recomendações e sugestões


As recomendações vêm como indicações, de ordem prática, de intervenções na natureza ou na
sociedade, de acordo com as conclusões da pesquisa. (Marconi e Lakatos, 2010).
No seu todo as sugestões são importantes no desenvolvimento da ciência, visto que estas,
apresentam novas temáticas de pesquisa, por levantarem novas questões de pesquisas bem como

23
as hipóteses abrindo desse modo o caminho a outro campo de pesquisa ou estudo a outros
pesquisadores.

2.1.3 Elementos Pós-Textuais

2.1.3.1 Referências Bibliográficas.


Nesta secção, o estudante deve apresentar a relação de todas as fontes e/ou obras consultadas e
usadas na elaboração do projecto ou protocolo, tendo sempre em conta que estas devem estar
citadas no corpo do projecto, respeitando o modelo APA. Deve-se assegurar que obras ou fontes
somente de autores citados no texto do projecto é que devem aparecer na lista de bibliografia.
Não devem ser usadas fontes ou obras sem data de publicação, ou seja, referências não
fidedignas. (veja o anexo 9).
A lista das referências bibliográficas devem estar sequenciadas por ordem alfabética dos
apelidos dos autores, respeitando o modelo APA, devendo no entanto cada fonte consultada ser
redigida de acordo com o escrupuloso respeito das regras preconizadas no ISGE-GM, isto é, em
modelo APA.

2.1.3.2 Glossário
É definida como uma lista alfabética de palavras ou expressões poucas conhecidas, que podem
ser das línguas locais ou estrangeiras, termos ou expressões técnicas acompanhadas de definições
ou traduções. (Veja o anexo 10)

2.1.3.3 Apêndices
É a apresentação de todos os materiais complementares trabalhados pelo próprio pesquisador
(autor do texto), tais como instrumentos de recolha de dados (tabelas, quadros, gráficos e outras
ilustrações).
Exemplo:

Apêndice A – Instrumento de Colecta de Dados

24
2.1.3.4 Anexos
São todos os materiais complementares não trabalhados pelo próprio pesquisador (autor), isto é,
material em que o autor não tem nenhuma influência na sua elaboração. Estes materiais devem
ser esclarecedores e as mesmas apenas devem ser incluídas quando for estreitamente necessário
para a compreensão de partes do texto, projecto ou relatório, credenciais, cartas de autorização
entre outros documentos importantes que não figuram (constam) no texto.
Exemplo:
Anexo A – Dados estatísticos no Ministério das Ciência e Tecnologia ensino Superior e
técnico profissional. (Número e Nomes de Instituições do ensino Superior Existentes em
Moçambique)

Para melhor esclarecimento da existência dos anexos do documento é necessário e


conveniente, que sempre faça, no corpo do texto, remissões aos apêndices e anexos, de forma a
orientar a leitura e propiciar a verificação e comprovação de seus argumentos.

3. PROJECTO OU PROPOSTA DE INVESTIGAÇÃO

É um documento que apresenta um plano do método utilizado no desenvolvimento de um


trabalho acadêmico que pretende gerar certa pesquisa. Segundo Marconi e Lakatos (2010, p.
198) “projecto é uma das etapas de componentes do processo de elaboração, execução e
apresentação da pesquisa”.
Este documento tem como objectivo apresentar de forma clara as etapas que serão
realizadas na elaboração do trabalho, fornecendo dessa forma todos os elementos que confirmem
a sua importância, e pertinência do estudo. Para a sua elaboração o mesmo necessita de ser
planeado com extremo rigor, caso contrário o investigador, em determinada altura, encontrar-se á
perdido num universo de dados colhidos. (Marconi & Lakatos, 2010).
Para a elaboração do projecto é necessário definir os objetivos e nesta base estabelecer o
tipo de projecto a ser desenvolvido. Numa primeira fase é necessário fazer o levantamento de
dados preliminares de forma a melhorar sua escolha a metodologia especifica para o estudo e
avaliação das etapas seguintes.

