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PEDAGOGIA

GLENDA LORAINE RODRIGUES DE SALES


JESSICA OLIVEIRA SILVA DO NASCIMENTO
JULIA STEFANY MORAIS DE OLIVEIRA
LORANE DE OLIVEIRA TEIXEIRA
LUCIANA VICENTE FERNANDES

A importância das ferramentas digitais na construção de uma educação


para todos.

Manhuaçu
2021
GLENDA LORAINE RODRIGUES DE SALES
JESSICA OLIVEIRA SILVA DO NASCIMENTO
JULIA STEFANY MORAIS DE OLIVEIRA
LORANE DE OLIVEIRA TEIXEIRA
LUCIANA VICENTE FERNANDES

A importância das ferramentas digitais na construção de uma educação


para todos.

Trabalho apresentado como requisito parcial para a


obtenção de média bimestral.

Manhuaçu
2021
SUMÁRIO

Introdução................................................................................................................3
Desenvolvimento .....................................................................................................4
Conclusão................................................................................................................8
Referencias..................................................................................................................9
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Ao longo deste texto serão apresentadas soluções para a situação


geradora de aprendizagem: ¨Os desafios e as possibilidades do uso das ferramentas
tecnológicas no contexto da pandemia em instituições escolares¨.
No discorrer do texto serão apontados os principais desafios enfrentados
pelos educadores e pelos alunos neste momento de pandemia, onde as aulas estão
sendo em sua maioria de forma online. Como o professor precisou se desdobrar
para conseguir se manter presente na vida do aluno, e para aprender a lidar com
essa nova forma de ensino remoto. E a dificuldade de alguns alunos, por não terem
o acesso a internet que é por onde a grande maioria das atividades escolares veem
sendo realizadas, e como isso interfere negativamente no processo de
aprendizagem.
Outras dificuldades também são apresentadas como na assistência aos
alunos que demandam atendimento especializado devido as limitações físicas ou
cognitivas que faz-se necessário o uso de tecnologias assistivas.
Também são apontados os benefícios, mostrando assim que ela pode ser
ser bem utilizada no meio educacional auxiliando o aluno em seu processo de
construção do conhecimento.
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A partir dos primeiros casos da COVID-19 no Brasil, a população


ficou apreensiva, à aquela altura pouco se sabia dos impactos dessa doença e como
ela se comportaria em território nacional. De início as redes públicas de educação
suspenderam suas atividades, muitas delas sem preparo para iniciar aulas remotas,
tiveram que se reinventar juntamente com os profissionais da área de educação que
tiveram que se apropriar de conhecimentos das ferramentas tecnológicas. Diante do
exposto, mesmo com os enormes desafios a serem superados, abriu-se uma
potente oportunidade de compreender a resposta da instituição aos delineamentos
contextuais impostos (ALMEIDA LC e DALBEN A, 2020, p. 2).
A pergunta que se faz é como dar prosseguimento aos estudos em
um país de desigualdades regionais e sociais de grandes proporções? Até onde
pode ir o professor para lidar com os desafios do ensino remoto? Quais experiências
exitosas podem ser replicadas nas mais variadas regiões do país? Estas e outras
perguntas tem sido alvo de intensos trabalhos acadêmicos.
O estudo remoto, de imediato, esbarrou na questão de como estes
alunos iriam ter acesso aos materiais que seriam disponibilizados pelas escolas.
Segundo IBGE de 2020, três em cada quatro brasileiros acessam a internet, o que
equivale a 134 milhões de pessoas, todavia, torna-se um desafio a medida que
esbarra-se na limitação da velocidade de conexão e o acesso nas regiões mais
distantes dos centros urbanos ou pessoas de baixa renda. O exemplo para se
entender esses desafios está na dificuldade que muitos brasileiros tiveram ao
realizar o cadastro do auxílio emergencial, disponibilizado pelo governo, onde muitos
optaram por se dirigir a uma agência da Caixa Econômica Federal, mostrando que
mesmo com um grande número de pessoas com acesso a internet, não há nessa
população o domínio destas tecnologias.
O principal desafio da escola, foi como manter este aluno perto,
mesmo estando longe, pois se fazia necessário o distanciamento social como
medida de contenção à disseminação da COVID-19. Nesse contexto, recaiu sobre
os ombros dos profissionais da área de educação a construção de meios para os
exercícios das atividades docentes e assim minimizar os impactos da suspensão
das aulas no já combalido sistema de educação, que nas últimas décadas tem
sofrido com os cortes orçamentários, a falta de uma formação acadêmica adequada
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aos futuros professores e os baixos salários destes profissionais, desestimulando


