Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Unidade III
7 JAVASCRIPT
Outra característica comum às linguagens de scripting é que, normalmente, elas são interpretadas,
ou seja, não dependem de compilação para serem executadas. Tais scripts são interpretados pelo próprio
browser para não haver a necessidade dos recursos de um servidor (FREEMAN; ROBSON, 2016).
O JavaScript surgiu na empresa Netscape com o nome LiveScript. No final de 1995, ele foi comprado
pela empresa Sun (criadora do Java) e, por essa razão, recebeu o nome pelo qual o conhecemos até
hoje. O JavaScript não é próprio do browser Netscape. A Microsoft e outros fornecedores também
adotaram‑no. Vale lembrar que o JavaScript não é o Java (BALDUINO, 2013).
Vale destacar, nesse contexto, o uso da tag <script>. Ela pode ser declarada dentro da tag <head>
ou na tag <body>. No entanto, por estarmos trabalhando com uma linguagem de programação
interpretada, o código é lido pelo browser de forma imediata (FREEMAN; ROBSON, 2016).
Observação
135
Unidade III
Com o objetivo de testarmos nosso primeiro JavaScript, criaremos um novo projeto. Para isso,
criaremos uma pasta chamada de “projeto_js”, conforme mostrado a seguir.
Lembrete
Geraremos um arquivo chamado de “index.html” dentro da pasta “projeto_js” que acabamos de criar.
136
PROGRAMAÇÃO WEB RESPONSIVA
Editaremos o arquivo index.html, inserindo nele a estrutura padrão de uma página HTML.
Dentro do <head> inseriremos nossa primeira tag <script> e, dentro dela, colocaremos um evento
do tipo alert em JavaScript, conforme mostrado a seguir.
Observação
137
Unidade III
Podemos notar que o Script executado faz a pausa no processamento da página, pois foi inserido na
tag <head>. Nesse caso, seria mais interessante adicioná-lo dentro da tag <body>.
Da mesma forma que aprendemos com o CSS, o JavaScript pode ser executado em um arquivo
externo. Imagine uma situação em que um mesmo script precise ser realizado em outras páginas.
Inicialmente, crie uma pasta chamada de “js” dentro da pasta inicial do nosso projeto, lembrando
que js é uma abreviação de JavaScript e que esse nome foi dado para organizar melhor o projeto.
Portanto, a seu critério, pode ser atribuída outra nomenclatura a essa pasta.
138
PROGRAMAÇÃO WEB RESPONSIVA
Criaremos um arquivo de JavaScript. Para isso, abra o Microsoft Visual Studio Code e clique na opção
“File” e depois “New File”.
Após a abertura do arquivo que foi criado, clique novamente na opção “File” e selecione a
opção “Save As”.
139
Unidade III
Navegue até a pasta “js” do projeto. Na opção “Nome”, escreva scripts.js. Na opção “Tipo”, selecione
“JavaScript”, conforme mostrado a seguir. Ao concluir, clique em “Salvar”.
Editaremos o arquivo scripts.js que acabamos de criar inserindo o código mostrado na figura a
seguir a ele.
140
PROGRAMAÇÃO WEB RESPONSIVA
Já criamos o arquivo com o código JavaScript, agora faremos uma página HTML. Primeiramente, crie
uma pasta “páginas”, sem acento, dentro do projeto. Logo em seguida, gere uma página chamada de
exemplo1.html dentro da pasta “páginas”.
Edite o arquivo exemplo1.html conforme mostrado no código da figura a seguir. Repare que vamos
incorporar/vincular nossa página HTML ao arquivo de scripts (js/scripts.js) que criamos, da mesma forma
que fizemos nas unidades anteriores do livro-texto com o vínculo do CSS.
Visto que colocamos o script em arquivo externo, podemos fazer o reaproveitamento de funcionalidade
em diversas páginas. Ao inicializar a página, será exibida a mensagem mostrada na figura a seguir.
141
Unidade III
Figura 284 – Arquivo exemplo1.html executado no navegador após clique no botão “OK”
7.4 Eventos
No JavaScript, podemos utilizar vários eventos em diversos elementos para interação com o usuário.
A seguir, listamos os principais deles.
• onchange: evento que ocorre quando um campo de texto tem seu valor modificado.
142
PROGRAMAÇÃO WEB RESPONSIVA
7.5 Função
Uma função opera como um subprograma dentro do nosso programa. Em estudos de algoritmos,
as funções e os procedimentos são um conjunto de instruções que executam uma ou várias tarefas.