25
3.1 Estrutura de projecto de pesquisa
Os trabalhos científicos, em geral, apresentam a mesma estrutura: Elemento pré-textuais,
elementos textuais, e elementos pós-textuais.
Figura 3. Estrutura do projecto
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
capa
folha de rosto
Lista de abreviaturas
Índice de tabelas, figuras e quadros
Resumo do projecto ou proposta de pesquisa. (português e Inglês)
Palavras-chave ( português e Inglês)
sumário/ Índice

ELEMENTOS TEXTUAIS
Introdução ou apresentação:
Contextualização de forma breve
Definição dos objectivos
Hipóteses ou questões de pesquisa
Relevância da pesquisa (justificativa)
Estrutura do projecto de pesquisa

Fundamentação Teórica ou Quadro teórico:


Fazer a revisão da literatura de especialidade, cujo objectivo é a
apresentação do que sabe sobre o tema indicar as lacunas existentes e
onde se encontram os principais fundamentos teóricos e metodológicos.

Metodologia ou Estratégias de acção


Desenho do estudo, indicando o Método de Pesquisa;
Local de Estudo; População, amostra ou participantes, incluindo
amostragem e calculo do tamanho de amostra; Variáveis;
Técnicas e Instrumentos de pesquisa (entrevistas, questionários,
observação directa ou inquéritos…); Análise de dados; Aspectos
Éticos a serem observados durante a pesquisa; Resultados Esperados

Orçamento físico-financeiro
Cronograma

ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Referências
Anexos e/ou Apêndices (Instrumentos de recolha de dados, Orçamento
e Cronograma)

26
Na estrutura do projecto os elementos pré-textuais são: Capa, Folha de rosto e Sumário.
Os elementos textuais são: a introdução que inclui o tema e título do projecto; a
Justificativa; o problema da pesquisa; Formulação de hipóteses ou questões de pesquisa,
Objectivos que podem ser gerais e específicos. a revisão da literatura ou referencial teórico,
Metodologia. Considerações finais que inclui forma de acompanhamento, avaliação e controle
do projecto por desenvolver.
E os elementos pós-textuais são: o cronograma e orçamento, instrumento(s) de pesquisa,
as referências bibliográficas, os apêndices e anexos
Nesta estrutura serão definidos e descritos o cronograma e orçamento, e os instrumento
(s) de pesquisa, por entender que os restantes elementos já foram apresentados ao logo do
documento.

3.1.1 Cronograma e orçamento


É o espaço destinado a descrição das etapas e dos passos para a execução do experimento
correspondendo aos objectivos. Para a elaboração do cronograma e necessário responder a
seguinte questão: quando?.
Neste contexto, e segundo Marconi & Lakatos (2010) a pesquisa deve ser dividida em
partes, fazendo-se a previsão do tempo necessário para passar de uma fase a outra. Porúm
algumas fases podem ser executadas simultaneamente, pelo pesquisador ou membros da equipe.
É de extrema importância lembrar que algumas fases dependem das anteriores.
Por exemplo: a fase da análise e interpretação dos dados depende da codificação e
entabulação dos mesmos, e esta fase só é passível de execução quando ou depois de colhidos os
dados.
Ex. Cronograma de actividades (modelo)do projecto
Período
Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun Jul. Ago. Set
Atividade
Escolha do assunto x
Delimitação do tema x
Levantamento bibliográfico x x
Elaboração do projecto x

27
Entrega do projecto x
Apresentação do projecto x

Quando necessário é sempre recomendado dar a resposta a seguinte questão: com


quanto?. A resposta a esta questão tem como objectivo saber quanto será necessário investir em
termos financeiros para a realização do projecto.

3.1.2 Instrumento(s) de Pesquisa


O(s) instrumento(s) de pesquisa vem como um indicativo de como a pesquisa será realizada, e
estes devem ser anexados ao projecto.
Os instrumentos devem ser seleccionados ou elaborados segundo as técnicas escolhidas
para a colecta de dados. Sendo da obrigação do pesquisador a sua escolha ou elaboração dos
tópicos dos mesmos seguindo um dos tipos aqui alistados: entrevista, questionário e formulário,
testes ou escalas de medida de opiniões e atitudes.
O uso destes instrumentos deve ser feito, dispensando-se tal quesito quando o
pesquisador ou os membros da equipe se encontram apenas no caso em que a técnica escolhida
for a de observação.

