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Teatro de Mater Boni Consilii, Personagens
Teatro de Mater Boni Consilii, Personagens
muito perto para nos atacar... Pedi a Santíssima Virgem de Scutari que nos proteja, me
colocando à disposição d’Ela para o que vier. Os maometanos, são muito numerosos...
e nosso exército é pequeno e despreparado...
Filho1: Mas os mais terríveis são os infiéis pervertidos pela infame turba...
Filho 2: Sim, os janízeros, isto é, filhos de fiéis católicos roubados para serem torturados
desde criança e pervertidos para o islamismo...
Filho 1: Assim fazem, por não serem capazes de produzir verdadeiros e ardorosos
guerreiros...
Filho 3: Claro, tais são os depravados costumes deles que isso se torna impossível...
Arauto: Mas saiba, meu senhor, estamos todos dispostos a lutar pela Albânia, e
sobretudo pela nossa fé... já deixei todas as armas preparadas e o vosso cavalo pronto
para partirmos...
Pai: Muito obrigado, bom e sempre fiel vassalo. Meus queridos filhos, para a luta
partiremos, mas o que mais temo... é de... perdendo a batalha, perca a vocês
também...Vamos, pois ainda temos muitos afazeres e planos para proteger as nossas
terras, mas tenhamos a certeza de quem estará ao comando de tudo será a Santa de
Scutari. Mas...
Jorge: Pai, podemos fazer uma promessa e um pedido à nossa Santa Mãe?
Pai: Meu pequeno Jorge, sempre com piedosas propostas. Diga.
Jorge: Junto ao miraculoso quadro, prometermos a nossa fidelidade. Mesmo se formos
presos, maltratados e obrigados a viver entre os infiéis. Nunca renunciarmos a Nossa
Santa Fé na Igreja Católica, ainda que nos tirem a vida. Para isso, confiarmos esse nosso
obscuro futuro a nossa Santa protetora Mãe, suplicando junto ao seu afresco, a proteção
do corpo e da alma.
Todos assentem, voltam a Igreja, se ajoelham, e rezam.
Pai: Vamos, entremos novamente na Igreja. Jorge, menor dos meus filhos, faça a oração
que teu coração indica.
Jorge: Sim senhor! Òh Santa e Imaculada Virgem de Scutari, nessa tormenta que iremos
entrar, dai-nos a graça de nunca nos sentirmos longe de Vós. Ainda que estejamos
fisicamente em um campo de batalha dispostos a todo e qualquer holocausto físico ou
moral, lutando contra os inimigos de Vosso Divino Filho, ajudai-nos a perseverar e o
quanto antes, novamente Vos encontrar, aqui na Terra ou já no Reino definitivo, o Céu.
Todos: Amém
Após a oração, fecham-se as cortinas. Explicar um pouco o contexto histórico.
Cena 2: No palácio dos príncipes Albaneses
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George: Quantas graças aqui alcançadas, se até hoje estamos vivos, depois de tantas
ferrenhas batalhas, é por causa da proteção dEla... Será que esses ataques, não serão um
castigo, por tanta falta de piedade de nossa parte? Quantos se fizeram como novos judas,
se vendendo-se aos infiéis...
De Sclavis: Certamente... Mas será que os Anjos, já que nós homens nada poderemos
fazer, deixarão que tão milagroso afresco seja simplesmente destruído... Algo me diz...
George: Ela nunca nos abandonará... mas... se ficarmos aqui para defende-la, com
certeza morreremos, mas Ela não pode... De Sclavis, lembra daquela última vez que o
nosso Príncipe Scanderbeg, aqui esteve rezando, nos contou um segredo de uma visão
que ele teve depois da confissão?
De Sclavis: Claro, George, inesquecível dia... Mas lembra também daquele sonho?
Ainda não o compreendi... Estávamos juntos em uma batalha, muitos mortos, outros
tantos fugitivos e... o mais triste esse nosso santuário destruído... Mas, em certo
momento, vi que o quadro...
George: E, De Sclavis, não será hoje o dia? Lembra-se daquele outro sonho em que a
Santa Mãe de Scutari nos apareceu e disse para nós dois tomarmos todas as providências
necessárias para uma viagem, pois era preciso deixar para sempre esse infiel país. E
acrescentou que Ela própria, em sua Santa Imagem, abandonaria Scutari com o intuito
de escapar das mãos sacrílegas dos turcos que, durante a próxima invasão, procurariam
dela se apoderar para profana-La.
De Sclavis: Prontos já estamos e hoje mesmo acordei com um sentimento muito
profundo...
Nesse momento Sclavos vai até o quadro e chama o George, em silêncio se aproximam
do quadro, e iniciasse um momento, tem que dar toda impressão de uma comunição...
Luz, e movimento do quadro, assim que os dois se aproximarem do afresco...
Cena 5: Chegada a terra firme, e o desencontro do Afresco
De Sclavis: Sr. Otávio
George: Sr. Jhonatan
Albaneses de algum dos lados do salão a cena se dá a frente das cortinas.
De Sclavis: Onde estamos??? Apenas sabemos que chegamos em terra firme...
George: Imagine... Apenas consegui calcular os 30 Quilômetros que caminhamos, do
santuário de Scutari até a praia que dá para o Mar Adriatico...
De Sclavis: Ih... Além do mais andamos sobre as águas...
George: Já nem mesmo me lembro a última refeição que fizemos... nem mesmo a fome
nos de teu em tão vasto percurso... Mas agora...
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De Sclavis: Poderíamos comer algo e descansar... Mas, onde está a nossa Santa Mãe?
Será que cometemos um grande pecado e agora Ela... nos abandonou?
George: Certamente, mas, como vamos encontrá-La? Apenas sabemos agora que
estamos em terra firme, e pelas construções e pessoas, sabemos estar em Roma... Mas
ninguém aqui nos entende....
Nesse momento se entreolham fazem um sinal da cruz e rezam algo em silêncio, e
saem de cena.
Cena 6: Chegada do afresco a Genazzano
De Sclavis: Sr. Otávio
George 2: Sr. Jhonatan
Entram novamente no salão, sem saber para onde caminhar... em certo momento,
quando já estirem mais próximos ao palco, as cortinas se abrem, e aparece o quadro
se movimentando e chegando na parede da Igreja. Os soldados cheios de alegria se
aproximam e ajoelham... cena muda.