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SAMARA RODRIGUES

Estrutura e organização da Uti Neonatal e


Pediátrica

Condução do projeto composto por médicos, enfermeiros,


engenheiros, administradores, arquitetos para avaliação das
características da UTI, perfil de atendimento, taxa de ocupação
esperada, critérios de admissão e alta
Estrutura e organização da Uti Neonatal e
Pediátrica

Analise detalhada da equipe assistencial:


Enfermeiro Coordenador
Enfermeiro Plantonista 1 para cada 10 leitos
Técnico de Enfermagem 1 para cada 2 leitos
Fisioterapeuta
Medico plantonista e Medico Rotina
Fonoudiologa e Psicóloga
Estrutura e organização da Uti Neonatal e
Pediátrica

Todo planejamento da UTI deve levar em conta o cuidado centrado na


família.
Estrutura onde a uti devera ser implantada deve-se levar em conta
assistência humana e de serviços de apoio 24hs por dia
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Pediátrica

Localização:
Deve-se permitir fácil acesso a elevadores de serviço e de emergência,
unidade de emergência,centro cirúrgico, sala de RPA, laboratório, setor
de imagem ,
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Pediátrica

Estimativa e disposição de leitos:


✓Depende da população atendida, numero de cirurgias e partos anuais,números de
leitos obstetricos,taxas de recém nascidos anuais que precisaram ser transferidos para
a UTI, se a uti atenderá somente partos do hospital ou receberá transferência
✓Um hospital deve destinar 10% dos seus leitos para UTI no mínimo 5 a 8 a 12 ideal
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Pediátrica

Estimativa e disposição de leitos


•Disposição de leitos regidas por lei RDC 7
•Visualização direta monitorização continua da equipe
•Leitos divididos por boxes ou quarto individuais com distanciamento de 2 m
•Central de monitoramento
•Leitos de isolamento
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Pediátrica

Ruídos:
Conselho internacional de Ruídos determina nível aceitável 45db durante o dia, a noite
40db e na madrugada 20db,
No entretanto os níveis dos hospitais estão entre 50 e 70db.
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Pediátrica

Planta Física UTI:


-Sala de espera
-Recepção
-Vestiários e Banheiros
-Sala copa funcionários
-Sala de Reunião
-Sala chefia enfermagem
-Posto de enfermagem
-Expurgo
-Sala de armazenamento de material
-Isolamento
-Leitos de pacientes
-Lactario
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Pediátrica

Posto de Enfermagem:
Deve ser confortável, proporcionar a visualização de todos os leitos,e promover todas as funções
da equipe de trabalho deve conter:
-área destinada ao preparo de medicação,
-Iluminação adequada
-Local de estocagem de materiais e medicamentos
-Computadores e impressoras
-Armazenamento de prontuários e exames
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Pediátrica

Pisos:
Áreas restritas e semi restritas: deverão ser de pisos vinilicos em manta sem frestas e impermeáveis
Áreas não restritas: banheiros, vestiários, expurgo deverão ter piso de cerâmica

Paredes:
Áreas restritas e semi restritas: pinturas laváveis com tons pasteis e relaxantes, Desenhos lúdicos
e bordas com acabamento vinilico
Áreas não restritas: poderá ser de azulejo meia parede ou parede inteira com rodapés abaulados
para facilitar
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Pediátrica

Janelas
Deverão de de vidro claro com insufilm para filtrar a luz solar. Uso de cortinas é permitido
desde que seja de material lavável permitindo desinfecção constante

Visores
Deverão estar em diversos niveis da UTI neo permitindo visualização dos pais e familiares

Armários e Bancadas:
Feitos de material lavável , tipo fórmica com tons pasteis
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Pediátrica
Pias e Lavabos:
Deverão ser de material inox com profundidade de 40 cm para permitir a lavagem e escovação das mãos.
Torneiras com hastes longas e automaticas ou de pedal para evitar contaminação

Tomadas e Iluminação:
Tomadas de 110w recomenda-se um quantitativo de 11 por leito e de 220w 01 a cada 2 leitos.
Lâmpadas deverão ser fluorecentes com dispositivos de regulação da luminosidade

Ventilação, Umidade e Temperatura:


Ar condicionado central ou individual, manutenção da temperatura de a 25 a 27° e umidade relativa de 40 a
50%
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Oxigênio, Ar comprimido e Vácuo:


