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ENGENHARIA
QUÍMICA
ENQ 010
2022
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Sumário
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1. UMA BREVE INTRODUÇÃO
Você está iniciando sua formação em Engenharia Química. A profissão que você
escolheu permite uma multiplicidade de caminhos que poucas profissões igualam. Mas,
com raras exceções, praticamente todos os caminhos e ações profissionais estarão, de
algum modo, ligados a um processo de transformação ou de fabricação de algum bem. No
entanto, agora você está estudando muita Matemática, Física e Química. No segundo ano,
estudará mais Matemática e Física, mas também Termodinâmica. Depois, Fenômenos de
Transportes, Operações Unitárias, Cinética e Reatores, Instrumentação e Controle... Você
deve estar pensando: “Céus! Que é isso tudo? Serve para quê? É isso que vim buscar
aqui??”
Bem... Você não conhece ainda como um processo industrial opera, ou de que é
feito, quais os princípios físicos e químicos que regem seu funcionamento. É natural,
portanto, a dúvida. O presente curso tem como objetivo colocar você em uma situação
privilegiada: simular que você já está no 50 ano do curso, já passou por todas as disciplinas
básicas e de formação, e vai iniciar o projeto de final de curso. Esse projeto é regularmente
feito pelos alunos no 50 ano porque exige a aplicação de todos os conhecimentos que
compõem a base da Engenharia Química. Para desenvolver o seu projeto, você também
terá de visitar todas as matérias fundamentais para sua formação, ver de que são feitas e,
principalmente, para que servem. É evidente que tudo isso será desenvolvido em um nível
que você seja capaz de aprender e aplicar.
Esperamos que você complete esta viagem conhecendo os caminhos que trilhará
nos próximos 5 anos construindo sua formação em Engenharia Química, e, desse modo,
possa fazê-lo com consciência e profundidade, aproveitando ao máximo tudo o que o curso
oferecerá.
Pese meio quilo de feijão. Verifique se não está bichado ou se não é velho e muito
duro. Escolha o feijão, retirando as impurezas (detritos e grãos danificados). Lave
cuidadosamente o feijão. Coloque em uma panela de pressão com um litro e meio de água
e aqueça até a ebulição, mantendo assim por 40 minutos. Descomprima a panela e
acrescente sal, óleo vegetal, cebola e alho. Mantenha em ebulição por mais 1 hora. Sirva
quente.
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- verificação da idade do feijão e da presença ou não de insetos e larvas: controle
de qualidade: essencial para que seu produto seja produzido com a qualidade que o
mercado exige. Na fábrica é feito em um laboratório, empregando equipamentos de medida
adequados, às vezes muito sofisticados, dependendo das medidas a serem realizadas. A
Estatística é muito empregada ali para sistematizar resultados.
- catação: operação de separação de componentes em uma mistura de sólidos,
realizada normalmente com auxílio de peneiras vibratórias ou algum outro processo
adequado ao tipo de sólido a ser separado.
- cozimento: reação química, realizada nesse caso em um reator pressurizado a 1,2
atm (panela de pressão), onde os grânulos de amido que compõe o feijão serão hidratados
e rompidos pela ação da água a alta temperatura, liberando as cadeias de amido na água.
Uma fração considerável dessas moléculas será rompida pela exposição a altas
temperaturas, 119 0C no caso (reação de pirólise), produzindo compostos de menor massa
molecular, de fácil assimilação pelo organismo humano. Essa reação é denominada
gelatinização do amido.
- adição de óleo vegetal: adição de reagente que vai interagir com as moléculas de
amido e derivados químicos resultantes da gelatinização, formando um complexo que
modifica as propriedades da suspensão obtida, de modo a evitar a retrogradação do amido
(recristalização das moléculas de amido), e promovendo uma consistência agradável ao
paladar (qualidades finais do seu produto!)
Um Engenheiro poderá inclusive desenvolver um fluxograma para mostrar como
o processo é desenvolvido. Veja na figura 1:
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Processo simplificado para produção de Açúcar de Cana:
a) A cana é lavada logo após ser descarregada do caminhão que a trouxe do canavial, para
limpar terra e outros detritos aderidos.
b) A cana é finamente picada por um picador de facas, para facilitar a extração do suco que
contém o açúcar.
c) A cana picada é alimentada a um conjunto de espremedores que separam o suco do
bagaço.
d) O caldo obtido da prensagem da cana não contém apenas açúcar. Junto são retiradas
gomas, proteínas e outros compostos orgânicos naturais da cana (você já tomou garapa?
Deve ter percebido que não é apenas água com açúcar!). Para retirar as gomas e proteínas,
o caldo recebe uma suspensão em água de hidróxido de cálcio, de modo que seu pH eleve-
se para 7,2. Isso faz com que as proteínas e gomas tornem-se insolúveis.
e) O caldo é então aquecido até 900C para aglutinar e precipitar os materiais indesejáveis.
É então alimentado a um vaso muito grande (decantador), onde permanece pelo tempo
necessário para que o material insolúvel decante e possa ser separado da fase líquida,
chamada de caldo clarificado. Este caldo contém em média 15% em massa de açúcar.
f) O caldo clarificado é transportado para evaporadores, onde é aquecido até a fervura, de
modo que a água evapore, concentrando o açúcar até em torno de 70% em massa. Como
uma solução de açúcar em água satura em uma concentração em torno de 60% a quente,
uma boa parte do açúcar presente cristaliza e separa-se do líquido.
g) A mistura de cristais de açúcar com xarope (caldo concentrado) é passada em uma
centrífuga (como aquela da sua máquina de lavar roupas), que retém os cristais e separa o
xarope.
h) Os cristais são secos com ar quente e armazenados.
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água moenda
cana cana
picador bagaço para
ser queimado
na caldeira
água com
sujeira
cana picada caldo
Ca(OH)2
decantador
0
25 C 0
90 C caldo clarificado
dosagem trocador
de calor
vapor lodo
ar úmido ar quente
evaporador centrífuga
mel
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EXEMPLO DE UM CURIOSO PROCESSO NÃO INDUSTRIAL:
O2 armazenado
H2 armazenado
Metabolismo
CO2
C2H2
O2
Reator de Sabatier
H2O H2 CH4
H2O
Eletrólise
H2O armazenado
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PRODUÇÃO DE POLIESTIRENO – ESTUDO DE CASO
- Preparação da Alimentação
Para reduzir o tempo de residência do reator, a água e o estireno da alimentação são pré-
aquecidos a uma temperatura próxima à da reação. O aquecimento da água é realizado através da
mistura direta com vapor, já o estireno recebe energia de um trocador de calor, que está logo acima
do reator.
O catalisador, borracha estabilizada e o agente em suspensão são pré-misturados ao estireno
e descarregados por gravidade ao reator.
- Purificação e Extrusão
Se a água pode ser removida usando processos físicos de separação, então outras impurezas
dissolvidas na mesma serão descarregadas. Uma centrífuga com um passo de lavagem será aplicada
para tal fim.
O extrusor e o secador não podem ser abertos à atmosfera e requerem uma absorvedora
para remover impurezas orgânicas da corrente de vapor.
A fase final de purificação é a secagem. O poliestireno que deixa a unidade deve atender a
algumas especificações de umidade. O soprador para o ar quente de entrada do secador deve ser
colocado antes do aquecedor de ar, ou após o filtro. A extrusão do produto serve para facilitar o
manuseio do mesmo.
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- Rejeitos
Foi assumido que 3% do poliestireno poderia ser removido do processo por arraste, na
secagem, centrifugação, transferência ou como produto ruim. No mínimo 95% de tudo o que é
perdido ao longo do processo deve ser interceptado antes de sair da planta. A maioria desse material
pode ser recuperada e reutilizada.
- Uso da energia
O que deve ser feito com a água que deixa o banho de resfriamento do poliestireno e/ou o
vapor condensado? Ambas as correntes são mais quentes que a água que entra no processo. Pode
esta água ser usada na alimentação do reator? Deveria o vapor condensado retornar à caldeira ou
ser enviado ao reator?
Resolução:
1 ft 3 7,48 gal
130000 lb x x = 19700 gal
(0,792 x 62,4) lb ft 3
D2L 3 D 3 1 ft 3 1
= = 19700gal x x = 2930 ft 3
4 4 7,48 gal 0,90
D = 10,72 ou 11 ft
L = 32 ft (para dar o volume correto)
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Resta uma pergunta final: e o que é que o Engenheiro Químico faz na vida
profissional? Olhando para esses processos fica mais fácil responder. Veja as principais
atividades:
- Desenvolve processos novos ou melhora os velhos, pesquisando novas rotas mais
econômicas, ou que oferecem melhor qualidade para o produto desejado.
- Projeta os equipamentos para novas fábricas ou para adaptações em fábricas já em
operação.
- Acompanha a montagem de fábricas novas e de equipamentos novos em fábricas já em
operação, pondo em operação o processo (pré-partida no processo). A partida em processos
recém-instalados é uma das atividades mais interessantes de que você pode participar, face
à multiplicidade de problemas que acontecem.
- Gerencia a produção em processos implantados, cuidando para que o processo produza
as quantidades exigidas pelo mercado, com a qualidade requerida.
- Opera na área de vendas, em contato direto com os clientes, que neste caso são
engenheiros de fábricas que usam o produto em seus próprios processos.
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As correntes de um processo podem, ocasionalmente, conter uma única substância,
mas normalmente consistem de misturas de substâncias.
Os seguintes termos são utilizados para definir a composição de uma mistura de
substâncias incluindo a espécie A:
3.1.1 Concentração
3.1.2 Fração
a) Fração em massa:
mA
yA =
mT
A
A (%) = x100
T
b) Fração molar:
nA
xA =
nT
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nT: o número de mols total da mistura.
