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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA (UEPB)

CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS


CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO
ANTROPOLOGIA GERAL E JURÍDICA

ALUNO(AS):
Alessandra da Silva Simplicio;
Ana Flávia Silva;
Ana Vitória Oliveira Aires;
Isadora Nóbrega Tavares;
Kaline da Silva Nascimento;
Laís cordeiro de Melo;
Maíra Félix Andrade;
Maria Clara Uchôa Martins;
Maria Júlia Marinho Barbosa;
Maria Vitória Barbosa Targino.

A PRUDÊNCIA DOS DITOS POPULARES PARA O DIREITO

1) Cair no conto do vigário:


É usada para descrever uma situação em que uma pessoa é enganada por
outra, no intuito de cometer um crime ou fazer uma transação ilegal. Assim, pode-se
relacionar à atual conjuntura de vivência social, em que as pessoas são vítimas de
golpes ou fraudes que envolvem crimes como estelionato, falsificação de
documentos, roubo, entre outros, relacionando-se ao Direito Penal.

2) Roupa suja se lava em casa:


Ela sugere que as questões familiares devem ser resolvidas dentro do
ambiente familiar, sem a interferência de outras pessoas ou instituições, o que
através do uso desse dito, pode-se perceber a naturalização da violência doméstica,
justificando o silêncio das vítimas e a falta de denúncia. Portanto, sendo relacionada
ao direito da família e com o conceito de privacidade
3) Quem cala, consente:
Esse dito é utilizado quando há a proposição de uma fala acusatória ou
apenas direcionada ao ouvinte, no processo comunicativo, sem uma resposta à
possível acusação proferida. Sendo perceptível em diversas situações dentro do
direito e da sociedade, como por exemplo, no artigo 135 do Código Penal, em que
consta o crime por omissão, muito utilizado como retórica de acusação contra uma
vítima, que em situação de perigo e vulnerabilidade, não consegue pedir ajuda e por
isso, é julgada socialmente como uma atitude de "consentimento".

4) A ocasião faz o ladrão:


Essa frase possui duas formas de abordagem, tradicionalmente, com o
significado de "uma pessoa só não age de forma desonesta, por falta de
oportunidades", com a prática de se encontrar vantagens e se tirar proveito em
espaços sociais, mesmo que infrinja a lei, e socialmente distribuída, com a visão de
que em situações de vulnerabilidade e necessidade, a "ocasião", faz com que
diversas pessoas se vejam obrigadas a encontrar maneiras indesejadas para
sobreviver, ou seja, "faz o ladrão", o que leva ao âmbito sociológico na análise da
realidade brasileira.

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