cada vez mais a procura pelos cursos de graduação.
À medida que se avançou a suspensão das aulas e a falta de
perspectiva de retorno presencial, as redes de educação passaram a se organizar,
de modo que fosse possível atingir o maior número possível de alunos. Uma das
alternativas adotadas pelas redes foi a transmissão via TV, de programas contendo
os conteúdos que seriam trabalhados em sala de aula, no entanto, em muitos
estados o sinal não abrangia todo o território. Neste contexto, o professor foi peça
fundamental, já que o mesmo, passou a usar seu próprio celular como ferramenta de
trabalho e de atendimento aos estudantes. A utilização de aplicativos de
mensagens, como o Whatsapp, possibilitou uma forma de se comunicar com os
alunos e assim poder desenvolver suas atividades. Dentro desta nova realidade, o
professor foi buscar conhecimento em novas ferramentas para, assim, poder chegar
ao maior número de alunos. A utilização das TICs (Tecnologias da Informação e
Comunicação) passou a ser tema presente no dia a dia do professor durante o
regime remoto. Somente depois de iniciados os trabalhos remotos, é que as
Secretarias estaduais de educação que passaram a oferecer formação continuada
aos seus professores.
As TICs aplicadas à educação se mostraram fundamentais, dadas
as possibilidades de ensino. Uma das ferramentas adotados por muitas redes de
ensino, foi o Google Classroom, lançada em 2014 pela empresa norte-americana
Google e que hoje faz parte do Google Workspace for Education, que além do
Classroom, inclui Google Docs, Meet, Jambord, Youtube entre outras ferramentas a
serem adotadas pelos professores. Em pleno século XXI a educação brasileira ainda
não havia entrado na era da tecnologia, o que, de certa forma, por meio da
pandemia, teve-se que ocorrer apressadamente. Embora tenhamos casos de
sucessos de redes públicas, como o caso de Sobral-CE e do Rio de Janeiro-RJ,
neste último, já produzia conteúdo a ser veiculado por meio da TV (MultiRio). Para
que se tenha êxito na utilização das tecnologias como ferramentas pedagógicas é
preciso a capacitação dos profissionais da educação, desde a graduação até a
formação continuada. É preciso a inclusão digital de muitos desses profissionais e
isto pode ser obtido por meio de políticas públicas que foquem nessa capacitação
continuada, que as redes de ensino, pública ou privadas, tenham isto como norte a
ser seguido. Sem um professor capacitado para o trabalho com essas tecnologias é
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inviável o desenvolvimento das habilidades e competências no ensino com as