Recomenda ter 2 saídas destes em cada leito
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Pediátrica
Art. 68. Cada leito de UTI Neonatal deve possuir, no mínimo, os seguintes equipamentos e
materiais:
I - incubadora com parede dupla;
II - equipamento para ressuscitação manual do tipo balão auto-inflável com reservatório e
máscara facial: 01(um) por leito, com reserva operacional de 01 (um) para cada 02 (dois) leitos;
III - estetoscópio;
IV - conjunto para nebulização;
V - Dois (02) equipamentos tipo seringa para infusão contínua e controlada de fluidos ("bomba
de infusão"), com reserva operacional de 01 (um) para cada 03 (três) leitos;
VI - fita métrica;
II - equipamentos e materiais que permitam monitorização contínua de:
a) freqüência respiratória;
b) oximetria de pulso;
c) freqüência cardíaca;
d) cardioscopia;
e) temperatura;
f) pressão arterial não-invasiva.
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Pediátrica
Art. 69. Cada UTI Neonatal deve dispor, no mínimo, de:
I - berços aquecidos de terapia intensiva para 10% dos leitos;
II - equipamento para fototerapia: 01 (um) para cada 03 (três) leitos;
III - estadiômetro;
IV - balança eletrônica portátil: 01 (uma) para cada 10 (dez) leitos;
V - oftalmoscópio;
VI - otoscópio;
VII - material para punção lombar
VIII - material para drenagem liquórica em sistema fechado;
IX - negatoscópio;
X - capacetes e tendas para oxigenoterapia: 1 (um) equipamento para cada 03 (três) leitos, com
reserva operacional de 1 (um) para cada 5 (cinco) leitos;
XI - materiais para aspiração traqueal em sistemas aberto e fechado;
XII - aspirador a vácuo portátil;
XIII - capnógrafo: 01 (um) para cada 10 (dez) leitos;
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Pediátrica
XIV - ventilador pulmonar mecânico microprocessado: 01 (um) para cada 02 (dois) leitos, com
reserva operacional de 01 (um) equipamento para cada 05 (cinco) leitos devendo dispor cada
equipamento de, no mínimo, 02 (dois) circuitos completos.
XV - equipamento para ventilação pulmonar não-invasiva: 01(um) para cada 05 (cinco) leitos,
quando o ventilador pulmonar microprocessado não possuir recursos para realizar a
modalidade de ventilação não invasiva;
XVI - materiais de interface facial para ventilação pulmonar não invasiva (máscara ou pronga): 1
(um) por leito
XVII - materiais para drenagem torácica em sistema fechado;
XVIII - material para traqueostomia;
XIX - foco cirúrgico portátil;
XX - materiais para acesso venoso profundo, incluindo cateterização venosa central de inserção
periférica (PICC);
XXI - material para flebotomia;
XXII - materiais para monitorização de pressão venosa central;
XXIII - materiais e equipamento para monitorização de pressão arterial invasiva;
XXIV - materiais para cateterismo umbilical e exsanguíneo transfusão;
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XXVI - eletrocardiógrafo portátil disponível no hospital;
XXVII - kit ("carrinho") contendo medicamentos e materiais para atendimento às emergências:
01 (um) para cada 05 (cinco) leitos ou fração;
XXVIII - equipamento desfibrilador e cardioversor, com bateria, na unidade;
XXIX - equipamento para aferição de glicemia capilar, específico para uso hospitalar: 01 (um)
para cada 05 (cinco) leitos ou fração, sendo que as tiras de teste devem ser específicas para
neonatos;
XXX - materiais para curativos;
XXXI - materiais para cateterismo vesical de demora em sistema fechado;
XXXII - incubadora para transporte, com suporte para equipamento de infusão controlada de
fluidos e suporte para cilindro de oxigênio: 01 (uma) para cada 10 (dez) leitos ou fração;
XXXIII - equipamento(s) para monitorização contínua de múltiplos parâmetros (oximetria de
pulso, cardioscopia) específico para transporte, com bateria: 01 (um) para cada 10 (dez) leitos
ou fração;
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Pediátrica
XXXIV - ventilador pulmonar específico para transporte, com bateria: 01 (um) para cada 10
(dez) leitos ou fração;
XXXV - kit ("maleta") para acompanhar o transporte de pacientes graves, contendo
medicamentos e materiais para atendimento às emergências: 01 (um) para cada 10 (dez) leitos
ou fração.
XXXVI - cilindro transportável de oxigênio;
XXXVII - relógio e calendário de parede;
XXXVIII - poltronas removíveis, com revestimento impermeável, para acompanhante: 01 (uma)
para cada 05 leitos ou fração;
XXXIX - refrigerador, com temperatura interna de 2 a 8°C, de uso exclusivo para guarda de
medicamentos: 01 (um) por unidade, com conferência e registro de temperatura a intervalos
máximos de 24 horas.
Atendimento ao Rn na sala de PARTO
A mortalidade infantil e na infância é um dos principais indicadores que subsidiam a qualidade da
Saúde para gestantes, recém-nascidos e crianças menores de 5 anos.

De acordo com o Cenário da Infância e Adolescência 2021, da Fundação Abrinq, a taxa de


mortalidade infantil — menores de 1 ano — é de 12,4 para cada 1.000 nascidos vivos e a mortalidade
na infância — menores de 5 anos — é de 14,4 para cada 1.000 nascidos vivos.

O indicador é preocupante, uma vez que 65,8% dos óbitos de crianças menores de 1 ano poderiam
ser evitados, sendo 54,6% por melhorias na assistência à mulher durante a gravidez, parto ou recém-
nascido, 6,4% por meio de ações de tratamento e diagnóstico adequados e 4,8% por ações de
promoção à Saúde.