4. CITAÇÕES
As Normas da APA empregam no seu todo o sistema autor-data nas regras das citações, ou seja,
sobrenome do autor, vírgula e o ano de publicação. Sendo colocada a numeração da página
quando se trata de uma citação directa. Nesse caso, usa-se o sobrenome do autor citado, vírgula,
ano, vírgula seguido de “p.” e o número da página. Com relação aos sobrenomes dos autores das
obras, existem algumas especificidades, por exemplo, não se usa o sufixo Jr.
Os modelos básicos de citação são:
a) transcrição textual de parte da outra do autor consultado;
b) texto baseado na obra do autor consultado;
c) referência directa ou indirecta de um texto em que não se teve acesso ao original.

28
4.1 ASPECTOS GERAIS
4.1.1 Uso da vírgula e Uso do ‘e’, ‘and’ ou ‘y’.
A vírgula é usada quando é necessário separar o sobrenome do nome do autor, tanto na citação
no corpo do texto, quanto nas referências.
Exemplo na citação:

Simbine, Cossa e Cuco (2000)


(Simbine, Cossa, & Cuco, 2000)

Exemplo na referência:

Simbine, F., Cossa, J. H., & Cuco, D. C. (2000). Contabilidade de Sistemas Informáticos (1ª ed.).
Maputo: Plural Editora.

E usa se “e”, “and” e “y” quando os autores estiverem fora dos parênteses, e antes do último
autor. Neste caso o “e” e para artigo em português, ‘and’ para artigo em inglês e ‘y’ para artigo
em espanhol.

Exemplo na citação:

Cossa e Zugunze (2016)


Cossa and Zugunze (2016)
Cossa y Zugunze (2016)

Exemplo na referência:

Cossa, D. D., & Zugunze, J. S. (2016). Signification Learning (3rd ed.). Maputo: Texto Editora.

4.1.2 Uso do &


O “&” é usado quando é necessário separar o sobrenome do último autor citado entre parênteses.
Este elemento e valido para artigos em português, inglês e espanhol.

29
Exemplo na citação:

(Simbine, Cossa, & Cuco, 2000)


(Cossa & Zugunze, 2016))

Exemplo na referência:

Simbine, F., Cossa, J. H., & Cuco, D. C. (2000). Contabilidade de Sistemas Informáticos (1ª ed.).
Maputo: Plural Editora.
Cossa, D. D., & Zugunze, J. S. (2016). Signification Learning (3rd ed.). Maputo: Texto Editora.

4.1.3 Estilos de citação com autores


Tipos de Primeira citação Citações Primeira citação Citações
Citação fora dos parênteses subsequentes dentro dos parênteses subsequentes
Um autor Khossa (2018) Khossa (2018) (Khossa, 2018) (Khossa, 2018)
Cuco e Marra Cuco e Marra (Cuco e Marra,
Dois autores (Cuco e Marra, 2001)
(2001) (2001) 2001)
Oliveira, Chieregato,
Três, quatro e (Oliveira, Chieregato, (Oliveira et al.,
Perez e Gomes Oliveira et al. (2002)
cinco autores Perez & Gomes, 2002) 2002)
(2002)
Seis ou mais (Malume et al.,
Malume et al. (2003) Malume et al. (2003) (Malume et al., 2003)
autores 2003)
Instituto Superior de (Instituto Superior de
Gestão e Gestão e
Autor entidade
Empreendedorismo ISGE-GM (2015) Empreendedorismo (ISGE-GM, 2015)
/ individual
Gwaza Muthini Gwaza Muthini [ISGE-
(ISGE-GM) (2015) GM], 2015)
Instituto Nacional de (Instituto Nacional de
Estatística (INE) e Estatística [INE] &
Autor entidade
Fundo Nacional de INE e FNI (2017) Fundo Nacional de (INE & FNI, 2017)
/ grupo
Investigação (FNI) Investigação [FNI],
(2017) 2017)

30
4.1.4 Quando usar ‘p.’ ou ‘pp.’
Usa-se o “p” quando o autor faz a citação directa e nas referências indicando apenas uma página
citada. E usa se “pp” no caso onde o autor faz a citação de mais de uma página citada.

