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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL

MEMORIAL DO CURSO – PLANEJAMENTO E GESTÃO AMBIENTAL

Rhuan Thiago Arruda Malaquias

Cuiabá, MT

2022
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL

MEMORIAL DO CURSO – PLANEJAMENTO E GESTÃO AMBIENTAL

Relatório apresentado como requisito


parcial de avaliação à disciplina
Planejamento e Gestão Ambiental,
ministrada pela Prof.ª Dr. Auberto
Siqueira, do departamento de Engenharia
Sanitária e Ambiental da UFMT -
Universidade Federal de Mato Grosso.

Cuiabá, MT

2022
1. Mudanças globais

Alguns sinais já mostram que as grandes reservas de gelo da Terra estão


começando a derreter. O gelo cobre até 16% da superfície da Terra, as geleiras, gelo
marinho permafrost, mantos de gelo e a neve desempenham um papel importante
no clima da Terra, eles refletem a energia de volta ao espaço, moldam as correntes
oceânicas e geram padrões climáticos. Porém os cientistas já começam a perfurar o
gelo e vasculhando antigos leitos marinhos. Desde a revolução industrial as
temperaturas médias globais aumentaram cerca de um grau Celsius, segundos os
pesquisadores da área poderiam subir mais um grau até o final deste século, além
de que o nível do mar subiria mais sete metros se a camada de gelo da Groenlândia
derreter. A terra passou por cinco grandes eras glaciais, o primeiro chamado
Huroniano, tem sido associado ao surgimento da fotossíntese em organismos
primitivos, eles começaram a absorver dióxido de carbono diminuindo a quantidade
de energia solar aprisionada pela atmosfera. A segunda foi há 58 milhões de anos,
chamada de “Terra bola de neve”, Andino-Saariana e Karoo começaram há 460 e 360
milhões de anos o Quartenário a 2,6 milhões de anos atrás até o presente. Esses
eventos foram estimulados por fatores interligados como: eventos vulcânicos, a
evolução de plantas e animais, padrões de circulação oceânica, o movimento dos
continentes. O cientista sérvio Milutin Lilankovic, no século XIX, pela primeira vez
observou que variações periódicas no movimento rotacional da Terra alteravam a
quantidade de radiação solar que incidia nos pólos. Embora esses ciclos não sejam
suficientes para causar mudança. Uma diminuição na energia solar que atinge o
Àrtico permite que o gelo marinho se forme no inverso e permaneça no verão,
expandido no ano seguinte. O gelo reflete mais energia solar de volta ao espaço. Um
oceano mais frio armazena mais CO2, o que amortece mais ainda o efeito estufa, por
outro lado, quando a temperatura do oceano aumenta, mais co2 escapa para a
atmosfera, onde retém mais energia solar. O último interglacial foi o Eemian, de 130
a 115.000 anos atrás, isso aconteceu uma época em que o CO2 estava em níveis pré-
industriais e as temperaturas globais aumentaram modestamente. Atualmente os
cientistas estão monitorando a taxa geral de perda de gelo com o Grace Satelite, eles
descobriram que de 2003 a 2009 a Groenlândia perdeu cerca de um trilhão de
toneladas, isso relete a perda de gelo no Ártico como um todo. Em 2012 a cobertura
do gelo marinho no verão havia caído para pouco mais de metade do que era no ano
de 1980.Em 2013 ele se recuperou, porém estava bem abaixo da média. Um estudo
relata que a Terra perdeu cerca de 4.000 Km³ de gelo na década que antecedeu 2012.
Espera-se que os níveis do mar em todo o mundo subam cerca de um metro até o
final do século.

Os estudos na Groenlândia levaram a necessidade de outro campo de


pesquisa, visto que as temperaturas foram mais quentes que hoje e o gelo recuou
apenas 25%. A Antárctica contém 90% do gelo da Terra, dados da Grace e de outros
satélites mostram que este continente congelado em geral vem perdendo tanto gelo
quanto ganha. Uma das reviravoltas mais intrigantes na história das mudanças
climáticas, a propagação do gelo marinho ao redor da Antártica, uma possibilidade
é que os ventos mais fortes, circulando o polo, estejam empurrando o gelo para
formações mais espessas e resistentes. Outra é que o derretimento das plataformas
de gelo espalhou uma camada de água fria e fresca sobre os mares costeiros, que
congela rapidamente. Evidências do último interglacial, o Eemian traz um aviso que
pode estar por vir, baseia-se na altura dos antigos recifes de coral, que cresceram
até uma profundidade em relação ao nível do mar.

