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Teatro e Reunião sobre Mater Boni Consilii 23/04/2023


Personagens:
Pai Príncipe Albanês (João Castriota): Sr. Renato
Arauto: Sr. Miguel Santi
Filho 1 (mais velho): Sr. João K.
Filho 2: Sr. Fernando
Filho 3: Sr. Miguel Melo
Filho 4 (Jorge, Scanderbeg criança): Sr. João Polita
Scanderbeg adulto: Sr. Luca F.
João Filho de Scanderbeg: Sr. Miguel Santi
De Sclavis: Sr. Otávio
George: Sr. Jhonatan
Albanês 3: Sr. Sr. Cláudio K.
Confessor: Sr. Valdemir Maciel
Amurath II: Sr. Willian Reis
Mulçumano 1: Sr. Luan A.
Mulçumano Filho 2: Sr. João Reis
Mulçumano Filho 3: Sr. Leonardo Prost
Cena 1: Ida à Igreja de Nossa Senhora de Scutari
Pai Príncipe Albanês (João Castriota): Sr. Renato
Arauto: Sr. Miguel Santi
Filho 1 (mais velho): Sr. João K.
Filho 2: Sr. Fernando
Filho 3: Sr. Miguel Melo
Filho 4 (Jorge, Scanderbeg criança): Sr. João Polita
Personagens entram por um dos lados do salão, juntos conversando, ao chegar no
palco as cortinas se abrem e está montada a Igreja com o quadro de Nossa Senhora
de Scutari, entram se ajoelham, rezam por um tempo e se levantam e se juntam ao Pai.
Pai: Meus filhos, estamos vivendo momentos terríveis na nossa cidade, não sei se
conseguiremos voltar aqui para o nosso refúgio de orações... pois os infiéis, já estão
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muito perto para nos atacar... Pedi a Santíssima Virgem de Scutari que nos proteja, me
colocando à disposição d’Ela para o que vier. Os maometanos, são muito numerosos...
e nosso exército é pequeno e despreparado...
Filho1: Mas os mais terríveis são os infiéis pervertidos pela infame turba...
Filho 2: Sim, os janízeros, isto é, filhos de fiéis católicos roubados para serem torturados
desde criança e pervertidos para o islamismo...
Filho 1: Assim fazem, por não serem capazes de produzir verdadeiros e ardorosos
guerreiros...
Filho 3: Claro, tais são os depravados costumes deles que isso se torna impossível...
Arauto: Mas saiba, meu senhor, estamos todos dispostos a lutar pela Albânia, e
sobretudo pela nossa fé... já deixei todas as armas preparadas e o vosso cavalo pronto
para partirmos...
Pai: Muito obrigado, bom e sempre fiel vassalo. Meus queridos filhos, para a luta
partiremos, mas o que mais temo... é de... perdendo a batalha, perca a vocês
também...Vamos, pois ainda temos muitos afazeres e planos para proteger as nossas
terras, mas tenhamos a certeza de quem estará ao comando de tudo será a Santa de
Scutari. Mas...
Jorge: Pai, podemos fazer uma promessa e um pedido à nossa Santa Mãe?
Pai: Meu pequeno Jorge, sempre com piedosas propostas. Diga.
Jorge: Junto ao miraculoso quadro, prometermos a nossa fidelidade. Mesmo se formos
presos, maltratados e obrigados a viver entre os infiéis. Nunca renunciarmos a Nossa
Santa Fé na Igreja Católica, ainda que nos tirem a vida. Para isso, confiarmos esse nosso
obscuro futuro a nossa Santa protetora Mãe, suplicando junto ao seu afresco, a proteção
do corpo e da alma.
Todos assentem, voltam a Igreja, se ajoelham, e rezam.
Pai: Vamos, entremos novamente na Igreja. Jorge, menor dos meus filhos, faça a oração
que teu coração indica.
Jorge: Sim senhor! Òh Santa e Imaculada Virgem de Scutari, nessa tormenta que iremos
entrar, dai-nos a graça de nunca nos sentirmos longe de Vós. Ainda que estejamos
fisicamente em um campo de batalha dispostos a todo e qualquer holocausto físico ou
moral, lutando contra os inimigos de Vosso Divino Filho, ajudai-nos a perseverar e o
quanto antes, novamente Vos encontrar, aqui na Terra ou já no Reino definitivo, o Céu.