Assim como a fração mássica, a fração molar também pode ser expressa em termos
de porcentagem:
n
x A (%) = A 100
nT
Exercícios:
Ex.2. Tem-se uma solução a 35% de benzeno em éter. Que massa da solução deve ser
separada para que tenhamos 50 g de benzeno? (Resposta: m = 142,86 g)
Ex.3. Misturando-se 50 gmol de butano com 12 gmol de propano obtém-se uma solução.
Determine a concentração em porcentagem molar e mássica do propano. (Resposta: x =
19,4% e y = 15,4%)
Ex.4. Uma coluna de destilação é alimentada com 600 kmol/h de uma solução de
tolueno/benzeno com 87% molar em benzeno. Qual a vazão molar de tolueno alimentada?
(Resposta: 78 kmol/h)
Ex.6. Um reator produz 2500 kg/h de uma solução cuja fração em massa de álcool é igual
a 0,85. Qual a quantidade de álcool produzida? (Resposta: wEtOH = 2125 kg/h)
Ex.8. Desprezando-se os microcomponentes ( H2O, CO2, Ar, ...) pode-se considerar que o
ar seja composto por: N2= 79% molar e O2= 21% molar. Qual a porcentagem em massa do
O2? (Resposta: yO2 = 23,3%)
Ex.9. Uma solução de álcool etílico em água contém 96% em massa de álcool. Qual a
fração molar do álcool? (Resposta: xEtOH = 0,9038)
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O2 CO2 CO N2
16% 17% 4% 63%
Qual a composição molar da mistura? (Resp: xO2 = 0,1525, xCO = 0,0436, xCO2 = 0,1177,
xN2 = 0,6862)
Ex.11. Uma mistura de metano e etano contém 30% em massa de etano. Qual deve ser
vazão mássica da mistura para que a vazão molar de metano seja 25 kmol/h? (Resposta:
wmist = 571 kg/h)
Ex.13. Uma mistura contém quantidades equimolares de etileno, etano e propano. Calcular
a fração em massa dos componentes na mistura e a MM média.
(Resposta: MM (média) =34 Fração: Etileno: y = 0,2745; Etano: y = 0,2941).
Ex. 14. Uma mistura gasosa em uma saída de linha tem a seguinte composição molar: 15,1
% de C2H6, 33,5 % de SO2, 18 % de O2 e o restante de N2. Calcular a composição mássica.
(Resposta: 11,0 % C2H6, 52,2 % SO2 e 14,0 % O2)
O balanço de massa está baseado nas Leis de Conservação que se apóiam nas
experiências de Lavoisier e de muitos outros cientistas que seguiram o seu caminho. Esses
pesquisadores estudaram quantitativamente as transformações químicas e descobriram que,
invariavelmente, a soma das massas que entravam em uma reação era igual à soma dos
produtos dessa reação. Assim as experiências foram reunidas e generalizadas na forma da
Lei de Conservação de massa.
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Entrada
de
material M
Saída de
material
M
acúmulo = (2)
t
dM
acúmulo = (3)
dt
2 - 1 + dM/dt = 0 (4)
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No regime permanente (estado estacionário) nenhuma grandeza (P, T, pH, etc)
varia com o tempo e, portanto, o acúmulo é igual à zero. No regime transiente há a
variação de alguma grandeza (ex.: o acúmulo é diferente de zero).
Além disso, um processo pode ser contínuo (sem interrupções) ou em batelada
(descontínuo). Já nos processos semi-contínuos, o acúmulo é exatamente tudo o que entra
ou tudo o que sai, como por exemplo, em um tanque descarregando (só há a saída de
material) ou em um processo como na hidrogenação de óleos, quando o reator é alimentado
continuamente, sem que haja retirada de produto, possibilitando assim escolher o grau de
hidrogenação mais facilmente.
Diga em cada situação se o processo opera em regime transiente, estacionário ou
semi-contínuo.
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3.2 Tubos e tubulação
Determine o valor e a composição das correntes nos exemplos abaixo: (y) massa
(x) molar
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1)
(Resposta yB = yC = yA = 0,2)
2)
3)
4)
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5) Quais as correntes que possuem as mesmas composições?
(Resposta: 5, 6 e 7)
Ex.1: Num tanque, são misturadas duas correntes, uma com 100 kg/h de água e outra com
20 kg/h de álcool. Calcule a vazão da corrente de saída e suas frações mássicas. (Resposta:
wc=120 kg/h, yálcool = 0,167)
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solução concentrada de H2O2 (peróxido) a 60% (em massa). Qual a quantidade de água
adicionada para obtermos uma solução diluída a 30% em massa de peróxido?
(Resposta: para wc = 100 kg/h, wa = 50 kg/h)
Ex.3: A solubilidade do sulfato manganoso anidro a 20oC é 62,9 g/100g de água. Qual a
quantidade de sal a ser dissolvida em 1000 kg/h de água para obtermos uma solução
saturada? (Resposta: 629 kg/h)
Ex.7: Para certo processo, é necessária uma solução de nitrogênio, oxigênio e metano,
preparada a partir da junção de três correntes num tanque de mistura. Para o preparo de 120
mol/h dessa solução, a vazão das correntes de entrada é: 30 mol/h de N2 e 40 mol/h de CH4.
Calcule a vazão da corrente de oxigênio e a concentração molar de cada substancia da
solução. (Resposta: wO2= 50 mol/h, yO2 = 0,42, yN2=0,25, yCH4=0,33)
3.5 Decantação
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representada pela viscosidade do fluido. Além disso, o impacto do fluido sobre a partícula
representa também uma resistência ao movimento, denominada força de pressão. Para
sentir esse efeito, mova a mão dentro da água: você sentirá prontamente a resistência
oferecida pelo fluido ao movimento.
A soma desses dois efeitos resulta em uma força que o fluido exerce sobre a
partícula, e que é sempre contrária ao movimento desta, denominada força de arraste. A
queda suave, no ar, de um homem equipado com pára-quedas ilustra bem o fenômeno. A
velocidade de queda de uma partícula no interior de um fluido contrapõe, portanto, o peso
da partícula, que vai movê-la, com a ação da viscosidade do fluido e a forma geométrica
da partícula, que decide a força de pressão. Um tanque contendo água com areia ficará
límpido em segundos, ao passo que contendo partículas muito finas de argila (barro) poderá
levar um dia inteiro para decantar a ‘sujeira’.
Em termos industriais a decantação é muito empregada por representar uma
operação de baixo custo energético: empregamos a ação da gravidade para realizar o
trabalho. Um decantador é habitualmente um tanque grande, cilíndrico, de fundo cônico
para facilitar a retirada da fase espessa, ou lodo, equipado com algum tipo de pás raspadoras
para encaminhar o lodo para a boca de saída. O tamanho do tanque é dimensionado de
modo que a quantidade de material a ser tratada tenha tempo suficiente para decantar e
separar as partículas sólidas contidas. A figura 3 mostra um decantador típico.
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3.6 Centrifugação
Section A Detail B
.
3.7 Filtração
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deposita-se sobre o meio filtrante é denominada de torta ou bolo. O filtro esquematizado é
descontínuo: deverá parar de funcionar para retirada da torta e limpeza periodicamente.
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Os filtros de operação contínua são muito mais sofisticados mecanicamente que o
filtro prensa, pois devem conter um dispositivo que permita a retirada contínua da torta.
Um exemplo típico é o filtro rotativo a vácuo (Figura 7). É constituído de um tambor
metálico de parede dupla, sendo a externa toda perfurada com orifícios de muito pequeno
diâmetro. O tambor gira vagarosamente, imerso no fluido contendo as partículas sólidas a
serem retiradas, suportado por um eixo oco. O eixo oco comunica-se com a parede dupla
do tambor, por uma série de tubos pescadores. Uma bomba de vácuo aspira o ar do espaço
determinado pela parede dupla, sugando o fluido do exterior do tambor para dentro e
retirando-o pelos tubos pescadores. O meio filtrante é uma fita contínua de tecido que
envolve a superfície externa do tambor, mas destaca-se dele em um dado ponto, guiada por
um conjunto de roldanas. Conforme o fluido vai sendo sugado para o interior do tambor,
as partículas sólidas depositam-se no meio filtrante, espessando progressivamente a torta
enquanto o tambor gira. A torta é retirada continuamente no ponto em que o meio filtrante
passa pelas roldanas externas.
23
Figura 7. Esquema de um filtro contínuo, tipo tambor rotativo a vácuo.
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O fluxo de calor tem, como “janela de passagem”, a área de contato entre os fluidos,
representada pela área do tubo interno, na figura 8. Se o tubo for curto, a quantidade de calor
trocada na unidade de tempo (fluxo) será também pequena. No caso de grandes vazões de
fluidos quentes e frios, se faz necessário áreas de troca muito maiores que aquela representada
por um tubo. A solução para esse problema foi obtida enfeixando um número grande de tubos
dentro de uma única carcaça (veja a figura 9). O conjunto interno de tubos é conhecido como
“banco de tubos”. A figura 10 mostra o banco de tubos isolado.
Pelo tubo externo, ou carcaça, circula um dos fluidos, enquanto no feixe tubular, ou
banco, escoa o outro. Um conjunto de placas metálicas, denominadas de chicanas, forçam o
fluido que circula pela carcaça a viajar sempre cruzando o banco de tubos, de modo a aumentar
a eficiência das trocas de calor.
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Figura 11. Corte longitudinal de um trocador com cabeçote flutuante.