A história ainda em desenvolvimento do passado da Terra nos fala sobre os


mecanismos que podem moldar nosso clima, porém as condições únicas do nosso
tempo que determinam os níveis do mar, a cobertura do gelo e a temperatura. A
Terra continuará mudando em escala de tempo curtas e longas, o que leva ela ser
um planeta vivo e dinâmico. As mudanças climáticas afetam a deglaciação podendo
alterar as configurações das cidades, causado pelo aumento dos níveis dos mares
podendo gerar grandes catástrofes, dessa forma o planejamento atua para controlar
essa situação e não deixar que isso acontece. As geleiras da Groenlândia e da
Antártica que estão se soltando e indo para os mares em decorrência do
aquecimento global. Essas evidencias tem sido evidenciada através de pesquisas
feita nesses lugares com a perfuração de gelo mostrando dados históricos de
temperaturas. No Brasil raramente esse tema entra em pauta, nem a nível da união
muito menos do estado e município, o que não poderia acontecer visto que o Brasil
tem uma grande extensão litorânea o que viria atingir grande parte do país.
2. Instrumentos da Política Ambiental (IPA)
A Lei Nº 6.938, de 31 de agosto 1981, aceita pela Constituição Federal, que
dispões sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de
formulação e aplicação e dá outras providências. Para que os objetivos sejam
alcançados por essa Lei, diversos instrumentos foram criados vários instrumentos
que orientam as empresas a melhorarem suas práticas para melhor preservação e
proteção do meio ambiente. Definir padrões ambientais, direcionados a estabelecer
limites relativos ao uso e manejo de recursos, que excedidos podem causar prejuízos
ao meio ambiente. Esses padrões são ditados pelo CONAMA. O CONSEMA é um órgão
colegiado do Sistema Estadual do Meio Ambiente (SIMA) e tem por finalidade
assessorar, avaliar e propor ao governo do estado diretrizes da Política Estadual do
Meio Ambiente. O Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (CONDEMA) é
um órgão colegiado, consultivo e deliberativo, formado por representantes de
órgãos governamentais e de entidades representativas da sociedade civil
organizada para discutir e propor normas, planos e programas relativos à proteção
do meio ambiente e uso sustentável dos recursos naturais.

A ética ambiental surgiu na década de 1970 como consequência da


conscientização de que há valor em elementos não humanos na biosfera. As origens
do estudo de impacto ambiental aconteceram por meio do direito Norte-Americano
em virtude de exigência de elaboração de um relatório de impacto no meio
ambiente, a partir de 1969, a ser apresentado juntamente aos projetos de obras do
governo federal que causassem sensível alteração n qualidade do meio ambiente. De
maneira sucinto a participação da sociedade civil na década de 60, com o movimento
Flower Power dos hippies que reivindicavam mais liberdade, igualdade de direitos,
defesa dos animais e do meio ambiente, o fim da Guerra do Vietnã e a luta contra
armas.

A Avaliação de Impactos Ambientais (AIA), que se constitui de um estudo


prévio à instalação de um empreendimento ou atividade que gere um impacto
ambiental significativo. No que diz a respeito ao Estudo de Impacto Ambiental (EIA)
e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), que buscam realizar uma avaliação ampla
e completa dos impactos ambientais e propor as medidas mitigadoras
correspondentes.
A matriz de interação é uma metodologia simples e apresenta como
vantagens a possibilidade de comparar diversas alternativas de intervenção,
abrangendo os meios físico, biótico e socioeconômico. A matriz de Leopold
é composta por uma lista de 100 ações humanas que podem causar impactos
ambientais e outra lista com 88 componentes ambientais que podem ser afetadas
por ações humanas. Busca-se determinar se o estudo de impacto tem forma e
conteúdo satisfatórios e adequados.