Exemplo na citação:

Almeida, Parisi e Pereira (2000, p. 37)


Almeida, Parisi e Pereira (2000, pp. 37-38)

Exemplo na referência:

Almeida, L. B., Parisi, C., & Pereira, C. A. (2000). Controladoria. In A. Catelli (Coord.),
Controladoria: Uma abordagem da gestão econômica – GECON (pp. 36-37). São Paulo:
Atlas.

4.2 Citação Directa


É entendido como a transcrição literal de trecho do texto original esta é introduzida no texto com
o objectivo de esclarecer ou complementar as ideias do autor, sendo obrigatório a
menção/indicação da página ou do número do parágrafo para material sem paginação.
Neste contexto, é necessário obedecer a seguinte regra se a citação compreende menos de
40 palavras, a parte citada é incorporada ao texto e apresenta-se entre aspas duplas. E quando a
parte citada contém mais de 40 palavras, esta deve ser apresentada em um bloco de texto
separado sem aspas.
Para a última forma de apresentação o texto ou bloco de texto deve iniciar com um recuo
de 1,25cm da margem esquerda, e se houver mais de um parágrafo dentro da parte citada, recue a
primeira linha de cada parágrafo com mais 1,25cm. Sendo obrigatório o uso do espaçamento
simples nos blocos de citação directa. No fim do bloco deve se informar a fonte citada e o
número de página ou parágrafo entre parênteses.

31
4.3 Modelos de citações directas
4.3.1 Citações com menos de 40 palavras
Em texto onde a citação directa contém menos de 40 palavras, o conteúdo citado deve ser
mantido no corpo do texto e dentro de aspas duplas.

Exemplo:

Segundo Reis (2010, p. 62), “a pesquisa qualitativa é baseada na observação de fatos, de


acontecimentos ou de validação dos conhecimentos e ainda a possibilidade de generalizar os
resultados”

4.3.2 Citações acima de 40 palavras


Em texto onde a citação direta ultrapassa 40 palavras, o conteúdo da citado é apresentado em um
bloco independente, numa nova linha com recuo de 1,25 cm do parágrafo da margem esquerda,
com o espaçamento simples e tamanho de fonte igual à do texto: exemplo: Times New Roman,
12.
Exemplo:

“A discussão da problemática levantada pelo texto, bem como a reflexão a que ele conduz, devem
levar o leitor a uma fase de elaboração a uma fase de elaboração pessoal ou de síntese. Trata-se de
uma etapa ligada antes à construção lógica de uma redacção do que à leitura como tal. De
qualquer modo, a leitura bem feita deve possibilitar ao estudioso progredir no desenvolvimento
das ideias do autor, bem como daqueles elementos relacionados com elas”. (Severino, 2007, p.
62).

4.3.3 Citação directa de material da internet sem paginação


A função de um texto qualquer citação é permitir a comprovação ou aprofundamento do tema
pelo leitor. Esta função é também para as informações relactivas aos documentos electrônicos
onde é necessário citar a fonte — endereço electrônico —, de forma a permitir que qualquer
pessoa possa percorrer o mesmo caminho.

32
Para as citações directas de material electrônico é necessário informar o autor, o ano e o
número de página entre parênteses do texto citado. Contudo, nesse tipo de material (fontes
electrônicas) na maioria das vezes não é indicado os números de página, sendo que para esses
tipos de casos aconselha-se a usar o número de parágrafo. E se o texto for longo e sem
paginação, a recomendação na citação é de fazer o uso do título abreviado entre aspas para a
citação entre parênteses.
4.3.4 Citação com alteração da fonte original

4.3.4.1 Supressão de texto


Nas normas APA para fazer a supressão de texto usa-se recticências com pontos separados por
espaços para indicar que o texto foi suprimido. Em caso de supressão de texto entre duas orações
usa-se quatro pontos, onde o primeiro serve para indicar o final da primeira oração citada e os
outros são os pontos das recticências. Não sendo recomendado o uso de recticências no início ou
fim da oração, a menos que, para prevenir enganos de interpretação, você precise enfactizar que
a citação começa ou termina no meio da frase.