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O fato de os fluidos entrarem em contracorrente também aumenta a eficiência da
troca de calor. Se os fluidos entram em concorrente de início teremos uma enorme diferença
de temperatura entre eles; porém ao longo do percurso suas temperaturas se igualarão e a
troca de energia cessa. Mas se entrarem em contracorrente, durante todo o caminho dos
fluidos haverá uma diferença de temperatura e portanto trocarão calor a todo o momento,
aproveitando melhor a energia disponível. Os gráficos abaixo mostram isso: onde o eixo
das ordenadas representa a temperatura e o da abscissa a distância percorrida pelos fluidos.
3.9 Evaporadores
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e leve até a fervura, mantendo-a ali por certo tempo. Você verifica que a água passa para o
estado vapor enquanto o sal restará no fundo da panela quando a água secar. Esse mesmo
processo é empregado para retirar o sal da água do mar; a diferença é que, neste caso, a
energia empregada para a evaporação será energia solar (é grátis!).
O equipamento usado industrialmente para realizar esta operação é denominado de
evaporador. É constituído de um vaso grande, para permitir a livre ebulição do líquido e
facilitar a separação da fase vapor, munido de um trocador de calor conveniente. De modo
genérico, podemos dividir os trocadores de calor em dois tipos: de circulação natural
(Figura 14a), onde a solução circula pelos tubos por convecção natural, e de circulação
forçada (Figura 14b), onde a solução é movimentada por uma bomba. O de circulação
natural é de operação mais barata porque não gasta energia na bomba de circulação da
solução. No entanto, como o trocador é menos eficiente que o de circulação forçada, o
equipamento é muito maior que o outro, e, portanto, mais caro.
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Figura 14b. Corte longitudinal esquemático de evaporadores de circulação forçada
Como pode ser visto na figura 15, mesmo a uma baixa temperatura, uma diminuição
de pressão faz com que o líquido passe para a fase gasosa. O processo é indicado pela seta
reta.
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seguida sua pressão abaixada e temperatura aumentada, de modo que passe direto da fase
líquida para a gasosa (sublimação). A liofilização é ainda melhor que a evaporação a vácuo
em termos de conservar as propriedades do produto, mas é mais cara.
Ex.1: Deseja-se concentrar, em um evaporador, uma solução contendo 10% (em massa de
sólidos) até 30% (em massa) de sólidos. Desenvolva o balanço no evaporador para um
alimentação de 500 kg/h de solução diluída. (Resposta: wb = 167 kg/h e wt = 333 kg/h)
3.10 Cristalização
30
apresentam pequenas variações, para grandes mudanças de temperatura. Estes dois casos
extremos estão esquematizados na figura 16. Para gases, a relação normalmente é inversa,
ou seja, quanto maior a temperatura, menor a solubilidade, mas podem ocorrer variações.
Para que você provoque a cristalização de um sólido a partir de uma solução, bastará
fazer com que a concentração do sólido ultrapasse a de saturação. O excesso
automaticamente será segregado, vindo a formar cristais. A formação de cristais não é
instantânea: os cristais crescerão segundo uma dinâmica própria, exigindo tempo para
atingirem um eventual tamanho desejado.
Observando a figura 16, você pode concluir facilmente que o modo de se forçar
uma cristalização em uma solução pode variar de sólido para sólido. Em um sólido cuja
concentração de saturação varia muito com a temperatura, basta tomar a solução e resfria-
la, de modo que a saturação seja atingida. Mas com sólidos com concentração de saturação
pouco dependente da temperatura, o resfriamento dificilmente será uma opção econômica
para a operação. Aqui, deve-se retirar o solvente por evaporação até que a solução super-
sature e force a cristalização. O açúcar é um exemplo típico.
Os equipamentos usados para a cristalização serão, portanto, vasos com um
tamanho suficiente para tratar as quantidades de solução desejadas, munidos de um
trocador de calor, que pode ter duas funções diferentes: pode ser um trocador de calor de
resfriamento, assim como pode ser um trocador de aquecimento para evaporar o solvente.
Neste último caso, o cristalizador confunde-se com um evaporador, pois realiza ambas as
operações.
31
Dados: MM: MgSO4: 120,36
solubilidade a 5 ºC: 6,5 kg/100 kg de água
solubilidade a 20 ºC: 35,5 kg/100 kg de água
( Resposta: Wbs = 79 kg/h, ybsMgSO4 = 0,061 e Wbc = 21 kg/h, R = 81,7 % )
Ex.1: Em um processo para a produção de Ba(NO3)2 um reator produz 500 kg/h de uma
solução aquosa de Ba(NO3)2 a 15% em massa de sal. Para a produção do Ba(NO3)2 a
solução é , inicialmente, concentrada por evaporação até a saturação a 90oC. A solução é,
então, resfriada a 20oC em um cristalizador.
Os cristais obtidos são separados da solução-mãe em um filtro e deixam o mesmo
úmidos, com 15% em massa de solução. Os cristais são, finalmente, secos em secador
rotativo até 2% de umidade em base úmida. Desenvolver o BM na planta.
Dados: solubilidade do Ba(NO3)2 a 90oC = 30,6 kg/100kg de H2O
solubilidade do Ba(NO3)2 a 20oC = 8,6 kg/100kg de H2O
(Respostas: wc = 321 kg/h, wv = 179 kg/h, wdsolucao = 267 kg/h, wdcristais = 54 kg/h,
ws = 257 kg/h, we = 64 kg/h, wa = 8,5 kg/h, wg = 55,5 kg/h )
32
3.12 Extração
33
Figura 19. Esquema ilustrativo de um extrator contínuo.
O solvente a ser utilizado deve ser escolhido com atenção. Ele deve, além de
dissolver bem e rápido o óleo a ser extraído, ser atóxico e, de preferência, barato.
3.13 Secadores
34
3.13.1 Balanço de massa em secadores
Ex.1: Deseja-se reduzir o teor de água de um produto alimentício de 80% para 10% em
massa. Essa operação é realizada em um secador tipo tambor rotativo. A base de cálculo é
100 kg/h de alimentação. Calcule:
a) a quantidade de água removida. ( resposta: 77,8 kg/h )
b) A massa de água removida por kg de material “seco”. (resposta: 3,5 ( com umidade )
ou 3,9 kg água/kg material “seco” ) (diferença entre base úmida e base seca)
c) A massa de água removida por kg de material úmido. ( resposta: 0,778 kg água/kg
material úmido )
Ex.2: Açúcar úmido contendo 20% (em massa) de água entra em um secador onde 75% da
água é removida. Desenvolva o balanço de massa para uma produção de 100 kg/h de açúcar
seco.
(Resposta: wA=118 kg/h wC=18 kg/h yBaçúcar=0,94 yBágua=0,06)
3.14 Destilação
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O ponto no qual as linhas se encontram é o azeótropo. Ex.: uma solução com 96 %
(em volume) de etanol e 4 % de água forma um azeótropo.
Existe uma lei que relaciona a fração de um componente na fase vapor e a sua fração
na fase líquida, a chamada Lei de Raoult.
y i P = xi Pi v
onde y é a fração do componente i na fase vapor, P é a pressão total do sistema, x é
a fração do componente i na fase líquida e Pv é a pressão de vapor do componente i.
A pressão de vapor de cada componente pode ser encontrada a partir de dados
tabelados ou de alguma equação, como a de Antoine:
B
ln P v = A +
T +C
Como exemplo, suponha que você produziu, por fermentação de caldo de cana,
uma solução contendo 10% em massa de álcool, e deseje obter a partir dela uma solução
com maior concentração de álcool (para ser usado como combustível). Seguindo o
princípio acima, se você colocar a solução original em um vaso, em cuja tampa haja um
tubo para a saída dos vapores (veja a figura 22), e aquecer a solução até a ebulição, os
vapores obtidos não apresentarão apenas 10% em álcool, mas sim 52 % em massa de
álcool! Dizemos que houve um enriquecimento em álcool. Isso se deve ao fato de que o
álcool apresenta um ponto de ebulição, quando puro e a 1 atm, de 78 0C enquanto o da água
nas mesmas condições é de 100 0C. Se o vapor passar por um trocador de calor, poderá ser
condensado e você obterá uma solução de álcool em água a 52 %. Note que a solução que
não evapora fica mais rica em água. Um equipamento assim constituído faz uma destilação
com um único estágio de separação (parecida com a destilação feita em laboratório).
36
Como você deseja uma solução mais concentrada em etanol, poderá repetir a
operação: coloca agora a solução a 52% para ferver. Obterá vapores com concentração de
78% em álcool. Bem... Você pode repetir a operação até chegar à concentração desejada!
Uma maneira prática de realizar toda a sequência de destilações seria dispor de um conjunto
grande de vasos (estágios de separação) e encadeá-los como mostra a Figura 23. Observe
que a fase líquida também está conectada estágio a estágio. Ali, cada estágio estará gerando
vapores progressivamente mais ricos em álcool, enquanto a fase líquida desce
progressivamente mais pobre em álcool (o álcool vai sendo vaporizado estágio a estágio).
Figura 24. Três estágios de separação (bandejas ou pratos ou trays) de uma coluna de
destilação.
37
adequado para tratar a vazão de fluido que se tem, e toda secionada em compartimentos
(veja a Figura 24), cada um deles representando um estágio de separação. A divisória entre
dois compartimentos é chamada de bandeja. É como se empilharmos os estágios da figura
23, uns sobre os outros. O vapor passa de um estágio para o outro por borbulhadores, que
forçam o contato do vapor com o líquido do estágio. Assim, parte do vapor condensa
aquecendo o líquido e fazendo-o ferver para gerar o vapor mais rico no componente mais
leve, que passa para o estágio seguinte...