Tais tarefas podem envolver, por exemplo, cálculo ou envio de uma mensagem de alerta ao usuário
(FREEMAN; ROBSON, 2016).
No exemplo mostrado na figura a seguir, criaremos, dentro da pasta “páginas” do nosso projeto,
uma página HTML chamada de exemplo2.html e, também, adicionaremos um botão. Ao clicar nesse
botão (evento onclick), será emitido um alerta por meio da função que vamos criar (clique_botao)
(BALDUINO, 2013).
143
Unidade III
7.6 DOM
Já estudamos muito o HTML, criamos nossas primeiras tags, aprendemos a respeito do CSS, fizemos
formulários e páginas bonitas, agora chegou o momento de avançarmos. Precisamos dar vida às nossas
páginas, portanto, necessitamos de movimentos. Queremos que, ao clicarmos em um botão, tenhamos
como resultado um evento. Para isso, usaremos o DOM, que foi criado pelo W3C para representar como
os navegadores organizam as marcações HTML, XHTML e XML.
7.6.1 Métodos
O DOM é composto de diversos métodos. Eles são responsáveis por fazer a ligação entre os elementos
e os eventos. A seguir, mostraremos os métodos mais utilizados e para que eles servem.
7.6.1.1 getElementById()
O método getElementById, como o próprio nome diz, retorna o elemento que contém o nome do ID
informado por parâmetro. Devido ao fato de os IDs normalmente serem únicos, esse método atingirá
apenas um elemento.
7.6.1.2 Innerhtml
Para fazermos alterações no HTML por meio do JavaScript, utilizamos o .innerhtml. Além de realizar
essas modificações, o .innerhtml pode acessar apenas o conteúdo da tag selecionada.
Criaremos uma nova página dentro da nossa pasta “páginas” com o nome exemplo3.html, conforme
mostrado na figura a seguir.
144
PROGRAMAÇÃO WEB RESPONSIVA
Esse parágrafo não terá nenhum conteúdo. Portanto, ao executarmos nossa página, ela ficará toda
em branco, conforme mostrado na figura a seguir.
Agora, definiremos um conteúdo para o parágrafo por meio do código JavaScript mostrado na
figura a seguir.
No nosso próximo exemplo, criaremos uma página chamada de exemplo4.html dentro da pasta
“páginas” do nosso projeto. Inseriremos dois parágrafos. No primeiro deles, colocaremos um evento
ondblclick. Definiremos um id para o segundo, conforme mostrado na figura a seguir.
145
Unidade III
Como resultado, teremos a página mostrada na figura a seguir. Faça um teste clicando duas vezes
sobre o parágrafo. Repare que, ao clicar duas vezes, nenhuma ação ou mudança ocorrerá, pois ainda não
implementamos o código JavaScript.
Dando sequência ao nosso projeto, complemente o código, incluindo o código JavaScript mostrado
na figura a seguir. Repare que, nesse caso, o comando JavaScript foi definido dentro do <body> da
página. Isso foi proposital, pois como o código HTML é interpretado pelo browser, o conteúdo do
parágrafo (id=”demo”) é modificado automaticamente após execução desse trecho da página.
Como resultado, teremos a frase “Olá, Mundo!!!” preenchida automaticamente em nosso parágrafo
com id=”demo” após o evento de clique do mouse no parágrafo.
Faremos uma nova implementação utilizando o evento “Clique Duplo” (ondblclick). Para isso,
crie uma nova página chamada de exemplo5.html e digite o código mostrado na figura a seguir.
146
PROGRAMAÇÃO WEB RESPONSIVA
Ao clicarmos duas vezes sobre o parágrafo, teremos o resultado mostrado na figura a seguir.
Figura 298 – Página exemplo5.html em execução no navegador após clicar duas vezes no parágrafo
147
Unidade III
Repare a mudança da cor da fonte ao manter o clique pressionado (ficará na cor vermelha).
Figura 301 – Página exemplo6.html em execução no navegador após clique longo com o mouse no parágrafo
Por fim, ao soltar o clique do mouse, a cor do texto será modificada novamente: ficará verde,
conforme mostrado na figura a seguir.