Exemplo:

“uma hipótese é uma afirmação provisória que nos propomos a verificar, . . .


recorrendo aos procedimentos de análise.” (Bardin, 2008, p.124)

4.3.5 CITAÇÃO INDIRECTA


É a transcrição das ideias ou conceitos do autor consultado, porém escritos com as próprias
palavras do redator do texto. Neste tipo de citação o autor (redator do texto) tem a liberdade de
parafrasear ou referir-se a uma ideia contida em outro trabalho (Almeida, Lopes, Camilo & Choi,
2016).
Na citação indirecta não há uma exigência de informar o número de página ou de
parágrafo, mas pode ser feito quando se quer auxiliar um leitor interessado a localizar a
passagem citada em um texto longo ou complexo.

Exemplo:

33
Conforme Martins & Theóphilo (2009), a pesquisa quase-experimental, consiste
na aplicação do método experimental (experimento) em situações em que não é
possível atingir o mesmo grau de controle dos delineamentos experimentais
autênticos.

4.3.6 Citação de Citação


É a transcrição directa ou indirecta (citação de citação ou fontes secundárias) de uma obra na
qual o redator não tem ou teve acesso. Nota que se recomenda o uso moderado deste tipo de
citação e se possível, deve ser evitada.
A forma correcta de uso deste tipo de citação consiste primeiro em indicar o autor da obra
original e o ano (se possível), logo após acrescentar “como citado em” (artigo em português) e
“as cited in” (artigo em inglês), autor, ano e página da obra utilizada para consulta. Na lista de
referências só é indicado apenas os dados da obra consultada.

Exemplo na citação:

“O raciocínio- parte essencial de um trabalho, não se desencadeia quando não


se estabelece devidamente o problema”. (Serino, 2000 como citado em
Boaventura, 2007, p.80)

Although the proposed categorizations contribute to an understanding of this


phenomenon, “a way of seeing is a way of not seeing” (Poggie, 1965 as cited
in Van de Ven & Poole, 1995, p. 510).

Exemplos na referência

Boaventura Edivaldo M. (2007). Metodologia da Pesquisa. Monografia Dissertação Tese. São


Paulo: Editora atlas.

Van de Ven, A. H., & Poole, M. S. (1995). Explaining development & change inorganizations.
The Academy of Management Review, 20(3), 510-540.

34
4.4 Outros Modelos de Citação
Nos itens a seguir serão apresentadas observações gerais e modelos em relação às diversas
formas de citações. Estes modelos fazem parte da norma para trabalhos científicos da APA.
4.4.1 Citação com um ou dois autores
Quando a citação tiver um autor, deve colocar o sobrenome do mesmo iniciando com a letra
maiúscula e no restante minúscula. Este critério é usado tanto para a citação dentro ou fora de
parênteses

Exemplo na citação:

Boaventura (2007)
(Boaventura, 2007)

Exemplo na referência.

Boaventura Edivaldo M. (2007). Metodologia da Pesquisa. Monografia Dissertação Tese.


São Paulo: Editora atlas.

Quando a citação tiver dois autores, deve se colocar os sobrenomes dos mesmos mantendo a
primeira letra maiúscula e no restante minúscula.

Exemplo na citação

Silvestre e Araújo (2012)


(Silvestre & Araújo (2012)

Exemplo na referência:

Silvestre, Hugo C. & Araújo Joaquim F. (2012). Metodologia para a Investigação Social.
Lisboa: Escolar editora.