O líquido, por sua vez, escoa coluna abaixo de um estágio para outro, por condutos
denominados “ladrão”. A alimentação da coluna é feita em um estágio intermediário. A
coluna toda é posta, portanto, em ebulição pelos vapores que sobem borbulhando prato a
prato. No fundo da coluna instala-se um trocador de calor que recebe o líquido de fundo,
chamado de produto de fundo, aquece-o, vaporiza-o e devolve os vapores para a coluna.
Este trocador de calor é chamado de refervedor e sua principal função é fornecer a energia
necessária para a coluna. Os vapores que deixam o topo da coluna concentrados no
componente mais leve (aquele de mais baixo ponto de ebulição) são resfriados em um
trocador de calor e condensados, para que se obtenha o produto da operação, denominado
de produto de topo ou destilado. Esse trocador de calor é chamado de condensador de
topo. Parte do produto de topo é realimentado à coluna, para constituir a camada de líquido
do último prato. A Figura 25 mostra um esquema de uma coluna com o refervedor e o
condensador de topo.
Ex.1: 2000 kg/h de uma mistura contendo 45% (em massa) de benzeno e 55% de tolueno
é alimentada na coluna de destilação.
38
Na corrente de topo obtemos benzeno na concentração de 95% e 8% do benzeno
alimentado sai na corrente de fundo. Desenvolva o balanço de massa na unidade.
(Resposta: wt = 872 kg/h, wb = 1128kg/h e ybbenzeno = 0,064)
Ex.2: Uma coluna de destilação é alimentada com 50 kmol/h de uma solução contendo
15% molar de álcool isopropílico e água. Desenvolva o balanço de massa na coluna para
que se obtenha no topo da coluna, álcool com 89% molar de pureza. A recuperação do
álcool é de 96% do alimentado.
(Resposta: wt = 8 kmol/h, wb = 42kmol/h e xbálcool = 0,007)
Ex.3: Deseja-se obter 100 kg/h de álcool etílico com 94% em massa, partindo de uma
mistura água/ álcool contendo 15% molar de álcool. O resíduo de fundo contém 5% molar
de álcool. Desenvolva o BM. (Resposta: wb = 332 kg/h e wf = 432 kg/h)
3.15 Absorção
No item anterior você foi apresentado a uma operação que permite a separação de
componentes de soluções líquidas. Mas na indústria temos também misturas em fase
gasosa. Como separamos componentes de misturas gasosas?
Uma das operações mais empregadas, face ao seu baixo custo operacional, para
separar componentes de misturas em fase gás é a absorção. Esta operação serve-se do
princípio de que os gases são solúveis em líquidos. Por exemplo: o oxigênio é solúvel em
água. Graças a isso os peixes vivem e respiram na água! A água dos rios e do mar recebem
oxigênio do ar, que se dissolve nas gotas de chuva ou através da superfície da água. Para
que isso aconteça, se faz necessário que haja uma superfície de contato entre o líquido e a
fase gás. Uma área pequena de contato permitirá um fluxo pequeno de gás para o líquido.
Esse fenômeno é denominado de transporte de massa (lembra da difusão estudada no
item Extração?).
Veja o caso de um aquário: a água recebe oxigênio apenas pela superfície livre (área
de contato líquido-gás). Isso gera um fluxo pequeno, que pode não ser o suficiente para os
peixes que habitam o aquário. Por isso instalamos um borbulhador de ar, que promove uma
grande área de troca de massa entre as fases, representada pela soma das áreas de todas as
pequenas bolhas formadas no borbulhamento. A operação oxigena de modo adequado a
água e deixa os peixes felizes!
Em termos industriais, a operação é realizada com auxílio de um tubo grande,
denominado de coluna de absorção. O tubo não é vazio: preenchemos o tubo com partículas
sólidas denominadas de recheio. O gás é alimentado por baixo da coluna (veja a Figura
39
26) e permeia pelos espaços vazios entre as partículas sólidas, coluna acima. No topo da
coluna aspergimos o líquido (solvente) que desce molhando as partículas do recheio.
Assim, a área de todas as partículas do recheio passa a funcionar como área de contato
entre a fase gás e o solvente líquido, oferecendo uma enorme área de troca de massa entre
as fases e garantindo uma alta eficiência à operação. Por isso a coluna é recheada! Basta
agora que você escolha um líquido adequado para alimentar à coluna: deve ser um bom
solvente para o componente da mistura que você quer separar, mas deve ser um mal
solvente para os outros componentes. Assim o componente desejado dissolve-se na fase
líquida, deixando na fase gás seus companheiros. Na figura 26, a mistura contém três
componentes A, B e C. O componente A é absorvido.
A Figura 27 mostra a forma física dos sólidos mais empregados como recheio em
colunas. Também empregamos pratos com pequenos orifícios, por onde a fase gás borbulha
na fase líquida, como meio de colocá-los em contato, empregando o mesmo princípio do
borbulhador do aquário. Atualmente são muito empregados recheios denominados de
estruturados: são sanduíches de placas metálicas ou de plástico onduladas, que molhadas
pelo solvente oferecem áreas maiores para troca que um recheio de partículas, resultando
em equipamentos mais eficientes e, portanto, mais compactos.
40
Figura 27. Tipos de recheio comerciais: (a) anéis de Raschig; (b) Pall ring; (c)
Pall ring plástico; (d) sela Berl; (e) sela Intalox; (f) super Intalox; (g) Intalox metálico.
- Deve ser inerte, ou seja, não deve reagir nem com o líquido nem com o gás.
- Deve ter certa resistência térmica e resistência à compressão, para não derreter, não ser
esmagado, entre outros efeitos indesejáveis.
- Deve ser “molhável” pelo líquido, causar a máxima turbulência possível e ser, de
preferência, barato.
41
T
Ex.3: Em sua tarefa como novo engenheiro de uma indústria, você deve implementar um
sistema de recuperação de acetona que seja capaz de remover acetona da corrente gasosa
que era jogada na atmosfera. Seu chefe forneceu o fluxograma do sistema proposto. A partir
das informações dadas desenvolva o BM para que os equipamentos possam ser
dimensionados. (Resposta: wg = 1260 kg/h, wf = 3090 kg/h, wc = 3000kg/h, wd = 1290
kg/h, ydAc = 0,072)
42
3.16 Moagem
A fragmentação é uma operação bem rústica que tem por finalidade a diminuição
do tamanho de partículas sólidas. Ela é feita em equipamentos chamados de britadores ou
moinhos. É uma operação com baixíssimo rendimento: grande gasto de energia.
43
3.17 Reatores Químicos
Neste tipo de reator (Figura 30 A), os reagentes são despejados num tanque e
misturados, ali permanecendo durante certo período, no qual ocorre a reação.
Após o término da reação, o tanque para a mistura resultante é então descarregado.
Essa é uma operação em batelada (descontínua) cuja composição varia com o tempo
(Figura 30 B).
44
Uma condição para a operação de um reator tubular é a constância do tempo de
permanência para qualquer elemento do fluido. É um reator do tipo contínuo (regime
permanente).
45
Quadro comparativo entre os principais tipos de reatores:
Exemplo – Suponha que entrem num reator 21 mol/h de H2S e 10 mol/h de SO2, que
reagirão entre si para formar enxofre e água, segundo a seguinte reação:
A equação nos diz que cada mol de SO2 reage com 2 mols de H2S. Ou seja, 10 mols de SO2
reagirão com 20 mols de H2S. Então, conclui-se que o reagente limitante é o SO2 e que o
em reagente em excesso é o H2S. A porcentagem de excesso é (1mol/20mols)*100 = 5%.
46
3. Conversão – É a fração da alimentação que é convertida em produtos.
Por exemplo, na mesma equação usada acima, suponha que o SO2 esteja em excesso. Se
entrarem 100 mols de H2S e apenas 80 reagirem, dizemos que a conversão de H2S foi de
0,8 ou 80%.
Por exemplo, suponha a produção de óxido de etileno a partir do eteno. Esse processo
ocorre segundo a seguinte reação:
C2H4 + ½ O2 → C2H4O
Se dissermos que foram alimentados ao reator 100 mols de etileno, que a conversão foi de
90% e que a seletividade foi de 95% para a reação principal, estamos dizendo que 90 mols
reagiram, sendo que, desses 90 mols, 85,5 (95% de 90) reagiram formando óxido de etileno
e 4,5 (5% de 90) foram consumidos por combustão.
No exemplo anterior, por exemplo, podemos dizer que o rendimento foi de 85,5%, pois,
dos 100 mols de etileno que entraram no reator, apenas 85,5% reagiram para formar o
produto final desejado.
6. Grau de avanço: ( ) - É uma propriedade que mede o avanço da reação, muito útil nos
cálculos de balanço de massa em sistema com reações. É definido por:
n saida − nientrada
= i
i
Onde i é o coeficiente estequiométrico do componente i na reação. Deve ser
lembrado que os coeficientes estequiométricos para reagentes são negativos e para os
produtos são positivos. Portanto, o grau de avanço assumirá sempre um valor positivo.
O que torna o grau de avanço uma importante ferramenta no cálculo do balanço de
massa em sistemas reativos é o fato de que ele assume apenas um valor para a reação, ou
seja, o grau de avanço é único, independente de qual o componente i usado para seu cálculo.
Assim, sabendo a quantidade de material que entra e sai de um dos componentes é possível
47
determinar todas as demais quantidades de material para os outros componentes, valendo-
se da igualdade:
i = j
nisaida − nientrada n saida − n entrada
=
j j
i j
É uma combustão muito simples não? Veja o número de mols: entram 1 de metano
e 3,5 de oxigênio, totalizando 4,5 mols. Mas saem apenas 2 de CO2 e 3 de água, totalizando
5 mols. Portanto tem 0,5 mol aparecendo do nada? Não, não. O número de mols variou,
mas a massa não? É a massa que define a matéria (pelo menos até aonde precisamos da
definição de matéria). Mas a massa não varia também? Vamos somar:
Viu? Fique tranquilo. A massa não muda, a não ser que ocorra uma reação que
transforme a natureza da matéria, liberando energia( MUITA energia! Lembra das usinas
nucleares?)
