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Angola é o pior da CPLP na liberdade de

imprensa
05-05-2023 | Fonte: Expansão

O país africano mais bem colocado no ranking da liberdade de imprensa é a Namíbia


(22.º), que perdeu 10 posições face a 2022, logo seguindo pela África do Sul (25.º, subiu
10 posições) e de Cabo Verde, que perdeu três lugares no espaço de um ano. De 2022
para 2023, Angola caiu 26 lugares no ranking da liberdade de imprensa divulgado pela
organização não-governamental Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
O País ocupa agora a posição 125 entre os 180 países analisados, quando em 2022
ocupava o lugar 99. Com esta queda, Angola passa a ser o pior colocado na Comunidade
de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
No que diz respeito à CPLP, Portugal é o mais bem classificado (9.º), seguido de perto por
Timor- Leste (10.º). Cabo Verde aparece na 33ª posição, a Guiné-Bissau é o 78.º, o Brasil
é o 92.º (uma subida de 12 lugares em apenas um ano), com Moçambique a ficar-se pela
posição 102.º e a Guiné Equatorial na 120.º. "O acesso a informações públicas e fontes
governamentais é difícil, e a censura e a autocensura continuam presentes", assegura o
relatório divulgado quarta-feira, 3 de Maio, data em que se comemora o Dia Mundial da
Liberdade de Imprensa. "Após 40 anos do clã Dos Santos no Governo, a chegada de João
Lourenço à Presidência, em Setembro de 2017, não marcou um ponto de virada para a
liberdade de imprensa.
A censura e o controlo da informação ainda pesam muito sobre os jornalistas angolanos",
considera a RSF. No capítulo do cenário mediático, este é "marcado pela predominância
dos media estatais", enfatizando que "das cerca de 120 estações de rádio, apenas 20 são
privadas".
O país africano mais bem colocado no ranking da liberdade de imprensa é a Namíbia
(22.º), que perdeu 10 posições face a 2022, logo seguindo pela África do Sul (25.º, subiu
10 posições) e de Cabo Verde, que perdeu três lugares no espaço de um ano.
No geral, a RSF considera que a liberdade de imprensa "não parece estar melhor" do que
em 2022, já que a situação é muito séria em 31 países, difícil em 42, problemática em 55 e
apenas boa ou satisfatória em 52. Sete em cada 10 países estão em muito mau estado no
que respeita ao exercício do jornalismo.
 

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