35
4.4.1.1 Citação com três a cinco autores
Quando a citação tiver três a cinco autores na primeira citação, deve se indicar o sobrenome de
todos os autores (sejam três, quatro ou cinco), e estes podem estar dentro ou fora de parênteses,
seguidos do ano de publicação.
Porém nas citações subsequentes, deve se indicar o primeiro sobrenome seguido de et al.
e a data de publicação.

Exemplo na citação:

1ª citação dentro e fora dos parênteses


Zago, Carvalho e Vilela (2003)
(Zago, Carvalho & Vilela, 2003)

Citações subsequentes
Zago et al. (2003)
(Zago et al. 2003)

Exemplo na referência:

Zago, Nadir. Carvalho, Marlia P. & Vilela, Rita A. T. (2003). Itinerários de pesquisa:
Perspectivas qualitativas em sociologia da Educação. Rio de Janeiro: Lamparina

4.4.1.2 Citação com seis ou mais autores


Na norma APA quando a citação tiver mais de seis autores, cita-se o sobrenome do primeiro
seguido de et al. e a data de publicação. Porém, nas referências, é preciso acrescentar todos os
autores da obra.

Exemplo na citação:

Ford et al. (2003)

36
(Ford et al., 2003)

Exemplo na referência:

Ford, E. W., Duncan, W. J., Bedeian, A. G., Ginter, P. M., Rousculp, M. D., & Adams, A. M.
(2003). Mitigating risks, visible hands, inevitable disasters, and soft variables: Management
reasearch that matters to managers. Academy of Management Executive, 17(1), 46-60.

4.4.1.3 Citação com autores com mesmo sobrenome


Quando o redator quiser fazer a citação de diversos autores com o mesmo sobrenome, este deve
primeiro colocar as iniciais do nome em todas as citações depois o sobrenome no texto, mesmo
que seja de anos diferentes.

Exemplo na citação:

E. C. Cossa (2005)
(E. C. Cossa, 2005)
A. G. Cossa e Robles (2008)
(A. G. Cossa & Robles, 2008)

Exemplo na referência:

Cossa, E. C. (2005). Como administrar o fluxo de caixa das empresas. São Paulo: Atlas.
Cossa, A. G., & Robles Jr., A. (2008) Os impactos na actividade de auditoria independente com
a introdução da lei Sarbanes-Oxley. Revista Contabilidade & Finanças, 19(48), 112-127.
Recuperado de http://www.eac.fea.usp.br/cadernos/completos/48/adrianoantonio-
pg103a111.pdf

37
4.4.1.4 Citação de um mesmo autor com mesma data de publicação
Quando o texto conter diversos documentos do mesmo autor, publicados num mesmo ano, e
necessário que no corpo do texto, coloque se depois do ano de publicação os sufixos a, b e c, sem
espaçamento e em ordem alfabética. Na lista de referências, são ordenados alfabeticamente pelo
título.

Exemplo na citação:

Porter (1999a)
Porter (1999b)
Porter (1999c)
(Porter, 1999a, 1999b, 1999c)

Exemplo na referência:

Porter, M. E. (1999a). Competição: Estratégias competitivas essenciais (2a ed.). Rio de Janeiro:
Campus.
Porter, M. E. (1999b). Competitive advantage of nations (2nd ed.). London: Macmillan.
Porter, M. E. (1999c). Estratégia: A busca da vantagem competitiva (3a ed.). Rio de Janeiro:
Campus.

4.4.1.5 Citação de capítulo de livro


Quando se está diante da citação de um capitulo de livro primeiro são referenciados os autores do
capítulo, e depois identificando os demais dados da obra na referência bibliográfica.

Exemplo na referência:

Almeida, L. B., Parisi, C., & Pereira, C. A. (1999). Controladoria. In A. Catelli (Coord.),
ontroladoria: Uma abordagem da gestão econômica – GECON (pp. 369-381). São Paulo:
Atlas.

38
4.4.1.6 Citação de site inteiro
Quando se faz a citação de web site inteiro deve ser apresentada no corpo do texto com o
endereço do site completo e data de recuperação dos dados pesquisados, não sendo preciso listar
o site nas referências.