Figura 302 – Página exemplo6.html em execução no navegador após soltar clique longo com o mouse no parágrafo
No exemplo a seguir, iremos criar dentro da pasta “páginas” do projeto outra chamada de
exemplo7.html. Dentro dela, implementaremos uma função para modificar as propriedades de um
elemento, ou seja, criaremos uma função que vai alterar o tamanho, a cor da fonte e o background
de um parágrafo. Implemente o código mostrado na figura a seguir.
148
PROGRAMAÇÃO WEB RESPONSIVA
No próximo exemplo, criaremos uma página chamada de exemplo8.html na pasta “páginas” do nosso
projeto. Ela realizará a soma de dois valores (números). Para isso, geraremos um formulário no qual serão
recebidos o primeiro (“numero1”) e o segundo números (“numero2”). O resultado da soma de ambos será
apresentado no campo “Resultado”. Para isso, implemente o código mostrado na figura a seguir.
149
Unidade III
Agora, faça um teste e verifique se nenhum cálculo será realizado, pois ainda não implementamos
nossa função para a realização dele.
Inseriremos a função que calcula a soma dos dois valores. O resultado desse cálculo deve ser exibido
no campo “Resultado”. Para isso, implementaremos o código mostrado na figura a seguir.
Executaremos nossa página e realizaremos um teste para ver como será o resultado obtido. Repare
que o campo “Resultado” ficou com o fundo amarelo e a cor de fonte vermelha.
Figura 309 – Página exemplo8.html em execução no navegador após a realização da soma de dois números
Saiba mais
Para conhecer melhor sobre o JavaScript, veja sua documentação oficial em:
MDN WEB DOCS. JavaScript tutoriais. Mdn Web Docs, 18 abril 2021b.
Disponível em: https://cutt.ly/CvIiCEe. Acesso em: 19 abr. 2021.
150
PROGRAMAÇÃO WEB RESPONSIVA
8 BOOTSTRAP
O Bootstrap é um framework JavaScript, HTML e CSS para desenvolvimento de sites e aplicações web
responsivas. Ele torna o desenvolvimento de páginas web muito mais dinâmico, é indicado para todos
os níveis de desenvolvedores e funciona em dispositivos dos mais variados tipos.
Em meados de 2011, Mark Otto, um desenvolvedor que trabalhou no Twitter, criador do Bootstrap com
Jacob Thornton, anunciou o lançamento do Bootstrap em um artigo publicado no blog do Twitter. Nesse
artigo (SILVA, 2011), Otto relatou que no início do Twitter, cada desenvolvedor utilizava a biblioteca que
conhecia com mais profundidade. No entanto, esse procedimento gerou inconsistências, pois dificultou
a integração, a escalabilidade e a manutenção das aplicações criadas por diferentes membros da equipe.
A solução para tal problema foi a criação do Bootstrap, que disponibiliza cinco seções: introdução,
CSS, componentes, plugins e personalização.
Saiba mais
Logo no início, você encontrará um link para fazer o download. Clique em “Download” para começá‑lo
imediatamente.
151
Unidade III
Crie uma pasta em sua área de trabalho na qual armazenará o projeto utilizando Bootstrap. No caso,
ela foi criada com o nome projeto_bootstrap.
Lembrete
Teremos, dentro da pasta, uma hierarquia de arquivos, que é criada automaticamente. Feito isso, o
Bootstrap estará dentro da nossa pasta do projeto. No entanto, ao trabalhar com o projeto, teremos que
importá-lo dentro de nosso código. Isso será visto posteriormente.
152
PROGRAMAÇÃO WEB RESPONSIVA
Dentro da pasta raiz do nosso projeto, criaremos um arquivo chamado de “index.html”, seguindo os
procedimentos já empregados.
Esse arquivo deve possuir a estrutura básica de uma página HTML. Dentro do <body>, criaremos dois
botões, conforme a estrutura mostrada na figura a seguir.
153
Unidade III
Até o exato momento, inserimos as pastas do Bootstrap em nosso projeto, mas não as utilizamos.
Vamos chamá-lo em nossa página.
Podemos notar que algumas configurações de nossa página sofrerão alterações, visto que estamos
usando com o link as configurações padrão de estilo do Bootstrap, por exemplo, distância para a borda da
esquerda e certos polimentos de alguns componentes. Dependendo do seu navegador, essas diferenças
serão mínimas.
Vamos à documentação do Bootstrap para vermos como inserir alguns componentes ao projeto. Para
isso, acessamos o site getbootstrap.com e vamos à seção de “Documentation” no item “Components”,
conforme mostrado a seguir.