CO + 2H2 CH3OH
Desenvolva o balanço no reator para uma produção de 500 kg/h de metanol, considerando
alimentação estequiométrica e conversão de 90% do CO alimentado.
48
(Resp.: [kmol/h]: Alim: CO = 17,361, H2 = 34,722 Sai: CO = 1,735, H2 = 3,47,
CH3OH = 15,625)
Ex.2. Um reator é alimentado com excesso de 20% de C2H6 para uma conversão de 85% do
cloro alimentado. Desenvolva o BM para uma produção de 10 kmol/h de C2H4Cl2.
(Resp.: [kmol/h]: Alim: C2H6 = 14,12, Cl2 = 23,53, Sai: C2H6 = 4,02, Cl2 = 3,53,
C2H4Cl2 = 10, HCl = 20)
Ex. 4. Considerando a reação de oxidação do etileno (C2H4), gerando etanal (C2H4O), para
uma alimentação de 180 kmol/h de etileno, após a reação são obtidos 110 kmol/h de etanal.
Calcule a conversão do etileno, o grau de avanço da reação e a composição molar na saída
do reator.
(Resp.: Xetileno = 61 %; α = 55; C2H4 = 33 %, O2 = 16 %, C2H4O = 51 %)
Ex. 5. Etileno é alimentado em um reator a fim de ser produzido 8800 kg/h de óxido de
etileno (C2H4O). Como o outro reagente é o oxigênio, além da reação de oxidação desejada,
também ocorre a combustão do etileno, gerando CO2 e água. A alimentação contém 20 %
de excesso de etileno em relação ao estequiométrico da reação principal e a conversão é de
80 % do oxigênio. A seletividade é de 90 % na reação principal. Desenvolva o balanço de
massa neste reator e calcule as vazões molares de todos os componentes na saída do reator.
(Resp.: 129,3 kmol/h de C2H4, 28 kmol/h de O2, 200 kmol/h de C2H4O, 7,4 kmol/h de CO2
e 7,4 kmol/h de H2O).
49
4 ANEXOS
ANEXO 1 – O QUE É ENGENHARIA QUÍMICA?
A Engenharia Química está presente nos mais variados produtos e situações da sua vida:
-nos alimentos e bebidas industrializados
-nos medicamentos, cosméticos e produtos de limpeza
-nos tecidos, plásticos, metais, vidros e papéis
-nos combustíveis, tintas e inseticidas
-no tratamento de efluentes e resíduos
Pode-se dizer, de maneira simplificada, que a Engenharia Química tem como objetivo
principal transformar a matéria prima em produtos de interesse. Para isso, o Engenheiro
Químico pesquisa, cria, projeta, implanta, opera e controla processos e equipamentos que
permitam realizar essas transformações com viabilidade técnica e econômica.
Por exemplo: um químico pode descobrir um novo composto orgânico, que pode ser
esticado em um filamento fino e forte. É o Engenheiro Químico que usa seus
conhecimentos para projetar e operar a fábrica que irá produzir o composto em quantidade
adequada, visando sua utilização em produtos como fios, tecidos, roupas, cordas ou
qualquer outra aplicação que possa utilizar esse material em particular. Outras vezes a
situação se inverte: há a necessidade de um produto com determinadas propriedades e o
Engenheiro Químico irá tentar produzi-lo de forma econômica e prática.
Uma característica marcante desta profissão é a sua enorme abrangência, tanto pelo
grande número de áreas de atuação, como pelo tipo de atividade desempenhada em cada
uma destas áreas. Prova disto são os vários cursos que tiveram sua origem ou forte
influência da Engenharia Química, tais como: Engenharia de Alimentos, Engenharia de
Bioprocessos e Biotecnologia, Engenharia de Materiais e Engenharia Ambiental.
50
próximo nos campos de informática, ciência dos materiais, biotecnologia, química fina,
controle ambiental e demais áreas de tecnologia de ponta.
51
ENGENHARIA DE BIOPROCESSOS E BIOTECNOLOGIA – Tem como meta
capacitar os profissionais para entender, conceber, projetar, construir e operar
equipamentos destinados a reproduzir em escala industrial os processos de transformação
naturais que envolvem as células de natureza microbiana, vegetal os animal. O Engenheiro
de Bioprocessos e Biotecnologia também poderá atuar na concepção e desenvolvimento de
equipamentos e materiais utilizados pelas áreas médica e farmacêutica. O Engenheiro
Químico encontra-se menos capacitado para trabalhar com esse tipo de processo, podendo,
todavia, especializar-se nele.
FARMÁCIA – Curso que tem como objetivo habilitar aqueles que vão desenvolver e
produzir novos medicamentos. O farmacêutico é um profissional mais ligado à área da
saúde, com conhecimentos de anatomia, imunologia e biologia, dentre outros. O
farmacêutico tem, como campo de atuação, a dispensação e o preparo de medicamentos
em farmácias (públicas, privadas ou hospitalares). Pode trabalhar com alimentos, soros,
vacinas, cosméticos e produtos dietéticos. O bioquímico está apto para a realização das
mais diversas análises em amostras biológicas, também para a medicina criminalística. Por
outro lado, o Engenheiro Químico projeta indústrias destinadas à produção destes produtos
e pode, em conjunto com químicos e farmacêuticos, operá-las.
52
de consolidar e atualizar seus conhecimentos, atuando em indústrias na região de Curitiba,
ou mesmo em outros estados do país.
No final do curso faz-se o projeto completo de uma indústria química. Com esse projeto
o aluno tem a oportunidade de aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos e ter contato
com conhecimentos não abordados de maneira profunda durante o curso (administração e
economia), tomar decisões (“agir” como engenheiro). No desenvolvimento do projeto o
aluno se envolve com todas as etapas da produção e comercialização de um produto, como:
dimensionamento de equipamentos da indústria, procura de matérias-primas, pesquisa de
mercado consumidor, cálculo de custos de produção, venda do produto.
Conversão de Temperaturas
SI - C (Celsius) Termodinâmica (Absoluta ) – K (Kelvin)
Sistema Inglês - F (Fahrenheit) Termodinâmica (Absoluta ) – R (Rankine)
As escalas Celsius e Fahrenheit são definidas a partir dos pontos de fusão e ebulição da
água. As escalas de temperatura termodinâmica medem o valor absoluto da temperatura. 0
ponto zero de ambas é o zero absoluto(-273,15 C). A temperatura em Kelvin avança de
modo análogo ao da temp. em C, e a temp. em Rankine avança análoga à temp. em F.
Veja as equações:
32 0 - ponto de fusão
53
Pressão Absoluta e Manométrica
Dado o sistema seguinte, qual a pressão total no fundo do recipiente se no manômetro for
feito vácuo?
Patm + Plíq = Ptotal ou absoluta
Esta pressão é chamada de pressão manométrica (Pman), e também pode ser expressa como:
Pabs = Pman + Patm ou Pman = Pabs – Patm
Se, num dado intervalo, dados que são funções de uma variável independente tiverem
crescimento linear (variação constante) com a variação (positiva ou negativa) da variável,
podemos descobrir dados que não estão implícitos. Isto significa que devemos encontrar a
equação da reta Y = Ax + B. O método é semelhante ao usado para encontrar as equações
de temperatura.
Solubilidade
T( C) (g/100g de H2O)
0,00 27,6
10,0 31,0
20,0 34,0
30,0 37,0
54
Para encontrar o coeficiente linear(B): A solubilidade no início da reta é quando
T = 0, e é 27,6 g/100g H2O
Solubilidade = 27,6 + 0,313.T(C), a 16C = 32,608 ou 32,6 g/100g H2O. Repare na tabela
como faz sentido.
55
E as operações com diferentes números de algarismos significativos? Utilizamos
nos cálculos todos os algarismos fornecidos, mas a resposta mostra apenas o menor número
de as.
Ex 100,00 m / 10 s = 10 m/s
Mas e se fizermos: 100,00 m / 3,000 s = 33,3333333333... Como ficam todos os 3s que
não cabem em quatro as?
Teorema de Bridgmann
“Toda grandeza física pode ser expressa a menos de um fator puramente numérico,
sob a forma de produto das potências das grandezas da base do sistema ao qual pertencem.”
Este teorema diz que uma grandeza física G que depende das grandezas de base X,
Y e Z pode ser escrita como:
G = K. X a. Y b. Z c
sendo K, a, b e c números reais.
Normalmente expressamos as grandezas física mecânicas em função de grandezas
específicas ( as fundamentais ), que são: comprimento [ L ], massa [ M ] e tempo [T ].
GRANDEZAS FUNDAMENTAIS UNIDADES REPRESENTAÇÃO
Comprimento metro (m) L
Massa quilograma (kg) M
56
Tempo segundo (s) T
Temperatura kelvin (K) θ
Intensidade de corrente elétrica ampère (A)
Intensidade luminosa candela (cd)
Quantidade de matéria mol (mol)
[ G ] = [ L ] a [ M ] b [ T ] c ou [ G ] = L a M b T c
Exemplos:
S
a) velocidade ( V ), dado que Vm =
t
[ V ] = L . T –1
V
b ) aceleração ( a ), dado que a m =
t
[ a ] = L . T –1. T –1 = L . T –2
HOMOGENEIDADE DIMENSIONAL
“Uma lei física não pode ser verdadeira se não for dimensionalmente homogênea”.