Para se entender a significância do impacto três fatores são importantes a


magnitude, duração, probabilidade, sendo esses fatores valoráveis. A magnitude
está associada a severidade do impacto que também pode ser chamado de back
ground que é o valor regional resumido, exemplo do solo e seus componentes
químicos já presentes. Considera também o tamanho e sua extensão. Como por
exemplo moderada onde o impacto seria mais localizado e alta onde alcançaria de
maneira mais ampla.
Os métodos de ponderação para a magnitude dos impactos são:
a) A valoração do impacto onde ocorre o problema da subjetividade;
b) Os critérios de severidade (padrões de qualidade), tamanho,
extensão, escala e probabilidade;
c) Temporalidade que considera curto, médio e longo prazo;
d) Reversibilidade considera se o impacto é irreversível o que resta é a
indenização ou compensação;
e) A mitigação é a tentativa de redução/neutralização de danos ou até
mesmo a maximização de benefícios.
A mitigação ainda pode ter as magnitudes negativas, quando se tem danos
ao meio ambiente, porém pode ter magnitudes positivas quando ocorre algum
benefício ambiental ou social. Quando se tem uma situação sem mitigação os danos
ambientais crescem de maneira exponencial, já quando se tem medidas
mitigadoras esse impacto é mantido ou até mesmo reduzido. Para isso é preciso
conhecer a situação particular e se ter tecnologias de mitigação. É importante
salientar que as medidas de mitigação devem acontecer em todas as fases e serve
somente para as magnitudes negativas.
A educação ambiental permite uma consciência crítica da sociedade acerca
das questões ambientais e é uma ferramenta que visa novas atitudes ambientais,
práticas de preceitos ambientais e minimização dos danos causados à natureza.

3. Licenciamento Ambiental (LA)


O licenciamento ambiental tem por objetivo acompanhar e revisar as
atividades potencialmente poluidoras, a fim de minimizar as interferências
causadas por empresas que de algum modo possam gerar danos ao meio ambiente.
Toda atividade econômica deve adotar medidas para prevenir, reduzir ou
compensar danos ao meio ambiente para não prejudicar os ecossistemas e a saúde.
A licença previa apresenta estudo de impacto ambiental (EIA). A licença de
instalação é estabelecida pelos órgãos ambientais as condicionantes para a
construção do empreendimento. Na licença de operação a empresa mostra que as
medidas de controle estão sendo cumpridas.
O LA quando é apenas um instrumento burocrático e não leva em conta a
preocupação com o meio ambiente e os recursos naturais, é um problema muito
grande pois realmente o LA não tem nenhuma importância, principalmente quando
se tem conflito de interesses entre empresas, ainda mais quando a sua preocupação
é apenas executar a obra e obter futuros lucos sem nenhuma importância com o
meio ambiente. Já quando os órgãos ambientais estão realmente comprometidos em
exercer a função de proteção ao meio ambiente o LA se torna uma importante
ferramenta, fazendo com que o empreendimento consiga respeitar e não degradar
de maneira descontrolada.

4. Governança Ambiental Corporativa (GAC)

A sigla ESG, oriunda do inglês Environmental, Social e Corporate Governance,


é a mais utilizada. A sigla em português é ASG: governança ambiental, social e
corporativa. Em suma trata-se de uma forma de medir o desempenho de
sustentabilidade de uma organização, de maneira a utilizar critérios para entender
se uma empresa possui sustentabilidade empresarial, ampliando a perspectiva de
análise do negócio para além das métricas financeiras, buscando uma opção de
investimentos sustentáveis, capazes de gerar impactos positivos financeiros sociais
e ambientais.
O ESG é bastante difundido no mundo dos negócios na Europa e nos Estados
Unidos, principalmente no setor financeiro, que está permeando cada vez mais o
ambiente corporativo brasileiro. Em janeiro de 2004, quando o ex-secretário geral
da ONU, Kofi Annan, convidou mais de CEOs de grandes instituições financeiras a
participar de uma iniciativa conjunta, para encontrar maneiras de integrar o ESG aos
mercados de capitais. Muito tempo se passou sem uma evolução ampla e de forma
macro, em atitudes concretas, quanto à sustentabilidade de forma ampla. Alguns
setores econômicos, especialmente os de maior impacto ambiental, sofrem mais
pressão de agentes reguladores e órgãos governamentais.

5. Referências bibliográficas

Earth in 1000 Years. Disponível em: https://topdocumentaryfilms.com/earth-


1000-years/ e faça uma síntese sequencial de todo o seu conteúdo. Acesso em: 13
de Outubro de 2022.

Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente. Disponível em:


<https://www.teraambiental.com.br/blog-da-tera-ambiental/saiba-quais-sao-os-
principais-instrumentos-da-politica-nacional-do-meio-ambiente> Acesso em: 01 de
Dezembro de 2022.

Brasil. Lei Nº 6.938, de 31 de agosto 1981. dispões sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente. Brasília, em 31 de agosto de 1981.

ESG: Governança ambiental, social e corporativa. Disponível em:


<https://www.migalhas.com.br/coluna/migalha-trabalhista/376867/esg-
governanca-ambiental-social-e-corporativa> Acesso em: 03 de Dezembro de 2022.

ESG: conhecendo o significado e como ela impacta no mercado. Disponível em: <
https://blog.aaainovacao.com.br/esg/> Acesso em: 03 de Dezembro de 2022.

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