154
PROGRAMAÇÃO WEB RESPONSIVA
Na barra “Components”, encontraremos diversos deles. Para o caso do exemplo com o qual estamos
trabalhando, clicaremos em “Buttons”.
155
Unidade III
Utilizaremos o código do botão vermelho, quarta linha do exemplo anterior, no botão dois da página
index.html. Com isso, o código dele ficará da forma mostrada na figura a seguir.
Após salvarmos o arquivo index.html com a alteração realizada, poderemos executá-la. O resultado
será o mostrado na figura a seguir.
Figura 323 – Página “index.html” em execução no navegador após alteração do botão ”2”
O botão “2” está utilizando as configurações do framework Bootstrap para ficar com um layout
mais bonito. Podemos notar o quanto é rica a documentação do Bootstrap. Vale a pena explorarmos os
diversos componentes oferecidos por esse framework, o que pode ser feito de modo gratuito no próprio
site oficial da empresa.
156
PROGRAMAÇÃO WEB RESPONSIVA
Após salvarmos o arquivo index.html com a alteração realizada anteriormente, poderemos executá‑la.
Obteremos o resultado mostrado na figura a seguir.
Você prefere botões maiores ou menores? Inclua .btn-lg ou .btn-sm para obter tamanhos
adicionais de botões.
Após salvarmos o arquivo index.html com a alteração realizada anteriormente, poderemos executá‑la.
Obteremos o resultado mostrado na figura a seguir.
Figura 327 – Página “index.html” em execução após a alteração da classe do btn-lg no botão
Customizaremos nosso botão “1”. Usaremos o btn-sm para deixá-lo menor e compará-lo com
o botão “2”.
157
Unidade III
Após salvarmos o arquivo index.html com a alteração realizada anteriormente, poderemos executá‑la.
Obteremos o resultado mostrado na figura a seguir.
Exploramos algumas propriedades dos botões por meio da documentação do Bootstrap. Como
sugestão, sugerimos o acesso à documentação e a verificação total do que se pode fazer com os
componentes com os quais irá trabalhar.
Aprenderemos a criar um menu responsivo utilizando o Bootstrap. Antes disso, criaremos uma
pasta chamada de “páginas” dentro do nosso projeto. Em seguida, geraremos um arquivo chamado de
exemplo1.html. Nossa pasta ficará com a estrutura mostrada na figura a seguir.
Criaremos uma estrutura básica HTML em nossa página, fazendo o link para o Bootstrap, conforme
mostrado na figura a seguir.
158
PROGRAMAÇÃO WEB RESPONSIVA
Agora que nosso arquivo chamado de exemplo1.html está configurado, entraremos no site do
Bootstrap e iremos em “Documentation/Components/Navbar”.
159
Unidade III
Clicaremos no botão “Copy” (do lado direito superior) e copiaremos o código do navbar inteiro para
dentro do nosso <body>.
160
PROGRAMAÇÃO WEB RESPONSIVA
Esse exemplo usa utilitários de cor (bg-light) e de espaçamento (my-2, my-lg-0, mr-sm-0 e my‑sm-0).
Note que, na figura anterior, o texto não está completo. Portanto, entre na documentação e copie o
código diretamente por lá.
Figura 337 – Página exemplo1.html em execução no navegador após ter a janela reduzida
Note que o comportamento de nosso menu mudou de acordo com o tamanho da tela onde ele está
sendo executado. Portanto, criamos, de forma simples, um menu responsivo.
Agora que já vimos um pouco a respeito de um menu responsivo por meio da documentação do
Bootstrap, aprenderemos a criar um pequeno menu responsivo do zero. Para isso, criaremos uma nova
página dentro da pasta de páginas do nosso projeto, chamada de exemplo2.html. Nela, inseriremos a
estrutura básica de uma página HTML e o link para o nosso Bootstrap.
161
Unidade III
Esse menu de navegação consiste em uma lista não ordenada com vários itens, sendo que cada um
deles é um link. Inseriremos o código mostrado na figura a seguir dentro do <body>.
Importaremos o Bootstrap em nosso projeto. Para isso, as pastas “css” e “js” do Bootstrap devem
estar dentro da pasta do projeto. Com o objetivo de importarmos tais elementos em nossa página, basta
adicionarmos o comando mostrado a seguir.
162
PROGRAMAÇÃO WEB RESPONSIVA
Observação
Inseriremos um elemento do HTML para trazer semântica à nossa página. Trata-se da tag <nav>,
conforme mostrado na figura a seguir.