Então, as dimensões de um membro da equação devem ser iguais às dimensões de
outro membro.
Exemplos:
mv 2 [ L] 2
K= [K]=[M]. 2
= M L 2 T - 2 no S.I: kg m 2 s –2 = J
2 [T ]
57
S = S0 + v.t [ L ] = [ L ] + [ L ] [ T ] –1 [ T ] .: [L]=[L]+[L]
Mais exemplos:
Note que 1 min = 60 s e (1 min / 60 s) = 1 e que (min / min) = 1, o mesmo valendo para
pés e metros, e portanto é uma sucessiva multiplicação por 1s. Claro que 5000 L divididos
por 5000 L é simplesmente 1, pois o a unidade L também é simplificada.
Ex. Um gás é contido em um balão de vidro por uma coluna de 28,6 cm de Hg. Qual a
Pressão Absoluta em atm?
Dado: hg (densidade) =13,53 g/cm3
Como temos duas variáveis e uma equação. vamos tentar por análise dimensional
58
de modo que obtenhamos apenas variáveis conhecidas:
V = A . h, P = F/A = (m . g) /A = ( . V . g)/A
Muitas vezes, precisamos fazer cálculos bem mais complexos do que de pressões.
Fica muito difícil avaliar o significado físico de cada expressão e portanto não sabemos
intuitivamente como proceder os cálculos e agrupar as variáveis e constantes. Com a
análise dimensional podemos saber como agrupar nossas informações para chegar à
resposta desejada. (ou seja, se queremos velocidade em [m/s] e temos a aceleração em
[m/s2] e o tempo em [s], basta multiplicar a aceleração pelo tempo para sabermos a
velocidade, pois m/s2 x s = m/s!
Grandeza Conversão
Comprimento 1m = 10-3 km = 3,28 ft = 39,37 in
1 ft (pé) = 12 inches (polegadas)
Massa 1 kg = 103 g = 10-3 ton = 2,205 lb = 6,022 1023 u
Pressão 1 atm = 105 Pa = 1 bar = 10,3 metros coluna água (mca) =
1 kgf/cm2 = 760 mmHg = 14,7 psi
1 Pa = 1N/m2 = 10-5 atm.
1 cm3 = 1 mL
Volume 1 L = 103 cm3 = 10-3 m3
1 m3 = 1000 L = 106 cm3 = 35,31 ft3
Densidade 1 g/cm3 = 103 kg/m3 = 1 kg/L = 62,4 lb/ft3
Viscosidade 1 cP = 10-3 kg/m.s = 1 mPa.s
Vazão 1 ton/h = 16,66 kg/min = 0,2777 kg/s
1 m3/h = 16,66 l/min = 0,2777 l/s
1 cal = 4,18 J = 1,16.10-6 kWh = 3,97.10-3 Btu =
Energia 4,19.107 erg
1 J = 1 Nm = 1 kg m2 s-2 = 1 m3 Pa = 0,239 cal
1 kWh = 3,6 MJ
Potência 1 kW = 103 W = 1,34 HP
1 HP = 745,7 W
Temperatura ºF = 32+1,8. ºC
K = 273 + ºC
R = 460 + ºF
Força 1 N = 1kg.m/s² = 105 dina = 0,224809 lbf =
0,101968 kgf
59
Constantes:
R = 0.082 atm.l/ºK.mol = 1.987 cal/ºK.mol = 1546 ft.lb/ºR.lbmol
J = 4.18 J/cal = 778 ft.lb/Btu = 427 kgm/ kca
g = 981 cm/s2 = 9,81 m/s2 = 32,2 ft/s2 = 1,271 x 108 m/h2
Volume molar = 22,41 L/mol = 359 ft3/lbmol nas C.N.T.P.
(C.N.T.P. = condições normais = 0º C e 1 atm)
NORMAS OFICIAIS
1.Todas as unidades, fundamentais ou derivadas, quando escritas por extenso devem ter
inicial minúscula, mesmo no caso de nomes de pessoas. Assim, escrevemos metro, newton,
ampère, joule, etc. Exceção: Celsius (inicial maiúscula).
2.Para os símbolos devemos usar letra minúscula, exceto no caso de nome de pessoa: m
para metro, N para newton, A para ampère, s para segundo, etc.
3.Não se misturam unidades por extenso com símbolos. Errado: metros/s. Certo: m/s ou
metros por segundo.
4.O plural das unidades é obtido simplesmente pelo acréscimo da letra s. Assim,
escrevemos metros, segundos, ampères, pascals, decibels, etc.
5.Os símbolos nunca se flexionam no plural. 50 metros devem ser escritos 50m e não 50ms.
Nome do Símbolo do
Fator pelo qual a unidade é multiplicada
Prefixo Prefixo
yotta Y 1024 = 1 000 000 000 000 000 000 000 000
zetta Z 1021 = 1 000 000 000 000 000 000 000
exa E 1018 = 1 000 000 000 000 000 000
peta P 1015 = 1 000 000 000 000 000
tera T 1012 = 1 000 000 000 000
giga G 109 = 1 000 000 000
mega M 106 = 1 000 000
quilo k 103 = 1 000
hecto h 102 = 1 00
deca da 10
UNIDADE
deci d 10-1 = 0,1
centi c 10-2 = 0,01
mili m 10-3 = 0,001
micro µ 10-6 = 0,000 001
nano n 10-9 = 0,000 000 001
pico p 10-12 = 0,000 000 000 001
femto f 10-15 = 0,000 000 000 000 001
atto a 10-18 = 0,000 000 000 000 000 001
60
zepto z 10-21 = 0,000 000 000 000 000 000 001
yocto y 10-24 = 0,000 000 000 000 000 000 000 001
Para formar o múltiplo ou submúltiplo de uma unidade, basta colocar o nome do prefixo
desejado na frente do nome desta unidade. O mesmo se dá com o símbolo.
Exemplos:
Para multiplicar e dividir a unidade volt por mil:
quilo + volt = quilovolt; k + V = kV
mili + volt = milivolt; m + V = mV
Os prefixos SI também podem ser empregados com unidades fora do SI.
Exemplos:
milibar; quilocaloria; megatonelada; hectolitro
Por motivos históricos o nome da unidade SI de massa contém um prefixo: quilograma.
Por isso, os múltiplos e submúltiplos da unidade são feitos a partir do grama.
Exemplos:
micrograma; centigrama; miligrama; decagrama; hectograma
LISTA 1
1) Para cada um dos seguintes casos, faça a conversão de unidades solicitada (as tabelas
estão no Anexo 6):
61
ii) 95 horas em segundos iii) 358,30 minutos em horas
l) Viscosidade
i) 51 kg/(m.s) em g/ (km.h)
ii) 3660,7 kg/(cm.min) em g/(cm.h)
iii) 43 g/(cm.h) em cP
iv) 81 Pa.s em mg/(km.min)
m) Força
i) 13 N em kgf
ii) 85 kgf em N
iii) 0,5 dina em N
iv) 2700 N em dina
v) 666 dina em kgf
1
RESPOSTAS DA LISTA 1 DE EXERCÍCIOS (conversão de unidades):
1) Conversão
LISTA 2
63
b) 32540,0
c) 0,032540
6) Um sistema por gravidade, como o abaixo, é usado para suprir água a um processo, na
mínima pressão manométrica de 2,55 kgf/cm2, na entrada do processo. Calcule:
a) A mínima elevação do nível de água acima do processo. (Resp.: 25,5 m)
b) A massa específica do fluido se a mínima elevação for de 30,0m. (Resp.: 850
kg/m3)
66
7) Determine a equação que dá o número de Reynolds (Re), importante na mecânica dos
fluidos, diretamente quando se conhece: vazão volumétrica (Q = m3/h), densidade (ρ),
diâmetro (D = mm) e viscosidade ( = Pa.s). (Re = 0,354 Q ρ / D)
11) Converta a vazão de 100 m3/h para L/min, para mL/h e para m3/s.
12) Converta a densidade de 0,8 g/mL para kg/m3. Converta 49,256 lb/ft3 para g/cm3.
13) Converta a vazão mássica de 15 kg/s para lb/h (libras por hora).
18) Calcule a massa (em g) de cada uma das seguintes quantidades de matéria:
a) 2 mols de bicarbonato de sódio.
b) 0,01 mol de naftaleno.
c) 2 . 10-4 mol de sacarose.
19) Uma coluna de mercúrio de um manômetro (massa específica = 13,6 g/cm3) tem um
diâmetro de 3 mm e uma altura de 72 cm. Calcule o peso da coluna em Newton.
67
20) O número de Reynolds (Re) é um grupo adimensional muito importante nos cálculos
de engenharia química, na área de mecânica dos fluidos. Suponha que um fluido escoa
em uma tubulação de 2,067 in de diâmetro (D), a uma velocidade 0,048 ft/s (v), com
uma viscosidade (μ) de 0,43 cP e que esse fluido possui uma massa específica (ρ) de
0,805 g/cm3. Calcule o número de Reynolds (Re = D v ρ /μ) desse fluido.
LISTA 3:
1) Uma mistura equimolar de gases contém etileno, etano e propano. Calcule a fração
mássica dos componentes da mistura e a massa molecular média da mesma.