39
REFERÊNCIAS
Almeida, Andreia de. Lopes, E. dos Santos Souza. Camilo, Jeam T. da Silva & Choi, Vania M.
Picanco. (2016). Manual APA:regras gerais de estilo e formatação de trabalhos acadêmicos.
São Paulo:FACAP.
Bardin, Lourence. (2008). Analise de Conteudo. Lisboa: Edições 70
Boaventura Edivaldo M. (2007). Metodologia da Pesquisa. Monografia Dissertação Tese. São
Paulo: Editora atlas.
França, J. Lessa. & Vasconcellos, A. Cristina de. (2009). Manual para Normalização de
Publicações Técnico-Científicas. Belo Horizonte: Editora UFMG.
Marconi, M. de Andrade & Lakatos, E. Maria. Fundamentos de Metodologia Científica. São
Paulo. Editora Altras.
Silvestre, Hugo C. & Araújo Joaquim F. (2012). Metodologia para a Investigação Social. Lisboa:
Escolar editora.
Swerts, Mário Sérgio Oliveira. (2014). MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS
CIENTÍFICOS. Alfenas: UNIFENAS.
Zago, Nadir. Carvalho, Marlia P. & Vilela, Rita A. T. (2003). Itinerários de pesquisa:
Perspectivas qualitativas em sociologia da Educação. Rio de Janeiro: Lamparina

40
Anexo 1 – Modelo de Capa Dura.

INSTITUTO SUPERIOR DE GESTÃO E EMPREENDEDORISMO


GWAZA MUTHINI
(Fonte – 14 negrito- centralizado)
CURSO DE LICENCIATUR EM
(Fonte – 12 negrito- centralizado)

NOME DO ESTUDANTE
(Fonte – 16 negrito- centralizado)

TITULO DO TRABALHO
SUBTITULO SE HOUVER
(Fonte – 16 negrito- centralizado)

MARRACUENE
MÊS /ANO
(Fonte - 12 – negrito – centralizado - espaço duplo)

Anexo 2. Modelo de Lomdada.

41
A função dos 3cm na parte de baixo da lombada é a de garantir o espaço para a colocação da
etiqueta de identificação da biblioteca.

42
Anexo 1 C: Modelo de Folha de Rosto

NOME (S) DO(S) AUTOR(ES)


(Fonte – 14 negrito- centralizado)

TITULO DO TRABALHO
SUBTITULO SE HOUVER
(Fonte – 14 negrito- centralizado)

Trabalho de __________________
apresentado ao Instituto Superior de
Gestão e Empreendedorismo Gwaza
Muthini – ISGEGM. Como requisito
parcial para a obtenção do grau de—em
------- sob orientação de------

Fonte normal 10 espaçamentos simples


justificado

Supervisor: Prof. ___________________

Fonte normal 10 espaçamentos simples


justificado

MARRACUENE
MÊS /ANO
(Fonte - 12 – negrito – centralizado - espaço duplo)

43
Anexo 2. Modelo de Composição Institucional e Ficha Catalográfica
Margem superior: 3cm

INSTITUTO SUPERIOR DE GESTÃO E EMPREENDEDORISMO


GWAZA MUTHINI – ISGEGM

Nome do Reitor ou Director da Instituição


Nome do diretor Pedagógico da Instituição
Nome do Director dos cursos (licenciatura, mestrado ou doutorado)
Nome do coordenador dos cursos (licenciatura, mestrado ou doutorado)
Nome do coordenador do curso (licenciatura, mestrado ou doutorado)

FICHA CATALOGRAFICA

Nome do autor

Titulo do trabalho, local de publicação e ano


Número de folhas
Exemplo: 123 f.
Supervisor:
Dissertação/ tese ou monografia – Instituto Superior de
Gestão e Empreendedorismo Gwaza Muthini. Curso
realizado
Palavras-chaves no mínimo de três e máximo cinco

CDD

Esta ficha é obrigatória apenas para as dissertações de


mestrado e teses de doutorado.