De acordo com a meta 3.2 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o Brasil precisa, até 2030,
enfrentar as mortes evitáveis de recém-nascidos e crianças menores de 5 anos, objetivando reduzir a
taxa da mortalidade infantil para no máximo cinco por 1.000 nascidos vivos e a mortalidade na
infância para no máximo oito por 1.000 nascidos vivos
No Brasil, 35.293 crianças foram a óbito no primeiro ano de
vida em 2019 e, destes, 52% (18.402) ocorreram na primeira
semana de vida. Dentre os 18.402 óbitos, em 3.775 (20%) RN
a causa do óbito esteve associada à asfixia perinatal.
Considerando os neonatos com peso de nascimento ≥2.500g e
sem malformações congênitas, 5-6 morrem por dia no país na
primeira semana de vida por causas associada à asfixia
perinatal. A maior parte dos óbitos (71%) ocorre no primeiro
dia de vida.
Para que possamos melhorar esse cenário temos
que implementar medidas tais como:
-Fortalecimento de políticas públicas para
acompanhamento das gestantes no pré natal,
parto e puerpério
-Capacitação de profissionais para um
atendimento a essas gestantes e Rn
- Comitês de mortalidade infantil para diagnosticar
as principais causas de mortalidade e propor
medidas para a prevenção dos mesmos.
Recém nascido: do nascimento até o 28 dia

Neo: novo Nato: nascimento

O neonato:
Vunerável
Diversos riscos adaptção vida extra uterina
60% 70% dos óbitos nesta fase
Periodo critico nos 6 primeiros dias
Ao nascer
Passa por diversos cuidados de equipe multidisciplinar
-Agilidade no atendimento
-Atenção
- Conhecimento
-Comunicação efetiva
O preparo para a assistência:
Coleta de dados maternos:
Idade menor que 16 ou maior 35 anos
Idade gestacional menor que 39 e maior 41 semanas
Diabetes
Gestação múltipla
Síndromes hipertensivas
Rotura prematura das membranas
Doenças maternas
Polidrâmnio ou oligoâmnio
Infecção materna
Diminuição da atividade fetal
Aloimunização ou anemia fetal
Sangramento no 2o ou 3o trimestre
Uso de medicações
Discrepância de idade gestacional e peso
Uso de drogas ilícitas
Hidropsia fetal
Óbito fetal ou neonatal anterior
Malformação fetal
Ausência de cuidado pré-natal
Fatores Relacionados ao Parto
Padrão anormal de frequência cardíaca fetal
Parto cesáreo
Anestesia geral
Uso de fórcipe ou extração a vácuo
Hipertonia uterina
Apresentação não cefálica
Líquido amniótico meconial
Trabalho de parto prematuro
Prolapso ou rotura de cordão
Parto taquitócico
Nó verdadeiro de cordão
Corioamnionite
Uso de opioides 4 horas anteriores ao parto
Rotura de membranas >18 horas
Descolamento prematuro da placenta
Trabalho de parto >24 horas
Placenta prévia
Segundo estágio do parto >2 horas
Sangramento intraparto significante
Sala de Parto checada e montada com todos os materiais necessários pois equipe tem que estar focada
no atendimento ao Rn
Materiais importantes:
Materiais importantes:
Cuidados Imediatos ao Rn
Clampeamento do Cordão: 1 a 3 min – Aumento da hemoglobina x icterícia
-Rn com boa vitalidade
-Rn com complicações maternas como descolamento de placenta,
- nó e placenta previa
Manutenção da Temperatura Corporal - 36,5 -37,5

Temperatura da sala: 23-26º


Avaliação da vitalidade do Rn através do boletim de APGAR

Se o apgar menor que 7 no


quinto min recomenda-se
utilizá-lo a cada 5 min até o
20º min de vida
“Golden hour”

Colostro
Vinculo Mãe e BB
Sucesso
Hemorragia
Prevenção da oftalmia gonococica

Eritromicina 0,5% ou Tetraciclina . MS

Nitrato de prata 2,5% SBP


Avaliação ANTROPOMÉTRICA

Peso Altura PC- iguala ao PT


no 6 mes

PT PA
Prevenção do Sangramento

Vitamina K – 1mg
Vasto lateral da Coxa
Detecção de
incompatibilidade
sanguínea

Eritroblastose Fetal –anemia, hepatomegalia,


hidropsia fetal, ictericia....

Coletar sangue do cordão para ABO e RH


Sorologia para sífilis e HIV
Se não tiver do 3 trimestre coletar
Mae não tratada tratar Rn
Penicilina e AZT
Identificação do Rn

Carimbo
DNV Pulseira
Plantar
Cuidados Mediatos

Glicemia Capilar Higiene e Banho


>40 mg/dl 24hs

Cuidados com coto


umbilical
Onfalite
Cuidados Mediatos

Vacinas BCG e Hep B

Prevenção da Dor

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