Componente %
O2 16
CO 4
CO2 17
N2 63
5) Uma solução aquosa de NaCl contém 230 g de cloreto de sódio por litro, a 20ºC. A
densidade desta solução, nesta temperatura vale 1,148 g/cm3. Calcule:
a) a fração mássica do soluto (y = 0,20)
b) a fração molar da água (x = 0,929)
68
c) a relação: massa de NaCl por massa de H2O (0,25)
6) Uma mistura gasosa com CO, CO2 e CH4 é analisado em um cromatógrafo a gás. O
cromatograma obtido está ilustrado abaixo. Para cada espécie existe uma área (A) que
é proporcional ao número de mols da substância. Use as informações do cromatograma
para determinar as frações molares e as frações mássicas dos componentes. (Resposta:
yCO = 0,222 yCO2 = 0,698)
LISTA 4:
1) Uma tubulação possui área da seção transversal de 250 cm2 e transporta 5 litros por
segundo de água. Qual a velocidade deste escoamento (nas unidades do SI)? (R:0,2
m/s)
69
6) Um líquido com densidade igual à da água a 20 °C, escoa com a velocidade de 2 m/s
em um tubo circular com diâmetro de 10 cm. Calcular a vazão volumétrica (nas
unidades do SI e em m3/h) e a vazão mássica (nas unidades do SI). (R: 1,57E-2 m3/s;
56,5 m3/h; 15,7 kg/s)
7) Uma corrente de 200 kg/h de solução aquosa de ácido acético possui fração molar do
soluto igual a 0,2. Qual a vazão (em m3/h) de ácido acético nesta corrente, sabendo que
a densidade deste ácido é de 0,8 g/mL? (R:0,114 m3/h)
8) O teor de álcool etílico médio das cervejas é em torno de 4% (em volume). Sabendo-
se que a massa específica do álcool etílico é igual a 49,256 lb/ft3, se você tomasse 6
garrafas de 600 mL de cerveja isso equivaleria à ingestão de quantos gramas de álcool?
(R: 113,4 g)
11) Pesquise e elabore o fluxograma de tratamento de água para abastecer uma cidade.
LISTA 5:
1) Num tanque, são misturadas duas correntes, uma com 200 kg/h de água e outra com
30 kg/h de álcool. Calcule a vazão da corrente de saída e suas frações mássicas.
70
Supondo que no processo de mistura dessas ligas não haja perdas, responda as seguintes
perguntas:
a) Misturando três partes da liga A com duas partes da liga B, a liga resultante terá que
percentual de cobre, estanho e zinco?
b) Em que proporção as ligas A, B, e C devem ser misturadas, de modo que a liga resultante
seja composta de 60% de cobre, 20% de estanho e 20% de zinco.
4) Uma vazão A contendo benzeno e hexano deve ser misturada a uma vazão B (igual
a 400 kmol/h) com os mesmos constituintes (com fração molar do benzeno de 0,25) para
obter 1000 kmol/h de uma corrente C, de composição equimolar entre os dois
componentes. Calcule a fração molar do benzeno na corrente A. (Resposta: xbenz = 0,667)
5) Uma solução ácida A com 60% de H2SO4, 20% de HNO3 e 20% de H2O (todas as
porcentagens são mássicas), deve ser obtida pela mistura das seguintes soluções: S1 = 10%
de HNO3, 60% de H2SO4 e 30% de H2O; S2 = 90% de HNO3 e 10% de H2O; S3 = 95%
de H2SO4 e 5% de H2O. Calcule a massa de cada solução a ser misturada para se obter
1000 kg da solução. (Resposta:565 kg de S1, 160 kg de S2, 275 kg de S3)
71
LISTA 6:
1) Para certo processo, é necessária uma solução com nitrogênio, oxigênio e metano,
preparada a partir da mistura de três correntes num tanque de mistura. Para o preparo de
100 mol/h dessa solução, a vazão das correntes de entrada é: 40 mol/h de N2 e 30 mol/h de
CH4. Calcule a vazão da corrente de oxigênio e a concentração molar de cada substância
na solução. (R: QO2 = 30 mol/h; MN2 = 0,4; MCH4=0,3; MO2 = 0,3)
3) Um suco de tomate escoa por uma tubulação a uma taxa de 100 kg/min, onde o
mesmo é salgado, através da adição, a uma vazão constante, de uma solução saturada de
sal (26% de sal em massa). A que taxa deve ser adicionada a solução salina para se obter
um produto (suco de tomate) com 2 % de sal? (R: 8,3 kg/min de solução salina)
4) Num tanque, são misturadas duas correntes, uma com 200 kg/h de água e outra com
30 kg/h de álcool. Calcule a vazão da corrente de saída e suas frações molares.(R: vazãosaída
= 230kg/h; FraçãoEtOH = 5,53%; FraçãoEtOH = 94,47%)
6) Para preparar uma solução com 50 % de ácido sulfúrico, um rejeito ácido diluído
contendo 28 % de H2SO4 é reforçado com um ácido sulfúrico comprado contendo 96 % de
H2SO4. Quantos quilogramas de ácido devem ser comprados para cada 100 kg de ácido
diluído? (R: 48 kg)
7) Uma unidade industrial de verniz tem que entregar 1000 lb de uma solução de
nitrocelulose a 8 % (em massa). Eles têm em estoque a solução a 5,5 %. Qual massa de
nitrocelulose seca (em kg) deve ser dissolvida na solução para atender ao pedido?(R:12 kg)
8) Uma corrente A contendo 25 % (em massa) de metanol em água é diluída por outra
corrente (B) a 10 % para formar um produto (C) com 17 % de metanol em água.
a) Escolha uma base de cálculo conveniente e calcule a razão (vazão C/ vazão A).(R: 2,14)
b) Qual a vazão de alimentação da solução B é necessária para produzir 62 kmol/h de
produto?
72
9) Uma solução aquosa contém 25 % em massa de sal. Calcule:
a) o teor de sal na solução, se for evaporada 40,0 % da água originalmente presente; (R:
35,7 %)
b) o teor de sal na solução, se a massa de água evaporada equivale a 40,0 % da massa da
solução original; (R: 41,7%)
c) a porcentagem de água da solução, se a solução final contiver 40 % de sal. (R: 60%)
LISTA 7:
1) Certo cereal contém 20% em massa de água e deve ser secado até atingir, no
máximo, 4% de água. Calcule a % de remoção de água do cereal. (Resposta: 84%)
3) Uma corrente de 1000 kg/h de solução aquosa de etanol, com fração mássica igual
a 0,30 deve ser submetida a uma destilação, visando obter uma solução com 96% (em
massa) no topo da coluna de destilação e um resíduo no fundo. É necessário também que
95% (massa) do álcool alimentado seja recuperado no topo da coluna. Calcule a vazão e a
composição do produto de fundo. (Resposta: 703 kg/h, yEtOH = 2,1%)
73
5) Deseja-se reduzir o teor de água de um produto alimentício de 90% para apenas 15%
em massa. Essa operação é realizada em um secador tipo tambor rotativo. Calcule:
a. A quantidade de água removida. Use 100 kg/h na alimentação como base
de cálculo. (R: 88,2 kg/h )
b. A massa de água removida por kg de material seco (R: 7,54 kg/h )
c. A massa de água removida por kg de material úmido (R: 0,88 kg/h )
6) Um vapor com fração em massa: propano 0,3; n-butano 0,3 e n-pentano 0,4 é carga de
uma torre de destilação. O teor máximo de propano no produto de fundo deve ser de
0,15 em massa. O destilado será enviado para outra torre, onde a recuperação do
propano deve ser de 0,90. Calcule:
a. A vazão mássica de carga da primeira torre para se produzir 10 Mg/dia de
propano no destilado da segunda, sabendo que a relação produto de
fundo/carga da primeira é 0,4. (R: 46,29 Mg/dia)
b. A recuperação do propano em relação à carga da primeira torre. (R: 72%)
7) Um vapor com fração em massa: propano 0,3, n-butano 0,3 e n-pentano 0,4 é carga de
uma torre de destilação. O teor mínimo de propano no destilado deve ser 0,65 em
massa. O destilado será enviado para outra torre, onde a recuperação do propano deve
ser de 0,96. Calcule:
a. A vazão mássica da carga da primeira torre para se produzir 10 Mg/dia de
propano no destilado da segunda, se a relação destilado/carga da primeira é
0,4. (F = 40 Mg/dia)
b. A recuperação do propano em relação à carga da primeira torre.
(R = 0,832)
8) 100 kg/min de água adensada(F) a ser tratada contendo 20% em massa de matéria
orgânica(MO) e 3% de sais minerais(SM) é alimentada ao digestor primário(contém
bactérias que fermentam a MO, parecido com o que você também faz depois da
feijoada). Assumimos que apenas metano é produzido, e que a corrente gasosa(G)
contém 99% metano e 1% vapor de água. A corrente que sai do digestor(H) tem razão
74
SM:MO de 3:1, e é submetida a um condicionamento químico com sais de alumínio(a
70%) e flúor(a 99%) de modo que a corrente que sai(L) deve conter 0,1% de alumínio
e 0,01% de flúor. É então separada em filtro mecânico de modo que exista apenas 0,1%
de MO na corrente final dessa unidade. 90% da massa da torta do filtro é de MO e o
restante é umidade.
a. Desenvolva o BM
b. Quantos litros por dia de metano saem na corrente G? Assuma que toda a
MO é composta de metano. Dados P = 1atm, T = 25 C
Respostas:
a) F G H I J L M O
Água(%) 1 30 1 10
SM(%) 3 3,7 70 99 3,8 3,8
MO(%) 20 99 1,2 1,2 0,1 90
W (kg/min) 100 19,2 80,8 0,113 0,00817 80,9 79,9 1
b) 41870000 L/dia
9) Tem-se uma solução saturada de dicromato de potássio (K2Cr2O7) a 40 ºC. Deseja-se obter o
sal em sua forma sólida. Para isso, temos duas alternativas: usar um cristalizador que resfriaria a
solução até 5 ºC ou um evaporador que elevaria a temperatura até 100 ºC para evaporar a água,
fazendo com o que o sólido precipitasse. Com seus conhecimentos e pela análise do gráfico
abaixo, qual é a melhor alternativa? Justifique e desenvolva o balanço de massa para as duas
opções, sabendo que a corrente de entrada é de 400 kg/h. Qual quantidade de sólido é recuperado
na cristalização e quanto é o rendimento dessa operação? Para se obter a mesma quantidade de
sólidos no evaporador, qual é a quantidade de água que deve ser retirada? Relacione os resultados
dos balanços com sua justificativa de escolha. Apresente os resultados finais na forma de uma
tabela de fácil leitura.