tecnologias. É necessário tornar a tecnologia na sala de aula um recurso eficaz e
cada vez mais presente no cotidiano escola do aluno. Dentro deste contexto não se
trata substituir simplesmente o tradicional pelo moderno, mas unir professores e as
ferramentas tecnológicas para uma melhor aprendizagem por parte dos alunos. O
objetivo da utilização das tecnologias aplicadas à educação, justamente a promoção
da diversidade cultural, de utilização de práticas pedagógicas dinâmicas onde o
aluno é o protagonista de sua própria aprendizagem.
Outro aspecto a ser considerado neste momento de ensino remoto,
é a assistência aos alunos que demandam atendimento especializado devido as
limitações físicas ou cognitivas. Para tal objetivo faz-se necessário o uso de
tecnologias assistivas, termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de
recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades
funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover Vida
Independente e Inclusão.
A tecnologia assistiva tem como objetivo proporcionar qualidade de
vida, maior independência à pessoa com deficiência, inclusão social, através da
ampliação de sua comunicação, controle de seu ambiente, mobilidade, habilidades
de aprendizado, trabalho e integração com família, amigos e sociedade. Na
educação as TA (Tecnologias Assistivas) são oportunidades geradoras de inclusão
escolar, uma vez que possibilitam ao aluno da Educação Especial participar do seu
processo de aprendizagem. A expressão TA passou a ser utilizada após o decreto nº
5296 de 02/12/2004, que regulamentou a Política nacional para a Integração da
pessoa com deficiência.
Para a melhor elaboração e implementação desses recursos cabe
ao professor conhecer e avaliar as características de cada aluno. Para que as
adaptações de determinados recursos surtam efeitos positivos, é necessário
planejamento por parte do professor, com participação ativa do aluno. (FACHINETE
Tamires Aparecida e CARNEIRO Relma Urel Carbone). Sempre visando entender a
capacidade e as necessidades, o professor pode propor melhorias sempre levando
em conta a opinião de seu aluno. Para que essas adaptações tragam o melhor
resultado na aprendizagem.
As TA possuem uma característica intrínseca que está na sua
interdisciplinaridade, dialogando com outros saberes. É preciso entender, que se faz
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necessário haver nas escolas, além de professores preparados para trabalhar com
as TA, um profissional da saúde, o que não é a realidade da maioria das escolas da
rede pública. Algumas escolas contam com as chamadas “Salas de Recursos”, onde
um professor é designado para trabalhar de forma paralela com o aluno, na sua
maioria fora do horário escolar. Nos últimos anos, com os cortes nas verbas
educacionais, a oferta de recursos bem como, as ofertas de materiais assistivos
para estes alunos tem sido cada vez mais reduzidos, prejudicando o trabalho que
vinha sendo desenvolvido, nos fazendo questionar se de fato está ocorrendo a
inclusão, pois, inclusão sem suporte aos docentes e discentes não é inclusão. O
sucesso obtido até o presente momento, se deve em grande parte aos professores,
que em muitos casos investem recursos próprios na construção de materiais
pedagógicos, de modo a proporcionar aos alunos da educação especial, a
assistência, ainda que limitada, que esses alunos precisam. É preciso ter em mente,
que falta uma formação adequada, principalmente durante a graduação e sobretudo
políticas que promovam uma formação continuada para estes professores.
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Portanto, podemos concluir que, por ser um modelo de ensino novo


e pouco conhecido no Brasil, gerou muitas dúvidas, a respeito do bom
funcionamento do modelo, se atingiria a todos, como os alunos se sentiriam, dentre
outros. Mas o professor foi peça chave, porque muita das vezes teve que dar inicio
as aulas remotas sem ter ao menos uma formação adequada sobre.
Como vimos, a desigualdade econômica também contribuiu com as
dificuldades na implementação deste modelo de ensino, porque muitos não tem o
acesso a internet ( caso recorrente em escolas públicas) que vem sendo usada
como principal meio de ensino, pois é através dela que o aluno tem acesso aos
conteúdos educacionais.
Observou-se também, que os professores ainda precisam de
melhores formações para poderem implementar da melhor forma, da maneira mais
eficaz possível as TA ( tecnologias assistivas ).
Ainda se tem muito a melhorar sobre o ensino remoto, mas ele já
está presente em nossas vidas, e trouxe com ele muita coisa boa, muita facilidade e
pode sim ser uma ótima forma de educação.
A educação escolar é de extrema importância e, por mais que este
seja um momento difícil não podemos abandoná-la de fola alguma, pois, ela faz
parte da construção do conhecimento.
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REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Luana Costa e DALBEN, Adilson. (RE)ORGANIZAR O TRABALHO


PEDAGÓGICO EM TEMPOS DE COVID-19: NO LIMIAR DO (IM)POSSÍVEL.
Revista educação e sociedade. Campinas. V.41 n.02. p. 01-20. 2020

FACHINETE, Tamires Aparecida e CARNEIRO, Relma Urel Carbone. A tecnologia


assistiva como facilitadora no processo de inclusão: Das Políticas Publicas a
Literatura, Revista on line de Politica e gestão Educacional, Araraquara, v.21
n.esp.3, p.1588-1597, dez.,2017..

ARAÚJO, Sergio Paulino de, Vieira, Vanessa Dantas, KLEM, Suelen Cristina dos
Santos, KRESCIGLOVA, Silvana Binde. Tecnologia na educação: contexto histórico,
papel e diversidade. In: IV Jornada de Didática III Seminário de pesquisa do
CEMAD. UEL, 2017.

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