Todos: Amém
Após a oração, fecham-se as cortinas. Explicar um pouco o contexto histórico.
Cena 2: No palácio dos príncipes Albaneses
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Pai Príncipe Albanês (João Castriota): Sr. Renato


Filho 1 (mais velho): Sr. João K.
Filho 2: Sr. Fernando
Filho 3: Sr. Miguel Melo
Filho 4 (Jorge, Scanderbeg criança): Sr. João Polita
Amurath II: Sr. Willian Reis
Mulçumano 1: Sr. Luan A.
Mulçumano Filho 2: Sr. João Reis
Mulçumano Filho 3: Sr. Leonardo Prost
Estão em cena alguns mulçumanos o Príncipe Albanês derrotado amarrado e ferido,
os filhos com fisionomias de verdadeiros guerreiros de Nosso Senhor. Uma cena de
ódio à Fé e “aparente Vitória do Islã”. Amurath II cantando suas glórias das
conquistas feitas pelos mulçumanos.
Amurrath II: Alá quibá!!! Mais uma região conquistada para o grande e portentoso
império do Islã.... Logo dominaremos todo o orbe, e assim destruiremos o Império dos
Cristãos e Maomé será o senhor do Mundo. Exijo, com vistas a nossa Vitória, todos os
seus filhos dos cristãos, assim farei deles os melhores guerreiros de Alá!!!
O pai, assente com o gesto de cabeça, encorajando os filhos com o olhar a serem fiéis,
mas não tem forças para dizer nada. Todos demonstrando coragem e ardor.
Mulçumano I: Vamos, amarra-los e os leva-los para as nossas terras.
Amurath II: O que faremos com eles? Se aproximem... Estes maiores, talvez sirvam
para encher o nosso calabouço...Ah.... quanto tempo irão suportar defendendo sua fé no
Crucificado??? Mande para eles como ração diária a mais lenta e malfazeja solução
venenosa...
Filho 3: Até a Morte!
Filho 2: Nunca cederemos!
Filho 1: E por Nosso Senhor Jesus Cristo Morreremos!
Amurath II: E qual o seu nome? (se dirigindo ao mais novo)
Jorge: Jorge Castriota, filho da Santa Igreja Católica e grande devoto da Santíssima
Virgem.
Amurath II: Talvez esse sirva para mais algo... será educado com os meus próprios
filhos... Tendo que prestar todos os cultos e honras a Alá!!!
Os filhos são levados amarrados para os palácios mulçumanos
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Cena 3: última visita a Virgem de Scutari e confissão


Scanderbeg adulto: Sr. Luca F.
João Filho de Scanderbeg: Sr. Miguel Santi
De Sclavis 1: Sr. Otávio
George 2: Sr. Jhonatan
Albanês 3: Sr. Fernando
Confessor: Sr. Valdemir Maciel
Abrem-se as cortinas, já estará o padre dentro da igreja rezando junto ao afresco.
Entram os personagens pelo fundo, conversando, ao chegar no palco, todos se dirigem
ao afresco e Scanderbeg, vai se confessar, depois vai rezar junto ao quadro, outro
entra no confessionário e assim por diante
Scanderbeg: Vamos, agora fortalecidos guerreiros, depois desse importante encontro
com a nossa Santa de Scutari. Meus caros, já sinto as forças do meu corpo terminarem,
talvez seja a nossa última batalha... Meu filho sede prudente e um bom governador,
sempre confiando na maternal presença da Santa Virgem de Scutari, com Ela tudo
podemos mas se nos afastarmos de seu Imaculado Coração, tudo se torna um grande
desastre...
João: Mas pai, sou muito novo e não tenho todo o ímpeto e ardor como o senhor...
Tenho medo...
Saem os personagens. Fecham as cortinas.
Cena 4: Soldados Albaneses na Igreja de Scutari chorando a morte de
Scanderbeg
De Sclavis: Sr. Otávio
George: Sr. Jhonatan
Mesmo cenário, na Igreja de Scutari, abrem-se as cortinas, e já estão os 2 Albaneses
se lamentando.