Dados (do gráfico):
Solubilidade do K2Cr2O7 a 5 ºC – 6 g/100g de água
Solubilidade do K2Cr2O7 a 40 ºC – 29 g/100g de água
Solubilidade do K2Cr2O7 a 100 ºC – 104 g/100g de água
75
Se fosse feito o mesmo processo para o Ca(C2H3O2)2, qual seria a melhor escolha, o
cristalizador ou o evaporador? Justifique.
LISTA 8:
1) Um tanque contém uma mistura com as seguintes frações molares: 45% de H2O,
25% de HBr, 10% de H3PO4 e 20% de HNO3. Determine a fração mássica de cada
constituinte assim como a vazão mássica da alimentação sabendo que 1000 kmol/h de
solução são alimentadas. (R:H2O-16%, 8,1 ton/h; HBr- 39,9%, 20,225 ton/h; H3PO3-
19,3%, 9,8 ton/h; HNO3-24,8%, 12,6 ton/h)
3) Uma lama de talco contém 80,0 % em massa de água. 80,0 % da água é removida por
filtração, o que faz a massa de lama reduzir em 64,0 kg. Calcule:
76
a) a massa original da lama;(R: 100kg)
b) a porcentagem de água presente na lama após a filtração.(R:44,44%)
4) Uma solução aquosa de NaOH a 10,0 % (em massa) deve ser concentrada em um
evaporador onde 500,0 kg/h de água são evaporados. Se a solução final contiver 28,2
% de NaOH, calcule a vazão da solução concentrada final.(R: 274,7 kg/h)
5) Um tanque contém uma mistura com as seguintes frações molares: 45% de H2O, 25%
de HBr, 10% de H3PO4 e 20% de HNO3. Determine a fração mássica de cada
constituinte assim como a vazão mássica da alimentação, sabendo que 1000 kmol/h de
solução é alimentada. Calcule também a “massa molar média” dessa mistura.(R:H2O-
16%, 8,1 ton/h; HBr- 39,9%, 20,225 ton/h; H3PO3-19,3%, 9,8 ton/h; HNO3-24,8%, 12,6
ton/h; MMm=50,725 kg/kmol)
7) Para diluir 100 kg/h de uma solução de álcool a 40 % (em massa), é adicionada uma
corrente de água de 20 kg/h. Calcule a vazão molar da corrente de saída do tanque e a
concentração molar de álcool nessa corrente.(R: Qms=5,31 kmol/h;
Concentraçãoetanol=16,4%)
77
11) Um classificador de maçãs por tamanho classifica as frutas em grandes e pequenas.
A separação não é perfeita, mas é importante para a comercialização das frutas. Após
a classificação, as frutas saem do equipamento através de duas esteiras, chamadas
esteira inferior e esteira superior. A fração de maçãs grandes que saem na esteira
superior é cinco vezes superior à fração de maçãs grandes na esteira inferior. Cem mil
maçãs passam pelo classificador a cada dia, sendo que 40 % são classificadas como
grandes. Sabe-se também que 30.000 maçãs saem pela esteira superior a cada dia.
Encontre as frações de maçãs grandes em cada esteira e o fluxo total de maçãs na esteira
inferior.(R:EsmG=90,9%; EimG=18,18%; Eifluxo=70.000 maçãs).
LISTA 9:
1) Um cereal que contém 25 % em massa de água necessita ser seco até atingir, no
máximo, 5 % de umidade. Calcule a porcentagem de remoção da água, sabendo que a
alimentação é de 200 kg/h.(R: 84,2% de remoção)
2) Uma mistura liquida (corrente F) contendo 30% de benzeno (B), 25% de tolueno (T) e
45% de xileno (X), em base molar, é alimentada a uma taxa de 1275 kmol/h em uma
unidade de destilação constituída de duas colunas. O produto de fundo da primeira
coluna (corrente C) contém 99% em mol de X e nenhum B, sendo que 98% da
quantidade de X que é alimentado são recuperados nessa corrente. O produto de topo
da segunda coluna (corrente D) contem 99% em mol de B e nenhum X. O benzeno
recuperado nessa corrente representa 96% do B presente na corrente de alimentação.
Chame a corrente de topo da 1ª coluna de A e a corrente de fundo da 2ª coluna de E.
Calcule as correntes em kmol/h e as frações molares dos componentes em cada corrente
de produto de ambas as colunas.(Corrente A: 707,5 kmol/h, sendo 382,5 kmol/h de
benzeno, 313,07 kmol/h de tolueno e 11,48 kmol/h de xileno. Corrente C: 567,95
kmol/h, sendo 562,27 kmol/h de xileno e 5,68 kmol/h de tolueno. Corrente D: 370,9
kmol/h sendo 367,2 kmol/h de benzeno e 3,7 kmol/h de tolueno. Corrente E: 336,15
kmol/h sendo 309,37 kmol/h de tolueno, 15,3 kmol/h de benzeno e 11,48 kmol/h de
xileno. Corrente F dada no enunciado)
78
6) Em sua tarefa como novo engenheiro de uma indústria, você deve implementar um
sistema de recuperação de acetona que seja capaz de remover acetona da corrente
gasosa que era jogada na atmosfera. Seu chefe forneceu o fluxograma do sistema
proposto. A partir das informações dadas desenvolva o balanço de massa para que os
equipamentos possam ser dimensionados (faça as hipóteses que forem convenientes).
(Corrente F: 92,84 kg/h de acetona e 3042,1 kg/h de ar. Corrente C: 3042,1 kg/h de Ar.
Corrente D: 1200kg/h de água e 92,84 kg de acetona. Corrente E: 29,7 kg/h de acetona
e 0,3 kg/h de água. Corrente G: 1199,7 kg/h de água e 63,14 kg/h de acetona)
7) Uma coluna de absorção recebe 500 kg/h de uma mistura de gases contendo 20% em
massa de metano, 70% em massa de N2 e 10% em massa de CO2. Para absorver o
metano empregar-se-á, como solvente, uma corrente contendo 98% em massa de
hexano e 2% de metano. Sabendo-se que a eficiência da absorção é de 100% e que CO2
e N2 não são absorvidos, calcular a quantidade de solvente a ser empregada para que a
solução que deixa a coluna apresente 60% em massa de metano.(R: Solvente 68,974
kg/h de solvente)
8) Açúcar úmido contendo 20% em massa de água entra em um secador, em que 75% da
água é removida. Desenvolva o balanço de massa para uma produção de 250 kg/h de
açúcar seco.(R: Entrada 294 kg/h. Produto: 250kg/h de açúcar “seco”, 235,3 kg/h de
açúcar puro e 14,7 kg/h de água. Água Retirada: 44,1 kg/h de água)
10) Um sólido contendo 20% de água (base mássica) é continuamente alimentado a uma
vazão de 900 kg/h em uma secadora. É empregado ar, a fim de reduzir a umidade do
sólido para no máximo 4%. O ar utilizado na secagem possui uma umidade de 0,82 kg
79
de água para cada 100 kg de ar (esta mistura é chamada de ar seco). Considerando que
na saída a umidade do ar deve ser limitada a 21,2 kg de água por 100 kg de ar, calcule:
a) A porcentagem de remoção de água do sólido original.(83,33 %)
b) A vazão mássica de ar seco.(735,65 kg/h)
LISTA 10:
1) Um reator produz óxido de etileno a partir do etileno. Determinar o BM no reator para uma
produção de 1500kg/h de óxido (PM = 44) com alimentação estequiométrica e conversão de
70% do etileno alimentado.
(Resp.: [kmol/h]: Alim: C2H4 = 48,7, O2 = 24,35 Sai: C2H4 = 14,61, O2 = 7,305, CH3OH =
34,09)
80
C2H4 + O2 C2H4O
(Resp.: [kmol/h]: Alim: NaCl = 1,66, H2SO4 = 0,83 Sai: NaCl = 0,25, H2SO4 = 0,12,
Na2SO4 = 0,70, HCl = 1,41)
3) Um reator produz óxido de etileno a partir do etileno. Determinar o BM no reator para uma
produção de 1000kg/h de óxido (PM = 44) com excesso de 40% de etileno e conversão de
90% do O2 alimentado. (Resp.: [kmol/h]: Alim: C2H4 = 35,3, O2 = 12,6 Sai: C2H4 = 12,6, O2
= 1,3, C2H4O = 22,7)
C2H4 + O2 → C2H4O
CH3CHO 10
H2O 10
O2 3
CH3CH2OH 2
81
6) Em um reator são alimentados 100 kmol/h de metano, que sofre combustão completa,
utilizando 50 % de excesso de oxigênio. Sabendo que 97 % do metano alimentado é
queimado, calcule a vazão e a composição molar da corrente gasosa na saída do reator.
C2H6 → C2H4 + H2
100 mol/min são alimentados no reator e na corrente do produto formado há uma vazão de
hidrogênio igual a 40 mol/min. Com base nas informações fornecidas, determine as vazões
(em mol/min) de etano e eteno na corrente de produto.
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ANEXO 5 – EXEMPLOS DE ALGUNS PROCESSOS INDUSTRIAIS
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5 BIBLIOGRAFIA:
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