163
Unidade III
Em nosso layout, não precisamos de tanta coisa. Inseriremos o trecho mostrado na figura a seguir
em nossa tag <nav>.
Note que o comportamento do menu foi modificado de acordo com o tamanho em que a página
está sendo executada no navegador. Isso se dá pelo fato de estarmos utilizando o Bootstrap e ele tratar
da responsividade das páginas.
Podemos notar também que os links estão grudados e a inserção de uma pequena margem resolveria
esse problema. Assim, usaremos tudo o que o Bootstrap tem de pronto para solucionar a situação. Na
documentação, repare que cada link do menu tem a class nav-link. Logo, faremos o que se mostra
na figura a seguir.
164
PROGRAMAÇÃO WEB RESPONSIVA
Ao executarmos nossa página de forma maximizada, teremos a saída mostrada na figura a seguir.
Ao executarmos nossa página de forma minimizada, teremos a saída mostrada na figura a seguir.
Figura 351 – Página exemplo2.html redimensionada em execução no navegador após a inserção do nav-link
Chegamos a um ponto interessante. Perceba como não foi preciso criarmos regra CSS para fazermos
nosso projeto, simplesmente colocamos as classes informadas na documentação. Faz parte da rotina de
um desenvolvedor que está criando algo com Bootstrap deixar o getbootstrap.com aberto, e é claro que,
com o tempo, acabamos memorizando algumas das suas funcionalidades.
Outro detalhe dessa barra de navegação, reparou que o menu não está centralizado?
165
Unidade III
Como resolver isso? O Bootstrap tem uma classe genérica muito utilizada em diversas ocasiões
para centralizar horizontalmente os elementos na tela, a classe container. Logo, somente precisaremos
colocá-la envolvendo nosso menu, conforme mostrado na figura a seguir.
Figura 353 – Página exemplo2.html em execução no navegador após a inserção tag <div> com a class container
Repare que o menu foi centralizado, entretanto, ele está cortando as laterais. Precisamos centralizar
o <nav> todo ou somente seu conteúdo? No caso em análise, mudaremos a <div> de lugar, de forma
que ela ficará acima do <ul>, afetando apenas a ele.
166
PROGRAMAÇÃO WEB RESPONSIVA
Figura 355 – Página exemplo2.html em execução no navegador após a alteração da tag <div> de lugar
Uma preocupação que tomou conta do mundo do desenvolvimento e do design web foi o mobile.
Isso foi depois de os smartphones se popularizarem, em meados de 2007. Logo, alguns desenvolvedores
pensaram ser interessante iniciar a concepção de um site tendo em mente uma tela de tamanho
reduzido. E foi assim que surgiu o conceito de pensar primeiro no mobile (“mobile first”).
É por conta desse conceito que o Bootstrap, a partir de sua versão 3, começou a focar primeiro
no mobile. Vamos fazer com que o menu fique fechado (ou colapsado, em linguagem técnica). Caso o
usuário precise utilizá-lo, ele clicará em um botão no qual está escrito “Menu” para abrir a sua navegação.
Primeiramente, deixaremos o menu colapsado e nos preocuparemos com o botão em seguida. Veja
na documentação do Bootstrap, na parte do navbar, que esse framework utiliza duas classes, chamadas
de “colapse” e de “navbar-collapse”, o que deixa nosso código da forma mostrada na figura a seguir.
O menu desaparece quando o browser está pequeno. Excelente! Criaremos um botão com o qual o
usuário poderá interagir com a navegação, deixando o menu visível quando isso acontecer. Para se fazer
um botão usando HTML, temos o elemento <button>. Vamos colocá-lo em nosso código, com o texto
menu em seu conteúdo.
167
Unidade III
Ao executarmos nossa página de forma maximizada, teremos a saída mostrada na figura a seguir.
Ao executarmos nossa página de forma maximizada, teremos a saída mostrada na figura a seguir.
Figura 359 – Página exemplo2.html redimensionada em execução no navegador após a inserção do botão
Para estilizarmos o botão, poderíamos colocar um float: right e fazer ajustes utilizando margens.
Entretanto, o Bootstrap apresenta uma classe para esse caso específico. Basta utilizarmos a classe
“navbar-toggler”, que faz exatamente o que queremos.