De Sclavis: Morreu nosso Soberano Rei... e agora? Onde estará, segundo as palavras do
Pontífice de Roma, o escudo da cristandade?
George: Scanderbeg, realmente um novo defensor de nossas terras, mas sobretudo da
Fé e de toda a cristandade... E agora??? O que faremos, que rumo tomaremos...
De Sclavis: Soube que vários habitantes da cidade, já estão se preparando para uma
fuga... vieram aqui, junto a nossa Santa Mãe, para se despedir... Iremos também nós
abandona-la?
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George: Quantas graças aqui alcançadas, se até hoje estamos vivos, depois de tantas
ferrenhas batalhas, é por causa da proteção dEla... Será que esses ataques, não serão um
castigo, por tanta falta de piedade de nossa parte? Quantos se fizeram como novos judas,
se vendendo-se aos infiéis...
De Sclavis: Certamente... Mas será que os Anjos, já que nós homens nada poderemos
fazer, deixarão que tão milagroso afresco seja simplesmente destruído... Algo me diz...
George: Ela nunca nos abandonará... mas... se ficarmos aqui para defende-la, com
certeza morreremos, mas Ela não pode... De Sclavis, lembra daquela última vez que o
nosso Príncipe Scanderbeg, aqui esteve rezando, nos contou um segredo de uma visão
que ele teve depois da confissão?
De Sclavis: Claro, George, inesquecível dia... Mas lembra também daquele sonho?
Ainda não o compreendi... Estávamos juntos em uma batalha, muitos mortos, outros
tantos fugitivos e... o mais triste esse nosso santuário destruído... Mas, em certo
momento, vi que o quadro...
George: E, De Sclavis, não será hoje o dia? Lembra-se daquele outro sonho em que a
Santa Mãe de Scutari nos apareceu e disse para nós dois tomarmos todas as providências
necessárias para uma viagem, pois era preciso deixar para sempre esse infiel país. E
acrescentou que Ela própria, em sua Santa Imagem, abandonaria Scutari com o intuito
de escapar das mãos sacrílegas dos turcos que, durante a próxima invasão, procurariam
dela se apoderar para profana-La.
De Sclavis: Prontos já estamos e hoje mesmo acordei com um sentimento muito
profundo...
Nesse momento Sclavos vai até o quadro e chama o George, em silêncio se aproximam
do quadro, e iniciasse um momento, tem que dar toda impressão de uma comunição...
Luz, e movimento do quadro, assim que os dois se aproximarem do afresco...
Cena 5: Chegada a terra firme, e o desencontro do Afresco
De Sclavis: Sr. Otávio
George: Sr. Jhonatan
Albaneses de algum dos lados do salão a cena se dá a frente das cortinas.
De Sclavis: Onde estamos??? Apenas sabemos que chegamos em terra firme...
George: Imagine... Apenas consegui calcular os 30 Quilômetros que caminhamos, do
santuário de Scutari até a praia que dá para o Mar Adriatico...
De Sclavis: Ih... Além do mais andamos sobre as águas...
George: Já nem mesmo me lembro a última refeição que fizemos... nem mesmo a fome
nos de teu em tão vasto percurso... Mas agora...
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De Sclavis: Poderíamos comer algo e descansar... Mas, onde está a nossa Santa Mãe?
Será que cometemos um grande pecado e agora Ela... nos abandonou?
George: Certamente, mas, como vamos encontrá-La? Apenas sabemos agora que
estamos em terra firme, e pelas construções e pessoas, sabemos estar em Roma... Mas
ninguém aqui nos entende....
Nesse momento se entreolham fazem um sinal da cruz e rezam algo em silêncio, e
saem de cena.
Cena 6: Chegada do afresco a Genazzano
De Sclavis: Sr. Otávio
George 2: Sr. Jhonatan
Entram novamente no salão, sem saber para onde caminhar... em certo momento,
quando já estirem mais próximos ao palco, as cortinas se abrem, e aparece o quadro
se movimentando e chegando na parede da Igreja. Os soldados cheios de alegria se
aproximam e ajoelham... cena muda.

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