44
Anexo 3. Modelo de Folha de Aprovação

Nome do(s) Autor(es)


Fonte 12 - negrito – centralizado (3 tres espaços 1,5)

Titulo do trabalho
Fonte 12 - negrito – centralizado (3 tres espaços 1,5)

Tipo do trabalho (trabalho de conclusão, monografia, dissertação) apresentando(a) ao


Instituto Superior de Gestão e Empreendedorismo – ISGEGM, como requisito parcial para a
obtenção do título de __________________ (licenciado, Mestre ou Doutor) em
_________________________________ (nome do curso). (fonte 12 justificado)

Comissão do Júri: (Fonte 12, negrito)


(3 três espaços 1,5)

____________________________________________________
Titulo acadêmico, Nome, (Fonte 12, negrito)
Nome da Instituição de origem do membro do júri.
(3 três espaços 1,5)

____________________________________________________
Titulo acadêmico, Nome, (Fonte 12, negrito)
Nome da Instituição de origem do membro do júri.
(3 três espaços 1,5)
____________________________________________________
Titulo acadêmico, Nome, (Fonte 12, negrito)
Nome da Instituição de origem do membro do júri.
(3 três espaços 1,5)

____________________________________________________
Titulo acadêmico, Nome, (Fonte 12, negrito)
Nome da Instituição de origem do membro do júri.

Marracuene, data da defesa por extenso.


(Fonte 12, negrito - centralizado)

45
Anexo 4 - Modelo de Lista de Figuras e de Tabelas

Lista de Figuras

Figura 1 Modelos de Sistema de Informação .............................................2


Figura 2...........................................................................................................3

Lista de tabelas

Tabela 1. Cargos oferecidos pelo mercado de trabalho...............................2


Tabela 2............................................................................................................3

46
Anexo 5 - Lista de Abreviaturas e Siglas

Lista de Abreviaturas e Siglas

AVA Ambiente Virtual de Aprendizagem


AVAs Ambientes Virtuais de Aprendizagem
CEP Comitê de Ética em Pesquisa
GC Grupo de Controle
GE Grupo de Experimental
HTML HyperText Markup Language
NA Nota da Avaliação
NF Nota de Final
NTQ Número de total de Questões

Lista de Símbolos

@ Arroba
% Por cento
Al Alumínio
B Boro
C Carbono
Ca Cálcio

47
Anexo 6. Modelo de Sumário (Deve ser automático)

Sumário

Introdução..................................................................................................................................15
1.1 Objectivos...............................................................................................................................17
1.1.1 Objectivo geral.....................................................................................................................17
1.1.2 Objectivos específicos...........................................................................................................17
1.2 Justificativa da escolha........................................................................................................17
1.3 Problema...............................................................................................................................18
1.4 Metodologia da pesquisa.....................................................................................................19
2 Educação de Jovens e Adultos...............................................................................................23
2.1 Pedagogia X Andragogia......................................................................................................25
2.2 Andragogia e o ensino superior..........................................................................................32
2.3 O enceja.................................................................................................................................34
3 O Ensino Superior Noturno...................................................................................................38
3.1 Os professores do ensino superior noturno........................................................................49
3.2 Revisão da leitura sobre o ensino noturno.........................................................................52
3.3 Dificuldades dos alunos no ensino superior........................................................................65
4 Pesquisa de Campo..................................................................................................................68
4.1 Sujeitos da pesquisa..............................................................................................................70
4.2 Tamanho da amostra e tipo da amostragem......................................................................71
4.3 O instrumento de pesquisa..................................................................................................72
4.4 Aplicação do instrumento de pesquisa...............................................................................75
5 Considerações Finais.............................................................................................................126
Referências................................................................................................................................131
Apêndice A – Carta de Apresentação da Pesquisa................................................................141
Apêndice B – Distribuição das Assertivas com as Cargas Fatoriais....................................145
Anexo A – Portaria n. 93, de 7 de julho de 2006...................................................................157

***este modelo e apenas ilustrativo, pois o sumário ou índice segue o


conteúdo dos trabalhos por apresentar. ***

48

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