168
PROGRAMAÇÃO WEB RESPONSIVA
Figura 361 – Página exemplo2.html em execução no navegador após a inserção da classe “navbar-toggler” no botão
Note que, ao clicarmos no botão com a página redimensionada, o menu ainda não aparece. Resta-nos
agora fazer a parte comportamental. Para a interação, sabemos que o JavaScript (JS) é uma boa pedida.
O Bootstrap, além do arquivo de estilos, vem com um arquivo contendo plugins prontos, componentes
que foram pensados para serem funcionais. Então, precisaremos aprender JS? Não, basta chamarmos
esse script e configurar os componentes devidamente. Vamos chamar o script do Bootstrap antes de
fecharmos a tag <body>, conforme mostrado na figura a seguir.
Agora, o script do Bootstrap precisa saber quem ele deve colocar no comportamento de chave, de
liga-desliga, de toggle. Para isso, devemos inserir no <button> dois atributos customizados que foram
idealizados a fim de fazer justamente essa ponte entre o HTML e o JS do Bootstrap, o data-toggle e o
data-target.
É no valor do segundo que passamos quem será o afetado, quem é o alvo do efeito. No caso, o
elemento que tiver a classe “navbar-collapse”. Repare que precisamos colocar o seletor com o ponto no
começo, conforme a figura a seguir.
169
Unidade III
Em qual elemento queremos colocar o efeito de abre-fecha? Na <div>, em volta da <ul>. Inclusive,
essa <div> possui classes para estilo, como a collapse, mostrada na figura a seguir.
Mesmo com o script carregado e o botão e os menus prontos, se fizermos um teste, veremos
que nosso projeto ainda não está funcionando. O que houve? O arquivo JavaScript do Bootstrap foi
desenvolvido em cima de outro script, o famoso jQuery. Se o Bootstrap depende do jQuery, precisamos
chamá-lo no HTML para que o navegador possa interpretar seu código corretamente, antes da chamada
do JavaScript do Bootstrap, conforme mostrado na figura a seguir.
170
PROGRAMAÇÃO WEB RESPONSIVA
Agora que já vimos as principais funcionalidades de um menu responsivo, vamos explorar um pouco
mais a documentação do Bootstrap. Aprenderemos detalhes de como utilizar menus prontos. Para isso,
trabalharemos com um arquivo chamado de exemplo3.html, mas deixaremos nosso arquivo apenas com
a estrutura básica de uma página HTML, com o link para nosso Bootstrap.
Figura 369 – Página exemplo3.html com estrutura HTML básica e importação do Bootstrap
171
Unidade III
Após descermos um pouco a página, deveremos selecionar a opção de “Navbars”, conforme mostrado
na figura a seguir.
172
PROGRAMAÇÃO WEB RESPONSIVA
Iremos à opção de mostrar o código-fonte da página. Se optarmos, por exemplo, pelo Google Chrome,
basta clicarmos com o botão direito do mouse na página e selecionar a opção de exibir o código-fonte.
Vale notar que cada navegador oferece uma forma diferente para acessar o código-fonte da página.
Veja que temos diversos modelos de navbar prontos na página de exemplos, onde há uma tag <nav>
para cada um dos navbars que podemos visualizar. Copiaremos o código do navbar expand at md.
Após inserirmos esse código no <body> da página, ainda precisaremos de alguns eventos utilizando
jquery para que o menu possa ser aberto quando a página estiver em um tamanho pequeno. Logo após
isso, teremos de criar os scripts mostrados na figura a seguir no final do nosso body.
Podemos notar que o menu apresenta a aparência mostrada na figura a seguir quando o site é
aberto em tela cheia em um computador.
173
Unidade III
Podemos notar que foi criado um menu à direita quando o site está sendo executado em uma tela
pequena. Ao clicarmos nele, veremos os submenus mostrados na figura a seguir.
Figura 377 – Página exemplo3.html em execução no navegador com tela redimensionada e botão do menu selecionado
Com o domínio das propriedades que aprendemos no início dos estudos de menu neste capítulo,
podemos criar novos itens em nosso menu, inserir os links para as páginas desejadas e, assim, customizar
o menu da forma que mais se adapte ao nosso projeto. Também, com o auxílio da documentação do
Bootstrap, podemos observar como alterar propriedades de nosso navbar.
Por exemplo, para mudar a cor de nosso navbar, iremos à opção “Documentation/Components/
Navbar”. Descendo um pouco a página, chegaremos à opção mostrada na figura a seguir.
174
PROGRAMAÇÃO WEB RESPONSIVA
Figura 380 – Página exemplo3.html em execução no navegador após a alteração do nav class
Saiba mais
Para conhecer melhor sobre o Bootstrap, veja sua documentação oficial em:
175
Unidade III
Resumo
176
PROGRAMAÇÃO WEB RESPONSIVA
Por fim, pudemos usar o CSS e o JavaScript com o HTML e, com isso,
criamos sites com visual altamente profissional em questão de minutos.
Exercícios
III – Uma desvantagem do uso do JavaScript é o fato de essa linguagem não possibilitar a inserção
de efeitos de apresentação e de interatividade às páginas web.
A) I, apenas.
B) I e III, apenas.
C) I e II, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
I – Afirmativa correta.
Justificativa: o JavaScript é uma linguagem de programação dinâmica e interpretada. Ela foi criada
originalmente para adicionar funcionalidades às páginas web, o que chamamos de front-end, mas, hoje
em dia, também é utilizada para a programação do back-end. Normalmente, executado no servidor.
177
Unidade III
II – Afirmativa correta.
Figura 381
Com base na análise e nos seus conhecimentos, avalie as asserções a seguir e a relação entre elas.
I – Na figura, vemos uma página index.html com tag <script> dentro do <body>.
porque
II – Na figura, o código JavaScript embutido na página está localizado entre as tags <h1> e </h1>.
178
PROGRAMAÇÃO WEB RESPONSIVA
I – Asserção verdadeira.
Justificativa: a figura dada mostra uma página index.html com tag <script> dentro do <body>.
II – Asserção falsa.
Justificativa: o código JavaScript embutido na página encontra-se entre as tags <script> e </script>.
179
REFERÊNCIAS
Textuais
BALDUINO, P. Dominando JavaScript com jQuery. São Paulo: Casa do Código, 2013.
BARROS, T. Internet completa 44 anos; relembre a história da web. TechTudo, 7 abril 2013. Disponível em:
https://cutt.ly/NvU4aaP. Acesso em: 19 abr. 2021.
CELKE. Tabela de cores HTML (nome, hexadecimal e RGB). Celke, 1º jan. 2018. Disponível em:
https://cutt.ly/vvIudjX. Acesso em: 19 abr. 2021.
CLARK, R. et al. Introdução ao HTML5 e ao CSS3: a evolução da web. Rio de Janeiro: Alta Books, 2014.
FREEMAN, E.; ROBSON, E. Use a cabeça: programação JavaScript. Rio de Janeiro: Alta Books, 2016.
GALLAGHER, N. A new micro clearfix hack. Nicolasgallagher.com, 21 abr. 2011. Disponível em:
https://cutt.ly/0vU144A. Acesso em: 19 abr. 2021.
MAZZA, L. HTML5 e CSS3: domine a web do futuro. São Paulo: Casa do Código, 2014.
MDN WEB DOCS. CSS tutoriais. Mdn Web Docs, 18 abr. 2021a. Disponível em: https://cutt.ly/kvIiUiI.
Acesso em: 19 abr. 2021.
MDN WEB DOCS. JavaScript tutoriais. Mdn Web Docs, 18 abr. 2021b. Disponível em: https://cutt.ly/CvIiCEe.
Acesso em: 19 abr. 2021
REDAÇÃO NSC. Pérolas do orkut: 5 motivos para já sentir saudades do site que está com os dias
contados. NSC Total, 30 jun. 2014. Disponível em: https://cutt.ly/XvU9sEq. Acesso em: 19 abr. 2021.
SILVA, M. S. CSS3: desenvolva aplicações web profissionais com uso dos poderosos recursos de
estilização das CSS3. São Paulo: Novatec, 2016.
SILVA, R. Twitter lança BootStrap para ajudar desenvolvedores de serviços. TechTudo, 19 ago. 2011.
Disponível em: https://cutt.ly/HvIszZ6. Acesso em: 19 abr. 2021.
180
SOUZA, N. Bootstrap 4: conheça a biblioteca front-end mais utilizada do mundo. São Paulo: Casa
do Código, 2016.
W3SCHOOLS. HTML tutorial. W3 Schools, [s.d.]. Disponível em: https://cutt.ly/cvU38eX. Acesso em:
19 abr. 2021.
Sites
https://code.visualstudio.com/
https://fonts.google.com/
https://getbootstrap.com/
https://pixabay.com/
181
182
183
184
Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000